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Ética no Jornalismo
Pedro Luiz de Oliveira Costa Bisneto
- Never been done before don’t make it illegal.- Yes, but is it ethical?
Damien, Omen II
Quentin Tarantino“Quentin Jerome Tarantino (Knoxville, 27 de março de 1963) é um diretor, ator e roteirista de cinema dos Estados Unidos da América. Ele alcançou a fama rapidamente no início da década de 1990 por seus roteiros não-lineares, diálogos memoráveis e o uso de violência que trouxeram uma vida nova ao padrão de filmes familiares norte-americanos”.
In http://pt.wikipedia.org/wiki/Quentin_Tarantino
Considerações Finais NÃO existe ética na imprensa
(com as devidas exceções que confirmam a regra)
Collor foi vitima da ESPETACULARIZAÇÃO da mídia, apesar de tudo, seria possível ele prosseguir o seu mandato até o fim
NÃO há necessidade de existência do poder legislativo a nível municipal, suas funções poderiam ser exercidas plenamente pelo poder judiciário e outros órgãos (inclusive a mídia com sua função de “watch dog”)
Uma mão lava a outra Enquanto o Estado e os políticos
precisam da mídia para obterem prestígio perante a opinião pública
A mídia precisa do Estado e dos políticos para se favorecer com leis, concessões e verbas publicitárias
E como diria Venício Lima... Em primeiro lugar a mídia leva em
consideração OS SEUS PRÓPRIOS INTERESSES que são os índices de audiência, a tiragem do jornal, a carga publicitária, enfim, o seu valor mercadológico
A mídia também preza o seu valor IDEOLÓGICO como órgão formador de opinião publica (ex. Rev. Veja)
Em suma, é MITO afirmar que a mídia trabalha em defesa dos interesses da coletividade
- Don’t worry. We have journalists, we gonna smash him.
The Devil’s Advocate
Introdução
Cine Session: O ideal versus A imprensa A ética do poder
Ben Parker “A great power comes great
responsability” “Um grande poder tráz grande
responsabilidade”
J. J. Jamenson “He’s a criminal! I tell he is” “What is he doing on MY front page?” (He’s
news) “Tip on cheaper” “Move Conway to page 7 ... with 10% off, I
make for 5%” “He wanna be famous, we gonna make him
‘in’famous’ ” Autoritarismo: “Get out of here!” Sensacionalismo: “We published a picture of
Julia Roberts in a tongue” “Why he wears a mask? What’s he gets to
hide?”
Eugênio Bucci “Todo poder emana do povo, portanto
o povo precisa ter informação para poder delegar poder, portanto a informação é um direito fundamental do cidadão”.
“O jornalismo deve ser um veículo isento de informação para que o público chegue as suas próprias conclusões”.In “Jornalismo Sitiado”; Módulo: “O papel da mídia na sociedade digital”.
Noam Avra Chomsky “Uma corporação moderna (...) é tão próxima
do ideal totalitário quanto qualquer instituição construída pelo homem. As decisões são tomadas no topo, transferidas para os burocratas (gerentes) em sucessivos níveis inferiores e, finalmente, executadas pelos funcionários que apenas seguem ordens. Essas tiranias privadas são em grande parte não-explicadas ao público”.
In Revista Cult nº 116 (pp 10-11). SP: Bregantini, Agosto de 2007.
Renato Ortiz “(...) os interesses dos militares e dos
empresários brasileiros se articulam para a derrubada de Goulart. (...) Se lembrarmos que a partir de 1966 é dado um incentivo real à fabricação de papel, e facilitada a importação de novos maquinários para edição, percebemos claramente que existe uma gama de interesses comuns entre Estado autoritário e o setor empresarial do Livro” (pp. 117).
“Em 1965 é criada a EMBRATEL, que inicia toda uma política modernizadora para as telecomunicações. Neste mesmo ano o Brasil se associa ao sistema internacional de satélites (INTELSAT), e em 1967 é criado o Ministério das Comunicações” (pp. 117-118).
“(...) um sistema de comunicações economicamente forte, dependente da publicidade, passa no caso brasileiro necessariamente pelo Estado” (pp. 121).
You’ve concerned that you could but haven’t thought if you should.
Unknown person
Vera Chaia “(...) a idéia implícita do agenda-
setting é (...) adotar (3) (...) enquadramentos positivos e negativos sobre temas, acontecimentos e atores (sic!) constrói atributos (...) sobre esses objetos (...)”
2004: 12
Modelos de Agenda-Setting Bottom-up: a mídia exerce um papel
de comunicação entre políticos e público, não sendo formadora de opinião
Top-down: a elite política determina o agendamento dos temas tratados pela imprensa
Mediacracy: a mídia influi na agenda política
2004: 12-13
O mito “(...) a imprensa se apresenta
como ‘independente’, ‘autônoma’ e ‘fiscalizadora’; a visão ‘apolítica’ dos meios de comunicação (...)”.
2004:15
A opinião pública (...) os meios de comunicação de
massa, principalmente a imprensa escrita, exercem papel fundamental nas sociedades democráticas (...) são (...) formadores quanto veículos de expressão da opinião pública”.
2004:15
Sensacionalismo “As formas usadas freqüentemente de fazer
as notícias mais interessantes para o público incluem (...) enfatizar dramas e conflitos; concentrar-se em acontecimentos concretos (...) personalizar as notícias apresentando pessoas concretas na representação das instituições (...) reduzir assuntos à simples histórias com moral”.
“As notícias são uma forma de se contar ‘estórias’ (...) ênfase especial nos aspectos mais dramáticos da política. A principal preocupação do jornalismo é com a novidade, o invulgar e o sensacional”.2004:16
Outros tópicos Função “watch dog” – pp 19 “As notícias sobre a política serão
construídas a partir da escolha pessoal dos jornalistas (...) à linha diretriz traçada pelos proprietários desta empresa”. 2004:19
Manipulação da mídia – pp 20 Relação mídia/política – pp 21 Uso midiático das CPI – pp 21
A pérola 2004:68
“(...) porque o rádio em 20 era muito incipiente e a televisão só surgiria em 1927 (sic!)”.
Brasil Vita (PPB)
Não dá para ser ético no trabalho e não ser na vida pessoal ou vice-versa. Ético, ou você é ou não é. Ética, ou você tem ou não tem.
Profª Débora Burini
Mario Sergio Conti Editor da revista Veja (editoria
política) na ocasião dos fatos narrados em seu livro
Foi também editor do Jornal do Brasil
Perspectivas Estudo “A la Chomsky”: Livro mostra a
intensa relação entre políticos e jornalistas, o “mundo pequeno” dos jornalistas e dos articuladores políticos
A perspectiva da sociedade do espetáculo, do príncipe eletrônico (ex. IstoÉ, pp 422)
As editorias dos veículos, sobretudo os impressos versus a visão dos jornalistas(ex. O Estado de S. Paulo – 2º turno, pp 244-245)
“Eles” brincam, brigam com os veículos de mídia como a criança brinca com a arma do pai
Relato histórico Collors de Melo, Maltas, Farias Octavio Frias de Oliveira, Octavio Frias Filho
(Folha) Manoel Francisco Brito, Marcos Sá Correa,
Ancelmo Góis, Mario Rosa (JB) Ruy Mesquita, Julio Mesquita (Estadão) Roberto Civita, Orlando Brito, Kaíke Nannes
(Veja) Roberto Marinho, João Roberto Marinho, Ali
Kamel, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, Roberto Irineu, Armando Nogueira, Alberico Souza Cruz, Vianey Pinheiro (Globo)
Domingo Alzugaray, Mino Carta (IstoÉ) João Saad, Marília Gabriela (Bandeirantes) Silvio Santos, Jô Soares e Bóris Casoy (SBT)
“Invasão” da Folha Polícia Federal invade a Folha de
S. Paulo em 24/03/90 com base nas medidas do recém empossado presidente
Folha responde com editoriais e matérias comparando Collor à Mussolini
Rupturas institucionais Collor centraliza a verba de publicidade do
governo na mão do seu secretário, incluindo empresas estatais, antes descentralizadas desde o governo Geisel
Jornalista Gustavo Kieger desvenda uma série de contratos publicitários de estatais sem licitação junto à agencias que financiavam sua campanha, fatos publicados na Folha de S. Paulo
Collor processa civilmente a Folha e diminui capital publicitário de diversas agências ligadas a seus opositores e à José Sarney
Carta ao Presidente Carta de Frias Filho à Collor, pp
453 Editorial de 1ª página Coloca a opinião pública em prol
da Folha, Collor não se manifesta Collor perde a disputa judicial
Vale-tudo Repórter Mário Rosa do Jornal do
Brasil ludibria funcionário deficiente físico e rouba a senha do sistema de contabilidade do governo
No diretório de Suplicy, faz pesquisas e descobre rombo financeiro nas contas da LBA, presidida pela 1ª Dama Rosane Collor
Os fins justificam os meios? Kaíke Nanne – Repórter da Veja Vai atrás das declarações de
renda de Paulo César Farias “Persuade” um promotor do
ministério público a lhe entregar uma cópia do processo contra PC
pp 548
Esquema “primeira-capa” Como um político negocia a sua
aparição na imprensa, se aproveitando de um escândalo governamental
RENAN CALHEIROS sustenta que Collor estava ciente de todas as atividades de PC Farias
Revista Veja (pp 572/573)
Eriberto, um perdido Atrás de furo jornalístico, IstoÉ (Mino Pedrosa
– Fotógrafo) chega à Eriberto França Motorista da Casa da Dinda Fornece provas documentais que ligam Collor
à PC Farias Além da matéria “bombástica” da revista
IstoÉ, Eriberto depõe na CPI Seu depoimento é o elo definitivo que
incrimina Collor no relatório final da CPI pp 586
Você sabe o que diferencia o homem do animal?
A
ÉTICAEliane (Psicóloga)
Referências CHAIA, Vera. Jornalismo e política, escândalos e relações de
poder na Câmara Municipal de São Paulo. São Paulo: Hacker, 2004.
CHOMSKY, Noam. Chomsky, o mestre do contra (entrevista) In Revista Cult nº 116 (pp 10-11). SP: Bregantini, Agosto de 2007.
CONTI, Mario Sergio. Notícias do Planalto – A imprensa e Fernando Collor. São Paulo: Cia das Letras, 1999.
Jornalismo sitiado. Curadores: Eugênio Bucci e Sidnei Basile. LogOn: São Paulo, 2007.
ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1988.
Outras referências WIKIPEDIA, A enciclopédia livre.
http://pt.wikipedia.org/, Novembro de 2007.Filmes:
Damien, Omen II. Dir. Don Taylor. E.U.A.: 20th Century Fox, 1978.
Superman. Dir. Richard Donner. E.U.A.: Warner Brothers, 1978.
The Devil’s Advocate. Dir. Taylor Rackford. E.U.A.: Warner Brothers, 1998.
The Spider-Man. Dir. Sam Raimi. E.U.A.: Columbia Pictures, 2002.
A curiosidade matou o gato, assim como a ética matou o ético.
P.L.O.C. Bisneto