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ETANOL: ABASTECIMENTO (/N/ETANOL/MERCADO/ABASTECIMENTO/) novaCana.com 07 Mar 2016 12:03h Evolução das margens de distribuidoras e postos sobre o preço do etanol das usinas Email Facebook Twitter Linkedin Imprimir Os preços cobrados pelo etanol vêm alcançando níveis recordes de desvantagem para o consumidor. As consecutivas altas nos preços fizeram com que o biocombustível atingisse umas das mais negativas relações com a gasolina dos últimos anos. Apesar do cenário, dados compilados pelo novaCana indicam que o aumento sofrido nos postos poderia ser ainda maior. Em uma relação feita pela primeira vez pelo portal, que compara os preços do etanol nos diversos elos da cadeia, percebe-se um encolhimento das margens nas distribuidoras e nos postos frente à alta verificada nas usinas. Entre os dias 21 a 27 de fevereiro, o etanol hidratado no varejo do estado de São Paulo foi comercializado, em média, por R$ 2,700. O valor é 39,29% maior que preço de venda cobrado pelas usinas de R$1,938 no mesmo período.

ETANOL: ABASTECIMENTO … · Na semana passada, a relação dos valores de comercialização nos postos chegou a uma margem de 60,27% em relação aos preços praticados pelas usinas

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ETANOL: ABASTECIMENTO (/N/ETANOL/MERCADO/ABASTECIMENTO/)

novaCana.com ● 07 Mar 2016 ● 12:03h

Evolução das margens de distribuidoras e postos sobre o preço doetanol das usinas

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Os preços cobrados pelo etanol vêm alcançando níveis recordes de

desvantagem para o consumidor. As consecutivas altas nos preços fizeram

com que o biocombustível atingisse umas das mais negativas relações com a

gasolina dos últimos anos.

Apesar do cenário, dados compilados pelo novaCana indicam que o aumento

sofrido nos postos poderia ser ainda maior. Em uma relação feita pela

primeira vez pelo portal, que compara os preços do etanol nos diversos elos

da cadeia, percebe-se um encolhimento das margens nas distribuidoras e nos

postos frente à alta verificada nas usinas.

Entre os dias 21 a 27 de fevereiro, o etanol hidratado no varejo do estado de

São Paulo foi comercializado, em média, por R$ 2,700. O valor é 39,29% maior

que preço de venda cobrado pelas usinas de R$1,938 no mesmo período.

Quando comparado aos preços praticados em dezembro de 2015, a diferença

é maior. No final do ano passado, o preço do etanol praticado nos postos do

estado de São Paulo variava em de 48% a 50% sobre os valores de

comercialização nas usinas.

A relação nestes primeiros meses de 2016 tem sido mais ou menos essa em

São Paulo: mesmo os preços aumentando nas usinas, o reflexo na ponta final

da cadeia não chega na mesma intensidade, com as margens de preço na

comparação direta entre usinas e postos de gasolina ficando cada vez mais

espremidas.

Quando se percorre o caminho do comportamento dos preços, passando das

usinas para as distribuidoras, e destas para os postos, é possível perceber um

peso diferente nas margens praticadas.

No final de fevereiro, essa variação representou nas distribuidoras um

adicional de 22,63% aos preços das usinas, o que fez com que o etanol

comercializado pelas mesmas chegasse a R$2,377 em São Paulo.

Já no caso dos postos de combustível, a média adicionada ao preço de

comercialização das distribuidoras girou em torno de 13%, o que resultou nos

R$ 2,70, preço que o consumidor encontrou nas bombas de combustível na

semana passada.

Quando se analisa a variação de preços em fevereiro em cada um dos atores

da cadeia, a diferença nos reajustes também fica evidente. As variações

semana a semana fizeram com os preços das usinas encerrassem o mês de

fevereiro com um aumento de 4,41%. Nas distribuidoras, da primeira à

última semana do mês, os preços cobrados pelo etanol aumentaram 2,39%.

Desses reajustes, no entanto, apenas 1,53% chegou aos consumidores nos

preços nos postos até o final do período.

Em análise a esta variação de preços, o analista da FG/Agro, João Henrique

de Lima Rissi, percebe que, quando os valores cobrados pelo etanol nas

usinas sobem, o comportamento de distribuidoras e postos tende a ser

“errático”. O cenário é diferente quando há queda nos preços das usinas, e,

historicamente, há uma forte tendência de repassar os decréscimos ao

consumidor.

Por essa razão, segundo ele, é difícil indicar o que levam distribuidoras e

postos de combustíveis a segurarem os reajustes dos preços nesse momento.

“O comportamento atual deve estar relacionado mais a questões

mercadológicas do que de conjuntura”, pontua.

O fato das cotações na indústria ainda não terem, em sua totalidade, sido

repassadas ao consumidor final, raramente denota uma dificuldade de

venda, reforça o diretor da trading Bioagência, Tarcilo Rodrigues. “O

mercado está funcionando”, afirma.

Rodrigues segue na mesma linha do analista da FG/Agro e acredita que, se

essa é uma opção, a razão deve estar ligada a uma garantia de mercado.

“Seria uma estratégia das companhias distribuidoras e dos próprios postos

de gasolina. Há uma política de market share que pode ser interessante,

mesmo que se sacrifique um pouco de margem em determinados

momentos”.

Rodrigues, da Bioagência, reforça ainda que a relação de preços é gradativa.

É importante a observar que essa pode ser também uma questão relacionada

aos estoques, “que estão precificados em valores anteriores do mercado e

permitem esse tipo de trabalho”, pontua.

Além disso, ele assinala a diferença do tempo de atualização de cada elo da

cadeia. “Os valores são alterados diariamente nas usinas. Nas revendas eles

sofrem uma certa inércia, mas que certamente poderá se refletir em mais

aumentos nas semanas seguintes”, explica. O consultor também indica que o

preço do etanol para o consumidor pode sofrer ainda mais altas neste mês de

março.

Outros estadosO processo gradativo de reajuste de preços, citado por Rodrigues, fica mais

claro em Goiás. No estado, a margem de preços praticados pelos postos em

fevereiro vem acompanhando a curva ascendente dos valores cobrados

pelas usinas, após grande queda na relação de preços usinas-postos no mês

de janeiro.

Na semana passada, a relação dos valores de comercialização nos postos

chegou a uma margem de 60,27% em relação aos preços praticados pelas

usinas.

Já na variação acumulada de preços nos postos em fevereiro, os valores

repassados ao consumidor acumularam alta de 3,37%, valor maior do que os

aumentos verificados nas usinas, onde, no mesmo período, o reajuste foi de

1,46%. No mês de janeiro o movimento foi o contrário, os preços das usinas

acumularam altas de 12,42%, com uma fração de 8% de reajuste chegando ao

consumidor final.

No caso do Mato Grosso, na relação direta, os preços nos postos de gasolina

apresentam uma margem de 22,15% ao preço médio de comercialização nas

usinas. Quando se quebra a análise, passando também pelas distribuidoras,

ao contrário de São Paulo e Goiás, o peso maior dos repasses de preços fica

com os postos de combustível. O valor médio de repasse foi de 9,48% das

distribuidoras sobre o preço das usinas e de 11,57% nos preços ao consumidor

em cima dos valores das distribuidoras.

Além disso, o estado tem apresentando ao longo das semanas um

comportamento diferenciado em relação aos preços - com baixo aumento

nas usinas e variações negativas nos reajustes ao consumidor. Nas últimas

quatro semanas de fevereiro, os preços nas usinas acumularam um reajuste

de 0,19%, nas distribuidoras foram de 0,12%. Já o acumulado do mês dos

postos encerrou fevereiro com uma variação negativa de 1,05%.

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Marina Gallucci – novaCana.com

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