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ALIMENTOS E BEBIDAS NA RMR Estudo das interações entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas da Região Metropolitana do Recife Alexandre Rodrigues Alves Ecio de Farias Costa Evelyne Labanca Corrêa de Araújo Maria das Graças Alves Bezerra Thiago Suruagy de Melo

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ALIMENTOS E BEBIDAS NA RMR

Estudo das interações entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas

da Região Metropolitana do Recife

Alexandre Rodrigues Alves Ecio de Farias Costa

Evelyne Labanca Corrêa de Araújo Maria das Graças Alves Bezerra

Thiago Suruagy de Melo

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Cadeia de Valor de ALIMENTOS E BEBIDAS - RMR

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Conselho Deliberativo – Pernambuco

Associação Nordestina da Agricultura e Pecuária – Anap

Banco do Brasil – BB Banco do Nordeste – BNB

Caixa Econômica Federal – CEF

Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco – Faepe

Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Pernambuco – Facep

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco – Fecomércio

Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco – Fiepe

Instituto Euvaldo Lodi – IEL

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae

Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco – SDEC

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac/PE

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai/PE

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar/PE

Universidade de Pernambuco – UPE

Presidente

Josias Albuquerque

Diretor Superintendente

José Oswaldo de Barros Lima Ramos

Diretora Técnica

Ana Cláudia Dias Rocha

Diretora Administrativo-financeira

Adriana Tavares Côrte Real Kruppa

Comissão de Editoração Sebrae Pernambuco

Angela Miki Saito

Carla Andréia Almeida

Eduardo Jorge de Carvalho Maciel Fábio Lucas Pimentel de Oliveira

Janete Evangelista Lopes

Jussara Siqueira Leite

Unidade de Setores Econômicos

Alexandre Alves (gerente)

Evelyne Labanca Corrêa de Araújo (analista) Maria das Graças Alves Bezerra (analista) Thiago Suruagy de Melo (analista) Thaís Fonteles de Azevêdo Dias (estagiária) Twanny Emmanuelly Gomes de Oliveira (estagiária)

Projeto gráfico e diagramação

Evelyne Labanca Corrêa de Araújo - Unidade de Setores Econômicos

Consultoria

CEDES – Consultoria e Planejamento Ecio de Farias Costa (diretor)

©2016. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Pernambuco – Sebrae/PE. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.

Informações e contato

Sebrae/ PE – Unidade de Setores Econômicos

Rua Tabaiares 360 – Ilha do Retiro – Recife

Fone: +55 81 2101.8400 / Fax: +55 81 2101.8500

Internet: www.sebrae.com.br www.pe.sebrae.com.br

ALVES, Alexandre Rodrigues [et al] Alimentos e Bebidas: Estudo das interações entre os

pequenos negócios na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas da Região Metropolitana do Recife / Alexandre Rodrigues Alves, Ecio de Farias Costa, Evelyne Labanca Corrêa de Araújo, Maria das Graças Alves Bezerra, Thiago Suruagy de Melo – Recife: Sebrae, 2015. 60 p.

ISBN 000-00-00000-00-0

1. Cadeia de Valor. 2. Território. 3. Pequenos negócios. 4. SEBRAE. I Alves, Alexandre Rodrigues. II Costa, Ecio de Farias. III Araújo, Evelyne Labanca Corrêa. C. IV Bezerra, Maria das Graças Alves. V Melo, Thiago Suruagy.

CDD 000.00

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APRESENTAÇÃO

Com o objetivo de promover o conhecimento sobre e para os pequenos negócios, o SEBRAE Pernambuco apresenta um estudo analítico e prospectivo das interações entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas da Região Metropolitana do Recife (RMR). Para efeito de análise, definiu-se como área de estudo o território de abrangência da Unidade de Negócios da RMR do SEBRAE PE, com alguma variação de municípios em relação à territorialização definida pelo Governo de Pernambuco e outros órgãos oficiais.

O estudo aborda questões relativas à segmentação das atividades da Cadeia de Valor, desde a produção de insumos agrícolas e outras matérias primas, passando pelo beneficiamento de produtos, distribuição, comercialização, e serviços de suporte e de alimentação. Ainda, este estudo revela a concentração dessas empresas por município de Pernambuco, permitindo uma compreensão da especialização territorial.

Nesse sentido, o trabalho foi desenvolvido a partir de um escopo metodológico simples e objetivo, com base nas seguintes atividades:

Pesquisas nas bases de dados da Receita Federal, do IBGE, das associações empresariais e de classe, DIEESE, Agência CONDEPE/ FIDEM, e demais órgãos e instituições relacionados à Cadeia de Valor (como ABRAS, SASSEPE, Sindicatos, entre outros), visando consolidar um retrato das atividades de Alimentos e Bebidas no contexto nacional, regional e principalmente local, do território em questão;

Entrevistas a atores institucionais relevantes para a Cadeia de Valor como governos, associações, sindicatos, entidades e lideranças empresariais, formais e informais dos diversos segmentos, buscando identificar a percepção desses atores sobre os seus negócios, suas perspectivas de atuação e de crescimento, suas potencialidades, lacunas de desenvolvimento e capacidade de interação no território;

Incorporação dos conhecimentos e aprendizagem dos projetos do SEBRAE para as atividades da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas.

Este documento é dividido em cinco partes, mais Apêndice.

A parte 1 conceitua o que o SEBRAE Pernambuco entende por Cadeia de Valor do Território. A parte 2 trata da caracterização da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas. São aqui explorados dados econômicos e espacialização das atividades, com ênfase na Região Metropolitana do Recife, finalizando com uma análise da Cadeia de Valor realizada com suporte da metodologia SWOT.

Cadeia de Valor de ALIMENTOS E BEBIDAS

Região Metropolitana do Recife

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A parte 3 traz um conjunto de diretrizes de atuação para a Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas no território da RMR. Cada uma dessas diretrizes é desdobrada em um subconjunto de recomendações diretas, categorizadas de acordo com o ambiente potencialmente impactado – ambiente empresarial, ambiente setorial e ambiente sistêmico – sendo identificados também potenciais parceiros, para pautar a atuação integrada na Cadeia de Valor.

De modo a concluir o estudo, a parte 4 traz as considerações finais, sintetizando questões reveladas ao longo do trabalho, e a parte 5 reúne as principais referências bibliográficas utilizadas.

Os apêndices trazem (i) um conjunto de mapas com a espacialização desses pequenos negócios em Pernambuco, inclusive por camada de agregação de valor, e (ii) um formulário de questionário para ser aplicado anualmente com os pequenos negócios visando ao acompanhamento da evolução da Cadeia de Valor.

Com esse estudo, o SEBRAE Pernambuco tem satisfação de se colocar mais uma vez como parceiro dos brasileiros, dentro de sua missão de promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios, fomentando o empreendedorismo para fortalecer a economia nacional.

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SUMÁRIO

1 O que é uma Cadeia de Valor do Território para o SEBRAE Pernambuco? 7

2 A Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas 11

2.1 A Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas da Região Metropolitana do Recife em números 12

2.2 Matriz SWOT da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas da Região Metropolitana do Recife 18

3 Diretrizes e recomendações para melhoria da interação entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas da Região Metropolitana do Recife

24

3.1 Elaboração de estudos de aprimoramento das embalagens dos produtos fabricados no território 25

3.2 Aproximação de produtores rurais com minimercados, restaurantes, lanchonetes e outros potenciais compradores locais de seus produtos.

26

3.3 Fomento à realização de ações que estimulem a redução do diferencial da alíquota de ICMS para empresas enquadradas no Simples Nacional

27

3.4 Identificação e otimização dos mecanismos e sistemas de gestão financeira dos pequenos negócios 28

3.5 Realização de cursos de vendas e de qualidade no atendimento nos serviços de alimentação 29

3.6 Fomento à adequação de layouts, incluindo a organização e a exposição de produtos. 30

3.7 Promoção da culinária local existente, e estímulo à inovação no desenvolvimento de novos produtos, ingredientes e receitas.

31

3.8 Fomento à formalização dos pequenos negócios da Cadeia de Valor 31

3.9 Melhoria da representatividade nas negociações dos lojistas perante centros comerciais (shopping centers e galerias)

32

3.10 Estímulo à regulamentação e qualificação dos estabelecimentos de comida de rua na Região Metropolitana do Recife

33

3.11 Promoção da conscientização e adequação às normas sanitárias como medida educacional 34

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3.12 Difusão de linhas de crédito para capital de giro e investimentos fixos, e procedimentos de renegociação de dívidas específicos para os pequenos negócios

35

3.13 Fomento da internacionalização das empresas da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas 36

3.14 Fomento ao desenvolvimento da produção de alimentos orgânicos 36

3.15 Realização de pesquisa quantitativa anual junto às empresas da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas 37

4 Considerações finais 39

5 Referências 41

Apêndices 42

I CNAE que compõem a Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas na Região Metropolitana do Recife, por Camada de Agregação de Valor, em março de 2016.

43

II. Cartografia da distribuição espacial dos pequenos negócios da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas em Pernambuco

47

III. Questionário para aplicação com pequenos negócios da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas 53

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1. O que é uma Cadeia de Valor do Território para o SEBRAE Pernambuco?

Para efeitos desse estudo, o SEBRAE Pernambuco adota como entendimento de Cadeia de Valor do Território um conjunto de atividades econômicas fortemente relacionadas (incluindo empresas, setores e segmentos afins), constituído a partir da geração de valor para os pequenos negócios nele localizado1. Essas diversas atividades econômicas se articulam de modo integrado, em uma lógica produtiva, indo desde o fornecimento da matéria prima, passando pela transformação, distribuição, comercialização até a prestação de diversos serviços relacionados às várias fases de produção até o produto acabado.

O que diferencia essa abordagem de outras duas frequentemente utilizadas pelo Sistema SEBRAE (Arranjo Produtivo Local e Encadeamento Produtivo), é a maneira como essas diversas atividades se relacionam e inserem sua dinâmica, competitividade e sustentabilidade no território. (Quadro 1).

Arranjo Produtivo Local (APL) Encadeamento Produtivo Cadeia de Valor do Território

Aglomeração de empresas, localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, como governos, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa.

Estratégia de promoção da inserção de pequenos negócios em cadeias produtivas de grandes empresas, por meio de relacionamentos cooperativos de longo prazo e mutuamente atraentes, que tem como estratégia aumentar à competitividade, a cooperação, a competência tecnológica e de gestão das empresas.

Conjunto interligado de todas as atividades que criam valor, desde uma fonte básica de matérias-primas ou insumos, fornecedores de componentes ou serviços, produção (fabricação ou serviços), distribuição e varejo, consumo, atividades de pós-vendas, como assistência técnica e manutenção, até a coleta, eventual reciclagem de materiais e a destinação final.

QUADRO 1: Síntese dos conceitos de Arranjo Produtivo Local (APL), Encadeamento Produtivo e Cadeia de Valor, segundo entendimento do Sistema SEBRAE.

Fonte: SEBRAE, Arranjo Produtivo Local (2016). SEBRAE, Programa Nacional de Encadeamento Produtivo (2016). SEBRAE. ENCADEAR. Fórum de Encadeamento Produtivo. Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas (2016).

1 Baseado em Porter (1989).

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Na Cadeia de Valor do Território, as possibilidades de agregação de valor aos pequenos negócios devem ser desenvolvidas considerando três fatores:

(i) A interação física – a proximidade desempenhando papel relevante para os pequenos negócios, permitindo que eles atuem conjuntamente tanto para comprar e vender, mas também para agregar outras instituições, públicas ou privadas, de ensino, pesquisa e fomento, de modo a preencher lacunas de desenvolvimento que por ventura existam no território em questão.

(ii) A interação produtiva – o que é produzido nesse território, e como esses insumos e produtos podem primeiramente circular entre eles, diminuindo distâncias, otimizando custos e processos e, principalmente, gerando aprendizado a partir do conhecimento dos requisitos específicos de cada segmento e estágio de produção.

(iii) A interação social – quem produz e quem consome nesse território, como aproximar essas pessoas dentro de uma lógica de diminuição das distâncias entre oferta e demanda, inclusive identificando as lacunas para novos serviços e suprindo mercados existentes ainda não explorados.

Ou seja, na abordagem de Cadeia de Valor do Território, destaca-se a interação entre os agentes produtivos como aspecto mais relevante a ser tratado, primeiramente dentro de uma mesma Cadeia de Valor, mas também observando as potenciais relações com outras. Essa abordagem permite mudar o paradigma de territórios viáveis para territórios colaborativos, integrados, competitivos e cada vez mais sustentáveis.

A percepção da oportunidade de se trabalhar sob essa abordagem partiu de um estudo de localização das atividades econômicas dos pequenos negócios realizado pelo SEBRAE Pernambuco em 2015. Foram seis as Cadeias de Valor identificadas, cujo estudo foi desenvolvido a partir de uma estrutura metodológica simples e clara, descrita a seguir.

1ª. Etapa: Primeiro, foi feito um enquadramento preliminar dos municípios por região de atuação do SEBRAE/ PE, de modo a facilitar tanto na análise como nas recomendações de atuação territorial do SEBRAE e parceiros.

2ª. Etapa: Em seguida, foi realizada uma identificação das empresas optantes pelo SIMPLES na base da Receita Federal, considerando o CNAE da atividade econômica predominante desses pequenos negócios.

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3ª. Etapa: Nessa etapa, foi feita uma seleção das atividades econômicas mais relevantes no território, com maior número de empresas, de modo a permitir um retrato da base produtiva desses pequenos negócios no estado.

4ª. Etapa: Feito isso, foi realizada uma análise dessas atividades de modo a identificar aquelas que, por afinidade, se agregam em torno de grandes áreas temáticas de mercado, as chamadas Cadeias de Valor. A ideia é compreender, para fins dessa agregação, todo o processo de produção de insumos, de distribuição e transformação desses insumos em produto beneficiado, de comercialização e uso, bem como os serviços inerentes a cada etapa produtiva, inclusive de manutenção e engenharia reversa. Assim, seis Cadeias de Valor foram identificadas em Pernambuco, passíveis de serem trabalhadas de modo diferenciado pela relevância das atividades no território, e pela quantidade de empresas envolvidas. São elas: (i) Alimentos e Bebidas, (ii) Automotiva, (iii) Bem Estar, (iv) Construção Civil, (v) Moda e Confecção, e (vi) Turismo e Cultura.

5ª. Etapa: Identificados e selecionados o quantitativo de pequenos negócios por atividade econômica e por município nas Cadeias de Valor, foi realizado o enquadramento por faixas de quantidade de empresas, seguido do georreferenciamento dessas atividades econômicas por município. O resultado foram 36 mapas temáticos, seis por Cadeia, com a quantidade total de pequenos negócios optantes pelo Simples em Pernambuco, por município em cada Cadeia de Valor, compreendendo as atividades econômicas (CNAE) predominantes a cada uma delas relacionadas.

6ª. Etapa: Uma vez sintetizados os resultados revelados por esse mapeamento, por território de abrangência das unidades regionais do SEBRAE em Pernambuco em cada uma das camadas de agregação de valor, foi possível a elaboração de estudos específicos de Cadeias de Valor por territórios de abrangência das Unidades Regionais do SEBRAE Pernambuco.

Isso posto, a Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas na Região Metropolitana do Recife (RMR) é objeto deste documento. Para sua priorização, foram considerados os seguintes critérios na análise:

(i) Grande quantidade de pequenos negócios existentes nas atividades relacionadas a Alimentos e Bebidas na RMR;

(ii) Grande potencial de agregação de valor a esses pequenos negócios pela rica cultura local

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(iii) Grande potencial de desenvolvimento tecnológico da produção de alimentos, podendo refletir em diversos produtos e serviços correlatos.

(iv) Transversalidade do tema de Alimentos e Bebidas com as demais Cadeias de Valor identificadas;

(v) Forte conexão e impacto de suas atividades produtivas com questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável.

Por fim, com o objetivo de promover o conhecimento sobre e para os pequenos negócios de Pernambuco, a Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas na Região Metropolitana do Recife é discutida a seguir.

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2. A Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas

A Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas pode ser compreendida como um ciclo contínuo de interação de atividades econômicas no território, visando ao desenvolvimento e entrega de produtos e serviços. Essas atividades são compreendidas em cinco Camadas de Agregação de Valor, reveladas pela natureza das atividades em questão – seja de extração e/ou produção de insumos (matéria prima), de transformação, de distribuição de bens, produtos e serviços, de comercialização de produtos acabados, e também de prestação de serviços específicos. Ou seja, constituem um ciclo contínuo de interação entre os cinco grupos de atividades econômicas análogas e predominantes no território, relacionando-se de modo direto entre si. Ainda, possuem grande poder de integração local, potencializando a inovação e sustentabilidade tanto da própria Cadeia de Valor como do local onde ela se insere.

Esse ciclo é ilustrado de modo simplificado a seguir.

FIGURA 1: Diagrama síntese da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas. Fonte: Elaboração dos autores.

território

Distribuição de produtos

Comercialização de produtos

Beneficiamento de produtos

Extração/ produção in

natura

Fornecimento de alimentos

preparados

sustentabilidade

ino

vaçã

o

inte

ração

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As Camadas de Agregação de Valor compreendem as atividades econômicas predominantes, descritas resumidamente da seguinte forma:

Extração/ produção in natura: Predominância de produção de insumos e agropecuária, tais como bovinos; caprinos; ovinos; fruticultura; horticultura; aquicultura; e atividades semelhantes.

Beneficiamento de produtos: Predominância de atividades industriais e de transformação, tais como padarias; confeitarias; agroindústrias em geral; laticínios; e atividades semelhantes.

Distribuição de produtos: Predominância de atividades de distribuição e logística, tais como comércio atacadista; representações comerciais; distribuidoras; e atividades semelhantes.

Comercialização de produtos: Predominância de atividades de comercialização de produtos acabados, tais como minimercados; mercearias; padarias e confeitarias com foco na revenda; e atividades semelhantes.

Fornecimento de alimento preparado e serviços de suporte: Predominância de atividades de serviços de alimentação, tais como restaurantes; bares; serviços delivery de alimentos; bufês; merendas; serviços de suporte e atividades semelhantes.

2.1. A Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas da Região Metropolitana do Recife em números

Em Pernambuco, são 77.669 pequenos negócios Optantes pelo Simples Nacional na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas. A Região Metropolitana do Recife possui uma grande importância relativa nesse contexto, sendo responsável por metade de todos os empreendimentos desse porte no estado.

A distribuição da quantidade de empresas por camadas de agregação de valor revelou também o peso da comercialização e dos serviços de alimentos preparados que, juntos, correspondem a 84,5% de toda a Cadeia no estado e na RMR (Tabela 1).

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Tabela 1: Quantidade de pequenos negócios por camada de agregação de valor da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas, em Pernambuco e na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Camadas de agregação de valor

Quantidade de pequenos negócios

PE RMR % do

estado

Extração/ produção in natura 998 450 45,1

Beneficiamento de produtos 6.228 2.728 43,8

Distribuição de produtos 4.807 2.835 59,0

Comercialização de produtos 35.215 15.422 43,8

Fornecimento de alimento preparado e outros serviços 30.421 17.523 57,5

Total 77.669 38.958 50,2

A Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas da Região Metropolitana do Recife (RMR) é responsável por 24,41% de todos os negócios optantes pelo Simples Nacional no Estado de Pernambuco (Receita Federal do Brasil, 2016). São 38.958 estabelecimentos, dentre os quais 72,15%, aproximadamente, são Microempreendedores Individuais (MEI). O destaque nesse porte de empresa é a atividade econômica de “Serviços ambulantes de alimentação”, com 97,8% de representação desses negócios, e “Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar”, com 96,2% (Tabela 2).

Tabela 2: Atividades econômicas referentes à Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas que representam mais de 1% do total de Optantes pelo Simples na Região Metropolitana do Recife, 2016.

Atividade Econômica Optantes

pelo Simples

MEI MEI/

Simples

Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares 4.897 3.564 72,8%

Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns

3.874 2.253 58,2%

Comércio varejista de bebidas 3.677 3.157 85,9%

Restaurantes e similares 3.245 1.551 47,8%

Serviços ambulantes de alimentação 3.196 3.127 97,8%

Fonte: SEBRAE/ PE (2016), com informações da Receita Federal (2016).

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Tabela 2 (continuação): Atividades econômicas referentes à Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas que representam

mais de 1% do total de Optantes pelo Simples na Região Metropolitana do Recife, 2016.

Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar

3.171 3.050 96,2%

Comércio varejista de produtos alimentícios em geral ou especializado em produtos alimentícios não especificados anteriormente

1.819 1.379 75,8%

Bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas 1.790 1.519 84,9%

Comércio varejista de outros produtos não especificados anteriormente 1.658 1.217 73,4%

Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, municipal

1.342 1.064 79,3%

Comércio varejista de hortifrutigranjeiros 1.305 927 71,0%

Fabricação de produtos de padaria e confeitaria com predominância de produção própria

1.245 739 59,4%

Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, intermunicipal, interestadual e internacional

1.117 472 42,3%

Comércio varejista de laticínios e frios 882 652 73,9%

Comércio varejista de doces, balas, bombons e semelhantes 754 432 57,3%

Padaria e confeitaria com predominância de revenda 739 419 56,7%

Comércio varejista de carnes - açougues 630 374 59,4%

Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para empresas

615 440 71,5%

Serviços de alimentação para eventos e recepções - bufê 439 342 77,9%

Peixaria 358 283 79,1%

Fonte: Receita Federal (2016).

Dentre as 15 principais atividades econômicas do estado de Pernambuco com relação ao volume de empresas que são optantes pelo Simples, a Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas ganha destaque, representada por seis atividades responsáveis por quase 35,10% do total de estabelecimentos presentes entre essas atividades, segundo dados da Receita Federal de março de 2016 (Gráfico 1).

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ALIMENTOS E BEBIDAS

ALIMENTOS E BEBIDAS

ALIMENTOS

E BEBIDAS

ALIMENTOS E BEBIDAS

ALIMENTOS E BEBIDAS

ALIMENTOS

E BEBIDAS

1.965

2.009

2.241

2.319

2.359

2.569

3.171

3.196

3.242

3.245

3.677

3.874

4.897

8.007

11.749

1.737

967

1.952

1.991

2.057

2.455

3.050

3.127

2.796

1.551

3.157

2.253

3.564

7.276

9.655

0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000

15. Atividades de Estética e outros serviços de cuidadoscom a beleza

14. Comércio varejista de materiais de construção emgeral

13. Instalação e manutenção elétrica

12. Reparação e manutenção de computadores e deequipamentos periféricos

11. Serviços de organização de feiras, congressos,exposições e festas

10. Obras de alvenaria

9. Fornecimento de alimentos preparadospreponderantemente para consumo domiciliar

8. Serviços ambulantes de alimentação

7. Comércio varejista de cosméticos, produtos deperfumaria e de higiene pessoal

6. Restaurantes e similares

5. Comércio varejista de bebidas

4. Comércio varejista de mercadorias em geral, compredominância de produtos alimentícios -…

3. Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares

2. Cabeleireiros, manicure e pedicure

1. Comércio varejista de artigos do vestuário eacessórios

MODA E CONFECÇÃO

BEM ESTAR

BEM ESTAR

CONSTRUÇÃO CIVIL

TURISMO E CULTURA

SERVIÇOS

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

BEM ESTAR

MEI Optantes pelo Simples (MEI, ME e EPP)

Gráfico 1: Principais atividades econômicas da Região Metropolitana do Recife - 2016.

Fonte: Receita Federal (2016).

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A Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas tem papel fundamental na economia pela importância que possui na cesta de consumo das famílias. Em paralelo com a situação econômica do país, ela vem sofrendo mudanças massivas com relação ao preço dos produtos e o volume de vendas. Como consequência, os cortes nos orçamentos vão, quase prioritariamente, nas despesas com remuneração.

A indústria de Alimentos e Bebidas teve saldo negativo de 3.940 postos de trabalho apenas em janeiro de 2016 na Região Metropolitana do Recife – inclusive sendo responsável por, aproximadamente, 40% e 19% de todos os desligamentos executados no mês de janeiro de 2016 e nos últimos 12 meses, respectivamente (Tabela 4).

Tabela 4: Evolução do emprego por subsetores das atividades econômicas na Região Metropolitana do Recife.

SETORES JANEIRO/2016 EM 12 MESES

Total de admissões

Total de desligamentos

Saldo Total de

admissões Total de

desligamentos Saldo

TOTAL 19.280 29.175 -9.895 301.723 377.272 -75.549

INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

1.789 6.155 -4.366 36.113 50.514 -14.401

Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico

687 4.627 -3.940 17.743 24.343 -6.600

COMÉRCIO 4.224 6.486 -2.262 65.400 72.464 -7.064

Comércio varejista 3.347 5.368 -2.021 52.731 57.581 -4.850

Comércio atacadista 877 1.118 -241 12.669 14.883 -2.214

SERVIÇOS 9.324 12.570 -3.246 150.116 181.809 -31.693

Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação

3.259 3.680 -421 46.875 56.717 -9.842

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – Cadastro geral de Empregados e Desempregados (CAGED), 2016.

O segmento supermercadista, que engloba várias atividades econômicas da Cadeia de Valor, vem sendo impactado de forma negativa e fortemente pela alta da inflação (com um IGPM de 10,76% em 2015), pela desvalorização cambial (que encarece os produtos importados vendidos em supermercados, ou usados como insumos na composição de alguns destes produtos) e pela

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9,54

11

8,08 8,74

6,4

8,84

5,59

8,11

5,1 6,09

8,21

2,6

5,81

2,94 3,42

0,35 0,57

-1,64

0,34

-3,04

-1,32

-4,04 -3,11

-1,56

-7,13

-4,39

dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15

Nominal Real

redução da renda real dos consumidores, que tem se agravado pela crise econômica atual, reduzindo empregos e fazendo com que as famílias aceitem empregos com qualificações inferiores e consequentes rendas menores. Estes fatores mencionados são responsáveis pelas quedas acumuladas nas vendas, nos últimos 12 meses (Figura 2).

Figura 2: Variação percentual mês a mês da evolução das vendas do segmento supermercadista no Brasil.

Fonte: Associação Brasileira de Supermercados – ABRAS (2016).

Os principais consumidores dos pequenos negócios inseridos na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas são os da atual classe média da economia brasileira, denominada classe “C”. Eles estão presentes com maior intensidade nos minimercados, padarias, pequenas lanchonetes e em serviços ambulantes de alimentação – que são atividades econômicas com grande representatividade entre os estabelecimentos dessa Cadeia de Valor na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), a classe “C” possui o maior índice de endividamento e a menor capacidade de solver dívidas no curto prazo, fazendo com que haja uma significativa diminuição na cesta de consumo mensal dessas famílias.

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Esta redução tem ocorrido mesmo boa parte da renda destas famílias sendo destinada ao consumo de alimentos e bebidas. Isso também indica um aprofundamento da crise econômica brasileira, onde as famílias estão reduzindo, inclusive, o consumo de alimentos e bebidas.

Por tudo isso, a busca pela integração dos diversos segmentos da Cadeia de Valor é uma oportuna abordagem para diminuição ou solução dos gargalos, gerando ganhos significativos e deixando o legado da nova forma de se relacionar com fornecedores, concorrentes e clientes, fortalecendo o território em questão.

2.2. Matriz SWOT da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas da Região Metropolitana do Recife

A análise SWOT2, conceito desenvolvido para o planejamento na administração de empresas, pode também ser utilizado para o estudo setorial, de Cadeia de Valor, como este em questão. Em geral a análise é apresentada a partir de uma matriz, onde as forças e fraquezas são pontos que devem ser analisados para o ambiente interno da empresa, e as oportunidades e ameaças são externas, dependem da conjuntura econômica externa e de outros fatores impossíveis de serem abordados apenas no âmbito do negócio em questão.

Ressalta-se que, para fins desse trabalho, e de modo a guardar coerência com os princípios de atuação do SEBRAE Pernambuco, analisa-se o ambiente interno como todas as questões que são diretamente compreendidas pela atividade empresarial propriamente dita, interiores à empresa. Já no ambiente externo, busca-se a perspectiva de aspectos setoriais, ou seja, externo à empresa, mas comum ao coletivo delas, e sistêmicos, onde os pontos a serem mitigados e/ ou potencializados ultrapassam a mobilização empresarial individual e coletiva, envolvendo outros fatores e atores para além da atividade empreendedora.

Isso posto, os dados secundários apresentados neste estudo, as entrevistas realizadas com atores institucionais relevantes para a Cadeia de Valor, as pesquisas em bases de dados da Receita Federal, IBGE e outras fontes, juntamente com informações sobre o comportamento da Economia Brasileira e das políticas macroeconômicas e setoriais vigentes, bem como a expertise do SEBRAE

2 A Sigla SWOT significa Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats – em português, Forças,

Fraquezas, Oportunidades, Ameaças, que juntas fazem a Matriz FOFA, na versão brasileira. Portal do Administrador (2016) e Kotler (2012).

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Pernambuco, permitiram elaborar uma Matriz SWOT para o planejamento estratégico dos agentes envolvidos nessa Cadeia de Valor.

A referida Matriz é apresentada e descrita a seguir (Quadro 2).

Quadro 2: Matriz SWOT – Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas na Região Metropolitana do Recife.

AJUDA ATRAPALHA

a. Forças (Strengths) b. Fraquezas (Weaknesses)

Org

aniz

ação

Inte

rna

Diversificação de atividades correlacionadas; Concentração geográfica de pequenos

negócios vinculados, da produção in natura até o consumidor final;

Grande representatividade na economia pernambucana;

Culinária típica vastamente reconhecida; Demanda interna expansível; Grande criatividade dos empresários locais.

Problemas com embalagens; Insuficiente integração comercial entre

produtores rurais, indústrias, mercados, bares e restaurantes;

Gestão financeira das empresas pouco qualificadas;

Baixa qualidade no atendimento aos clientes;

Apresentação de produtos precária; Informalidade muito elevada

c. Oportunidades (Opportunities) d. Ameaças (Threats)

Am

bie

nte

Ext

ern

o Desvalorização cambial fomenta o turismo e

consumo de alimentos domésticos; Linhas de crédito para investimentos e

Capital e Giro; Parcerias com instituições para

internacionalização da culinária local; Alguma aproximação entre produtores e

comerciantes.

Aluguéis de pontos comerciais em centros de compras muito elevados;

Crise econômica acentuada reduzindo a renda das famílias e o consumo;

Sistema tributário muito complexo; Desvalorização cambial encarecendo para os

mercadistas a importação de produtos; Grande informalidade nos negócios de rua; Adequação insuficiente às normas sanitárias

vigentes.

Fonte: Elaboração dos autores, a partir das entrevistas, pesquisa de dados secundários e análise da conjuntura econômica (2016).

a. Forças

As forças desta Cadeia de Valor estão apresentadas no primeiro quadrante da matriz, representando suas aptidões mais fortes e suas vantagens competitivas. Destacam-se como forças:

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A grande diversificação de atividades correlacionadas desta Cadeia de Valor, tanto em número e porte de estabelecimentos, como em diversas segmentações que podem ser trabalhadas para agregar valor. Esta cadeia detém o maior número de empresas optantes pelo SIMPLES Nacional, bem como maior quantidade de MEI.

A diversificação de atividades correlacionadas, dentro da própria RMR, de fornecedores de produtos in natura para indústrias de diversas áreas da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas, chegando a bares, restaurantes, mercados etc. A concentração geográfica da RMR permite que, com pouca distância a ser percorrida, o fluxo de produtos e serviços seja desenvolvido e aproveitado.

Além disso, destaca-se o fato de que a culinária local é rica, com visibilidade nacional e internacional, sendo uma vantagem competitiva para a Cadeia de Valor.

Ainda, o potencial de expansão da demanda local e regional para Alimentos e Bebidas é grande no Nordeste, destacando-se inclusive o mercado potencial de produtos orgânicos que cresce com números significativos em plena crise econômica.

Outro fato relevante é a criatividade dos empresários locais na Cadeia de Alimentos e Bebidas, com ampla variedade de produtos, insumos locais, restaurantes, pratos típicos e outras experiências gastronômicas.

b. Fraquezas

As fraquezas no segundo quadrante e indicam as aptidões que inexistem ou são de baixa qualidade, atrapalhando o amplo desenvolvimento da Cadeia de Valor, baseando-se na sua organização interna. Foram identificados como principais fraquezas os seguintes pontos:

As embalagens utilizadas são uma ameaça à vantagem competitiva deste setor, pois fogem a regras de acondicionamento próprio, pecam por falta de informação e durabilidade e deixam o produto pouco atrativo ao consumo.

Levantamentos indicam que a gestão financeira das empresas da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas é incipiente ou até mesmo ignorada por parte dos empresários que administram seus pequenos negócios, influenciando, inclusive no alto grau de informalidade.

Outro ponto fraco típico no ambiente interno dos pequenos negócios da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas é a baixa qualidade no atendimento aos clientes, que contrasta com a renomada característica de receptividade da população local.

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Por fim, a apresentação dos produtos é algumas vezes precária, com baixa atratividade e pouca valorização da cultura local.

c. Oportunidades

As oportunidades desta Cadeia de Valor podem ser apresentadas no terceiro quadrante da matriz e representam fatores externos que influenciam positivamente os seus pequenos negócios. Não existe um controle direto sobre estes fatores que podem ocorrer de diversas formas e serem oriundos de outros atores econômicos. Dessa forma, as principais oportunidades são:

A desvalorização cambial fomenta o turismo interno, pois torna mais dispendiosas as viagens ao exterior, ao mesmo tempo em que proporciona um público consumidor de fora do país viajar ao Brasil por obterem condições vantajosas de câmbio do Real em relação a outras moedas. Ainda, a alta do Dólar americano encarece insumos importados e favorece a utilização de produtos locais na alimentação, tanto em serviços de alimentação com na própria alimentação doméstica. A tendência de valorização de espaços gourmets nos novos empreendimentos imobiliários residenciais reconhece o prestígio dos alimentos e bebidas na rotina das pessoas, estimulando hábitos de refeições no ambiente doméstico.

A existência de linhas de crédito para investimentos e capital de giro em diversos bancos como o Banco do Nordeste, a CAIXA, Banco do Brasil, etc, são uma oportunidade ainda pouco explorada pelos pequenos negócios de Alimentos e Bebidas, muitas vezes por desconhecimento ou insuficiência de capacidade técnica para acessar esses financiamentos.

Potenciais parcerias já existem e podem ser incrementadas com o mercado do turismo, com agências de exportação e com cursos técnicos e de pós-graduação para internacionalização da culinária local, tanto na exportação de insumos e produtos quanto na oferta de serviços de alimentação fortemente ancorados na identidade regional para o público externo.

Uma maior aproximação direta entre produtores e comerciantes é proporcionada por feiras locais e também pelas novas tecnologias, por meio de plataformas digitais de divulgação e comercialização de produtos diretamente da fonte.

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d. Ameaças

Ao contrário das oportunidades, as ameaças são fatores externos que influenciam negativamente a Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas e seus pequenos negócios.

É queixa frequente que aluguéis de pontos comerciais em centros de compras (shopping centers de médio e grande porte) são considerados elevados para a capacidade de endividamento e de pagamento dos pequenos negócios, principalmente aqueles fora do grupo de franquias, exigindo um nível de profissionalização elevado para que a empresa consiga manter seus compromissos.

A crise econômica acentuada nos últimos anos, e sem sinais de reversão em curto prazo, vêm acentuando a queda no poder aquisitivo das famílias, reduzindo sua renda e provocando um efeito em cadeia no arrefecimento do consumo e do faturamento de grande parte dos pequenos negócios de Alimentos e Bebidas.

Mesmo com o Simples Nacional, o sistema tributário ainda é considerado complexo pela maioria dos pequenos negócios, principalmente em se tratando de questões relacionadas a impostos de fronteira. Regras não uniformes exigem cálculos complexos e cuja burocracia para identificação e pagamento muitas vezes toma um tempo e esforço de gestão que poderia ser direcionado para o negócio fim da empresa.

A desvalorização cambial, em que pese seja uma oportunidade como mencionada no item anterior, é por outro lado uma forte ameaça para os pequenos negócios por encarecer para os mercadistas a importação de produtos, bem como máquinas e equipamentos principalmente industriais.

A grande informalidade dos negócios de alimentos e bebidas de rua proporciona uma concorrência desleal com aqueles pequenos negócios que possuem pontos estabelecidos ou até móveis, por estarem esses informais à margem de qualquer obrigação fiscal, tributária e trabalhista.

A adequação insuficiente às normas sanitárias incidentes sobre a atividade empresarial de Alimentos e Bebidas é um problema que envolve questões de saúde pública, ultrapassando apenas os limites empresarial e setorial dos negócios em questão.

Importante reforçar a necessidade de compreender, de “ler” o ambiente externo sob os aspectos setoriais e sistêmicos. Algumas oportunidades e ameaças podem ser aproveitadas e

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resolvidas no ambiente setorial, onde é beneficiado o coletivo de empresas, por exemplo, com o suporte de entidades de representação empresarial e de classe, associações e cooperativas, entre outras. Já outras oportunidades e, principalmente, ameaças, precisam ser tratadas num aspecto mais abrangente no que tange o envolvimento de órgãos públicos e privados, exigindo uma análise de ambiente externo sistêmico.

A análise do alcance desses ambientes e, como consequência, dos impactos de intervenções direcionadas ao ambiente setorial ou sistêmico é importante para definir que tipos de ações e – fundamental – respectivas parcerias institucionais precisam ser conquistadas.

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3. Diretrizes e recomendações para melhoria da interação dos pequenos negócios na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas da Região Metropolitana do Recife

Para a construção das diretrizes de atuação na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas, optou-se por adotar um escopo metodológico simples e objetivo, de modo a permitir maior compreensão e potencial difusão do estudo para o maior número de pequenos negócios e parceiros possível. Assim, considerou-se um conjunto de diretrizes e respectivos subconjuntos de recomendações específicas e assertivas para abordagem de melhoria da competitividade e integração da Cadeia de Valor em questão.

As entrevistas e pesquisas realizadas, bem como o conhecimento adquirido pelo SEBRAE Pernambuco ao longo dos anos em projetos de diversos segmentos componentes da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas auxiliaram na compreensão da atual realidade dos pequenos negócios. Mais ainda, permitiram a elaboração de recomendações de atuação para o SEBRAE e outros agentes importantes para melhorar a competitividade dos seus principais segmentos. As recomendações foram categorizadas de acordo com o ambiente potencialmente mais impactado, como segue:

Impacto no Ambiente Empresarial Essas recomendações e ações delas decorrentes são voltadas diretamente para as empresas da Cadeia de Valor, eventualmente envolvendo algum parceiro institucional. No entanto, são as empresas as principais impactadas pelos resultados advindos de tais ações.

Impacto no Ambiente Setorial Essas recomendações e ações a partir delas são organizadas pelo SEBRAE e parceiros institucionais, sendo direcionadas a coletivos de empresas, representações setoriais e suas lideranças, podendo envolver ações de fomento ao desenvolvimento de novas associações, bem como a criação de condições para o aprimoramento da representação setorial já existente, dentre outras.

Impacto no Ambiente Sistêmico As recomendações e ações que impactam o ambiente sistêmico são bastante abrangentes para serem desenvolvidas somente com empresas e/ou associações. Elas são indicadas e desenvolvidas para que o SEBRAE articule-se com instituições dos setores público e privado que formulam legislações, códigos de conduta, dentre outras mudanças sistêmicas para cada Cadeia de Valor.

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Por fim, foram priorizadas 15 diretrizes, com um total de total de 45 recomendações para atuação na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas. Importante ressaltar que elas podem impactar um ou mais ambientes, seja ele empresarial, setorial ou sistêmico. Esse ambiente de impacto orienta, principalmente, as parcerias institucionais que serão necessárias para atuação assertiva de todos, visando reduzir as lacunas de desenvolvimento da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas na Região Metropolitana do Recife.

3.1. Elaboração de estudos de aprimoramento das embalagens dos produtos fabricados no território

Contexto: As embalagens não são apenas simples recipientes que acondicionam os produtos, elas têm grande importância na divulgação e na comercialização. Por conta disso, pequenos negócios de alimentos e bebidas encontram grandes gargalos na logística do transporte e no armazenamento, principalmente no que diz respeito à higiene e proteção adequada desses produtos. Os mercados também demandam diferentes unidades de medidas dos produtos, onde a padronização dessas medidas é parte do processo de agregação de valor, melhorando a percepção de qualidade do produto final. Além do correto acondicionamento de produtos ser parte das exigências de certificação, uma embalagem diferenciada, desde o seu design até a escolha do material adotado, pode aumentar o valor atribuído ao produto.

RECOMENDAÇÕES AMBIENTE MAIS IMPACTADO

Empresarial Setorial Sistêmico

Disseminar a importância da embalagem dos produtos dos pequenos negócios, abordando questões como design, higiene, sustentabilidade, que relatem as principais funções das embalagens, discutindo pontos estruturais (transporte, proteção, acondicionamento) e visual (informação, descarte, diferenciação).

Apoiar os pequenos negócios na criação de novas embalagens dentro dos preceitos supracitados, valorizando a identidade local e do produto.

Orientar os pequenos negócios a respeito das normas e procedimentos para obtenção dos selos de inspeção Federal, Estadual e Municipal.

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Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos, SEBRAE, FIEPE, SENAI, SENAR, MAPA, ANVISA, ABRE, ITEP, prefeituras e órgãos municipais, governo estadual e demais órgãos correlatos.

3.2. Aproximação de produtores rurais com minimercados, restaurantes, lanchonetes e outros potenciais compradores locais de seus produtos

Contexto: A comercialização dos produtos cultivados pelos produtores rurais é praticamente realizada no próprio local de cultivo, feiras organizadas em diversos locais do território e no Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco – CEASA/PE. Esses mecanismos atuais de comercialização não dão ao produtor rural, o principal impactado, a adequada tomada de preço, fazendo com que seus produtos sejam vendidos em condições similares ao mercado spot, sujeito a grandes oscilações e comportamentos oportunistas dos parceiros nas transações.

RECOMENDAÇÕES AMBIENTE MAIS IMPACTADO

Empresarial Setorial Sistêmico

Apoiar a formação de associações e cooperativas de produtores locais para aumentar a capacidade de comercialização e reduzir custos com distribuição.

Identificar pontos de vendas com perfil diferenciado para cada tipo de produto, como por exemplo produtos orgânicos para empresas que beneficiam ou comercializam esse tipo de mercadoria.

Promover a integração comercial (ex. rodadas, encontros, reuniões, elaboração de sites e catálogos, etc.) entre os produtores e potenciais compradores.

Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos, SEBRAE, SENAR, ANVISA, órgãos municipais e estaduais correlatos.

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3.3. Fomento à realização de ações que estimulem a redução do diferencial da alíquota de ICMS para empresas enquadradas no Simples Nacional

Contexto: As empresas da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas encontram dificuldades na compra dos insumos de outros Estados. O diferencial de alíquota do ICMS, conhecido como Imposto de Fronteira, revela-se o principal gargalo. As empresas ainda contam com a Margem de Agregação de Valor (MVA), que, para produtos transformados, tem alíquotas de ICMS acumuladas. Nas operações praticadas pelos pequenos negócios optantes do Simples Nacional, a situação é mais delicada, pois é vedada a apropriação de quaisquer créditos. Deste modo, o imposto estadual recolhido pelo ingresso da mercadoria no estado não é restituível pelo crédito e soma-se ao ICMS recolhido sobre a receita bruta das microempresas ou empresas de pequeno porte. Dessa forma, onera-se o consumidor final, sendo o maior prejudicado, além de dificultar as rotinas de comercialização das empresas.

RECOMENDAÇÕES AMBIENTE MAIS IMPACTADO

Empresarial Setorial Sistêmico

Elaborar estudos de impacto tributário na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas visando identificar as melhores formas de compensação nas transações comerciais dos diversos segmentos envolvidos.

Estabelecer uma agenda prioritária de reivindicações, com apoio de Associações e Sindicatos, para adequar a alíquota praticada pelo Estado, principalmente no que diz respeito aos alimentos transformados.

Discutir ações com o Governo do Estado de Pernambuco e municípios para gerar incentivos fiscais e/ ou tributários para a produção, beneficiamento e comercialização local dos diversos segmentos de alimentos e bebidas.

Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos, SEBRAE, FECOMERCIO, FIEPE, SEFAZ/PE, e outros órgãos correlatos dos governos municipais e estadual.

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3.4. Identificação e otimização dos mecanismos e sistemas de gestão financeira dos pequenos negócios

Contexto: A instabilidade política que se instalou no Brasil no final do ano de 2014 afetou diretamente nos aspectos financeiros do País. Isso se refletiu na diminuição do consumo da população, tendo considerável impacto no comércio em âmbito local, regional e nacional. Por conta desta redução de consumo, o faturamento de muitos pequenos negócios foi comprometido. Segundo informações da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL, 2016), cerca de 35% das empresas que iniciaram suas operações nos últimos dois anos encerraram suas atividades. Dentre os principais motivos para o alto percentual de mortalidade, entre outros, podem ser citados a má gestão financeira e a carência de um planejamento apropriado. Os empresários acabam analisando o mercado como forma única de precificação dos seus produtos, sem fazer a devida análise no demonstrativo de resultado mensal de suas empresas. Isso termina por levar a uma compreensão limitada de como funciona o próprio empreendimento, ficando apenas na percepção intuitiva dos que consideram ter o chamado feeling do negócio.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Estimular as empresas para criação de planos de gerenciamento financeiro que as auxiliem na organização do seu fluxo de caixa, contas a pagar e a receber, gestão de estoque, e planos de investimentos, entre outros aspectos relacionados à saúde financeira da empresa.

Promover capacitações, consultorias e orientações em gestão financeira para os pequenos negócios da Cadeia de Valor, em parcerias com outras instituições, que abordem a precificação dos produtos, gestão financeira e o controle do fluxo de caixa, com disciplinas que contemplem conteúdos que nivelem os empresários.

Prospectar sistemas gerenciais específicos para o negócio já disponíveis no mercado (por exemplo, sob a forma de aplicativos de celular), bem como formar grupos para desenvolvimento e compras conjuntas dessas ferramentas.

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Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos, SEBRAE, SENAC, CESAR, Porto Digital e instituições de pesquisa.

3.5. Realização de cursos de vendas e de qualidade no atendimento nos serviços de alimentação

Contexto: Um dos principais problemas citados pelos empresários das atividades que compõem a Cadeia de Valor é a falta de qualificação necessária dos funcionários no atendimento ao cliente. Estes reportam aos empresários que a falta de interesse em servir bem, e o mau manuseio do alimento, são os principais motivos de não voltarem mais ao estabelecimento. Existem cursos no mercado que ajudam os pequenos negócios a lidar com o atendimento ao público e melhorar as vendas por meio de técnicas diferenciadas, sendo sempre necessária a difusão do assunto, de modo constante.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Difundir soluções já existentes para que os empresários despertem interesse em capacitar continuadamente seus funcionários, ofertando-as também no período noturno, considerando a diversidade de horários das atividades, a maioria em horário comercial.

Criar novos mecanismos de qualificação a partir da identificação dos principais gargalos do atendimento ao público, alocando consultores para visitas técnicas nas empresas (por exemplo, como cliente oculto), identificando os problemas mais recorrentes.

Ofertar capacitações, orientações e consultorias à distância, focadas na área de atendimento, flexibilizando assim a forma de aprendizado e qualificação do negócio.

Principais parcerias institucionais: SEBRAE, SENAC, ABRASEL, instituições de suporte ao ensino e aprendizagem.

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3.6. Fomento à adequação de layouts, incluindo a organização e a exposição de produtos.

Contexto: Escolhas como uma nova decoração, uniformes, a disposição de equipamentos, mobiliário, gôndolas, maquinários ou um novo cardápio, já são suficientes para um estabelecimento mudar a sua trajetória, e conquistar novos clientes. Investimentos em estrutura e organização interna estão relacionados ao crescimento do faturamento, contribuindo com retorno efetivo do valor investido. Serviços técnicos especializados como escritórios de arquitetura, engenharia, paisagismo, entre outros, e consultorias organizacionais, aliados à vontade de querer inovar, proporcionam maior profissionalismo. Consequentemente, têm-se melhores experiências para os clientes, bem como adequação às diversas normas técnicas exigidas para o bom funcionamento do empreendimento.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Promover e apoiar consultorias de organização espacial (layout), e exposição dos produtos (visual merchandising) sempre adequados às normas técnicas estabelecidas pelos órgãos competentes (por exemplo, a vigilância sanitária).

Estimular a criação de encontros entre os diversos segmentos da Cadeia de Valor e os fornecedores desses serviços técnicos especializados, proporcionando novos contatos, parcerias e geração de negócios.

Estimular parcerias para comercialização dos produtos locais em espaços com visual merchandising diferenciados como, por exemplo, gôndolas especiais ou nichos com identidade visual própria de produtos do território, bem como e-commerce ou market places visualmente adequados.

Principais parcerias institucionais: SEBRAE, conselhos e instituições de classe (CREA, CAU, IAB, etc), associações, sindicatos e empresas de arquitetura, urbanismo e paisagismo, de engenharia, design e web design, entre outros.

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3.7. Promoção da culinária local existente, e estímulo à inovação no desenvolvimento de novos produtos, ingredientes e receitas

Contexto: A rica culinária regional vem perdendo espaço para a culinária internacional e de outras regiões do país. Mostrar a trajetória cultural e histórica da cozinha típica é de extrema importância para a conservação da identidade da região. É necessário promover a culinária que incorporem ingredientes como mandioca, queijo coalho, frutas tropicais, utilizados em pratos típicos (por exemplo, a tapioca, o bolo Souza Leão, a Cartola), nem sempre bem explorados ou bem apresentados como vantagem competitiva do território.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Qualificar o posicionamento estratégico dos alimentos típicos da região nos diversos pontos de venda, inclusive com tratamento visual adequado para reforçar a identidade do território.

Capacitar os diversos serviços de preparação de alimentos, inclusive aqueles para consumo domiciliar, para criação de novos produtos e receitas que utilizem ingredientes típicos locais.

Apoiar eventos de promoção, difusão e inovação da culinária regional, sob a forma de concursos, convenções, em feiras próprias ou em associação a outras feiras (ex. Fliporto).

Principais parcerias institucionais: ABRASEL, SEBRAE, SENAC, órgãos estaduais e municipais, instituições de ensino com cursos de gastronomia e marketing.

3.8. Fomento à formalização dos pequenos negócios da Cadeia de Valor

Contexto: Sabe-se que a informalidade é uma característica inerente aos negócios inseridos na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas. Por exemplo, para lanchonetes, bares e restaurantes, estima-se que para cada empreendimento formalizado, existe no mínimo outro informal. Essas questões são constantemente discutidas entre o Governo do Estado

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de Pernambuco e a ABRASEL e evidenciam a importância de ações imediatas voltadas para a formalização dessas empresas. Questões como a mortalidade de empresas nessas atividades econômicas, nos últimos anos, podem ser atribuídas, também, à concorrência desleal do mercado informal. Como se trata de um universo de mais de 10 mil empresas, o grau de complexidade para fomentar a formalização se torna ainda maior.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Aumentar as ações de fiscalização e os canais de denúncia relacionados à informalidade.

Promover campanhas e outras ações de incentivo à formalização, juntamente com apoio ao atendimento às normas técnicas específicas para as empresas de segmentos diversos.

Promover ações de comunicação voltadas para as empresas informais, divulgando os benefícios da formalização.

Principais parcerias institucionais: ABRASEL, Na Rua Tem, SEBRAE, SENAC, associações e organizações empresariais, Secretarias Estaduais de Desenvolvimento Econômico e da Fazenda, demais órgãos e secretarias estaduais e municipais correlatas.

3.9. Melhoria da representatividade nas negociações dos lojistas perante centros comerciais (shopping centers e galerias)

Contexto: Os pequenos negócios de Alimentos e Bebidas (como bares, lanchonetes, restaurantes e empórios gastronômicos) alocados em centros comerciais, reclamam da falta de representatividade perante as ações tomadas pelas administrações desses pontos comerciais. Constante aumento nas luvas, aluguéis, condomínios também contribuem para a diminuição crescente do capital de giro dessas empresas, aumentando seus custos fixos e diminuindo sua lucratividade. A Associação de Lojistas de Shopping de Pernambuco (ALOSHOP/PE) vem se firmando como a principal entidade representativa do setor, sendo um importante elo entre lojistas, empreendedores, poder público e os demais segmentos.

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Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Apoiar a difusão da Alshop Pernambuco, perante entidades públicas, lojistas e demais segmentos do Estado, principalmente na Região Metropolitana do Recife.

Estimular a criação de representantes de segmentos que estão inseridos na Cadeia de Valor que possam discutir junto a ALOSHOP maior apoio para os lojistas.

Promover eventos de debates e negócios entre lojistas, empreendedores e representantes de centros comerciais para fomentar o desenvolvimento de melhores práticas de negócios.

Principais parcerias institucionais: CDL, SINDILOJAS Recife, SEBRAE, ALOSHOP/PE, APESCE.

3.10. Estímulo à regulamentação e qualificação dos estabelecimentos de comida de rua na Região Metropolitana do Recife

Contexto: A comida de rua se confunde com a identidade do território, muitas vezes conhecida por ser uma alternativa mais acessível em comparação a restaurantes e similares. Estabelecimentos de rua, fixos ou móveis, ganharam ainda mais representatividades após o movimento Food Truck, fazendo com que os mecanismos de fiscalização, bem como normas específicas para a regularização desse segmento, precisassem ser definidos. Com a grande pulverização destes estabelecimentos, informalidade massiva e a baixa instrução específica em segurança de alimentos pelos seus empresários, o segmento precisa também de apoio à qualificação.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Atuar junto ao Governo do Estado de Pernambuco e Prefeituras para revisão e melhoria das normas de ocupação do solo urbano para esse segmento.

Disseminar legislação específica para o MEI e capacitar em manipulação de alimentos em estabelecimentos de rua, como requisito à permissão de funcionamento.

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Realizar consultorias específicas para melhoria da identidade visual do negócio (design dos pontos de venda, mobiliário, cardápio, etc).

Parcerias institucionais: ABRASEL, Na Rua Tem, SEBRAE, SENAC, Secretarias e órgãos Municipais de Controle Urbano e de Empreendedorismo, VISA, APEVISA e ANVISA.

3.11. Promoção da conscientização e adequação às normas sanitárias como medida educacional

Contexto: As Agências Nacional, Estadual e Municipais de Vigilância Sanitária (ANVISA, APEVISA e VISA) atuam na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas com a finalidade de fiscalizar a aplicação das normas sanitárias de acordo com a licença de funcionamento dos estabelecimentos. Diariamente, estabelecimentos são interditados por não estarem manuseando e comercializando de forma adequada seus alimentos. Porém, muitos empreendedores reclamam da falta de medidas educacionais para o cumprimento dessas normas. Na maioria dos casos a fiscalização vem apenas de forma punitiva, sem tempo para medidas educacionais prévias de adequação e conscientização.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Criar comitês que envolvam empresários, associações e sindicatos, agências regulamentadoras e o Sistema S para discutir medidas educativas, com a finalidade de diminuir as desconformidades no atendimento às normas sanitárias.

Elaborar e distribuir conteúdos técnicos específicos em parceria com as agências regulamentadoras sobre manipulação dos alimentos, boas práticas de fabricação, adequação do ambiente de produção e comercialização, acondicionamento, estoque, entre outros, para reforçar a importância do bom atendimento ao público e dos cuidados na adequação nas normas sanitárias.

Ofertar capacitações, consultorias e orientações técnicas de adequação às normas, específicas para cada segmento da Cadeia de Valor.

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Principais parcerias institucionais: Associações empresariais, sindicatos, agências regulamentadoras, Sistema S, Secretarias Estaduais e Municipais correlatas.

3.12. Difusão de linhas de crédito para capital de giro e investimentos fixos, e procedimentos de renegociação de dívidas específicos para os pequenos negócios

Contexto: Linhas de crédito fornecidas pelo mercado nem sempre conseguem alcançar e ter o entendimento de todos os pequenos negócios inseridos na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas. Uma das maiores dificuldades encontradas por esses empresários em tempos de instabilidade financeira no País é a solvência de dívidas de médio e longo prazo adquiridas no passado. Como consequência, o capital de giro é comprometido por essas duplicatas, chegando a ocasionar a mortalidade dos pequenos negócios. Dada a Fragilidade econômica e a baixa capacidade de poupança própria, há necessidade de divulgar linhas específicas, inclusive para captação de capital de giro e investimentos em reforma.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Atuar junto a instituições de crédito para a desburocratização do acesso ao crédito e renegociação de dívidas pelos pequenos negócios, incluindo criação de novas ferramentas como o FNE Card.

Difundir linhas de crédito do Banco do Nordeste, em ação conjunta com o próprio banco, para ofertar as linhas diferenciadas que a instituição possui.

Realizar capacitações, seminários e cartilhas de orientação do passo-a-passo para obtenção de crédito e renegociação de dívidas.

Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos, Bancos de financiamentos, SEBRAE, FIEPE, SENAI.

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3.13. Fomento da internacionalização das empresas da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas

Contexto: O território possui comidas e bebidas típicas que faz o papel de fortalecer e levar a cultura local para outras regiões do País e do Mundo. Como exemplo, pode ser citada a Cachaça de Pernambuco que, por meio da Associação Pernambucana dos produtores de Aguardente de Cana e Rapadura (APAR), consegue ser exportada para diversos países. O trabalho de identidade visual realizado com o Bolo de Rolo, alimento típico do Estado de Pernambuco, já pode ser observado no Aeroporto Internacional dos Guararapes, podendo ser replicado.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Apoiar ações que visem o reconhecimento dos alimentos e bebidas pernambucanos no mundo. Fomentar a criação de comitês locais para a internacionalização dos produtos da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas, discutindo a expansão do mercado e a adequação dos produtos a normas dos mercados consumidores externos.

Difundir a cultura exportadora e capacitar os empresários para exportação.

Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos, Federações, APEX, MDIC, AD DIPER, SEBRAE.

3.14. Fomento ao desenvolvimento da produção de alimentos orgânicos

Contexto: O mercado de produtos orgânicos aumenta com taxas de crescimento acima da média da economia. A tendência mundial, também refletida no Brasil, é de conscientização quanto ao bem estar e valores nutricionais que o consumo de produtos orgânicos traz à população. Na RMR, a Cadeia de Alimentos e Bebidas apresenta uma concentração geográfica de vários pequenos negócios com pouca distância. Por isso, pode ser beneficiada com a capacitação e o desenvolvimento de culturas agrícolas voltadas para a

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certificação de produtos como orgânicos. Para tanto, torna-se necessário, desenvolver ações que visem à certificação de produtores rurais, a divulgação desses produtos certificados para as demais empresas da Cadeia e para a sociedade, fomentando ainda mais a percepção de que estes produtos são realmente orgânicos e que trazem benefícios ao serem consumidos.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Apoiar ações que visem o reconhecimento e certificação dos alimentos produzidos no meio rural como orgânicos. Fomentar a criação de comitês locais para o acompanhamento e apoio aos produtores orgânicos da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas, discutindo a expansão do mercado e a adequação dos produtos a normas dos mercados de produtos orgânicos nacional e internacional.

Difundir os produtos orgânicos da RMR nos meios de comunicação, desenvolvendo a cultura de consumo de produtos orgânicos e saudáveis.

Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos, Federações, FAEPE, SENAR, IBD, Secretaria de Produção Rural de Pernambuco, SEBRAE..

3.15. Realização de pesquisa quantitativa anual junto às empresas da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas

Contexto: Com base em estudos e entrevistas anteriores, identificou-se a necessidade de realizar pesquisa quantitativa para atualização e ampliação dos padrões de oferta e demanda dos pequenos negócios no território. Aspectos mercadológicos, institucionais, organizacionais e de inovação precisam estar sempre sendo caracterizados para permitir a maior assertividade dos diversos agentes que atuam para o desenvolvimento da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas.

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Recomendações Ambiente mais impactado

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Realizar pesquisa com aplicação de questionários padronizados junto a empresas da Cadeia de Valor, com amostragem de confiabilidade de 90% do total de pequenos negócios da Cadeia no território, preferencialmente no segundo semestre do ano corrente.

Tratar dados, analisar e divulgar os resultados obtidos na pesquisa quantitativa junto a parceiros institucionais e empresas da Cadeia de Valor.

A partir dos resultados, reorientar atuação das instituições na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas.

Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos, Federações e SEBRAE.

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4. Considerações finais

O presente estudo da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas na RMR constatou que esta cadeia tem grande representatividade na economia pernambucana e, além de ser muito diversificada, apresenta uma cultura própria, vastamente reconhecida. A criatividade dos empreendedores locais é ajudada pela forte concentração geográfica dos negócios, vinculados desde a produção in natura, passando pela industrialização, comercialização e varejo até o consumo final.

Por outro lado, o estudo também detecta que problemas internos à Cadeia precisam ser resolvidos. A apresentação de produtos é precária, as embalagens usadas são de baixa qualidade e o atendimento aos clientes é insatisfatório, também em termos de qualidade. As entrevistas com representantes dos pequenos negócios da cadeia de valor em questão levam à conclusão que a gestão financeira dos negócios é pouco qualificada e que há insuficiente interação e consequente integração comercial entre produtores rurais, indústrias, mercados, bares e restaurantes.

O cenário macroeconômico atual propicia momentos interessantes para a Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas. Com a atual desvalorização cambial, o turismo interno está aquecido. Com isto, o consumo de alimentos e bebidas é afetado positivamente, gerando crescimento em vendas e novas oportunidades para o comércio local. Por outro lado, a mesma desvalorização cambial encareceu a importação de alguns insumos essenciais para a produção local de alimentos e bebidas que dependem destes insumos, como o trigo, por exemplo, que afeta o setor de panificação. Outro fato preocupante no momento está relacionado à crise econômica que assola o país e que afeta diretamente a renda das famílias que, por conta de sua redução, traz consequências diretas para o consumo, inclusive, de alimentos e bebidas.

Apesar de estes fatores macroeconômicos trazerem incertezas para os pequenos negócios da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas, oportunidades também se fazem presentes e foram detectadas neste estudo, como a disponibilidade de linhas de crédito para investimentos e capital de giro; o interesse dos agentes econômicos em fazer parcerias institucionais para a internacionalização da culinária local; e, iniciativas para a aproximação entre produtores e comerciantes.

É Importante destacar, porém, que muitas ações precisam ser desenvolvidas, a partir das diretrizes e recomendações aqui contidas, para que gargalos e problemas como a grande

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informalidade dos comércios de rua; a adequação insuficiente às normas sanitárias vigentes; o entendimento da complexa carga tributária brasileira, dentre outros da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas, venham a ser resolvidos.

Por fim, ao apresentar esse estudo analítico e prospectivo das interações entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas da Região Metropolitana do Recife (RMR), o SEBRAE Pernambuco tem a satisfação de contribuir aqui com o objetivo institucional de promover o conhecimento sobre e para os pequenos negócios.

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5. Referências

Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL).<http://www.abrasel.com.br/>. Acesso em Abril, 2016.

Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Departamento de Economia e Pesquisa. <http://www.abrasnet.com.br/economia-e-pesquisa/>. Acesso em Março, 2016.

Kotler, Philip e Keller, Kevin Lane. Administração de Marketing. Ed. 14. Pearson Education, 2012.

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), <https://caged.maisemprego.mte.gov.br/portalcaged/paginas/home/home.xhtml>. Acesso em Março, 2016.

Portal Administração. Análise SWOT Conceito e Aplicação. <http://www.portal-administracao.com/2014/01/analise-swot-conceito-e-aplicacao.html>. Acesso em Abril, 2016.

Porter, M.E. Vantagem Competitiva. Criando e Sustentando um Desempenho Maior. Ed. Campus, 27ª. Ed. 1989.

Receita Federal do Brasil. Estatísticas do SIMPLES Nacional. <http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Aplicacoes/ATBHE/estatisticasSinac.app/. Acesso em

Março, 2016 >.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Arranjo Produtivo Local – Série Empreendimentos Coletivos. <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/Arranjo-produtivo-local-%E2%80%93-S%C3%A9rie-Empreendimentos-Coletivos>. Acesso em Abril, 2016.

__________________. Programa Nacional de Encadeamento Produtivo.

<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/Programas/Programa-Nacional-de-Encadeamento-Produtivo. Acesso em Abril, 2016>.

__________________. ENCADEAR. Fórum de Encadeamento Produtivo. Pequenas e Grandes

Empresas Trabalhando Juntas.<http://www.encadearsebrae.com.br/Apresentacao.asp. Acesso em Abril,

2016>.

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APÊNDICES

Apêndice I - Relação, quantidades e descrição dos CNAE que compõem a Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas na Região Metropolitana do Recife, por camada de agregação de valor, em março de 2016.

Apêndice II - Cartografia da distribuição espacial dos pequenos negócios da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas em Pernambuco (totais por município, e totais por camadas de agregação de valor), onde:

Mapa 1: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas

Mapa 2: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Produção de Matéria-prima na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas

Mapa 3: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Beneficiamento na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas

Mapa 4: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Distribuição na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas

Mapa 5: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Comercialização na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas

Mapa 6: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Prestação de Serviços na Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas

Apêndice III - Questionário para aplicação com pequenos negócios da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas.

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CNAE QUE COMPÕEM A CADEIA DE VALOR DE ALIMENTOS E BEBIDAS NA REGIÃO

METROPOLITANA DO RECIFE, POR CAMADA DE AGREGAÇÃO DE VALOR, EM MARÇO DE 2016.

1 – PRODUÇÃO DE MATÉRIA PRIMA

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Abate de aves 1012101 65

Apicultura 159801 1

Atividades de apoio à aqüicultura em água doce 322107 1

Criação de bovinos para corte 151201 3

Criação de bovinos para leite 151202 1

Criação de bovinos, exceto para corte e leite 151203 1

Criação de camarões em AGUA doce 322102 3

Criação de frangos para corte 155501 1

Criação de outros galináceos, exceto para corte 155503 1

Criação de peixes em AGUA doce 322101 1

Criação de suínos 154700 1

Frigorífico - abate de bovinos 1011201 3

Frigorífico - abate de ovinos e caprinos 1011203 1

Horticultura, exceto morango 121101 2

Matadouro - abate de reses sob contrato, exceto abate de suínos 1011205 2

Peixaria 4722902 358

Produção de ovos 155505 5

TOTAL 17 CNAE 450

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2 – BENEFICIAMENTO

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Fabricação de açúcar em bruto 1071600 2

Fabricação de AGUAs envasadas 1121600 36

Fabricação de alimentos e pratos prontos 1096100 174

Fabricação de amidos e féculas de vegetais 1065101 12

Fabricação de biscoitos e bolachas 1092900 55

Fabricação de conservas de frutas 1031700 45

Fabricação de conservas de legumes e outros vegetais, exceto palmito 1032599 9

Fabricação de conservas de peixes, crustáceos e moluscos 1020102 1

Fabricação de especiarias, molhos, temperos e condimentos 1095300 51

Fabricação de farinha de mandioca e derivados 1063500 8

Fabricação de farinha de milho e derivados, exceto óleos de milho 1064300 8

Fabricação de fermentos e leveduras 1099603 2

Fabricação de frutas cristalizadas, balas e semelhantes 1093702 17

Fabricação de gelo comum 1099604 65

Fabricação de laticínios 1052000 17

Fabricação de máquinas e equipamentos para as indústrias de alimentos, bebidas e fumo, peças e acessórios

2862300 3

Fabricação de massas alimentícias 1094500 298

Fabricação de outras bebidas não-alcoólicas não especificadas anteriormente 1122499 14

Fabricação de outros produtos alimentícios não especificados anteriormente 1099699 53

Fabricação de produtos de carne 1013901 12

Fabricação de produtos de padaria e confeitaria com predominância de produção própria 1091102 1.245

Fabricação de produtos de panificação industrial 1091101 378

Fabricação de produtos derivados do cacau e de chocolates 1093701 123

Fabricação de produtos do arroz 1061902 2

Fabricação de refrescos, xaropes e pós para refrescos, exceto refrescos de frutas 1122403 6

Fabricação de sorvetes e outros gelados comestíveis 1053800 41

Fabricação de sucos concentrados de frutas, hortaliças e legumes 1033301 7

Fabricação de sucos de frutas, hortaliças e legumes, exceto concentrados 1033302 19

Fabricação de vinagres 1099601 11

Moagem de trigo e fabricação de derivados 1062700 2

Moagem e fabricação de produtos de origem vegetal não especificados anteriormente 1069400 12

TOTAL 31 CNAE 2.728

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3 – DISTRIBUIÇÃO

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Comércio atacadista de AGUA mineral 4635401 32

Comércio atacadista de aves abatidas e derivados 4634602 2

Comércio atacadista de aves vivas e ovos 4633802 7

Comércio atacadista de bebidas com atividade de fracionamento e acondicionamento associada

4635403 7

Comércio atacadista de bebidas não especificadas anteriormente 4635499 3

Comércio atacadista de café em grão 4621400 1

Comércio atacadista de café torrado, moído e solúvel 4637101 2

Comércio atacadista de carnes bovinas e suínas e derivados 4634601 5

Comércio atacadista de cereais e leguminosas beneficiados 4632001 3

Comércio atacadista de cereais e leguminosas beneficiados, farinhas, amidos e féculas, com atividade de fracionamento e acondicionamento associada

4632003 2

Comércio atacadista de cerveja, chope e refrigerante 4635402 3

Comércio atacadista de chocolates, confeitos, balas, bombons e semelhantes 4637107 7

Comércio atacadista de farinhas, amidos e féculas 4632002 5

Comércio atacadista de frutas, verduras, raízes, tubérculos, hortaliças e legumes frescos 4633801 53

Comércio atacadista de leite e laticínios 4631100 8

Comércio atacadista de massas alimentícias 4637105 2

Comércio atacadista de pães, bolos, biscoitos e similares 4637104 23

Comércio atacadista de pescados e frutos do mar 4634603 16

Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral 4639701 37

Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral, com atividade de fracionamento e acondicionamento associada

4639702 2

Comércio atacadista de sorvetes 4637106 3

Comércio atacadista especializado em outros produtos alimentícios não especificados anteriormente

4637199 12

Distribuição de AGUA por caminhões 3600602 59

Representantes comerciais e agentes do comércio de produtos alimentícios, bebidas e fumo

4617600 82

Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, intermunicipal, interestadual e internacional

4930202 1.117

Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, municipal 4930201 1.342

TOTAL 26 CNAE 2.835

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4 – COMERCALIZAÇÃO DE PRODUTOS ACABADOS

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Comércio varejista de bebidas 4723700 3677

Comércio varejista de carnes - açougues 4722901 630

Comércio varejista de doces, balas, bombons e semelhantes 4721104 754

Comércio varejista de hortifrutigranjeiros 4724500 1.305

Comércio varejista de laticínios e frios 4721103 882

Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - hipermercados

4711301 30

Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns

4712100 3.874

Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - supermercados

4711302 54

Comércio varejista de outros produtos não especificados anteriormente 4789099 1.658

Comércio varejista de produtos alimentícios em geral ou especializado em produtos alimentícios não especificados anteriormente

4729699 1.819

Padaria e confeitaria com predominância de revenda 4721102 739

TOTAL 11 CNAE 15.422

5 – FORNECIMENTO DE ALIMENTOS PREPARADOS E SERVIÇOS DE SUPORTE

Descrição CNAE N. P.N.

Aluguel de máquinas e equipamentos agrícolas sem operador 7731400 19

Bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas 5611202 1.790

Cantinas - serviços de alimentação privativos 5620103 105

Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar 5620104 3.171

Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para empresas 5620101 615

Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares 5611203 4.897

Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos para as indústrias de alimentos, bebidas e fumo

3314719 46

Restaurantes e similares 5611201 3.245

Serviços ambulantes de alimentação 5612100 3.196

Serviços de alimentação para eventos e recepções – bufê 5620102 439

TOTAL 10 CNAE 17.523

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Questionário Aplicável ao Setor de Alimentos e Bebidas da Região

Metropolitana do Recife

1 - Em que cidade está localizado o seu negócio?

2 - Qual é o tipo de atividade do negócio? (Marcar ao lado e sublinhar as atividades

correspondentes)

3 - Qual o enquadramento do porte da empresa?

4 - A compra dos produtos ou a contratação dos serviços, para fabricação ou revenda de

mercadoria, é feita na Região Metropolitana do Recife (Recife e entorno)?

5 - Porque compra (ou contrata) fora da Região Metropolitana do Recife? (Caso não compre

produtos ou contrate serviços na Região ou compre/contrate pouco) - Escolher uma ou mais

opções.

Recife

Jaboatão dos Guararapes

Olinda

Outro. Qual? _______________________________________________

Paulista

Produção de Insumos e Agropecuária (bovinos, caprinovinos, fruticultura, horticultura, aquacultura e etc)

Laticínios/ Processados/ Abatedouro/ Agroindústria em geral

Distribuição e Logística/ Representação/ Comércio Atacadista/ Comércio Varejista

Mercadinho/ Mercado/ Supermercado/ Padaria/Delicatessen/ Confeitaria e afins

Restaurante/ Bar/ Bufê/ Merenda/ Serviços de "marmita"

Microempreendedor Individual

Microempresa

Empresa de Pequeno Porte

Sim, totalmente. Citar Municípios: _______________________________________________________

Sim, mais da metade dos produtos/serviços. Citar Municípios: ________________________________

Sim, menos da metade dos produtos/serviços. Citar Municípios: _______________________________

Sim, mas apenas poucos produtos/serviços. Citar Municípios: _________________________________

Não, toda minha matéria prima (ou todos os meus serviços) é/são comprada(os) fora da região Metropolitana do Recife, mas em outras regiões de Pernambuco. Citar Municípios: _________________________________________________________________________________

Não, toda minha matéria prima ou todo serviço que contrato é comprado ou contratado fora de Pernambuco.

A região não possui o(s) produto(s)/serviço(s) que preciso comprar.

O preço, do produto ou do serviço local, é elevado.

O fornecedor local não conseguiria atender a quantidade que preciso.

O produto ou serviço local é de baixa qualidade.

A entrega não é feita de forma adequada.

Outro motivo. Qual? _________________________________________________________________

Não conheço ninguém possa me fornecer o que preciso na localidade.

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5.1 - Compraria ou voltaria a comprar se houvesse melhoria desses fornecedores locais?

6 - Você conhece quem são seus concorrentes locais?

7 - Há trocas de informações entre Você e seus concorrentes?

8 - (Caso responda Sim na questão 7) Vocês compartilham alguns dos mesmos fornecedores?

9 - Em relação a comunicação, você acredita que no segmento de alimentos e bebidas:

(Responder uma ou mais opções)

10 - De que forma Você acha que poderia conseguir maior mercado? (Escolher uma ou mais

opções)

Sim.

Não. Por que? ____________________________________________________________

Talvez. Por que? __________________________________________________________

Sim, todos.

Sim, alguns.

Não.

Sim, Trocamos informações sobre:

Não troco informações com meus concorrentes.

Mercado geral e local

Fornecedores

Clientes

Custo das mercadorias e outros custos

Precificação da mercadoria que vendemos

Outros: _______________________________________________

Sim, fornecedores da Região Metropolitana do Recife e de outras regiões.

Sim, mas apenas fornecedores da Região Metropolitana do Recife.

Sim, mas apenas fornecedores externos.

Não trabalhamos com os mesmo fornecedores.

Os setores se comunicam bem, fazendo com que o segmento seja bem integrado

Falta atuação mais forte das associações, sindicatos e entidades empresariais, para integração dos setores da cadeia de valor de alimentos e bebidas

Conseguimos nos relacionar com nossos concorrentes, inclusive trocando informações de forma frequente

Sinto que não há interação entre as pequenas empresas e as grandes empresas

A comunicação com os fornecedores e parceiros não é clara e muitas vezes há perda de informação

Outros: _____________________________________________________________________________

Os sindicatos são bem atuantes, promovendo encontros e palestras entre os empresários

A rotatividade dos funcionários é alta e a comunicação com os clientes, na maioria das vezes, é difícil.

Existem diversas associações e grupos empresariais que são de fácil acesso para quem busca apoio

Acredito que com maior investimento em marketing e propaganda, principalmente na localidade em que atuo

Através de uma participação mais ativa em associações, grupos empresariais em entidades de classe, que reúnam empresas do setor

Com maior apoio do sistema S (SEBRAE, Senai e Senac) para novos cursos de inserção em vendas diretas e indiretas, gestão financeira e gestão de pessoas.

Criação de E-commerce (Vendas online) e maior exposição da minha marca nas mídias socias

Outros: _____________________________________________________________________________

Acredito que já sou percebido pela população local.

Fazendo parcerias com outras empresas para ampliação de visibilidade da marca.

Melhorando meus processos internos e também no atendimento ao cliente

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11 - Você acredita que a informalidade atrapalha seu negócio?

12 - Você conhece as Rodadas de Negócios que o SEBRAE apoia em algumas regiões com o

intuito de reunir empresários que demandam e ofertam produtos e serviços?

12.1 - (Caso respondeu Não ou Sim, mas nunca participou) Gostaria de participar?

13 - Existe qualificação suficiente da mão-de-obra local?

13.1 - Existem órgãos que qualifiquem e certifiquem a mão-de-obra da região?

14 - Os clientes conseguem avaliar os serviços prestados ou os produtos comprados em sua

empresa?

15 - Você enxerga oportunidades para o desenvolvimento da atividade em que você atua,

dentro da cadeia de valor de alimentos e bebidas, na Região Metropolitana do Recife?

16 - A situação política e econômica do Brasil está afetando seu negócio?

Sim. Porquê? ________________________________________________________________________

Não, acredito que não há informalidade nas atividades do meu segmento.

Não, a informalidade existe, mas não afeta o rendimento do meu segmento.

Sim, já participei.Sim, mas nunca participei.

Não.

Sim.

Não.

Sim.

Não. Citar o(s) segmento(s) carente(s): Atendimento ao público

Distribuição e Logística/ EstoqueCozinha/ Preparo do alimento

Outros: __________________________________________Representação Comercial

Sim, quais? _________________________________________________________

Não.

Sim, através dos meus funcionários que me repassam a informação ou direto à mim.

Sim, através de diversos canais que disponibilizo, como por exemplo nas mídias sociais, site próprio, pesquisa de satisfação no estabelecimento.

Sim, temos todos os mecanismos necessários para avaliar a satisfação do cliente, inclusive com funcionários de pós-venda.

Não, a rotatividade dos clientes é muito alta e não tenho condições de fazer esse tipo de trabalho.

Não.

Sim, quais? _________________________________________________________________________

Não. Por que? _______________________________________________________________________

Houve redução do meu faturamento devido a quantidade de clientes, que diminuiu.

Demiti funcionários e creio que outros também demitiram no meu tipo de atividade.

Percebi o fechamento de empresas no meu tipo de atividade.

Outros: ____________________________________________________________________________

Venho acompanhando o que está acontecendo, porém não acredito que me afetou diretamente.

O preço dos produtos e/ou dos serviços que compro/contrato dos meus fornecedores aumentou, com isso o preço dos meus produtos e/ou dos meus serviços também aumentou.

O custo das demais despesas ligadas ao meu produto aumentou, com isso o valor cobrado pelo meu produto e/ou meu serviço aumentou. Ex.: Aumento no Combustível, Luz e Água, impostos, frete, etc.

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