32
www.tobiasgeotec.com.br [RELATÓRIO DA ESTIMATIVA DE RECURSO DE MINÉRIO DE FERRO – CORUMBÁ/MS DAEMPRESA RIO MINAS MINERAÇÃO] . 1 Novembro 2008

Estimativa de Recurso Rio Minas 03

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

[

]

.

1

Novembro 2008

Page 2: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

INTRODUÇÃO

A estimava de Recurso do Projeto Minério de Ferro Corumbá da empresa Rio

Minas Mineração, o qual foi dividido em dois alvos , todos localizadas no

município de Corumbá no Estado do Mato Grosso do Sul.

Como fundamento para o cálculo da estimativa de recurso, utilizou-se

conhecimentos geológicos e estruturais dos reconhecimentos realizados em

campo e nos levantamentos dos diversos estudos bibliográfico existente na

região, identificando assim, a forma do depósito.

O projeto contém um total de aproximadamente 13.370,88 hectares.

Figura 1 - Localização dos alvos.

    ALVO 01  PROCESSO AREA(Ha) FASE SUBSTÂNCIA

868456/2007 973,51 REQUERIMENTO DE PESQUISA MINÉRIO DE FERRO868455/2007 1.009,39 REQUERIMENTO DE PESQUISA MINÉRIO DE FERRO868511/2008 173,18 REQUERIMENTO DE PESQUISA MINÉRIO DE FERRO868518/2008 128,21 REQUERIMENTO DE PESQUISA MINÉRIO DE FERRO

TOTAL 3.451,88

2

Page 3: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br 3

Page 4: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

LOCALIZAÇÃO

As áreas do projeto situam-se nos municípios de Ladário e Corumbá, estado do

Mato Grosso do Sul.

O acesso a área pode ser feito, partindo-se da capital do estado - Campo

Grande -, em direção à cidade de Corumbá, pela BR-262 por aproximadamente

405 km.

Figura 1 - Localização e acesso.

4

Page 5: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

OVERLAY

Alvo 01

5

Page 6: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

Alvo 02

Alvos 03

6

Page 7: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

Fonte: CPRM

Fonte: Haraly & Walde, 1986

Fig. 1

www.tobiasgeotec.com.br

GEOLOGIA REGIONAL DO MORRO DA TROMBA DOS

MACACOS

Os depósitos de ferro e manganês

do Morro da Tromba dos Macacos

(MS) estão em meio a rochas das

formações Urucum (base) e Santa

Cruz (topo), do Grupo Jacadigo, em

discordância angular sobre o

embasamento datado de 1.726+38

Ma. Datações paleontológicas

indicam que o Grupo Jacadigo foi

sedimentado entre 950 Ma e 850

Ma (Haraly & Walde, 1986).

As camadas de minério de manganês e ferro estão na Formação Santa Cruz

(Membro Banda Alta), no topo de elevações, aflorando sempre com uma

cobertura de minério laterítico (Fig. 1).

7

Page 8: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

Fig. 2

www.tobiasgeotec.com.br

A Formação Urucum, basal do

Grupo Jacadigo, é composta por

conglomerados, siltitos e arenitos. A

Formação Santa Cruz tem, da base

para o topo, o horizonte

mineralizado Mn 1, recoberto por 80

m de arenitos ferruginosos.

Recobrindo esses arenitos, está o

horizonte manganesífero Mn 2. O

horizonte Mn 3 está 40 m acima do

Mn 2, horizonte Mn 4 está, também,

40 m acima do Mn 3. Separando os

horizontes Mn 2, Mn 3 e Mn 4 há

camadas de jaspilitos hematíticos. A

Formação Santa Cruz termina com

uma cobertura de 270 m de

espessuras de jaspilitos hematíticos

(Fig. 2). O minério primário é

composto por criptomelano cripto a

microcristalino, associado a

hematita e quartzo. Braunita,

piroluzita e litioforita são acessórios

comuns. Há camadas de minério

braunífico, compostas por braunita,

criptomelana, piroluzita, hematita e

quartzo. O jaspilito hematítico

primário, inalterado, tem 50% de Fe

e o minério supergênico tem 67%

Fe.

As hipóteses genéticas variam,

considerando o minério sedimentar

químico, precipitado em ambiente

glacial (Urban et a/ii, 1992) ou

sedimentar-hexalativa tipo SEDEX,

associado à lixiviação de basaltos

situados abaixo do graben do

Corumbá (Dardenne, 1998;

Trompette et a/ii, 1998).

8

Page 9: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

GEOLOGIA LOCAL

Formação Urucum

Esta formação tem a sua seção-tipo na morraria do Urucum, a sul da cidade de

Corumbá, tendo sido definida originalmente por Lisboa (1909) sob a

denominação “Brécia do Urucum”. Na Folha Corumbá aflora em todo o maciço

do Urucum, ou seja, nas morrarias Urucum, Santa Cruz, Grande, Rabichão,

Tromba dos Macacos e São Domingos. Ocorre também na borda noroeste da

morraria do Zanetti e na borda nordeste da morraria Sajutá; contorna os

calcários do Grupo Corumbá, adjacentes à estrutura da Lajinha, e namorraria

do Jacadigo, na fronteira com a Bolívia. (Fig. 3)

Normalmente a Formação Urucum assenta-se em não-conformidade sobre as

rochas cristalinas do Complexo Basal, apresentando contatos transicionais com

a Formação Santa Cruz. Mostra-se recoberta, em contato normal, pelos

calcários do Grupo Corumbá e é recoberta, discordantemente, por sedimentos

quaternários. O contato com a Formação Bocaina é caracterizado, também, por

falha, como ocorre na parte NE da morraria do Zanetti, observado na Folha

Corumbá. É constituída predominantemente por uma seqüência de sedimentos

terrígenos, com raraslentes de calcário intercaladas. Entre os litótipos dominam

os arcóseos que exibem granulação

média a conglomerática. Integram ainda a seqüência: paraconglomerados,

grauvacas, arenitos, siltitose localmente calcários.

Os arcóseos são, em geral, cinza-escuros, e por vezes esverdeados; possuem

granulação fina a grossa, estrutura maciça, e constituem-se de quartzo e

feldspato. O cimento pode ser calcífero, ferruginoso ou manganesífero.

Arcóseos ferruginosos e manganesíferos ocorrem no topo da formação. Os

arcóseos conglomeráticos possuem cimentocalcífero e chegam até os

conglomerados petromíticos, como ocorre no morro do Gervásio, na parte norte

da morraria Rabichão e nas morrarias Santa Cruz, Zanetti, Anzol e Urucum,

onde a fração rudácea contém de seixos até matacões angulares a

9

Page 10: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

Figura 3 - Localização das Morrarias.

10

Page 11: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

arredondados, de granitóides, gnaisses, anfibolitos, quartzo e calcários.

Paraconglomerados foram identificados na base da formação, em áreas

restritas. Essas rochas foram interpretadas, por Barbosa & Oliveira (1978),

como tilito, sendo correlacionadas à Formação Puga, do Grupo Corumbá.

Corrêa et al. (1976) descrevem na fazenda Lajinha a ocorrência de grauvacas

de cor rosa a arroxeada, granulação média a grossa, com leitos

conglomeráticos constituídos por clastos de granitóide e calcário.

Os arenitos são arcosianos, em geral cinza, exibindo também cor avermelhada

de alteração, e ocorrem em camadas intercaladas aos arcóseos. Esses

arenitos foram observados nas morrarias Urucum e Rabichão, na porção norte

da área. As camadas de siltitos aparecem subordinadas e intercaladas aos

arcóseos, com espessuras variando de centímetros a dezenas de metros.

Barbosa &Oliveira (1978) descrevem, nameia encosta da morraria do Jacadigo,

camadas de siltito calcífero, micáceo e de granulação fina. Os citados autores

fazem referência, no mesmo local, a camadas subordinadas de calcário

intercaladas nos arcóseos e, com base nessa constatação, admitiramo início

da deposição da Formação Urucum em ambiente continental. Em termos de

estruturas primárias são comuns nos arcóseos a estratificaçãogradacional e

horizontes com estratificação cruzada e plano-paralela. No quadrante nordeste

da Folha Aldeia Tomázia, entre as fazendas São Carlos e Mercedes, há

exposições restritas dessa unidade, todavia não mapeáveis na escala deste

trabalho. As ocorrências da região sudoeste da área, que se apresentam como

morros isolados (inselbergs) realçados na topografia plana do pantanal,são de

grauvacas, arcóseos ou arenitos ortoquartzíticos. As grauvacas e arcóseos

assentam-se discordantemente sobre rochas da Associação Metamórfica do

Alto Tererê, ao passo que os arenitos ortoquartzíticos predominam nos

morrotes isolados da planície do Pantanal. As grauvacas, em geral exibem cor

de alteração rósea a violácea e granulação fina. São compactas e pobremente

estratificadas. São recristalizadas guardando estruturas sedimentares

reliquiares e compõem-se essencialmente de quartzo e feldspato e,

subordinadamente, sericita. Os arcóseos apresentam coloração cinza

esbranquiçado, granulação fina a média e boa estratificação, definida pela

alternância de leitos mais finos e mais grossos, além de exibirem estruturas do

11

Page 12: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

tipo estratificação cruzada. Mostram-se comumente recristalizados, com textura

blastopsamítica. Os arenitos ortoquartzíticos apresentam coloração cinza-claro,

granulação muito grossa, com grãos bem classificados e são silicificados,

compactos e pobremente estratificados. Como observado nas grauvacas,

também exibem desenvolvimento autigênico de quartzo e sericita.

Para a determinação do ambiente de sedimentação da Formação Urucum,

devem ser considerados os seguintes aspectos:

1) Predominância de arcóseos, grauvacas e paraconglomerados

(conglomerados);

2) Presença de arenitos, siltitos e, localmente, calcários;

3) As estruturas sedimentares mais notáveis são as estratificações gradacional

e cruzada.

Os arcóseos e grauvacas determinam ambiente onde verifica-se erosão e

deposição rápida. As estruturas sedimentares indicam transporte gravitacional.

A presença de arenitos e siltitos não dá indicação do ambiente de

sedimentação,ao passo que os calcários podem indicar sedimentação

marinharasa. Assim, o ambiente de deposição da Formação Urucum pode ser

interpretado como continental, com esporádicas e tênues transgressões

marinhas, de âmbito restrito. Os níveis de arcóseo com granocrescência

indicam progradação, provavelmente resultante de tectonismo na área-fonte.

Formação Santa Cruz

Essa formação foi definida por Almeida (1945) na morraria do Urucum. Sua

proposta engloba as formações Córrego das Pedras e Band'Alta (Dorr II, 1945)

que, junto com a Formação Urucum, formam o Grupo Jacadigo. Por questões

de escala e de representação cartográfica, no presente trabalho usou-se a

seqüência estratigráfica proposta por Almeida (1945). A Formação Santa Cruz

é responsável pelas elevações que formam o maciço do Urucum, em função

direta da alta resistência de seus litótipos aos processos erosivos. Sua

12

Page 13: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

espessura na morraria do Urucum chega a 420m (Almeida, 1945), e na

morraria Mutum (Bolívia) atinge cerca de 230m (Weiss & Sweet, 1959).

Apresenta contato gradacional com a Formação Urucum que lhe é sotoposta e

localmente é recoberta por sedimentos quaternários. Os litótipos que a

compõem são sedimentos clásticos vermelhos que se sobrepõem aos

arcóseos conglomeráticos do topo da Formação Urucum. A seqüência,

segundo Almeida (1945), começa com arenitos arcosianos de granulação fina a

média, em camadas centimétricas, bem estratificadas, exibindo níveis de

cimento jaspilítico ou hematítico alternados, e apresentando, localmente,

estratificações cruzada e plano-paralela.Seguem-se em sentido ao topo e com

freqüência cada vez maior, intercalações de camadas de jaspilito hematítico e

hematita, até a ocorrência da primeira camada de óxido de manganês da

morraria do Urucum.O pacote até aqui descrito corresponde à Formação

Córrego das Pedras, de Dorr II (1945). As rochas que correspondem à

Formação Band'Alta, de Dorr II (1945) e que complementam a Formação Santa

Cruz, são representadas por camadas e lâminas, de hematita e jaspe, que

formam uma rocha do tipo banded ironstone, e por camadas e lentes de

óxido de manganês intercaladas. Ocorrem, subordinadamente, camadas

lenticulares de arcóseo ferruginoso, siltito, arenito quartzoso, arenito

conglomerático, jaspilito e jaspilito

conglomerático.

As camadas ou lentes de óxido de manganês (criptomelana) encontram-se

intercaladas com arenito/arcóseo ferromanganesífero e/ou com lentes de

hematita ou jaspilito hematítico, que variam em número de níveis, espessura,

cor e tipo do minério.Destaca-se a chamada “Camada nº1”,descrita

por Dorr II (1945) no morro Urucum, que possuinotável continuidade,

aparecendo nas morrarias São Domingos, Santa Cruz, na parte sul da morraria

do Rabichão, mais precisamente na mina Santa'Ana e nas morrarias Tromba

dos Macacos Jacadigo. Sua espessura varia de 20cm a 6m. Na morraria Santa

Cruz, a SE da mina Figueirinha, em área pertencente à Mineração

Corumbaense S.A., por exemplo, foram observadas quatro camadas. As cores

são caracteristicamente escuras com tonalidades que variam de preto-cinzento

13

Page 14: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

a pretoazulado e cinza-aço, em exposições frescas. O minério que forma as

camadas e/ou lentes tem aspecto uniforme. Em termos gerais, são

reconhecidos quatro tipos de minério: denso, baço ou granular, cor de aço e

estrutura gráfica.

A Formação Santa Cruz apresenta uma característica singular em seus

litótipos, representada pelos clastos caídos (dropstones) de origem glacial

(Barbosa & Oliveira, 1978), que ocorrem preferencialmente associados às

camadas de manganês e emsuas intercalantes. Estas, em geral, são arcóseos

manganesíferos, como pode ser observado na mina da morraria Urucum

(Camada nº1); na morraria São Francisco; na mina da Mineração

Corumbaense, e namina Sant'Ana, na morraria Rabichão. Conquanto menos

freqüente, os clastos caídos ocorrem, também, nas formações ferríferas, como

foi observado na área de concessão da Mineração Corumbaense Reunida, na

morraria Santa Cruz. Walde et al.(1981) mencionam a existência de matacões

de três metros de diâmetro, caoticamente dispersosna seqüência ferrífera. Os

clastos caídos variam de grânulos a matacões, com graus de arredondamento

extremamente variáveis. São de litologias variadas, com predominância de

granitóides. Os diversos pesquisadores que estudaram a Formação Santa Cruz

têm-se preocupado com o ambiente de sedimentação dos seus litótipos,

questão que representa um dos pontos cruciais para se entender o

paleoambiente de deposição da bacia. Não há, até o presente, uma opinião

consensual sobre a gênese dos depósitos de ferro e manganês, nem dos

sedimentos detríticos que se lhes intercalam. Algumas evidências, entretanto,

parecem claras, tais como: sedimentação química para o Fe e Mn, em

ambiente calmo, e subsidência lenta e gradativa da bacia Jacadigo, durante a

deposição, em ambiente com marcantes diferenciações climáticas. No presente

trabalho, optou-se por aceitar a proposta de Walde et al. (1981),que indica um

ambiente epicontinental, com influências glaciais periódicas, quando da

deposição dos sedimentos da Formação Santa Cruz.

14

Page 15: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

ESTIMATIVA DE RECURSO DO PROJETO

ALVO 01

O minério de ferro do Alvo 01,apresenta-se em depósitos secundários de

colúvio originado da Morraria urucum gerado pela decomposição dos jaspelitos.

Após a visita a campo e com dados de imagem de satélite, verificou-se que

toda a base do minério coluvionar existente nas áreas encontra-se acima da

cota 93, consideramos assim todo esse material para o cálculo da estimativa

conforme apresentado nas figuras abaixo.

Para esse cálculo a superfície base se manteve na cota 95 representada por

curvas de nível de meio metro de eqüidistância. A cota máxima nas duas áreas

é 132, sendo assim a outra superfície de comparação. Tudo que estiver entre

as cotas 95 a 132 foi calculado o volume.

E para o cálculo da estimativa de recurso utilizou-se o programa Civil 3D, que

usa o método composto de triangulação de superfície baseada em pontos. O

critério utilizado por este programa é pelo Método de Simpson.

15

Page 16: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

O resultado gerado pelo programa do volume é 125.600.000 m3. Não foi feito

nenhuma descrição petrográfica do minério, mas uma analise macroscópica

identificando um baixo magnetismo, resultando ser o material uma hematita

cuja densidade pode variar de 4.9 a 5.3.

Considerando uma densidade média de 5.1 termos um recurso de 640.560.000

toneladas de minério.

ALVO 02

O minério de ferro do Alvo 01, apresenta-se em depósitos secundários de

colúvio originado da Morraria Grande e da decomposição dos jaspelitos.

Após a visita a campo e com dados de imagem de satélite, verificou-se que

toda a base do minério coluvionar existente nas áreas encontra-se acima da

cota 87, consideramos assim todo esse material para o cálculo da estimativa

conforme apresentado nas figuras abaixo.

Figura 2 – Cota acima de 87 de vermelho consideradas no cálculo da estimativa de recurso.

16

Page 17: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

Figura 3 – Curva de nível acima da cota 87 sobreposta na imagem de satélite.

Para o cálculo de recurso utilizou a restituição topográfica do projeto SRTM

através da geração de MDE (Modelo Digital de Elevação) passíveis de

extração de variáveis topográficas em SIG.

Dado um conjunto de pontos de elevação conhecida, a inserção da topografia

nos sistemas de informações geográficas (SIG) ocorre através da interpolação

destes para um plano de informação. Um fator importante a favorecer a

inclusão do relevo na identificação e na análise de sistemas terrestres advém

de recentes coletas de dados topográficos por técnicas de sensoriamento

remoto.

17

Page 18: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

O preparo de MDE é a interpolação dos dados por krigagem. A krigagem é um

método de regressão usado em geoestatística para aproximar ou interpolar

dados. Os MDE’s assim formados preservam características morfométricas do

terreno representado. A capacidade de lidar com as componentes da

variabilidade especial fazem da krigagem uma forma interessante para

manusear variações espacialmente aleatórias, como as que são causadas por

erros, artefatos e indistintamente feições detalhadas.

E para o cálculo da estimativa de recurso utilizou-se o programa Civil 3D, que

usa o método composto de triangulação de superfície baseada em pontos. O

critério utilizado por este programa é pelo Método de Simpson.

Esse método para o cálculo se baseia na comparação de superfícies, usam-se

os pontos de ambas as superfícies, bem como qualquer local em que as

bordas dos triângulos se cruzam entre duas superfícies. A nova superfície de

elevação – chamada TIN volume, é calculada baseada na diferença entre as

elevações das duas superfícies. O programa gera uma superfície TIN volume

que é um conjunto de pontos de uma base e uma superfície de comparação.

Uma superfície de TIN volume provê na exata diferença entre a base e a

superfície de comparação.

Para esse cálculo a superfície base se manteve na cota 87 representada por

curvas de nível de meio metro de eqüidistância. A cota máxima nas duas áreas

é 117, sendo assim a outra superfície de comparação. Tudo que estiver entre

as cotas 87 a 117 foi calculado o volume.

O resultado gerado pelo programa do volume é 23.855.000 m3 conforme

descrito na tabela abaixo.

18

Page 19: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

VOLUME ESTIMADO ACIMA DA COTA 87 - INTERESSADO RIO MINAS

CORUMBA - MS General Revision number 0 Number of points 18131 Minimum X coordinate 445104.3000m Minimum Y coordinate 7867655.6011m Maximum X coordinate 450207.8400m Maximum Y coordinate 7872855.6300m Minimum elevation -31.000m Maximum elevation 6.000m Mean elevation -1.404m TIN Number of triangles 35769 Maximum triangle area 11.35hectares Minimum triangle area 0.00hectares Minimum triangle length 0.0001m Maximum triangle length 1934.6428m Volume Base Surface topografia Comparison Surface cota 87 Cut volume (unadjusted) 29931718.43 Cu. M. Fill volume (unadjusted) 6076650.87 Cu. M. Net volume (unadjusted) 23855067.56 Cu. M.<Cut>

Tabela 1- VOLUME ESTIMADO ACIMA DA COTA 87

Não foi feito nenhuma descrição petrográfica do minério, mas uma analise

macroscópica identificando um baixo magnetismo, resultando ser o material

uma hematita cuja densidade pode variar de 4.9 a 5.3.

Considerando uma densidade média de 5.1 termos um recurso de 121.660.500

toneladas de minério.

19

Page 20: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

ALVO 03

O minério de ferro do Alvo 03, apresenta-se em depósitos secundários de

colúvio originado da Morraria de São Domingos gerado pela decomposição dos

jaspelitos.

Após a visita a campo e com dados de imagem de satélite, verificou-se que

toda a base do minério coluvionar existente nas áreas encontra-se acima da

cota 99, consideramos assim todo esse material para o cálculo da estimativa

conforme apresentado nas figuras abaixo.

Para esse cálculo a superfície base se manteve na cota 99 representada por

curvas de nível de meio metro de eqüidistância. A cota máxima nas duas áreas

é 850, sendo assim a outra superfície de comparação. Tudo que estiver entre

as cotas 99 a 850 foi calculado o volume.

E para o cálculo da estimativa de recurso utilizou-se o programa Civil 3D, que

usa o método composto de triangulação de superfície baseada em pontos. O

critério utilizado por este programa é pelo Método de Simpson.

O resultado gerado pelo programa do volume é 152.4600.000 m3. Não foi feito

nenhuma descrição petrográfica do minério, mas uma analise macroscópica

20

Page 21: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

identificando um baixo magnetismo, resultando ser o material uma hematita

cuja densidade pode variar de 4.9 a 5.3.

Considerando uma densidade média de 5.1 termos um recurso de 777.546.000

toneladas de minério.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Projeto Ferro Corumbá da Rio Minas tornam se muito atraentes devido aos

inúmeros fatores referidos neste relatório. Sugerimos a continuidade da

pesquisa com uma equipe técnica qualificada para um levantamento de

informações físico-químico, fisiográficos e mapeamento geológico e

topográfico.

A execução consiste dos trabalhos de pesquisa consiste em poços com a

utilização de retro-escavadeira juntamente com mapeamento topográfico na

escala de 1: 1.000 e mapeamento geológico delimitando os contornos dos

depósitos de colúvio existente nas áreas além das coletas de amostras para

análise química, gerando cubagem de recurso com um resultado mais

confiaveis.

21

Page 22: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

Fotos

Foto 01 detalhe da área do processo 868.455/2007 observando o solo avermelhado composto de material rolado de minério de ferro

Foto2: detalhe do afloramento da rocha Jaspelito – minério de ferro na área processo 868.518/2008

22

Page 23: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

Foto 3: detalhe do solo na área processo 868.517/2008 juntamente com o material rolado

Foto 4: detalhe do lajedo na área processo 868.517/2008

23

Page 24: Estimativa de Recurso Rio Minas 03

www.tobiasgeotec.com.br

Foto 5: detalhe do solo na área processo 868.515/2008

Foto 6: detalhe dos rolados na área processo 868.515/2008

24