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Evolução Tecno industrial A revolução técnico industrial gerou muitas ferramentas que auxiliaram na melhora da qualidade de vida, deixando bem claro que muita tecnologia é desenvolvida para uso militar em guerra que passa por adaptações para o uso civil. Más toda essa melhora tecnológica também gerou muitos problemas no âmbito ambiental dado essa evolução que houve uma explosão de produção, não havendo conscientização ou preocupação com o meio ambiente e sim com o desenvolvimento. Esses problemas gerados nesta revolução até hoje são percebidos, muitos deles em processos inversiveis. Produção Manufatureira Manufatura é um sistema de fabricação de grande quantidade de produtos onde havia a divisão social do trabalho e algumas máquinas que precisavam do homem. Neste processo pode ser usado somente as mãos, como era feito antes da Revolução Industrial ou com a utilização de máquinas como passou a ocorrer após a Revolução Industrial. Durante a Revolução Industrial, houve grande avanço no modo de produção. O trabalho que antes era somente manual, passou a ser feito por máquinas, o que gerou uma maior produção em menor tempo. Além da utilização das máquinas, a manufatura passou a ter como marcante característica a utilização de um modo de trabalho em série, isso quer dizer que era feito etapa por etapa, e especializado, cada trabalhador tinha sua especialização numa área. No século XIX , os homens de negócio passaram a reunir trabalhadores em grandes galpões, fornecendo a eles a matéria-prima necessária e remunerando seu serviço. Nela, a oficina e as ferramentas pertencem ao capitalista e ocorre uma divisão do trabalho. Para obter um maior volume de produção é aplicada a técnica da divisão do trabalho. Desta maneira são economizados materiais, com aplicação de movimentos específicos, repercutindo assim numa maior velocidade de produção. A manufatura, podemos dizer, foi a forma mais desenvolvida de organização da produção que superou as Corporações de ofício no processo histórico de transição do modo de produção feudal para o modo de produção capitalista . Produção Mecanizada Antigamente os produtos eram feitos a mão em pequenas oficinas por um artesão. Chamava-se artesanato , e por ser a fonte de renda de muitas famílias, era-se usado o trabalho familiar, onde todos ajudavam. A partir do século XIX, a indústria teve-se um grande desenvolvimento . Foram criadas novas fábricas de

Evolução Tecno Industrial

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Page 1: Evolução Tecno Industrial

Evolução Tecno industrialA revolução técnico industrial gerou muitas ferramentas que auxiliaram na melhora da qualidade de vida, deixando bem claro que muita tecnologia é desenvolvida para uso militar em guerra que passa por adaptações para o uso civil. Más toda essa melhora tecnológica também gerou muitos problemas no âmbito ambiental dado essa evolução que houve uma explosão de produção, não havendo conscientização ou preocupação com o meio ambiente e sim com o desenvolvimento. Esses problemas gerados nesta revolução até hoje são percebidos, muitos deles em processos inversiveis.

Produção Manufatureira

Manufatura é um sistema de fabricação de grande quantidade de produtos onde havia a

divisão social do trabalho e algumas máquinas que precisavam do homem. Neste processo

pode ser usado somente as mãos, como era feito antes da Revolução Industrial ou com a

utilização de máquinas como passou a ocorrer após a Revolução Industrial.

Durante a Revolução Industrial, houve grande avanço no modo de produção. O trabalho que

antes era somente manual, passou a ser feito por máquinas, o que gerou uma maior produção

em menor tempo. Além da utilização das máquinas, a manufatura passou a ter como marcante

característica a utilização de um modo de trabalho em série, isso quer dizer que era feito etapa

por etapa, e especializado, cada trabalhador tinha sua especialização numa área.

No século XIX, os homens de negócio passaram a reunir trabalhadores em grandes galpões,

fornecendo a eles a matéria-prima necessária e remunerando seu serviço. Nela, a oficina e as

ferramentas pertencem ao capitalista e ocorre uma divisão do trabalho. Para obter um maior

volume de produção é aplicada a técnica da divisão do trabalho. Desta maneira são

economizados materiais, com aplicação de movimentos específicos, repercutindo assim numa

maior velocidade de produção. A manufatura, podemos dizer, foi a forma mais desenvolvida de

organização da produção que superou as Corporações de ofício no processo histórico de

transição do modo de produção feudal para o modo de produção capitalista.

Produção Mecanizada

Antigamente os produtos eram feitos a mão em pequenas oficinas por um artesão.

Chamava-se artesanato, e por ser a fonte de renda de muitas famílias, era-se usado o

trabalho familiar, onde todos ajudavam.

A partir do século XIX, a indústria teve-se um grande desenvolvimento. Foram criadas

novas fábricas de têxteis, tabaco, cerâmica, cortiça e vidro. Também chegaram

a Portugal máquinas movidas a vapor, onde a fonte de energia utilizada era o carvão,

fazendo com que o ritmo de trabalho fosse mais rápido.

Começou a utilizar-se da máquina para fazer o trabalho antes produzido pelos artesões.

Esse tipo de produção ficou conhecida por maquino fatura. Com o trabalho mecanizado,

era possível a produção em maior escala, com menor uso de mão de obra. Os turnos

trabalhistas eram extremamente longos e o operário trabalhava sob más condições e má

remuneração. Ao contrário do artesanato, onde, por ter um processo manual e demorado,

produziam-se peças únicas, em baixa escala e por um alto preço, na maquino fatura a

produção era em larga escala e quantidade. Devido ao molde das máquinas, as peças eram

todas iguais, perdendo-se a exclusividade das peças.

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O pioneirismo industrial Inglês

Toda vez que falamos sobre as origens da Revolução Industrial, apontamos a Inglaterra

como o país que inicialmente vivenciou as transformações que marcaram tal experiência

histórica. Sob tal aspecto, concluímos que o pioneirismo inglês na Revolução Industrial

não pode ser entendido como uma simples coincidência ou fruto da ação isolada de

grandes estudiosos que modernizaram os ambientes fabris.

Na verdade, para entender a industrialização inglesa, devemos inicialmente reconhecer

que este país experimentou transformações de ordem política que foram de grande

importância. Já no século XVII, a ascensão da burguesia naquele país foi combinada com o

desenvolvimento de um processo revolucionário que limitou os poderes da autoridade

real e ampliou a atuação do parlamento.

Sendo essencialmente controlado pela burguesia, o Parlamento Britânico tomou ações que

beneficiaram o desenvolvimento da navegação e a realização de vantajosos acordos

econômicos. Dessa forma, ao longo de todo esse período, vemos que a economia inglesa

experimentou um franco processo de expansão. Internamente, vemos que as riquezas do

país (como os minérios e as terras) foram visivelmente exploradas para o crescimento das

indústrias.Não bastando essas ações, podemos ver que o avanço do espírito investigativo lançado pelo pensamento iluminista deve ser igualmente valorizado para o entendimento desta revolução. Afinal de contas, em um curto espaço de tempo, vários estudiosos se debruçaram no aperfeiçoamento e na concepção de máquinas que catapultaram a produção de mercadorias. Em um espaço de tempo cada vez menor e com menos gastos, os produtos manufaturados eram concebidos em uma escala nunca antes imaginada. Ao reconhecer essas mudanças vividas na Inglaterra, percebemos que o país acumulou capitais suficientes para conduzir sua economia a um franco processo de expansão. Chegando ao século XVIII, o crescimento das cidades britânicas, a formação de uma imensa classe operária e o espalhamento de produtos ingleses pelos quatro cantos da Europa e da América revelavam o culminar de uma revolução que desenhou ao longo de várias décadas.

Oferta de mão -de- obra barata

A mão-de-obra das fábricas era constituída por antigos camponeses que haviam deslocado para as cidades, além de artesãos, que com o desenvolvimento industrial tiveram seus negócios arruinados. Eles formavam o grupo mais numeroso e pobre da população urbana.        Os operários, inclusive mulheres e crianças, eram super explorados: recebiam salários baixíssimos, as condições de trabalho eram extremamente duras e a jornada de trabalho podia chegar a 14 horas diárias. Além disso, eram proibidos de se associarem para reivindicar seus direitos.Como podemos verificar, as relações entre os proprietários das indústrias (alta burguesia) e os operários eram de exploração extrema. E forma essas relações que deram origem aos movimentos operários. Foi também a partir da constatação de profundas desigualdades sociais que vários pensadores sociais passaram a se opor ao liberalismo econômico.

Aproveitamento das condições naturais

As condições naturais ou geográficas concorreram também na conjugação das condições

necessárias para o arranque deste processo em Inglaterra: a existência de carvão (esta

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primeira fase industrial chamar-se-á mesmo "do carvão") e ferro em abundância no

subsolo britânico e de rios (perto das minas) foi uma das bases desta mutação.

Bons portos, canais e condições de transporte secundaram as capacidades naturais da

Inglaterra no século XVIII, facilitando o escoamento e a circulação de produtos, para além

das trocas internacionais ou coloniais. Alguns historiadores referem a Revolução

Industrial inglesa como servindo de ponto de partida para uma denominada revolução dos

transportes, visível quer na construção de uma rede de canais quer na construção

contínua de milhares de quilômetros de caminhos-de-ferro, principalmente no século XIX.

Expansão da Revolução Industrial

A industrialização na Europa: a partir de 1815Até 1850, a Inglaterra continuou dominando o primeiro lugar entre os países

industrializados. Embora outros países já contassem com fábricas e equipamentos

modernos, esses eram considerados uma "miniatura de Inglaterra", como por exemplo os

vales de Ruhr e Wupper na Alemanha, que eram bem desenvolvidos, porém não possuíam

a tecnologia das fábricas inglesas.

Na Europa, os maiores centros de desenvolvimento industrial, na época, eram as regiões

mineradoras de carvão; lugares como o norte da França, nos vales do Rio Sambre e Meuse,

na Alemanha, no vale de Ruhr, e também em algumas regiões da Bélgica. A Alemanha

nessa época ainda não havia sido unificada. Eram 39 pequenos reinos e dentre esses a

Prússia, que liderava a Revolução Industrial. A Alemanha se unificou em 1871, quando a

Prússia venceu a Guerra Franco-Prussiana.

Fora estes lugares, a industrialização ficou presa:

às principais cidades, como Paris e Berlim;

aos centro de interligação viária, como Lyon, Colônia, Frankfurt, Cracóvia e Varsóvia;

aos principais portos, como Hamburgo, Bremen, Roterdã, Le Havre, Marselha;

a polos têxteis, como Lille, Região do Ruhr, Roubaix, Barmen-Elberfeld (Wuppertal),

Chemmitz, Lodz e Moscou;

e a distritos siderurgicos e indústria pesada, na bacia do rio Loire, do Sarre, e da Silésia.

De 1830 a 1929 : A Expansão pelo mundoApós 1830, a produção industrial se descentralizou da Inglaterra e se expandiu

rapidamente pelo mundo, principalmente para o noroeste europeu, e para o leste dos

Estados Unidos da América. Porém, cada país se desenvolveu em um ritmo diferente

baseado nas condições econômicas, sociais e culturais de cada lugar.

Na Alemanha com o resultado da Guerra Franco-prussiana em 1870, houve a Unificação

Alemã que, liderada por Bismarck, impulsionou a Revolução Industrial no país que já

estava ocorrendo desde 1815. Foi a partir dessa época que a produção de ferro fundido

começou a aumentar de forma exponencial.

Na Itália a unificação política realizada em 1870, à semelhança do que ocorreu na

Alemanha, impulsionou, mesmo que atrasada, a industrialização do país. Essa só atingiu ao

norte da Itália, pois o sul continuou basicamente agrário.

Muito mais tarde, começou a industrialização na Rússia, nas últimas décadas do século

XIX. Os principais fatores para que ela acontecesse foram a grande disponibilidade de

mão-de-obra, intervenção governamental na economia através de subsídios e

investimentos estrangeiros à indústria.

Nos Estados Unidos a industrialização começou no final do século XVIII, e foi somente após

a Guerra da Secessão que todo o país se tornou industrializado. A industrialização

relativamente tardia dos EUA em relação à Inglaterra pode ser explicada pelo fato de que

nos EUA existia muita terra per capita, já na Inglaterra existia pouca terra per capita, assim

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os EUA tinham uma vantagem comparativa na agricultura em relação à Inglaterra e

consequentemente demorou bastante tempo para que a indústria ficasse mais importante

que a agricultura. Outro fator é que os Estados do sul eram escravagistas o que retardava a

acumulação de capital, como tinham muita terra eram essencialmente agrários, impedindo

a total industrialização do país que até a segunda metade do século XIX era constituído só

pelos Estados da faixa leste do atual Estados Unidos.

Primeira etapaA primeira etapa da industrialização foi gerada pela Revolução Comercial, realizada entre

os séculos XV e XVIII, principalmente em alguns países da Europa centro-ocidental. Para

esses países, a expansão do comércio internacional trouxe um extraordinário aumento da

riqueza, permitindo a acumulação de capitais capazes de financiar o progresso técnico e

alto custo da instalação de industrias.

A burguesia européia, fortalecida com o desenvolvimento dos seus negócios, passou a se

interessar pelo aperfeiçoamento das técnicas de produção e a investir no trabalho de

inventores na criação de máquinas e experiências industriais.

Além disso, a Revolução Comercial resultou num aumento incessante de mercados, isto é,

do lugar geográfico das trocas.

A ampliação das trocas, que a partir do século XVI os europeus passaram a realizar em

escala planetária, levou a radical alteração nas formas de produzir de alguns países da

Europa ocidental.

Com a expansão do comércio, o trabalho artesanal, realizado com ferramentas, típico das

corporações de ofício, foi sendo substituído por um trabalho mais dividido, que exigiu a

utilização de máquinas numa escala crescente. A produtividade foi incomparavelmente

maior. Na França, por exemplo, os sapatos eram produzidos de forma artesanal: um

mesmo artesão cortava, costurava, ou seja, realizava sozinho diversas tarefas que

resultavam na fabricação de um sapato. Depois da extinção das corporações e do

crescimento do mercado, cada operário no interior das fábricas nascentes foi

especializado numa determinada tarefa.

Muito cedo verificou-se que maior produtividade e maiores lucros para os empresários

poderiam ser obtidos acrescentando-se ao trabalho dividido o emprego de máquinas em

larga escala. A sociedade industrial caracterizou-se fundamentalmente pela utilização

sistemática de maquinário na produção e no transporte de mercadorias. Para

compreender a importância das máquinas, basta lembrar que elas, ao contrário das

ferramentas, realizam trabalho utilizando basicamente forças da natureza, como o vento, a

água, o fogo, o vapor, e um mínimo de força humana. Alguns pensadores afirmam que a

humanidade realizou seus maiores progressos criando máquinas para utilizar as energias

da natureza. O progresso se realizou nos momentos em que a humanidade conseguiu fazer

as forças da natureza trabalharem por ela por meio das máquinas. A exigência de produzir

mais, com o aumento das trocas, praticamente “forçou” o progresso técnico, que passou a

constituir um dos traços mais significativos do moderno e contemporâneo.A primeira fase

da revolução industrial (1760-1860) acontece na Inglaterra. O pioneirismo se deve a

vários fatores, como o acúmulo de capitais e grandes reservas de carvão. Com seu poderio

naval, abre mercados na África, Índia e nas américas para exportar produtos

industrializados e importar matérias-primas. Ao longo dos séculos XVI, XVII E XVIII, houve

o acúmulo de capitais em mãos de um pequeno grupo investidor. Esses capitais provinham

do comércio colonial, do contrabando, do tráfico de escravos, de transações com outros

países. Esses capitais eram igualmente acumulados através de operações no setor da

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produção agrícola. Esses capitais não eram atingidos por tributos elevados e desde o

século XVII dispunham de uma empresa bancária sólida o Banco da Inglaterra , onde

inclusive poderiam ser depositados com amplas garantias, sem se esquecer a possibilidade

de obtenção de créditos.

Segunda etapaA segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países

como Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do aço, a

utilização da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do

motor a explosão, da locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos foram

as principais inovações desse período.