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1) Para fazer a prova, você usará este caderno, que possui 6 (seis) folhas com perguntas, um cartão-resposta e folhas- respostas para as questões discursivas. 2) Verifique, neste caderno de prova, se constam todas as 10 questões, as duas questões discursivas e o tema de reda- ção. Observe também se há faltas ou imperfeições gráficas que lhe causem dúvidas. Qualquer reclamação só será aceita durante os trinta minutos iniciais da prova. 3) Você encontrará questões de proposições múltiplas (tipo somatório), além de questões discursivas. 3.1) As questões de proposições múltiplas contêm, no máximo, sete alternativas numeradas: 01, 02, 04, 08, 16, 32 e 64. A resposta correta é o valor total do(s) número(s) associado(s) à(s) proposição(ões) verdadeira(s) ou falsa(s), conforme orientação do enunciado da questão. Cada uma das questões deverá ser assinalada no cartão-resposta mediante duas marcas, uma na dezena e outra na unidade. Quando a resposta for menor que 10, marque o zero na linha das dezenas (01, 02, etc.). 3.2) As questões abertas são as que contêm problemas que admitem solução numérica (valores inteiros compreendidos entre 00 e 99, incluindo estes). Nesse caso, resolva o problema e marque, no lugar próprio da folha de respostas, o resultado numérico encontrado. 3.3) Confira, nos modelos abaixo, como marcar as suas respostas. Questão 01 – 63 Questão 43 – Código de opção no vestibular (21 – Eng. Prod. Mecânica) Questão 02 – 19 Obs.: Veja tabela de códigos no final deste caderno. Questão 03 – 22 Questão 44 – Opção de língua estrangeira (00 – Inglês) Se a opção for Espanhol, marque 11. Observe com atenção o preenchimento correto dos resulta- dos das respostas. 4) Procure responder a todas as questões. 5) Durante a prova, não se admite que o candidato se comunique com outros candidatos, efetue empréstimos, use outros meios ilícitos ou pratique atos contra as normas ou a disciplina. A fraude, a indisciplina e o desrespeito aos fiscais encarregados dos trabalhos são faltas que eliminam o candidato. 6) Não será permitida a substituição do cartão-resposta caso haja erro de marcação. Para evitar esse problema, preencha primeiramente a lápis e depois confirme à caneta. Obs.: use somente caneta esferográfica azul-escura ou preta, inclusive para as folhas-respostas das questões discur- sivas. 7) Não utilize corretor líquido na marcação do cartão-resposta, pois a leitura óptica poderá ser prejudicada. 8) O gabarito correto será divulgado ao final do exame no local da prova e na internet através do site www.energia.com.br. 9) Se houver mais de um candidato com a mesma pontuação, o desempate será feito através da verificação do número de questões corretas nas disciplinas, obedecendo-se à seguinte ordem: Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, Matemática, História, Geografia, Biologia, Física, Química e Língua Estrangeira (critério também utilizado pela Coper- ve/UFSC). 10) Em cada sala há um fiscal de prova. Colabore para que a seriedade do Simulado contribua na sua preparação para o vestibular. 11) Ao terminar, entregue ao fiscal o cartão-resposta e as folhas-respostas das questões discursivas. INSTRUÇÕES

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1) Para fazer a prova, você usará este caderno, que possui 6 (seis) folhas com perguntas, um cartão-resposta e folhas-respostas para as questões discursivas.

2) Verifique, neste caderno de prova, se constam todas as 10 questões, as duas questões discursivas e o tema de reda-ção. Observe também se há faltas ou imperfeições gráficas que lhe causem dúvidas. Qualquer reclamação só será aceita durante os trinta minutos iniciais da prova.

3) Você encontrará questões de proposições múltiplas (tipo somatório), além de questões discursivas. 3.1) As questões de proposições múltiplas contêm, no máximo, sete alternativas numeradas: 01, 02, 04, 08, 16, 32 e

64. A resposta correta é o valor total do(s) número(s) associado(s) à(s) proposição(ões) verdadeira(s) ou falsa(s), conforme orientação do enunciado da questão. Cada uma das questões deverá ser assinalada no cartão-resposta mediante duas marcas, uma na dezena e outra na unidade. Quando a resposta for menor que 10, marque o zero na linha das dezenas (01, 02, etc.).

3.2) As questões abertas são as que contêm problemas que admitem solução numérica (valores inteiros compreendidos entre 00 e 99, incluindo estes). Nesse caso, resolva o problema e marque, no lugar próprio da folha de respostas, o resultado numérico encontrado.

3.3) Confira, nos modelos abaixo, como marcar as suas respostas.

Questão 01 – 63 Questão 43 – Código de opção no vestibular (21 – Eng. Prod. Mecânica) Questão 02 – 19 Obs.: Veja tabela de códigos no final deste caderno. Questão 03 – 22

Questão 44 – Opção de língua estrangeira (00 – Inglês) Se a opção for Espanhol, marque 11.

Observe com atenção o preenchimento correto dos resulta-dos das respostas.

4) Procure responder a todas as questões. 5) Durante a prova, não se admite que o candidato se comunique com outros candidatos, efetue empréstimos, use outros

meios ilícitos ou pratique atos contra as normas ou a disciplina. A fraude, a indisciplina e o desrespeito aos fiscais encarregados dos trabalhos são faltas que eliminam o candidato.

6) Não será permitida a substituição do cartão-resposta caso haja erro de marcação. Para evitar esse problema, preencha primeiramente a lápis e depois confirme à caneta.

Obs.: use somente caneta esferográfica azul-escura ou preta, inclusive para as folhas-respostas das questões discur-sivas.

7) Não utilize corretor líquido na marcação do cartão-resposta, pois a leitura óptica poderá ser prejudicada. 8) O gabarito correto será divulgado ao final do exame no local da prova e na internet através do site www.energia.com.br. 9) Se houver mais de um candidato com a mesma pontuação, o desempate será feito através da verificação do número

de questões corretas nas disciplinas, obedecendo-se à seguinte ordem: Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, Matemática, História, Geografia, Biologia, Física, Química e Língua Estrangeira (critério também utilizado pela Coper-ve/UFSC).

10) Em cada sala há um fiscal de prova. Colabore para que a seriedade do Simulado contribua na sua preparação para o vestibular.

11) Ao terminar, entregue ao fiscal o cartão-resposta e as folhas-respostas das questões discursivas.

INSTRUÇÕES

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Texto 1

– O meu nome é Severino, não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. Mas isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria.

Como então dizer quem fala ora a Vossas Senhorias? Vejamos: é o Severino da Maria do Zacarias, lá da serra da Costela, limites da Paraíba.

Mas isso ainda diz pouco: se ao menos mais cinco havia com nome de Severino filhos de tantas Marias mulheres de outros tantos, já finados, Zacarias, vivendo na mesma serra magra e ossuda em que eu vivia.

Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida: na mesma cabeça grande que a custo é que se equilibra, no mesmo ventre crescido sobre as mesmas pernas finas e iguais também porque o sangue, que usamos tem pouca tinta.

E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte de que se morre

de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida).

Somos muitos Severinos iguais em tudo e na sina: a de abrandar estas pedras suando-se muito em cima, a de tentar despertar terra sempre mais extinta, a de querer arrancar alguns roçado da cinza.

Mas, para que me conheçam melhor Vossas Senhorias e melhor possam seguir a história de minha vida, passo a ser o Severino que em vossa presença emigra.

Texto 2

Ao subir o pano, a cena está quase às escuras. Apenas um jato de luz, da direita, lança alguma claridade sobre o cenário. Mesmo assim, após habituar a vista, o espectador identificará facilmente uma pequena praça, onde desembocam duas ruas. Uma à direita, seguindo a linha da ribalta, outra à esquerda, ao fundo, de frente para a plateia, subindo, enladeirada e si-nuosa, no perfil de velhos sobrados coloniais. Na esquina da rua da direita, vemos a fachada de uma igreja relativamente modesta, com uma escadaria de quatro ou cinco degraus. Numa das esquinas da ladeira, do lado oposto, há uma ven-dola, onde também se vende café, refresco, cachaça etc.; a outra esquina da ladeira é ocupada por um sobrado cuja fachada forma ligeira barriga pelo acúmulo de andares não previsto inicialmente. O calçamento da ladeira é irregular e na fachada dos sobrados veem-se alguns azulejos estragados pelo tempo. Enfim, é uma paisagem tipicamente baiana, da Bahia velha e colonial, que ainda hoje resiste à avalancha urbanística moderna.

Devem ser, aproximadamente, quatro e meia da manhã. Tanto a igreja como a vendola estão com suas portas cerradas.

Vem de longe o som dos atabaques dum candomblé distante, no toque de Iansan. [...] A passos lentos, cansado, entra na praça, seguido de [...], sua mulher. Ele é um homem ainda moço, de 30 anos presumíveis, magro, de estatura média. Seu olhar é morto, contemplativo. Suas feições transmitem bondade, tolerância e há em seu rosto um “quê” de infantili-dade. Seus gestos são lentos, preguiçosos, bem como sua maneira de falar. Tem barba de dois ou três dias e traja-se decentemente, embora sua roupa seja mal talhada e esteja amarrotada e suja de poeira. [...] parece pouco ter de comum com ele. É uma bela mulher, embora seus traços sejam um tanto grosseiros, tal como suas maneiras. Ao contrário do marido, tem “sangue quente”, revelando, logo à primeira vista, uma insatisfação sexual e uma ânsia recalcada de romper com o ambiente em que se sente sufocar. Veste-se como uma provinciana que vem à cidade, mas também como uma mulher que não deseja ocultar os encantos que possui.

[...] vai até o centro da praça e aí pousa a sua cruz, equili-brando-a na base e num dos braços, como um cavalete. Está exausto. Enxuga o suor da testa.

Texto 3

[...] ajeita-se da melhor maneira possível no degrau, enquanto [...], não menos cansado do que ela faz um esfor-ço sobre-humano para não adormecer. Cochila, montando guarda à sua cruz. Subitamente, irrompem na praça [...] e [...]. Ela tem, na realidade, vinte e oito anos, mas aparenta mais dez. Pinta-se com algum exagero, mas mesmo assim não consegue esconder a tez amarelo-

esverdeada. Possui alguns traços de uma beleza doentia, uma beleza triste e suicida. Usa um vestido muito curto e decotado, já um tanto gasto e fora de moda, mas ainda de bom efeito visual. Seus gestos e atitudes refletem o conflito da mulher que quer libertar-se de uma tirania que, no entanto, é necessária ao seu equilíbrio psíquico – a exploração de que é vítima por parte de [...] vem,

em parte, satisfazer um instinto mater-nal frustrado. Há em seu amor e em seu aviltamento, em sua degradação voluntária, muito de sacrifício maternal, ao qual não falta, inclusive, um certo orgulho. [...] é insensível a tudo isso. Ele é frio e brutal em sua "profissão". Encara a exploração a que submete [...] e outras mulheres, como um direito que lhe assiste, ou melhor, um dom que

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01) Tendo em mente não somente o(s) fragmento(s) de texto apresentado(s), mas também a totalidade das obras e o mo-mento histórico literário a que está(ão) atrelado(s), assinale a(s) afirmativa(s) verdadeira(s).

01. O primeiro fragmento pertence à obra Morte e Vida Seve-rina, poema de João Cabral de Melo Neto pertencente à Geração de 45, escrito entre 1954 e 55, e que tem como subtítulo Auto de Natal Pernambucano.

02. O segundo e o terceiro fragmentos pertencem à obra O pagador de promessas, drama contemporâneo de Dias Gomes, datado de 1960.

04. Tanto a obra de onde foi retirado o Texto 1 quanto a dos textos 2 e 3 apresentam uma característica em comum, a presença de personagem coletiva.

08. No Texto 1, o eu poético faz referência à influência da religiosidade sobre algumas personagens.

16. Em como há muitos Severinos / com mães chamadas Maria, / fiquei sendo o da Maria / do finado Zacarias, per-cebe-se uso de zeugma, num enunciado, supressão de um termo já enunciado anteriormente.

32. No Texto 1, o eu poético faz referência à localização geo-gráfica de origem.

02) Tendo em mente não somente o(s) fragmento(s) de texto apresentado(s), mas também a totalidade da obra e o mo-mento histórico literário a que está(ão) atrelado(s), assinale a(s) afirmativa(s) verdadeira(s).

01. Em vivendo na mesma serra / magra e ossuda em que eu vivia, percebe-se uso de metáfora, designação de um objeto ou qualidade mediante uma palavra que designa outro objeto ou qualidade que tem com o primeiro uma relação de semelhança, comparação implícita.

02. No Texto 1, o eu poético faz referência à influência política sobre algumas personagens.

04. Em E se somos Severinos / iguais em tudo na vida, / mor-remos de morte igual, / mesma morte severina, percebe-se uso de antítese, figura pela qual se opõem, numa mesma frase, duas palavras ou dois pensamentos de sentido contrário.

08. Tanto a obra de onde foi retirado o Texto 1, quanto a dos textos 2 e 3 localizam suas escrituras na mesma região geográfica, a Nordeste.

16. Na obra de onde foram retirados os textos 2 e 3, pode-se perceber a presença de sincretismo religioso.

32. O Texto 2 faz parte do início da obra, enquanto que o 3 é um recorte do final.

64. Tanto a obra de onde foi retirado o Texto 1 quanto a dos textos 2 e 3 retratam a presença de personagens idea-lizadas, característica típica do momento literário a que pertencem.

03) Assinale a(s) afirmativa(s) correta(s) e dê o valor total.

01. Em Como há muitos Severinos, / que é santo de romaria, /deram então de me chamar / Se-verino de Maria; as orações destacadas são, respectivamente, subordinada adverbial causal e subordinada adjetiva explicativa.

02. Em [...] como há muitos Severinos / com mães chamadas Maria, / fiquei sendo o da Maria / do finado Zacarias. / Mas isso ain-da diz pouco: / há muitos na freguesia; os pronomes destacados são anafóricos, ou seja, referem-se a termo(s) já mencionado(s) antes.

04. No trecho Como então dizer quem fala / ora a Vossas Senhorias?; ocorre um desvio quanto ao uso do acento indicativo de crase.

08. Em [...] na mesma cabeça grande / que a custo é que se equilibra; a expressão des-tacada é expletiva ou de realce, que são palavras ou expressões que, desnecessárias ao sentido da frase, lhe dão, todavia, mais força ou graça.

16. No trecho [...] que é a morte de que se morre / de velhice antes dos trinta, / de emboscada antes dos vinte / de fome um pouco por dia; as expressões destacadas desempenham a função sintática de adjunto adverbial de causa.

32. Em Somos muitos Severinos / iguais em tudo e na sina: / a de abrandar estas pedras / suando-se muito em cima, / a de tentar despertar / terra sempre mais extinta, / a de querer arrancar / algum roçado da cinza; o pronome a, em suas três ocorrências, refere-se ao termo sina.

64. No trecho Mas, para que me conheçam / melhor Vossas Senhorias / e melhor possam seguir / a história de minha vida, / passo a ser o Severino / que em vossa presença emigra; a expressão em destaque poderia ser substituída por por que, sem que isso acarretasse mudança de significado ou pre-juízo ao período.

1 substantivo feminino: Rubrica: química: produto à base de dextrina com propriedades adesivas, us. na fixação de cabelos; etimologia: nome comercial do cruzamento de goma com vaselina

a natureza lhe concedeu, juntamente com seus atributos físicos. Em seu entender, sua beleza máscula e seu vigor sexual, aliados a um direito natural de subsistir, justificam plenamente seu modo de vida. É de estatura um pouco acima da média, forte e de pele trigueira, amulatada. A ascendência negra é visível, embora os cabelos sejam lisos, reluzentes de gomalina1 e os traços regulares, com exceção dos lábios grossos e sensuais e das narinas um tanto dilatadas. Veste-se sempre de branco, colarinho alto, sapatos de duas cores. Descem a ladeira, ela na frente, a passos rápidos. Ele a segue, como se viessem já de uma discussão.

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04) Assinale a(s) afirmativa(s) correta(s) e dê o valor total.

01. Os vocábulos claridade, espectador e facilmente, retirados do texto 2, possuem, respectivamente: sufixo formador de substantivos a partir de adjetivos; sufixo formador de substantivo que indica aquele que pratica determinada ação, e sufixo formador de advérbio.

02. Os vocábulos plateia e veem, retirados do texto 2, foram modificados com a Nova Reforma Ortográfica.04. No trecho [...] na fachada dos sobrados veem-se alguns azulejos estragados pelo tempo, ocorre índice de indeter-

minação do sujeito e erro de concordância verbal.08. Em Devem ser, aproximadamente, quatro e meia da manhã, temos sujeito inexistente, portanto o verbo auxiliar deveria

estar no singular.16. Os vocábulos presumíveis, média e tolerância, retirados do texto 2, têm seus acentos justificados pela mesma re-

gra.32. Em Seus gestos e atitudes refletem o conflito da mulher que quer libertar-se de uma tirania que, no entanto, é ne-

cessária ao seu equilíbrio psíquico, os termos destacados são pronomes relativos e referem-se, respectivamente, aos vocábulos mulher e tirania.

A impaciência do brasileiro (em citações)

Se fôssemos julgar pelos comen-tários que pacientemente lemos nos jornais, o brasileiro seria o povo mais impaciente do mundo, somos impa-cientes, isso pode ser verdade, nossos discursos são impacientes, nossas exigências são impacientes, nossas ne-cessidades são impacientes. Mas nos-sos atos.... pacientes como Jó. Morre-mos de fome – pacientemente. Assalta-mos a riqueza púbica – pacientemente. Esperamos por Deus – pacientemente. Pacientemente pecamos todos os man-damentos. Mas somos impacientes nas palavras. Queremos que tudo mude de um dia para o outro, de um ano para o outro. De um governo para o outro. Queremos a grande inovação imediata. E nenhuma imitação do passado, pois a imitação é a mais sincera das lisonjas. É melhor livrar-se do passado. Mas o passado é indestrutível. Paciência com o passado! Paciência com o presente

e o futuro! A impaciência é uma arma de destruição. A paciência... uma arma política. Sempre é melhor ser paciente do que impaciente. Ai dos impacientes deste mundo!

Pois quem já viu sarar uma ferida senão pouco a pouco? As obras feitas depressa demais nunca são terminadas com a perfeição que se requer. Pre-cisamos de paciência para melhorar a nós mesmos, para educar nossos filhos, para escrever nossos livros, pre-cisamos de paciência para melhorar o Brasil. Ou o Brasil é um país perfeito, porque ninguém pode melhorá-lo? Mas clamamos por melhoramentos, agora, já. Pretender melhoramentos materiais antes dos morais e intelectuais é querer que os efeitos precedam as causas. Os excessos de nossa juventude são saques sobre a nossa velhice, que vamos pagar com juros trinta anos de-

pois. Mas há o avesso das coisas. Sei que não é fácil ter paciência diante dos que têm excesso de paciência. É mais fácil ser paciente com o impaciente. Mas, meu Deus, tenhamos um pouco de paciência com os pacientes. Claro que a privação tem pressa, claro que o homem com fome não é um homem livre, claro que não há virtude como a necessidade, claro que o que torna os ladrões de estrada mais audaciosos é a bondade, mas sejamos pacientes assim mesmo, pois essas palavras acima são palavras de pacientes sábios do passa-do, Horácio, Shakespeare, Stevenson, Cervantes, Borges, Drummond etc., que com muita paciência construíram sua sabedoria e escreveram paciente-mente suas palavras que nos chegam até hoje. Paciência, paciência, afinal, os netos é que colherão os frutos das árvores que plantamos agora.

(MIRANDA, Ana. Deus-dará: crônicas publicadas na Caros Amigos. São Paulo: Editora Casa Amarela, 2003. p. 212 e 213.)

05) A partir do texto anterior, assinale a(s) afirmativa(s) correta(s) e indique o somatório.

01. A impaciência ajudará a melhorar a nossa educação, a de nossos filhos e melhorará o Brasil. 02. Sábios do passado, Horácio, Shakespeare, Stevenson, Cervantes, Borges, Drummond construíram sua sabedoria

a partir de excessos da juventude. 04. O Brasil é um país imperfeito, porque ninguém pode melhorá-lo. 08. É melhor livrar-se do passado, pois nenhuma imitação do passado é possível. 16. A paciência é uma arma política; é melhor ser paciente que impaciente.32. Estruturalmente, o texto se expõe de forma dissertativa, ou seja, tem como propósito discutir um determinado as-

sunto.

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Nuclear energy

The sun and stars are seemingly inexhaustible sources of energy. That energy is the result of nuclear reactions, in which matter is converted to energy. We have been able to control that mechanism and regularly use it to generate power. Presently, nuclear energy provides for approximately 16% of the world's electricity. Unlike the stars, the nuclear reactors that we have today work on the principle of nuclear fission. Scientists are working like madmen to make fusion reactors which have the potential of providing more energy with fewer disadvantages than fission reactors.

(Disponível em: <http://library.thinkquest.org/3471/nuclear_energy.html>.)

06) Select the correct proposition(s) according to the statements of the text 1:

01. Solar energy is resulted from nuclear reactions.02. Presently about sixteen percent of the electricity of

the world comes from nuclear energy04. Nuclear reactors work on the principle of fission.08. Scientists are usually madmen.16. Unlike nuclear reactors, stars produce energy

through nuclear fusion.32. Fusion reactors could have the potential of furnishing

more energy with fewer inconveniences than fission reactors.

Fission or fusion

Nuclear energy is produced in two different ways, in one, large nuclei are split to release energy. In the other method, small nuclei are combined to release energy.

Nuclear Fission: In nuclear fission, the nuclei of atoms are split, causing energy to be released. The atomic bomb and nuclear reactors work by fission. The element uranium is the main fuel used to undergo nuclear fission to produce energy since it has many favorable properties. Uranium nuclei can be easily split by shooting neutrons at them. Also, once a uranium nucleus is split, multiple neutrons are released which are used to split other uranium nuclei. This phenomenon is known as a chain reaction.

Nuclear Fusion: In nuclear fusion, the nuclei of atoms are joined together, or fused. This happens only under very hot conditions. The Sun, like all other stars, creates heat and light through nuclear fusion. In the Sun, hydrogen nuclei fuse to make helium. The hydrogen bomb, humanity’s most powerful and destructive weapon, also works by fusion. The heat required to start the fusion reaction is so great that an atomic bomb is used to provide it. Hydrogen nuclei fuse to form helium and in the process release huge amounts of energy thus producing a huge explosion.

(Disponível em: <http://library.thinkquest.org/3471/nuclear_energy.html>.)

07) Find the alternative(s) that explains(explain) the word from the text 2 without loss of meaning.

01. split: to leave from a public place.02. release: to set free from confinement. 04. increased: made or become greater 08. weapon: something used to inflict harm or

destruction.16. amount: a quantity of something.

08) Select the correct proposition(s) according to text 2. From the text you can conclude that:

01. Nuclear energy is produced in two different ways.02. In nuclear fission, the nuclei of atoms are split

releasing energy.04. The atomic bomb and nuclear reactors work by

fusion. 08. Uranium is the major fuel used to trigger the nuclear

fission and produce energy because it has a lot of favorable characteristics.

16. Chain reaction comes about when a uranium nucleus is split by the neutrons released of other uranium nuclei.

32. The nuclei of atoms are fuse in nuclear fusion, which takes places under extreme conditions.

09) Choose the proposition(s) where the parallel increase is(are) found:

01. The search for renewable energy has become greater and greater.02. The more we find new ways of energy, the better.04. There are fewer disadvantages to use fusion reac-

tors.08. The more powerful the reactors, the more energy

we may have from it.16. Scientists are looking for the best way to acquire

energy.32. There is more energy from nuclear power than

others.

10) Mark the proposition(s) where the definite article (the) is used correctly:

01. There's lots of energy from _____ sun. (the)02. __________ France is working on nuclear energy.

(the)04. Some power plants are built in _______ Amazon.

(the)08. ___________ Netherlands have been in trouble to

solve their energy consumption. (the)16. There was lack of energy this afternoon. So, Paul

wasn’t able to play ___ guitar. (the)32. There will be a new power plant in the region where

_____ Browns live. (the)

INGLÊS

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ESPANHOL

Texto

"Ésta es mi vida" Mi príncipe azul... un patito feo

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5

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Siempre busqué el amor, como toda adolescente, pero no lo encontraba porque siempre pensé que era un patito feo. Tenía granitos, era petisa y gordita.

Pero todo cambió cuando crecí y fui mejorando interna y externamente. Mi vida se fue encarrilando, estudié, me recibí pero todavía faltaba algo: él. "Ya lo vas a encontrar a la vuelta de la esquina" era el consuelo que me daba todo el mundo.

En cada persona que estuvo a mi lado creí encontrar a mi príncipe azul. Pero lo único que lograba era sufrir de-cepciones. Sentía que nunca iba a conseguir enamorarme, que ese sueño nunca se me iba a cumplir, que nadie iba a fijarse en mí y así fue pasando el tiempo. Hasta que un día, hace dos años, lo encontré nada menos que en una esquina.

Pero fuimos despacio, nos dimos tiempo para conocernos y ahora puedo decir que soy una mujer feliz, y no por tener un príncipe azul a mi lado, sino un patito feo como yo, que estaba solo y golpeado por la vida, un hombre luchador y cariñoso.

Y me enamoré, con un amor calmo que sigue creciendo, día a día nos vamos descubriendo y nada ni nadie nos apura. Sólo luchamos por nuestra felicidad porque sólo nosotros sabemos lo que nos costó encontrarla y tenemos un largo camino para recorrer, juntos, él y yo.

Ojalá que esta historia, la historia de mi vida y mi amor, sirva para todas aquellas mujeres que han perdido las es-peranzas de amar y ser amadas.

(Sandra Mabel. Ramos Mejía. Buenos Aires)

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06) Según el texto, es correcto afirmar que la autora, San-dra Mabel:

01. trató de perfeccionarse, adaptándose a sus limita-ciones.

02. a pesar de sus problemas estéticos, era muy atrac-tiva.

04. logró su objetivo de relacionarse afectivamene.08. se apresuró al encontrar su príncipe azul en una

esquina.16. admite que al igual que la suya, la historia de mu-

jeres que han perdido la razón para amar, es una lucha constante.

07) En el trecho [...] nadie iba a fijarse en mí [...] (líneas 12 y 13) la expresión subrayada significa en portugués:

01. ninguém ia me prender.02. nada me interessava.04. meus sonhos eram impossíveis.08. ninguém ia prestar atenção em mim.16. nada acontecia na minha vida.32. ninguém ia reparar em mim.

08) En el trecho Pero lo único que lograba era sufrir de-cepciones (líneas 10 y 11), la forma verbal subrayada puede ser reemplazada en el contexto por:

01. ganaba02. conseguía04. deseaba08. obtenía16. perseguía

09) Señala la explicación adecuada de los vocablos a la izquierda, tomados del texto.

01. gordita (línea 3) – equivale a regordeta02. todavía (línea 6) – sinónimo de aún04. príncipe azul (línea 10) – hombre ideal08. sueño (línea 12) – se traduce, en el contexto, como

sono16. nadie (línea 12) – ninguna persona

10) Señala la(s) alternativa(s) que contenga(n) el antónimo correcto de la columna de la izquierda.

01. creciendo (línea 20) – disminuindo02. largo (línea 23) – estrecho04. despacio (línea 15) – deprisa08. petisa (línea 3) – alta16. gordita (línea 3) – flaquita

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DISCURSIVAS

Texto A

O retirante tem medo de se extraviar porque seu guia, o rio Capibaribe, cor-tou com o verão.

– Antes de sair de casa aprendi a ladainha das vilas que vou passar na minha longa descida. Sei que há muitas vilas grandes, cidades que elas são ditas sei que há simples arruados, sei que há vilas pequeninas, todas formando um rosário cujas contas fossem vilas, de que a estrada fosse a linha. Devo rezar tal rosário até o mar onde termina, saltando de conta em conta, passando de vila em vila.

Vejo agora: não é fácil seguir essa ladainha entre uma conta e outra conta, entre uma e outra ave-maria, há certas paragens brancas, de planta e bicho vazias, vazias até de donos, e onde o pé se descaminha. Não desejo emaranhar o fio de minha linha nem que se enrede no pêlo hirsuto desta caatinga. Pensei que seguindo o rio eu jamais me perderia: ele é o caminho mais certo, de todos o melhor guia. Mas como segui-lo agora que interrompeu a descida?

Vejo que o Capibaribe, como os rios lá de cima, é tão pobre que nem sempre pode cumprir sua sina e no verão também corta, com pernas que não caminham. Tenho que saber agora qual a verdadeira via entre essas que escancaradas frente a mim se multiplicam. Mas não vejo almas aqui, nem almas mortas nem vivas ouço somente à distância o que parece cantoria. Será novena de santo, será algum mês-de-Maria quem sabe até se uma festa ou uma dança não seria?

Texto B

Capitulo XIII – Fuga

A vida na fazenda se tornara difícil. Sinha Vitória benzia-se tremendo, manejava o rosário, mexia os beiços rezando rezas desesperadas. Encolhido no banco do copiar, Fabiano espiava a catinga amarela, onde as folhas secas se pulve-rizavam, trituradas pelos redemoinhos, e os garranchos se torciam, negros, torrados. No céu azul as últimas arribações tinham desaparecido. Pouco a pouco os bichos se finavam, devorados pelo carrapato. E Fabiano resistia, pedindo a Deus um milagre.

Mas quando a fazenda se despovoou, viu que tudo estava perdido, combinou a viagem com a mulher, matou o bezerro morrinhento que possuíam, salgou a carne, largou-se com a família, sem se despedir do amo. Não poderia nunca liquidar aquela dívida exagerada. Só lhe restava jogar-se ao mundo, como negro fugido.

Saíram de madrugada. Sinha Vitória meteu o braço pelo buraco da parede e fechou a porta da frente com a taramela. Atravessaram o pátio, deixaram na escuridão o chiqueiro e o curral, vazios, de porteiras abertas, o carro de bois que apodrecia, os juazeiros. Ao passar junto às pedras onde os meninos atiravam cobras mortas, Sinha Vitória lembrou-se da cachorra Baleia, chorou, mas estava invisível e ninguém percebeu o choro.

Desceram a ladeira, atravessaram o rio seco, tomaram rumo para o sul. Com a fresca da madrugada, andaram bastante, em silêncio, quatro sombras no caminho estreito coberto de seixos miúdos - os meninos à frente, conduzindo trouxas de roupa, Sinha Vitória sob o baú de folha pintada e a cabaça de água, Fabiano atrás, de facão de rasto e faca

de ponta, a cuia pendurada por uma correia amarrada ao cinturão, o aió a tiracolo, a espingarda de pederneira num ombro, o saco da matalotagem no outro. Caminharam bem três léguas antes que a barra do nascente aparecesse Fizeram alto. E Fabiano depôs no chão parte da carga, olhou o céu, as mãos em pala na testa. Arrastara-se até ali na incerteza de que aquilo fosse realmente mudança. Retardara-se e re-preendera os meninos, que se adiantavam, aconselhara-os a poupar forças. A verdade é que não queria afastar-se da fazenda. A viagem parecia-lhe sem jeito, nem acreditava nela. Preparara-a lentamente, adiara-a, tornara a prepará-la, e só se resolvera a partir quando estava definitivamente perdido. Podia continuar a viver num cemitério? Nada o prendia àquela terra dura, acharia um lugar menos seco para enterrar-se. Era o que Fabiano dizia, pensando em coisas alheias: o chiqueiro e o curral, que precisavam conserto, o cavalo de fábrica, bom companheiro, a égua alazã, as catingueiras, as panelas de losna, as pedras da cozinha, a cama de varas. E os pés dele esmoreciam, as alpercatas calavam-se na escuridão. Seria necessário largar tudo? As alpercatas chiavam de novo no caminho coberto de seixos.

Agora Fabiano examinava o céu, a barra que tingia o nascente, e não queria convencer-se da realidade. Procurou distinguir qualquer coisa diferente da vermelhidão que todos os dias espiava, com o coração aos baques. As mãos grossas, por baixo da aba curva do chapéu, protegiam-lhe os olhos contra a claridade e tremiam.

Os braços penderam, desanimados.– Acabou-se.

01) Leia os fragmentos de texto e faça o que se pede.

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a) Os rios citados nos textos são classificados como intermitentes. Com base em seus conhecimentos, apresente o nome das três bacias hidrográficas brasileiras onde este fenômeno é mais frequente.

b) Ambos os textos apresentados possuem uma abordagem temática em comum: o retirar-se. Há, porém, alguns pontos de divergência entre as obras, dentre eles o final de cada uma. Em um enunciado coerente de no máximo 5 linhas, explique onde reside essa divergência.

Moléculas ‘bolas de futebol’ estão no espaço

Astrônomos detectam pela primeira vez no espaço moléculas de carbono bastante peculiares chamadas Buckyball ou fulereno.

Elas são agora as maiores moléculas conhecidas existentes no espaço, compostas de 60 átomos de carbono arranjados em uma estrutura tridimensional esférica. Seus padrões alternados de hexágonos e pentágonos se encaixam como os de uma bola de futebol preta e branca.

Descoberta em laboratório pela primeira vez há 25 anos, ela se tornou um campo importante de pesquisa por possuir uma força única e propriedades físicas e químicas muito interessantes.

Elas foram batizadas por sua semelhança com os domos feitos pelo arquiteto BuckminsterFuller, que possuem círculos interligados na superfície de uma esfera parcial. Entre as potenciais aplicações da Buckyball estão tecnologias de blindagem, entrega de medicação dentro do corpo humano e a construção de supercondutores.

Acreditava-se que estas moléculas voavam pelo espaço, mas elas nunca haviam sido detectadas – até hoje.Usando o Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, astrônomos liderados por Jan Cami, da Universidade do Oeste de Ontario,

no Canadá, e membro do Instituto SETI, detectaram as Buckyballs em uma nebulosa planetária chamada Tc 1.Apesar do nome, as nebulosas planetárias são restos de estrelas, que liberam as camadas de gás e poeira conforme

envelhecem. Com o espectrógrafo do Spitzer, os astrônomos analisaram a luz infravermelha da nebulosa.

Paula Rothman, de INFO Online sexta-feira, 23 de julho de 2010 – 11h14min.(Disponível em:<http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/moleculas-bolas-de-futebol-estao-no-espaco-23072010-

18.shl>.)

02) Os fulerenos são a terceira forma mais estável do carbono, após o diamante e o grafite. Foram descobertos recente-mente (1985), tornando-se populares entre os químicos, tanto pela sua beleza estrutural quanto pela sua versatilidade para a síntese de novos compostos químicos.

A respeito do fulereno, responda às questões abaixo.

I. Esta forma alotrópica é diferente do diamante e da grafita. Se considerarmos uma molécula do C60, formada exclusi-vamente por átomo de C-12, qual a relação entre o número de prótons e de nêutrons? Demonstre matematicamente a sua resposta.

II. Diferencie, de maneira sucinta, isotopia e alotropia.III. Sabendo que o calor de combustão do fulereno é de aproximadamente 6150 kcal/mol, qual o calor liberado quando

ocorre a queima de 288 g desse alótropo do carbono?

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Tema 1

Recenseamento

Em 1940lá no morro começaram o recenseamentoE o agente recenseadoresmiuçou a minha vidaque foi um horrorE quando viu a minha mão sem aliançaencarou para a criançaque no chão dormiaE perguntou se meu moreno era decentese era do batente ou se era da folia

[...]

Fiquei pensando e comecei a descrevertudo, tudo de valorque meu Brasil me deuUm céu azul, um Pão de Açúcar sem fareloum pano verde e amareloTudo isso é meu!Tem feriado que pra mim vale fortunaa Retirada da Laguna vale um cabedal!Tem Pernambuco, tem São Paulo, tem Bahiaum conjunto de harmonia que não tem rivalTem Pernambuco, tem São Paulo, tem Bahiaum conjunto de harmonia que não tem rival

(Assis Valente)

Texto 2

REDAÇÃO

Senhor, posto que o Capitão-mor

desta Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a notícia do acha-mento desta Vossa terra nova, que se agora nesta navegação achou, não deixarei de também dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que – para o bem contar e falar – o saiba pior que todos fazer!

[...]Esta terra, Senhor, parece-me

que, da ponta que mais contra o sul vimos, até à outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas de costa. [...]

Até agora não pudemos sa-ber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares fres-cos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque

neste tempo d’agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal ma-neira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!

Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter Vossa Alteza aqui esta pou-sada para essa navegação de Calicute bastava. Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamen-to da nossa fé!

[...]Beijo as mãos de Vossa Al-

teza. Deste Porto Seguro, da Vossa

Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.

(Pero Vaz de Caminha.)

Proposta

Dos hinos à carta de Pero Vaz de Caminha, além da literatura e da música, temos provas do amor do brasileiro ao País: seja ele uma Ilha de Vera Cruz ou ainda a Terra das Palmeiras. A partir das leituras acima, escreva uma declaração de amor ao Brasil. Sua declaração pode assumir a estrutura de uma carta, crônica ou manifesto.

Instruções

• Desenvolva seu texto na folha-rascunho.• Dê um título a sua redação.• Transcreva o texto, que deve ter no mínimo 20 linhas e no máximo 30 linhas, para a folha definitiva.• Use caneta esferográfica com tinta na cor azul ou preta. Sob hipótese alguma transcreva a redação a lápis, pois,

caso isso aconteça, será desconsiderada.• Evite rasuras e espaços vagos entre as palavras. Escreva com letra legível.• Não assine sua prova.• Escolha um dos temas a seguir para produzir sua redação. Bom trabalho!

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Texto 2

Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.

(Cora Coralina)

Texto 3

[...] Que minha solidão me sirva de companhia.que eu tenha a coragem de me enfrentar,que eu saiba ficar com o nadae mesmo assim me sentircomo se estivesse plena de tudo.

(Clarice Lispector)

Texto 4

Proposta

O estilo de vida solitário está em alta, mas conviver com a solidão – e saber tirar proveito dela – ainda é um desafio. Escreva sobre isso.

Tema 3

Texto 2

Texto 1

A loucura é expressão em grande escala de ca-racterísticas mentais existentes em todo ser humano. Conectar os estudos da mente com a abordagem da mente é tendência no país. Em diversas regiões do Brasil ocorrem palestras e outras formas de dis-cussão que reúnem cineastas e algum médico ou psicólogo, com a ideia de usar a produção cinema-tográfica nacional ou estrangeira para ajudar leigos e especialistas a compreender melhor os transtor-nos mentais. Filmes como: As Horas, Mr. Jones, O Aviador, Uma Mente Brilhante são exemplos de que a figura do louco sempre esteve presente nas telas de cinema.

(Folha de S. Paulo, 06 jul. 2010.)

Proposta

De louco todo mundo tem um pouco. A partir da máxima popular, produza:

Tema 2

Texto 1

Para o filófoso alemão Heidegger, "a solidão é condição original do ser humano e acompanha a pessoa do nascimento à morte". Já para John Donne, "nenhum homem é uma ilha completa em si mesma. Cada homem é um pedaço do continente, uma parte do todo. [...] A morte de qualquer homem me diminui, porque estou envolvido com a humanidade. Portanto, nunca mandes perguntar por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.

(Diário Catarinense, 02 nov. 2003.)

1. uma narrativa com os seguintes elementos:a) Personagem: um homem;b) Conflito: TOC (Transtorno obsessivo compulsivo);c) Espaço: um grande centro urbano.

2. uma dissertação.

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Tema 4

Texto 1

Ah, o tempo é o mágico de todas as traições... E os pró-prios olhos de cada um de nós padecem viciação de origem, defeitos com que cresceram e a que se afizeram, mais e mais. [...] Se, além de os utilizarem no manejo da magia, imitativa ou simpática, videntes serviam-se deles, como a bola de cristal, vislumbrando em seu campo esboços de futuros fatos, não será porque, através dos espelhos, parece que o tempo muda de direção e de velocidade?

(ROSA, João Guimarães. Primeiras Estórias – O Espelho, p. 114-115.)

Texto 2

Espelho

Por acaso, surpreendo-me no espelho:Quem é esse que me olha e é tão mais velho que eu? [...]Parece meu velho pai - que já morreu! [...]Nosso olhar duro interroga:"O que fizeste de mim?" Eu pai? Tu é que me invadiste.Lentamente, ruga a ruga... Que importa!Eu sou ainda aquele mesmo menino teimoso de sempreE os teus planos enfim lá se foram por terra,Mas sei que vi, um dia – a longa, a inútil guerra!Vi sorrir nesses cansados olhos um orgulho triste...

(Mário Quintana)

Texto 3

Proposta

Se o espelho transcendesse o rosto que reflete, como você gostaria de se ver daqui a vinte anos? Escreva uma crônica.

INSTRUÇÕES

01. Administração 02. Agronomia64. Antropologia03. Arquitetura e Urbanismo65. Arquivologia54. Automação de Escritório e Secretaria-

do04. Biblioteconomia05. Ciências Biológicas06. Ciências Contábeis07. Ciências da Computação63. Ciência e Tecnologia Agroalimentar08. Ciências Econômicas50. Ciência Política09. Ciências Sociais59. Cinema57. Comunicação Social10. Design61. Design de Animação62. Design de Produtos49. Design Industrial11. Direito12. Educação Física46. Educação Artística – Artes Plásticas47. Educação Artística – Música13. Enfermagem

15. Engenharia Civil55. Engenharia da Computação16. Engenharia de Alimentos17. Engenharia de Aquicultura14. Engenharia de Controle e Automação

Industrial66. Engenharia de Energia18. Engenharia de Materiais70. Engenharia de Pesca19. Engenharia de Produção Civil20. Engenharia de Produção Elétrica21. Engenharia de Produção Mecânica22. Engenharia Elétrica67. Engenharia Eletrônica23. Engenharia Mecânica24. Engenharia Química25. Engenharia Sanitária – Ambiental26. Farmácia 27. Filosofia28. Física43. Fisioterapia51. Fonoaudiologia29. Geografia68. Geologia30. História31. Jornalismo

32. Letras33. Matemática34. Matemática e Computação Científica35. Medicina44. Medicina Veterinária45. Moda 69. Museologia36. Nutrição52. Oceanografia37. Odontologia38. Pedagogia39. Psicologia40. Química56. Relações Internacionais58. Secretariado Executivo41. Serviço Social42. Sistemas de Informação 48. Tecnologia Mecânica – Movelaria53. Turismo e Hotelaria60. Zootecnia99. Outros

44) Opção de Língua Estrangeira

00. Inglês11. Espanhol

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