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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Mapeamento do campo experimental de Geofisica (CEG) da FEUP pelo método da resistividade elétrica Projeto FEUP 2013/2014 MIEMM e LCEEMG: Coordenador geral: Armando Sousa Coordenador de Curso: Manuel Vieira Equipa EMM24: Supervisor: Alexandre Leite Monitor: Miguel Mendenha José Pedro Gomes Estudantes & Autores: Ana Miranda [email protected] Inês Mesquita [email protected] Beatriz Coelho [email protected] João Ramalho up201303583@ fe.up.pt Daniel Vinhas [email protected] Maria Pina up2013007721@ fe.up.pt Frederico Ribeiro up201304165@ fe.up.pt YanZhang Wen up201307728@ fe.up.pt

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Mapeamento do campo

experimental de Geofisica (CEG) da

FEUP pelo método da resistividade

elétrica

Projeto FEUP 2013/2014 – MIEMM e LCEEMG:

Coordenador geral: Armando Sousa Coordenador de Curso: Manuel Vieira

Equipa EMM24:

Supervisor: Alexandre Leite Monitor: Miguel Mendenha

José Pedro Gomes

Estudantes & Autores:

Ana Miranda [email protected] Inês Mesquita [email protected]

Beatriz Coelho [email protected] João Ramalho up201303583@ fe.up.pt

Daniel Vinhas [email protected] Maria Pina up2013007721@ fe.up.pt

Frederico Ribeiro up201304165@ fe.up.pt YanZhang Wen up201307728@ fe.up.pt

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EMM24 Página 2

Resumo

Ao longo do último mês, a nossa equipa do Projeto FEUP realizou um trabalho no campo

experimental de Geofisica da FEUP, CEG, acerca da prospeção de solos através do método eléctrico da

resistividade. Este projeto teve duas vertentes, uma mais focalizada na obtenção de dados no campo

experimental e na pesquisa de informação na qual fomos auxiliados por técnicas adquiridas na semana

de receção ao caloiro e, outra mais prática que consistiu na elaboração de um relatório, pôster e

apresentação powerpoint.

Agradecimentos

A equipa agradece a todos os professores pela formação recebida nas palestras durante a

semana de receção. Queremos deixar igualmente um especial apreço aos nossos monitores José Pedro

Gomes e Miguel Mendenha.

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

EMM24 Página 3

Indice Resumo…………….……………………………………………………………………………………..2

Agradecimentos.………………………………………………………………………………………….2

Lista de Figuras.………………………………………………………………………………………….4

1. Introdução.….………………………………………………………………………….………………5

2. Breve definição de Geofisica….….………………………………………………………………….6

3. Geofisica á escala mundial…….….…………………………………………………………………6

4. Geofisica Ambiental…………………………………………………………………………………..7

5. Métodos de mapeamento…………………………………………………………………………….9

5.1 Método Eletromagnético Indutivo………………………………………………………..9

5.2 Radar de Penetração no solo (GPR) …………………………………………………..9

5.3 Método Sismico……………………………………………………………………………9

6. Método da Resistividade Eletrica………………………………………………………………….....10

6.1 Resistividade elétrica……………………………………………………………………...10

6.1.1 Mobilização de iões em águas superficiais e subsuperficiais……….. …………11

6.2 Arranjo Schlumberger……………………………………………………………………..12

7. Mapeamento do campo – Trabalho prático…………………………………………………………13

7.1 Objetivo….…………………………………………………………………………………..13

7.2 Processo Experimental….………………………………………………………………...13

7.3 Material……..…………..…………………………………………………………………...13

7.3.1 Material utilizado no CEG………………………………………………………......13

7.3.2 Material utilizado na análise de resultados……………………………………….13

7.3 Procedimento…………………………………………………………………………..…...16

7.5 Tabelas de dados obtidos.………………………………………………………………...15

7.6 Resultados…….…………………………………………………………………………….17

7.6.1 Gráficos….………………………………………………………………………….....18

8. Conclusão…….….……………………………………………………………………………………....19

9. Referências Bibliográficas…….………………………………………………………………..….......20

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EMM24 Página 4

Lista de figuras

Figuras

Figura 1: Estrutura da Terra Pág. 7

Figura 2:Testemunhos de sondagens Pág. 8

Figura 3: Imagem gerada por um GPR Pág. 9

Figura 4: Esquema de montagem de um sistema para medir a resistividade no solo Pág. 11

Figura 5: Esquema de campo para o Arranjo Schlumberger Pág. 12

Figura 6: Mapa do Campo Experimental de Geofisica Pág. 15

Figura 7: Resistivimetro Pág. 17

Tabelas

Tabela 1: Valores aproximados de resistividade em função dos diferentes terrenos. Pág. 12

Tabela 2: Medições com terreno seco. Pág. 16

Tabela 3: Medições com terreno molhado. Pág. 17

Gráficos

Gráfico 1: Contour Map Pág. 19

Gráfico 2: 3D Surface Pág. 19

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EMM24 Página 5

1.Introdução

Ao longo das últimas semanas, a nossa equipa realizou um projeto inserido numa área de

conhecimento denominada geofisica. Este trabalho teve como principal meta a obtenção e a análise

crítica de mapas da variabilidade espacial, em planta, da resistividade aparente do solo, numa zona

definida do CEG da FEUP, recorrendo ao método da resistividade elétrica.

O nosso grande objetivo, e expetativa, para este projeto era e deteção de metais algures

enterrados no subsolo do CEG. Para o conseguirmos, realizamos um trabalho prático que necessitou de

várias tardes para ser concluido. Á medida que a prospeção ao terreno era executada, a equipa teve de

lidar com alguns imprevistos que afetaram, de algum modo, os nossos resultados nomeadamente, as

condições climáticas e a disponobilidade dos elementos da equipa.

Assim que a recolha dos dados do terreno foram todos retirados, a equipa realizou várias

pesquisas para ganhar alguns conhecimentos acerca das matérias envolventes neste projeto a fim de

poder analisar os dados recolhidos e retirar algumas conclusões.

Este foi um trabalho que levou mais horas a ser concluido do que contavamos e que são o

resultado do processo de trabalho em equipa: alinhamento dos elementos do grupo com os objetivos do

trabalho e o modo de interação entre todos. Contudo, a equipa soube manter-se coesa e com a ajuda de

alguns meios externos conseguimos passar por todos os momentos mais complicados e chegamos a

uma conclusão final.

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EMM24 Página 6

2. Breve definição de Geofisica

A geofísica é uma ciência que estuda a estrutura, a composição, as propriedades físicas e os

processos dinâmicos da Terra. Um engenheiro/geólogo que trabalhe na geofísica investiga os fenómenos

elétricos, térmicos, magnéticos, gravitacionais e sísmicos do planeta Terra. Com instrumentos especiais e

leis da matemática, da física e da química, um geofísico estuda as forças que afetam a superfície, o

subsolo e a atmosfera terrestre. Observa e calcula os movimentos do solo e do subsolo e pesquisa a

origem e a atividade dos vulcões, a curvatura do planeta e outras características geofísicas do globo

terrestre. Deteta e mede a intensidade de terramotos e maremotos, para além de investigar a estrutura

das formações rochosas e as propriedades físicas e químicas dos mares.

3. A Geofísica à escala mundial

Como já foi referenciado anteriormente a geofísica é a junção do estudo da Geologia e da física

(disciplina que correlaciona e explica certos fenómenos naturais que sucedem na Terra e no espaço

envolvente mais próximo), sendo esta dividida em dois semi campos: a geofísica externa (tudo o que

acontece na crusta terrestre: a meteorologia, a oceanografia física e a hidrologia) e a geofísica interna (a

geodesia, a sismologia, o magnetismo terrestre, a vulcanologia e a tectonofísica).

A população mundial percebeu, desde 1960, que a “questão ambiental” além de ser uma

questão científica é também de dimensão social e política deu início a debates públicos e internacionais,

baseados no padrão de crescimento socioeconómico, que concluíram que, desde há dez anos para os

dias de hoje, as intervenções antrópicas intensas (em especial a atividade industrial) no meio ambiente

causam um número cada vez maior de impactos ambientais e como consequência admitiu-se ser

necessário uma proposta alternativa de desenvolvimento e resolução de problemas até ao momento

criados. A existência de áreas de deposição de resíduos sólidos (contaminantes), onde há suspeita de

contaminação, não só do solo como de águas subterrâneas é, até agora, um dos maiores problemas a

nível mundial. Assim, a Geofisica é uma das principais ciências para questões rlacionadas com o

ambiente.

A geofísica tem sido portanto de grande utilidade na prospeção do solos, tanto para instalação

de áreas de disposição de resíduos como para verificar as condições de algumas destas áreas já

existentes. Esta inspeção é mais concretamente a realização de estudos detalhados das características

do meio físico (principalmente relacionadas à capacidade dos materiais em atenuar a carga de

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EMM24 Página 7

contaminantes e isolá-la de possíveis aquíferos e outros possíveis locais que contenham água), como o

conhecimento dos materiais geológicos e dos seus arranjos espaciais e das características geotécnicas,

hidrogeológicas e físico-químicas.

Contudo o uso da Geofísica, aliada à informação geológica da superfície terrestre, não é apenas

utilizada no diagnóstico de áreas contaminadas. Em levantamentos geofísicos obtém-se muitos mais

dados relativos ao terreno em estudo como a informação das feições geológicas e hidrogeológicas dos

locais investigados: mapas relativos á disposição de resíduos quanto a características do meio físico

onde é possível identificarem o fluxo de águas superficiais e subterrâneas e o seu nível, a espessura e o

volume de materiais consolidados e a presença de fraturas, e também nas relações entre resíduos e o

local de disposição como deteção e delimitação da zona de influência e avaliação da intensidade de

contaminação (no caso desta existir).

4. Geofísica Ambiental

Investigação geofísica é o que permite a descoberta da variação das propriedades físicas do

interior da Terra, tanto vertical como lateralmente. Assim sendo, dá-nos informações que permitem

estudar a estrutura e composição do interior da Terra.

Os métodos geofísicos são utilizados em diversos estudos, que variam entre a escala global até

à exploração de regiões na crusta. Grande parte do conhecimento da estrutura e composição terrestre

vem da observação geofísica: observação de ondas sísmicas, medições do campo magnético, medições

do campo gravítico…

Fig. 1 Estrutura da Terra (www.cprm.gov.br)

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Houve, desde há cerca de 70 anos, um desenvolvimento nestes métodos (principalmente voltado

para os depósitos minerais e prospecção de hidrocarbonetos). Durante este tempo criaram-se vários

instrumentos e houve um grande avanço na interpretação dos dados. Para dar resposta ao enorme

consumo de matérias-primas, a exploração geofísica tem-se feito a profundidades cada vez maiores.

Mais recentemente, na última década começaram a existir modelagens a 3 dimensões. Ou seja,

começou a ser possível a conversão de medições geofísicas de rochas do subsolo para imagens a 3D, o

que permite uma melhor visualização e análise da informação disponível.

Infelizmente, como a tecnologia é muito recente, é ainda limitada e não fornece modelos com

grande nível de precisão.

Alternativamente, é possível investigar a geologia do interior da Terra pelo uso de sondagens.

No entanto, estas são dispendiosas e a sua informação é reduzida ao local da realização. As sondagens

não podem ser dispensadas totalmente, mas, aplicando os levantamentos geofísicos, é possível reduzir a

sua necessidade.

Fig 2 Testemunhos de sondagens

(mapearbh.com.br)

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5. Métodos de mapeamento

Existe uma grande variedade de métodos Geofisicos que podem ser utilizados nos estudos da

Geofisica. A escolha de um método geofisico adequado ao estudo de um local tem, como é óbvio, a ver

com o tipo de informação necessária para aquilo que se pretende analisar. Existem vários métodos

geofisicos para a inspeção de terrenos.

A seguir são enumerados e brevemente descritos os principais métodos geofisicos utilizados em

trabalhos de Geofisica:

5.1 Método Eletromagnético Indutivo

Este método baseia-se nos fenomenos fisicos de eletrecidade e magnetismo. Deste modo,

aprospeção é feita através de um processo denominado como indução eletromagnética. O aparelho

utilizado neste método é o condutivímetro.

5.2 Geo Radar (GPR)

Este método caracteriza-se por ser um dos mais

recentes e eficazes na investigação Geofisica. Possiblita

mapeamento com alta resolução de feições e estruturas

geológicas.

5.3 Métodos sismicos

São métodos que utilizam a propagação de ondas elásticas. Têm tido um papel decisivo nos

estudos relacionados com a Geologia de Engenharia e é dos métodos mais eficazes na inspeção a

grandes profundidades. Veja-se, por exemplo, as jazidas pretoliferas que são detetadas através da

sismica.

Fig 3 Imagem gerada por um GPR

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6. Método da Resistividade Elétrica

Este método consiste numa corrente eletrica artificial que é introduzida no terreno através de

dois eletrodos. Deste modo, é possivel medir o potencial gerado em outros dois eletrodoscolocados

simetricamente em relação a um ponto central. Através da relação que existe entre potencial eletrico,

disposição geometrica dos eletrodos e corrente eletrica, é possivel calcular a resistência nos subsolos.

Contudo, a resistividade dos solos é afetada por varios fatores dos quais salientam-se:

composição mineralogica, teor de água e quantidade e natureza dos sais dissolvidos. De entre estes

fatores, a água, é sem dúvida aquele que pode ser considerado mais influente. Note-se, que a existencia

de água ou de pelo menos humidade nos solos é condição que permite a aplicação deste método.

6.1 Resistividade elétrica

Resistividade eléctrica é a capacidade de qualquer corpo se por à passagem de corrente

eléctrica mesmo quando existe uma diferença de potencial aplicada. A unidade SI usada é o Ωm (ohm

por metro.

Deste modo, quanto mais baixa for a resistividade de um material, mais facilmente este permite a

passagem de uma carga eletrica. Note-se que diferentes materiais têm diferentes valores de reistividade,

classificando-se assim como: condutores, semicondutores e isolantes térmicos

A resistividade depende de vários factores, entre os quais:

Temperatura - Metais (quanto maior a temperatura, maior a resistência)

- Semicondutores (quando maior a temperatura, menor a resistência)

Natureza do material

Embora a resistência esteja directamente dependente da resistividade do material, é importante

frisar que resistividade é uma propriedade de um tipo de material, enquanto que a resistência é medida

em relação a um determinado objecto.

A resistividade do solo depende essencialmente da composição do terreno, e uma vez que o solo

raramente é homogêneo, a resistência do solo varia consoante a composicão do solo. A resistividade do

solo geralmente é afetada também por fatores externos, tal como contaminação e compactação do solo.

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EMM24 Página 11

Os metais são exemplo de bons condutores, tendo baixos valores de resistividade, enquando que a

borracha é exemplo de um mau condutor.

As propriedades eléctricas do solo podem ser medidas de diversas formas, existindo assim

vários métodos possíveis de serem utilizados.

6.1.1 Valores aproximados de resistividade em função dos diferentes

terrenos

Tabela 1

Natureza do Terreno Resistividade (em ohm.m)

Terreno pantanoso 0 a 30

Lodo 20 a 100

Terra vegetal 10 a 150

Turfa húmida 5 a 100

Argila plástica 50

Terra calcária ou Argila compacta 100 a 200

Terra calcária do jurássico 30 a 40

Areia argilosa 50 a 500

Areia de sílica 200 a 3000

Solo rochoso nu 1500 a 3000

Solo rochoso nu coberto de relva 300 a 500

Calcário mole 100 a 300

Calcário compacto 1000 a 5000

Calcário gretado 500 a 1000

Xistos 50 a 300

Mecaxistos 800

Granitos e grés alterados 1500 a 10000

Fig. 4 Esquema de montagem de um sistema para medir a resistividade no solo

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6.2 Arranjo Schlumberger

Aqui irá-se descrever-se suscintamente como é e como funciona o arranjo de

Schlumberger.

No arranjo Schlumberger os quatro eletrodos são colocados em linha: dois eletrodos

de potencial no meio e mais outros dois eletrodos de corrente nos extremos todos colocados

simetricamente em relação a um ponto central.

Como funciona:

Como se pode observar na figura 5, a corrente eletrica é ejetada no solo através de dois

eletrodos. A resposta é medida através da diferença de potencial. Assim, com os valores da corrente e do

potencial é possivel calcular a resistividade dos materiais presentes no subsolo.

É de referir ainda que quanto maior for a distância AM e NB (Figura 5), a prospeção é feita a

maior profundidade. Isso deve-se ao facto de as linhas equipotenciais se interceptarem a maior

profundidade porque as suas origens estão mais afastadas uma da outra.

Utilidades:

Podemos, através dos valores da resistividade prever a exixtencia de metais no subsolo.

Fig. 6 Esquema de campo para o Arranjo Schlumberger

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7. Mapeamento do Campo – Trabalho Prático

7.1 Objetivo

A componente prática deste trabalho teve como principal meta a obtenção dos valores da

resistividade no subsolo do campo experimental de Geofisica da FEUP (CEG). Para cumprir com este

objetivo, a equipa seguiu um procedimento (que está devidamente descrito no ponto 7.4 - pág. 14) e

recolheu todos os dados necessários para retirar algumas conclusões acerca da existência de metais

enterrados no subsolo. Estes valores foram obtidos em pontos especificos. No final foi calculado o valor

da resistividade aparente em todos os pontos e construiram-se 2 gráficos (pág. 18) que nos permitiram

analisar toda a informação recolhida no CEG.

7.2 Processo experimental

Este trabalho prático precisa de várias horas para ser concluido. A sua duração depende de

muitos fatores entre eles: o número de medições por ponto e as condições climáticas.

7.3 Material

7.3.1 Material utilizado no CEG

4 Eletrodos

4 Pregos metalicos

18 Estacas de madeira

Pelo menos 1 elastico

Fita métrica com 40 metros

1 Martelo

18 Estacas de madeira

Resistivimetro

Fio condutor

Luneta Topográfica

7.3.2 Material utilizado na análise dos resultados

Computador: Programa Surfer 11 ; Microsoft Exel ; Microsoft Word

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7.4 Procedimento

1. Colocar a Luneta Topográfica num ponto escolhido estratégicamente

2. Assinalar esse ponto (P1) com um prego de madeira

3. Calibrar a Luneta Topográfica

4. Proceder á marcação dos 10 metros (P2) e colocar um prego de madeira nesse ponto

5. Girar a Luneta Topográfica a 90 graus

6. Marcar 20 metros (P3) e 40 metros (P4) nesta direção

7. Colocar uma estaca de madeira nestes dois pontos

8. Cortar toda a relva que se encontre na área delimitada pelos pontos P1 P2 E P4.

9. No ponto onde estava colocada a luneta topográfica colocar o 0 da fita métrica e esticá-la em

direção á referência dos 10 metros.

10. De 2 em 2 metros espetar um prego de madeira.

11. Colocar a Luneta Topográfica no ponto P3 e repetir o passo anterior

12. Colocar a Luneta Topográfica no ponto P4 e repetir o passo 10

13. Remover a Luneta Topográfica do terreno

14. Prender um elástico numa estaca e estica-lo em direção á estaca simetricamente oposta a esta

15. Colocar o resistivimetro em frente á primeira estaca

16. Medir 25 cm para cada lado desse ponto

17. Espetar duas espigas metálicas nesses dois pontos

18. A partir desses dois pontos, medir 3m para cada lado (sempre paralelo ás linhas de campo)

19. Espetar nesses dois pontos mais duas espigas metálicas

20. Ligar os eletrodos ao resistivimetro

21. Ligar os eletrodos às espigas metálicas

22. Selecionar no resistivimetro o número de medições que se pretende efetuar

23. Ligar o resistivimetro

24. Carregar no botão start

25. Registar o útimo valor a ser digitalizado

26. Repetir o mesmo processo para todos pontos

27. Calcular a resistividade aparente em cada ponto

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7.5 Tabelas de dados obtidos

Tabela 2. Medições com terreno seco:

Medição Coordenada X Coordenada Y Resistência Resistividade Aparente

1 0 0 9,16 650.1684

2 2 0 2,25 148.365

3 4 0 1,736 113.1499

4 6 0 1,335 88.0299

5 8 0 2,65 174.741

6 10 0 2,52 166.1688

7 12 0 2,66 175.4004

8 14 0 1,42 93.06348

9 16 0 2,31 152.3214

10 18 0 1,65 108.801

11 20 0 1,896 125.02224

12 0 2 1,17 152.3214

13 2 2 1,193 108.801

14 4 2 1,626 125.02224

15 6 2 1,485 77.1498

16 8 2 1,65 78.66642

17 10 2 1,31 107.21844

18 12 2 1,885 97.9209

19 14 2 1,62 86.3814

20 16 2 1,76 124.2969

21 18 2 1,05 106.8228

22 20 2 1,26 116.0544

23 0 4 2,1 69.237

24 2 4 2,55 83.0844

25 4 4 1,73 138.474

26 6 4 3,02 168.147

Fig. 7 Mapa do Campo Experimental de Geofisica (imagem fornecida pelos supervisores)

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Tabela 3. Medições com terreno molhado:

Medição Coordenada X Coordenada Y Resistência Resistividade Aparente

27 8 4 3.36 114.0762

28 10 4 0,05 199.1388

29 12 4 0,05 221.5584

30 14 4 3,62 3.297

31 16 4 2,74 3.297

32 18 4 0,51 238.7028

33 20 4 4,27 180.6756

34 0 6 1,686 33.6294

35 2 6 2,64 281.5638

36 4 6 1,003 111.17484

37 6 6 2,04 173.97484

38 8 6 0,41 66.13782

39 10 6 3,18 134.5176

40 12 6 2,35 27.0354

41 14 6 0,2 209.6892

42 16 6 2,04 154.959

43 18 6 0,25 13.188

44 20 6 1,55 134.5176

45 0 8 2,75 16.485

46 2 8 2,24 102.207

47 4 8 2,97 181.335

48 6 8 2,19 150.6886

49 8 8 2,4 158.256

50 10 8 2,02 133.1988

51 12 8 1,3 85.722

52 14 8 1,88 123.9672

53 16 8 1,83 120.6702

54 18 8 0,45 29.673

55 20 8 3,12 205.7328

56 0 10 2,87 189.2478

57 2 10 2,53 166.8282

58 4 10 3,13 206.3922

59 6 10 3,12 205.7328

60 8 10 1,58 104.1852

61 10 10 2,99 197.1606

62 12 10 0,7 46.158

63 14 10 3,7 243.978

64 16 10 1,81 119.3514

65 18 10 1,898 125.15412

66 20 10 2,84 187.2696

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7.6 Resultados

Depois da obtencao dos valores da resistência em cada ponto, a equipa procedeu ao cálculo da

resistividade aparente em cada ponto.

O valor da resistividade aparente e dado pela fórmula:

Em que:

= R=Resistência (valor digitalizado no resistivimetro)

a = 0,5 m

b = 3 m

Após o cálculo da resistividade aparente em todos os pontos procedeu-se á construção

de duas tabelas de modo a organizar a informação. Essas tabelas constam nas páginas 15 e 16

deste relatório. Esta divisão é devida às diferentes condições metereológicas em que as

medições foram feitas.

Fig. 8 Resistivimetro

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7.6.1 Gráficos

Após a recolha e o cálculo dos valores da resistência, a equipa recorreu ao programa

Surfer para elaborar dois gráficos com as seguintes caracteristicas:

Método de interpolação: kriging

Nº máximo de pontos estimulantes: 6

Grelha: 0,5m 0,5m

Eixos: Unidades – metro

Gráfico 1 - Contour Map

Gráfico 2 - 3D Surface

x

y

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8. Conclusão

Com a realização deste projeto, a equipa desenvolveu um trabalho intenso, do nosso ponto de

vista. Contudo, com a aplicação da nossa metedologia de trabalho e com a contribuição de todos os

elementos do grupo, conseguimos atingir o nosso grande objetivo, embora os resultados não estejam de

acordo com as nossas expetativas.

De um modo geral, esta unidade curricular de Projeto FEUP, ajudou-nos a desenvolver

bastantes capacidades nomeadamente, o trabalho em equipa, assim como nos ofereceu uma excelente

formação para a realização de um Projeto.

No que diz respeito ao trabalho em si, a análise ao solo foi mais demorada do que pensávamos

e demonstrou que o terreno do CEG é bastante homogénio. Tal situação deve-se ao facto de os nossos

resultados finais, valores de resistividade aparente, se demonstrarem muito regulares em todo o campo,

sem quase nenhuma zona claramente destacada. Contudo, existem algumas zonas no campo a ter em

consideração entre as quais: no ponto (0,0) onde o valor da resistividade é muito elevado, o que nos leva

concluir acerca da existencia de um material muito pouco condutor naquela zona. Para valores de x entre

14 e 16 e para valores de y entre 4 e 6 há uma zona onde o valor da resistividade é muito baixo logo

concluimos que existe um metal condutor naquele local do campo.

Dados estes resultados, a equipa teria sido a favor de recorrer antes a um radar de penetração

no solo (GPR) que permite uma prospeção mais rápida, a maior profundidade e com muito mais

resolução.

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9. Referências Bibliográficas

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Acedido a 23 de Outubro

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Acedido a 21 de Outubro

https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/168844/1/Resistividade.pdf

GEOFÍSICA – Guia do Estudante

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http://www.iag.usp.br/~eder/apostila/00_Introducao_a_Geofisica_IAG_USP.pdf

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Elis, Vagner Roberto, and Lázaro Valentim Zuquette. “Caracterização geofísica de áreas utilizadas para disposição de resíduos sólidos urbanos.” Brazilian Journal of Geology 32.1 (2008): 119-134. ,Elis, V. R., & Zuquette, L. V. (2008). Caracterização geofísica de áreas utilizadas para disposição de resíduos sólidos urbanos. Brazilian Journal of Geology, 32(1), 119-134.

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Ver. Bras. Geof. Vol.26 no.2 São Paulo Apr./June 2008 ---- Ensaios geofísicos no aterro sanitário de Cuiabá-MT --- Acedido a 16 de Outubro

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Ver. Bras. Geof. Vol.24 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2006 --- Sergio Junior da Silva FachinI; Felix HuberII; Shozo ShiraiwaIII; Welitom Rodrigues BorgesIV; Renato Blat Migliorini ---- Acedido a 16 de Outubro

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

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