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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Mapeamento do campo
experimental de Geofisica (CEG) da
FEUP pelo método da resistividade
elétrica
Projeto FEUP 2013/2014 – MIEMM e LCEEMG:
Coordenador geral: Armando Sousa Coordenador de Curso: Manuel Vieira
Equipa EMM24:
Supervisor: Alexandre Leite Monitor: Miguel Mendenha
José Pedro Gomes
Estudantes & Autores:
Ana Miranda [email protected] Inês Mesquita [email protected]
Beatriz Coelho [email protected] João Ramalho up201303583@ fe.up.pt
Daniel Vinhas [email protected] Maria Pina up2013007721@ fe.up.pt
Frederico Ribeiro up201304165@ fe.up.pt YanZhang Wen up201307728@ fe.up.pt
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Resumo
Ao longo do último mês, a nossa equipa do Projeto FEUP realizou um trabalho no campo
experimental de Geofisica da FEUP, CEG, acerca da prospeção de solos através do método eléctrico da
resistividade. Este projeto teve duas vertentes, uma mais focalizada na obtenção de dados no campo
experimental e na pesquisa de informação na qual fomos auxiliados por técnicas adquiridas na semana
de receção ao caloiro e, outra mais prática que consistiu na elaboração de um relatório, pôster e
apresentação powerpoint.
Agradecimentos
A equipa agradece a todos os professores pela formação recebida nas palestras durante a
semana de receção. Queremos deixar igualmente um especial apreço aos nossos monitores José Pedro
Gomes e Miguel Mendenha.
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Indice Resumo…………….……………………………………………………………………………………..2
Agradecimentos.………………………………………………………………………………………….2
Lista de Figuras.………………………………………………………………………………………….4
1. Introdução.….………………………………………………………………………….………………5
2. Breve definição de Geofisica….….………………………………………………………………….6
3. Geofisica á escala mundial…….….…………………………………………………………………6
4. Geofisica Ambiental…………………………………………………………………………………..7
5. Métodos de mapeamento…………………………………………………………………………….9
5.1 Método Eletromagnético Indutivo………………………………………………………..9
5.2 Radar de Penetração no solo (GPR) …………………………………………………..9
5.3 Método Sismico……………………………………………………………………………9
6. Método da Resistividade Eletrica………………………………………………………………….....10
6.1 Resistividade elétrica……………………………………………………………………...10
6.1.1 Mobilização de iões em águas superficiais e subsuperficiais……….. …………11
6.2 Arranjo Schlumberger……………………………………………………………………..12
7. Mapeamento do campo – Trabalho prático…………………………………………………………13
7.1 Objetivo….…………………………………………………………………………………..13
7.2 Processo Experimental….………………………………………………………………...13
7.3 Material……..…………..…………………………………………………………………...13
7.3.1 Material utilizado no CEG………………………………………………………......13
7.3.2 Material utilizado na análise de resultados……………………………………….13
7.3 Procedimento…………………………………………………………………………..…...16
7.5 Tabelas de dados obtidos.………………………………………………………………...15
7.6 Resultados…….…………………………………………………………………………….17
7.6.1 Gráficos….………………………………………………………………………….....18
8. Conclusão…….….……………………………………………………………………………………....19
9. Referências Bibliográficas…….………………………………………………………………..….......20
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Lista de figuras
Figuras
Figura 1: Estrutura da Terra Pág. 7
Figura 2:Testemunhos de sondagens Pág. 8
Figura 3: Imagem gerada por um GPR Pág. 9
Figura 4: Esquema de montagem de um sistema para medir a resistividade no solo Pág. 11
Figura 5: Esquema de campo para o Arranjo Schlumberger Pág. 12
Figura 6: Mapa do Campo Experimental de Geofisica Pág. 15
Figura 7: Resistivimetro Pág. 17
Tabelas
Tabela 1: Valores aproximados de resistividade em função dos diferentes terrenos. Pág. 12
Tabela 2: Medições com terreno seco. Pág. 16
Tabela 3: Medições com terreno molhado. Pág. 17
Gráficos
Gráfico 1: Contour Map Pág. 19
Gráfico 2: 3D Surface Pág. 19
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1.Introdução
Ao longo das últimas semanas, a nossa equipa realizou um projeto inserido numa área de
conhecimento denominada geofisica. Este trabalho teve como principal meta a obtenção e a análise
crítica de mapas da variabilidade espacial, em planta, da resistividade aparente do solo, numa zona
definida do CEG da FEUP, recorrendo ao método da resistividade elétrica.
O nosso grande objetivo, e expetativa, para este projeto era e deteção de metais algures
enterrados no subsolo do CEG. Para o conseguirmos, realizamos um trabalho prático que necessitou de
várias tardes para ser concluido. Á medida que a prospeção ao terreno era executada, a equipa teve de
lidar com alguns imprevistos que afetaram, de algum modo, os nossos resultados nomeadamente, as
condições climáticas e a disponobilidade dos elementos da equipa.
Assim que a recolha dos dados do terreno foram todos retirados, a equipa realizou várias
pesquisas para ganhar alguns conhecimentos acerca das matérias envolventes neste projeto a fim de
poder analisar os dados recolhidos e retirar algumas conclusões.
Este foi um trabalho que levou mais horas a ser concluido do que contavamos e que são o
resultado do processo de trabalho em equipa: alinhamento dos elementos do grupo com os objetivos do
trabalho e o modo de interação entre todos. Contudo, a equipa soube manter-se coesa e com a ajuda de
alguns meios externos conseguimos passar por todos os momentos mais complicados e chegamos a
uma conclusão final.
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2. Breve definição de Geofisica
A geofísica é uma ciência que estuda a estrutura, a composição, as propriedades físicas e os
processos dinâmicos da Terra. Um engenheiro/geólogo que trabalhe na geofísica investiga os fenómenos
elétricos, térmicos, magnéticos, gravitacionais e sísmicos do planeta Terra. Com instrumentos especiais e
leis da matemática, da física e da química, um geofísico estuda as forças que afetam a superfície, o
subsolo e a atmosfera terrestre. Observa e calcula os movimentos do solo e do subsolo e pesquisa a
origem e a atividade dos vulcões, a curvatura do planeta e outras características geofísicas do globo
terrestre. Deteta e mede a intensidade de terramotos e maremotos, para além de investigar a estrutura
das formações rochosas e as propriedades físicas e químicas dos mares.
3. A Geofísica à escala mundial
Como já foi referenciado anteriormente a geofísica é a junção do estudo da Geologia e da física
(disciplina que correlaciona e explica certos fenómenos naturais que sucedem na Terra e no espaço
envolvente mais próximo), sendo esta dividida em dois semi campos: a geofísica externa (tudo o que
acontece na crusta terrestre: a meteorologia, a oceanografia física e a hidrologia) e a geofísica interna (a
geodesia, a sismologia, o magnetismo terrestre, a vulcanologia e a tectonofísica).
A população mundial percebeu, desde 1960, que a “questão ambiental” além de ser uma
questão científica é também de dimensão social e política deu início a debates públicos e internacionais,
baseados no padrão de crescimento socioeconómico, que concluíram que, desde há dez anos para os
dias de hoje, as intervenções antrópicas intensas (em especial a atividade industrial) no meio ambiente
causam um número cada vez maior de impactos ambientais e como consequência admitiu-se ser
necessário uma proposta alternativa de desenvolvimento e resolução de problemas até ao momento
criados. A existência de áreas de deposição de resíduos sólidos (contaminantes), onde há suspeita de
contaminação, não só do solo como de águas subterrâneas é, até agora, um dos maiores problemas a
nível mundial. Assim, a Geofisica é uma das principais ciências para questões rlacionadas com o
ambiente.
A geofísica tem sido portanto de grande utilidade na prospeção do solos, tanto para instalação
de áreas de disposição de resíduos como para verificar as condições de algumas destas áreas já
existentes. Esta inspeção é mais concretamente a realização de estudos detalhados das características
do meio físico (principalmente relacionadas à capacidade dos materiais em atenuar a carga de
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contaminantes e isolá-la de possíveis aquíferos e outros possíveis locais que contenham água), como o
conhecimento dos materiais geológicos e dos seus arranjos espaciais e das características geotécnicas,
hidrogeológicas e físico-químicas.
Contudo o uso da Geofísica, aliada à informação geológica da superfície terrestre, não é apenas
utilizada no diagnóstico de áreas contaminadas. Em levantamentos geofísicos obtém-se muitos mais
dados relativos ao terreno em estudo como a informação das feições geológicas e hidrogeológicas dos
locais investigados: mapas relativos á disposição de resíduos quanto a características do meio físico
onde é possível identificarem o fluxo de águas superficiais e subterrâneas e o seu nível, a espessura e o
volume de materiais consolidados e a presença de fraturas, e também nas relações entre resíduos e o
local de disposição como deteção e delimitação da zona de influência e avaliação da intensidade de
contaminação (no caso desta existir).
4. Geofísica Ambiental
Investigação geofísica é o que permite a descoberta da variação das propriedades físicas do
interior da Terra, tanto vertical como lateralmente. Assim sendo, dá-nos informações que permitem
estudar a estrutura e composição do interior da Terra.
Os métodos geofísicos são utilizados em diversos estudos, que variam entre a escala global até
à exploração de regiões na crusta. Grande parte do conhecimento da estrutura e composição terrestre
vem da observação geofísica: observação de ondas sísmicas, medições do campo magnético, medições
do campo gravítico…
Fig. 1 Estrutura da Terra (www.cprm.gov.br)
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Houve, desde há cerca de 70 anos, um desenvolvimento nestes métodos (principalmente voltado
para os depósitos minerais e prospecção de hidrocarbonetos). Durante este tempo criaram-se vários
instrumentos e houve um grande avanço na interpretação dos dados. Para dar resposta ao enorme
consumo de matérias-primas, a exploração geofísica tem-se feito a profundidades cada vez maiores.
Mais recentemente, na última década começaram a existir modelagens a 3 dimensões. Ou seja,
começou a ser possível a conversão de medições geofísicas de rochas do subsolo para imagens a 3D, o
que permite uma melhor visualização e análise da informação disponível.
Infelizmente, como a tecnologia é muito recente, é ainda limitada e não fornece modelos com
grande nível de precisão.
Alternativamente, é possível investigar a geologia do interior da Terra pelo uso de sondagens.
No entanto, estas são dispendiosas e a sua informação é reduzida ao local da realização. As sondagens
não podem ser dispensadas totalmente, mas, aplicando os levantamentos geofísicos, é possível reduzir a
sua necessidade.
Fig 2 Testemunhos de sondagens
(mapearbh.com.br)
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5. Métodos de mapeamento
Existe uma grande variedade de métodos Geofisicos que podem ser utilizados nos estudos da
Geofisica. A escolha de um método geofisico adequado ao estudo de um local tem, como é óbvio, a ver
com o tipo de informação necessária para aquilo que se pretende analisar. Existem vários métodos
geofisicos para a inspeção de terrenos.
A seguir são enumerados e brevemente descritos os principais métodos geofisicos utilizados em
trabalhos de Geofisica:
5.1 Método Eletromagnético Indutivo
Este método baseia-se nos fenomenos fisicos de eletrecidade e magnetismo. Deste modo,
aprospeção é feita através de um processo denominado como indução eletromagnética. O aparelho
utilizado neste método é o condutivímetro.
5.2 Geo Radar (GPR)
Este método caracteriza-se por ser um dos mais
recentes e eficazes na investigação Geofisica. Possiblita
mapeamento com alta resolução de feições e estruturas
geológicas.
5.3 Métodos sismicos
São métodos que utilizam a propagação de ondas elásticas. Têm tido um papel decisivo nos
estudos relacionados com a Geologia de Engenharia e é dos métodos mais eficazes na inspeção a
grandes profundidades. Veja-se, por exemplo, as jazidas pretoliferas que são detetadas através da
sismica.
Fig 3 Imagem gerada por um GPR
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6. Método da Resistividade Elétrica
Este método consiste numa corrente eletrica artificial que é introduzida no terreno através de
dois eletrodos. Deste modo, é possivel medir o potencial gerado em outros dois eletrodoscolocados
simetricamente em relação a um ponto central. Através da relação que existe entre potencial eletrico,
disposição geometrica dos eletrodos e corrente eletrica, é possivel calcular a resistência nos subsolos.
Contudo, a resistividade dos solos é afetada por varios fatores dos quais salientam-se:
composição mineralogica, teor de água e quantidade e natureza dos sais dissolvidos. De entre estes
fatores, a água, é sem dúvida aquele que pode ser considerado mais influente. Note-se, que a existencia
de água ou de pelo menos humidade nos solos é condição que permite a aplicação deste método.
6.1 Resistividade elétrica
Resistividade eléctrica é a capacidade de qualquer corpo se por à passagem de corrente
eléctrica mesmo quando existe uma diferença de potencial aplicada. A unidade SI usada é o Ωm (ohm
por metro.
Deste modo, quanto mais baixa for a resistividade de um material, mais facilmente este permite a
passagem de uma carga eletrica. Note-se que diferentes materiais têm diferentes valores de reistividade,
classificando-se assim como: condutores, semicondutores e isolantes térmicos
A resistividade depende de vários factores, entre os quais:
Temperatura - Metais (quanto maior a temperatura, maior a resistência)
- Semicondutores (quando maior a temperatura, menor a resistência)
Natureza do material
Embora a resistência esteja directamente dependente da resistividade do material, é importante
frisar que resistividade é uma propriedade de um tipo de material, enquanto que a resistência é medida
em relação a um determinado objecto.
A resistividade do solo depende essencialmente da composição do terreno, e uma vez que o solo
raramente é homogêneo, a resistência do solo varia consoante a composicão do solo. A resistividade do
solo geralmente é afetada também por fatores externos, tal como contaminação e compactação do solo.
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Os metais são exemplo de bons condutores, tendo baixos valores de resistividade, enquando que a
borracha é exemplo de um mau condutor.
As propriedades eléctricas do solo podem ser medidas de diversas formas, existindo assim
vários métodos possíveis de serem utilizados.
6.1.1 Valores aproximados de resistividade em função dos diferentes
terrenos
Tabela 1
Natureza do Terreno Resistividade (em ohm.m)
Terreno pantanoso 0 a 30
Lodo 20 a 100
Terra vegetal 10 a 150
Turfa húmida 5 a 100
Argila plástica 50
Terra calcária ou Argila compacta 100 a 200
Terra calcária do jurássico 30 a 40
Areia argilosa 50 a 500
Areia de sílica 200 a 3000
Solo rochoso nu 1500 a 3000
Solo rochoso nu coberto de relva 300 a 500
Calcário mole 100 a 300
Calcário compacto 1000 a 5000
Calcário gretado 500 a 1000
Xistos 50 a 300
Mecaxistos 800
Granitos e grés alterados 1500 a 10000
Fig. 4 Esquema de montagem de um sistema para medir a resistividade no solo
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6.2 Arranjo Schlumberger
Aqui irá-se descrever-se suscintamente como é e como funciona o arranjo de
Schlumberger.
No arranjo Schlumberger os quatro eletrodos são colocados em linha: dois eletrodos
de potencial no meio e mais outros dois eletrodos de corrente nos extremos todos colocados
simetricamente em relação a um ponto central.
Como funciona:
Como se pode observar na figura 5, a corrente eletrica é ejetada no solo através de dois
eletrodos. A resposta é medida através da diferença de potencial. Assim, com os valores da corrente e do
potencial é possivel calcular a resistividade dos materiais presentes no subsolo.
É de referir ainda que quanto maior for a distância AM e NB (Figura 5), a prospeção é feita a
maior profundidade. Isso deve-se ao facto de as linhas equipotenciais se interceptarem a maior
profundidade porque as suas origens estão mais afastadas uma da outra.
Utilidades:
Podemos, através dos valores da resistividade prever a exixtencia de metais no subsolo.
Fig. 6 Esquema de campo para o Arranjo Schlumberger
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7. Mapeamento do Campo – Trabalho Prático
7.1 Objetivo
A componente prática deste trabalho teve como principal meta a obtenção dos valores da
resistividade no subsolo do campo experimental de Geofisica da FEUP (CEG). Para cumprir com este
objetivo, a equipa seguiu um procedimento (que está devidamente descrito no ponto 7.4 - pág. 14) e
recolheu todos os dados necessários para retirar algumas conclusões acerca da existência de metais
enterrados no subsolo. Estes valores foram obtidos em pontos especificos. No final foi calculado o valor
da resistividade aparente em todos os pontos e construiram-se 2 gráficos (pág. 18) que nos permitiram
analisar toda a informação recolhida no CEG.
7.2 Processo experimental
Este trabalho prático precisa de várias horas para ser concluido. A sua duração depende de
muitos fatores entre eles: o número de medições por ponto e as condições climáticas.
7.3 Material
7.3.1 Material utilizado no CEG
4 Eletrodos
4 Pregos metalicos
18 Estacas de madeira
Pelo menos 1 elastico
Fita métrica com 40 metros
1 Martelo
18 Estacas de madeira
Resistivimetro
Fio condutor
Luneta Topográfica
7.3.2 Material utilizado na análise dos resultados
Computador: Programa Surfer 11 ; Microsoft Exel ; Microsoft Word
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7.4 Procedimento
1. Colocar a Luneta Topográfica num ponto escolhido estratégicamente
2. Assinalar esse ponto (P1) com um prego de madeira
3. Calibrar a Luneta Topográfica
4. Proceder á marcação dos 10 metros (P2) e colocar um prego de madeira nesse ponto
5. Girar a Luneta Topográfica a 90 graus
6. Marcar 20 metros (P3) e 40 metros (P4) nesta direção
7. Colocar uma estaca de madeira nestes dois pontos
8. Cortar toda a relva que se encontre na área delimitada pelos pontos P1 P2 E P4.
9. No ponto onde estava colocada a luneta topográfica colocar o 0 da fita métrica e esticá-la em
direção á referência dos 10 metros.
10. De 2 em 2 metros espetar um prego de madeira.
11. Colocar a Luneta Topográfica no ponto P3 e repetir o passo anterior
12. Colocar a Luneta Topográfica no ponto P4 e repetir o passo 10
13. Remover a Luneta Topográfica do terreno
14. Prender um elástico numa estaca e estica-lo em direção á estaca simetricamente oposta a esta
15. Colocar o resistivimetro em frente á primeira estaca
16. Medir 25 cm para cada lado desse ponto
17. Espetar duas espigas metálicas nesses dois pontos
18. A partir desses dois pontos, medir 3m para cada lado (sempre paralelo ás linhas de campo)
19. Espetar nesses dois pontos mais duas espigas metálicas
20. Ligar os eletrodos ao resistivimetro
21. Ligar os eletrodos às espigas metálicas
22. Selecionar no resistivimetro o número de medições que se pretende efetuar
23. Ligar o resistivimetro
24. Carregar no botão start
25. Registar o útimo valor a ser digitalizado
26. Repetir o mesmo processo para todos pontos
27. Calcular a resistividade aparente em cada ponto
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7.5 Tabelas de dados obtidos
Tabela 2. Medições com terreno seco:
Medição Coordenada X Coordenada Y Resistência Resistividade Aparente
1 0 0 9,16 650.1684
2 2 0 2,25 148.365
3 4 0 1,736 113.1499
4 6 0 1,335 88.0299
5 8 0 2,65 174.741
6 10 0 2,52 166.1688
7 12 0 2,66 175.4004
8 14 0 1,42 93.06348
9 16 0 2,31 152.3214
10 18 0 1,65 108.801
11 20 0 1,896 125.02224
12 0 2 1,17 152.3214
13 2 2 1,193 108.801
14 4 2 1,626 125.02224
15 6 2 1,485 77.1498
16 8 2 1,65 78.66642
17 10 2 1,31 107.21844
18 12 2 1,885 97.9209
19 14 2 1,62 86.3814
20 16 2 1,76 124.2969
21 18 2 1,05 106.8228
22 20 2 1,26 116.0544
23 0 4 2,1 69.237
24 2 4 2,55 83.0844
25 4 4 1,73 138.474
26 6 4 3,02 168.147
Fig. 7 Mapa do Campo Experimental de Geofisica (imagem fornecida pelos supervisores)
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Tabela 3. Medições com terreno molhado:
Medição Coordenada X Coordenada Y Resistência Resistividade Aparente
27 8 4 3.36 114.0762
28 10 4 0,05 199.1388
29 12 4 0,05 221.5584
30 14 4 3,62 3.297
31 16 4 2,74 3.297
32 18 4 0,51 238.7028
33 20 4 4,27 180.6756
34 0 6 1,686 33.6294
35 2 6 2,64 281.5638
36 4 6 1,003 111.17484
37 6 6 2,04 173.97484
38 8 6 0,41 66.13782
39 10 6 3,18 134.5176
40 12 6 2,35 27.0354
41 14 6 0,2 209.6892
42 16 6 2,04 154.959
43 18 6 0,25 13.188
44 20 6 1,55 134.5176
45 0 8 2,75 16.485
46 2 8 2,24 102.207
47 4 8 2,97 181.335
48 6 8 2,19 150.6886
49 8 8 2,4 158.256
50 10 8 2,02 133.1988
51 12 8 1,3 85.722
52 14 8 1,88 123.9672
53 16 8 1,83 120.6702
54 18 8 0,45 29.673
55 20 8 3,12 205.7328
56 0 10 2,87 189.2478
57 2 10 2,53 166.8282
58 4 10 3,13 206.3922
59 6 10 3,12 205.7328
60 8 10 1,58 104.1852
61 10 10 2,99 197.1606
62 12 10 0,7 46.158
63 14 10 3,7 243.978
64 16 10 1,81 119.3514
65 18 10 1,898 125.15412
66 20 10 2,84 187.2696
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7.6 Resultados
Depois da obtencao dos valores da resistência em cada ponto, a equipa procedeu ao cálculo da
resistividade aparente em cada ponto.
O valor da resistividade aparente e dado pela fórmula:
Em que:
= R=Resistência (valor digitalizado no resistivimetro)
a = 0,5 m
b = 3 m
Após o cálculo da resistividade aparente em todos os pontos procedeu-se á construção
de duas tabelas de modo a organizar a informação. Essas tabelas constam nas páginas 15 e 16
deste relatório. Esta divisão é devida às diferentes condições metereológicas em que as
medições foram feitas.
Fig. 8 Resistivimetro
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7.6.1 Gráficos
Após a recolha e o cálculo dos valores da resistência, a equipa recorreu ao programa
Surfer para elaborar dois gráficos com as seguintes caracteristicas:
Método de interpolação: kriging
Nº máximo de pontos estimulantes: 6
Grelha: 0,5m 0,5m
Eixos: Unidades – metro
Gráfico 1 - Contour Map
Gráfico 2 - 3D Surface
x
y
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8. Conclusão
Com a realização deste projeto, a equipa desenvolveu um trabalho intenso, do nosso ponto de
vista. Contudo, com a aplicação da nossa metedologia de trabalho e com a contribuição de todos os
elementos do grupo, conseguimos atingir o nosso grande objetivo, embora os resultados não estejam de
acordo com as nossas expetativas.
De um modo geral, esta unidade curricular de Projeto FEUP, ajudou-nos a desenvolver
bastantes capacidades nomeadamente, o trabalho em equipa, assim como nos ofereceu uma excelente
formação para a realização de um Projeto.
No que diz respeito ao trabalho em si, a análise ao solo foi mais demorada do que pensávamos
e demonstrou que o terreno do CEG é bastante homogénio. Tal situação deve-se ao facto de os nossos
resultados finais, valores de resistividade aparente, se demonstrarem muito regulares em todo o campo,
sem quase nenhuma zona claramente destacada. Contudo, existem algumas zonas no campo a ter em
consideração entre as quais: no ponto (0,0) onde o valor da resistividade é muito elevado, o que nos leva
concluir acerca da existencia de um material muito pouco condutor naquela zona. Para valores de x entre
14 e 16 e para valores de y entre 4 e 6 há uma zona onde o valor da resistividade é muito baixo logo
concluimos que existe um metal condutor naquele local do campo.
Dados estes resultados, a equipa teria sido a favor de recorrer antes a um radar de penetração
no solo (GPR) que permite uma prospeção mais rápida, a maior profundidade e com muito mais
resolução.
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9. Referências Bibliográficas
Geofisica Ambiental – IAG – USP
Acedido a 23 de Outubro
http://www.iag.usp.br/siae98/geofisica/geofambiental.htm
Geofisica aplicada a deteção de contaminação do solo
Acedido a 23 de Outubro
http://www.cetesb.sp.gov.br/Solo/areas_contaminadas/anexos/download/6200.pdf
Resistividade elétrica
Acedido a 21 de Outubro
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/168844/1/Resistividade.pdf
GEOFÍSICA – Guia do Estudante
Acedido a 22 de Outubro
http://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/meio-ambiente-ciencias-agrarias/geofisica-686304.shtml
INTRODUÇÃO Á GEOFISICA – IAG – USP
Acedido a 22 de Outubro
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