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De fora da Via-Láctea, vê-se a pequena mancha roxa que representa todas as estrelas que compõem as 88 constelações que
vemos da Terra.
Descemos e giramos um pouco para ver de outro ângulo. 88 constelações, centenas de estrelas espalhadas por milhares de
anos-luz, e mal as vemos dessa distância.
Vamos chegar mais perto.
Note que 99% das estrelas que compõem nossas constelações estão concentradas numa região quase pontual da Via-Láctea.
As linhas mais compridas terminam nas estrelas mais distantes que compõem a imagem de uma constelação. A Via-Láctea tem 30 Kpc de diâmetro; nosso grupo "constelatório" mal passa de 5 Kpc.
Agora vamos iniciar um zoom progressivo. O destino final é o nosso Sistema Solar.
Como as constelações são desenhos imaginários vistos da Terra, olhando-se de
fora a maioria das linhas imaginárias converge para um ponto central, onde está
nosso planeta.
Algumas estrelas individuais começam a ficar visíveis.
Estamos nos aproximando.
Observe as linhas que unem umas estrelas a outras. Se estivéssemos na Terra, veríamos
essas linhas formando as constelações.
Continuamos nos aproximando, sempre na mesma direção. No centro da imagem já se pode distinguir o
nosso Sol, apesar de ainda muito tenuamente: estamos a quase 150 anos-luz dele.
A essa distância, algumas linhas começam a se parecer mais com as constelações que
conhecemos.
O brilho da nossa estrela-natal já começa a se destacar.
As coisas começam a ficar mais familiares; eis a órbita de Plutão.
Aqui, vemos todo o sistema solar exterior. As constelações próximas já aparecem como
estamos acostumados a vê-las.
Aqui, vemos apenas o sistema solar interior. O quinto planeta, Júpiter, está tão longe do Sol que
não cabe na tela.
Nossa viagem chegou ao fim: vemos a Terra no centro e a Lua no alto. Repare como ela também
fica tão longe de nós que parece apenas um pontinho perdido no espaço.
Imagens: livre manipulação do software de simulação astronômica ‘Celestia’http://www.shatters.net/celestia/
Texto: Alexandre Rosashttps://twitter.com/#!/Alelex88