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8/10/2019 Estratgias Operacionais Para o Mercado de Aes
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA DE ADMINISTRAO
DEPARTAMENTO DE CINCIAS ADMINISTRATIVAS
ESTGIO FINAL ADM 01198
Thiago Canez Bisi
Estratgias Operacional para o Mercado de Aes:Mdia Mvel de 09 Perodos
Porto Alegre
2009
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Thiago Canez Bisi
Estratgias Operacional para o Mercado de Aes:Mdia Mvel de 09 Perodos
Trabalho de concluso do curso de
graduao apresentado ao Departamento de
Cincias Administrativas da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, como requisito
parcial para a obteno do grau de Bacharel
em Administrao.
Orientador: Prof. Oscar Claudino Galli
Porto Alegre
2009
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Thiago Canez Bisi
Estratgias Operacional para o Mercado de Aes:Mdia Mvel de 09 Perodos
Conceito Final:
Aprovado em ......... de ............................. de ................
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. Dr. ............................................... Instituio
________________________________________
Prof. Dr. ............................................... Instituio
________________________________________
Prof. Dr. ............................................... Instituio
________________________________________
Orientador - Prof. Dr. ........................... Instituio
Porto Alegre
2009
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AGRADECIMENTOS
Agradeo imensamente ao professor Oscar Galli, que se mostrou sempre solcito e
disposto a orientar o presente trabalho, apesar dos empecilhos da distncia e do
tempo.
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RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo propor e validar uma metodologia de
aplicao em bolsa de valores que seja acessvel ao investir comum, sem grandes
recursos ou conhecimentos e que ainda assim se mostre rentvel. Utilizou-se
conhecimentos oriundos da anlise grafista para a definio do mtodo e tcnicas
da estatstica para valid-lo. A concluso que o mtodo funciona bem tanto dentro
da teoria quanto da prtica, mostrando na maior parte das vezes resultados
superiores a diversos benchmarks. Um dos pontos mais destacveis que o mtodotem um desempenho muito superior em momentos adversos, resultando em perdas
momentneas muito mais suaves do que numa estratgia de buy and hold.
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SUMRIO
.................................................................................................................................. 8 ............................................................................................................................... 10
1.1. OBJEIO ............................................................................................................................. 12
1.2 JIFICAIA ....................................................................................................................... 12
....................................................................... 14
2.1. AMBIENE DE EDO E ALICAO.................................................................................... 14
2.1.1. M C...................................................................................................... 14
2.1.2. M A......................................................................................................... 14
2.1.3. A A ........................................................................................................................ 15
2.1.4. B............................................................................................................................. 17
2.1.4. L C............................................................................................................... 18
2.1.5. C ..................................................................................................................... 19
2.1.6. C............................................................................................................................ 20
2.2. INCIAI ECOLA DE ANLIE DE MECADO .................................................................. 22
2.2.1. A F ............................................................................................... 22
2.2.2. A G ............................................................................................ 23
2.2.3. ....................................................................... 26
2.3. FEAMENA E CONCEIO ILIADO NA EAGIA................................................. 26
2.3.1. F ....................................................... 26
2.3.2. ................................................................................................................. 29
2.3.3. O ...................................................................................................... 31
2.3.4. ................................................................................................................... 32
2.3.5. M M .............................................................................................................. 34
2.3.6. .............................................................................................................................. 36
2.3.7. O ................................................................................................................... 37
2.3.8. O ................................................................................................................... 38
2.3.9. 0.618 ........................................................................................................ 38
2.4. AEENAO DE CONCEIO DA EAGIA ................................................................ 40
2.4.1. E .......................................................................................................................... 40
2.4.2. .............................................................................................................................. 41
2.4.3. ..................................................................................................... 42
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2.4.4. ................................................................................. 42
3. MEODOLOGIA.............................................................................................................................. 44
3.1. ELEO DE AIO................................................................................................................... 44
3.2. COLEA DE DADO ..................................................................................................................... 45
3.3. BOOA................................................................................................................................ 46
3.4. AIEI EDADA .............................................................................................................. 47
3.4.1. A (%) ............................................................................................................................ 47
3.4.2. L M (%) .................................................................................................................. 47
3.4.3. M (%) .............................................................................................................. 48
3.4.4. M / M ............................................................................... 48
3.4.5. M ....................................................................... 48
3.4.6. N ........................................................................................... 48
3.4.7. (MO) .......................................................................... 49
3.4.8. (MC) ....................................................... 49
3.4.9. ............................................................................. 49
3.4.10. ............................................................................. 49
3.4.11. D (%)................................................................................................................... 50
3.5. ALICAO ............................................................................................................................ 50
4. ELADO DA COLEA DE DADO E ALICAO .................................................................. 52
4.1. ACEO (%) ................................................................................................................................ 53
4.2. LCO MDIO (%) ...................................................................................................................... 54
4.3. EJO MDIO (%).................................................................................................................. 55
4.4. GANHO MDIO / EDA MDIA ......................................................................................... 55
4.5. MIMO DE OEAE EM ACEO..................................................................................... 56
4.6. DADON (%)........................................................................................................................ 57
4.7. NMEO DE OEAE O ANO .......................................................................................... 58
4.8. ENABILIDADE MDIA O OEAO................................................................................... 59
4.9. ENABILIDAE MDIA DA CAEIA O OEAO............................................................... 60
4.10. ENABILIDADE ANAL MDIA DA OEAO....................................................................... 61
4.11. ENABILIDADE ANAL MDIA DA CAEIA O OEAO.............................................. 62
4.12. COMENIO OBE O ELADO.................................................................................... 63
4.13. ELADO DA ALICAO DA EAGIA......................................................................... 63
5. CONCLO .................................................................................................................................. 67
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ANEO DA COLEA E DADO........................................................................................................... 70
ANEO DA ALICAO DA EAGIA.............................................................................................. 90
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1. INTRODUO
O mercado financeiro brasileiro tem sofrido uma rpida transformao no
curso destes ltimos anos (leia-se 2002 em diante). A estabilidade econmica
alcanada com o plano Real criou um cenrio favorvel ao desenvolvimento dos
nossos mercados. A inflao, que era galopante, dificultava a compreenso dos
investimentos e seus reais retornos no tempo, inibindo o investidor mdio de tentar
se sofisticar. Com a inflao controlada, tornou-se vivel que este mesmo investidor
pudesse usufruir de instrumentos financeiros mais sofisticados em busca demelhores rendimentos para suas economias.
Decorrente disso foi possvel perceber um grande incremento nas publicaes
e informaes sobre investimentos, refletindo um amadurecimento do pensamento
das pessoas no que tange a finanas. Este estmulo atingiu de forma especial os
investimentos em renda varivel, principalmente os pertencentes ao mercado
acionrio, mais prximo do investidor comum e objeto de nosso interesse ao longo
deste curso.
Esse interesse pelo mercado de aes no toa. Do fundo de 2002 ao topo
em 2008, representando o ultimo ciclo de alta ao escrever destas linhas, o ndice
Bovespa (principal indicador para representar o desempenho da bolsa de valores no
Brasil) subiu impressionantes 798,84%. Analisadas de forma isolada, um bom
nmero de empresas tiveram desempenho muito superior. As aes mais
negociadas das Lojas Americanas e da Siderrgica Usiminas so bons exemplos.
Utilizando os seus fundos correspondentes ao incio e fim do ciclo de alta do ndice
Bovespa e seus topos histricos individuais (correspondentes ao final do ciclo do
IBOV), estes ativos exibiram uma valorizao mxima de 5.886% e 7.640%
respectivamente. realmente difcil ficar indiferente a nmeros como estes. E so
apenas dois exemplos entre outros tantos.
Altas como estas atraram grandes levas de investidores. O volume mdio
negociado no ndice Bovespa em 2002 era em torno de R$ 450 milhes. Entre o finalde 2007 e o incio de 2008, o volume mdio j estava na faixa de R$ 4,50 bilhes
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2. O PROBLEMA
Com o cenrio de queda da taxa bsica de juros e o amadurecimento
econmico de nosso pas e de nossos cidados, os investimentos em renda varivel
se tornam cada vez mais acessveis e menos desmistificados. No entanto, este tipo
de investimento, ao contrrio da renda fixa, exige do investidor um boa dose de
conhecimento e um perfil de tolerncia ao risco que a maior parte das pessoas no
tem.
Investir em renda varivel muito diferente do que investir em renda fixa. A
renda fixa, via de regra, no possui grandes oscilaes ou surpresas no rendimento.
E este rendimento quase uma certeza de ser nominalmente positivo, o que
conforta e tranqiliza a maior parte dos investidores.
Ao investir em renda varivel, o momento em que se investe e o momento em
que se resgata este investimento faz toda a diferena na rentabilidade. As
oscilaes de preo dos ativos podem colocar o investimento num prejuzo
considervel antes deste reverter para o lucro (se reverter). Este sobe e desce (que
no costuma ocorrer na renda fixa) dos preos e por conseqncia, da rentabilidade
do investimento, gera uma presso emocional gigantesca sobre os investidores, os
quais acabam sucumbindo e tomam decises financeiras equivocadas, as quais no
tomariam se no houvesse presso emocional.
Para exemplificar a questo, podemos imaginar um investimento hipottico
feito no ndice Bovespa, que mede o desempenho ponderado conjunto dos 66principais papis negociados na bolsa de valores. Vamos supor uma estratgia de
buy and hold, que basicamente significa a manuteno deste investimento pelo
maior tempo possvel. Esta a estratgia utilizada pela maioria do pblico leigo que
investe em bolsa. Esta abordagem se fundamenta no dogma difundido que
investimentos em bolsa devem focar no longo prazo para mostrar resultados
(mesmo que no existe uma definio do que longo prazo e isso por si s j
invalida a abordagem).
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Um investimento feito na abertura do primeiro dia de negcios de 2006, teria
sido feito a 33.461,54 pontos. Ao trmino deste primeiro ano, a rentabilidade
acumulada j seria de 32,90%. No segundo ano, de 90,92%. E no auge de 2008,
este investimento chegou a 120,91% aos 73.920,38 pontos. Deste ponto em diante,
o investimento sofreu uma pesada baixa, batendo em 29.435,11. Uma perda de
60,18% desde o valor mximo e colocando o investimento num prejuzo em relao
ao valor investido de 12,03%. Esta variao extrema impele a um comportamento
emocional guiado pelo pnico, que o faz sair do mercado quebrando a estratgia de
buy and hold.
Mesmo o investidor mais qualificado, que se ampara atravs de uma
abordagem de investimento como as preconizadas pela Anlise Fundamentalista ou
pela Anlise Grafista, tem no emocional e na subjetividade os principais obstculos.
Pois nessas abordagens, a anlise envolve um conjunto de percepes as quais so
avaliadas conforme a sensibilidade do investidor.
Geralmente, a subjetividade de uma tcnica ou avaliao que deixa brechas
para se adotar, mesmo que inconscientemente um comportamento guiado pelo
emocional. Nisto, ambas as abordagens de mercado so falhas.
O problema, portanto, consiste em estabelecer uma abordagem de mercado
que seja livre de subjetividade, eliminando a possibilidade de se chegar a diferentes
concluses para o mesmo cenrio; e que seja sistemtica a ponto de poder ser
executada sem interferncia humana.
Como a automao de um sistema operacional no algo que esteja ao
alcance do pequeno investidor atualmente, torna-se importante tambm que a
estratgia possua o menor nvel de estresse na sua execuo. O estresse pode ser
caracterizado por uma perda pontual muito significativa como vimos ocorrer no
exemplo citado no ndice Bovespa ou um nmero muito elevado de operaes com
prejuzos significativos, fatos que poderiam levar o investidor a abandonar a
estratgia no meio de sua aplicao.
Pesquisando estratgias abertas ao pblico, encontramos no endereo
eletrnico www.leandrostormer.com.brum vasto contedo sobre anlise de mercado
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e estratgias focadas dentro de uma abordagem de anlise de grfico. Entre elas,
selecionei uma estratgia simples conhecida como Estratgia da Mdia Mvel de
09 perodos, tipo 1.0. Basicamente, existem trs estratgias similares, usando a
mesma base terica que a relao dos preos com uma mdia mvel de 09
perodos. Entrarei em maiores detalhes sobre a metodologia mais adiante. Dos tipos
existentes para essa estratgia, foi escolhida a mais simples.
1.1. OBJETIVOS
Com base na estratgia selecionada, o trabalho ter como foco os seguintes
objetivos:
Objetivo Geral:
Analisar o desempenho desta estratgia de uma forma ampla, em diversos
papis e cenrios, e comparar com o desempenho de uma estratgia de buy and
hold.
Objetivos Especficos:
Os objetivos especficos da pesquisa so:
a) Compreender a estratgia proposta
b) Desenvolver e aplicar critrios estatsticos de avaliao de desempenho
c) Aplicar a estratgia dentro dos critrios estabelecidos
d) Compar-la a uma abordagem de buy and hold
1.2 JUSTIFICATIVA
O sistema apresentado se encaixa dentro do que se chama de trading
system, o que se traduziria como sistema de operao. Embora no Brasil isso seja
razoavelmente novo (alis, tudo que se refere a bolsa , para o grande pblico,
novo), este tipo de abordagem a que mais cresce em mercado maduros como o
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mercados dos EUA e provavelmente em breve ser to popular no Brasil quanto l
fora hoje.
Este trabalho certamente ser de grande valia para o investidor interessado, poisalm de fornecer um sistema pronto e j avaliado, ainda fornecer conceitos e
abordagens importantes na avaliao de outros trading systems que certamente
surgiro ou este mesmo poder criar.
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2. APRESENTAO DE CONCEITOS DA ESTRATGIA
Esta seo far uma apresentao dos diversos conceitos sobre o ambientefinanceiro e sobre os conceitos relativos as ferramentas utilizadas para a
implementao e validao da estratgia operacional.
2.1. AMBIENTE DE ESTUDO E APLICAO
2.1.1. Mercado de Capitais
A estratgia que ser apresentada para aplicao em investimentos de
renda varivel. Este tipo de investimento feito nos instrumentos que se encontram
dentro do segmento de Mercado de Capitais.
Neste mercado, de maneira generalizada, so efetuados os financiamentos
do capital fixo das empresas e das construes habitacionais. Esse financiamento
se d atravs da emisso e negociao de ttulos e valores mobilirios (que podem
ser transacionados). Dentro deste mercado tambm se enquadram os instrumentos
financeiros que permitem s empresas operaes de hedge. Estas operaes tem
por objetivo proteger as empresas de variaes de preos nos ativos dos quais
dependem para viabilizar seu negcio.
Atuam nesse mercado instituies ditas no monetrias, ou seja, que noso capazes de multiplicar moeda. So exemplos dessas instituies as Corretoras
e Distribuidoras de valores mobilirios e Bancos de Investimento.
2.1.2. Mercado de Aes
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O mercado acionrio est contido dentro do segmentao de mercado de
capitais. Ele consiste num um sistema de distribuio de valores mobilirios que tem
o propsito de viabilizar a capitalizao das empresas com recursos de longo prazo
e dar liquidez aos ttulos por elas emitidos e os quais garantem estes recursos. Esse
sistema formado pelo conjunto de instituies que negociam com ttulos e valores
mobilirios e pelas instituies que provem a infra-estrutura para que esses
negcios possam ocorrer. As corretoras de valores e as bolsas de valores so as
instituies tpicas do mercado acionrio.
Atravs deste mercado, o cidado comum tem a oportunidade de participar do
processo de enriquecimento de seu pas, investindo diretamente nas aes* das
empresas que julga promissoras. Se estas empresas tiverem um bom desempenho,
suas aes se valorizaro refletindo os incrementos de lucros obtidos. Assim,
mesmo o investidor no estando diretamente envolvido no processo produtivo, ele
pode lucrar junto com as empresas.
Para a aplicao da estratgia proposta, escolhi as aes como instrumento.
No entanto, esta poderia ser aplicada em qualquer tipo de ativo que seja livremente
negociado (derivativos, moedas, commodities etc) e que possua as caractersticasde negociao tpicas de bolsa, as quais veremos em seguida.
2.1.3. As Aes
Podemos conceituar a ao pode como um ttulo mobilirio de renda varivel
que representa a menor parcela do capital de uma sociedade annima. O
proprietrio de uma ao , portanto, dono de uma frao da companhia emissora,
possuindo o status de scio (ou acionista) e direitos sobre os crditos que disso
possam advir. Contabilmente, estes ttulos so considerados crditos no-exigveis
dos acionistas para com a companhia, sem prazo de resgate.
Ao subscrever aes de uma companhia, o acionista transfere parcela de seu
patrimnio para a sociedade e em troca recebe ttulos representativos de aes.Nestes ttulos no se identificam determinadas parcelas de bens que se tem direito,
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e em muitos casos no se identifica qualquer valor. Sua importncia reside na
quantidade de aes possudas frente o total de aes emitidas pela sociedade, as
quais possuem lastro no patrimnio lquido da emissora.
A posse de uma ao exige do acionista uma nica obrigao: ter
integralizado o valor de sua subscrio (em caso de compra na emisso primria),
ou ter pago o valor acordado ao acionista alienante. Cumprida esta exigncia, a
ao confere ao seu proprietrio, de forma geral, uma srie de direitos. A saber:
a) participao nos lucros;
b) acesso aos atos e fatos societrios;
c) fiscalizao das atividades da companhia;
d) preferncia na subscrio de novas aes;
e) participao no acervo da companhia em caso de liquidao;
f) votar e ser votado nas assemblias gerais; e
g) recesso ou retirada da companhia.
Destes direitos pertinente fazer comentrio sobre alguns itens. Os demais
so auto-explicativos. Sobre o item d, no caso de emisso de novas aes,
garantida aos atuais acionistas a preferncia na subscrio at o limite de sua
participao societria atual, de forma a no sofrerem diluio de sua participao.
O item e assegura que em caso de liquidao da companhia, todos osacionistas recebero do patrimnio lquido (se houver) em p de igualdade entre si,
de acordo com o tipo e quantidade de aes que possurem.
E finalmente, caso algum acionista se sinta lesado, nos casos previstos na lei,
pode solicitar sua retirada da sociedade, lhe sendo pago o valor de suas aes. Este
valor atribudo por especialistas, sendo o valor econmico da ao. Este
mecanismo s utilizado pelo requerente quando entende que o valor de mercado
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inferior ao valor econmico ou quando a liquidez do mercado no lhe permite a
venda das aes sem prejuzo.
Os direitos no abrangem - ou se restringem para - aqueles que ainda nointegralizaram sua participao no capital. A integralizao se confirma quando o
valor das aes subscritas foi totalmente recebido.
Percebe-se, portanto, que o valor de uma ao est atrelado ao desempenho
passado e expectativa de desempenho futuro da empresa emissora. A expectativa
algo subjetivo, que depende da percepo do analista. a divergncia entre as
percepes dos diversos participantes do mercado que gera desequilbrio entre a
oferta e a demanda pelo ativo, fazendo o preo das aes flutuarem constantementenos mercados. So estes movimentos que possibilitam o lucro ou o prejuzo na
atividade de compra e venda destes ttulos.
2.1.4. Bolsas
Poucas dcadas atrs, as bolsas poderiam ser conceituadas como locais
onde os corretores (intermedirios profissionais autorizados) se encontravam para
negociar ttulos e mercadorias diversas em nome de seus clientes. Porm, com a
evoluo tecnolgica, este ambiente fsico foi quase totalmente substitudo por
ambientes virtuais. Por esse motivo, hoje seria mais correto dizer que a Bolsa
representa o local fsico onde se processam, regulam e fiscalizam operaes com
mercadorias e valores mobilirios diversos concentrados em ambientes fsicos e ou
virtuais.
As bolsas podem assumir a forma de associao sem fins lucrativos ou a
forma de sociedade annima. Possuem autonomia financeira, patrimonial e
administrativa, de forma que podem estabelecer normas e restries prprias aos
negcios. No entanto, esto sujeitas superviso e regulao da CVM alm de
obedecerem s diretrizes e polticas emanadas pelo Conselho Monetrio Nacional.
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A funo geral das bolsas resume-se ao estabelecimento de um sistema de
negociao eficiente e seguro, dando rpida e ampla divulgao s operaes
efetuadas em prego. A saber, prego como se chama uma sesso de negcios
no sistema de bolsa. As bolsas se dividem basicamente em dois tipos: Bolsas de
Mercadorias (onde so operados principalmente commodities e contratos
financeiros) e Bolsas de Valores (onde so negociadas aes principalmente).
Uma caracterstica importante que a bolsa divulga em tempo real a ltima
cotao para cada ativo negociado bem como todas as ofertas em aberto para cada
produto, organizando-as numa sequncia de prioridade de execuo dada primeiro
por preo e depois por ordem cronolgica. As operaes em bolsa executadas so
garantidas pela entidade administradora, inexistindo o risco de default (calote) da
contraparte.
A aplicao da estratgia se dar na nica bolsa de valores do mercado
brasileiro, a BM&F Bovespa.
2.1.4. Lote e Cotao
Os mercados de bolsa no mundo costumam operar no que chamamos de
lotes. Isso significa que, de forma geral, os ativos no so negociados
unitariamente, mas sim em lotes padronizados de quantidade que chamamos de
lote padro ou lote mnimo. Para todos os ativos que iremos abordar, o lote
padro de 100 aes.
A cotao de um ativo reflete o valor ao qual foi fechado o ltimo negcio
executado com o ativo. Este valor no garantia de que se conseguir fazer novo
negcio neste mesmo valor. As novas possibilidades de fechamento de negcio
dependem das ofertas que esto abertas a cada momento para o ativo.
Apesar dos ativos serem negociados em lotes, a cotao que divulgada
para os ativos que utilizaremos no se refere ao lote padro, mas sim a unidade do
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ativo. Dessa forma, para sabermos o valor financeiro mnimo de um possvel
negcio, temos que multiplicar a cotao da execuo possvel por 100.
2.1.5. Corretoras
As Sociedades Corretoras de Ttulos e Valores Mobilirios so as instituies
tpicas do mercado mobilirio. Geralmente so referidas simplesmente como
Corretoras ou Corretoras de Valores. So elas que fazem a intermediao entre os
clientes e as bolsas de valores e de mercadorias. Sua constituio depende deautorizao do Bacen e o exerccio de suas atividades depende de autorizao da
Comisso de Valores Mobilirios (fiscalizadora e reguladora dos mercados).
As corretoras de valores so as nicas instituies autorizadas a negociar
diretamente nas bolsas, operando na compra, na venda e na distribuio de ttulos e
valores mobilirios. Podem faz-lo em nome de seus clientes ou administrando
recursos prprios. Fora a funo principal de disponibilizar acesso s bolsas e seus
diversos mercados aos seus clientes, as Corretoras desenvolvem uma srie deoutras atividades, entre elas:
a) custdia de ttulos;
b) exercer as funes de agente emissor de certificados e manter servios de
aes escriturais;
c) praticar operaes de emprstimo de ttulos e valores mobilirios;
d) abertura e manuteno de fundos de investimento e clubes de
investimento;
e) administrao de carteiras, clubes de investimento e fundos diversos;
f) atuam no Cmbio e no Open Market;
g) realizam underwriting de empresas (lanamento de aes no mercado); e
h) desenvolvem material de apoio a decises de investimento.
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Estas funes tm como objetivo:
a) oferecer uma prateleira de produtos financeiros capaz de atender s
necessidades em investimento de seus clientes;
b) orientar os investidores sobre as diferentes alternativas de investimento a
seu alcance, e propor aquelas que mais se coadunam com as expectativas de
resultado e a predisposio ao risco de cada cliente;
c) realizar as operaes financeiras selecionadas pelos clientes, e prestar-
lhes contas da execuo de suas ordens e dos procedimentos de
compensao e liquidao envolvidos;
d) responsabilizar-se perante a bolsa de valores e as entidades de
compensao e liquidao pelas operaes realizadas para seus clientes e
pelo depsito de garantias;
e) prestar aos seus clientes servios de custdia, representado pela guarda,
movimentao e atualizao de ttulos e valores mobilirios de propriedade
dos clientes, fornecimento informaes e repasse dos rendimentos auferidos
pelos ttulos sob sua responsabilidade; e
f) aproximar-se dos seus clientes, fornecendo-lhes informaes e comentrios
sobre as tendncias de mercado, de modo a satisfazer as necessidades em
aconselhamento profissional exigidas pelos investidores
2.1.6. Custos
Os custos operacionais para operar no mercado de bolsa de valores da BM&F
Bovespa compreendem os custos de corretagem, emolumentos, liquidao e
registro.
A corretagem a remunerao da corretora pela intermediao entre
investidor e bolsa. A taxa utilizada a fixa. Nesta modalidade, para cada ordem
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enviada e executada no mercado cobrada uma taxa de valor fixo. No caso, escolhi
a corretagem da corretora Banif, a qual corresponde a R$ 15,99.
Os demais custos so calculados como um percentual sobre o montantenegociado em cada operao e so cobrados pela prpria bolsa e pela Companhia
Brasileira de Liquidao e Custdia, instituio que responsvel pela custdia e
liquidao de todas as operaes da BM&F Bovespa.
As taxas variam conforme a natureza da operao. So duas: operaes
normais e operaes daytrade. As operao normais so aquelas que so
iniciadas e encerradas em diferentes datas. As operaes daytrade so aquelas
que se iniciam e se encerram na mesma data. Os valores cobrados atualmente so:
Operaes normais: 0,0345%
Operaes daytrade: 0,0250%
Vamos supor uma compra de 1000 aes de Petrobrs PN a R$ 35,00
seguida de uma venda de 500 aes dessas aes na mesma data por R$ 36,00.
Para estas operaes, independente da corretora ou do tipo de cobrana de
corretagem, teramos os seguintes custos por parte da BM&Bovespa e da CBLC:
500 x 35,00 = R$ 17.500,00 (compra)
500 x 35,00 = R$ 17.500,00 (compra)
500 x 36,00 = R$ 18.000,00 (venda)
Percebe-se que a compra foi desmembrada em duas. Isso ocorre porque
como houve compra de 500 e venda de 500 da mesma ao, estas quantidades
sero casadas e constituiro daytrade. A quantidade de aes que sobrar, serconsiderada uma operao normal.
Giro daytrade = ( R$ 17.500,00 + R$ 18.000,00) = R$ 35.500,00
Custo daytrade = 0,0250% x R$ 35.500,00 = R$ 8,875
Giro normal = 0,0345% x R$ 17.500,00 = R$ 6,0375
Custo total = R$ 8,875 + R$ 6,0375 = R$ 14,9125 = R$ 14,91*
*O valor arredondado para baixo no que passar duas casas decimais
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2.2. PRINCIPAIS ESCOLAS DE ANLISE DE MERCADO
objetivo de todo o investidor conseguir, atravs de anlise, antecipar os
movimentos do preo e com isso conseguir lucrar com suas operaes. Existem
diferentes abordagens para este fim, mas se destacam duas principais escolas de
anlise: Anlise Fundamentalista e Anlise Grafista.
2.2.1. Anlise Fundamentalista
Sua lgica que os preos praticados no mercado devem refletir o
desempenho da empresa em questo. Portanto, mais importante estudar osaspectos fundamentais da empresa como sua sade financeira, indicadores,
variveis diversas etc. do que tentar prever os comportamentos dos preos.
O analista fundamentalista entende que o mercado de comportamento
catico, mas que no pode fugir por muito tempo dos fundamentos que em tese
reflete. Portanto, apesar dos altos e baixos do mercado, frutos de euforia ou pnico,
o mercado tende a buscar um valor que reflita o real valor do ativo em questo. Por
isso que estes investidores se preocupam menos com os preos e mais com os
fundamentos. Estes investidores buscam bons fundamentos, pois acreditam que
eventualmente os preos seguiro.
importante ressaltar a diferena entre preo e valor. Preo o que
praticado no mercado e amplamente divulgado. Todos sabem o preo de um ativo.
O preo a cotao. O valor j uma noo mais subjetiva e muitas vezes distante
do preo. O valor representa a real representao de riqueza de um ativo enquanto
que o preo simplesmente o reflexo monetrio da disposio momentnea dos
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participantes em negociar esse ativo. Conseguir auferir o valor (preo justo) de um
ativo uma tremenda vantagem competitiva, pois permite ao investidor um
referencial de preo para saber se algo est caro ou est barato.
Este mtodo dito de fora para dentro porque primeiro se busca a
mensurao do que seria o preo justo para o ativo e depois se vai at o mercado
para ver o preo em que este ativo est sendo negociado. Da que surgem as
oportunidades de comprar abaixo do preo justo e vender acima ou no preo justo.
As ferramentas para fazer essa mensurao de preo justo so vrias e elas
no vo deixar de ser tambm bastante subjetivas, pois dependem de uma srie de
suposies sobre o futuro da empresa e da economia. Este investidor tentar reduzirseu risco atravs da diversificao. Pois um tanto contraditrio comprar uma ao
por ach-la barata e vend-la porque seu preo caiu ainda mais.
A principal fragilidade deste tipo de anlise o fato de que no existe
segurana de que temos todas as informaes que importam sobre um ativo para
poder analis-lo, nem de que as informaes que temos so precisas.
Recentemente tivemos diversas empresas brasileiras com perdas bilionrias em
seus balanos advindas de operaes alavancadas com cmbio. Em nenhum
momento os acionistas foram informados sobre tais operaes nem sobre o risco
que representavam.
2.2.2. Anlise Grfica ou Tcnica
A anlise grfica, ao contrrio, uma abordagem restrita ao que acontece aos
preos, prestando nenhuma ateno ao que acontece fora dos preges. A anlise
tcnica est focada em captar as alteraes de oferta e demanda. A anlise tcnica
se sustenta nos seguintes entendimentos:
2.2.2.1.Os grficos descontam tudo
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O analista grfico capta alteraes no mercado atravs de um nico
instrumento: o grfico. Ele entende que individualmente ele nunca saber
todas as informaes relevantes para a precificao de um ativo, mas ele
entende que todas essas informaes esto disponveis no prprio mercado,
dispersas entre todos os participantes.
O preo a sntese da opinio e conhecimento de todos e, portanto,
deve refletir o melhor julgamento sobre o real valor de um ativo dada as
circunstncias do momento, incluindo a tambm os aspectos emocionais.
Para o grafista no h preo justo.
Atravs das alteraes de preo conseguimos identificar situaes de
maior demanda ou de maior oferta, alm de sinais de mudana nesse
equilbrio.
2.2.2.2. O passado pode ajudar a antecipar o futuro
Levados por motivos vrios, um ativo marcar topos e fundos atravs
de suas oscilaes. Cada um destes patamares de virada de preo tocar a
memria dos que participaram desse momento. Tanto na memria das que
conseguiram interpretar o movimento corretamente e ganharam dinheiro
como tambm daqueles que erraram na interpretao e que certamente no
esto dispostos a repetir o erro. Por isso, quando o mercado retorna paraestes patamares, a memria dos participantes os impele a tomarem a atitude
que condiz com a postura correta das ocorrncias anteriores. A anlise
tcnica, atravs dos grficos, tenta identificar estes pontos de memria e
atuar de forma a se beneficiar dessa dinmica.
2.2.2.3. O mercado se movimenta seguindo padres
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Em geral os preos se movimentam de forma bastante catica. Mas
atravs do estudo dos histricos de movimentao de preo, consegue-se
compreender um pouco melhor como o mercado se movimenta e isso nos
leva a identificao de padres de movimento que nos permitem antecipar
movimentos e objetivos mais provveis. Estes padres reaparecem nos
grficos de tempos em tempos, gerando boas oportunidades de lucro.
A abordagem grafista extremamente til, pois ela consegue de forma
bastante eficiente identificar viradas de mercado. Sua abordagem abertamente
especulativa e possui um melhor desempenho em operaes de curto prazo e emmercados de grande liquidez. Sua natureza, porm, tende a estimular o excesso de
operaes, o qual um pssimo hbito nos mercados.
interessante perceber que a anlise tcnica no ignora os fundamentos de
uma empresa, como a maioria pensa. Esta abordagem l os fundamentos nos
grficos como um reflexo das atitudes daqueles que realmente se guiam apenas por
fundamentos.
Tambm importante ressaltar que a natureza dessa abordagem, que
altamente especulativa, necessita de liquidez, pois os sinais lidos num grfico, se
oriundos das operaes de poucos participantes de mercado, podem ser pouco
representativas da realidade e portanto, frgeis. Alm disso, sem uma boa liquidez,
este investidor no consegue entrar e sair nos valores que a estratgia aponta.
Esse o motivo pelo qual dificilmente veremos grandes participantes de
mercado (fundos etc.) atuando exclusivamente por anlise tcnica. Grandes somasde capital no encontram mobilidade de curto prazo nos mercados, pendendo
sempre para posicionamentos mais longos os quais se encaixam melhor com
anlise de fundamentos. Estas grandes somas de capital so como transatlnticos
dos mares financeiros. O pequeno investidor seria como uma lancha, com grande
mobilidade e que o permite se beneficiar de movimentos mais curtos de mercado e
portanto, desse tipo de abordagem.
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A principal crtica a anlise grfica que ela bastante subjetiva e fcil
achar argumentos contraditrios para a mesma operao.
Finalmente, a anlise tcnica mais acessvel ao pequeno investidor que aanlise de fundamentos. A segunda requer conhecimentos especficos e tempo para
pesquisas e clculos. A anlise tcnica bem mais simples e acessvel.
2.2.3. Utilizao das abordagens na estratgia
A estratgia utilizada no leva em considerao nenhum aspecto da
abordagem fundamentalista de anlise. Ela emprega apenas alguns conceitos da
anlise tcnica. No entanto, a estratgia elaborada de uma forma que evita a
principal fragilidade dessa abordagem: a subjetividade. Todas as entradas e sadas
seguiro critrios grficos mas que so matematicamente calculados, de forma ano dar margem para interpretaes.
Nesse sentido, podemos dizer que esta estratgia no se enquadra dentro de
uma anlise tpica da anlise grafista. No sero utilizados conceitos clssicos como
suportes, resistncias, tendncias nem nada que necessite de interpretao.
2.3. FERRAMENTAS E CONCEITOS UTILIZADOS NA ESTRATGIA
Aqui sero apresentados conceitos e ferramentas utilizados na estratgia,
extrados da abordagem grafista de mercado.
2.3.1. Formao e compreenso de um grfico de preo
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A estratgia se utilizar do prprio movimento dos preos para definir
entradas e sadas. Para visualizar estes movimentos de preo, importante a
utilizao de um grfico que as represente.
O grfico a representao visual de todos os negcios fechados para um
ativo num determinado perodo de tempo. A visualizao de um grfico, portanto,
nos informar de toda a variao de preo que o ativo sofreu. Este composto por
dois eixos: um vertical representativo da escala de preo e outro horizontal,
representativo da escala de tempo. A escala de preo pode ser dada em moeda ou
em pontos. J a escala de tempo pode ser construda nos mais diferentes prazos derepresentatividade. Abordaremos isso logo mais.
A construo de um grfico depende de um grupo de informaes que so
extradas de cada sesso ou perodo de negcios. Essa unidade de tempo que
chamamos de sesso ou perodo varivel e segue o desejo do analista grfico.
Pode representar um dia, uma semana, quinze minutos, ou seja, o tempo que for. As
informaes extradas dessas sesses so:
1. Abertura: o primeiro preo negociado na sesso.
2. Mxima: Preo mais alto negociado durante a sesso.
3. Mnima: Preo mais baixo negociado durante a sesso.
4. Fechamento: o ultimo preo negociado na sesso.
Para a representao destes dados numa escala de tempo, vamos utilizar o
sistema grfico de candlesticks, ou, na traduo, de velas. Este sistema recebe
este nome porque as figuras grficas que representam as variaes de preo
(candles) possuem um aspecto parecido com uma vela e seus pavios. A figura
Figura 1 - Visualizao das informaes de um candle
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abaixo explica como os valores so representados.
Percebemos que o espao entre a abertura e o fechamento de uma sesso
desenhada uma estrutura mais larga, chamada de corpo. Dependendo da cor do
corpo, podemos identificar onde est a abertura e o fechamento. Se o corpo
branco, a abertura se d na base do corpo e o fechamento na parte superior do
corpo. Este chamado de candle de alta. Se o corpo preto, a abertura se d na
parte superior do corpo e o fechamento na base inferior do corpo. Este chamado
de candle de baixa.
A linha vertical que sai do corpo chamada de sombra e ocorre sempre
quando houver ocorrido negociao fora do intervalo delimitado pelo corpo. As
extremidades das sombras superior e inferior (quando existentes), marcam,
respectivamente, a mxima e a mnima de sesso. Na figura abaixo temos a
representao no sistema de candlesticks das variaes de preo do ndice Bovespa
entre o final de setembro de 2007 at abril de 2008.
Figura 2 - Grfico no formato de candles
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Percebe-se que os candles podem tomar diferentes aspectos de acordo com
as diferentes formas que as quatro informaes se distribuem.
2.3.2. Periodicidade
Compreender o aspecto da periodicidade e como isso afeta o posicionamento
de diferentes investidores absolutamente importante para qualquer um que
pretenda se orientar no mercado atravs de grficos. Sem essa compreenso a
anlise tcnica parecer completamente contraditria e confusa, afetando a
credibilidade da abordagem e capacidade do analista tcnico em manter-se fiel s
operaes efetuadas.
De incio, devemos entender que a periodicidade sempre entendida de
acordo com o tempo que um candle isoladamente representa, e no com o perodo
total visualizado no grfico. Dessa forma, se o grfico de periodicidade diria, cada
candle representar o perodo de um dia. Portanto, como o grfico formado por
uma grande quantidade de candles, num grfico dirio geralmente teremos a
variao de preo de alguns meses de negcios. Se o grfico de periodicidade
semanal, cada candle representar uma semana e o grfico inteiro provavelmente
exibir anos de negcios. Abaixo temos a comparao de duas periodicidades para
o mesmo prazo de tempo de um ativo.
Figura 3 - Periodicidade diria
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A figura 3 demonstra determinado perodo de oscilao do ndice Bovespa na
periodicidade diria. A figura 4 representando o mesmo ativo e o mesmo perodo,
mas na periodicidade semanal. As variaes percentuais e nominais de preo so
exatamente as mesmas. O que muda que no primeiro vemos os movimentos com
um pouco mais de detalhe. O segundo grfico, sendo semanal, cinco vezes menor
que o primeiro. Pois como h cinco dias teis na semana, um candle no semanal
representa a juno de cinco candles da periodicidade diria. Assim, o aspecto do
grfico muda.
Figura 4 - Periodicidade semanal
uma dvida comum a forma como o tempo de uma periodicidade contada.
Por exemplo, havendo um feriado no meio da semana, como fica o grfico semanal?
O prazo de tempo de cada periodicidade sempre igual, no sendo afetado por
eventuais paralisaes dos negcios. O candle semanal sempre vai de segunda a
sexta. Ou seja, no existe compensao de qualquer feriado que possa ocorrer nomeio do caminho. O mesmo ocorre com grficos de periodicidade intradiria quando
h qualquer tipo de paralisao nos negcios, como quando h leiles. Por exemplo,
na periodicidade de 15 mins, o candle sempre inicia no primeiro segundo dos
minutos mltiplos de 15. Portanto as 13h00min1seg o candle se inicia e depois se
encerra as 13h15min00seg, independente se houve paralisao dos negcios das
13h05min at as 13h10min.
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Os sinais que vemos numa periodicidade no aparecero necessariamente
em outra. Dessa forma possvel que uma periodicidade indique sinais de alta e
outra d sinais de queda nos preos. No h nisso contradio. Devemos apenas
ficar atentos ao horizonte de tempo.
2.3.3. Prazos Operacionais
Dentro da abordagem grafista, se classificam os prazos operacionais de
acordo com a periodicidade utilizada no grfico.
2.3.3.1. Daytrade
Os daytrades surgem dos sinais que observamos nos grficos intradirios,
seja qual for a periodicidade intradiria especfica. Em termos legais, daytrade
qualquer operao que aberta e fechada dentro do mesmo dia de negcios. O
daytrader, aquele que opera no intradirio, um tipo de trader extremamente ativo
e que pela sua abordagem de mercado, necessita de dedicao total sua
atividade.
2.3.3.2. Swingtrade
O tipo de operao chamada de swingtrade aquela que se origina dos
sinais extrados do grfico dirio. O nome swing vem numa meno aos
movimentos direcionais que o mercado executa, sem contra movimento. Swings
so pernas de movimento. O swingtrader costuma ficar posicionado enquanto o
movimento no demonstrar fraqueza, saindo da operao quando o mercado
ameaa uma correo. Em tese no necessria dedicao exclusiva ao mercado,
mas desejvel a possibilidade de um acompanhamento mais de perto do prego,
principalmente dos momentos finais do prego, prximo ao fechamento.
2.3.3.3. Position Trade
Position vem de posio no termo ingls. O termo uma meno ao fato
de que nesse tipo de operao, sob o ponto de vista da periodicidade diria, o
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investidor geralmente mantm sua posio por mais tempo, mesmo contra correes
menores. Ou seja, swings contrrios da periodicidade diria. O position trader pode
ficar entre poucas semanas a vrios meses posicionado. Esta uma abordagem
que no precisa de dedicao total ao mercado e a recomendada para quem
possui uma atividade principal fora do mercado. Alm disso, o grfico semanal
costuma possuir uma menor quantidade de sombras e ser mais direcional que os
grficos das periodicidades menores.
2.3.4. Volatilidade
A volatilidade a que nos referiremos aqui meramente relativa ao
comportamento dos candles que formam o grfico. Volatilidade a rapidez com que
um ativo percorre as distncias de preo. A volatilidade pode ser direcional ou
esttica.
Volatilidade direcional aquela que faz com que o ativo percorra grandes
distncias de preo rapidamente. J a volatilidade esttica aquela que faz com que
haja grande e constante variao de preo, mas sem que o ativo se movimente
muito em termos de distncia de preo. Esse tipo de volatilidade gera incerteza em
relao ao futuro dos preos e gera uma maior dificuldade para se operar. Observe
Figura 5 - Volatilidade direcional
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o exemplo abaixo:
Na figura 5 temos um bom exemplo de volatilidade direcional. Percebemos
que na maior parte das vezes os movimentos so claros. Temos candle ordenados,
ou seja, um acima do outro nos movimentos de alta e candles um abaixo dos outros
nos movimentos de baixa. Por exemplo, quando o preo do ativo sobe, dificilmente a
mnima de um candle violada pela mnima do candle imediatamente posterior.
Quando o preo do ativo cai, dificilmente a mxima rompida. Esse tipo de ativo
mais fcil de operar, pois os movimentos so mais confiveis e manejveis. Agora
observe a imagem abaixo:
Figura 6 - Volatilidade esttica
A figura 6 representa o grfico da variao para outro ativo no mesmo prazo
de tempo e periodicidade que o do exemplo anterior. Tambm percebemos grande
volatilidade neste ativo, mas esta mais errtica. As mximas e mnimas so
constantemente violadas enquanto o ativo vai de um patamar de preo a outro.
difcil manejar uma posio neste tipo de volatilidade, pois no temos critrios muito
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seguros para definir pontos de sada para proteo de capital, os chamados stops.
Veremos isso mais adiante.
2.3.5. Mdias Mveis
As mdias mveis so indicadores de preo que expressam o valor mdio de
uma amostra de determinado dado. No uso que faremos, este dado o fechamento
de cada candle que compe a amostra. As mdias so chamadas de mveis porque
a amostragem que utilizamos presa sempre a um nmero especfico de candlescontados sempre a partir do ponto do qual se inicia o clculo.
As mdias mveis so seguramente o tipo de indicador mais popular e
tambm o mais antigo da anlise tcnica. Sua principal utilidade indicar, atravs da
inclinao de uma mdia de preo, a direo em que os preos vm se
movimentando em diferentes prazos de tempo e atravs disso indicar a direo da
fora do mercado nessas diferentes prazos. Por isso, esse tipo de indicador
classificado como rastreador de tendncia ou trend following.
A mdia mvel de nove perodos (mm09) sempre ser o resultado dos nove
fechamentos mais recentes da periodicidade utilizada e contados j a partir do
fechamento do candle utilizado para o clculo da mdia.
Caso a periodicidade seja diria, representar a mdia de preo dos ltimos
nove preges. Quando um novo candle surgir dentro dessa periodicidade, a
amostragem de candles para o clculo ser atualizada, excluindo o candle maisantigo e acrescentando em seu lugar o candle mais recente. Assim se obtm
sempre o valor mdio dos nove fechamentos mais recentes para cada ponto do
grfico.
Os valores que calculamos so representados por pontos situados no grfico
conforme a escala de preo do ativo, os quais so unidos atravs de uma linha que
se torna a mdia mvel do ativo para aquela amostragem.
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Existem diversos mtodos diferentes de calcular o valor da mdia. Os dois
mtodos mais simples e populares so o de clculo aritmtico e o de clculo
exponencial.
2.3.5.1. Clculo Aritmtico
As mdias mveis aritmticas (MMA), tambm chamadas de mdias simples,
utilizam o mtodo de clculo mais simples, o qual pode ser expresso pela frmula:
2.3.5.2. Clculo Exponencial
As mdias mveis exponenciais (MME) possuem um clculo um pouco mais
complicado. Sua caracterstica dar mais nfase para os valores mais recentes no
tempo. O clculo pode seguir diversas linhas, mas o mais utilizado na anlise
tcnica segue a seguinte frmula:
A diferena entre os dois tipos de mdia pode ser visualizada no grfico
abaixo. A MME(09) a linha mais grossa (fcsia) e a MMA(09) a linha mais fina
(azul). Como a MME d mais nfase aos valores mais recentes no tempo, essa
mdia tende a trabalhar mais rente aos preos e virar mais rapidamente quando os
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preos mudam de direo. As mdias aritmticas, por darem igual valor a todos os
valores, costumam demorar um pouco mais para virar, alcanando assim valores
mais altos nos topos e mais baixos nos fundos.
O distanciamento entre os dois tipos de mdia tende a crescer conforme a
periodicidade da mdia aumenta. No exemplo, a periodicidade da mdia de 09
perodos, considerada uma periodicidade curta dentro do prazo do grfico.
A mdia mvel utilizada na estratgia uma mdia exponencial de noveperodos. A escolhe pelo formato exponencial se d pelo fato deste tipo de mdia
responder mais rapidamente as mudanas de direo por parte dos preos.
2.3.6. Stops
Figura 7 - Comparao entre mdia exponencial e aritmtica
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O conceito de stop pode ser entendido como a abortagem de uma operao
pelo motivo dos preos no se comportarem conforme o planejado inicialmente ou
pelo motivo de fazerem um movimento que indica, dentro da estratgia utilizada, que
os preos tm grande chance de virar na direo contrria da almejada pela
operao. um conceito tpico de uma abordagem no fundamentalista de
mercado. O stop pode ser ento considerado como o plano B de uma estratgia
tcnica.
Antes de iniciar uma operao, define-se um patamar de preo que se violado
pelos negcios executados no ativo, define tecnicamente a falha da operao e,
portanto, indica o fechamento da operao antes que o prejuzo o ocorra. Este o
chamado stop inicial.
Dependendo da estratgia utilizada, quando a operao evolui
favoravelmente abre-se espao para o ajuste do patamar de stop, com o intuito de
proteger uma parcela maior do capital aplicado ou tambm do lucro j acumulado.
Nesse ltimo caso, o stop chamado de stop de proteo de lucro.
2.3.7. Ordem Stop
A ordem de stop um tipo de ordem que se programa junto a corretora e tem
funo de executar o stop programado para a estratgia de forma automtica
quando determinadas condies ocorrem. uma ordem do tipo de gatilho.
Por exemplo, suponha que tenha sido feita uma operao de compra no ativoYXZ e que a estratgia utilizada define que se o preo passar para baixo de R$
10,00, deve-se encerrar a operao. Neste caso, o stop fica em R$ 9,99, pois o
primeiro valor que satisfaz a condio de stop. Qualquer negcio executado a R$
9,99 ou abaixo disso acionar o stop. O acionamento do stop implica na venda
imediata do ativo pelo melhor preo disponvel no mercado naquele instante.
A quantidade e os limites de preo que sero aceitados so programados
pelo investidor.
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2.3.8. Ordem Start
A ordem start outro tipo de ordem do tipo gatilho. Mas ao contrrio da
ordem de stop, este tipo de ordem tem por funo iniciar uma operao de forma
automtica quando determinadas condies ocorrerem.
Por exemplo, suponha que a estratgia utilizada indica que deve ser feita
compra no ativo XYZ caso este supere a cotao de R$ 12,00. O investidor pode
deixar uma ordem de start programada com gatilho em R$ 12,01, pois este o
primeiro valor que satisfaz a condio para comprarmos o ativo. Assim, qualquer
negcio executado a R$ 12,01 ou qualquer valor acima disso aciona a ordem de
start. Este acionamento far com que seja comprado automaticamente o ativo no
melhor preo disponvel naquele momento.
A quantidade e os limites de preo que sero aceitados so programados
pelo investidor.
2.3.9. Retrao de 0.618
A retrao de 0.618 um conceito da anlise tcnica que vem das relaes
dos nmeros da sequncia de Fibonacci. Esta famosa sequncia foi apresentada
para o mundo ocidental pela primeira vez na Idade Mdia, por volta de 1200d.c, por
um clebre matemtico italiano chamado de Leonardo Pisano. Modernamente
mais conhecido como Leonardo Fibonacci.
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A sequncia de fibonacci uma sequncia de nmeros que se inicia com os
algarismos 0 e 1. Os demais nmeros seguem a frmula: P(n) = P(n-1)+P(n-2); se
n>2. Isso gera a seguinte sequncia:
0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377...
As relaes de qualquer par de nmeros eqidistantes na sequncia deriva
de um valor matemtico conhecido como Phi. Phi um nmero irracional, sem fim,
e que pode ser abreviado como 1.618.O inverso de Phi 0.618 e estes dois valores so chamados de propores
ureas e so empregadas em diversas reas do conhecimento. Muitas pessoas
alegam que estes valores (propores) aparecem constantemente em fenmenos
naturais e por isso sustentam que representam um ritmo no qual a natureza costuma
se organizar.
Independente destas afirmaes serem verdade ou puro misticismo, estes
valores so freqentemente empregados por analistas grficos para tentar antecipar
os movimentos de preo. As propores de fibonacci so aplicadas em cima da
amplitude de um movimento passado de preo que esteja sendo corrigido. Esse
emprego chamado de retrao e tem como principal ponto o valor encontrado na
proporo de 0.618 do movimento. Afirma-se que as correes de preo costumam
se extinguir em cima desta retrao.
Para compreender matematicamente o conceito, imagine um movimento quetenha se iniciado a R$ 20,00 e que tenha terminado em R$ 30,00. Chega-se nessa
amplitude subtraindo o valor inicial do movimento do valor final do movimento (30-
20). A amplitude deste movimento de R$ 10,00. A retrao de 0.618 deste
movimento ser o valor final do movimento (R$ 30,00) subtrado do valor que se
chega multiplicando a amplitude do movimento (R$ 10,00) pela retrao desejada
(0.618). Portanto:
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Retrao de 0.618 de R$ 30,00 = R$ 30,00 (R$ 10,00 x 0.618)
Retrao de 0.618 de R$ 30,00 = R$ 30,00 R$ 6,18
Retrao de 0.618 de R$ 30,00 = R$ 23,82
2.4. APRESENTAO DE CONCEITOS DA ESTRATGIA
A estratgia pode ser classificada como sendo uma estratgia seguidora de
tendncia, pois busca identificar sinais de acelerao direcional de movimento para
fazer o posicionamento e busca sinais de enfraquecimento para sair da operao. A
estratgia utilizar as seguintes ferramentas:
a) grfico formato candles na periodicidade semanal;
b) mdia mvel exponencial de 09 perodos calculada a partir defechamentos;
c) conceito de retrao utilizando o valor de 0.618;
d) ordem start para abrir posio; e
e) ordem stop para fechar posio.
2.4.1. Entrada
O gatilho da operao se dar quando os dois critrios abaixo forem
satisfeitos:
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MME(09) da semana retrasada > MME(09) da semana passada
MME(09) da semana passada < MME(09) semana atual
Com as duas condies satisfeitas, se colocar uma ordem de start com
gatilho 01 centavo acima da mxima do candle que satisfez as condies. A
superao da mxima portanto, gera a compra.
2.4.2. Sada
A sada poder ocorrer pelo stop inicial ou por um sinal de sada de stop de
proteo de lucro.
Sada pelo stop inicial:
Perda da retrao de 0.618 do candle que teve sua mxima rompida.
Sinal de sada:
MME(09) da semana retrasada < MME(09) da semana passada
MME(09) da semana passada > MME(09) da semana atual
Com as duas condies de sinal de sada satisfeitas, subiremos o stop de
proteo de lucro para 01 centavo abaixo da mnima do candle que gerou o sinal. S
movimentaremos o stop de proteo de lucro novamente se as mesmas condies
forem satisfeitas novamente.
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2.4.3. Tamanho de Posio
A estratgia tem por objetivo ser aplicada simultaneamente em mais de umativo, de forma a diversificarmos as posies. Neste caso, a posio ser sempre de
25% do valor de carteira consolidada, na melhor aproximao possvel que
pudermos fazer para adquirir lotes padro. Ou seja, se arredondar para baixo
quando tivermos dezenas quebradas de 50 para baixo, ou se arredondar para cima
quando tivermos dezenas quebradas de 51 para cima. Obviamente, desde que o
financeiro permita.
O valor da carteira consolidada a soma do valor lquido em carteira e das
posies em aberto pelo valor de aquisio.
Se a estratgia for implementada isoladamente num papel, a operao seria
feita sempre com o mximo permitido pelo valor financeiro, mas mantendo-se fiel
aos lotes mnimos.
2.4.4. Visualizao grfica da estratgia
Na figura 8 podemos ver a estratgia sendo implementada no grfico da
VALE5. No ponto 01 indicamos o candle que virou a MME(09) para cima depois
desta estar descendente. O ponto 02 indica a retrao de 0.618 do candle que gera
Figura 8 - Visualizao grfica da estratgia
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o sinal de entrada e que, caso a operao se concretize, deve ser utilizado como
stop caso atingida.
O ponto 03 indica a mxima do candle que gera o sinal e que se superado,
gera a execuo da compra. Esta compra utiliza uma ordem startO ponto 04 indica a
execuo da compra pela superao da mxima em questo.
O ponto 05 indica o candle que fez com que a MME(09) virasse para baixo.
Este o sinal de sada que nos leva a ajustar o stop para baixo da mnima do candle
em questo, como vemos no ponto 06. E finalmente, no ponto 07, indicamos o
fechamento da operao pelo acionamento do stop de proteo de lucro atravs de
uma ordem de stop.
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3. METODOLOGIA
Aqui pretendo explicar a metodologia empregada para a validao terica eprtica de estratgia.
3.1. SELEO DE ATIVOS
Para aplicao da estratgia, escolhi vinte ativos, todos pertencentes a
carteira terica do ndice Bovespa. A seleo no seguiu nenhum critrio rgido.
Apenas busquei ativos com elevada quantidade de negcios dirios e que
abrangessem uma boa srie de setores. Foram os seguintes:
Setores Ativos
Alimentos e bebidas PRGA3, AMBV4
Aviao GOLL4
Bancos e Financeiras ITUB4, BBDC4
Comrcio LAME4
Construo CYRE3
Cosmticos NATU3
Eltrico ELET6, CMIG4Energia PETR4, ECOD3
Minerao VALE5
Siderurgia CSNA3, USIM5
Telefonia TNLP4
Outros ARCZ6, BVMF3, CSAN3 e WEGE3
Figura 9 - Tabela de setores e ativos selecionados
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Como a estratgia seguidora de tendncia, intencionalmente escolhi ativos
que tem uma caracterstica pssima de movimento para a aplicao da estratgia.
So papis que possuem uma volatilidade esttica grande, tendo pouca evoluo
direcional, e ainda violam constantemente mximas e mnimas de candles
anteriores. Estes ativos so representados por ELET6, CMIG4, NATU3.
Tambm chama a ateno entre estes ativos escolhidos, a ECOD3. O ativo
foi escolhido intencionalmente por possuir um pssimo histrico de rentabilidade. O
ativo sofreu pesada e consistente desvalorizao em todo o histrico analisado.
Apesar de ter tendncia clara, esta caracterizada como tendncia de baixa pelos
critrios da anlise grfica e a estratgia utilizada se beneficia apenas de tendncias
de alta.
3.2. COLETA DE DADOS
Foram coletadas todas as ocorrncias da estratgia no grfico semanal dos
ativos selecionados. A fonte dos dados foi o software ProfitChart, da desenvolvedoraNelgica. Assim, a extenso do histrico igual ao do software.
Fora utilizados grficos ajustados por proventos, ou seja, que sofreram
ajustes para incorporar no preo os crditos pegos pelas empresas aos seus
acionistas e que acabam sendo descontados do valor da ao. Isso far com que no
futuro os dados no possam ser verificados, pois novos ajustes sero necessrios
com o passar do tempo e esses alteraro os valores histricos. Mas isso se fez
necessrio para levar em considerao os referidos crditos dentro do resultado da
estratgia.
Por motivos de facilitao, foram considerados patamares de valores padro
para a abertura e o fechamento das operaes. Uma operao quando aberta, ser
aberta pelo valor da mxima a ser superada, a no ser quando a abertura do candle
que aciona a operao for maior. Nesse caso, utiliza-se a abertura. Uma operao
quando fechada atravs do stop inicial, ser fechada pelo valor exato da retrao de
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0.618 do candle que vira a MME(09). Quando fechada pela acionamento de um stop
de proteo de lucro, ser fechada pelo valor exato da mnima perdida.
Nenhum dos ativos alcanou o patamar de 100 ocorrncias. Alguns ativostiveram pouqussimas ocorrncias. Esse problema de amostragem nos levou a
utilizao de um mtodo estatstico para aumentar o nmero de ocorrncias e assim
melhorar a validade dos resultados. Este mtodo conhecido como Bootstrap.
3.3. BOOTSTRAP
Bootstrap um mtodo criado para melhorar o clculo de intervalos de
confiana de parmetros em circunstncias especficas, em particular, no caso em
que o nmero de unidades amostrais reduzido. Essa tcnica foi extrapolada para
solucionar muitos outros problemas inviveis de se encontrar uma resposta confivel
atravs de tcnicas tradicionais de anlise e estatstica.
Quando no se dispe da populao toda ou de uma parte que garanta a
consistncia das estimativas, atravs da reamostragem (aplicao da tcnica de
bootstrap) conseguimos uma melhor representao da variabilidade existente do
parmetro estimado, alm de aumentar a gama de cenrios abrangidos.
Exemplo:
Seja uma amostra de N elementos, construmos k amostras independentes
identicamente distribudas de tamanho n (frao de N) cada. Essas k amostras
devem ser finitas e so construdas atravs de sorteios com reposio dos
elementos da amostra original.
Na prtica, pegaremos o total dos dados coletados (todos os ativos foram
abaixo de 100) e com estes dados construiremos 1000 amostras diferentes com um
tamanho de 2/3 do total de dados. A composio dessas 1000 amostras vir de um
sorteio aleatrio do total dos dados coletados, com a possibilidade de repetio dos
dados.
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Assim, cada um dos aspectos analisados na estratgia ser avaliado em 1000
cenrios diferentes, mas sempre criados a partir de dados reais coletados. Dessa
forma buscamos evitar o acaso de selecionar uma srie muito positiva ou negativa
de dados para a estratgia.
Para a implementao dessa tcnica, foi utilizado um software de anlise
estatstica chamado R.
Todos os aspectos avaliados sero demonstrados em seus resultados
levando em considerao os dados coletados de fato e depois sero reavaliados
atravs do mtodo de bootstrap.
3.4. VARIVEIS ESTUDADAS
Listaremos aqui as variveis que sero estudadas em relao ao
desempenho de cada ativo e nos ajudaro a dizer quo eficiente a estratgia.
3.4.1. Acerto (%)
Indica o percentual de operaes lucrativas em relao ao total de operaes
realizadas.
3.4.2. Lucro Mdio (%)
Indica o lucro percentual mdio entre as operaes que se mostraram
lucrativas. uma simples mdia aritmtica onde somaremos os percentuais
individuais de resultado e dividiremos pelo total de operaes lucrativas. O lucro
percentual usado no clculo livre de taxas e corretagens.
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3.4.3. Prejuzo Mdio (%)
Indica o prejuzo percentual mdio entre as operaes que resultaram em
prejuzo. uma simples mdia aritmtica onde somaremos os percentuais
individuais de resultado e dividiremos pelo total de operaes que resultaram em
prejuzo. O prejuzo percentual usado no clculo livre de taxas e corretagens.
3.4.4. Mdia dos ganhos / Mdia das perdas
a diviso do lucro mdio por operao calculado no item 7.4.2 dividido
sobre o valor absoluto de prejuzo mdio calculado no item 7.4.4. Se o valor for
inferior a 1,00, demonstra que a mdia dos prejuzos maior que a mdia dos
lucros. Este seria um pssimo sinal para a estratgia.
3.4.5. Mximo de operaes seguidas sem acerto
Esta varivel boa para percebermos o nvel de estresse que a operao
pode gerar. Quanto maior for o mximo seguido de operaes sem acerto que
ocorreu, maior ser o grau de estresse, o qual poderia levar o investidor a
abandonar a estratgia.
3.4.6. Nmero de operaes por ano
Indica a freqncia com que a estratgia gera operaes em cada ativo.
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3.4.7. Rentabilidade mdia por operao (RMO)
a rentabilidade mdia esperada por operao caso se repita a estratgiainmeras vezes. calculada atravs dos lucros e prejuzos mdios das operaes
ponderada pela freqncia de acertos. Segue a seguinte frmula:
Rmo = (taxa de acerto x lucro mdio) + ((1- taxa de acerto) x prejuzo mdio)
3.4.8. Rentabilidade mdia da carteira por operao (RMC)
Como a estratgia tem como objetivo utilizar uma diversificao em termos de
ativos e limitar a entrada sempre a 25% da carteira consolidada, esta varivel a
estimativa de contribuio de resultado percentual de cada operao em relao a
carteira.
RMC =(taxa de acerto x lucro mdio) + ((1- taxa de acerto) x prejuzo mdio)/(25/100)
3.4.9. Rentabilidade anual mdia da operao
a taxa da rentabilidade mdia por operao elevada pela freqncia anual
das operaes.
3.4.10. Rentabilidade anual mdia da carteira
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Como a estratgia tem como objetivo utilizar uma diversificao em termos de
ativos e limitar a entrada sempre a 25% da carteira consolidada, esta varivel a
estimativa de contribuio de resultado percentual de cada operao em relao a
carteira anualmente.
a taxa da rentabilidade mdia da carteira por operao elevada pela freqncia
anual das operaes.
3.4.11. Drawdown (%)
Esta varivel demonstra a maior perda consecutiva que a operao gerou em
relao a carteira, considerando custos e corretagem e um posicionamento de 25%
da carteira consolidada.
Esta perda calculada considerada atravs de marca d`gua, ou seja,
quando a carteira comea a se desvalorizar, se iniciar o clculo do drawdown e
este s terminar quando o maior valor atingido pela carteira for superado.
3.5. APLICAO
Depois da anlise preliminar, aplicarei a estratgia no histrico verdadeiro de
operaes geradas pelos vinte ativos selecionados. A estratgia ser aplicada a
partir do primeiro dia til de 2007 at a data de novembro, quando a ltima operaoencontrar seu encerramento no ms de novembro.
Para tal, ordenarei todas as operaes ocorridas em ordem cronolgica e
farei todas as operaes possveis, no limite do financeiro de uma carteira que
iniciar com R$ 100.000,00. Utilizaremos o arredondamento no que tange ao lote
mnimo.
Quando duas operaes surgem na mesma semana, daremos prefernciapara aquela que for do ativo de maior liquidez (maior nmero de negcios).
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Para facilitao da simulao, no ser levado em considerao o imposto de
renda.
Com o histrico das operaes, faremos duas comparaes:
a) comparao com o resultado de uma estratgia hipottica de buy and hold
no ndice Bovespa; e
b) comparao das estatsticas da simulao real com a simulao terica
obtida do total das amostras.
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4. RESULTADOS DAS COLETAS DE DADOS E APLICAO
Todos os valores demonstrados a seguir podem ser observados mais
detalhadamente nos anexos que acompanham este trabalho. L est o registro de
cada operao gerada pela estratgia.
A tabela abaixo demonstra os resultados obtidos atravs dos dados coletados
para cada ativo, conforme descrio no captulo 7.0.
Figura 10 - Tabela de resultados
A prxima tabela se refere as mesmas informaes, mas agora obtidas atravs do
mtodo de reamostragem bootstrap:
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Figura 11 - Tabela de resultados aplicado o mtodo de Bootstrap
As tabelas acima demonstram a compilao de todas as variveis estudadas
e sua reavaliao pelo bootstrap. Vale lembrar que o estudo utilizou-se de dados
histricos. No temos garantia de que tais estimativas iro se repetir. Vamos analisar
cada uma destas variveis com um pouco mais de detalhe.
4.1. ACERTO (%)
Figura 12 - Acerto
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Figura 13 - Acerto (Bootstrap)
A taxa de acerto mdia foi de aproximadamente 37%. uma taxa de acerto
baixa. E por isso deve ser compensada por um ganho sobre perdas bastante
elevado para que possamos ter lucro consistente com a estratgia.
Entre as menores taxas de acerto esto aqueles papis j comentados que
foram inseridos justamente para dificultar a estratgia: NATU3, ELET5 e CMIG4.
4.2. LUCRO MDIO (%)
Figura 14 - Lucro mdio
Figura 15 - Lucro mdio (Bootstrap)
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O lucro mdio das operaes vencedoras ficou em torno de 31% na
reamostragem. Mas este valor fortemente influenciado pela LAME4. Como existe
tambm um resultado muito fora da mdia na CSAN3 (6,71%), torna-se interessante
excluir estes dois valores extremos. Teramos ento um lucro mdio em torno de
25%.
4.3. PREJUZO MDIO (%)
Figura 16 - Prejuzo mdio
Figura 17 - Prejuzo mdio (Bootstrap)
Prejuzo mdio muito constante,na faixa dos 5.7%, a mdia da retrao de
fibonacci de 61.8% da amplitude dos candles semanais. Apenas ECOD3 se destaca
negativamente.
4.4. GANHOS MDIOS / PERDAS MDIAS
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Figura 18 - Ganhos mdios sobre perdas mdias
Figura 19 - Ganhos mdios sobre perdas mdias (Bootstrap)
Aqui encontramos o ponto forte da estratgia. Quando nos deparamos com
uma operao vencedora, lucramos quase seis vezes mais do que perdemos
quando temos uma operao perdedora.
Se acertssemos apenas uma a cada seis operaes, teoricamente
estaramos no zero a zero. Com temos uma taxa de acerto mais que duas vezes
maior, na repetio de tal estratgia no histrico, para o conjunto de ativos
estudados, matematicamente seria lucro certo.
4.5. MXIMO DE OPERAES SEM ACERTO
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Figura 20 - Quantidade mxima de operaes sem acerto
Figura 21 - Quantidade mxima de operaes sem acerto (Bootstrap)
Em mdia, obtivemos uma mdia do mximo de operaes seguidas semacerto em torno de seis. Este se mostra o ponto fraco da estratgia. No sentido de
que os seguidos erros levam a uma frustrao por parte do investidor. Felizmente,
os stops so baratos o suficiente para que estes seguidos stops no representem
uma perda por demais acentuada.
De qualquer forma, este valor de erros consecutivos no surpreende, pois,
como vimos, a taxa de acerto menor do que 40% em mdia.
4.6. DRAWDOWN (%)
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Figura 22 Drawdown
Figura 23 - Drawdown (Bootstrap)
Drawdown menor que 8%, em mdia, considerando posicionamento de
apenas 25% da carteira. Poderamos ento considerar um drawdown para toda
carteira prximo de 32%. um valor razovel para uma estratgia seguidora de
tendncia.
Contudo, mesmo assim no devemos menosprezar essa taxa, esta continua
interessante. Praticamente todos os ativos produziram drawdawns maiores dentro
da estratgia de buy and hold.
4.7. NMERO DE OPERAES POR ANO
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Figura 24 - Operaes por ano
Figura 25 - Operaes por ano (Bootstrap)
Temos poucas operaes por ano, aproximadamente trs em cada ativo. Isso
nos permite combinar posies em mais de um ativo ao mesmo tempo, acompanhar
um considervel leque de empresas e fazer entradas simultneas. provvel que
aumentemos nossos retornos com tal atitude.
4.8. RENTABILIDADE MDIA POR OPERAO
Figura 26 - Rentabilidade mdia por operao
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Figura 27 - Rentabilidade mdia por operao (Bootstrap
A cada operao esperamos ganhar aproximadamente 9% em mdia.
Observamos uma alta variabilidade nesta varivel. Temos valores muito acima, e
outro muito abaixo de tal resultante. Porm, vale ressaltar que apenas um nico
ativo propiciou prejuzo, a CSAN3. Nem mesmo a CMIG4 ou ELET6, as quais tm
por caracterstica ter pssimos desempenhos em estratgias seguidoras de
tendncia, geraram prejuzo.
4.9. RENTABILIDAE MDIA DA CARTEIRA POR OPERAO
Figura 28 - Rentabilidade mdia da carteira por operao
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Figura 29 - - Rentabilidade mdia da carteira por operao (Bootstrap)
Estes valores indicam qual a expectativa de retorno para a aplicao da
estratgia em cada um dos papis ao se utilizar o manejo de risco proposto, de
exposio de 25% da carteira consolidada por operao.
4.10. RENTABILIDADE ANUAL MDIA DA OPERAO
Figura 30 - Rentabilidade anual mdia da operao
Figura 31 - Rentabilidade anual mdia da operao (Bootstrap)
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A expectativa de retorno da aplicao da estratgia repetidamente se provou
interessante, pois trs vezes maior do que a expectativa de rentabilidade em
aplicaes de renda fixa baseadas na taxa selic.
No entanto, nesta item especfico, o bootstrap ficou viciado no que se refere a
BVMF3, pois o ativo teve poucas operaes em seu histrico. Pelo mtodo da
reamostragem, foram feitos diversos cenrios diferentes para a BVMF3, mas com
pouca variedade de operaes. Isso sem dvida viciou a expectativa de
rentabilidade para este ativo, elevando a mdia.
Excluindo-se a BVMF3, a mdia baixaria para 19,30%. Ainda um bom valor,
mas nesse caso, 1/3 menor do que o bootstrap indicava.
4.11. RENTABILIDADE ANUAL MDIA DA CARTEIRA POR OPERAO
Figura 32 - Rentabilidade anual mdia da carteira por operao
Figura 33 - Rentabilidade anual mdia da carteira por operao (Bootstrap)
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A expectativa de contribuio mdia de cada ativo para uma carteira que
operasse com o manejo de risco de de exposio nas operaes foi de 6,27%.
Novamente aqui temos a BVMF3 puxando a mdia para cima. Excluindo-se este
ativo, a mdia baixa para 4,55%, o que se torna mais factvel.
4.12. COMENTRIO SOBRE OS RESULTADOS
Todos os indicadores foram satisfatrios em termos de resultado. Aqueles
que apresentaram um desempenho aparentemente ruim, como o nmero mximo de
operaes sem acerto, eram todos esperados devido a caracterstica da estratgia.
Este baseada em identificar um sinal de acelerao direcional de mercado
atravs do inclinao positiva da mdia mvel dos fechamentos e condiciona a
entrada a superao de um valor. O valor de stop inicial bastante curto e por isso
ocorre de termos o stop acionado com alguma freqncia, gerando prejuzos. Mas
sempre pequenos em relao expectativa de retorno nas operaes que derem
certo.
No entanto, todos esses resultados so tericos e trabalham com os papis
individualmente. A estratgia foi criada com o objetivo de ser aplicado numa
variedade de papis em conjunto, buscando melhorar o risco atravs da
diversificao. O resultado da estratgia aplicada de fato ainda uma incgnita.
Apenas temos alguns resultados que nos indicam que esta seria lucrativa. Mas
precisamos avaliar se, realmente lucrativa, esta se torna melhor que uma simples
estratgia de buy and hold.
4.13. RESULTADOS DA APLICAO DA ESTRATGIA
Para avaliarmos de fato o resultado da aplicao da estratgia num conjunto
de papis, organizamos por ordem cronolgica todas as operaes geradas pelo
conjunto dos papis selecionados. Simulamos a aplicao da estratgia no conjunto
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dos papis, fazendo as operaes dentro das disponibilidades financeiras da carteira
e seguindo o ordenamento no tempo. Os detalhes podem ser encontrados no item
7.5. A listagem de todas as operaes geradas, em ordem cronolgica, pode ser
visualizada no ANEXO XXII. A listagem das operaes que foram executadas, bem
como seus custos e resultados, podem ser encontradas no ANEXO XX.
Figura 34 - Resultados da aplicao prtica da estratgia e comparaes
No quadro comparativo acima, temos a Carteira Bruta e a Carteira Lquida. A
primeira no leva em considerao os custos operacionais enquanto que a segundasim. A Carteira Bruta foi inserida no comparativo pelo fato dos indicadores terem
sido calculados em cima de resultados que no levavam em consideraes custos
operacionais. Dos indicadores, apenas o DrawDown foi calculado com custos. Nos
itens em que ficamos impossibilitados de fazer uma comparao entre os resultados,
deixamos um -.
O resultado de fato, prtico, foi o da Carteira Lquida. Comparamos estes
resultados com uma carteira que segue os movimentos do ndice Bovespa, mas
dentro da estratgia proposta. O nico detalhe que neste caso, o manejo de risco
no era possvel da forma utilizada, e portanto, as operaes simularam o uso total
do financeiro disponvel.
Os indicadores retirados do estudo e que se encaixam numa comparao
tambm foram compilados, utilizando-se a mdia aritmtica dos resultados dos 20
papis utilizados.
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Por fim, colocamos o desempenho do ndice Bovespa no perodo, sem
estratgia, o que seria igual a fazer uma estratgia de buy and hold sem custos.
A primeira coisa que percebemos que a alta taxa de erro da estratgiapossibilita um nmero maior de operaes do que o imaginado. Ainda assim, a taxa
de acerto se manteve muito prxima do esperado pelo estudo preliminar. No caso da
aplicao apenas no ndice Ibovespa, a taxa de acerto foi maior, pois existe uma
quantidade de operaes falhas menor do que quando existe um grande nmero de
papis a disposio.
Chama a ateno que o ganho mdio por operao foi bastante reduzido na
experimentao com uma srie de ativos. Isso provavelmente ocorre porque devidoa possibilidade de diversificao, uma maior quantidade de operaes surgem em
momentos de mercado sem direo, gerando constantes stops e assim a
possibilidade de novas operaes ainda num momento ruim de mercado.
Ainda assim, a estratgia se mostrou muito mais lucrativa que o ndice
Bovespa em si. Atuando em cima dos papis selecionados, conseguimos uma
rentabilidade de 68,32% contra um desempenho