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Hamilton Hissa PereiraExtensionista
Eventos deMortandade dePeixes no Rio de
Janeiro
FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESCA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
GOVERNADOR
LUIZ FERNANDO DE SOUZA PEZÃO
VICE-GOVERNADOR
FRANCISCO DORNELLES
SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL, ABASTECIMENTO E PESCA
JOSÉ LUIZ ANCHITE
DIRETOR PRESIDENTE
JOSÉ ESSIOMAR GOMES DA SILVA
DIRETOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
JORGE IRINEO DA COSTA
DIRETOR DE PESQUISA E PRODUÇÃO
AUGUSTO PEREIRA
LOCAL DE FÁCIL ACESSO, AMBIENTE ESTRUTURADO, COORPORATIVO E INFORMATIZADOFACILITANDO O ATENDIMENTO AO PÚBLICO
EQUIPE DO ERMKARINE PINTO – CHEFE DO ESCRITÓRIO
ANALISTA DE RECURSOS PESQUEIROSLUCIANA FUZETTI
EXTENSIONISTASHAMILTON HISSA
HELAINE FLORPAULO VIANNA
THIAGO MODESTO
ESCRITÓRIO REGIONAL METROPOLITANO I - ERM
Praça Fonseca Ramos, s/ n°Sobreloja, Rodoviária Roberto SilveiraNiterói, RJTel: 27055287
Atendimento:Segunda a Sexta feira, de 9 às 18 horas
POSSÍVEIS CAUSAS DA MORTANDADE DE PEIXES
• Hipóteses teóricas baseadas em conhecimentosbásicos das espécies de peixes e relatos depescadores da região.
• Incertezas da real causa da mortandade, em virtudeda falta de análises específicas.
• Eventos catastróficos possivelmente ocorreram porcausa do sinergismo de diversos fatores.
• Características da(s) espécie(s) afetada(s)
• Condições ambientais que marcaram o evento
POSSÍVEIS CAUSAS DA MORTANDADE DE PEIXES
• RAZÕES FISIOLÓGICAS
Altas Temperaturas: ↑ Metabolismo, ↑ Demanda deoxigênio e alimento↑ Temperatura, ↓ O.D
Espécies têm diferentes graus de tolerância à Hipoxia.Cada espécie tem uma faixa de tolerância térmica.
↑ Salinidade: estiagem.
SAVELHA
Brevoortia aureaFaixa de distribuição biogeográfica da savelha
Espécie pelágica; Formadora de grandes cardumes; da família dasardinha (Clupeidae); Alimenta-se de organismos planctônicosretidos no filtro formado pelos rastros branquiais; Possui baixovalor comercial.
• RAZÕES ECOLÓGICASRede Trófica: SAVELHA↓PREDADORES
• RAZÕES ECOLÓGICASRede Trófica: SAVELHA↓COMPETIDORES
• RAZÕES ECOLÓGICASRede Trófica: SAVELHA↓Disponibilidade de Alimentos(Plâncton)
2014:↓Produ vidade Primária (Ressurgência e Aportede Rios)
• DOENÇASPossivelmente agravadas por fatores estressantes,como elevada temperatura e baixa qualidade da água,má nutrição dos indivíduos e uma superpopulação(savelha, tilápia).
Baía de Guanabara
Baía de Guanabara• Bacia da Baía de Guanabara: Área de 4 000 km², quase 12 milhões de
habitantes, municípios: Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo,Nilópolis, São Gonçalo, Magé, Guapimirim, Itaboraí, Tanguá e partes dosmunicípios do Rio de Janeiro, Niterói, Nova Iguaçu, Cachoeiras de Macacu,Rio Bonito e Petrópolis.
• Presença de 14 000 indústrias dos ramos de processamentos de alimentos ebebidas, têxteis e vestuário, metalúrgicas, químicas e petroquímicas.
• Esgoto doméstico, lixo, resíduos químicos, metais pesados, derramamentosde óleo, aterramentos, assoreamento, destruição de manguezais e dasmatas ciliares.
• Poluição ambiental traz grandes riscos à saúde da população, além de trazerprejuízos econômicos às áreas como a pesca, turismo, lazer, etc.
• Mortandade em Outubro e Novembro de 2014 e Fevereiro de 2015(principalmente savelha).
Lagoas costeiras• Alterações urbanísticas: diminuição da área original e dos canais de
escoamento de água pluvial, além de lançamento de efluentes domésticos eindustriais – Eutrofização
Possíveis causas da mortandade de peixes em lagoas:1. baixa renovação e estratificação das águas. Decomposição bacteriana da
matéria orgânica junto ao fundo torna essa camada anaeróbica e com odorfétido (H2S e CH4);
2. enriquecimento de nutrientes que são utilizados pelo fitoplâncton nafotossíntese, produzindo oxigênio como produto final. A respiração dessasmicroalgas durante a noite consume oxigênio, resultando na mortandade;
3. microalgas, principalmente cianobactérias, em grande quantidadeproduzem compostos tóxicos letais para os demais organismos.
Lagoa Rodrigo de Freitas
Lagoa Rodrigo de Freitas• A mais urbanizada do Rio de Janeiro, abastecida por águas pluviais e pelos
rios Cabeça, Macacos e Rainha. Espelho d'água de 2,2km², profundidademédia de 2,8m e 7,8km de perímetro, volume aproximado de 6.200.000m³.
• Nível da água controlado por três comportas e apenas uma ligação com omar, Jardim de Alah, um estreito canal de 835m, assoreado que recebebaixa circulação de águas do mar.
• Fontes de contaminação: despejo de esgoto na rede pluvial, vazamentos,despejos ou acidentes em postos de combustível e poluição atmosférica.
• Fatores ambientais como frentes frias, ventos fortes e chuvas promovem aremobilização do lodo e a oxidação da matéria orgânica na coluna d’água,reduzindo os níveis de OD e levando à mortandade de peixes.
• Mortandade em Abril de 2015 após forte ventania e chuva (principalmentesavelha).
Lagoas de Maricá
Sistema Lagunar de Maricá-Guarapina• As lagoas de Maricá totalizam 37,7km²: Maricá (19,05km²); Barra (9,0km²);
Padre (2,7km² ) e Guarapina (6,5km² ). Ligação com o mar através do Canalda Costa e de Ponta Negra.
• Desaparecimento da Laguna de Bocopari, em frente ao bairro Zacarias.
• Os principais problemas ambientais são: Assoreamento das lagoas;Diminuição do espelho d’água; Lançamento de aterro clandestino; Lançamentode esgoto in natura; Permissão de construção residencial em faixa marginal deproteção de lagoa.
• Mortandade na lagoa de Maricá em Fevereiro de 2015 após forte ventania(“lestada”), o nível da lagoa estava muito baixo, a temperatura elevada ehavia muitas algas filamentosas: Morte de bagre; parati; tainha; robalo,savelha e peixe rei e ulcerações em tilápia e acará-uma.
Lagoa de Araruama
Lagoa de Araruama• Maior lagoa hipersalina do mundo (área aproximada de 210km2). A
evaporação é superior à precipitação e apresenta pouco aporte de rios eriachos. A comunicação com o mar se dá através do Canal de Itajuru, deaproximadamente 17 km de extensão.
• Possui rica biodiversidade e grande importância socioeconômica, comdestaque para a pesca, o lazer e a prática de esportes náuticos.
• Os principais problemas ambientais são: Lançamento de esgoto (“coleta atempo seco”) – redução do OD, proliferação de algas (Tetraselmis sp) eentupimento das guelras.
• Mortandade em Fevereiro de 2015 após fortes chuvas (apenas savelha).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bartolino, V; Margonski, P; Lindegren, M; Linderholm, HW; Cardinale, M; Rayner, DWennhage, H; Casini, M. 2014. Forecasting fish stock dynamics under climate change:Baltic herring (Clupea harengus) as a case study. Fisheries Oceanography, 23(3), 258-269
Lima, CAI; Viegas, MO; Bernstein, A. 2014. O impacto da urbanização em Lagoas do Riode Janeiro: estudo de caso sobre as Lagoas Rodrigo de Freitas e de Araruama.http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/meioambiente/0045.html
Nakashima, LS; Prantera, MT. 2006. Estudo da poluição da baía de Guanabara. Saúde &Ambiente em Revista, Duque de Caxias, 1(2), 86-96
Small, K; Kopf, RK; Watts RJ; Howitt J. 2014. Hypoxia, Blackwater and Fish Kills:Experimental Lethal Oxygen Thresholds in Juvenile Predatory LowlandRiver Fishes. PLoS ONE 9(4): e94524. doi:10.1371/journal.pone.0094524
Sousa, LGR; Miranda, AC; Medeiros, HB. 2013. O sistema lagunar de Maricá: um estudode impacto ambiental. IX Fórum Ambiental da Alta Paulista, 9(2), 153-165