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EXERCÍCIO FÍSICO RELACIONADO AO
SISTEMA IMUNOLÓGICO
Acadêmicas:
Diana de Matia LiposkiCaroline Godinho WolffJéssica Alves da CostaThaianna de Menezes
O QUE É IMUNIDADE?
Os mecanismos imunitários são o conjunto de
reações que possibilitam o reconhecimento das
substâncias estranhas ou células anormais ao organismo.
Essas reações podem neutralizar, metabolizar ou
eliminar a substância estranha.
Quando estas reações ocorrem sem haver dano ou
lesão tecidual são denominadas IMUNIDADE, significando
que houve competência de identificar o que “não era
próprio” do organismo.
Qual o objetivo da Atividade Física?
Recuperar a saúde
Manter a saúde
Promover saúde
Alcançar “excelência” em saúde.
Lembrando: saúde não é só a ausência de
doenças, e sim um ótimo funcionamento orgânico
prevenindo as mesmas.
FISIOLOGIA DO EXERCÍCIOMETABOLISMO ENERGÉTICO
Para a realização de uma atividade física, o
homem necessita de energia que obtém através dos
alimentos. Como durante uma atividade física não
se pode estar concomitantemente se alimentando, o
organismo possui fórmulas de estocar reservas no
citoplasma de suas células, aguardando o momento
de utilizá-la sob forma de ATP.
VO2 Max. e Natural killer
Natural killers – CÉLULAS
São as células que apresentam maior alteração frente ao
exercício. Atividade física de longa duração (superior a 90
minutos) associa-se a menor aumento do número de células NK,
por ocorrer influência do cortisol. Após exercício de alta
intensidade, ocorre aumento de 40 à 100% da atividade
citotóxica de célula NK (NKCA).
VO2:
Diferentes tipos de cargas de exercício físico
podem provocar alterações distintas no sistema imune.
É importante conhecer como o exercício agudo (carga
súbita de exercício físico), moderado(entre 50 e 65% do
VO2máx) ou intenso (acima de 65% VO2máx ) podem
influenciar alguns parâmetros da imunidade tanto
celular como humoral.
VO2 MÁX.
TESTE DE ESFORÇO.
Teste de Esforço - Gustavo Nogas.flv
MECANISMOS QUE MODULAM A RESPOSTA IMUNE AO EXERCÍCIO
São 3 mecanismos que modulam a resposta imune ao exercício:
hormônios,
metabólitos
mecânicos.
Hormônios principais: Catecolaminas (Adrenalina), Cortisol, hormônio
do crescimento (GH), e peptídeos opióides (endorfinas);
Metabólitos: Glutamina, a.a. fundamental no metabolismo de células
musculares e de células do sistema imune;
Mecânico: Hipóxia, hipertermia, lesão muscular, gerando processo
inflamatório localizado.
ALTERAÇÕES E REAÇÕES IMUNE DEVIDO AO EXERCÍCIO FÍSICO.
É crença comum na comunidade atlética, que o estresse físico ou
psicológico altere a imunidade. Acredita - se que o treinamento intenso,
os exercícios exaustivos ou as competições constantes podem
predispor o organismo a infecções.
A atividade física pode promover modificações na concentração,
proporção e nas funções das células brancas do sangue, especialmente
nos leucócitos polimorfonucleares (PMN), nas células natural killers e
nos linfócitos, assim como pode afetar as imunoglobulinas.
O exercício físico independente da intensidade
e duração, parece provocar uma monocitose
temporária.
O stress provocado pelo exercício físico parece
ter um efeito estimulador na função de macrófagos
As células NK parecem ser as mais receptivas
imediatamente a seguir de uma carga súbita de
exercício físico.
Durante um exercício físico agudo, ocorre
também um aumento da concentração de linfócitos T.
É verificado um aumento nas concentrações de
dopamina e noradrenalina, a nível cerebral. Devido à
isso, há secreção do hormônio libertador da
corticotropina (CRH) a nível hipotalâmico.
A descarga de ACTH estimula o córtex adrenal a
produzir glicocorticóides e aminas biogênicas.
Os leucócitos expressam receptores para as β -
endorfinas. Isto levanta a hipótese de uma possível
influência dos mediadores na função de células do
sistema imune.
O recrutamento de PMN e das populações de
linfócitos para o compartimento vascular durante o
exercício físico parece ser mediado pela adrenalina.
A concentração sanguínea desses mediadores
aumenta linearmente com a intensidade do mesmo. A
expressão de β - receptores nas diferentes células imunes
fornece a base molecular para ação das catecolaminas.
Se o exercício se prolonga, prossegue o aumento dos
PMNs e dos linfócitos devido a elevação do cortisol. Em
pequenas quantidades, o cortisol estimula a migração de
células da medula para a circulação, assim como dos
linfonodos para os tecidos lesionados.
Os exercícios exaustivos praticados durante alguns
minutos ou mesmo horas promovem uma leucocitose,
principalmente nos PMNs e nos linfócitos
A linfocitose devido a atividade é ocasionada
principalmente pelas células NK, que formam a primeira
linha de defesa do organismo contra as viroses.
O exercício pode também ativar de uma maneira
aguda as células NK, possivelmente devido a ação
parcial da adrenalina. O grau de modificação varia com
a intensidade do exercício.
SISTEMA IMUNE NA RESPOSTA AGUDA AO EXERCÍCIO
As alterações da resposta imune, temporárias, causada por uma
sessão de exercícios são conhecidas como resposta aguda ao exercício.
LEUCÓCITOS:
Exercícios de alta intensidade (acima de 60% do VO2 máximo) se
associa a uma alteração dos leucócitos circulantes. A alteração é decorrente
da secreção de adrenalina e cortisol. Atividades com intensidade acima de
60% do VO2 provocam um aumento agudo de secreção desses hormônios e
aumento da densidade dos receptores β2 – adrenérgicos.
NEUTRÓFILOS:
A resposta dos neutrófilos polimorfonucleares a uma
sessão única de exercício depende da intensidade deste. A
neutrofilia vista logo após o exercício é decorrente da
marginação provocada por alterações hemodinâmicas,
associada à ação de catecolaminas.
Várias horas após o exercício ocorre um 2° pico de
neutrofilia, conseqüente à mobilização de células da medula
óssea em resposta à elevação das concentrações plasmáticas
de cortisol.
Com relação à resposta funcional ao exercício, o
trabalho moderado associa-se a um aumento de função
do neutrófilo. Aumento das funções de quimiotáticas e
fagocítica, bem como da capacidade microbicida.
MONÓCITO/MACRÓFAGO:
O exercício agudo provoca monocitose transitória,
decorrente da ação de catecolaminas. Exercício
exaustivo durante a inflamação diminui o número de
macrófagos recrutados para o sítio inflamatório.
O exercício exaustivo está associado à
diminuição da expressão do MHC de classe
II, estrutura fundamental a apresentação do
antígeno, assim como a queda de função
antiviral de macrófagos alveolares.
As alterações estão associadas ao
aumento das concentrações plasmáticas de
catecolaminas.
LINFÓCITOS:
Somente após cinco minutos de
recuperação, a contagem de linfócitos
diminui e nas próximas duas horas, a queda
se situa em níveis abaixo da linha de base
em repouso. A recuperação ocorre entre 6 e
24 horas após a atividade física ter
cessado.
SUBPOPULAÇÕES LINFOCITÁRIAS
O linfócito T supressor/citotóxico (CD8) apresenta
aumento de 50 a 100% após exercício agudo.
O linfócito T auxiliador/indutor(CD4) e linfócito B
mostram poucas alterações com o exercício.
Com relação a capacidade funcional é relatada
diminuição da proliferação linfocitária após exercícios de
alta intensidade persistindo esta resposta após a
atividade.
A inibição da proliferação linfocitária é decorrente,
principalmente da ação da adrenalina e do cortisol.
IMUNOGLOBULINAS
As imunoglobulinas são glicoproteínas secretadas
por linfócitos B. Elas combinam-se especificamente com a
substância que induzir sua produção e formam o braço
humoral da resposta imune
Após exercício de alta e média intensidade, tem sido
descrito aumento das imunoglobulinas séricas. Este
aumento de imunoglobulinas é decorrente do afluxo de
proteínas do extra para o intravascular, principalmente
por linfa rica em imunoglobulinas.
ADAPTAÇÃO CRÔNICA AO EXERCÍCIO E A RESPOSTA IMUNE.
NEUTRÓFILOS:
O exercício de alta intensidade provoca queda do número de
neutrófilos. Há controvérsias na literatura quanto sua capacidade
funcional: Alguns dizem que demonstram diminuição da produção dos
reativos intermediários do oxigênio e na diminuição na capacidade
microbicida. Outros dizem que demonstram maior capacidade
quimiotática e da fagocitose.
MONÓCITO/MACRÓFAGO:
Assim como no exercício agudo, há um aumento da atividade do
macrófago. Resultou no aumento da atividade enzimática lisossomal,
atividade metabólica e atividade fagocítica de macrófagos peritoneais.
CÉLULAS NK:
A alteração funcional da célula NK é bastante evidente,
ocorrendo aumento da atividade citotóxica.
LINFÓCITOS:
A resposta proliferativa da célula T é maior no idoso treinado,
comparado a indivíduos não treinados.
INFECÇÃO E EXERCÍCIO
O exercício de média intensidade está
associado a diminuição de episódios de
infecções, possivelmente decorrente a melhora
de funções do neutrófilo, macrófago e células
NK.
Porém, quando praticado além do limite, se
associa a aumento da incidência de doenças
infecciosas das vias aéreas superiores.
EXCESSO DE CONSUMO DE O2 PÓS EXERCÍCIO
Modificações orgânicas para suprir o oxigênio utilizado
em excesso durante o exercício:
Trabalho extra para dissipação do calor
Energia necessária para músculos respiratórios e
cardíacos, desde que a freqüência cardíaca e respiratória se
mantêm elevadas.
Maior permeabilidade de K+ e Na +, que implica em uma
maior ação da bomba de Na + /K +.
Estimulação mitocondrial induzida pelos íons Ca + +.
CÂNCER E EXERCÍCIO
O exercício físico tem se mostrado benéfico no controle,
tratamento e prevenção de diversas doenças principalmente
cardiovasculares e metabólicas.
Uma das doenças que vem tendo resultado na prevenção
é o Câncer. Está associado ao sedentarismo, pessoas que
praticam atividade física diminuem consideravelmente a
possibilidade de desencadear câncer como mama, colo e reto.
Com a elevação do padrão imunológico podem mostrar
diminuição significativa destes tumores.
A relação atividade física está interligada em
indivíduos que não estão associados à
imunossupressão.
A diminuição das neoplasias linforeticulares não
tem sido observada em indivíduos ativos. Desta forma
esclarece que alguns tipos de neoplasias podem ser
diminuídas com a prática de atividade física.
Sendo desta forma o efeito protetor da atividade
física no padrão imunológico pode acontecer em um
limiar extremamente baixo de atividade física e de
mínima magnitude.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PEREIRA, Luiz Fernando; ROSA, Bicudo Costa; VAISBERG, Mauro W.: Influências do exercício na resposta imune. Revista Brasileira Medicina do Esporte _ Vol. 8, Nº 4 – Jul/Ago, 2002. http://www.scielo.br/pdf/rbme/v8n4/v8n4a06.pdf
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LAMBERTUCCI, Rafael H.; PUGGINA, Enrico f.; PITHON-CURI, Tânia. Efeitos da atividade física em condições patológicas revista ciência e movimento, artigo de revisão http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/680/685
E, Randy; Elchner: Moléstias Infecto-contagiosas e prática de esportes. http://www.gssi.com.br/artigo/55/sse-21-molestias-infectocontagiosas-e-pratica-de-esportes