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EXÉRCITO BRASILEIRO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO
.........BOLETIM INFORMATIVO
GRUPO DE TRABALHO DOS OFICIAIS DE LIGAÇÃO E INTERCÂMBIO NOS EUA E CANADÁ
Nr 03 - Maio/Jun 2018
1. GENERALIDADES
Ao alcançar sua terceira publicação, o Boletim Informativo dos Oficiais de Doutrina junto ao
Exército dos Estados Unidos (US Army) consolida-se como uma importante ferramenta de divulgação
das principais atividades doutrinárias americanas, alcançando um importante papel na facilitação do
contato entre os oficiais de ligação do Exército Brasileiro nos Estados Unidos e Canadá e o Estado-
Maior do Exército (EME).
Ao longo dos últimos meses, o US Army vem passando por profunda reestruturação doutrinária e
estrutural visando adequar-se às imposições do combate para os próximos anos, em função das
constantes mudanças de ordem material, técnica e anímica no cenário dos conflitos.
Desde a edição do Conceito Operacional do Exército (Win in a Complex World), em outubro de
2014, o US Army está se reorganizando e voltando-se para o combate em larga escala, contra inimigos
de poder de combate similar e que podem contestar a capacidade das tropas americanas em todos os
domínios (Aéreo, Marítimo, Terrestre, Espacial e Cibernético). A constatação é que, enquanto os
americanos desgastavam-se em mais de 15 anos de guerras assimétricas, seus principais adversários
avançavam no desenvolvimento de capacidades que, em muitos casos, encontram-se em nível
superior ao das forças americanas.
O ambiente estratégico mudou consideravelmente nesse período. A anexação da Península da
Crimeia e o uso de forças convencionais e não convencionais na Ucrânia pela Rússia, bem como o
crescente programa de modernização militar dos chineses, ambas denominadas potências
concorrentes, indicaram aos americanos que a sua supremacia militar já não possui a mesma
capacidade de superação dos anos 90 do século passado, especialmente naquelas aptidões militares
que não eram diretamente empregadas nas campanhas contra-insurgentes.
Potências regionais, como o Irã e a Coreia do Norte, embora não possuam o mesmo poderio bélico
das potências concorrentes, dispõem de um elevado poder de combate e estão em nível adiantado de
desenvolvimento de armas nucleares e mísseis balísticos. Tais aspectos criam um constante foco de
desestabilização política na Ásia e no Oriente Médio.
Neste novo cenário, o principal desafio passou a ser manter a prontidão do exército americano para
vencer o combate terrestre de grande vulto contra oponentes de equivalente poder de combate. Os
domínios cibernético e espacial, a guerra eletrônica (já considerada inserida no domínio cibernético)
e o ambiente informacional são exemplos de capacidades que só podem ser transformadas em eficaz
apoio às operações terrestres pelos escalões acima de divisão. A divisão é o primeiro escalão capaz
de planejar e coordenar, efetivamente, o emprego de todas as capacidades em múltiplos domínios ao
longo de todo o ambiente operacional.
Enquanto isso, inúmeros estrategistas americanos têm apontado que o US Army não é mais capaz
de realizar operações de combate em larga escala, nos níveis divisão e corpo de exército. Durante o
período mais crítico das guerras no Afeganistão e no Iraque, a estrutura de treinamento americano
voltou-se para o nível subunidade, criando uma geração de comandantes com pouca experiência em
combates e em fogos de larga escala. Do mesmo modo, a década de reduções orçamentárias
constantes e as consequentes reduções de efetivo militar (2006-2016) obrigaram o US Army a
priorizar os meios de combate para a guerra assimétrica, ao mesmo tempo em que as estruturas de
combate de nível mais elevado foram sistematicamente atrofiadas.
Outra constatação é que o material de emprego militar americano não sofre uma grande
reformulação desde do “Big Five”, o grande projeto estratégico realizado nos anos de 1980 que dotou
o exército dos grandes sistemas de armas utilizados até os dias de hoje: o Carro de combate Abrams,
o veículo de combate de infantaria Bradley, os helicópteros Apache e Black Hawk e o sistema de
defesa aérea Patriot.
Boletim Informativo Maio/Jun 18 Pág 2
Ciente das limitações a que foi submetido, o US Army tem trabalhado rápido e intensamente a fim
de aprimorar seu treinamento e sua base doutrinária de emprego, reforçar estruturas organizacionais
subdimensionadas e desenvolver novas capacidades que o mantenham a frente de seus principais
concorrentes.
Nesta edição do boletim informativo serão apresentadas algumas das atividades em
desenvolvimento no Exército Americano visando o restabelecimento de sua capacidade combativa,
entre elas:
- a ativação do Army Futures Command (AFC);
- o desdobramento de tropas na Europa dentro da Operação Atlantic Resolve;
- a reformulação da Artilharia Divisionária (DIVARTY);
- o emprego da engenharia nos escalões divisão e corpo de exército;
- a reformulação na formação e no treinamento do combatente de infantaria; e
- o adestramento de tropas para o combate subterrâneo em grandes cidades.
Os assuntos são abordados de forma concisa a fim de facilitar a leitura e provocar a discussão do
tema. Abordagens mais aprofundadas podem ser solicitadas através do canal de comunicação, via
Aditância Militar, disponibilizado ao fim da publicação. Comentários, dúvidas, questionamentos e
sugestões podem ser enviadas através do mesmo e-mail.
2. REESTRUTURAÇÃO NO EXÉRCITO AMERICANO
a. Ativação do Army Futures Command
Através do documento Ordens Gerais Nr 10 / 2018 (General Orders NO. 2018-10), de 4 de
junho, o Secretário do Exército Americano, Mark ESPER, determinou a ativação do Army Futures
Command (AFC) como mais um Comando do Exército a partir de 1º de julho de 2018. O novo
comando está estabelecido com capacidade operativa inicial e deverá atingir a total capacidade
operativa em julho de 2019.
O Quartel-General do AFC será estabelecido na cidade de Austin, Texas. A decisão sobre o
local de instalação levou em consideração a proximidade de centros industriais e instituições
acadêmicas de pesquisa.
A ativação do AFC representa um ambicioso passo na reformulação do processo de
desenvolvimento de novas capacidades e de adoção de novas tecnologias e está sendo caracterizada
como a maior alteração estrutural no US Army desde a criação do Comando de Adestramento e
Doutrina (TRADOC), em 1973. Naquela época, a criação do TRADOC representou a maior inovação
no exército pós-Vietnã, na busca de reverter um quadro de desmotivação do pessoal e baixo nível de
treinamento e foi um dos diretos responsáveis pelo êxito alcançado na Operação “Tempestade no
Deserto” alguns anos após.
O AFC está diretamente subordinado ao Chefe do Estado-Maior do Exército e já havia recebido
a incumbência de gerenciar as Equipes Multifuncionais (Cross Functional Teams - CFT),
organizações destinadas a agilizar o estabelecimento dos requisitos no desenvolvimento de
determinado tipo de material de emprego militar, diminuindo o tempo necessário no processo de
desenvolvimento de tecnologia, fabricação e aquisição, melhorando o processo de tomada de decisão.
Atualmente, existem 8 (oito) CFT, alinhadas com as prioridades de modernização do US Army:
- Fogos de Precisão de Longo Alcance;
- Próxima Geração de Veículos de Combate;
- Helicóptero do Futuro;
- Rede de Comando, Controle, Comunicação e Inteligência;
- Sistema de Posicionamento, Navegação e Tempo Garantido;
- Defesa Aérea e de Mísseis;
- Letalidade do soldado; e
- Ambiente de Treinamento Sintético.
Boletim Informativo Maio/Jun 18 Pág 3
Além das CFT, a estrutura do AFC passa a ser composta pelas seguintes organizações:
1) Transferidas do TRADOC:
a) Centro de Integração de Capacidades do Exército (Army Capabilities Integration Center
- ARCIC) - sua missão principal é desenvolver, avaliar e integrar os conceitos de combate,
requerimentos e soluções para o US Army. É o grande arquiteto do exército, responsável por pensar
as soluções doutrinárias e de materiais para o combate do futuro.
b) Centro de Análises do TRADOC ( TRADOC Analysis Center - TRAC) - conduz a
pesquisa operacional sobre uma ampla gama de tópicos de interesse para o desenvolvimento da
doutrina militar, a maior partes delas voltadas para 5 ou mais anos no futuro.
c) Diretorias de Integração e Desenvolvimento de Capacidades (Capability development and
Integration Directorates - CDID) - órgãos diretamente subordinados a cada um dos centros de
excelência do exército. Dentro de sua área de atuação, apoia o processo de tomada de decisão, auxilia
no gerenciamento de capacidades atuais e identifica os futuros requerimentos e soluções.
2) Transferidas do Comando de Material do Exército:
a) Comando de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia (Research, Development, and
Engineering Command - REDECOM) - centraliza todo o processo de pesquisa, desenvolvimento e
engenharia com a finalidade de produzir novas e decisivas capacidades para o exército.
b) Atividade de Análise de Sistemas de Materiais do Exército (Army Materiel Systems
Analysis Activity - AMSAA) - assim como o centro de análises / TRADOC, o AMSSA é responsável
pela produção de sistemas de análises para apoiar o desenvolvimento e apoio logístico de armas e
materiais necessários ao combate.
Com a estrutura apresentada acima, pode-se identificar que sob o AFC estarão centralizadas
todos as organizações existentes no US Army voltadas para o desenvolvimento da doutrina militar e
equipamentos bélicos visando o combate no futuro. Seu objetivo principal é bastante claro: agilizar o
processo de tomada de decisão para a adoção de novos sistemas de armas e equipamentos militares,
baseados em requisitos operacionais de acordo com as evoluções previstas para a doutrina militar.
Espera-se que todo o processo de adoção de novos materiais tenha seu tempo reduzido dos atuais 60
para 24 meses.
Com essa centralização, permanecem fora da estrutura do AFC somente os 12 (doze) Escritórios
Executivos (Program Executive Office - PEO), subordinados diretamente ao Assistente do Secretário
do Exército para Aquisições, Logística e Tecnologia (ASA - ALT). Cada um dos escritórios é
responsável pela pesquisa e desenvolvimento em uma determinada área funcional específica.
Boletim Informativo Maio/Jun 18 Pág 4
Apesar de ainda existirem áreas nebulosas sobre a atuação do AFC, o Gen TOWNSEND,
Comandante do TRADOC, tem apresentado que em linhas gerais as responsabilidades serão divididas
entre os Comandos do Exército da seguinte maneira:
Figura 1 - divisão de responsabilidades entre os Comandos do Exército (Proposta)
b. Equipe Multifuncional “Letalidade do Soldado”
A Equipe Multifuncional “Letalidade do Soldado” é uma das oito CFT integrantes do AFC e
destina-se ao gerenciamento de todas as atividades relacionadas ao incremento da letalidade e
proteção do combatente individual. Essa CFT propõe que o soldado tenha melhores capacidades,
empregando os últimos avanços em Ciência e Tecnologia, visando aumentar sua letalidade,
mobilidade e proteção e permitindo uma resposta mais eficiente as novas ameaças.
Uma diferença conceitual que orienta os trabalhos dessa equipe refere-se a premissa de entender
o combatente individual como mais uma plataforma entre as várias existentes no US Army,
assemelhando-se a qualquer outro veículo ou sistemas de armas.
A CFT “Letalidade do Soldado” é chefiada por um oficial general designado pelo Secretário do
Exército e coordena as atividades e projetos relacionados ao tema. Atualmente, esse encargo está com
o comandante da Escola de Infantaria, com sede no Fort Benning / Georgia.
Os principais projetos em desenvolvimento pela CFT concentram-se nos seguintes assuntos:
- Próxima geração de armamentos do grupo de combate (GC) (Next Generation Squad
Weapons), que se destina ao estudo das características do fuzil e da metralhadora leve que deverão
dotar os GC em substituição aos atuais M-4 e M-249;
- Novos óculos de visão noturna (Enhanced Night Vision Goggles) - responsável pelo
desenvolvimento de um novo equipamento que interage com o usuário fornecendo informações,
mensagens e um retículo incorporado. O novo óculos deverá ter a capacidade de conectar-se com o
sistema de comando e controle e com o armamento individual, além de possuir visão termal e noturna;
- Arquitetura adaptável do Soldado (Adaptive Soldier Architecture), que se traduz num sistema
que deverá padronizar a integração de informações, energia e pontos de conexão entre o combatente
individual / GC e as demais plataformas de combate. O projeto baseia-se na pesquisa e
desenvolvimento de software e equipamentos que possibilitem essa integração; e
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- Ambiente de treinamento sintético (Synthetic Training Environment) que está sendo
desenvolvido para fornecer treinamento cognitivo e tático no nível GC e superiores. O projeto
gerencia uma série de plataformas que objetivam fornecer treinamento em ambiente virtual,
construtivo, bem como a utilização de jogos e aplicativos que poderão se baixados em smartphones.
Um dos objetivos do projeto é incluir treinamento de capacidades visando preparar os soldados para
combater no ambiente de Múltiplos Domínios.
Além dos projetos supracitados, o CFT gerencia e coordena outras iniciativas que visam
aumentar a letalidade do soldado, tais como a extensão do período de instrução básica (OSUT) que
será detalhado mais à frente neste boletim e os estudos que objetivam tornar o treinamento físico mais
exigente e rigoroso (abordado anteriormente no Boletim Informativo Nr 2).
3. DOCUMENTOS DOUTRINÁRIOS
a. Artilharia Divisionária (DIVARTY)
Em outubro de 2017, o US Army editou o novo manual ATP 3-09.90 (Army Techniques
Publication) abordando as operações de artilharia e de apoio de fogo no nível divisão.
Por meio da publicação, o US Army busca resgatar a centralização do comando de artilharia
para a divisão de exército, conceito esse abandonado nos últimos anos haja vista a perda de prioridade
da guerra em grande escala. O ATP 3-09.90 é uma reedição do manual anterior e não traz grandes
alterações doutrinárias, contudo já se encontra em confecção o manual Division Fires Command
(Comando dos Fogos da Divisão - DFC). O DFC será uma significante evolução da DIVARTY em
termos de capacidade, que irá muito além do simples emprego dos fogos indiretos.
Os principais públicos para o ATP 3-09.90 são os comandantes de artilharia de campanha e as
tropas e unidades apoiadas.
1) Generalidades
Operações eficazes da DIVARTY e de apoio de fogo exigem liderança, conhecimento e
compreensão situacional. A compreensão situacional é o produto da aplicação de análise e julgamento
das informações relevantes para determinar a relação entre as variáveis operacionais e da missão,
facilitando a tomada de decisão. Os integrantes da DIVARTY devem possuir um conhecimento
profundo das funções associadas às técnicas de planejamento, emprego, direcionamento e execução
necessárias para garantir que os fogos estejam disponíveis e sejam entregues quando e onde forem
necessários. O manual ATP 3-09.90 baseia-se no conhecimento coletivo e experiências adquiridas
através de operações recentes e numerosos exercícios.
Os fogos ajudam as forças do Exército a apreender, reter e explorar a iniciativa, derrotando
ameaças adaptativas e obtendo sucesso em uma ampla gama de contingências. Fogos e apoio aéreo
externo aumentam a liberdade de ação, movimentação e manobra das forças terrestres. Os fogos estão
disponíveis para os comandantes através dos seguintes formatos de entrega: superfície a superfície,
superfície a ar, ataque aéreo à superfície e eletrônico.
Os sistemas de armas disponíveis fornecem aos comandantes uma ampla gama de possíveis
efeitos, geralmente classificados como letais e não letais. A capacidade de escalar fogos permite o
envolvimento bem-sucedido de alvos de alto valor (HPTs), ao mesmo tempo em que mitiga danos
colaterais. A equipe de planejamento de apoio de fogos, em todos os níveis, tem a responsabilidade
de planejar a entrega de um mix apropriado de efeitos letais e não-letais. Levando em conta as
variáveis da missão, as intenções do inimigo e os recursos disponíveis para os comandantes aplicarem
a combinação necessária de força para cumprir a missão designada.
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2) Definição
A DIVARTY é um comando de nível brigada que planeja, prepara, executa e avalia os fogos
para a divisão. O comandante da DIVARTY é o coordenador de apoio de fogo (FSCOORD) para a
divisão e é o principal conselheiro do comandante da divisão para a função de combate fogos. A
função de combate fogos está relacionada à tarefa e aos sistemas que fornecem o uso coletivo e
coordenado de fogos indiretos do Exército, defesa aérea e de mísseis e fogos conjuntos através do
processo de seleção de alvos.
3) Missão
Sua missão é planejar, preparar, executar e avaliar fogos usando munições de precisão e de
área para a divisão. A DIVARTY emprega fogos e capacidades para criar efeitos desejados em apoio
aos objetivos do comandante da divisão. Um efeito pode ser uma mudança em uma condição,
comportamento ou grau de liberdade. A DIVARTY realiza essas tarefas, executando as três tarefas
da função de combate fogos: fornecer fogos, integrar todas as formas de fogos do exército, comandos
conjuntos e multinacionais e realizar o planejamento de fogos.
Uma DIVARTY é designada para cada divisão e se concentra principalmente no
fornecimento de apoio à Divisão. O apoio de fogo são os fogos que apóiam diretamente as forças
terrestres, marítimas, anfíbias e operações especiais para envolver forças inimigas, formações de
combate e instalações em busca de objetivos táticos e operacionais.
A DIVARTY é a sede da artilharia de campanha da força para a divisão. O comandante
apoiado especifica a duração, deveres e responsabilidades da DIVARTY. Se dada a autoridade pelo
comandante da divisão, a DIVARTY pode fornecer o comando de missão (Mission Command) para
as forças de fogos. Dependendo do comando estabelecido ou do relacionamento de apoio, isso
incluirá a autoridade para posicionar e realizar a tarefa de alocar unidades de artilharia de campanha
e artilharia de defesa aérea (ADA). As tarefas da DIVARTY são:
- Apoiar a integração de fogos do Exército, Comandos Conjuntos e Multinacionais.
- Fornecer fogos.
- Concentrar fogos em apoio à operação decisiva.
- Conduzir planejamento de fogos.
- Gerenciar o estabelecimento de levantamentos comuns e dados meteorológicos através
da área de operações da divisão (AO).
- Fornecer o comando de contra-bateria para a divisão e sincronizar o emprego do radar
na área de operações da divisão.
- Dar conhecimento ao comandante da divisão da padronização de todo treinamento e
certificação de Artilharia de Campanha.
- Dar padronização, treinamento, certificação e orientação dos batalhões de Artilharia de
Campanha das brigadas.
- Fornecer o comando da artilharia de campanha para a divisão.
- Fornecer fogos indiretos em apoio à divisão, quando unidades de fogos indiretos são
alocados à DIVARTY.
- Providenciar a supressão das defesas aéreas inimigas (SEAD), quando for organizada
com unidades de tiro.
A DIVARTY não é alocada com unidades de fogos orgânicas, mas pode ser organizada com
unidades adicionais com base nos requisitos da missão. A organização de tarefas pode incluir uma
combinação de vários sistemas de lançamento de foguetes (MLRS), sistema de foguetes de artilharia
de alta mobilidade (HIMARS) ou batalhões de obuses, bem como outros facilitadores.
A DIVARTY, quando alocado com unidades MLRS ou HIMARS, oferece uma capacidade
de apoio de fogo de longo alcance e precisão para a divisão. A seção de processamento de alvos do
pelotão de aquisição de alvos fornece integração e sincronização dos radares das Artilharias de
Campanha e Antiaérea. Esta capacidade de Busca de Alvos melhora o tempo para engajamento de
alvos, a fim de alcançar os objetivos do comandante através de ligações adequadas entre o sensor e o
atirador. Quando unidades de tiro adicionais são necessárias ao comandante ou chefe assistente de
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divisão, o oficial de operações coordena para solicitar uma mudança na organização da tarefa ou para
solicitar mais forças.
O posto de comando (PC) da DIVARTY fornece à divisão a capacidade de ter um PC
alternativo. Se o PC de divisão tiver que deslocar ou estiver incapacitado, o PC da DIVARTY pode
executar funções de comando de missão para a divisão por um tempo limitado.
A DIVARTY pode fornecer a sede de contra-bateria para a divisão. Se alocadas as unidades
de tiro necessárias, a seção de processamento de alvos, do pelotão de Busca de Alvos, em conjunto
com o PC da DIVARTY, pode ser designado e coordenar a contra-bateria para a divisão.
Figura 2 - Organização da DIVARTY (um exemplo).
As seções de comando e Estado-Maior da DIVARTY fornecem o comando de missão para
as unidades orgânicas, anexadas, atribuídas ou de apoio da DIVARTY. A bateria de comando fornece
apoio logístico e pessoal para a sede da DIVARTY, seções de estado-maior, busca de alvos e pelotões
de sinal. A equipe da DIVARTY fornece expertise em uma ampla gama de áreas funcionais, que
incluem supervisão de comando e administração para até quatro batalhões de artilharia de campanha
anexados ou operacionais. Esta especialização inclui o envio de equipes de ligação para a sede
adjacente de artilharia de campanha de força e unidades de apoio, conforme necessário.
4. INFORMAÇÕES DOUTRINÁRIAS
a. O apoio de engenharia nos escalões Divisão e Corpo de Exército
O recém-publicado manual FM 3-0 Operations descreve como as tropas do exército americano,
compondo forças conjuntas, modelam o ambiente operacional, preveem conflitos, conduzem
combates terrestres de larga escala e consolidam ganhos contra ameaças de igual capacidade. As
divisões e os corpos de exército são as formações centrais na condução das operações de larga escala,
organizadas treinadas e equipadas a fim de habilitar as unidades subordinadas.
O apoio de engenharia aos escalões divisão e corpo de exército é abordado no manual ATP 3-
34.23 Engineer Operations - Echelons above Brigade Combat Team, o qual é uma extensão do
manual FM 3-34 Engineer Operations.
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1) Apoio de engenharia à Divisão de Exército
Uma divisão pode comandar de duas até cinco brigadas de combate, sendo normalmente
organizada por tarefa, com uma combinação de brigadas de combate blindadas, de infantaria e stryker.
Além disso, a divisão pode diretamente controlar vários tipos de brigadas multifuncionais e
funcionais, não havendo uma configuração padrão para a divisão.
O apoio de engenharia à divisão poder ser organizado sob um QG de brigada de
multiplicadores de poder de combate (Maneuver Enhancement Brigade - MEB) ou sob um QG de
brigada de engenharia. Normalmente esse apoio inicia com uma MEB, podendo ser acrescido de uma
ou duas brigadas de engenharia quando as necessidades excederam a capacidade de apoio e controle
da MEB. Cabe ressaltar que a MEB tem como principal finalidade fornecer capacidade multifuncional
intermediária aos comandantes de divisão, sendo capaz de prover comando e controle para um
número limitado de unidades de engenharia, DQBRN, polícia do exército, dentre outras.
Figura 3 - Organização do apoio de engenharia no escalão divisão de exército (uma possibilidade).
A figura acima apresenta uma possível configuração do apoio de engenharia no escalão
divisão, o qual está constituído por uma brigada de engenharia (Nr 1), uma MEB (Nr 2) e uma equipe
de engenharia de apoio avançado (Forward Engineer Support Team - FEST) (Nr 3). Essa equipe
normalmente é requerida visando prestar apoio técnico ao EM da divisão, incluindo avaliação de
infraestruturas, planejamento e projetos de engenharia, meio ambiente, geoengenharia, dentre outros.
Também é possível observar na figura o apoio de engenharia existente nas brigadas de
combate. Cada brigada possui um Batalhão de Engenharia de Brigada (Brigade Engineer Battalion -
BEB) (Nr 4) que é orgânico, podendo receber apoio adicional do escalões superiores quando
necessário.
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2) Apoio de engenharia ao Corpo de Exército
Da mesma forma que a divisão, o corpo de exército não tem configuração padrão, podendo
controlar de duas até cinco divisões, juntamente com organizações de apoio. O apoio de engenharia
ao corpo de exército será configurado conforme as necessidades previamente levantadas e a análise
do ambiente operacional, podendo ser exercido por um QG de batalhão ou brigada de engenharia, ou
até mesmo por um QG multifuncional como a MEB.
O QG de brigada de engenharia tem seu treinamento focado no apoio às operações de corpo
de exército, sendo capaz de fornecer comando e controle de modo eficaz para a maioria das
contingências onde o corpo de exército é necessário. Deste modo, a brigada de engenharia é o escalão
mais adequado e provável de ser empregado como QG de engenharia nível corpo de exército.
Dependendo da operação, brigadas de engenharia adicionais e MEB podem ser necessárias no apoio
aos corpos e às suas divisões subordinadas.
Figura 4 - Organização do apoio de engenharia no escalão corpo de exército (uma possibilidade).
Na figura 4 é possível observar uma configuração do apoio de engenharia no escalão corpo
de exército, sendo constituído por uma brigada de engenharia (Nr 1) e uma equipe de engenharia de
apoio avançado (Forward Engineer Support Team - FEST) (Nr 2). Também se pode notar o apoio de
engenharia existente nas divisões (Nr 3) subordinadas ao corpo de exército, normalmente exercido
pelas MEB e brigadas de engenharia, conforme descrito no item anterior Apoio de engenharia à
Divisão de Exército.
3) O oficial de engenharia do Estado-Maior (EM) de Divisão e Corpo de Exército
O oficial de engenharia do EM é responsável por coordenar todas as unidades e operações
de engenharia para o comando a que pertence, incluindo o planejamento de engenharia. O oficial de
engenharia de EM nas divisões e corpos de exército é usualmente o oficial de engenharia mais antigo
no EM, podendo ser também o comandante de engenharia mais antigo apoiando a força a qual está
subordinado. Sendo assim, o comandante de uma brigada de engenharia, quando em apoio a uma
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divisão ou corpo, pode vir a exercer cumulativamente a função de comandante e oficial de engenharia
do EM do escalão considerado.
4) Atualização da arma de Engenharia
Após mais de uma década com o foco no apoio às operações de contra-insurgência e no
combate a ameaça terrorista global, a Engenharia do US Army estabeleceu uma série de iniciativas a
fim de atualizar-se visando o apoio às operações de larga escala. Dentre essas medidas, destacam-se:
- Atualização doutrinária do manual FM 3-34 Engineer Operations;
- Substituição dos blindados M113 pelos blindados multiuso versão engenharia (AMPV-
ESV); e
- Substituição das viaturas blindadas lançadoras de ponte com plataforma de M48/M60 pelas
viaturas blindadas com plataforma M1A1 Abrams, aumentando assim sua classe militar de 85 para
95.
5. ATIVIDADES DE INSTRUÇÃO E ADESTRAMENTO
a. Operação “Atlantic Resolve”
Em 2012, o V Corpo de Exército americano, então desdobrado na Europa, foi dissolvido. Com
a medida, duas brigadas blindadas (Armored Brigade Combat Team - ABCT) e mais de 10.000
militares americanos foram retiradas da Europa.
Os decisores acreditavam que a situação permaneceria estável na região e, com a nova direção
estratégica da gestão Obama para a região do Pacífico e Ásia Ocidental e as constantes medidas de
austeridade impostas aos militares americanos, não haveria mais necessidade de despender elevados
recursos com a manutenção de grandes e potentes efetivos militares na Europa.
A saída das tropas acarretou uma importante lacuna nas tropas blindadas em apoio a
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), entidade que congrega 28 (vinte e oito) países-
membros e é diretamente responsável pela segurança do Continente Europeu. Com a medida, o
efetivo militar americano no continente foi reduzido a 64.000 soldados1, o menor número desde o fim
da 2ª Guerra mundial.
Porém, como anteriormente apresentado, o ambiente estratégico sofreu uma rápida e acentuada
mudança após as ações russas na Península da Crimeia e na Ucrânia, forçando os Estados Unidos a
repensarem sua presença militar na Europa.
Deste modo, em 2014, a gestão do presidente Obama lançou a uma nova estratégia para região,
denominada European Reassurance Initiative (ERI) que, dentre outras medidas, incluiu a Operação
Atlantic Resolve.
O principal objetivo da Operação Atlantic Resolve era expandir novamente a presença dos EUA
na Europa, aumentando particularmente a presença militar americana nos países do leste europeu
através da rotação de tropas e estava, originalmente, limitada ao ano de 2015. Porém, com o aumento
da ameaça russa sobre a região, a operação evoluiu para um novo compromisso de longo prazo dos
EUA com a Europa e o orçamento da operação saltou de 1 bilhão de dólares em 2015 para 3,4 bilhões
em 2017.
Em janeiro de 2017, a 3ª Brigada Blindada da 4ª Divisão de Infantaria de Fort Carson, Colorado,
desembarcou em Bremerhaven, na Alemanha, marcando o retorno dos carros de combate americanos
para a Europa para um ciclo de rotação de nove meses.
O movimento estratégico da 3ª Brigada desde o Colorado até a Alemanha incluiu o transporte
ferroviário, três navios militares americanos e comboios terrestres, sendo considerada a maior
transferência de blindados dos EUA para a Europa, desde o fim da guerra fria.
1 Os militares americanos fazem parte do Comando Conjunto U.S. European Command. Dentre as tropas do US Army destacam-se o 2º Regimento de Cavalaria (Brigada Stryker) e a 12ª Brigada de Aviação de Combate.
Boletim Informativo Maio/Jun 18 Pág 11
Atualmente, as seguintes tropas integram a Operação Atlantic Resolve :
1) 1ª Brigada Blindada / 1ª Divisão de Cavalaria
Efetivo: 3.300 militares;
Principais equipamentos militares: 87 VBC CC M1 Abrams, 125 VBCI Bradley, 13
Veículos blindados de apoio de fogo Bradley (variante), 18 obuseiros autopropulsados M109 Paladin;
Locais de desdobramento de tropas: Polônia, Alemanha, Romênia, Hungria e Bulgária.
2) 4ª Brigada de Aviação de Combate / 4ª Divisão de Infantaria
Efetivo: 1.700 militares;
Aeronaves desdobradas: 52 UH-60 Black Hawks, 12 CH-47 Chinooks, 24 AH-64 Apaches;
Local de desdobramento: Illesheim, Alemanha, mas algumas aeronaves estão sendo
integradas em forças-tarefa na Lituânia, Romênia e Polônia.
3) Elementos do Comando da 1ª Divisão de Infantaria
Baseados em Poznan, Polônia, funcionam como quartel-general tático para as tropas
desdobradas e proporcionam comando e controle para toda a operação.
4) Força- Tarefa de Apoio Logístico
Composta por cerca de 900 militares, de 11 unidades diferentes do Exército, Reserva do
Exército e Guarda Nacional, apoia tropas baseadas na Lituânia e na Polônia e tem sua sede na
Romênia.
Dentro do escopo da Operação Atlantic Resolve, em 2017, foram realizados 28 exercícios
conjuntos multinacionais, envolvendo 18.000 militares dos EUA e 45.000 militares de países-
membros da OTAN e da organização “Partners for Peace”, que envolve na sua maioria Estados ex-
integrantes da União Soviética.
Atualmente, o governo da Polônia está interessado em estabelecer uma permanente presença
militar americana em seu país, através do desdobramento de uma Divisão Blindada do US Army em
território polonês. Tal iniciativa, cujo custo total pode atingir de 2 bilhões de dólares, poderia resultar
numa significativa expansão da Operação Atlantic Resolve. As negociações entre os países ainda
estão em fase inicial, mas já encontram uma ferrenha resistência por parte do governo russo.
b. Extensão do período de instrução básica do soldado de infantaria
O US Army está concluindo os estudos para estender o tempo de formação básica de seus
soldados das atuais 13 semanas para 22. Esse período é denominado One Station Unit Training
(OSUT) e agrupa os treinamentos básico e avançado individuais dos soldados de Infantaria.
Atualmente, os soldados de Infantaria que realizam o OSUT passam por nove semanas de
treinamento básico e cerca de 4 semanas de treinamento individual avançado. A extensão proposta
acrescentará mais 9 semanas de treinamento individual avançado, triplicando a duração das instruções
recebidas pelos soldados nessa fase.
A proposta visa aumentar a proficiência dos soldados na utilização dos armamentos,
condicionamento físico e proporcionar maior número de repetições de exercícios táticos de pequenas
unidades como o grupo de combate. Assim, serão incluídos ou aumentados os tempos destinados às
instruções de defesa pessoal, primeiros socorros, orientação diurna e noturna e exercícios de tiro real
diurno e noturno.
O novo programa de instrução deverá destinar cerca de uma semana à orientação terrestre diurna
e noturna, diferentemente do tempo atual que resume-se a dois dias. A proposta é incrementar o tempo
destinado a navegação carta-terreno e utilização da bússola em detrimento de outros sistemas, tais
como o GPS. O objetivo dessa medida é habilitar o soldado a navegar numa área com sistemas
degradados, comuns num conflito contra adversários de poder de combate similar.
O tempo destinado ao uso do armamento será enfatizado com o acréscimo de novos exercícios
de tiro, que passarão a incluir o tiro noturno com a utilização dos novos óculos de visão noturna
AN/PSQ-20 (Enhanced Night Vision Goggle - ENVG) que possui as capacidades associadas de
intensificação de imagens e visão termal.
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Figura 5 – combatente utilizando o novo ENVG
As instruções de combate corpo a corpo e defesa pessoal serão incrementadas dos atuais 22 para
40 tempos de instrução. Além disso, será aplicado um teste que pretende avaliar que cada soldado
possui a habilidade de executar os movimentos básicos.
De forma semelhante, as instruções de primeiros socorros serão enfatizadas, permitindo que o
combatente individual saiba lidar com os principais ferimentos não letais causados em combate, que
causam mais baixas que ferimentos letais causados pelo fogo inimigo.
Outra atividade que passará por mudanças serão as marchas a pé. No modelo atual, os soldados
realizam no máximo marchas a pé de 12 milhas (19,2 Km) durante o período básico. O novo OSUT
deverá contemplar marchas de 16 milhas (25.6 Km).
Duas turmas de soldados estão realizando o OSUT com duração estendida no Fort Benning /
Georgia, com o objetivo de definir o novo programa de instrução, bem como os custos necessários
em instalações para a condução do curso com uma maior duração. O planejamento após o término
dessas turmas piloto é receber o relatório das unidades operacionais para que o processo possa ser
avaliado, permitindo que as mudanças sejam implementadas a partir de 2019 na formação de todos
os soldados de infantaria do US Army.
c. Distintivo de Infante Especialista – uma ferramenta de motivação e de aprimoramento
Seguindo as mudanças na preparação do soldado, recentemente, a Escola de Infantaria, sediada
no Fort Benning, revisou as condições da prova que avalia os militares que se propõem a receber o
Distintivo de Infante Especialista (Expert Infantryman Badge – EIB). O EIB se traduz numa
condecoração que distingue os militares do US Army que demonstrem excepcional habilidade na
execução das tarefas da Arma de Infantaria e que concluem a mencionada prova. O distintivo foi
criado em 1944 e as condições de obtenção modificaram-se ao longo do tempo, mas seguindo a
premissa de destaca o duro e difícil papel da Infantaria em combate.
A prova para concessão do EIB consiste em uma série de oficinas individuais relativas às
habilidades essenciais do Infante que são realizadas em quatro dias. O regulamento da prova está
detalhado no Pamphlet 350-6, que aborda as condições de execução de cada oficina e que são
seguidas por todas as unidades de combate do US Army.
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Figura 6 - Distintivo de Infante Especialista (Expert Infantryman Badge)
O primeiro dia da prova inicia-se com uma avaliação física, nos padrões exigidos pelo US Army
e pistas de orientação diurna e noturna. Nos três dias seguintes são realizadas 30 oficinas agrupadas
nas áreas de Armamento, Mun e Tiro, Primeiros Socorros e Patrulhas, conforme o quadro abaixo:
Armamento, Mun e Tiro
(Weapons Line)
Primeiros Socorros
(Medical Lane)
Patrulhas
(Patrol Lane)
1. M4/M16 (Fuzil) e M320/M203
(Lançador de Granadas)
2. M9 (Pistola)
3. M 249 (Metralhadora)
4. M 240 (Metralhadora)
5. Granada de Mão
6. AK 47 e armamento
estrangeiro
7. Míssil AC (Javelin)
8. M2 .50 (Metralhadora)
9. MK 19 (Lançador de
Granadas)
10 MK 136 AT4/M72 LAW/Carl
Gustaf (Canhão SR)
1. Solicitação de evacuação
médica
2. Evacuação de feridos sob fogo
Inimigo
3. Primeiros Socorros e
Restabelecimento de
pulso/respiração
4. Lesões provocadas por calor
5. Controle de hemorragia
6. Choque causado por lesão na
coluna
7. Descompressão torácica
8. Ferimentos na cabeça
9. Ferimentos abdominais e lesão
nos olhos
10. Fraturas e queimaduras
1. Solicitação e correção de fogos
indiretos
2. Deslocamento sob fogo direto
3. Utilização de Equipamento
Rádio portátil
4. Sistema de Navegação GPS
5. Camuflagem e sinais visuais
6. Avaliação de distâncias e
designação de alvos
7. DQBRN
8. Topografia
9. Minas e Armadilhas
10. Observação de alvos
11. Rádio Tático Satelital
Os candidatos devem cumprir todas as tarefas estabelecidas para cada oficina para não serem
eliminados da prova. As novas regras propostas pela Escola de Infantaria permitem que até três
oficinas possam ser repetidas em caso de falha.
O EIB se traduz num distintivo que indica elevado nível de profissionalismo para os militares
que o possuem e em 2017 foi concedido para as primeiras seis mulheres que concluíram a prova no
Forte Bragg. Elas integraram um grupo de 287 militares, entre aproximadamente 1000, que tentaram
habilitar-se para a prova naquele ano. Dados informados por militares indicam que uma média de
80% dos militares não conseguem o distintivo na primeira tentativa, demonstrando o elevado nível
de cobrança que é exigido dos candidatos.
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d. Operações Subterrâneas
Prosseguindo com o esforço de preparar os soldados para o combate em ambiente subterrâneo,
o US Army introduziu mudanças na capacitação de seu pessoal que incluem o conhecimento e a
prática de técnicas de combate nesse tipo de ambiente.
Após a publicação do Manual de Operações
Subterrâneas (assunto abordado no Boletim Informativo Nr
02 – Abril/Maio), o US Army lançou recentemente uma
circular destinada ao treinamento de Pequenas Frações em
Ambiente Subterrâneos (TC 3-21.50). O documento aborda
as táticas, técnicas e procedimentos (TTP) para o combate
nesse ambiente e tem servido de base para as novas
instruções.
Os desafios levantados na Circular de Treinamento
(TC) apontam que neste tipo de combate as unidades de
Infantaria precisarão saber como navegar, comunicar-se,
ultrapassar obstáculos e atacar as forças inimigas em
labirintos subterrâneos que vão de corredores confinados a
túneis tão largos quanto ruas residenciais. Os soldados
precisarão de novos equipamentos e treinamento para
operar em condições como escuridão total, baixa qualidade
de ar e falta de apoio de fogo em áreas que desafiam os
equipamentos de comunicação disponíveis. Além disso, são
abordados no documento o planejamento de operações, o emprego de cães farejadores, explosivos e
robôs.
Muitas das técnicas abordadas na circular assemelham-se às operações em áreas edificadas,
facilitando a instrução com a utilização dos meios de apoio já existentes, que podem ser adaptados,
simulando ambientes subterrâneos. Nesse sentido, as unidades estão construindo estruturas modulares
especialmente projetadas visando simular ambientes confinados, formadas por 15 a 20 contêineres
conectados que podem permanecer acima do solo e serem movimentados se necessário.
Para preparar suas unidades de combate, o US Army ativou equipes móveis para treinar suas
brigadas para a combate subterrâneo, bem como planejar e executar operações de combate em grande
escala nesse tipo de ambiente. A missão dessas equipes é capacitar 26 brigadas até janeiro de 2019.
Aliado às iniciativas e esforços supracitados, o exército está pesquisando materiais de emprego
militar adequados a esse tipo de operação que incluem: rádios portáteis, equipamentos de respiração,
óculos de visão noturna e supressores de ruído para armamento. O esforço tem como objetivo a
identificação dos materiais disponíveis que podem não funcionar em ambiente confinado e de
equipamentos adicionais que sejam necessários.
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Realização:
Oficiais de Ligação do Exército Brasileiro junto ao US ARMY
TRADOC
Comando de
Adestramento e
Doutrina
CAC
Centro de Armas
Combinadas
MCoE
Centro de
Excelência de
Manobra
MSCoE
Centro de
Excelência de
Apoio a Manobra
FCoE
Centro de
Excelência de
Fogos
Oficiais de Intercâmbio junto ao US ARMY Oficial de Ligação do Exército
Brasileiro junto ao Exército do Canadá
WHINSEC
Instituto do
Hemisfério
Ocidental para a
Cooperação em
Segurança
USAWC
War College
CADTC
Centro de
Doutrina e
Treinamento do
Exército do
Canadá
Contato: