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FACULDADE 7 DE SETEMBRO - FA7 Comunicação integrada nas organizações: aplicação na Assessoria de Comunicação do Banco do Nordeste do Brasil SAMMIA INGREED PEREIRA SANTOS FORTALEZA-CE 2011

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FACULDADE 7 DE SETEMBRO - FA7

Comunicação integrada nas organizações: aplicação na Assessoria de

Comunicação do Banco do Nordeste do Brasil

SAMMIA INGREED PEREIRA SANTOS

FORTALEZA-CE

2011

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SAMMIA INGREED PEREIRA SANTOS

Comunicação integrada nas organizações: aplicação na Assessoria de

Comunicação do Banco do Nordeste do Brasil

Monografia apresentada à Faculdade 7 de

Setembro como requisito parcial para obtenção

do título de Bacharel em Comunicação Social.

Orientador: Prof. Miguel Augusto Macedo de Araújo Lima, Ms.

FORTALEZA – 2011

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Comunicação integrada nas organizações: aplicação na Assessoria de

Comunicação do Banco do Nordeste do Brasil

Monografia apresentada à Faculdade 7 de Setembro como requisito parcial para

obtenção do título de Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo.

______________________________________________

Sammia Ingreed Pereira Santos

Monografia aprovada em: _______/_______/_______

______________________________________________

Orientador: Miguel Augusto Macedo de Araújo Lima, Ms.

_________________________________________

1º Examinador: Dilson Alexandre Mendonça Bruno, Ms.

_________________________________________

2º Examinador: Erick Picanço Dias, Esp.

_________________________________________

Dilson Alexandre Mendonça Bruno, Ms (FA7)

Coordenador do Curso

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Aos meus pais, por todo amor e confiança

que sempre depositam em mim.

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AGRADECIMENTOS

A meu querido Deus, pelo maravilhoso dom da vida e pela companhia na jornada.

À minha mãe, Luciene, por suas palavras sábias, por me fazer forte nos momentos

difíceis, por estar comigo em cada vitória e me apoiar em todas as decisões. Ao meu

pai, Valdir, pela confiança depositada, pela paciência, por torcer por minhas conquistas

e me apoiar para concluir essa etapa. Sem eles eu não teria conseguido, foram

professores de amor.

À minha irmã querida, Clarisse, primeiro por liberar a luz do quarto e o computador

para que eu pudesse realizar esse trabalho. Sobretudo, por sempre ter doses de amor e

estar sempre disposta a incentivar.

Aos meus irmãos, Simmon e Luck, ao vovô Chico (in memoriam), a Tete, a Neide e a

parentes.

Agradeço aos meus amigos da faculdade que além de proporcionar um ambiente

agradável e fraterno, desejo levar na minha bagagem, em especial a Angélica, Sâmila,

Eugênia, Renato, Monique, karísia, Kátia, Jair e Ermeson.

Aos meus amigos, entre eles, a Mari pelo carinho e momentos de fé; ao Gustavo pela

companhia e todo o material que sempre me sugeriu à leitura; ao Heraldo pelo bom

humor; a Josi e Adeliane, minhas amigas da escola.

Aos meus professores e coordenadores, em especial, Alessandra Marques, Juliana Lotif,

Kátia Patrocinio e Paulo Ernesto que me apresentou o conceito de comunicação

integrada.

Ao meu orientador, Miguel Macedo e a banca, por fazer parte de mais uma etapa da

minha formação.

Ao Banco do Nordeste do Brasil, por disponibilizar acesso à comunicação, em especial a

jornalista Angélica Paiva.

E todos que, de forma direta ou indireta, contribuíram para a construção desse trabalho.

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RESUMO

O presente trabalho constitui em um estudo de caso que visa demonstrar a eficácia na

estratégia da comunicação integrada. A pesquisa defende uma atuação conjugada dos

profissionais de forma somática e em contrataste com a peculiaridade de cada

habilitação nas respectivas subáreas: Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e

Propaganda. Essa atuação é possível em função de política sistematizada e com

participação ativa do composto comunicacional em diversas áreas da

organização/empresa. Desta forma, a comunicação é fomentada de maneira global, em

que as atividades são claramente definidas. Por meio do estudo de Caso do Banco do

Nordeste do Brasil (BNB), foi possível, obter informação para sustentar dados

apontados no conceito de comunicação integrada. Essa integração é uma filosofia que

direciona de forma harmoniosa o exercício de cada habilitação na formação de um mix

da comunicação organizacional/empresarial.

Palavras-chave: Comunicação, organização, estratégia, integração, gestão, endomarketing.

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RESUMEN

Este trabajo constituye en un estudio de caso que tiene como objetivo demostrar la

eficacia en la estrategia de la comunicación integrada. La investigación defiende una

actuación conjugada de los profesionales de forma somática y en contraste con la

peculiaridad de cada habilitación en las respectivas subáreas: Periodismo, Relaciones

Públicas y Publicidad. Esa actuación es posible gracias a la política sistemática y la

participación activa de la comunicación compuesta en diversas áreas de la organización

/ empresa. De esa manera, la comunicación se promueve de forma integral en que las

actividades son claramente definidas. Al estudiar el caso del Banco do Nordeste do

Brasil (BNB), fue posible obtener información para apoyar los datos señalados en el

concepto de comunicación integrada. Esa integración es una filosofía que dirige el buen

ejercicio de cada habilitación en la formación de una mezcla de la comunicación

organizacional / empresarial................................................................................................

Palabras claves: comunicación, organización, estrategia, integración, gestión,

marketing interno.

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ABSTRACT

This study represents a case study that aims to demonstrate the effectiveness of

integrated communication strategy. The research argues for a combined action of

somatic and professional manner in contrast to the peculiarity of each qualification in

the respective areas: Journalism, Public Relations and Advertising. This situation is

possible due to systematic political and active participation of the composite

communication in various areas of the business organization. Thus, communication is

fostered in a comprehensive way in which activities are clearly defined. Througl the

case study of the Northeast Bank of Brazil (BNB), it was possible to obtain information

to support data pointed to the concept of integrated communication. This integration is a

philosophy that drives smoothly the exercise of each qualification in the formation of a

mix of organizational communication / business.

Keywords: communication, organization, strategy, integration, management, internal

marketing.

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SUMÁRIO

Agradecimentos…………………………………………………………......………....05

Resumo ..........................................................................................................................06

Sumário...........................................................................................................................09

Índice de ilustrações.......................................................................................................10

Índice de quadros...........................................................................................................10

I. Introdução..................................................................................................................11

1.2 Procedimentos metodológicos..............................................................................14

1.3 Problemática........................................................................................................16

II. Breve histórico entre fundamentos da comunicação organizacional de Ivy Lee

até a formação no Brasil

2.1 A construção da Assessoria de Imprensa nos Estados Unidos............................17

2.2 A chegada do conceito de Assessoria de Imprensa/Comunicação no Brasil.......20

2.3 O perfil do comunicador no século XXI..............................................................24

2.3.1 Exercício do novo profissional de comunicação organizacional......................28

III. A assessoria de comunicação integrada: conceito e dimensão do estudo,

exercício e verificação de resultado na organização

3.1 Assessoria de Comunicação integrada..................................................................29

3.2 Comunicação organizacional e a superação das crises.........................................32

IV. Contexto e análise da assessoria de comunicação do Banco do Nordeste do

Brasil (BNB)

4.1 Um breve histórico sobre o Banco do Nordeste..................................................34

4.2 Análise da comunicação integrada no Banco do Nordeste do Brasil..................38

4.3 Construção da estrutura da Assessoria de Comunicação do BNB......................41

4.4 Endomarketing: estratégia para a comunicação organizacional..........................46

4.4.1 Construção de uma cultura de comunicação interna.....................................53

4.5 O Centro Cultural do Banco do Nordeste............................................................54

4.6 A imagem: mais do que uma referência sobre a instituição................................56

4.6.1 O valor estratégico na comunicação integrada..............................................63

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V Considerações finais..................................................................................................65

Referências bibliográficas...............................................................................................67

Anexos.............................................................................................................................70

Apêndices........................................................................................................................74

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Comunicação integrada.................................................................................31

Figura 2 - Estrutura comunicacional - BNB.................................................................41

Figura 3 - Gráfico obtido por enquete eletrônica...........................................................58

Figura 5 - Home BNB…………………………………….………………………..…. 61

Figura 6 - Home BNB…………………………………….……………………….…. 61

ÍNDICE DE QUADRO

Quadro 1 - Abordagens de cultura, identidade e suas inter-relações............................. 63

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“Vivemos todos debaixo do mesmo céu,

mas não temos o mesmo horizonte” Konrad Adenauer

1. INTRODUÇÃO

A comunicação integrada é uma evolução despertada em organizações na

contemporaneidade. Ela assume um papel de alto valor estratégico e possibilita às

instituições a formação de conexões mais impulsivas. A globalização e a democracia

trouxeram modificações nas organizações. “Globalizaram-se os processos, as emoções

e, sobretudo, os fluxos e circuitos da informação”. (DUARTE 2008, p. 33)

O presente estudo pretende discutir a aplicação do referido conceito e captar

características da prática da comunicação integrada, discussão que se encontra hoje,

além da pauta acadêmica, sendo tratada nas instituições e organizações como estratégia.

A comunicação atribui parte de resultados responsáveis pela reputação. Essas

instituições e organizações que por sua vez, produzem interferência na opinião pública.

O mundo organizacional modificou-se. Uma alteração que por mais de um século

propõe novas perspectivas das corporações para a sociedade quanto a comunicação

organizacional.

No entanto, não se trata de exaltar a prática exercida por Ivy Lee, em 1906,

com a fomentação da assessoria de imprensa, porque esse não é o objetivo desta

pesquisa, mas consiste em atentar para a evolução do processo de comunicação,

principalmente, que vem sendo alavancado com novos conceitos e cobiçado pelas

organizações e empresas. Esse processo que certamente permanecerá a sua

transformação nos próximos anos, sobretudo, alimentado por novas formas de gerir, o

advento de novas tecnologias e a maior facilidade quanto o acesso a elas.

O recorte escolhido para a pesquisa é a aplicação da comunicação integrada do

Banco do Nordeste do Brasil (BNB), que no Estado do Ceará, é uma instituição que

apresenta práticas desse processo. A estrutura da comunicação no banco foi escolhida

como mote para esta pesquisa, no sentido de representar um conceito, tal como

aproximar teoria a prática. Nesse sentido, comprovar a eficácia desse processo nas

instituições. Todavia, não se pretende esgotar as faces dessa conexão, ou comportar a

complexidade da teoria estudada. Mas apresentar formas eficazes do uso da atividade de

comunicação integrada. Portanto, estimular e aguçar a pesquisa na consciência de

formação para tornar eficaz a comunicação nas instituições.

O estudo utilizou como base, a pesquisa bibliográfica a fim de reunir teorias da

comunicação integrada. A pesquisa agregou concepções principalmente de autores

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como: Kunsch1, que é referência na área de relações públicas e Torquato que é apontado

como pioneiro em comunicação nas organizações no Brasil. Além, da colaboração de

outros pesquisadores e entrevistas com profissionais de comunicação. Nesse primeiro

capítulo, encontramos a introdução que apresenta de forma breve as linhas da pesquisa,

a metodologia utilizada e a problemática.

O segundo capítulo remete ao alicerce da assessoria de comunicação, desta

forma, delineou um panorama que apontou as fases que resultaram na formação de uma

comunicação mais estratégica nas organizações. Ainda nesse capítulo, é apresentada a

engrenagem que move o sistema, os profissionais de comunicação, sendo trabalhado o

perfil dos profissionais e como esses se encontram inseridos no sistema. O terceiro

capítulo aborda o conceito de comunicação integrada como estratégia organizacional e a

dimensão do estudo. No quarto capítulo, consta a análise da comunicação no Banco do

Nordeste do Brasil (BNB), desde a criação da instituição, fomentação da assessoria de

imprensa e construção da assessoria de comunicação integrada. Nesse capítulo, foi

formulada a análise sobre as entrevistas e reflexão sobre a filosofia apresentada.

Também foram abordados, as ferramentas, estratégias e planejamentos da comunicação

integrada a fim suprir com as necessidades comunicacionais.

O presente estudo teve como objetivo geral compreender o processo de

comunicação integrada e sua aplicação estratégica no Banco do Nordeste do Brasil.

Especificamente, a pesquisa buscou a trajetória histórica para compreender a filosofia

formatada na prática organizacional. O estudo procurou ainda, identificar os

personagens desse processo e elaborar uma contextualização e análise da assessoria de

comunicação do referido Banco.

Por fim, esperamos que os dados obtidos nesta pesquisa colaborem para indicar

caminhos à reflexão e pesquisas futuras. Esta que trata de um assunto ainda que

inconclusivo devido divergências que coexistem em relação a diferentes formas de

compreensão da comunicação. Sobretudo, devido a não adesão com totalidade das

organizações. Embora, hoje as empresas sofram uma inclinação para a aplicação do

conceito contribuindo para a prática.

1 Diante das tendências que vislumbravam no país com a retomada da democracia Kunsch percebeu que o paradigma

até então vigente, de uma visão restrita das relações públicas, era muito limitado e que a área estava perdendo terreno

para outros segmentos. Assim foi que em 1985, defendeu a dissertação de mestrado centrada no planejamento das

relações públicas na comunicação integrada. Seu objetivo era dar um enfoque moderno para as relações públicas,

numa perspectiva integrada. (PCL/revista19 Perfis)

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A pesquisa contará com considerações finais que têm o objetivo de demonstrar:

como instituições podem trabalhar com a comunicação integrada para a formulação de

estratégias. Desafio que permeia as reuniões de planejamento das organizações, em que

essas buscam potencializar a comunicação.

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1.2 Procedimentos Metodológicos

O presente trabalho busca compreender a idealização da comunicação

integrada nas organizações. Inicialmente, por meio de uma pesquisa bibliográfica, que

trouxe referência, desde a trajetória do jornalista Ivy Lee à aplicação e conceito de

comunicação integrada nas organizações contemporâneas. A investigação bibliográfica

é essencial para a obtenção do conteúdo prévio e reunião de opiniões já formadas.

Conforme Köche (1997), a pesquisa bibliográfica reúne apresentações que serão

exploradas durante o estudo. Por seguinte, torna-se necessário conhecer para que se

obtenha análise do conhecimento teórico sobre determinado assunto e conceito. Desta

forma, consolida-se em um instrumento imprescindível para quaisquer estudos. A

pesquisa adotou o referente método, no sentido de aquisição do conhecimento do

processo comunicacional.

A pesquisa pressupõe que somente com a racionalidade é possível obter o

conhecimento singular. Por isso, foi por meio de análise, que se tornou possível elucidar

o conteúdo das premissas. Esta pesquisa busca identificar os fatores que contribuíram

para a construção da comunicação integrada e o desafio das empresas em aplicar esta

prática. A pesquisa contou ainda, com o Estudo de Caso do Banco do Nordeste do

Brasil (BNB), escolhida pela prática em comunicação organizacional e pela semelhança

na aplicação do conceito de comunicação integrada. O referido tipo de pesquisa, Estudo

de Caso, conforme Yin (2001) é uma investigação empírica que pretende apontar

fenômenos atuais, possibilitando uma parte do total para análise. Além disso, optou-se

pelo Estudo de Caso único holístico.

A pesquisa foi trabalhada para compreender o gerenciamento da comunicação

no Banco do Nordeste, que tem sede na cidade de Fortaleza, no Estado do Ceará. O

estudo teve como base, dados secundários entre eles: entrevistas gravadas com câmera

digital Sony W120 com profissionais de comunicação, na qual o roteiro se encontra no

anexo deste trabalho; em material fornecido pelos entrevistados e uso de coleta de

dados. Nesse sentido, aplicou-se um questionário quanto às atividades quotidianas do

BNB para compreensão do exercício do comunicador organizacional. Sobretudo, vale

reiterar que o direcionamento do trabalho foi a importância das estratégias na

comunicação integrada. Portanto, este trabalho não teve objetivo de esgotar as

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possibilidades de assuntos condizentes a comunicação organizacional, mas em assinalar

referências fundamentais de convergência e estratégia na comunicação integrada.

A pesquisa buscou identificar os efeitos da comunicação organizacional. Com

base na observância do trabalho realizado no Banco e a revisão bibliográficas de autores

que trabalham a Comunicação. Tendo o objetivo de discorrer sobre as estratégias e

eficácia da integração da comunicação nas organizações, em perspectiva tanto histórica

quanto organizacional.

O trabalho proposto fez o uso do método monográfico Lakatos e Marconi

(2001). Esse estudo consiste em compreender, de forma aprofundada e minuciosa,

determinado conceito explorado. Sobretudo, abordar características históricas, técnicas

e científicas essencialmente. Por isso, a monografia busca um tema específico e

particular a fim de elaborar resultados representativos por meio de uma rígida

metodologia utilizada.

É intrínseca para a fomentação de uma comunicação organizacional

comprometida, a qualificação dos profissionais e o conhecimento das divisões do

trabalho. Em que o método de Estudos de Caso, para fins didáticos foi construído a

partir da aplicação de questionário, entrevistas e relatório durante as visitas. Conforme

Godoy (1998, p. 25 e 26 apud BRUNO), o estudo trata-se de uma análise que tem o

objeto a unidade a ser pesquisada. Com isso, é possível realizar uma pesquisa

observando as experiências vivenciadas pelo Banco do Nordeste. Também, se buscou

trabalhar com pesquisas qualitativas, a fim de compreender os significados da pesquisa,

tal como a decodificação dos elementos em contexto geral, conforme Neves (1996

APUD MAANEN, 1979).

Para Máttar Neto (2002), o método, Estudo de Caso, fomenta uma abordagem

qualitativa, sendo utilizada para obter dados nas organizações e não se limita a narração

de história. Portanto, é possível confirmar ou não hipóteses defendidas por teóricos. Ao

mesmo tempo, em que pode ser fornecido dados quantitativos, por isso, pode ser

estatístico. Esse método tem se apresentado como instrumento preferencial para análise

nas organizações, já que as investigações são refletidas pelo “onde”, “como” e “por

que”. Por isso, foi atribuído o Estudo de Caso para a vigente pesquisa com a finalidade

de analisar a comunicação do Banco do Nordeste do Brasil, acreditando ser o método

ideal para a abordagem desta monografia.

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1.3 Problemática

Para Kunsch (2003), a comunicação integrada é compreendida como uma

filosofia que orienta as organizações na condução das estratégias, sendo produzida por

meio de convergência das áreas. Essa incorporação se encontra em uma percepção

unificada que não consente uma dissonância entre as funções.

Segundo Bueno (2005), a comunicação integrada somente poderá ser praticada

quando há o interesse que não se relaciona apenas no discurso, e sim compreende a

necessidade de se criar uma cultura que aplique de forma eficiente o compartilhamento

do processo de gestão e autonomia dos profissionais. O presente estudo tem como

intuito apontar a importância da execução dessa filosofia na comunicação empresarial e

organizacional. Esta que implica de forma integrada, e que conforme Bueno (2005) tem

a prática criticada nas organizações, isto, visualizada de forma generalizada nas

organizações brasileiras. Para o autor, é necessário a autocrítica. Dessa forma, que a

comunicação não somente esteja articulada, mas que possa ser inserida ao processo de

gestão, planejamento e marketing a fim de estabelecer diálogo com a política e

diretrizes da organização.

O autor critica a forma de comunicação desvencilhada, em que nem sequer é

articulada a comunicação interna com a externa. Também, a forma que separa o

institucional com o mercadológico. Além disso, há uma dificuldade e o sentimento de

disputa entre as subáreas. “Não podemos ser integrados, se ao menos não nos

dispusermos a ser solidários e a entender o outro”. (BUENO, 2005, p. 98)

O autor aponta para uma dificuldade inicial, que desde a faculdade, existe

pouca interação com as subáreas. “As empresas integram pouco porque, na prática, na

área de comunicação e gestão, com as exceções a serem saudadas (até porque são muito

poucas!), privilegiam o controle, a censura, o desestímulo à participação etc.” (BUENO,

2005, p. 98)

Em virtude das dificuldades apresentadas, foi possível elaborar o seguinte

questionamento: Qual o valor estratégico para a organização com a aplicação do

conceito de comunicação integrada para a organização/empresa?

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Comunicação integrada como estratégia nas organizações: aplicação da integração

na assessoria do Banco do Nordeste do Brasil (BNB)

Fundamentos e considerações da assessoria de comunicação à prática organizacional atual

"Princípios da Eficiência: não temer o futuro nem idolatrar o

passado. O insucesso é apenas uma oportunidade de começar de novo

com mais inteligência. O passado só nos serve para mostrar nossas

falhas e fornecer indicações para o progresso no futuro".

Henry Ford

1. Breve histórico entre os fundamentos da comunicação organizacional

de Ivy Lee até a formação no Brasil

2. 1 A construção da Assessoria de Imprensa nos Estados Unidos

A sociedade no início do século XX conviveu com um momento de transição

sociopolítico que impulsionou as organizações a pensar estrategicamente. Portanto, não

é por menos, que as modificações nas decisões e fluxos de informações no universo

corporativo têm sido objeto de estudo nas últimas décadas. Essas alterações sociais e

políticas e a interferência na forma de gerir a informação são alavancados pela

tecnologia e as novas configurações das organizações. (DUARTE, 2008).

O tratamento das organizações com a mídia não é recente. A aplicação do

exercício é assunto discutido por pelo menos um século. O jornalista Ivy Lee

configurou as relações públicas como atividade que priorizava a informação e serviços

de opinião pública. Em 1906, Ivy Lee idealizou a atividade particularizada,

denominando como assessoria de imprensa, ou posteriormente de comunicação. Não se

refere apenas a uma extensão da publicidade, a atividade desenvolvida por Ivy Lee, já

que, a atividade tinha o objetivo de compor melhorias da imagem da empresa, ou ainda,

dos gerenciadores nas organizações. A assessoria de comunicação organizacional foi

fomentada em meio às transformações que se desdobravam na sociedade, sobretudo, no

campo político, que teve como ponto de partida, a reivindicações do operariado. (Op.

cit).

Segundo Duarte (2008), entre os anos de 1875 a 1900, a situação dos Estados

Unidos era de ascensão econômica, denominado por Mark Twain como, “Era Dourada”,

ainda que a Guerra Civil lembrasse a reivindicação da liberdade pela igualdade. Dessa

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forma, foi inserido um momento de caçada convulsa e dramática à moeda. Com o passar

dos anos, a Guerra Civil possibilitou uma especulação à economia, denominado como

Capitalismo Selvagem. A transferência do poder dos aristocratas passa dos agricultores

do Sul para uma nova classe de homens, formados por capitalistas industriais do Leste e

fazendeiros do Oeste, em que foram denominados de self-made-men. A guerra foi

alavancada pelas grandes diferenças socioeconômicas existente nos Estados Unidos.

Não apenas o poder sofreu alterações, como a moral recebeu interferência, também. Por

exemplo, a concepção de pobreza foi concebida com incapacidade, inépcia, enquanto, a

riqueza era atribuída como virtude. Sobretudo, surge um cenário de competição

econômica que impulsionava grandes ambições. Diante, dessas vontades, capitalistas

sem escrúpulos tendo em vista apenas o lucro, impulsionaram seus operários a produzir

mais.

Nesse período, dava-se início o Taylorismo, e aceitação das indústrias norte-

americanas para a adesão da “ideologia da produtividade”. Ao mesmo tempo, em que se

acelerava o lucro, a ideologia afastava os operários de se opor a nova concepção. Taylor

apresentou uma proposta de trabalho supervisionado, sem interrupções e a

particularização de cada movimento. Todavia, a prática em que os operários foram

submetidos despertou o interesse e crítica de jornalistas, entre eles, participantes e

escritores de vanguarda que estavam envolvidos em buscas voltadas à sociedade. Em

que se destacaram nomes como: Mark Twain, Frank Norris e Jack London. (Op. cit)

Por outra vertente, surge a necessidade de capitalistas atenuarem crises. Uma

nova atitude em relação à opinião pública surge. Dessa forma, o jornalista Ivy Lee inicia

com a prestação de serviços aos capitalistas na tentativa de melhorar a imagem pública

que havia sido atingida. Não se tratava de anúncios publicitários, mas de divulgação em

informações coerentes, de interesse público e da empresa. Ivy Lee teve como primeiro

cliente, John D. Rockefeller, em que prestou atendimento, tendo que atenuar a imagem

de velho barão capitalista a ser novamente respeitado pela sociedade. Diante dessas

referências, o jornalista Lee marca o nascimento da assessoria de imprensa. Por meio de

carta aos editores, apresentou a seguinte explanação, que é um documento histórico:

Este não é um serviço de imprensa secreto. Todo nosso trabalho é feito às

claras. Pretendemos fazer a divulgação de notícias. Isto não é agenciamento

de anúncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria melhor na seção

comercial, não usem. Nosso assunto é exato. Maiores detalhes, sobre

qualquer questão, serão dados prontamente.

E qualquer diretor de jornal interessado será auxiliado, com maior prazer, na

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verificação direta de qualquer declaração de fato. Em resumo, nosso plano é

divulgar, prontamente, para o bem das empresas e das instituições públicas,

com absoluta franqueza, à imprensa e ao público dos estados Unidos

informações relativas a assuntos de valor e de interessa para o público.

(DUARTE, 2008 p. 36)

Foi por meio desta declaração que o jornalista Ivy Lee estruturou um conjunto

de regras, tendo como pressuposto o comprometimento para auxiliar a imprensa com

informações de interesse à sociedade. A contratação de Ivy Lee por (John D.)

Rockefeller se deu durante a greve sangrenta da „Colorado Fuel and Iron Co.‟

A primeira estratégia tomada pelo jornalista foi retirar os detetives do

Rockefeller, na intenção de diminuir as barreiras do capitalista com a sociedade. A

situação encontrava-se tão insustentável, que se chegou a ponto, da família capitalista

contar com guarda-costas, para manter sua integridade física.

Em que Andrade (1983 apud DUARTE 2008) expõe o exercício de assessoria

de comunicação realizada por Ivy Lee, como uma atividade que permitia a divulgação e

acesso da imprensa quanto a informações nas indústrias. A situação seria uma

possibilidade de interagir com a imprensa. Dessa forma, o pai das Relações Públicas, se

apresentou disposto a divulgar informações da qual a mídia solicitaria.

Além disso, possibilitou fatos que pudessem ser noticiados. Um exemplo

citado foi a verificação sobre a greve que envolvia o dono da Colorado Fuel and Iron

Co, sobre uma denúncia que o acusava de atirar sobre os manifestantes. A investigação

foi realizada pelo Congresso norte-americano. Segundo Bueno (2000, p.20),

“Rockefeller chegou a ser um dos homens mais odiados da história dos negócios”. No

entanto, a presença do então impopular Rockefeller em resposta à averiguação, não era

esperada pela imprensa, no qual fez referência sobre a surpresa presença do capitalista.

Fato que seria impossível, antes da iniciação do trabalho de assessoria de imprensa.

A estratégia proporcionou resposta que possibilitou atenuar a situação. “Não se

pode dizer que Lee tenha usado, nessa ocasião, técnicas exatas de Relações públicas e

Publicidade e Propaganda, mas de qualquer maneira, conseguiu solucionar a questão

que chamou a atenção dos donos de poderosas empresas para o problema”.

(ANDRADE, 1983, p. 61 APUD DUARTE, 2008, p. 37)

A informação repassada à imprensa, por outro lado, não se conteve apenas aos

cuidados para o bom relacionamento com a mídia. Embora o jornalista Ivy Lee tenha

contribuído com dados para assuntos divulgados nos jornais, também, ocorreu o que

Duarte (2008) denomina por “jogo sujo”. Por meio de ações que envolveram propina,

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viagens, favores, entre outras práticas que tinham benefícios particulares. Contudo, é

possível atribuir à prática de comunicação exercida por Ivy Lee, segmentos do que mais

tarde, seria nomeado por assessoria de imprensa/comunicação.

2.2 A chegada do conceito de Assessoria de Imprensa/Comunicação no Brasil

As organizações, como partes integrantes da sociedade, são diretamente

afetadas por todas essas novas mudanças e, consequentemente, a sua

comunicação assume novas formas de atuação. (MARCHIORI, 2008, p.173)

Segundo Marchiori (2008), a nova ordem de democracia descrita pela

Constituição de 1946 apontava para uma conjuntura econômica que foi alavancada pela

indústria. Sobretudo, muitas delas, multinacionais que trouxeram valores de

comunicação organizacional, nas áreas de Propaganda e Publicidade, Relações Públicas

e Jornalismo. Em pouco tempo, já na década de 1950, a transmissão televisiva desperta

a curiosidade da sociedade pelo surgimento da nova mídia trazida por Assis

Chateaubriand. Ele fundou o primeiro canal de televisão no Brasil, a TV Tupi em 1950.

Em seguida, são criados os institutos de pesquisa de opinião e mercado, entre eles o

Ibope e Marplan.

No Rio de Janeiro, em 1951, a Companhia Siderúrgica Nacional aplicou o

primeiro departamento de Relações Públicas no país, dirigido por Evaldo Simas Pereira.

No ano seguinte, é formada a Companhia Nacional de Relações Públicas e Propaganda,

no Estado de São Paulo, que ofereceu serviços de comunicação social, chefiadas por

Inácio Penteado da Silva Teles e Romildo Fernandes. (KUNSCH, 1997)

No Brasil, a prática da comunicação organizacional, em decorrência ao

processo de desenvolvimento econômico sociopolítico, se deu por meio de um trabalho

conectivo envolvendo profissionais específicos. Desta forma, aponta às especificidades

tanto ao desenvolvimento acadêmico quanto ao mercado profissional. A criação da

Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP), em 1954, contribuiu com

significância para alavancar o crescimento dessa área no país. Buscou-se tornar

sistemáticas as ações de relações públicas e foi em decorrência da promoção de cursos,

congressos e prática que se obteve um caráter mais especializado, técnico-científico. A

Companhia Nacional de Relações Públicas e Propaganda apontava uma forma inclusiva

e pioneira de tratamento e prestação de serviços da informação quanto às organizações.

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Sobretudo, as empresas iniciaram um seguimento de valorização de uma cultura de

comunicação, que buscou especificidades quanto a área de atuação.

É possível atribuir às mudanças na comunicação organizacional a fatores que

fomentaram um novo contexto histórico pelas alterações sociais e políticas. Marchiori

(2008) indica que foi na década de 1960, sobretudo, com o estabelecimento da Aberje

(Associação Brasileira de Comunicação Empresarial)2

que se construiu uma

comunicação organizacional, de modo que se propusesse não apenas a informar

questões internas, mas que elaborasse uma estratégia na aplicação da excelência na

relação empresarial e institucional. Deste modo, colaborou para a construção da

comunicação especializada.

De acordo com os dados apresentados no site da Aberje,3 foi por meio do

trabalho conjugado com especialistas que se buscou fortalecer o relacionamento de

organizações, gestores e funcionários. Com isso, a comunicação nas organizações tem

procurado fortalecer o diálogo com outras instituições, além de prezar pela excelência

da comunicação interna. Uma comunicação realizada com ética, que conta com os

valores organizacionais e profundidade quanto ao tratamento da informação. A

pesquisadora Marchiori (2008) aponta que no período de 1960 e 1970, a fundação tinha

o intuito de tornar humanizados os processos de comunicação das empresas pelo avanço

de comunicação do corpo das organizações. Deste modo, a autora faz a menção de que

na época, as publicações de empresas, sobre elas, jornais e revistas fabris, produziam

repositórios de informação oficiais, sobretudo, de assuntos administrativos, que tinham

o objetivo de enaltecer a direção e assuntos convenientes. “A Aberje, dentro de seu

propósito humanista, nasceu tendo como seu primeiro símbolo um círculo que tinha em

seu centro um homem estilizado que lia jornal, o operário-leitor”. (MARCHIORI 2008,

p. 243)

Conforme Torquato (2004), em meados das décadas de 1970 e 1980 a

comunicação organizacional já ostentava uma posição de valor estratégico nas

organizações. De um lado, tinha-se o interesse de passar uma imagem significativa, no

sentido, e de construção de um conceito. Por outro, se desejava a meta de conexão

2 A Aberje tem sede na cidade de São Paulo e fundação em 8 de outubro de 1967. A associação é fruto de um grupo

de jornalistas e relações públicas. A associação é uma entidade sem fins lucrativos, no qual tem como proposto a

perspectiva a discussão das atividades na Comunicação Empresarial e Organizacional tendo em vista colocações

administrativas, culturais, políticas entre outros campos de estratégia da comunicação.

3 Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial. http:www.aberje.com.br/associacao_quemsomos.asp

>. Acesso em 09 de jan. 2011.

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interna que permitiria a sobrevivência das organizações. Em 1980, as organizações

trabalharam o conceito de posicionamento, que foi uma das estratégicas elaboradas.

A redemocratização do país com a Nova República em 1985 é considerado fato

que pode ser apontado como a segunda maior alteração que determinou as modificações

no panorama da comunicação empresarial. Em que o autor faz referência de que a

comunicação organizacional no Brasil - diante das modificações sociopolítico -

redarguiu a essas modificações, sendo identificada em atividades como a implantação

na Rhodia brasileira, por meio do presidente da companhia Edson Vaz Musa, com

titulação de “Políticas de portas abertas”. Por meio de depoimento para Damante, Musa

apresenta:

Quando eu assumi a presidência da Rhodia, no início de 1984, o Brasil estava

saindo daquela fase de regime de exceção onde as manifestações da

sociedade estavam reduzidas a praticamente zero. As empresas viviam

voltadas para si mesmas, especialmente as multinacionais, dirigidas por

estrangeiros, que tinham muita dificuldade de se expressar sobre questões

nacionais. Por coincidência era justamente o período de abertura política e eu

era o primeiro brasileiro a assumir a direção de uma multinacional no Brasil.

Era muito solicitado pela imprensa a me manifestar sobre os mais diversos

assuntos e isso me deu exposição grande na mídia. Por outro lado, como

executivo da Rhodia, me sentia frustrado porque éramos proibidos de nos

manifestar fora da empresa. Era considerado perda de tempo tratar de

assuntos que não exclusivos de sua alçada da organização. Isso nos

angustiava porque, além do cenário político asfixiante, havia mais essa

situação dentro das multinacionais. Com a oportunidade na mídia, comecei

uma política de “portas abertas”, pedindo ao nosso pessoal que tivesse

contato com a sociedade. (DAMANTE, 2004 APUD MARCHIORI, 2008:

244-245).

De acordo com Marchiori (2008), outra ação contribuinte para as mudanças na

relação da comunicação com a sociedade foi desenvolvida pelos comunicadores da

Goodyear. Já no fim da década de 1980, a Goodyear recebeu notoriedade na criação

inovadora, período em que era encabeçado pelo relações públicas Cyril G. P. Walter.

Além da revista Goodyear, também se destacou a edição do jornal interno Clã, dos

meses maio e junho de 1988, que veio a receber a premiação de melhor jornal interno

do país, no mesmo ano, pela Aberje. Entretanto, o jornal com 500 mil exemplares, não

alcançou somente o público primário (como os funcionários da empresa), mas, chegou

às secretarias de saúde de vários estados, por exemplo. O médico Dráuzio Varella, então

chefe do serviço de iconologia da clínica do Hospital do Câncer de São Paulo, esteve

entre os colaboradores. O Clã teve divulgação da informação sobre a prevenção da

Aids, no momento ainda pouco conhecida. .......................................................................

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Para Kunsch (2003), as transformações geradas com o processo de

industrialização foram responsáveis para que as empresas procurassem novos métodos

de comunicação tanto para o público interno, destinado a comunicação com o intuito

administrativo e informacional, como propiciou a formação de comunicação fora dos

espaços da organização.

Por conseguinte, a comunicação abandona uma percepção instrumental e

adquire uma apresentação estratégica. Consequentemente, o panorama das atuações das

organizações adquiriu novas formas de comportamento. A autora aponta para uma

sociedade com maior opinião pública que aprova a responsabilidade social nas

organizações e preza pela ética. Além disso, nas organizações, práticas disjuntas são

frágeis na contemporaneidade. Embora, muitas organizações apenas compreendem a

essência em aquisição da comunicação quando passam por crises.

O surgimento da comunicação organizacional no Brasil é decorrência do

processo de desenvolvimento econômico, social e político do País e da

evolução das atividades de relações públicas e do Jornalismo empresarial.

São essas duas áreas da comunicação que iniciaram as primeiras atividades

desse setor e que permitiram seu crescimento ao logo das últimas cinco

décadas, tanto no nível acadêmico como no mercado Professional”.

(KUNSCH, 2008, p.173)

Kunsch (2008) argumenta que após a Revolução Industrial, a divulgação por

meio da publicidade foi uma das táticas principais para efeito de caráter prático das

organizações. As novas formas geopolíticas, a globalização e, a agora a Internet,

propiciaram para tornar fundamental a comunicação organizacional, essas novas formas

trouxeram modificações nas atividades das empresas e organizações. É nesse momento

em que nasce a necessidade de uma comunicação integrada, englobando profissionais

de faculdades diferentes e gestores. A comunicação passa a gerenciar novos processos

comunicacionais que são trabalhados nas empresas e que são componentes participantes

da sociedade.

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"Quem não se comunica, se trumbica".

Abelardo Barbosa

2.3 O perfil do comunicador no século XXI

Para a pesquisadora Kunsch (1997), existe praticamente uma consonância de

que a comunicação organizacional foi fruto do desenvolvimento econômico, inserido

em um processo de industrialização alavancada na década de 1960, o então chamado,

“milagre econômico”. As empresas perceberam que já não era possível transitar sem

estabelecer canais de comunicação com a sociedade. Dessa forma, parte do trabalho a

ser desenvolvido no final da década de 1960, segue embora de forma tímida, uma

prática de estruturação do departamento de comunicação organizacional.

Contudo, a assessoria de imprensa, até o fim da década de 1960, apresentava

densas fissuras na atuação de profissionais de Comunicação Social. A finalidade era

obter dos veículos de comunicação informações cômodas. Entretanto, o exercício era

realizado não necessariamente por profissionais da comunicação social, podendo ser

desempenhado por profissionais de outras áreas como a da administração.

Gente sempre educada, fina, com imensa dedicação, mas completamente

despreparada para a função. As empresas, muitas vezes, pegavam um bom

funcionário administrativo, que tinha um „jeitinho‟ para relações públicas e

colocavam-no para tratar com a imprensa. (JORGE 1992, p.13 APUD

BARROS, DUARTE e GÓIS, 2001, p. 02)

Além disso, poderia ser percebido pela própria categoria com desprezo. Não

era difícil encontrar jornalistas que atuassem nas relações públicas que ao mesmo

tempo, trabalhassem em veículos de comunicação. Desta forma, a carga horária de

trabalho, nem sempre era cumprida nas assessorias devidamente. (BARROS, DUARTE

e GÓIS, 2001). Por conseguinte, salários baixos e a preferência por profissionais que

exercessem funções nas redações para ocupar a vaga de assessor de imprensa causavam,

menor interesse pela categoria. (Op. cit.) Todavia, este cenário não significa a não

existência de profissionais competentes que exercessem as funções devidas. O

comprometimento de organizações em trabalhar a identidade da empresa, possibilitou o

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interesse em construir uma entidade hábil de preparar com mais eficácia o segmento da

comunicação institucional. A partir, de 1967, A Aberje4 foi o embrião da comunicação

nas organizações, com a iniciativa do humanista Nilo Luchetti, editor da revista Notícias

Pirelle, que proporcionou parcerias entre os profissionais de Jornalismo, Relações

Públicas e Recursos Humanos que notaram a necessidade de se criar uma associação

para sistematização da informação nas organizações.

Segundo Kunsch (2003), mesmo no século XXI, as organizações ainda

permanecem com comportamentos remetidos a valores tradicionais e até mesmo

autoritários do século XIX. E apesar de que em muitas dessas organizações se

encontrem um discurso moderno, contudo, a possibilidade de novos meios e exercício

da comunicação harmônica convidam a uma nova forma de gerir e executar atividades

que estejam segundo aos desejos da sociedade.

Conforme Willms (2009) é gradativo a compreensão do processo de

estruturação da comunicação nas organizações. São dezenas de pesquisadores que

dedicaram tempo para buscar conceito para as organizações contemporâneas. Em

resumo, encontram-se nomes como o de Gaudêncio Torquato, Margarida Kunsch,

Neves, Paulo Nassar entre outros. Com esses nomes, é possível identificar o papel

correspondente de todos os profissionais de Comunicação Social, sejam eles:

jornalistas, relações públicas e publicitários. Cada especialidade atua em um campo

específico. Entretanto, não se pode negar que há zonas de convergência das

competências.

A comunicação integrada potencializa os valores, além de estabelecer

estratégias. No Brasil, nos últimos 40 anos, houve um crescimento na comunicação

organizacional, sobretudo, no jornalismo empresarial com o objetivo de estimular a

transparência e valores sociais mais notáveis. “[...] Para uma comunicação que, na

contemporaneidade, deve ser produzida para uma sociedade mais aberta, em termos

comportamentais, e, no entanto, mais complexa no que se refere aos desafios

econômicos, sociais e ecológicos”. (NASSAR, 2008 p. 73).

Para Schaun e Rizzo (2008), é consecutivo o processo de dinâmica nas

organizações que vão além da formação tradicional das faculdades da Comunicação

Social. Sobretudo, é possível perceber que existe uma tendência no mercado

4 Conforme entrevista dada por Luchetti, descrita por Kunsch (1997), a construção da Aberje aconteceu no auditório

do jornal Folha de São Paulo, no dia 9 de novembro de 1967. Na ocasião estiveram reunidos gestores e profissionais

da comunicação que pretendiam implantar a comunicação eficaz nas organizações.

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organizacional no Brasil, pela contratação de profissionais que possam exercer

conforme a sua formação. Apesar de uma realidade ainda restrita para ser visualizada

até meados da década de 1960, em que se notava a contratação de profissionais que

pudessem ocupar esses cargos, embora não tivessem formação específica. No Brasil, há

na atualidade uma migração dos profissionais que antes trabalhavam na chamada grande

imprensa e agora, passam a ter experiências na comunicação organizacional.

De forma sucinta, Schaun e Rizzo (2008) apresentam a funcionalidade do

comunicador nas organizações, dividido por décadas:

Década de 1910 a 1930: O comunicador é quem distribuía a informação

Décadas de 1940 a 1960: É marcado com a ampliação das organizações e

momento pós-guerra. O comunicador torna-se, nas palavras de Schaun e Rizzo,

um artesão, hábil em articular e desenvolver só todas as funções.

Décadas de 1970 e 1980: O comunicador é transferido para o nível de assessor

técnico e que passa a exercer a função de assessoramento.

Década de 1990: Com os avanços da tecnologia, o comunicador assume uma

perspectiva complexa na organização. O nível de consultoria é atingido e passa a

exercer influência nas formulações de estratégias de comunicação.

Segundo Torquato (2002), as alterações em que as organizações e sociedades

vivenciam impõem aos indivíduos largos desafios. Dessa forma, a sociedade industrial

cede lugar a uma efervescente sociedade, a da informação.

“Os sistemas políticos das nações, que antes agiam sob o império da auto-

suficiência, agora descobrem que fazem parte de um mundo interdependente,

em que a transnacionalidade imbrica os eixos de suas economias. A mudança

no conceito do trabalho – a partir das múltiplas escolhas – e a ruptura do

antigo conceito sobre as relações capital/trabalho (acabou-se o conflito

clássico) motivam grupamentos profissionais a adotar novas posturas e

realinhamentos”. (TORQUATO, 2002, p. 217 e 218)

Há uma necessidade nas organizações em prol do desenvolvimento e

capacidade de formação de um trabalho sistêmico. Essa elaboração é uma das formas

eficientes de fomentar estratégias. Ou seja, distribuir seus programas na especificidade

de cada comunicador. É por meio de um trabalho segmentado que é possível solucionar

as crises. A atividade do comunicador deve ter uma visão holística e de integração. Esse

profissional necessita perceber o novo panorama das organizações que, segundo Schaun

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e Rizzo (2008), não deve ser fragmentada, ao contrário, é preciso buscar uma política

simétrica.

É função do comunicador organizacional fornecer esclarecimentos no menor

tempo possível. Nesse sentido, afastando as possíveis inverdades e boatos. Também,

conseguir reagir diante das crises. Essas crises que segundo Lopes (2000), desgastam a

imagem de uma organização e que provocam prejuízos significativos à organização. Em

que Neves atribui que as “crises empresariais podem ser geradas por falhas de processo

[...] e “tanto melhor a imagem for, quanto mais sustentada, menor a conta”. (NEVES,

2000, p. 15)

Caldini (2000) aponta que a formação da crise acontece pelos seguintes

estágios: há um resumo sobre o ocorrido, ou mesmo a simplificação do boato.

Posteriormente, acontece o exagero, no qual nas palavras de Caldini, “[...] os detalhes

mais agudos são aumentados e a história ganha dramaticidade” (CALDINI, 2000, p.

116). Por fim, a interpretação do que a opinião pública será, conforme os valores de

cada um e a concepção de visão de mundo. Nesta situação, torna-se evidente o não

gerenciamento da crise por parte dos profissionais de comunicação.

De acordo com Torquato (2002), a ética profissional é de vital importância

para manter a seriedade dos profissionais de comunicação organizacional. É essencial,

que seja transmitido informação verdadeira. Contudo, havendo falha ou distorção, a

melhor alternativa é a elucidação dos fatos. “Quanto mais a esconde, maior problema

vai gerar”. (Torquato, 2002, p. 85)

Segundo Schaun e Rizzo (2008), além da informação servir como contraponto

em momentos de crises, é necessária transparência nas ações. A falta de informação

causa insegurança sobre o fato. Portanto, nada mais desastroso do que tentar esconder o

que já existe. Ser capaz de obter uma leitura dinâmica sobre o acontecimento, sobre

situações adversas é essencial para o comunicador organizacional. A perspicácia e a

criatividade são competências exigidas para o novo profissional. Já que se tratam de

características que cooperam para a capacidade de perceber e resolver problemas.

Bueno (2000, p. 218) faz a seguinte definição: “crise tem remédio: transparência”. Não

há como fabricar antídotos, no entanto, as organizações precisam saber administrar a

comunicação.

Conforme Schaun e Rizzo (2008), não é o bastante para profissional de

comunicação organizacional ter apenas a teoria da profissão. Exige, sobretudo, nos

fundamentais sistemas do pensamento filosófico e amplitude nos sistemas econômicos,

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políticos e sociais. A análise é outro ponto que deve ser trabalhado para o comunicador.

Toda atividade deve anteriormente ser questionada, elaborados diagnósticos e apontados

prováveis resultados. Sobretudo, esta atividade dificilmente poderá ter complexidade se

trabalhada isoladamente. Nesse sentido, torna-se evidente o fato de que se deve ter o

estímulo do trabalho em equipe e que deve estar inserido num programa que venha

fortalecer os objetivos gerais da organização.

2.3.1 Exercício do novo profissional de comunicação organizacional

De acordo com Willms (2009), cada habilitação atua em um campo específico

e mais que isso, é possível atribuir áreas de sobreposição de competências. “No

conjunto, as formações compreendem o todo, mas isoladamente não – a despeito do

reconhecimento geral de que só a comunicação integrada pode fazer pela organização o

que a organização espera e precisa da comunicação”. (WILLMS 2009, p.27)

A dificuldade encontrada por Torquato (2002) é que há um número baixo de

profissionais que apresentem uma visão sistêmica e política da comunicação. “Nos

últimos anos, a politização da sociedade, pela elevação dos níveis de informação e

abertura do universo da locução, trouxe certa densidade política aos setores produtivos”.

(TORQUATO, 2002, p. 95) O profissional inserido na comunicação organizacional

necessita mais que apenas comunicar, precisa saber gerenciar conflitos, promover

comunicação interna e externa eficaz e planejar estrategicamente com os gestores.

De acordo com Marchiori (2008), o novo profissional de comunicação,

necessita de uma compreensão do mundo e a introspecção de sua função. É por meio de

um olhar amplo com destaque num pensamento global e na possibilidade de agregar

informações sobrevindas de outras áreas, que permeiam por conceitos que vão desde a

filosofia, a política, antropologia, economia até as mais variadas culturas. Em resumo,

esse profissional que trabalha de forma conjugada com outros, necessita além de tudo,

permear uma formação técnica e cultural, desta forma, potencializar e agregar valores

de competência que sigam as inacabáveis transformações da sociedade.

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"Mal usada, mesmo a mais afiada faca perde o fio”.

Shakespeare

3. A assessoria de comunicação integrada: conceito e dimensão do estudo,

exercício e verificação de resultado na organização

3.1 Assessoria de comunicação integrada

A assessoria de comunicação integrada foi instalada frente às novas formas de

compreensão das estratégias de comunicação organizacional. Para obter a

funcionalidade do então proposto, composto da comunicação. Foi então, necessário

buscar a compreensão da própria história da assessoria de comunicação. Assim como, o

processo evolutivo da comunicação que gerou finalmente o conceito de integração. “As

organizações, como partes integrantes da sociedade, são diretamente afetadas por todas

essas novas mudanças e, consequentemente, a sua comunicação assume novas formas

de atuação” (KUNSCH, 2008, p. 173).

Para Marchiori (2008), as empresas que procuram diferencial no século XXI,

buscam discutir a função da comunicação no macro estratégia. As organizações

precisam cruzar e compartilhar interesses com o público. Segundo a autora, as

organizações e empresas que não criam valores de si mesmo, encontram-se fora do

exigente mercado. Conforme Kunsch (2003) foi por meio do desenvolvimento do

campo da comunicação organizacional, que se construiu um valor estratégico.

Segundo o conceito comunicação “organizacional”, abordado por Kunsch

encontram-se inseridas as modalidades que são as mais significativas e que possibilitam

às organizações fomentar contato de confiança com o público. Essa relação, não apenas,

formulou conceitos que apresentassem teorias que atribuíssem à forma de construção

dessas atividades. Mas suscitou uma alteração no paradoxo da Assessoria de

Comunicação nas organizações, em uma sinergia de subáreas da Comunicação

Administrativa, Institucional e Mercadológica. Para Kunsch (2003) é a Comunicação

Administrativa5 responsável pelo processamento interno da organização. Nesse sentido,

ela admite viabilizar por meio de uma confluência o sistema organizacional. Conforme

Andrade (1996, apud KUNSCH 2003. p. 153), a comunicação administrativa pode ser

definida como o “intercâmbio de

5 Em anexo (1) segue o sistema que demonstra o composto da comunicação integrada idealizado por Kunsch.

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informações dentro de uma empresa ou repartição, tendo em vista sua maior

eficiência e o melhor atendimento ao público.” Essa que é peculiar a área de

comunicação administrativa e que se encontra a comunicação de gerenciamento, sendo

compreendida pela administração.

Já, a Comunicação Institucional, consiste a execução de exercício e produção

fomentada pela Assessoria de Imprensa, Relações Públicas, Publicidade e Propaganda.

Não se trata de uma divulgação institucional da marca, ou produto. Referem-se

atribuições inseridas na própria identidade, ou seja, compartilhar propriedade como:

missão, visão, filosofia e políticas.

O programa de comunicação institucional distingue-se, portanto, do

programa de comunicação mercadológica, apesar de poder-se estabelecer

entre eles efetivas relação, na medida em que um bom conceito é vital para a

organização, integrando-se na estratégia global dos negócios é vital para a

organização, integrando-se na estratégia global dos negócios e promovendo e

respaldando a sinergia comercial. Torquato (1985, p. 183 APUD KUNSCH

2003, p. 165).

Pascale Weil (1992 apud Kunsch 2003) aponta que hoje, uma organização que

é vista como um indivíduo moral, ou seja, é percebida por suas atitudes e decisões

sociopolítica. Dentro dessa vertente, é possível perceber que a Comunicação

Institucional encontra-se relacionada aos aspectos corporativos.

Como parte integrada ainda cabe à Comunicação Mercadológica ou de

Marketing e a representação no direcionamento atrelado ao atendimento referente ao

consumo. Principalmente, a construção por meio da promoção, merchandising,

propaganda, promoção de vendas, exposições, entre outros, com a finalidade de expor

com potencial tal formação e constituir uma unidade corporativa em uma teia da

comunicação organizacional.

No mundo contemporâneo, paralelamente aos paradoxos e à complexidade

vigente, há um aumento significativo de novas organizações, que surgem

para atender às crescentes demandas sociais e mercadológicas,

desencadeadas, muitas vezes, pela perspicácia dos agentes do mercado

competitivo, que estão sempre atentos à oportunidade e às ameaças do

ambiente global e organizacional. Com vista em conquistar novos espaços e

até pra sobreviver, criam as mais diversas e inovadoras organizações.

(KUNSCH, 2003, p. 19)

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A comunicação mercadológica visa à divulgação publicitária e encontra-se

inserida o marketing dos negócios. É por meio da aplicação desses processos que se

pode obter o mix da comunicação apontado por Kunsch (2003).

Figura: 1 Comunicação integrada

Fonte: Marchiori (2008, p. 187)6

Nesse gráfico, percebemos que a comunicação integrada deixa de ser uma

atividade meramente expositiva para se tornar uma estratégia e desafio nas organizações

e instituições. Portanto, é mediante uma conscientização da necessidade de instalar uma

comunicação eficaz para a organização. Desta forma, se preocupar com os valores

agregados à organização. Para Marchiori (2008), a comunicação organizacional

necessita ser dirigida por uma filosofia e uma política que sejam favoráveis aos

interesses e as exigências do público. Nesse sentido, devem buscar a integração entre a

comunicação administrativa, a comunicação institucional e a comunicação

mercadológica.

Embora a integração das atividades seja algo positivo para resultados finais,

torna-se, também, necessário que os papéis estejam definidos. Segundo entrevista

6 A estrutura apresentada sofreu edição para garantir a qualidade na impressão, no entanto, mantiveram-se os mesmos

dados e modelo da fonte.

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gravada à assessora de imprensa e componente da Comissão de Ética do Sindicato dos

Jornalistas do Ceará, Ângela Marinho (2011), é função do relações públicas, trabalhar

relacionamento, imagem da organização. Como ao jornalista, cabe a especificidade de

divulgar para a imprensa, consequentemente para a sociedade, a informação como

notícia. Como também, ao publicitário, trabalhar as campanhas de publicidade e

propaganda. A integração não quer tornar menos potente, ao contrário quer fortalecer e

compor a assessoria de comunicação. Conforme Kunsch (2003), não se pretende formar

um funcionário ecumênico. Mas é através de subáreas somadas que é possível a

construção de uma comunicação integrada estrategicamente. Desta forma, o conceito da

comunicação integrada está relacionado ao direcionamento e convergência das

habilitações que são constituídos por meio de uma visão macro. Essa sinergia é

praticada como referência da gestão organizacional.

3.2 Comunicação organizacional e a superação das crises

Para Neves (2000 p. 2002), “a fixação de objetivos numéricos no trabalho de

imagem empresarial estimula a organização a participar, permite uma melhor avaliação

desse trabalho, bem como auxilia na determinação dos recursos.”

Conforme Duarte (2008), não há organização, por mais estável que seja que

não possa estar passível as crises. Uma divulgação, ao mesmo tempo em que pode

promover uma crise, pode também ser a forma de superar a situação. Uma crise pode

desencadear um desgaste nas estruturas da organização de forma a comprometer sua

reputação na sociedade. Para Marchiori (2008), a situação sólida do financeiro das

organizações não é o momento que isenta crise. “O fato de não admitir contestação, não

se avaliar internamente, não prestar atenção à percepção externa, acaba por pavimentar

o caminho da destruição” (MARCHIORI, 2008, p.2005).

O elemento surpresa. A falta de hábito de lidar com a mídia. A carência de

informações. A forma como seus impactos se propaga. A incomum

curiosidade da mídia. A mobilização da opinião pública e dos governantes. E,

o que é pior, a perda de controle das iniciativas. (2001 p. 167 APUD

DUARTE, 2008, p. 364)

Embora esse texto não apresente como foco a gestão de crises, é possível

perceber a necessidade da capacitação de cada profissional em sua respectiva área

dentro de uma organização. É necessário conhecer como conduzir as circunstâncias e

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saber responder os ataques com ética e percepção sobre o caso. A imprensa é elemento

terminante nas disputas de mercado. A comunicação organizacional deve observar o que

pode ser previsível. Mesmo havendo toda a apuração e constatação dos fatos, o

comunicador organizacional deve conseguir mensurar os resultados que serão

publicados. Não existe uma regra que venha apontar as crises e o que ela pode

desencadear para a organização e sociedade. É dever do jornalista, além do

compromisso com a organização, o compromisso com a ética profissional investigar e

analisar a informação. Por seguinte, a transparência deve ser uma busca para a

comunicação organizacional.

O comunicador organizacional não deve desprezar a pauta da mídia e mesmo

com contratempos em relação ao horário ou sensibilidade que a abordagem apresente

deve ser respondido. Claro que a experiência irá sinalizar se o assunto poderá

desencadear assuntos negativos. No entanto, é dever do comunicador acionar as pessoas

que tenham interesse e poderão ser ouvidas pela mídia. Para Duarte (2008), ignorar,

omitir ou entrar em pânico são atitudes que, além de não colaborarem podem gerar

dificuldade para uma resposta posterior. Não responder à imprensa, na tentativa de que

o assunto seja esquecido, é um dos maiores erros possíveis de se observar quanto a

denúncias nas organizações. O jornalista do veículo de comunicação sente-se no direito

de publicar a matéria, além disso, confirma que mesmo procurando à assessoria, a

resposta foi: “a assessoria de imprensa não atendeu as interrogações?” Outra é a

omissão. Pautas sem respostas não dão aos jornalistas a escreverem a defesa. O

posicionamento deve ser claro e informar às providências que serão tomadas na

organização.

São poucas as matérias que são publicadas sem antes o repórter buscar ouvir o

outro lado. No entanto, a resposta não pode ser precipitada. É imprescindível analisar

exaustivamente o caso e esclarecer o assunto. Além disso, a dimensão da resposta

também deve ser estudada. Ter o cuidado para não exagerar para a reação não instalar

um resultado negativo para a organização.

Para Neves (2000), a situação dos governos e organizações no Brasil não tem

boa forma, uma boa expressão quanto à imagem. O resultado, já foi percebido e

especialistas da comunicação já visualizam a necessidade de administrar a imagem

organizacional. Apesar de que Neves menciona que “o amadorismo tem prevalecido”,

podendo acarretar ainda maiores perdas. Portanto, verifica-se um melhor gerenciamento

da comunicação quando se têm qualificação profissional.

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"O real não está na saída nem na chegada. Ele se dispõe

para a gente é no meio da travessia.

Guimarães Rosa

4. Contexto e análise da assessoria de comunicação do Banco do Nordeste do

Brasil (BNB)

4.1 Um breve histórico sobre o Banco do Nordeste

De acordo com o anuário do BNB 2007 (2011), o Banco do Nordeste (BNB)

foi criado pela da Lei Federal nº 1.649, em 19/07/1952, sendo hoje, uma das maiores

instituições financeiras com articulação no crescimento regional, incluído, os estados do

Nordeste, o norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.

De acordo com informações contidas no site do BNB (2011), a formação do

banco foi realizada com um estudo aprofundado sobre a economia. O ministro da

Fazenda da época, Horácio Láfer, retornava em 1951, de uma viagem em que pôde ver

de perto a situação crítica do Nordeste quanto à destruição acarretada pela seca. O

ministro apresentou a situação ao então presidente, Getúlio Vargas, na qual daria

fundamentação da lei com o objetivo da criação do banco. Em 7 de janeiro de 1954 é

inaugurado na capital do Ceará, a primeira agência do Banco do Nordeste.

O Escritório de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), que estava inserido

na própria Lei, possibilitou a criação do Banco, e que pôde contar com a cooperação

técnica de missões externa que representassem alto nível, puderam dar suprimento ao

Banco nos primeiros momentos após sua criação. Em 1956 ocorreram algumas

transformações, como a alteração do Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do

Nordeste (GTDN), em que atuação sob a coordenação de um representando do Banco,

além de trabalhar com o Conselho de Desenvolvimento do Nordeste (Codeno), em que

é possível perceber um papel essencial para a formação da Superintendência do

Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), já em 1959.

Tendo como fundamentação um orçamento anual de aplicações, nos primeiros

anos da década de 1960, o BNB passou a trabalhar com um elaborado processo de

organização de suas atividades. Desta forma, foi inserida a participação de

departamentos na tentativa de fomentar as diretrizes do Banco, em caráter

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administrativo. O resultado foi a qualificação de recursos humanos, por intermédio de

treinamentos com a finalidade de fortalecer o processo de crescimento organizacional.

Em 1961, o BNB adquiriu o primeiro empréstimo de capital estrangeiro, no valor de 10

milhões, através do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid). O empréstimo

possibilitou o financiamento de projetos na indústria, contribuindo principalmente para

a que as indústrias regionais se modernizassem, principalmente a indústria de têxtil.

Em 1963, o BNB começou com atividades de largo programa de financiamento

de serviços básicos, especialmente, água potável e sistema de esgoto. Esse programa

teve como embasamento o contrato firmado com o Bid. Também, receberam

suprimento, segmentos como: energia elétrica, telecomunicações e transportes. O ano de

1967 foi marcado pela implantação do Programa de Assistência à Pequena e Média

Indústria que contou com a participação do BNB, da Sudene e governos da Região

Nordeste.

Em 1971, o Banco, como pioneiro da região, fomenta o Fundo de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci), que teve o objetivo de fortalecer

estudos econômicos e agronômicos na tentativa de construir possibilidades tecnológicas

para a Região. Ainda naquele ano, o Banco do Nordeste recebe prêmio por uma

campanha publicitária realizada.

Em 1973 é implantado o Fundo de Desenvolvimento Urbano do Nordeste

(Fundurbano). Este possibilita o financiamento para o avanço da infraestrutura das

metrópoles, principalmente, no sistema viário. No ano seguinte, é criado o Fundo de

Investimento do Nordeste (Finor), que marca o financiamento dos recursos federais para

a Região. Esse que modifica o âmbito secundário em pólo dinamizador da economia no

Nordeste. Além de promover incentivo quanto ao investimento e capacidade

empresarial para o Nordeste.

Em 1975, o Banco cria o Departamento de Operações Internacionais, que

resultou no fortalecimento do mercado de câmbio. Desta forma, expandiu as

possibilidades quanto à captação de recursos do exterior. Em seguida, começou o

financiamento do Programa de Desenvolvimento de Áreas Integradas do Nordeste

(Polonordeste) e, logo em seguida, iniciou o Programa Especial de Apoio ao

Desenvolvimento da Região Semi-Árida do Nordeste, assim como o Programa Nacional

do álcool (Proálcool).

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Na década de 1980, a cidade de Fortaleza recebe o Centro Administrativo

Presidente Getúlio Vargas, no bairro Passaré7. O Centro reuniu órgãos administrativos

do Banco em um ambiente apropriado, em que possibilitou melhoria nas reuniões,

seminários, cursos entre outras atividades promovidas pelo BNB. Em 1987, é possível

perceber o crescimento do banco. Esse fato foi marcado pelo crescimento do capital

social, mediante subscrição de 112 milhões de ações, a maior de todo o país.

Em 1993, o BNB já estava consolidado em todo o Nordeste. O Programa de

Fomento à Geração de Emprego e Renda no Nordeste, antes iniciado com recursos do

Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), juntamente com a

colaboração do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Fat), dos governos estaduais,

entidades públicas, prefeituras dava apoio aos pequenos produtores do campo e

instituições não governamentais.

Em 1995 começa o período mais marcante até então, dar início ao processo de

variação alcançado pelo Banco. A primeira conquista foi o novo planejamento do

processo de concessão de crédito, que ganhou velocidade nas transações, sob nova

orientação da rede de agências. O novo modelo de gestão permite que os funcionários

possam exercer autonomia sobre modificações na empresa. É o modelo de gestão

participativa. Desta forma, possibilita a discussão de estratégias que vão influenciar no

avanço da organização. Tal como capacitação e modernização tecnológica, em que são

ofertadas aproximadamente 6.500 oportunidades de formação para os funcionários. A

mudança do Banco do Nordeste também se refere, também, às condições tecnológicas.

Nesse momento amplia-se a rede, em que cada funcionário passa a operar com

computadores de última geração.

Em pioneirismo, o Banco do Nordeste, em 1996, introduz o Agente de

Desenvolvimento, o que representa a presença do banco em todos os municípios do

Nordeste, por meio de um agente que trabalha na orientação e produções locais. Em

1997, cresce as atividades que colaboram para aumentar o nível de emprego e renda na

região. São introduzidos programas como o CrediAmigo – Programa de Microcrédito

do Banco do Nordeste, que pretende fornecer ao micro empreendedor, crédito de forma

viável. Também é lançado o FNE-Verde, que tem como objetivo financiar e contribuir

para a conservação de projetos voltados ao meio ambiente. No ano de 1998 são

aplicados recursos superiores a R$ 3,2 bilhões.

7 (BNB) Endereço: Av. Pedro Ramalho, 5700, Passaré - Fortaleza (CE).

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O Banco tem participação em eventos e investimentos no país e no exterior,

permitindo à região a oportunidade viável para investimentos seguros. O planejamento

organizacional torna possível a execução das estratégias do Banco. Um exemplo é o

apoio a ações que reforçam o comprometimento do Banco, como pesquisas científicas,

capacitação dos agentes produtivos, consolidação dos pólos agroindustriais, entre

outros. Ainda naquele ano, o Banco criou o Centro Cultural Banco do Nordeste,

(CCBN) que entra na agenda de programas culturais de região. O Centro é um espaço

de difusão da cultura e faz parte das estratégias do BNB para a promoção do

crescimento da Região e responsabilidade social do Banco. O espaço recebe variados

públicos com objetivo de valorizar a cultura.

Em 1999, foi atingido pela crise de mercados e bolsas e desvalorização da

moeda brasileira. Sobretudo, o BNB centralizou esforços na economia no Nordeste,

tendo como objetivo de desenvolvimento regional. Dessa forma, abriram-se válvulas de

escape para a superação dos problemas, na tentativa de manter os investimentos e os

empregos garantidos. Em 1973 municípios com área de atuação do BNB foi difundido o

Farol do Desenvolvimento, que proporcionou discussões, notadamente, com as

lideranças sobre questões econômicas. Essas discussões tinham por objetivo além de

diagnosticar as causas, desenvolver atividades que pudessem elaborar resultados

seguros para o bem-estar econômico regional. Essa ação fez com que o Banco

estimulasse o desenvolvimento no Nordeste e também permitiu incentivo à cultura e

cidadania, resultado do estimular a comunidade a discutir e realizar planejamento. Além

disso, o município de Jequitinhonha (MG) e norte do Espírito Santo, também foi

inserido. A execução de projetos como, CrediAmigo e o Farol do Desenvolvimento fez

com que o BNB recebesse o Prêmio Hélio Beltrão.

Tendo em vista o desenvolvimento econômico do Nordeste, o BNB, na

chegada do novo milênio, intensificou a formação de agentes produtivos por meio de

programas que aliam a orientação das ações e o financiamento, que teve por finalidade

incentivar a filosofia do empreendedorismo na Região. Novamente em 2000, o Banco

do Nordeste recebeu o prêmio Hélio Beltrão. O motivo foi a modernização do sistema

normativo do Banco, ainda neste ano, outros projetos como o Programa Trainee,

Implantação do Sistema de Gerenciamento de Documentos, por exemplo, também

aconteceram. Além da participação do Programa Nacional de Desburocratização e a

criação da Superintendência da Supervisão Regional.

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Em 2001 foi trabalhado com formação à distância, o micro e pequeno

empreendedores. Foi criado também, o Sistema Nordeste Eletrônico, que possibilitou

funções específicas do banco de comunicação. Em 2002, o BNB comemorava seus 50

anos, o evento foi comemorado com o Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento,

que levou o tema: “Nordeste Desafios e Oportunidades”, e contou com a participação de

11,5 mil participantes que discutiram questões por meio de videoconferência. Também

foi introduzido o programa Promoção de Negócios e Investimentos, que permitiu

diálogo entre investidores privados e a economia do Nordeste. Em 2003, com a

introdução do Programa Federal Fome Zero, o BNB direciona programas como

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o CrediAmigo

para fortalecer o Programa Federal.

O Programa Cresce Nordeste, em 2004, possibilitou que empreendedores

investissem na Região. O financiamento foi destinado à ampliação da modernização

para resultados mais produtivos. As linhas de crédito foram distribuídas especialmente

para a agricultura, apicultura, bovinocultura, comércio, cultura, floricultura, fruticultura,

grãos, indústria, insumos e matéria-prima, ovinocaprinocultura, piscicultura e turismo.

O objetivo foi de proporcionar melhorias ao mercado interno, além de gerar 1 milhão

de empregos.

Em 2005, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE)

alcançou o mais elevado desempenho anual, desde a sua criação em 1989, que resultou

com o financiamento de 4,2 bilhões de reais. No ano seguinte, o BNB expandiu o apoio

ao estudo de novas tecnologias, através de empréstimos não reembolsáveis. O Fundo de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci) possibilitou apoio para 121

projetos de pesquisas que abrangeu diversas áreas no objetivo de atingir

desenvolvimento na Região.

De acordo com Anuário do BNB 2007 (2011), em 2007, o BNB lança a

campanha “BNB 55 anos - Desenvolvimento é a nossa história”. Segundo o anuário, a

“Maior instituição financeira de desenvolvimento regional da América do Sul, o Banco

do Nordeste do Brasil S. A. (BNB)” (ANUÁRIO DO BNB 2007, p. 11). O Banco

abrange a Região do Nordeste do Brasil, o norte de Minas Gerais e o Norte do Espírito

Santo. Ainda em 2007, o BNB formula o programa estratégico 2008-2011, na qual visa

dar seqüência ao crescimento da articulação apontando à ampliação regional e à

conexão das políticas governamentais; difusão e apoio à pesquisa tecnológico;

crescimento do patrimônio FNE; sustentação de Centros Culturais do Banco do

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Nordeste (CBNBs), situados em Fortaleza-CE, Juazeiro do Norte-CE e Sousa-PB, além

disso, crescimento em linha de crédito em atividades culturais, desenvolvimento dos

canais de atendimento de relacionamento como cliente, entre outros alvos.

4.2 Análise da comunicação integrada no Banco do Nordeste do Brasil

A comunicação organizacional se desvencilha do conceito de uma mera

atividade articulada de forma fragmentada e passa a assumir uma das estratégias

praticadas pela instituição. Segundo Kunsch (2003), a comunicação integrada possibilita

a convergência das áreas do Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas.

Bueno (2003) aponta que o desafio das organizações, no atual panorama das

organizações se encontra na dificuldade de colocar em prática o já conceituado. Nesse

sentido, é necessário atingir a consolidação e comprometimento dos profissionais. Por

isso, torna-se indispensável ao comunicador, fazer o uso das pesquisas, metodologias e

filosofias elaboradas para a execução das atividades.

A comunicação é o espelho da cultura empresarial e reflete, necessariamente,

os valores das organizações. Se eles caminham para valorizar o

profissionalismo, a transparência, a responsabilidade social e a participação, a

Comunicação se orienta no mesmo sentido. (BUENO, 2003, p. 20)

Para Bueno (2011, p. 44), “na maior parte dos casos, a investigação sobre a

comunicação organizacional em nosso país ainda é produzida na academia”. Para o

autor, existe um conjunto de questões a ser estudado dentro das organizações, projetos e

pesquisas que são de interesse das próprias organizações, todavia de modo geral, as

organizações ainda, praticam um número tímido de sondagem a fim de medir a

comunicação desenvolvida. A pesquisa nessa área aumenta o processo comunicacional

e desta forma, compõe uma comunicação mais estratégica. Os projetos que estudam de

forma consistente necessitam de tempo e, sobretudo, é concebido por uma proposta

teórica, que se especificam na tentativa de determinar as realidades sofridas pelo campo

corporativo e formulação de ações que implica uma melhor referência da organização.

“O somatório desses trabalhos traria, a médio prazo, uma contribuição

relevante para a área, pois permitiria aumentar o grau de informação de que

se dispõe sobre: hábito de consumo de produtos comunicacionais por parte de

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públicos específicos (demandas, informativos e focos de interesse); o impacto

e a importância de determinados canais ou mídias: a relação com a imprensa

– que aspectos devem ser desenvolvidos em uma estratégia de assessoria de

imprensa, para sensibilizar editores ou veículos específicos. (BUENO,

2011,45 APUD BUENO, 2003, p.163)

Para buscar trabalhar a prática desse conceito, foi escolhido o Banco do

Nordeste do Brasil, por representar características dessa filosofia. Para Bueno, a

construção determina realidades do processo e contribui para o desenvolvimento

infindável de projetos a serem explorados.

No Ambiente de Comunicação Social do BNB, em entrevista, 8

foi constatada a

existência de um quadro composto por: 15 funcionários, sendo nove jornalistas, um

relações públicas, três profissionais de audiovisual, um advogado e um economista. Já

no Ambiente de Publicidade e Mídias Digitais encontram-se sete funcionários: quatro

publicitários, dois profissionais de controle administrativo e um de mídia digital. Nesses

ambientes são formatadas e executadas as estratégias de comunicação.

Segundo Marchiori (2008), na atualidade, a comunicação estratégica nas

organizações destaca-se pelo princípio do diálogo. Nesse sentido, o diálogo é a forma

em que propicia a execução dos objetivos diante na organização e sociedade. Por isso,

torna-se essencial a sincronia das habilitações. Segundo Kunsch (2003), a “comunicação

é um ato de comunhão de ideias e o estabelecimento de um diálogo. Não é

simplesmente uma transmissão de informações”. Para buscar unificar as estratégias, o

Banco do Nordeste realiza diariamente reuniões de pautas, que acontece em um

ambiente direcionado para essa execução e que engloba os funcionários da comunicação

independente seja a função desempenhada no setor. Essa possibilita aos profissionais

direcionamentos na comunicação organizacional. Embora, exista a segmentação que de

certa forma divide as habilitações, as decisões são tomadas do macro para o micro, ou

seja, é possível ter a visão de todo o processo para se iniciar uma atividade na área que

compete ao profissional.

De acordo com Kunsch (2003), o planejamento consiste no direcionamento dos

esforços. A equipe que determina segmentos, acompanha o processo sistematizado da

comunicação. Sem planejar, as ações tornam-se aleatórias e desvinculadas. Por isso não

é possível estabelecer uma comunicação integrada sem o planejamento. É necessário

8 Entrevista gravada em câmera Sony W120, realizada em 8 de março de 2011 no Ambiente de Comunicação Social

do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), bairro Passaré em Fortaleza – Ce.

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trocar atividades disjuntas, particulares e segmentadas para um trabalho pensado de

forma global. Para a autora, existem cinco benefícios do uso do planejamento da

comunicação nas organizações e instituições. Primeiramente, possibilita a instituição,

empenhos e a maximização de recursos escassos; contribui para que a comunicação

realize decisões que potencializem o todo, por meio de uma ação individual; propicia

alcançar objetivos propostos; promove a interação entre os componentes da empresa;

possibilita novos horizontes e ideias que podem ser exploradas.

Para Bueno (2011), há uma concepção equivocada sobre a definição de

planejamento com orçamento. Dessa forma, retira o elemento chave do planejamento, a

estratégia. O planejamento não se trata de apenas a delimitação prévia de planilhas do

trabalho a ser desempenhado, nem tão pouco deve ser concebido como uma atividade

espisódica ou operacional. “O planejamento, é por definição, um processo que se

respalda em dados sistematizados, informações, conheciemntos, vivências e

saberesinstrínsecamente vinculados aos objetivos, aos valores e à missão de uma

organização”. (BUENO, 2011, p. 38)

Para Kunsch (2003), o planejamento pode ser definido como um ato de

inteligência sobre determinada realidade. Isso implica em um processo de racionalidade

que provoca concentração de esforçoes para o desempenho de questionamentos,

diagnósticos e resoluções. “O planejamento pressupõe imagens do futuro e a definição

que a organização deve seguir no contexto desse futuro, ao passo que a solução de

problemas é imedialista e visa simplesmente corrigir descontinuidades entre a

organização e seu ambiente”. (KUNSCH, 2003, p .204 APUD DIAS,1982, p. 19)

Para Bueno (2011), o planejamento necessita transitar conforme a cultura

organizacional, portanto, observar o contexto socioeconômico em que a organização

encontra-se. Esse planejamento necessita de uma função sistemática com a participação

ativa da equipe de comunicação como das demais áreas da empresa. Desse modo,

implica numa convergência de áreas para a formação sólida da comunicação. Segundo o

autor, são diversas instituições que de forma superficial levam somente dados

financeiros, ou seja, os resultados de mercado. No entanto, é necessário observar que

existem obstáculos, podendo ser abstrusos, quando se coloca valores de gestão

divergentes. “A proposta implícita no esforço de contrução de cenários9 sempre será

9 O planejamento de cenários se distingue de outras abordagens mais tradicionais ao planejamento estratégico por sua

abordagem explícita em relação à ambiguidade e à incerteza na questão estratégica. O aspecto mais fundamental da

introdução da incerteza na equação estratégica é que ela transforma o planejamento para o futuro de atividades

episódico em proposição de aprendizado contínuo. (BUENO, 2011, p. 41 APUD HEIJDEN, 2004. p. 18)

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reduzir o nível de incerteza e promover a adaptação a uma realidade em permanente

mudança.” (KUNSCH, 2011, p.41)

Ao lançar uma campanha publicitária, por exemplo, apesar de que o campo de

publicidade marque destaque quanto a outras habilitações, isso não impede o contato

das demais. Ao contrário, os profissionais de comunicação são acionados, ou seja, a

assessoria de imprensa ver o que pode ser notícia e mantém diálogo com a mídia, assim

como trabalha o endomarketing. Essa comunicação interna, que age em convergência

com a externa. Da mesma forma que o relações pública, também, tem função integrada

nessa comunicação, cabe a ele facilitar o relacionamento com outros empresas, trabalhar

a imagem perante outras instituições, sobretudo, gerenciar a comunicação institucional.

Por isso, há uma preocupação de se trabalhar tanto a comunicação interna quanto a

externa em que são realizadas atividades pragmáticas.

Segundo Kunsch (2003), a prática da comunicação integrada consiste, contudo,

na forma que ela comporta de construção de uma política global, no objetivo de trazer

sinergia entre os diversos comunicadores. Além disso, permitir nas palavras de Kunsch

“[...] uma linguagem comum de todos os setores e de um comportamento organizacional

homogêneo, além de se evitarem disposições de tarefas.” (Kunsch, 2003, p. 180)

4.3 Construção da estrutura da Assessoria de Comunicação do BNB

Com base em entrevista, com a assessora do BNB, Angélica Paiva,10

a

assessoria de comunicação do Banco iniciou com um pequeno núcleo que já se

encontrava ligado à Assessoria Geral da Presidência. Esse núcleo era responsável pelas

atividades de relações públicas. Na media em que o BNB crescia, os gestores do banco

notaram a necessidade de ampliar o núcleo. Este passou a disponibilizar duas estruturas

que se mantiveram vinculadas ao gabinete da presidência. A primeira trata-se da

assessoria de Divulgação e, a segunda, a de Marketing, sendo responsável pela

publicidade e eventos.

A primeira publicação destinada à informação do público interno foi em

formato de jornal e circulou no ambiente do banco em 1967. “Na verdade, era um

10

Entrevista com a jornalista Angélica Paiva (BNB) por email ([email protected]), em 8 de abril de 2011.

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comunicado ao funcionalismo, que evoluiu para uma publicação impressa semanal,

distribuída para todos os colaboradores”, apresenta.

Figura 2 – Estrutura comunicacional – BNB

Fonte: Ambiente de Comunicação Social do BNB.

Em 1995, foi consolidada a assessoria de comunicação integrada, que reuniu as

atividades condizentes à Comunicação Social do BNB. Tanto para o público interno,

quanto externo. A nova estrutura manteve-se ligada à presidência, e hoje, dispõe de dois

Ambientes definidos: de Comunicação Social e de Publicidade e Mídias Digitais que

trabalham de forma conectada. A articulação do processo de formação de estratégias

acontece em todos os grupos, visto que as células estão em conexão com o respectivo

ambiente e participam da elaboração.

A solução não está, necessariamente, na estrutura, mas nos modelos mentais

dos profissionais de comunicação, hoje muito diferentes e afastados do

negócio da organização. Também não adianta apenas mudar a estrutura, mas,

como identificado por Chandler (1976), é preciso antes definir objetivos e

metas de longo prazo, adotar cursos de ação e alçar recursos necessários para

atingir esses objetivos: em suma, é preciso definir estratégia. Para o autor,

estratégia precede estrutura (DUARTE, 2008, p. 133)

Para Bueno (2011), comunicação integrada não implica somente na prática das

atividades desenvolvida por profissionais de comunicação que se conectam, mas de uma

interação ao processo de gestão de forma consistente.

Segundo entrevista,11

atualmente, o banco dispõe um jornal institucional com

periodicidade mensal, que é enviado, pelos Correios, para o público externo que

11 Entrevista gravada com câmera Sony W120 no Ambiente de Comunicação Social com Angélica Paiva, em 8 de

março de 2011.

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mantém vínculo com a instituição. Além disso, o Notícias.com - blog corporativo - é

veiculado na Intranet e recebe atualização diária. Desta forma, possibilita que o público

interno saiba as atividades da organização, até mesmo antes de ser noticiado pela

imprensa. A Web rádio Conterrâneos, lançada em 2007, é um programa que pode ser

acessado por meio do blog corporativo Notícias.com. Inicialmente foi disponibilizado

duas vezes por semana, posteriormente, uma vez por semana, e hoje, passa por

mudança. O atual formato é veiculado em pod cast. Segundo Benevides (2010), a

programação conta com entrevistas, testemunhos de experiências bem sucedidas,

serviços do Banco, quadro como saúde e cultura e outros.

No que tange à mídia audiovisual, disponibilizamos podcasts semanais da

Web Rádio, em link específico no "noticias.com", com entrevistas sobre

temas como saúde e qualidade de vida, dicas de viagem, talentos da empresa

e causos do dia-a-dia dos funcionários, contados por eles mesmos. O veículo

foi lançado em 2007, sempre via Intranet, ou seja, somente para os

colaboradores. Também produzimos um programa semanal da NordesTV,

criada em 2010, como uma evolução da revista eletrônica feita anteriormente,

Vídeo Revista. Este programa era mensal e distribuído em DVD para todas as

unidades do Banco, mas não tínhamos como mensurar se os colaboradores

estavam tendo acesso aos conteúdos disponibilizados. Com o objetivo de

melhorar a comunicação interna, promovendo maior democratização das

informações, decidimos então transformá-lo num veículo digital na Intranet,

com periodicidade semanal. (ANGÉLICA PAIVA - ENTREVISTA POR

EMAIL – 2011).

Outro veículo de comunicação interna é a revista Conterrâneos que tem

periodicidade bimestral. A publicação foi lançada em agosto de 2006 e é vencedora do

prêmio Aberje N/NE em 2009, pela categoria “Gestão de Mídia Impressa”. A revista

abrange assuntos variados concernentes a Região Nordeste, sobretudo, permite o

desenvolvimento de pautas de assuntos diversos contidos em seções como:

Gastronomia, Cultura, Turismo, Ensaio Fotográfico entre outros.

“Um veículo de comunicação produzido com a máxima participação dos

colaboradores, divulgando assuntos de seu interesse e do interesse de seus

familiares, e ao mesmo tempo difundindo os valores da organização. Em

síntese, uma revista que fosse a “cara” dos conterrâneos como se

autodenominam os funcionários do Banco. (BENEVIDES, 2010, p. 33)

O diferencial da revista em comparação a outros periódicos institucionais é que

fornece reportagem que nem sempre trás como ponto principal o Banco. Em algumas

matérias ele não é mencionado sequer. Portanto, a revista desenvolve temáticas que

colaboram com a responsabilidade social e que contribuem para uma melhor opinião

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pública. Para Torquato (2002, p. 120) “Quando o fato se superpõe ao agente, a

mensagem aparece de maneira mais crível e a fonte ganha em credibilidade. O texto de

exaltação faz parte da cultura passada”. Não se pode atribuir como comunicação interna,

somente temáticas condizentes à própria instituição. A leitura torna-se cansativa e os

resultados são restritos apenas à instituição. “Os fatos noticiados carecem muitas vezes

de relações e ligações conceituais que lhes dêem respaldo”. (TORQUATO, 2002, p.

120)

Conforme entrevista com o gerente de Produtos e Serviços do Banco do

Nordeste, Leonardo Ribeiro,12

o fator que move a seleção das pautas é o calendário

oficial do país, assim como o calendário de eventos do Banco. O entrevistado menciona

a edição de junho, em que foi pautada a Festa Junina, contudo procuraram-se novas

perspectivas para a abordagem. Também, recebeu destaque o calendário interno, e as

agências aniversariantes ganharam ênfase, além de ser mencionados peculiares da

cidade. “Aproveitamos para contar fatos pitorescos da história da própria agência do

Banco, narrados pelos próprios funcionários”, afirma Leonardo Ribeiro.

A explicação para a revista se diferenciar do padrão editorial das publicações

institucionais, de acordo com Leonardo, foi o planejamento de criação da mesma, que

teve a intenção de formar uma publicação com um contraponto em relação a outros

periódicos do Banco, como o Notícias do BNB, jornal semanal com mais de 30 anos de

existência e que abordava na essência temáticas do Banco. Nesse sentido, a revista

busca uma abordagem diversificada e livre. O próprio nome da revista valida a

proposta de abordar a temática sobre diversos assuntos como: cultura da Região

Nordeste, história de cidades e pessoas que vão além dos funcionários do BNB. A

tentativa é apresentar a empresa de forma singular, com o objetivo de aproximar os

novos funcionários da missão do banco. “Vale mais a pena falarmos dos funcionários da

empresa do que da própria empresa”, aponta Leonardo.

“Uma declaração de missão bem definida fornece aos funcionários de uma

empresa um senso mútuo de propósito, direção e oportunidade. A declaração

de missão de uma empresa age como uma “mão invisível” que guia

funcionários dispersos geograficamente a trabalhar independentemente e,

ainda, coletivamente, em direção a realização das metas da organização”.

MARCHIORI, 2008, p. 248 APUD KOTLER, 1994, p. 74)

12 Entrevista realizada, no dia 27 de maio de 2011, ao gerente de Produtos e Serviços do Banco do Nordeste, Cícero

Leonardo de Carvalho Ribeiro.

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A Conterrâneos é definida, pelo entrevistado, como: uma “revista que fala de

pessoas e para as pessoas”. Esses que são colaborados do BNB, sendo evidenciado,

logo, na capa da publicação como a seguinte frase: “a revista de quem é do Banco do

Nordeste”. Desta forma, é possível perceber uma estratégia na comunicação

institucional, que coloca o foco nas pessoas que formam a instituição e não

necessariamente no Banco. Na percepção de Leonardo Ribeiro, a mudança no foco, ou

seja, focalizar nas pessoas ao invés do Banco é o ponto principal e para o êxito da

revista.

No entanto, não se pode negligenciar a questão institucional. Ao ser trabalhado,

por exemplo, uma matéria sobre diabetes, também, é por saber que se trata de uma

doença que atinge uma quantidade significante de funcionários. “Então, é fundamental

que essas pessoas saibam cuidar-se, evitando problemas maiores de saúde, que virão a

prejudicar suas vidas e também o desempenho delas nas atividades diárias”, apresenta

Leonardo Ribeiro. Deste modo, existe uma tentativa de preservar o funcionário como a

instituição, no sentido, que é de interesse: a produtividade do funcionário e qualidade de

vida do funcionário no ambiente de trabalho. Ao invés da forma explicita de dizer que o

Banco do Nordeste se preocupa com a saúde dos funcionários.

Outra forma utilizada na revista com o objetivo de informar e interagir com os

funcionários, apontada por Leonardo Ribeiro, é quando uma cidade como Carira, é

apresentada. O município do estado de Sergipe recebe esse nome em homenagem à mãe

Carira, uma índia milagreira. Dificilmente um funcionário do BNB, que resida em

Fortaleza ou São Luís, por exemplo, teria acesso a informações da cidade, por ser um

município pequeno e com pouca abordagem da mídia. A revista tem preocupação em

apresentar vivências de cidades como essa, além de tudo, a informação é realizada por

meio de perspectivas de colegas do banco que trabalham na própria cidade.

4.4 Endomarketing: estratégia para a comunicação organizacional

Primeiramente, é necessário compreender a comunicação interna em sua

essência, antes de analisarmos o desenvolvimento da comunicação interna do Banco do

Nordeste do Brasil, com a preocupação e dedicação para expor os assuntos referentes à

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instituição e aos participantes da organização. Segundo entrevista com Lima e Paiva,13

os funcionários desempenham um papel de "embaixador", no sentido de ser de interesse

que eles tenham o conhecimento dos assuntos relacionados à instituição, antes de ser

noticiado pela mídia.

É por meio dos canais de comunicação que a mensagem chega até o receptor.

A comunicação interna do Banco do Nordeste possui serviços técnicos e funcionais que

contam com canais próprios, que desempenham funções de integração para eficácia dos

programas de segurança, motivação, promoção de programas e desenvolvimento da

organização. São jornais, revistas, blog corporativo, programas de rádio e TV em

circuito interno, já mencionados anteriormente. A decisão pela escolha dos meios de

comunicação está associada ao porte da instituição.

“É um erro pensar que as publicações internas – jornais, revistas, boletins –

servem apenas ao fluxo de comunicação descendente”. (TORQUATO, 2002 p. 58) Não

se trata somente de projetar a imagem da organização para os funcionários. O

endomarketing é um instrumento importante para resolução de crises gerada pela

burocratização, o que fornece informação para os empregados. Para Kunsch, a

comunicação interna tem o objetivo de viabilizar a interação necessária em relação da

organização e instituições com os seus funcionários, fazendo o uso de ferramentas da

comunicação corporativa e até da comunicação mercadológica, ou seja, fazendo o uso

do marketing interno.

Por conseguinte, a comunicação interna se relaciona paralelamente com o fluxo

normal da comunicação que circula as esferas da empresa. “A comunicação interna é

uma ferramenta estratégica para compatibilidade dos interesses dos empregados e da

empresa, através do estímulo ao diálogo, à troca de informações e de experiências e à

participação de todos os níveis”. (KUNSCH, 2003, APUD RHODIA, 1985) O

Endomarketing tem o objetivo de fazer com que os funcionários, de forma

compartilhada, tenham uma visão sobre as negociações da empresa. Desta forma,

pretende se desvencilhar da ideia que o funcionário é somente alguém destinado a servir

o cliente. Investir na comunicação para o funcionário provoca uma motivação ao

funcionário.

“O ambiente interno de uma empresa não pode ser caracterizado como um

mercado, mas como um organismo vivo que necessita de organização

13 Entrevista gravada com câmera Sony W120, em 8 de março de 2011, no Ambiente de Comunicação Social do

BNB, com Maurício Lima e Angélica Paiva.

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conduzida por impulsos nervosos de significado universal de sorte que todos

os órgãos compreendam seus papéis e ajam em prol de sua perpetuação”.

(KUNSCH, 2003, p. 155 APUD RAIGADA, 1999, p. 7)

De acordo com Bueno (2005), a comunicação interna exerce uma função

significante, no sentido que consegue gerar o debate, e a interação entre diversos

ambientes da organização. Isso acontece, pela forma em que a informação circula dentro

da empresa.

“A comunicação interna, se eficaz dissemina princípios e valores e mobiliza

os funcionários para atividades relevantes, compartilhando direitos e

responsabilidades. Quando ela não funciona, os esforços se dispersam,

impedindo que haja uma onvergêcnia de interesses para solução de

problemas comuns”. (BUENO, 2005, p. 33)

É importante observar algumas características: Primeiramente, os funcionários

é o grupo mais próximo da instituição. Nesse sentido, as informações divulgadas (sobre

o banco) exercem importante papel entre funcionários. Assim, por meio de uma

comunicação interna é que os funcionários tornam-se fontes. “E a empresa tem em mãos

um instrumento para estímulo funcional, transformando-o no porta voz de benefícios,

promoções, serviços sociais e no melhor meio para o estreitamento das relações

humanas.” (TORQUATO, 2002 p. 59).

Entretanto essa atuação não é tão simples assim. Para Kunsch (2003. P.157)

“lidamos com pessoas e o ambiente interno é também de interlocutores sociais e de

conflitos".

“A cultura empresarial individualista privilegia a concentração e o aumento

dos lucros em detrimento da maioria, desfazendo-se facilmente de um corpo

funcional estabelecido com o tempo e pagando baixos salários. Essa

mentalidade ortodoxa tem impedido o desenvolvimento econômico e social

do Brasil nos últimos anos. Por outro lado, os trabalhadores não devem

considerar a empresa inimiga, mas como um agrupamento social

intencionalmente constituído para alcançar objetivos específicos e comuns”.

(KUNSCH, 2003, p.157)

Segundo Kunsch, um plano de comunicação interna implica em transformações

em todo o sistema, a fim de que se obtenha equilíbrio dos interesses tanto dos

empregados, quanto da instituição. É importante observar que variações do mundo

atingem desde o nível macro, como países e regiões, até o nível micro, às instituições

em geral. Desse modo, essas mudanças são reproduzidas na vida das organizações, seja

direta ou indiretamente.

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Para a autora, a democracia é o elemento fundamental para a abertura política,

e ela permitiu modificações no comportamento dos gestores e funcionários. “O

trabalhador saiu da passiva conformista imposta pela ditadura militar para uma

consciência coletiva/sindical mais viva”. (KUNSCH, 2003, p.158) Os investimentos que

eram essencialmente voltados para a comunicação externa, agora precisam ser

modificados. Não havia uma política de comunicação interna estruturada, dessa forma,

em muitas negociações e acontecimentos da empresa, os funcionários eram os últimos a

ter conhecimento desses fatos. O avanço e o advento de novos instrumentos de

tecnológicos de comunicação revolucionaram a comunicação interna.

De acordo com Kunsch (2003, p.159), “o público interno é um público

multiplicador”. Esse público transfere conhecimento da organização e empresa para o

convício social. O funcionário torna-se um porta-voz de forma positiva ou negativa. Por

isso, um bom processo de informação propicia que os funcionários tornem-se

colaboradores da comunicação e faz com que a empresa adiante a resposta para suas

expectativas, contribuindo para mensurar problemas e buscar soluções preventivas.

Uma comunicação em que o público interno participe por meio de murais, boletins,

intranet, rádio, revista, por exemplo, esclarece posicionamentos e orienta. Além disso,

contribuem para que o funcionário acompanhe acontecimentos da empresa, além de

afastar o funcionário de um pensamento que apenas o coloca um mero número, alguém

sem parceria com a instituição. Contudo, a comunicação interna consiste em possibilitar

diálogo na gestão executiva e a base operacional.

“Os espaços organizacionais devem ser permeados por relações

comunicativas. Trata-se do entendimento da gestão da comunicação nas

organizações entendendo-se que é ela “quem faz” a organização. É preciso

diminuir a intencionalidade da racionalidade na gestão das organizações,

permitindo que as habilidades de comunicação sejam difundidas. As

organizações podem e devem ser vistas como fenômenos da comunicação”. (MARCHIORI, 2008, p. 81)

A revista Conterrâneos propicia que funcionários participem desta

comunicação, ao analisar a revista Conterrâneos, edição maio/junho de 2010 e jan/fev

de 2011, foi possível constatar a participação de funcionários do Banco do Nordeste,

desde a sugestão de reportagens até matérias assinadas. A participação dos funcionários

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faz parte dos desafios da comunicação. Segundo Angélica Paiva,14

a dificuldade é fazer

com que todos os funcionários tenham a cultura de buscar e conhecer o que está sendo

realizado na empresa. Porque apesar de todo o interesse de se produzir diferentes mídias

para informar a empresa, é necessário haver o interesse e busca por parte dos receptores.

Esses que não são homogêneas, além disso, o desafio de atingir os diferentes perfis que

existem dentro da organização faz parte dos objetivos dos veículos.

A revista Conterrâneos, na primeira etapa de produção das matérias, é

realizada pela equipe de Fortaleza, que se reúne e seleciona as pautas que serão

trabalhadas para a edição. Cada estado necessita produzir pelo menos uma matéria a fim

de contemplar todas as seções. A revista é destinada aos funcionários na ativa e

aposentados do Banco que têm distribuição pelos Correios e disponível no blog

corporativo Noticias.com.15

A publicação, ao mesmo tempo em que divulga valores da

organização, tem a finalidade de interagir com os funcionários, além de apresentar

conteúdos regionais como os já mencionados anteriormente.

Conforme Mario Madureira (1990), para a construção de uma comunicação

interna é necessário estabelecer variadas ações, sabendo que o fluxo de informações é

submetido pela estrutura da organização.

Tanto o Ambiente de Comunicação Social como o de Publicidade e

Mídias Digitais trabalham na construção dos veículos de comunicação, sendo que cada

ambiente, juntamente com os seus respectivos gestores desenvolvem funções

específicas. Dessa forma, acredita-se que se potencializem os resultados com atuação

em conjunto.

Segundo Angélica Paiva, uma das causas que se embasou para convencer a

diretoria, para criação do Notícias.com no digital, foi a questão da responsabilidade

socioambiental. Antes era necessária a impressão de nove mil exemplares do jornal, que

continha oito páginas com periodicidade semanal, distribuído para o publico interno e

público de interesse, como parceiros e autoridades. Com a chegada da versão do jornal

no digital, foi criado um jornal mensal, apenas para o público externo, como parceiros e

autoridades. Isso reduziu a impressão para três mil exemplares e com periodicidade

mensal, já que o Notícias.com destina-se apenas o acesso ao público interno.

Para alimentar o Notícias.com é realizada diariamente uma reunião para eleger

as notícias que irão compor o blog, conforme o que o Ambiente de Comunicação Social 14 Entrevista gravada com a jornalista Angélica Paiva, em câmera Sony W120, durante visita ao Ambiente de

Comunicação Social do BNB, em 8 de março de 2011. 15 A imagem da home do blog está disponível no anexo deste trabalho.

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recebe das superintendências que também possuem profissionais de comunicação. Essas

que municiam o Ambiente de Comunicação Social e que distribui para a TV, rádio,

imprensa, blog, revista e jornal. Além disso, as redes sociais e sites permitem

compartilhar vídeos e fotos que são utilizados para ampliar a divulgação interna e

externa através do Twitter,16

Facebook,17

Youtube,18

Flicker19

e slideshare20

.

Para Bueno (2011), as novas tecnologias potencializaram a comunicação nas

organizações e empresas. Principalmente em relação a velocidade que transitam as

informações. As dimensões das empresas expandiram-se e o diálogo com o mercado e a

sociedade também foram atingidas pelas tecnologias. Além disso, a comunicação on-

line consegue formar espaços de convivência. Justifica-se então, a necessidade de

empresas como o Banco do Nordeste em criar espaços múltiplos com o objetivo de

obter visibilidade. Trata-se então, de “canais específicos de relacionamento – que

podem, inclusive, ser informais, mas que tenham linguagem, formato e conteúdo

adequados a cada clientela. O próprio público interno passa a ser trabalhado no plural”.

(BUENO, 2011, p. 80).

Segundo Angélica Paiva, o objetivo é proporcionar contato por meio de uma

interação com profissionais de comunicação. Deste modo, são disponíveis nas mídias

sociais e sites que hospedam material: fotos, vídeos, apresentações e comunicados sobre

eventos e programas do Banco. Para Kunsch (2003, p. 169), “todos os produtos

comunicacionais, sejam impressos, eletrônicos, digitais etc., têm de receber um

tratamento técnico-profissional que esta área propicia”. Desta forma, se produz uma

comunicação ágil e de interesse do público interno e externo. A editoração multimídia

se trata de uma especialidade que interage em vários segmentos comunicacionais.

Também participa de largas perspectivas de desenvolvimento tecnológico inseridas na

comunicação integrada.

No início deste ano, reunimos todos os nossos veículos num só portal de

comunicação interna, o "noticias.com", que também conta com um blog

atualizado diariamente. Além disso, produzimos vídeos institucionais e

desenvolvemos campanhas internas na web, sempre em parceria com o

Ambiente de Publicidade e Mídias Digitais. (ANGÉLICA PAIVA -

ENTREVISTA, POR EMAIL, 2001).

16

www.twitter.com/imprensabnb 17 www.facebook.com/saladeimprensabnb 18 www.youtube.com/imprensabnb 19www.flicker.com/imprensabnb 20 www.slideshare.net/imprensabnb

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Para Torquato (1986), a comunicação interna cria um papel ao promover a

aceitabilidade do que foi noticiado. Ela torna-se responsável pela integração

organizacional, construindo uma identidade. Desta forma, faz com que os funcionários

despertem para estratégias corporativas. Para o autor, essa comunicação possibilita

aproximação das relações organizacionais. O trabalho é desenvolvido por meio de uma

sinergia com as áreas comunicacionais, em que as diferentes habilitações compreendem

a área que dará a sua atuação. Cabe, nesse sentido, entender o meio ideal para a

divulgação da informação, seja ela na publicidade, release, impresso ou digital. Não é

possível compreender, desta forma, o trabalho de comunicação integrada desvencilhado

das subáreas e gestores.

Para Torquato (2002), a comunicação interna é elemento catalisador e contribui

para alcançar níveis de credibilidade das bases funcionais, “engajando-se na estratégia

de mobilização pela melhoria dos ambientes. As condições de sucesso para os

programas que formam o conjunto de ações modernizadoras de uma entidade implicam

o soerguimento do animus operandi do funcionalismo”. (TORQUATO, 2002, p.125)

Segundo o autor, o ambiente interno reflete na imagem na instituição.

Conforme Kunsch (2003), a comunicação interna não pode ser concebida de

forma isolada do composto de comunicação integrada. A eficácia depende do trabalho

de uma equipe multidisciplinar de comunicação, recursos humanos, diretoria e demais

funcionários da instituição. Diante desse processo torna-se vital para o funcionamento o

planejamento apropriado. “Este por sua vez, tem de buscar subsídios nas informações

obtidas com a realização do planejamento estratégico, a fim de que os programas a

serem desenvolvidos correspondam às exigências das demandas do ambiente externo”.

(KUNSCH, 2003, p. 160)

De acordo com entrevista realizada com profissionais do Ambiente de

Comunicação Social do BNB21

, a reunião de pautas é essencial para decidir a

abordagem. Não há como elaborar um projeto que pretenda comunicar com os

funcionários, por exemplo, sem ter o conhecimento do que é de total interesse dos

comunicadores para articular estrategicamente. É frágil traçar uma estratégia sem que os

profissionais de comunicação tenham a precisão de sua forma de atuação em conjunto.

21

Entrevista gravada, com câmera digital Sony W12, no Ambiente de Comunicação Social, em 8 de março de 2011.

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Com um sistema integrado, os vários setores comunicacionais de uma

organização trabalham de forma conjunta, tendo ante os olhos os objetivos

gerais e ao mesmo tempo respeitando os objetivos específicos de cada setor.

Trata-se de uma gestão coordenada e sinérgica dos esforços humanos e

organizacionais com vistas na eficácia. (KUNSCH, 2003, p. 180)

4. 4.1 Construção de uma cultura de comunicação interna

Segundo Marchiori (2008), a cultura organizacional é fomentada a partir do

momento que as pessoas se relacionam e se comunicam, nesse sentido a comunicação é

base nesse processo. “A comunicação forma a cultura organizacional por meio da

construção de significados”. (MARCHIORI, 2008, p. 79) Nas palavras de Marchiori, as

organizações necessitam ampliar um “um espírito crítico e ações efetivas”, para que o

público interno possa representá-los de forma positiva. “A cultura é construída, mantida

e reproduzida pelas pessoas, pois são elas – ao invés de um autônomo processo de

socialização, ritos, práticas sociais – que criam significados e entendimentos”.

(MARCHIORI, 2008, p. 79)

De acordo com Bueno (2005), não é possível fomentar uma estratégia sobre a

comunicação interna sem que a organização esteja preparada para instalar uma legítima

cultura de comunicação que estimule o processo de informação e tenha inclusão dos

funcionários. A concepção de que a comunicação interna é responsabilidade somente de

altos escalões e gestores é uma concepção de modelo ultrapassado. Portanto, é

necessário estimular todo o público interno.

Conceber a ideia autoritária de que a participação ampla pode ser uma ameaça

à instituição, faz parte de uma dos resquícios de um modelo não democrático e não

vigente. Para a comunicação autêntica organizacional, o diálogo aberto e

relacionamento amplo, potencializam não apenas a comunicação como contribui para

uma imagem positiva da instituição.

Cada profissional de comunicação necessita saber o espaço de atuação,

conhecer o público e investir em uma comunicação de qualidade. A regra vale não

apenas para os comunicadores, como também, gestores e subordinados. Não importa

cada um reage conforme sua potência, assim, o assessor de comunicação com o

relacionamento com a imprensa, a telefonista com o cliente, por exemplo. A

comunicação organizacional não é realizada somente pela divulgação de estruturas

comunicacionais como as agências de publicidade e assessorias. É um equívoco pensar

desta forma. É necessário incluir ambientes internos. Essa que implica a criação de uma

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cultura e que necessita de investimentos. Entretanto, as organizações não devem

confundir a comunicação interna com o “jornalzinho da empresa”, ou ainda,

negligenciar a interferência do publico interno. Isso é uma prática ultrapassada e com

resultados insignificantes.

Não se pode esquecer o uso das tecnologias, as ferramentas tecnológicas

potencializam o processo em relação à interatividade. Angélica Paiva,22

em entrevista,

aponta que existe grande importância da participação dos funcionários com comentários

postados no blog corporativo, Noticias.com, em relação as reportagens produzidas pela

NordesTV e sugestão de matérias. O comentário possibilita acompanhar o interesse do

público sobre o conteúdo transmitido. Essa interação é significante não apenas para

mensurar a divulgação, mas abrir horizontes com ideias de quem está mais perto dos

processos de construção. O Programa de TV, disponível no blog, disponibiliza séries

especiais com o objetivo de melhorar a qualidade de vida no trabalho e projetos do

Banco.

“A comunicação interna deve ser sistemática e planejada auditada. Isso

significa dispor da metodologia para mensurar a qualidade da comunicação

interna, a eficácia dos canais de relacionamento e o nível de participação dos

funcionários no processo global de comunicação”. (BUENO, 2005, p.39)

4.5 O Centro Cultural do Banco do Nordeste

O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil faz parte dos espaços da

cidade em que permite à população, o desenvolvimento, estímulo e a divulgação da

cultura na região. Conforme entrevista com Angélica Paiva, o trabalho de comunicação

do Centro Cultural, ainda que gerenciado pelos Ambientes de Comunicação, exerce

autonomia pela comunicação do Centro, podendo encaminhar materiais para agência de

publicidade, por exemplo, sem que necessariamente tenha que passar pelo Ambiente de

Comunicação Social. A comunicação integrada traça o planejamento acompanha, mas

não impede de dar autonomia dos assuntos já resolvidos pelo conjunto.

Além de responsabilidade social do Centro Cultural, há o ambiente de

responsabilidade socioambiental. A comunicação social do ambiente trabalha como nos

outros setores do banco, em que são repassadas as informações para o público interno e

22 Entrevista realizada em 8 de março de 2011 com a jornalista Angélica Paiva – BNB na célula de produção

audiovisual.

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externo. Projetos como o uso do papel reciclado e diminuição do uso de copos

descartáveis ganharam notoriedade por meio do trabalho desenvolvido pela

comunicação integrada. Além disso, também são divulgados outros trabalhos de

responsabilidade social na área de educação, em parceria com a Prefeitura Municipal de

Fortaleza (PMF), o Proinfor que é realizado dentro do Espaço do banco no bairro

Passaré. O projeto possibilita aulas de computação para jovens com baixa renda. Para

Bueno (2005, p. 128) “O conceito de responsabilidade social implica em vislumbrar a

organização com um todo e analisar a sua relação com a sociedade, e com públicos

específicos, de maneira abrangente”.

Para o autor a responsabilidade social não se limita ao relacionamento com

clientes ou público direto. A responsabilidade social compreende a interface de

diferentes públicos.

É tempo de opções; de unicidade e pluralismo; de combinações de tradições e

inovações; de deslocamento dos indivíduos em relação aos seus referenciais

normativos; de carência de modelos identificatórios; de fragmentação e

simbolismo. E, com isso, os meios de produção e as relações de produção

estão se tornando cada vez mais cultuais, ou seja, o modo de produção

econômico está se tornando, cada vez mais, uma fonte de significados.

(MARCHIORI, 2008, p.33)

Segundo os jornalistas do BNB, Angélica Paiva e Maurício Lima, o Banco

busca a possibilidade de se comunicar usando a publicidade, comunicação interna e

assessoria de imprensa. Mais do que a estrutura de comunicação organizacional única, o

resultado que se pretende é a obtenção de unidade de ação, porque os profissionais de

comunicação não visualizam uma eficácia da comunicação sem a atuação conjunta. Um

exemplo foi a campanha interna realizada para a mudança da logomarca, que contou

com um intenso trabalho de convencimento, primeiramente com os funcionários, sobre

a necessidade de mudar a marca. A alteração vinha sendo discutida há mais de um ano,

durante fóruns e palestras. Desta forma, foram realizadas reuniões específicas para

apresentar a logomarca com intuito de efeito cascata para que a partir daquele momento

as pessoas reproduzissem as informações divulgadas, embora ainda de forma tímida. Os

funcionários tinham que criar uma identidade e compreender a necessidade da mudança.

Além de fazer com que cada funcionário, também, fosse embaixador da marca, ou seja,

que conhecesse suficientemente os motivos da mudança quando questionado por

terceiros.

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Segundo a comunicação do Banco, a mudança da logomarca aconteceu por

problemas de aplicação na redução da antiga marca. Além disso, a marca não

comunicava o necessário para o atual Banco. Dessa forma, foi por meio de pesquisa

realizada para a percepção da marca, que iniciou o processo de alteração da marca. Com

a atuação em novos mercados foi necessário entregar para a sociedade um Banco que se

modificou. De acordo com informações contidas no site do BNB23

, a nova logomarca

está relacionada com o desenvolvimento do banco e investimento da região. A logo

trouxe a figura do coqueiro para representar a flexibilidade, perenidade, crescimento,

multiplicidade, resistência, além de ser símbolo na região. Também, foi incluída na

nova marca diferentes cores e traços na tentativa de potencializar o desenvolvimento do

banco.

Para consolidar a nova marca, foi necessária a atuação da comunicação

integrada, o trabalho em conjunto dos profissionais de comunicação em publicidade,

release e matérias. Desta forma, foi criada uma campanha de apresentação da nova

marca que contou com a veiculação de comerciais na televisão, anúncios em jornal e

revista, outdoor, backbus, jingle, abrigo de ônibus entre outros.

4.6 A imagem: mais do que uma referência sobre a instituição

Para Neves (2000 p. 23) “a imagem só é – vamos dizer – competitiva se ela der

resultados concretos para a empresa”. A credibilidade é o elemento que fixa

positivamente a imagem na lembrança das pessoas, nas palavras de Neves, é a

argamassa. De acordo com o autor, a imagem tanto pode ser utilizada para abtenção

quanto para conquistar espaços, sobretudo, no mercado, profissionais, investidores,

quanto para ser utilizada como defesa diante das crises com a opinião pública, sendo um

neutralizador dos atributos negativos.

A execução trata-se de um processo que implica além da publicidade, como da

postura da própria organização. É nesse momento que cabe a comunicação agir com

sinergia. A publicidade deve ser condizente com os releases enviados e a comunicação

interna veiculada. As organizações e empresas, na contemporâneidade, precisam

agregar valores à sociedade. “O sistema de comunicação externa é responsável pelo

posicionamento e pela imagem da organização na sociedade” (TORQUATO, 2002 23 www.bnb.gov.br

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p.61). Desta forma, o foco deve ser a opinião publica. Essa opinão que se modifica

diante a dinâmica das circunstâncias e está passível de transformações. Para Torquato

(2002), os processos sociopolíticos, econômicos e culturais influenciam de forma direta

o público.

Para garantir uma comunicação eficaz, segundo entrevista com Maurício24

é

necessário conhecer que tipo de meio é o mais viável para agir para se obter

determinado resultado. Se é enviar um release, lançar uma campanha publicitária ou

realizar um corpo a corpo. Na reunião, é imprescindível expor as opiniões e formas de

estratégia para a ação. Equipes multidisciplinares trabalham melhor do que equipes com

uma formação só. “Por planejamento organizacional entende-se aquele planejamento

corporativo que integra e envolve todo o conjunto de unidades interdependentes da

organização, facilitando e unificando as suas tomadas de decisões”. (KUNSCH, 2003.

p. 210)

Conforme entrevista com Maurício e profissionais do Ambiente de

Comunicação Social, as pessoas, de forma geral, que trabalham nas diferentes áreas da

comunicação, do ponto de vista da comunicação, apesar de ter uma ideia sobre

determinada ação, não sabem com exatidão o que pode ser noticiado pela imprensa ou

que deve ser direcionado à publicidade. Mas o jornalista sabe o que é notícia. Se há ou

não interesse com o publico externo. A diferença entre as políticas públicas que dá

certo e dá errado é a presença do profissional de comunicação, desde o início, na

formulação.

É uma estratégia nas organizações a comunicação interna, ela é fundamental

para que os funcionários conheçam o que está acontecendo dentro da organização. Há

um desconforto grande quando o funcionário só conhece quando a mídia pauta. Um das

grandes batalhas é conseguir colocar um canal de comunicação para que o público

interno tenha conhecimento. A publicidade do Banco tem explorado muito o caso de

vidas que são resultados de ações da instituição. Esse trabalho tem aspectos positivos,

inclusive, para a própria imagem. Mas isso, somente é possível em uma articulação em

conjunto da comunicação.

Para tentar apresentar com balanço crítico as características quanto à imagem

do BNB, crê-se que por meio de uma enquete foi possível atribuir, mesmo de forma

geral, parte das características do Banco em relação da imagem da instituição perante a

sociedade. Nesse sentido, foi decidida a elaboração de uma enquete eletrônica com a 24 Maurício Lima é editor do Ambiente de Comunicação Social – email: [email protected].

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58

seguinte indagação: “Em que você pensa quando escuta: "Banco do Nordeste?” A

enquete aberta possibilitou aos participantes múltiplas respostas, sendo realizada no

período de 16 de a 30 de Março de 2011. A pesquisa gerou 84 participações que

contribuíram para identificar à imagem do Banco do Nordeste do Brasil. A enquete não

conteve opções, a intenção foi de não direcionar, de forma alguma. A tentativa era fazer

com que o internauta apresentasse a primeira imagem que lembrasse da instituição, ao

ser mencionado o BNB. Foram geradas respostas diversas, essas que foram inseridas

conforme os grupos existentes no gráfico. Segundo Lapointe e Noreau (1996 in apud

Pinsonneault e Kraemer 1993) o tipo de pesquisa de opinião utilizada aponta três

especialidades quanto à obtenção dos dados. Inicialmente, a enquete possibilita fornecer

descrição, em seguida trabalha a reunião de forma que estabeleça relações que tenham

ligações, sabendo que os tópicos utilizam na tabela reúne características de referências

sinônimas. Por último, segue a fomentação da estrutura a partir dos dados coletados e

analisados. A enquete encontra-se no apêndice deste trabalho e foi obtido o seguinte

resultado visualizado no gráfico abaixo:

Figura 3 – Gráfico obtido por enquete eletrônica

Fonte: Obtido pela participação de internautas25

25 Pesquisa realizada no período de 16 a 30 de Março de 2011 em enquete eletrônica.

27%

20%

19%

12%

4%

2% 2% 14%

BNB Cultura/ Centro Cultural

Desenvolvimento Regional

Empreendedorismo e investimento

Financiamento e dinheiro

Insatisfação ou similar

Família e amigo

Passaré

Outros

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59

Embora o resultado seja de forma geral, mesmo assim, foi possível perceber

uma imagem positiva do Banco. A menção mais escolhida pelos internautas foi a

referente à Cultura/ Centro Cultural que totalizou 27%. Segundo Kunsch (2003, p. 170),

a “imagem é o que passa na mente dos públicos, no seu imaginário, enquanto identidade

é o que a organização é, faz e diz”. Conforme (Kunsch 2003, p. 170 apud Souza 1997,

p. 15), “Identidade corporativa não é imagem corporativa (identidade, no caso, significa

aquilo que uma organização é e como deseja ser percebida – nos limites do que ela é e

tem -, enquanto imagem é como tal organização é percebida por todos os públicos de

interesse.” (Kunsch 2003, p. 170 apud Souza 1997, p. 15). Para Torquato (2002), a

identidade não pode ser formatada por meio artificial, ela refere-se a um conjunto

somático de virtudes e defeitos. No caso do Banco do Nordeste percebe-se a influencia

de um equipamento do banco, o Centro Cultural. Segundo entrevista com Luciano Sá,

26o trabalho de Assessoria de Comunicação é articulado internamente com muita

autonomia. Contudo, recebe participação do Ambiente de Comunicação Social – BNB.

O trabalho de divulgação consiste por meio do fornecimento de matérias com a temática

Cultura/ Centro Cultural para a elaboração do boletim impresso Notícias do BNB e o

boletim eletrônico Notícias.com, que são produzidos pelo Ambiente de Comunicação

Social. Os releases também ficam disponíveis na página principal do portal BNB.

O Centro Cultural do Banco do Nordeste é um equipamento cultural da cidade

que recebe não apenas o público interno do banco, mas o público no geral. A expressão

“marketing cultural” está relacionada a produção e promoção da cultura. “É uma

estratégia de comunicação institucional que visa promover, defender e valorizar a

cultura e os bens simbólicos de uma sociedade, que se materializam na produção de

obras de literatura, artes, ciências etc.” (KUNSCH, 2003, p. 178) O Marketing cultural

permite, nas palavras de Muylaert, “o desenvolvimento de um projeto cultural”. Dessa

forma, ele sinaliza o papel da instituição diante da responsabilidade social, desta forma,

passa a assumir uma função social. Esse é um segmento que vêm despertando o

interesse de muitas instituições e que no Brasil está em grande crescimento.

“A imagem de empresa é um efeito de causas diversas: percepções, induções

e deduções, projeções, experiências, sensações, emoções e vivências dos

indivíduos, que de um modo ou outro – direta ou indiretamente – são

associadas entre si (o que gera significado da imagem) e com a empresa, que

26 Luciano Sá é jornalista e trabalha no Ambiente de Gestão e Cultura, a entrevista foi realizada por email, no dia 25

de maio de 2011.

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60

é seu elemento indutor e capitalizador. (KUNSCH, 2003, p. 171 APUD

COSTA 2001, p. 58)

De acordo com o jornalista, Luciano Sá, com a mídia, o Centro Cultural

(Fortaleza, e Cariri, no Ceará; e Sousa, na Paraíba) procura trabalhar a divulgação das

atividades do equipamento. Também, há a divulgação em âmbito nacional. Em que é

utilizado ferramentas como o “Maxpress” e o “Comunique-se”, assim, como o envio

por e-mails de releases para jornalistas cadastrados na lista de distribuição formada pelo

Centro. A Maxpress e Comunique-se são canais pela Internet especializados em

assessoria de imprensa. Ambos permitem visibilidade nacional dos releases elaborados

pelo Centro Cultural. O Maxpress, também, disponibiliza ao BNB um mailing de cerca

de 10 mil veículos de comunicação e 50 mil jornalistas de diversas editorias. Segundo o

jornalista, a liberação de releases pelo fax, em nível local, colabora de forma eficiente a

fim de divulgar para diferentes editorias, além de contar com o envio por email sobre a

programação dos Centros Culturais.

As mídias sociais, também, é uma das ferramentas, que desde 2010, têm

colaborado para a divulgação da programação dos Centros Culturais. A ferramenta

possibilita a divulgação para variados públicos que participam ou acessem Twitter, You

Tube e no Facebook.

Ainda concernente ao percentual atingido pelo quesito Cultura/Centro Cultural

apresentado na enquete eletrônica, foi possível perceber, uma grande lembrança das

pessoas quanto esse equipamento. O resultado pode ser atribuído à divulgação dos

Centros Culturais por meio de jornais, rádio televisão e Internet que influenciou no

resultado obtido. Conforme Luciano Sá, em entrevista por email, “uma pesquisa interna

aponta que, em 2010, 35% do espaço jornalístico impresso ocupado pelo Banco do

Nordeste no Ceará destinava-se às notícias sobre os Centros Culturais”.

De acordo com Kunsch (2003), a imagem está relacionada a uma visão

abstrata, ou seja, ao imaginário e percepção dos indivíduos. A imagem é o produto da

junção das crenças, conceitos e impressões que permeiam o indivíduo sobre

determinado conceito, pessoa ou objeto. Desta forma, a imagem concebe o que está no

pensamento das pessoas em relação às atitudes de uma organização. “A imagem de

empresa é a representação mental, no imaginário coletivo, de um conjunto de atributos e

valores que funcionam como um estereótipo e determinam a conduta e opiniões desta

coletividade.” (Kunsch, 2003, p. 167 APUD Costa 2001, p. 58)

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O segundo tópico mais votado na enquete eletrônica, foi referente ao

desenvolvimento regional, que recebeu 20%. Também se observou por meio de um

questionário, enviado por email aos funcionários de comunicação do Banco, a forte

presença dos termos colhidos na enquete (Desenvolvimento Regional) contidos na

missão do Banco. No questionário foi indagado, sobre a missão do BNB. A resposta,

embora apresentada de formas diferentes, obteve uma conclusão unânime que

relacionou características da missão do Banco relacionado ao desenvolvimento da

Região Nordeste. O resultado pode ser atribuído pela atividade trabalhada na

Comunicação Institucional que valoriza a questão que envolve missão, visão e objetivo

da instituição, conforme apresentado no anexo 1. Isso pode ser percebido para agregar

valores quanto à nova marca, conforme é a apresentação contida no site:

Figura 4 – Home BNB

Fonte: bnb.gov.br 27

Figura 5 – Home BNB

Fonte: bnb.gov.br28

27 www.bnb.gov.br, acesso em 27 de maio de 2011.

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Segundo Torquato (2002), a imagem ao contrário de que muitos creem não se

trata de uma construção artificial, não é algo que se encontra fora da identidade da

organização. Nas palavras do autor, “[...] não quer significar grandeza no campo de

realizações nem mesmo arrojo no campo das atitudes. Trata-se de um conceito sobre

uma pessoa, o conjunto das qualidades morais, a soma de suas virtudes e defeitos”.

(TORQUATO, 2002, p. 169)

Embora o conceito de imagem, para alguns autores seja definido como

sinônimo de reputação, Marchiori (2008) aponta pesquisas que demonstram dados mais

específicos. Em que atribui a reputação como sendo construída em decorrer de um

processo que implica o tempo e tem como alicerce as ações e conduta. Já o conceito de

imagem é concebido como percepção, sendo sustentada por diversos segmentos de

público. Segundo a autora, a imagem não é um atributo físico, por isso, diversos grupos

de indivíduo podem conceber diferentes atributos. Ao se referir a uma imagem de uma

empresa, trata-se de reunir esforços a fim de criar uma impressão pública, sobretudo, há

uma intencionalidade atrás da imagem. Para a autora, a imagem pode ser compreendida

como uma fotografia que um indivíduo traz da organização.

De acordo com Marchiori (2008), a imagem corporativa é uma das formas da

organização compartilhar conhecimento. Ela está relacionada às respostas afetivas, o

que lembra, embora que de forma tímida, repostas que permitiram “Família e amigo; e

Passaré” que obteve cada um 2% ao ser mencionado o nome do BNB. Nada obstante,

pode ser lembrado um parente ou amigo funcionário do Banco. “A imagem informa

sobre as características de uma organização, o que é importante para estimular e manter

a aliança com os seus membros, potenciais membros e todos aqueles que estão

parcialmente envolvidos.” (MARCHIORI, 2008, p.39)

Diante de um cenário de grande competitividade, globalização e crescimento

da oferta de serviços, a reputação é uma estratégia de forte valor nas instituições e

sociedade. “As organizações têm procurado estabelecer relações que possam ser-lhes

mais favoráveis e, na cadeia de relacionamentos, a percepção que as pessoas têm sobre a

organização pode influir em suas decisões”. (MARCHIORI, 2008, p.41) A baixo, o

quadro formatado a partir de pesquisas da autora que apresenta aspectos relacionados

como: cultura, identidade, imagem, reputação e compreensão sobre as inter-relações.

28 www.bnb.gov.br, acesso em 27 de maio de 2011.

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63

Cultura Identidade Imagem Reputação Entendendo as

inter-relações

Fornece universo

simbólico sobre o

qual ocorre a

construção de

sentidos

Formada pela

percepção da

maioria dos

empregados do

que é central

distinto e

permanente

Formada pelos

públicos externos

Reputação

empresarial é um

mecanismo

através do quais

observadores

externalizam suas

expectativas sobre

a organização.

Identidade

formada pelo

público interno,

mas sofre

interferência das

imagens e da

reputação.

Cultura como

padrão de crenças

e pressupostos

mais ou menos

compartilhados

entre membros e

não-membros da

organização

Identidade como

auto-apresentação

de si mesma

Imagem como

percepção e

interpretação de

outros

Organizações que

conseguem deixar

sua identidade

mais clara

geralmente têm

melhor reputação

“Quem somos”

não pode ser

separado da

percepção de

“como os outros

nos vêem” e de

nossa percepção

sobre o “olhar de

outros”.

Cultura como

produto da

construção de

sentido das

atividades do dia-

a-dia

Identidade

corporativa

envolve uso de

símbolos em sua

comunicação,

artefatos, como

logotipo, nome,

slogan, estilo,

histórias.

Imagens

múltiplas. A

representação de

uma realidade ou

de um simulacro

da organização.

Não importa quão

“real” seja o valor

está na percepção.

Reputação se cria

ao longo do

tempo, como

resultado de

repetidas

interações e

experiências

acumuladas.

Múltiplas imagens

referem-se a uma

mesma

organização. As

imagens

cumulativas dos

diversos

stakeholders, ao

longo do tempo

determinam a

reputação.

Quadro 1 – Abordagens de cultura, identidade e suas inter-relações.

Fonte: Marchiori 2008, p. 42.29

De cordo com Marchiori (2008), a cultura é formação por meio das relações

sociais e os símbolos que são constituídos na influência mútua e constroem as

definições aceitas. Por isso, trata-se de algo que deve ser compreendida como resultado

de um processo histórico. Nesse processo não há como conceber a construção sem a

comunicação. As organizações e empresas, de forma geral, precisam de estudos que

revelem sua trajetória, cultura organizacional. Não há como desvencilhar a comunicação

do processo de formação que implica a construção dos significados. “A cultura pode ser

entendida como a construção de significados e, se comunicação é produção de

significados então, o círculo entre comunicação e culutra se fecha”. (Marchiori, 2008, p.

85)

29 Adaptado de Hatch e Schultz (2000); Rindova e Fombrun (1998).

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64

A comunicação organizacional e empresarial possibilita, nesse sentido a

contrução da culura, essa que fortalece a identidade da empresa.

Cultura é o resultado da interação social e é formada em comunicação. A

comunicação organizacional é provedora e disseminadora de conteúdos, os

quais desenvolvem os ambientes organizacionais. A interpretação desses

ambientes é expressa na realidade cultural de uma determinada organização,

por meio de seus discursos e relacionamentos. (MARCHIORI 2011, p.03)

Para a autora, focar a comunicação nas pessoas cria uma estruturação de todo o

corpo, tornando-se um fator de sucesso nas empresas. Essa visão empresarial,

investindo em comunicação clara, evidenciando objetos, permitindo a participação

compromete os funcionários e interfere de forma positiva na imagem da instituição, ou

seja, viabiliza a existência de uma instituição com credibilidade.

4.6.1 O valor estratégico na comunicação integrada

Segundo Kunsch (2003) não é possível separar funções estratégica como

planejar e administrar na execução de práticas comunicacionais. O pensamento

estratégico trata-se de um método intuitivo e criativo que está associado ao processo

dinâmico para a fomentação da comunicação. Esse pensamento que nas palavras da

autora, “não se prende a rigidez dos quadros ou diagramas” (p.240) mas ela

procuraencontrar novas possibilidades. Segundo Kunsch, (2003 p. 241 apud Oliveira,

1995, p. 194) “Consolidação de uma visão aberta, sistêmica e voltada para frente

(interativa); o constante exercício mental da busca de questões estratégicas; bem como a

estruturação do processo de cisório.” A prática estratégica não se refere somente ao

intuitivo, ela remete para os valores agragados à organização. Isso exige o

conhecimento profunto da instituição, visto que a prática estratégica pode interferir na

imagem, por isso, cabe observar os efeitos que podem ser sofridos.

“Na atualidade, entre as principais condições para a existência e disseminação da

cultura de comunicação estratégica dentro de uma organização destacam-se os

princípios do diálogo, da sustentabilidade e da mestiçagem”. (MARCHIORI 2008, p.

249) As três características citadas anteriormente, já permeiam as organizações que

trabalham a comunicação. O endomarketing é um forte aliado. A divulgação eficaz

sobre a apresentação da empresa, como propósito e missão por exemplo age como, nas

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65

palavras da autora, “uma mão invisível”. Essa que orienta os funcionários e favorece o

coletivo podendo ter o resultado de metas conquistadas. As questões que legitimem

ações de sustentabilidade como o projeto de meio ambiente do Banco do Nordeste e o

Centro Cultural, validam as organizações perante a sociedade, além disso, parte das

instituições e empresas podem obter benefícios e icentivos cedidos pelo governo. Por

fim, o princípio da mestiçagem refere-se a prática da democracia.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio de uma contextualização histórica sobre o processo de formação da

assessoria de comunicação, foi possível perceber, segmentos da comunicação integrada,

sendo essa, uma filosofia que vêm crescendo nas discussões organizacionais.

O mundo sofre transformações e o fenômeno da globalização impulsionou os meios de

comunicação organizacional e se fez perceber um novo processo que é um desafio para

as organizações.

Embora, a assessoria de comunicação integrada possa ser compreendida como

recente no Nordeste, parte das organizações já despertaram para a necessidade de

fomentar uma estrutura, como apontou o estudo de caso do Banco do Nordeste do Brasil

(BNB). A instituição pesquisada reconhece a integração da comunicação como

elemento singular para o desenvolvimento da comunicação. Essa integração é uma

filosofia para orientar as subáreas da comunicação e gestores. Desta forma, segue um

viés com valor estratégico que sistematiza a comunicação em uma sociedade que sofre

constante transformação tecnológica, que potencializa e multiplica a forma de

divulgação e tratamento da mensagem. Essa conexão, não é mero acaso, nem tampouco

resultado formado num passe de mágica. Essa estrutura remete a novas práticas que aos

poucos as organizações e instituições passam a executar estimulados pela tecnologia.

Conseguir planejar de forma global e estratégica já é cobiça de muitas

organizações, sobretudo, o estudo de caso aqui realizado, buscou apresentar elementos

de planejamento à comunicação de forma integrada. É imprescindível que profissionais

e gestores tenham sensibilidade de compreender o processo de mudança que passa a

sociedade. Vale lembrar a ideia de Max Weber, citada por Bueno (2005), ao referir que

as organizações assim como as pessoas serão sempre imperfeitas. Sobretudo, o trabalho

de comunicação contribui efetivamente na imagem da organização. Faz pertinente

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66

referir-se a comunicação interna e aos valores que ela produz sobre a comunicação

externa. Assim como lembrar, que a cultura organizacional é produzida a partir dos

significados, mas quando a comunicação é quem reproduz parte desses significados,

então, é necessário relacionar comunicação e cultura organizacional.

As organizações necessitam apresentar valores, e a divulgação da informação

não deve se restringir apenas aos assuntos concernentes a instituição, ou seja, deve ser

inserida uma visão de global. Nesse sentido, acontece uma convergência da

Comunicação Institucional, Administrativa e Mercadológica. Essas que necessitam de

diálogo para a construção de uma imagem consistente de toda a organização ou

instituição. Uma necessidade que existe pelo fato de se firmar uma política global e

evitar a sobreposição de atividades. Desta forma, possibilita uma coerência na

linguagem, em que se pressupões que o trabalho especializado em uma sinergia

potencializa os resultados.

Não apenas integrar os processos comunicacionais, mais humanizá-los com o

intuito de uma veiculação da informação que promova a participação do público

interno. Dessa forma, diminuindo os ruídos e propiciando o fortalecimento de um bom

relacionamento. Sobretudo, transmitir uma compreensão clara dos ideais da organização

pelos variados públicos. Essa compreensão é um processo que deve caminhar junto com

a visão administrativa, independente das posições hierárquicas.

Contudo, há muito que se elaborar em relação à comunicação integrada que está

em desenvolvimento há mais de duas décadas, no país. Mas que hoje, pode ser

percebida como um desafio para as instituições que buscam diferencial na comunicação.

Esta visão estratégica, que na concepção de Bueno (2005), consiste em uma autêntica

cultura, que não considera ser estratégica somente pelo desejo, ou mesmo ação, mas em

relação ao profissional, em que inclui aqueles que estão inseridos nesse processo

comunicacional. Para apontar a construção do conceito, este estudo, teve o propósito de

reunir uma série de pesquisadores que influenciam na construção dessa filosofia no país

e observar atividades realizadas no Banco do Nordeste do Brasil.

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67

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2002.

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Universidade de São Paulo, 2009.

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70

ANEXO

Anexo 1: Composto da comunicação integrada

Fonte: Kunsch (2003, p. 151) 30

30

A imagem sofreu edição para melhor qualidade na visualização do material impresso.

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71

Anexo 2: Páginas 20 e 21/ Maio/Jun2010 digitalizadas e arquivo disponível no blog

corporativo da Revista Conterrâneos.

(Fonte: Arquivo pessoal e BNB)

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72

Anexo 3: Imagem do blog corporativo Notcias.com em 31/05/2011.

(Fonte: BNB)

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73

Anexo 4: Imagem do programa NordesTV em 31/05/2011.

(Fonte: BNB)

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74

Anexo 5: Imagem Webrádio disponível no blog corporativo Notícias.com em

31/05/2011.

(Fonte: BNB)

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APÊNDICES

Apêndice A: Email enviado à jornalista Angélica Paiva, e, 8 de Março de 2011.

À COMUNICAÇÃO DO BANCO DO NORDESTE

ATT.: SR. ANGÉLICA PAIVA

ASSESSORA DE COMUNICAÇÃO

Fortaleza, 08 de Março de 2011.

Prezada SrªAngélica Paiva,

É na qualidade de aluna da Faculdade 7 de Setembro (FA7), do curso de

Comunicação Social-Jornalismo que venho estabelecer contato para uma pesquisa sobre

a eficácia da Comunicação Organizacional presente nesta instituição. A pesquisa visa

compreender de forma geral como é realizado o trabalho na assessoria de comunicação.

Sobretudo, é meu intuito apontar dados positivos sobre o funcionamento da

Comunicação Integrada. O Banco do Nordeste do Brasil (BnB) foi sugerido pelo

professor Paulo Ernesto de Serpa, já que se trata de uma instituição com seriedade e

que tem visão integrada sobre a comunicação.

Nesse sentido, busco a permissão para que eu possa conhecer o ambiente de

trabalho da comunicação, realizar uma entrevista objetiva com a senhora e aplicar um

breve questionário com a assessoria de comunicação. Este, tem o objetivo somente

acadêmico, trata-se de um questionário simples, que não lhes tome o tempo, não

comprometa as estratégicas particulares e poderá ser conferido antecipadamente. O

estudo será utilizado para o trabalho de monografia que se baseia em pesquisa

bibliográfica da pesquisadora Margarida Kunsch e Gaudêncio Torquato e tem o objetivo

de compreender a Comunicação Integrada nas organizações.

Antecipadamente agradeço,

Sammia Ingreed Pereira Santos

Estudante de Jornalismo (FA7)

Fone: 87421104

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Apêndice B: Questionário aplicado à Comunicação Integrada do Banco do Nordeste do

Brasil – BNB.

CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - Jornalismo

Questionário sobre trabalho na Assessoria de Comunicação Integrada realizada

com funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB)

1. Idade:

( ) a. Entre 20 e 30 anos

( ) b. Entre 31 e 40 anos

( ) c. Entre 41 e 60 anos

( ) d. Mais de 60 anos

2. Sexo:

( ) Feminino

( ) Masculino

3. Formação:___________________________________________________________

4. Função:_____________________________________________________________

5. Há quanto tempo trabalha no Banco do Nordeste do Brasil?

( ) a. Entre 0 e 3 anos

( ) b. Entre 4 e 7 anos

( ) c. Entre 8 e 13 anos

( ) d. Entre 14 e 19 anos

( ) d. Mais de 20 anos

6. Você conhece a missão do BNB? Se sim, apresente.

Os dados deste questionário serão utilizados como informações restritas para compor a

análise de monografia do curso de Comunicação Social - Jornalismo da Faculdade 7 de Setembro,

sendo preservadas as identidades dos informantes. A pesquisa tem como foco o estudo da

Assessoria de Comunicação Integrada (Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas.

Questionário aplicado em: _____/ _____ / _____

Aluna responsável: Sammia Ingreed Pereira Santos (Fone: 87421104)

[email protected] ou [email protected]

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( ) Sim

( ) Não

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

7. Apresente duas atividades desempenhadas em seu departamento e aponte como

elas contribuem para o trabalho no total na assessoria de comunicação.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

8. Como seu trabalho contribui para manter com a missão institucional?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

9. Com que outras especialidades você convive em seu departamento e realiza

atividades que tenham convergência com o seu trabalho?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

10. Como você avalia a satisfação do público (externo) que entra em contato com o

BNB quanto à divulgação de informações? Por quê?

( ) Insatisfeito

( ) Satisfação média

( ) Boa satisfação

( ) Muito satisfeito

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

11. Que valores o trabalho da comunicação Integrada agrega para as suas atividades

na Instituição? E quais os desafios para uma Comunicação Organizacional eficaz?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

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Apêndice C: A enquete eletrônica com resposta aberta, realizada no período de

16/03/2011 a 30/03/2011 que totalizou 84 participações.

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Apêndice D: Roteiro de entrevista gravada com câmera digital Sony W120,

durante visita à sede da Comunicação Social do BNB, no Passaré.

Roteiro da entrevista com a assessora Angélica Paiva

Valores do Banco

Qual a missão do banco do Nordeste?

A importância da Comunicação Integrada para que a missão do banco do

Nordeste seja obtida.

As falhas na comunicação constroem informações erradas ou fazem as

informações não chegarem ao destino ou tempo? Como o Banco do Nordeste

trabalha para reduzir esse problema?

Principais atividades desenvolvidas na comunicação do banco do Nordeste que

contribuem para cumprir os valores da organização.

Conceito de Comunicação Integrada

“Com a evolução e a sofisticação da área de Comunicação, sobretudo, nas

grandes empresas, ela foi assumindo um novo status e um caráter estratégico”.

(Kunsch 2003) Como o banco do Nordeste percebe a aplicação do mix da

comunicação?

Comunicação Administrativa

Responsável pelo processamento interno da organização. Ela pode ser definida como o

“intercâmbio de informações dentro de uma empresa ou repartição, tendo em vista sua

maior eficiência e o melhor atendimento ao público”.

Comunicação Institucional

Referem-se atribuições inseridas na própria identidade, ou seja, compartilhar

propriedade como: missão, visão, filosofia e políticas.

Comunicação Mercadológica ou de Marketing

Visa à divulgação publicitária e encontra-se inserida ao marketing dos negócios.

É por meio da aplicação desses processos que se pode obter o mix da

comunicação apontado por Kunsch (2003).

A colaboração dos profissionais que trabalham na assessoria de comunicação no

Banco do Nordeste, como é realizada a interação entre os profissionais de

Jornalismo, Publicidade e Propaganda Relações – Públicas.

Os principais desafios para se obter uma comunicação organizacional eficaz.

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Apêndice E: Email enviado dia 25 de maio de 2011 ao jornalista Luciano Sá (Ambiente

de Gestão da Cultura).

Prezado Luciano,

É na qualidade de aluna da Faculdade 7 de Setembro (FA7), do curso de Jornalismo

que venho estabelecer contato para uma pesquisa sobre Comunicação Integrada. Já

estive presente no Passaré, no qual foi de grande proveito minha visita. A pesquisa visa

compreender de forma geral como é realizado o trabalho na assessoria de comunicação.

Sobretudo, é meu intuito apontar dados sobre a imagem do Centro Cultural para o BNB.

Segue a breve entrevista.

1. Como é articulado e desenvolvido o trabalho da assessoria de imprensa do Centro

Cultural com ambiente de Comunicação Social do BNB e a mídia?

2. Por meio de uma enquete eletrônica (“Em que você pensa quando escuta: "Banco do

Nordeste"?) foi obtida por 27% dos participantes, a referência: Cultura/ Centro

Cultural. Desta forma, quais os motivos podem ser apontados para a lembrança das

pessoas: "Cultura/Centro Cultural- BNB"?

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Apêndice F: Email enviado ao Gerente de Produtos e Serviços - BNB, Cícero Leonardo

de Carvalho Ribeiro do Ambiente de Comunicação Social, no dia 27 de maio de 2011.

Prezado Leonardo,

Como aluna da Faculdade 7 de Setembro (FA7), do curso de Jornalismo venho

estabelecer contato para uma pesquisa sobre comunicação integrada. Já estive no BNB,

no qual tive a oportunidade de conhecer mais de perto o processo de construção da

comunicação através da jornalista Angélica Paiva e a equipe de comunicação. No

entanto, entro novamente em contato, minha intenção é saber o processo de escolha das

matérias, como é feito e por fim um grande diferencial encontrado na revista em relação

a outras publicações institucionais, visto que o mesmo não concentra o foco em

conteúdo somente do banco.

Breve questionário

1. Como acontece o processo de escolhas das matérias e produção?

2. Percebi que a revista aborda, em muitos casos, aspectos que não necessariamente têm

relação com o Banco. Isso se desvencilha de outros periódicos institucionais que falam

apenas de si mesmos. O texto de um dos meus pesquisadores, Torquato (2003), afirma

o seguinte: "O texto de exaltação faz parte da cultura passada". Nesse sentido, a revista

Conterrâneos está inserida em um formato atual, que claro, haja interesse na

comunicação do Banco isso é apresentado de forma mais suave. Sobretudo como vocês

percebem essa construção?

Agradeço a colaboração,

Sammia Santos

(85) 8742-1104