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Anais do 50º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 50th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
22 a 25 de maio 2006 – Blumenau, SC ESTUDO DA CONFORMIDADE DE COMPONENTES CERÂMICOS: TELHAS
SIMPLES DE SOBREPOSIÇÃO DE CAPA E CANAL COLONIAL DA CERÂMICA PROGRESSO LTDA DO VALE DO ASSÚ-RN, SEGUNDO A NOVA NORMA DA
ABNT
W. B.N. de Sousa1*; U. U. Gomes2; R. M. do Nascimento 3; E. C. da Silva 1; P.C.A. Gondin1
1 Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais, UFRN, Lagoa Nova, S/N, 59072-970, Natal-RN, *[email protected]
2 Departamento de Física Teórica e Experimental, UFRN, 59072-970, Natal-RN; 3 Departamento de Engenharia Mecânica, UFRN, 59072-970, Natal-RN
RESUMO
O setor de cerâmica estrutural no Estado do Rio Grande do Norte, está
passando por momento de inovação no que diz respeito à busca incessante da
qualidade do produto final; com o intuito de otimizar tanto os recursos naturais como
energéticos, bem como satisfazer as normas vigentes e garantir os direitos dos
consumidores. Este trabalho tem como objetivo a caracterização das telhas simples
de sobreposição de capa e canal colonial da Cerâmica Progresso Ltda, a qual
encontra-se localizada no Vale do Assú-RN, utilizando os procedimentos dos
métodos de ensaio, de acordo com a ABNT NBR 15310:2005. Os resultados obtidos
mostram que as telhas atenderam tanto os requisitos gerais como os específicos da
norma vigente.
Palavras-chave: Cerâmica estrutural, qualidade, processamento cerâmico, caracterização. INTRODUÇÃO
O setor de cerâmica vermelha a nível nacional, e principalmente, no Estado
do Rio Grande do Norte está passando por um momento de inovação. Os
empresários deste segmento estão buscando junto com os órgãos responsáveis,
traçar diretrizes e ações que venham somar na melhoria contínua da qualidade dos
produtos; sempre com o pensamento de se otimizar os recursos naturais e
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Anais do 50º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 50th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
22 a 25 de maio 2006 – Blumenau, SC energéticos, bem como preservar tanto o meio ambiente como também os direitos
dos consumidores.
Entretanto, em virtude da cadeia produtiva da Construção Civil ter um
histórico de grandes desigualdades nos padrões de qualidade tanto dos produtos
quanto dos serviços oferecidos, o Governo Federal, através do Ministério das
Cidades, criou o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade (PBQP), em
1990; cujo principal objetivo era modernizar a cadeia produtiva nacional, dar
orientação e auxiliar as empresas no enfrentamento da abertura comercial brasileira.
Porém, houve a necessidade de se ampliar o seu escopo, o qual havia sido
instituído pela Portaria MPO nº134 (em 18 de dezembro de 1998) do Programa
Brasileiro da Qualidade e Produtividade na Construção Habitacional para Programa
Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat, em 21 de julho de 2000. Em 26
de outubro de 2001, o Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal, sofreu algumas
alterações para o período de 2000/2003 e com isso, o PBQP foi excluído; optando-
se pela inauguração de uma nova forma de atuação, atualmente, intitulada por
“Movimento da Qualidade e Produtividade no Brasil para a década de 2001-
2010”. Em virtude disso, o PBQP-H, permanece cada vez mais fortalecido; ficando
sob a responsabilidade da SEDU/PR – Secretaria Especial de Desenvolvimento
Urbano da Presidência da República (1), (2).
O Programa Setorial da Qualidade (PSQ) tem como objetivo assegurar a
implantação de mecanismos específicos de combate à não conformidade na
fabricação e nas revendas dos produtos, garantindo, por meio da adequação às
Normas Técnicas Brasileiras as condições exigíveis no recebimento destes
produtos, com o intuito de aprimorar e padronizar os produtos deste setor, tendo a
sociedade civil como a principal beneficiária destas ações (3).
Diante deste contexto, foi criado o Arranjo Produtivo Local (APL) da Cerâmica
Vermelha do RN, em julho de 2005, que tem como objetivo primordial, ajudar as
pequenas e médias empresas com financiamento e ações para o seu
desenvolvimento. Atualmente, há 15 empresas fazendo parte do APL, onde a
Cerâmica Progresso Ltda encontra-se inserida, as quais estão buscando
incessantemente atingir a qualidade dos seus produtos cerâmicos, por meio da
implantação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), que visa a melhoria
contínua tanto do produto como do processo produtivo; conseqüentemente,
ocasionará a otimização dos recursos naturais e energéticos (6).
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Anais do 50º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 50th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
22 a 25 de maio 2006 – Blumenau, SC Em função da inovação das Universidades Federias em abrir para a
sociedade civil a empregabilidade dos conhecimentos, o que é uma realidade da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), foi feita uma parceria entre a
Cerâmica Progresso Ltda, localizada na cidade do Assú-RN e a UFRN para o
desenvolvimento deste trabalho a nível de pós-graduação; onde aquela colocou
suas instalações à disposição para que fosse realizado a implantação de alguns
controles no processo produtivo e esta com a infra-estrutura laboratorial para o
desenvolvimento dos ensaios cerâmicos necessários para a realizar caracterização
do produto final.
Este trabalho faz parte de uma pesquisa que está sendo desenvolvida na
UFRN e objetivou estudar a conformidade das telhas simples de sobreposição de
capa e canal colonial da Cerâmica Progresso Ltda por meio dos resultados obtidos
da caracterização do produto, a qual foi realizada seguindo os procedimentos
laboratoriais, que por sua vez, são baseados nos anexos normativos da norma
ABNT NBR 15310:2005.
MATERIAIS E MÉTODOS
O material utilizado para o desenvolvimento do presente trabalho foi telhas
simples de sobreposição de capa e canal colonial fornecidas pela Cerâmica
Progresso Ltda. A caracterização das telhas foi realizada em duas etapas. Onde na
primeira etapa realizou-se a coleta das mesmas diretamente no pátio da empresa,
adotando-se a dupla amostragem, sendo cada amostra constituída por 30 telhas,
que por sua vez, foi feita a inspeção geral, segundo o item 7.3 da ABNT NBR
15310:2005; de acordo com a TABELA I. Na seqüência, após os corpos-de-prova
terem sido aprovados na inspeção geral, realizou-se a segunda etapa por meio da
caracterização dos corpos-de-prova de acordo com o item 7.4 inspeção por ensaios.
TABELA I - Número de telhas amostradas para a inspeção geral.
NÚMEROS DE TELHAS VERIFICAÇÕES
1ª AMOSTRAGEM 2ª AMOSTRAGEM
30 30
IDENTIFICAÇÃO, CARACTERÍSTICAS VISUAIS E SONORIDADE
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Anais do 50º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 50th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
22 a 25 de maio 2006 – Blumenau, SC A amostragem para a inspeção por ensaios foi feita de acordo com a TABELA
II e os ensaios foram realizados segundo os procedimentos laboratoriais, que tem
como base, os Anexos Normativos (A, B, C, D e E) da ABNT NBR 15310:2005.
TABELA II - Número de telhas amostradas para a realização dos ensaios.
NÚMEROS DE TELHAS
1ª AMOSTRAGEM 2ª AMOSTRAGEMVERIFICAÇÕES
6 6 CARGA DE RUPTURA À FLEXÃO CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS
PLANARIDADE ABSORÇÃO DE ÁGUA (AA)
AMOSTRAGEM SIMPLES 6
IMPERMEABILIDADE
Determinação das características dimensionais
O ensaio de determinação das características dimensionais foi realizado
utilizando-se uma trena metálica e um paquímetro, ambos com sensibilidade de 1
mm. As telhas, em um total de 12 corpos-de-prova (sendo 6 capa e 6 canal), foram
dispostas em uma superfície plana e indeformável onde foi realizada a medição
dimensional, tais como: comprimento de fabricação (C), largura de fabricação (L),
posição do pino (Lp) e a altura do pino (Hp), efetuando a medição no sentido
transversal e longitudinal, sempre na maior dimensão da telha, ou seja, medindo-se
tanto o maior comprimento como a maior largura, segundo ilustrado na FIGURA 1.
FIGURA 1 - Determinação das características dimensionais.
Determinação do rendimento médio (RM)
O ensaio de determinação do rendimento médio foi realizado utilizando-se de
um paquímetro e uma trena metálica, ambos graduados com sensibilidade de 1 mm.
Para a realização deste ensaio, as telhas foram arranjadas de acordo com a
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Anais do 50º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 50th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
22 a 25 de maio 2006 – Blumenau, SC FIGURA 2, onde uma telha é fixada no centro e as demais são ajustadas em volta.
Em cada novo conjunto de medições, a telha central foi substituída quatro vezes. A
cada substituição da posição das telhas, foram feitas duas medições da largura útil,
mínima e máxima, e duas medições do comprimento útil, mínimo e máximo. Esses
valores mínimos e máximos são obtidos conforme o menor e o maior afastamento
entre si das telhas. Levando-se em consideração a menor sobreposição longitudinal
(14%) e maior sobreposição longitudinal (18%).
FIGURA 2 - Determinação do rendimento médio.
De mãos dos valores mínimos e máximos da largura útil e do comprimento útil,
calcula-se a média aritmética. Logo, esses valores médios são utilizados na
determinação da área útil média, definida como a Área Útil da Telha (Au), a qual é
obtida pelo produto da Largura Útil Média (Lu,m) e Comprimento Útil Médio (Cu,m), de
acordo com a expressão: (A) (Au) = (Lu,m) x (Cu,m)
Então, o rendimento médio (Rm) é calculado segundo a seguinte expressão:
(B) (Rm) = 1 / Au
Determinação da planaridade (Pl)
As telhas foram ensaiadas sobre uma superfície plana e indeformável, de
dimensões maiores que as telhas. As medições nas telhas foram realizadas
apoiando-as em três pontos e medindo-se o afastamento máximo da superfície de
apoio, conforme mostrado esquematicamente na FIGURA 3.
FIGURA 3 - Medição esquemática da planaridade.
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Anais do 50º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 50th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
22 a 25 de maio 2006 – Blumenau, SC Determinação da absorção de água (AA)
Para a determinação da absorção de água foram usados uma balança Modelo
B-TEC-4100 da Tecnal, com capacidade de 4100 g e sensibilidade de 0,01 g; estufa
FANEM com temperatura controlada em (105 ± 5)ºC, um termohigrômetro para
medir a temperatura ambiente e umidade relativa do ar, concomitantemente, durante
a realização do ensaio; um recipiente para acomodar os corpos-de-prova,
totalmente, imersos em água durante o ensaio; pano limpo e úmido.
Para a obtenção da absorção de água (AA) realizou-se o procedimento a
seguir: Determinação da Massa Seca (ms)
a) Realizou-se a limpeza dos corpos-de-prova retirando pó, partículas e
rebarbas;
b) Identificou-se cada corpo-de-prova;
c) Submeteu-se os corpos-de-prova à secagem em estufa a (105 ± 5)ºC;
d) Determinou-se a massa individual, em intervalos de 1 hora, até que as
duas pesagens consecutivas de cada um dos corpos-de-prova diferissem
em no máximo 0,25%, pesando-os imediatamente após a remoção da
estufa;
e) Mediu-se a massa seca (ms) dos corpos-de-prova após a estabilização
das pesagens, nas condições acima estabelecidas, expressando-as em
gramas.
Determinação da Massa Úmida (mu)
a) Após a determinação da massa seca (ms), os corpos-de-prova foram
colocados em recipiente cujas dimensões apropriadas, preenchido com
água à temperatura ambiente, em volume suficiente para mantê-los
totalmente imersos;
b) Os corpos-de-prova permaneceram em água à temperatura ambiente, isto
é, sem fervê-la; durante 24 horas;
c) A água remanescente foi removida com o auxílio de um pano limpo e
úmido, tendo cuidado para que o tempo decorrido entre a remoção do
excesso de água na superfície e o término das pesagens não ultrapasse
15 minutos;
d) A massa úmida (mu) expressa em gramas, é determinada pela pesagem
de cada corpo-de-prova saturado;
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Anais do 50º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 50th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
22 a 25 de maio 2006 – Blumenau, SC Os resultados das pesagens são expressos em gramas e a determinação do
índice de absorção de água (AA) de cada corpo-de-prova foi determinado pela
expressão: mu - ms AA (%) (C) = x 100 ms
Onde mu e ms representam a massa úmida e a massa seca de cada corpo-de-prova,
respectivamente, expressas em gramas.
Determinação da impermeabilidade
Para a determinação da impermeabilidade foram utilizados uma pistola de cola
quente, bastões de silicone, isopor de espessura suficiente para que não houvesse
vazamento, porta amostra, espelho, termohigrômetro e uma estufa FANEM. Para a
realização deste ensaio, as telhas sofreram um tratamento preliminar que englobou
as operações:
a) As telhas utilizadas foram aquelas que já haviam sido ensaiadas para
determinação da absorção de água, devido as mesmas já terem ficado
um período de no mínimo 24 horas imersas em água à temperatura
ambiente, conforme item B4 alínea a) da ABNT NBR 15310:2005;
b) Em seguida os corpos-de-prova foram colocados e secados em uma
estufa FANEM, onde a temperatura de (105ºC ± 5)ºC foi mantida
constante durante esta etapa;
c) Os corpos-de-prova foram pesados imediatamente após a remoção da
estufa, sendo sua massa determinada em intervalos de 1 hora, até que
duas pesagens consecutivas de cada corpo-de-prova diferissem no
máximo em 0,25%;
d) Após a estabilização das pesagens de acordo com o critério acima
declarado, os corpos-de-prova foram resfriados naturalmente até
atingirem a temperatura ambiente;
e) Em seguida, os corpos-de-prova foram selados (com uma área recoberta
de 70% do tamanho total da telha, isto é, 35 cm) e colocados nos porta
amostras conforme indicado na FIGURA 4. Posteriormente, preencheu-se
com água o canal da telha, suficientemente, para que a coluna de água
se mantivesse constante durante a realização do ensaio por meio da
reposição de água, caso necessitasse;
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Anais do 50º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 50th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
22 a 25 de maio 2006 – Blumenau, SC f) Os corpos-de-prova foram submetidos à pressão da coluna de água
durante no mínimo 24 horas;
FIGURA 4 - Determinação da impermeabilidade.
Determinação da carga de ruptura (FR)
A determinação da carga de ruptura foi medida utilizando-se um Flexímetro CT-
237, uma trena metálica e um paquímetro, ambos com sensibilidade de 1 mm e um
termohigrômetro. Para a realização deste ensaio se utilizou de 12 telhas íntegras de
defeitos e desenvolveu os seguintes passos:
a) Os corpos-de-prova foram previamente imersos em água à temperatura
ambiente por 24 horas;
b) Após o período de imersão (no mínimo 24 horas), removeu-se a água
remanescente dos corpos-de-prova saturados em água, com o auxílio de
um pano limpo e úmido;
c) Utilizou-se dois apoios inferiores e um cutelo de madeira dura, cujas
dimensões longitudinais são superiores aos dos corpos-de-prova e
aproximadamente 20 mm x 40 mm de seção transversal, revestidos com tira
de feltro nas faces de contato;
d) Assentou-se o cutelo de madeira dura a meia distância das duas arestas
longitudinais do corpo-de-prova. Em seguida pressionou sobre o cutelo a
barra de aço, aplicando-se a carga a uma velocidade constante de (50 ± 5)
N/s, sem golpes, até a ruptura do corpo-de-prova, em ponto correspondente
à metade do comprimento corpo-de-prova, conforme indicado na FIGURA
5;
e) Registrou-se o valor da carga máxima de ruptura, individualmente, dos
corpos-de-prova em newtons, arredondando para uma casa decimal; para
que se fosse calculada a carga máxima de ruptura média;
f) Registrou-se a temperatura ambiente e a umidade relativa do ar durante a
realização do ensaio.
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Anais do 50º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 50th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
22 a 25 de maio 2006 – Blumenau, SC
FIGURA 5 - Ensaio de determinação de carga de ruptura.
Determinação da galga média (Gm)
Para a realização deste ensaio utilizou-se de um equipamento específico e
trena metálica graduada com sensibilidade de 1 mm, onde os corpos-de-prova
foram arranjados conforme a FIGURA 6.
FIGURA 6 - Determinação de galga média.
Em seguida, para se determinar a galga média realizou-se as atividades:
a) Ajustou-se os apoios considerando a situação de afastamento mínimo entre
as telhas (sobreposição de 18%), registrando a medição do comprimento
total mínimo (Ctmín), que corresponde à medida do primeiro ao sexto apoio,
isto é, de cinco vãos. Calculou-se e registrou-se o valor da galga mínima
(Gmín) por meio da expressão:
(D) Gmín = Ctmín / 5
b) Reajustou-se os apoios, considerando o afastamento máximo entre as
telhas (sobreposição de 14%), registrando a medição do comprimento total
máximo (Ctmáx), que corresponde à medida do primeiro ao sexto apoio, ou
seja, cinco vãos; (E) Gmáx = Ctmáx / 5
c) Com os resultados da galga mínima e da galga máxima, calcula-se a galga
média utilizando a equação a seguir: (F) Gm = (Ctmín + Ctmáx) / 2
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Anais do 50º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 50th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
22 a 25 de maio 2006 – Blumenau, SC
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados dos ensaios de caracterização estão apresentados na TABELA
III. Todos os resultados obtidos estão dentro do valor admissível especificados pela
NBR ABNT 15310:2005. Os valores numéricos das características dimensionais
estão todos dentro da faixa que é permitida pela norma. Os valores determinados
para as propriedades físicas, tais como: impermeabilidade e absorção de água,
foram bastante significativos resultando em um produto alta impermeabilidade e com
um índice de absorção de água de 6,7 %. Finalmente, a resistência mecânica
caracterizada pela carga de ruptura à flexão teve como resultado 1570 N (157
kgf/cm2) atendendo confortavelmente aos valores normatizados.
TABELA III - Resultados finais da caracterização do produto.
RESULTADO FINAL DA CARACTERIZAÇÃO
Itens Resultados Temp. Ambiente (ºC)
Umid. Relativa do Ar (%)
Comp. de Fabricação 497,8 mm - - Largura de Fabricação 157,6 mm - - Posição do Pino 464,0 mm - - Altura do Pino 3,3 mm - - Planaridade 3,5 mm - - Rendimento Médio 28 T/m2 - - Galga Média 40,0 cm - - Impermeabilidade Status (impermeável) 29,8 33 Absorção de Água 6,7 % 31,7 51 Carga de Ruptura 1570 N (157 kgf/cm2) 25,5 42 Prescrições da Norma: A tolerância dimensional admitida é de ± 2,0% para as dimensões de fabricação. Para telhas extrudadas, o pino deve ter altura mínima (Hp) de 3 mm. A planaridade não deve ser superior a 5 mm. A telha não deve apresentar vazamentos ou formação de gotas em sua face inferior do ensaio, sendo tolerado o aparecimento de manchas de umidade. O limite máximo admissível para a absorção de água é de 20 %. A carga de ruptura à flexão não deve ser inferior a 1000 N (100 kgf/cm2), para esse tipo de telha. CONCLUSÕES
Os resultados obtidos demonstram que as telhas simples de sobreposição
capa e canal colonial da Cerâmica Progresso Ltda, encontram-se dentro dos
critérios admissíveis pela ABNT NBR 15310:2005.
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Anais do 50º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 50th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
22 a 25 de maio 2006 – Blumenau, SC No entanto, quando se é implantado controles específicos no processo
produtivo, consegue-se minimizar o máximo possível defeitos oriundos do
processamento da matéria-prima até a confecção do produto final, garantido
qualidade permanente ao processo industrial.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (CAPES) pelo auxílio financeiro à realização deste estudo, a
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) por ter disponibilizado as
suas instalações para a realização dos ensaios e a Cerâmica Progresso Ltda por ter
fornecido as telhas para a realização deste trabalho.
REFERÊNCIAS
1. Ambrozewicz, Paulo Henrique Lporte – Sistema de Qualidade: programa
brasileiro de qualidade e produtividade no habitat. – Curitiba: Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional do Paraná,
2003.
2. Mistério das Cidades. Disponível em: http://www.cidades.gov.br. Acesso em
06 de março de 2006.
3. Associação Nacional da Indústria Cerâmica. Disponível em:
hhtp://www.anicer.com.br. Acesso em 07 de março de 2006.
4. Centro Cerâmico do Brasil. Disponível em: http://www.ccb.org.br. Acesso em
09 de março de 2006.
5. Associação Brasileira de Cerâmica. Disponível em:
http://www.abceram.org.br. Acesso em 13 de março de 2006.
6. Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte. Disponível
em: http://www.fiern.org.br. Acesso em 14 de março de 2006.
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Anais do 50º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 50th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
22 a 25 de maio 2006 – Blumenau, SC
STUDY OF THE CONFORMITY OF CERAMIC COMPONENTS: SIMPLES ROOFING TILES OF OVERLAPPING AND LAYER COLONIAL OF CERÂMICA PROGRESSO LTDA FROM VALE DO ASSÚ-RN, ACCORDING TO ABNT NEW
NORM
ABSTRACT
The structural ceramics sector in the State of the Rio Grande do Norte, it is
going by a moment of innovation in that concerns the incessant search of the finished
product quality; with intention to optimize the natural and energetic resources, as well
as satisfying the norms effective and guaranteeing the consumers’ law. This work
has as objective the characterization of the simples roofing tiles of overlapping of
layer colonial of the Cerâmica Progresso Ltda, which meets located in the Vale do
Assú RN, using the procedures of the testing methods, in accordance with ABNT
NBR 15310:2005. The results show that the roofing tiles its according with general
and specifics requirements of vigour norm.
Key-words: structural ceramics, quality, ceramic processing, characterization
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