espiritolivre-009

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    CCAAPPAAOO qquuee ffaazzeerr ssee aallgguummcclloonnaarr sseeuu ppeerrffiill??!!

    RREEDDEESS SSOOCCIIAAIISS

    CCOOMMUUNNIIDDAADDEECCoommuunniiddaaddee SSoollSSooffttwwaarree LLiivvrree

    CCOOLLUUNNAACCeezzaarr TTaauurriioonn ffaallaa ssoobbrreessmmaarrttpphhoonneess

    PPoorrqquuee oo cciiddaaddooccoonnsscciieennttee ddeevveerriiaa

    ooppttaarr ppeelloossooffttwwaarree lliivvrree

    FORUM

    ENTREVISTAEEnnttrreevviissttaa ccoomm

    VViicceennttee AAgguuiiaarr,, ddaa eeqquuiippeeddee ddeesseennvvoollvviimmeennttoo ddoo

    NNoooossffeerroo

    http://revista.espiritolivre.org | #009 | Dezembro 2009

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    COM LICENA

    Revista Esprito Livre | Dezembro 2009 | http://revista.espiritolivre.org |0

    http://revista.espiritolivre.org/http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pthttp://revista.espiritolivre.org/
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    Ah! Dezembro chegou, e com ele a reta final de mais um ano. 2009 vaificando para trs j deixando um gostinho de quero mais em diversos aspec-tos. Foi um ano movimentado para vrias empresas que atuam no mercado de

    cdigo aberto. Muitas novidades surgiram, cdigo foram abertos, detalhes re-velados, documentaes liberadas. O prprio lanamento da Revista EspritoLivre neste ano de 2009 foi, e ser motivo de alegria, para mim e para todosque nos acompanham ms aps ms.

    Pegando o embalo das comunidades de software livre, este ms temosem nossa capa como tema principal as redes sociais, atualmente to difundi-das e utilizadas pela maioria dos internautas e usurios de computador. Nossaentrevista no poderia ser diferente e acompanha o tema. Conversamos comVicente Aguiar, membro da equipe do Noosfero, plataforma que reune em ums lugar rede social, comunidades e afins. Vrios projetos esto aderindo aocdigo do Noosfero e a rede do popular SoftwareLivre.org uma delas.

    Jomar Silva fala sobre os 10 cuidados que devemos tomar em redes so-

    ciais, fazendo assim um alerta aos desavisados ou marinheiros de primeira via-gem. Walter Capanema, por outro lado, mostra aos leitores o que fazer, sealgum dia algum clonar o seu perfil em uma rede social.

    Uma dupla de "Eduardos", toma conta da seo sobre grficos! LuizEduardo fala sobre o formato SVG, apresentando suas vantagens e utilizaoem softwares, enquanto Carlos Eduardo, o Cadunico, fala sobre a criao detecidos no Inkscape, um software que, por padro, utiliza o formato SVG. Se ti-vessem combinado no teria dado to certo :-)

    Nilton Pessanha, que nas primeiras edies foi o responsvel pelas ca-pas da Revista Esprito Livre, faz um convite aos leitores, atravs de sua mat-ria sobre o uso de programas de simulao em educao e treinamentos. JFernando Leme retorna nesta edio falando sobre tecnologia da informao eescolhas polticas, passando pelo conceito de commons e o software apartid-

    rio.Crlisson Galdino, continua com mais um episdio da Warning Zone, en-

    quanto Clayton Lobato nos mostra um pouco mais sobre o sistema Braille deescrita e leitura, descrito por ele como o mais lindo e colaborativo dos projetos.Lzaro Rein, que era responsvel pelas matrias sobre a Linguagem Lua, fa-la um pouco sobre podcast, sua mais nova mania! Joo Marcello, que na edi-o n 8 da Revista Esprito Livre apresentou um case bem interessante sobreo "teco" de informtica, traz nessa edio um complemento ao artigo original,onde ele relata os 10 mandamentos do usurio, igualmente interessante.

    Vocs vo perceber que a agenda est apresentando pouqussimoseventos para o ms de dezembro e janeiro. Curioso, mas facilmente explic-vel, estes dois meses trazem poucas opes quanto a palestras, workshops e

    eventos da rea de TI. Entretanto, fechamos a edio com uma bela mensa-gem de fim de ano!

    Continuem nos acompanhando pelo Twitter, Identi.ca e demais veculos,pois em breve novas promoes estaro por aqui! Tambm fiquem atentos aosite oficial da revista [http://revista.espiritolivre.org], onde sempre tem novidade.

    Agradecemos a todos que no foram citados acima econtinuamos com o nosso convite aos leitores para participa-rem do processo de criao da revista, seja divulgando, es-crevendo ou revisando. Se quiser saber como ajudar, bastaentrar em contato. Boas Festas e nos vemos no ms quevem, j em 2010!

    EDITORIAL / EXPEDIENTE

    No balano da rede...

    Revista Esprito Livre | Dezembro 2009 | http://revista.espiritolivre.org |0

    Joo Fernando Costa Jnior

    Editor

    EXPEDIENTEDiretor Geral

    Joo Fernando Costa Jnior

    EditorJoo Fernando Costa Jnior

    RevisoJoo Paulo Melo de SampaioPamella Castanheira

    Arte e DiagramaoJoo Fernando Costa Jnior

    CapaCarlos Eduardo Mattos da Cruz

    Contribuiram nesta edioAcio PiresAlexandre Oliva

    Andressa MartinsCrlisson GaldinoCarlos Eduardo Mattos da CruzCezar TaurionClayton LobatoDjavan FagundesFernando LemeFilipo TardimFlvia JobstraibizerFlvia SuaresFrancilvio Roberto AlffJoo Marcello PereiraJomar SilvaJorge Augusto M. Carria

    Jos James F. TeixeiraJlio Csar Eiras MelandaLzaro ReinLuiz Eduardo BorgesNilton PessanhaOtvio Gonalves de SantanaPamella CastanheiraPaulo de Souza LimaRoberto SalomonTatiana Al-ChueyrTiago Eugnio de MeloWallisson NarcisoWalter CapanemaWesley A. Gonalves

    Wesley Samp

    [email protected]

    O contedo assinado e as imagens que ointegram, so de inteira responsabilidadede seus respectivos autores, norepresentando necessariamente aopinio da Revista Esprito Livre e deseus responsveis. Todos os direitossobre as imagens so reservados a seusrespectivos proprietrios.

    http://twitter.com/espiritolivrehttp://identi.ca/revistaespiritolivrehttp://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/http://identi.ca/revistaespiritolivrehttp://twitter.com/espiritolivrehttp://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/
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    EDIO 009

    CAPA10 cuidados que devemostomar em redes sociaisSuas informaes dizem tudo

    28

    COLUNASPerigo Real e ImediatoCuidado com as ameaas...

    13Warning ZoneEpisdio 3 - Cronogramas

    17

    SmartphonesEles chegaram para ficar...

    20

    SUMRIO

    TECNOLOGIAPodcast por que ouveAumenta o som...36

    83 AGENDA 06 NOTCIAS

    O que fazer quando"clonarem" seu perfil emuma rede social?Defenda seus direitos!

    33

    Entrevista comVicente Aguiar,da Equipe do

    Noosfero

    PG. 24

    Com o Esprito LivreQuase como pastorear abelhas...22

    COTIDIANOOs 10 mandamentos dousurioO problema est entre o teclado e acadeira...

    38

    Google GoO Google ataca de novo!

    39FERRAMENTA

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    10 LEITOR

    QUADRINHOSOs Levados da BrecaNanquim2 - HelpdeskNatal

    12 PROMOES

    EVENTOS

    Java Enterprise Day -Goinia/GORelease sobre o evento

    72

    FORUM

    Forum Software Livre -Duque de Caxias/RJRelato do evento

    75

    3 Encontro PHP-PB - JooPessoa/PBRelato do evento

    79

    81

    Tecnologia da Informao eas Escolhas PolticasTodo mundo tem direito...

    45

    Por que o cidadoconsciente deveria optar

    pelo software livre - Parte 2Pensamento livre e disperso doconhecimento

    41

    EMSL'09 - Itajub/MGRelato do evento

    73

    GRFICOSCriando tecidos no InkscapeAgora a roupa com voc!45SVGGrficos para todos

    47EDUCAO

    O mais lindo e colaborativodos projetosSistema Braille

    51

    O uso dos programas desimulao em educao etreinamentoUma proposta interessante!

    62

    O profissional da informaona educao superior muita responsabilidade...

    67COLABORAO

    COMUNIDADEOSUMOpen Source University Meeting

    54

    Comunidade Sol SoftwareLivreDo norte do Brasil para o mundo!

    56

    Os bichos da Terceira IdadeE voc est preparado para o mercado?

    59EMPREGABILIDADE

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    Ubuntu 10.04 Lucid Lynx disponvel para tes-tes

    No ltimo dia 10, foi publi-cada a primeira versoAlpha do Ubuntu 10.04 Lu-cid Lynx. possvel fazero download atravs do si-te oficial. Como todos sa-bemos bem, no recomendvel instalar

    uma verso Alpha 1 em computadores finais,mas interessante test-lo em uma mquina vir-tual ou em um computador de testes.

    A verso final esperada paro o dia 29 de Abrilde 2010 e enquanto isso nos prximos meses se-ro publicadas vrias verses Alpha e Beta, co-mo previsto do plano de desenvolvimento: 14Janeiro Alpha 2, 25 Fevereiro Alpha 3, 18Maro Beta 1, 8 Abril Beta 2, 22 Abril Relea-se Candidate, 29 Abril Definitive Release.

    Drdb integrado a partir do prximo Kernel

    DRBD um projeto que nospermite utilizar perifricos es-truturados em blocos remo-tos, A verso do DRDB jdeveria ser a 2.6.32, masJens Axboe, um dos mantene-

    dores, resolveu adiar a integra-o na Source Tree de Linux

    at a verso 2.6.33.

    A boa noticia nisso tudo que Linus aceitou que ocdigo venha integrado a partir da prxima versodo kernel, contendo todas as funcionalidades queat a pouco tempo atrs eram disponveis somen-te com o pagamento de um addon. Os principais re-cursos so a possibilidade de replicar um PCoffsite e a funo de Disaster Recovery.

    FreeNAS tambm adotar completamente opinguim

    O FreeNas, uma dasmais famosas soluesNAS, esta prestes a utili-zar LINUX como seu sis-tema operacional oficial.Voker Theile, o desenvol-vedor principal do Free-NAS, anunciou que aprxima verso do Free-

    NAS necessitar de uma recompilao de gran-de parte das funes fundamentais paraeliminar algumas limitaes atuais e ser basea-da no DEBIAN. O projeto tem o nome de Open-MediaVault.

    A verso 0.7 est entrando em fase de desenvol-vimento neste ms. O problema maior para osusurios atuais parece ser o destino do ZFS,que infelizmente no Linux disponvel somenteatravs do FUSE.

    Calculate Linux agora 10.0

    Atravs de um annciode Alexander Tratsevs-kiy, acabou de ser dis-ponibilizada a verso10.0 do Calculate Linux

    Desktop, a metadistri-buio baseada no

    Gentoo e no KDE como ambiente grfico paraworkstations de utilizo final. Calculate Linux 9.6,at ento verso oficial, foi lanada a aproxima-damente dois anos atrs. Entre as curiosidadesdo sistema podemos apontar o Kernel2.3.28.10, o X.org 7.4 e o KDE verso 4.2.3. Na-turalmente entre os aplicativos includos no po-deria faltar o OpenOffice.org.

    NOTCIAS

    NOTCIASPor Joo Fernando Costa Jnior e Francilvio Roberto Alff

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    NOTCIAS

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    O Browser do Google agora tambm fala Li-nux e Mac

    Depois de um ano de es-pera, Google anunciou aprimeira verso provis-ria do browser para usu-rios Apple e Linux. O quea gigante da Internet nosd como prmio de conso-lao pelo atraso dessarelease so as mais de

    300 extenses, teis muito uteis para o navega-dor. Google Mail Checker e RSS Subscriptions

    esto entre os mais votados. Como na verso pa-ra Windows, Chrome suporta linguagens openstandard como o HTML 5. O Google garanteque o navegador segura as pontas no Gnome as-sim como no KDE. As atualizaes so atravsdo System Package Manager.

    Mozilla no se esqueceu do Thunderbird

    Finalmente a Mozilla,

    empresa tambm res-ponsvel pelo browserFirefox, disponibilizou averso 3 do cliente deemails Thunderbird. Se-gundo a fundao man-tenedora do software, oprocesso de desenvolvi-

    mento custou 2 anos e as novidades so entusi-asmantes, entre elas o suporte a 49 idiomas,

    um novo mecanismo de busca dentro ao progra-ma, a nova estruturao do banco de dados lo-cal, que facilita a vida na hora de organizar osemails em pastas personalizadas, alm de modifi-caes na interface e no Account Wizard quequebra aquele galho na hora de configurar oseu email.

    Os desenvolvedores da comunidade tambm ga-nham um novo release da documentao. Valea pena conferir a novidade.

    Inkscape 0.47 finalmente disponvel

    As coisas este ms pare-cem andarem verso o ru-mo certo tambm paraos amantes de grficos.Finalmente foi lanada anova verso de Inksca-pe. Agora todos os curio-sos que ainda noconhecem este progra-

    ma que faz muito bem o trabalho de softwarescomo Freehand, CorelDraw, Xara X e Illustrator.

    As principais novidades dessa verso so: Sal-vamento automtico, novo sistema de alinha-mento, suavizao de ns automtico,exportao para PS e EPS. Para conferir a listacompleta das novidades e provar a nova versovisite o site www.inkscapebrasil.org.

    O DNS Pblico de Google, OpenDNS nogostou da ideia

    O Google sempre foi muitoclaro em relao as suas in-tenes: Permitir um acessoimediato Web. Um acessoque no passe somente atra-vs das aplicaes web ultra-leves mas tambm atravsde uma rede apropriada. Ago-

    ra esse sonho est mais perto da realidade: apoucos dias a empresa de Brin e Page anuncia-ram um servio de DNS Pblico. Trata-se de um

    servio muito similar ao oferecido peloOpenDNS, que tem como objetivo tornar a nave-gao veloz e segura. Segundo informaes, osDNS do Google, so dotados de uma tecnologiainteligente de caching, para uma resposta maisrpida ao usurio. Quem estiver disposto a pro-var na prpria pele as potencialidades do servi-o devem somente configurar os DNS da suaconexo de rede: DNS Primrio; 8.8.8.8 e secun-drio 8.8.4.4.

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    Brazil: The New Spam King* (by Forbes)

    A empresa americana deSan Francisco, Cisco Sys-tems divulgou na ltima se-mana de Novembro que oBrasil ultrapassou os EUAem numero de mensagens in-desejadas enviadas via mail,assim chamadas SPAM. No

    ano, as mensagem desse gnero ultrapassaramos 7 trilhes, contra pouco mais de 6,6 trilhesde mensagens de procedncia americana. Pa-trick Peterson, da Revista Forbes, declarou que

    este episdio no nada de inesperado, e queo Brasil est sofrendo a mesma onda de lixo ele-trnico pela qual passaram outros pases em de-senvolvimento que tiveram contato rpido com arede mundial de computadores.

    Flash!!! O Google acha o que voc fotografou

    Na ltima segunda-feira, 7 de dezem-

    bro, a gigante da In-ternet anunciouum novo servio. A

    novidade agora a possibilidade de utilizar ima-gens obtidas atravs de um celular para realizarbuscas com o Google.com. Chamado GoogleGoggles, em verso beta, mas j disponvelpara a compra.

    O sistema roda a partir da verso 1.6 do An-droid (O.S. para celulares com a marca Google),

    e capaz de reconhecer desde quadros de Leo-nardo da Vinci, at vinhos das melhores canti-nas do mundo, passando por cartes, pontostursticos e logotipos. Atravs da conexo GPScombinada com a Internet, os resultados so exi-bidos imediatamente, facilitando assim a navega-o. O servio, como j dito, no uma versofinal, pois ainda precisa de melhorias para o reco-nhecimento de algumas categorias de imagens.

    O Pinguim mostra a cara no netbook

    De a cordo com a ABI Rese-arch, em 2009 o linux aboca-nhou a fatia de 32 por centodos sistemas vendidos comos NetBooks. A empresa esti-ma ainda que 2013 essa per-centual subir, e

    ultrapassar em percentual as vendas de netbooksdotados de Windows, que ainda muito difusa nospases menos desenvolvidos.

    Em um estudo recente sobe os Dispositivos Ultra

    Portteis (UMDs), cerca de 35 milhes de netbo-oks foram fabricados em 2009*. A ABI Researchno divulgou abertamente o percentual de cada sis-tema operacional, mas nos deu a boa notcia que32 porcento desses computadores (11 milhes) fo-ram vendidos com sistemas linux-based (* Estimati-va para todo o ano de 2009, incluindo o ms dedezembro).

    Chrome agora tambm tem suas extenes

    Foi anunciado oficialmenteas extenses para GoogleChrome, que seguem o con-ceito do Google, sendo f-ceis de instalar. Uma outrapeculiaridade das extenespara Chrome o fato queelas sejam executadas cada

    uma em um processo prprio, evitando assimcrashes inesperados do navegador por culpa de

    uma exteno com bugs. Se voc quiser testaras novas extenses para Chrome, a primeira coi-sa que deve fazer instalar a verso para de-senvolvedores e depois basta ir em "extenses"a partir do menu do navegador. At o momentoso mais de 300 os plugins disponveis. Agora oGoogle Chrome esta realmente pronto para compe-tir com o browser da Fundao Mozilla. Quem vo-cs acham que levar a melhor nessa disputa?

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    CodeZero agora 0.2

    O time de desenvolvimentodo Codezero lanou a ver-so 0.2 do microkernel L4.Nesse release, o microker-nel foi completamente testa-do e se introduziu apossibilidade de executarambientes isolados.

    Agora com Codezero L4 0.2 ser possvel desen-volver aplicaes em ambiente client e servercom segmentos isolados e autnomos, possibili-

    tando assim muito mais espao para o desenvol-vimento de hierarquias dentro de sistemas desoftwares.

    Esse release foi lanado sob licena GPLv3,mesmo que essa no agrade muito a Linux Foun-dation.

    Palm contra Artifex, a deciso ser nos tribu-nais

    A Artifex Software anunci-ou que entrar com umaao judicial contra aPalm Inc's por violaoda licena GPL do softwa-re muPDF desenvolvidopela mesma empresa. AArtifex argumenta que aPalm utiliza a arquitetura

    do muPDF em seu "PDF Viewer" sem o poces-so de uma licena comercial.

    O muPDF coberto das licenas GPL ou comer-cial, assim a Palm teria violado a licena GPLpor no possuir uma comercial, utilizando o cdi-go para fins comerciais. No a primeira vezque a Palm tem problemas com a violao de li-cenas. Podemos citar o caso do USB Buss em janeiro deste ano, e do Office Compatible Packde alguns anos atrs.

    O Droid da Acer

    O celular super hi-tech daAcer j tem um nome: sechama Acer Liquid e vemcom o to falado Android,na verso 1.6. O Processa-dor um Qualcomm Snap-dragon de 768Mhz e ovideo tem uma resoluode 800 por 480 em modali-

    dade WVFA. Uma boa alternativa ao HTC Heroque tambm composto pelo sistema opensource Android. Alm da cmera de 5.0 megapi-

    xel, uma outra coisa entusiasmante o GPS in-tegrado.

    Em Portugal o aparelho j esta a venda poraproximadamente 350 euros. Na Itlia sai umpouco mais barato, podendo ser encontrado por299 euros. A Acer no divulgou se disponibiliza-r o celular ao mercado brasileiro.

    IBM ser o novo ninho da raposa

    No nenhuma novidadeque os ventos que sopramdentro da IBM trazem sem-pre iniciativas em prol aoopen source. Dessa vez aempresa de Armonk deci-diu padronizar FireFox co-mo navegador do grupo.

    A implementao deve ser concluda at o inver-no do prximo ano. Uma das motivaes daIBM a necessidade de uma plataforma com al-to desempenho para a migrao de seus proces-sos para W3 On Demand Workplace.

    Quer contribuir?Ento participe entrando em contato

    atravs do email [email protected]

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    Nesta ltima edio de 2009 o que no poderiadeixar de faltar so os comentrios de nossosleitores, dizendo o que acham da RevistaEsprito Livre. Contribua voc tambm, envian-do suas sugestes e crticas. Abaixo listamos al-guns comentrios que recebemos nos ltimosdias:

    Achei uma iniciativa muito interessante que dis-pe de informaes sobre esse mundo maravi-lhoso do software livre, que no se v no dia diana web, adorei... e viciei na Revista. Parabns...Fabio Soares da Silva - So Paulo/SP

    Muito interessante, e pertinente para quem ini-cia com software livre, ou para quem quer ficarpor dentro das novidades...Andr Campos Rodovalho - Goinia/GO

    Acompanho a revista h pouco tempo, somentepela internet. Para mim a melhor fonte de infor-mao para o gnero.Bruno Roberto Gomes - Gurupi/TO

    Finalmente uma revista que nos incentiva aabrir os olhos para um novo horizonte infinito di-ferente do que as outras (Windows xP) que sem-pre nos limitava ao mximo.Jardel Benedito de Oliveira Pontes - Apia/SP

    Desde que comeei a usar o Linux e Software Li-vre tenho acompanhado a revista a cada edioe isso no tem muito tempo (4 meses). Preten-do expadir o Open Source e GNU/Linux emmeu estado, fazendo palestras, eventos, etc...

    No curso nvel superior ainda, no prximo anosim (Sistemas da Informao). Eu aconcelho atodos a lerem a revista, posto em meu site(www.binoinformatica.com), mando por emailaos amigos.Albino Biasutti Neto - Vila Velha/ES

    Acho que a revista uma ferramenta muito fortena divulgao dessa ideologia do software livre,que devia ser adotada ainda mais por professio-nais de T.I e usurios finais mesmo.Edmilson N. de Jesus - Goiansia/GO

    Vocs at podem achar engraado, mais nunca

    tinha ouvido falar desta revista, e por incrivelque parea estou baixando todas agora, sem fa-lar que esta matria do "Linux no desktop" esttima... No sei como vocs no divulgam elamais.Fernandes Macedo Ribeiro - Goinia/GO

    Acompanho a revista a pouco tempo. Ela estme trazendo bons conhecimentos, alm de tudonos deixa por dentro dos eventos atuais.

    Bernardo S. de Castro - Rio de janeiro/RJ

    Uma tima revista para usurios de softwares li-vres, com os mais interessantes e diversificadosassuntos para todos leitores.Hugo Nicodemos A. de Brito - Recife/PE

    Uma excelente fonte de comunicao sobresoftware livre, disseminando e informando so-bre a cultura open source.Janderson Batista Abreu - Trs Marias/MG

    COLUNA DO LEITOR

    EMAILS,SUGESTES ECOMENTRIOS

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    Ayhan YILDIZ - sxc.hu

    Revista Esprito Livre | Dezembro 2009 | http://revista.espiritolivre.org

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    Revista tima, matrias interessantes. Como su-gesto enfocaria mais as possibilidades de traba-lhar comercialmente com Software Livre, comosuporte e consultoria.

    Michel Baldasso - Porto Alegre/RS

    Uma boa revista comea com um bom plano edi-torial e uma misso definida e isso que a Revis-ta Espirito Livre faz de melhor, por isso estconquistando cada vez mais leitores.Jos Mrio de M. Lemos - Ipojuca/PE

    uma revista sensacional, alm de ser sobreSoftware Livre. Nada mais justo do que ser cola-borativa. Esto de Parabns. Ajudo-a divulgan-do no meu blog e para os meus amigos.Pedro Henrique F. Mendes - Taguatinga/DF

    Maravilhosa, conteudo atuais e com visual leve,agradvel de ser ler. Conheci a pouco tem a re-vista e estou maravilhado. Estou espelhando olink para muitos amigos meus. Abraos para aequipe da Revista Esprito Livre.Jefferson Cleyton Pausen Xavier - Vitria/ES

    Excelente. No deixa nada a desejar em rela-o s revistas tradicionais e conta com a vanta-gem de ser grtis e digital, possibilitando que euescolha onde e como l-la.Edson S. de Souza - Belo Horizonte/MG

    O que eu acho? Resumindo em trs palavras:Cria, Discute e Informa. Acho que software e cul-tura livre nunca foram abordados de forma me-lhor, ela (a Revista Esprito Livre) transmite de

    forma dinmica e bem estruturada uma realida-de que finalmente chegou at ns, e continuarabrindo novas mentes, livre-pensar s pen-sar.; )Gabriel J. R. Rafael - Campina Grande/PB

    Perfeita para a difuso do pensamento livre e pa-ra a educao dos jovens no sentido lato da pala-vra "Liberdade".Marcos Sedassari - Poos de Caldas/MG

    Uma revista muito completa, que motiva as pes-soas utilizarem software livre, e mostra todosos beneficios da sua utilizao!Renato C. N. de Almeida - Votuporanga/SP

    Uma excelente fonte de informao que deveser absorvida ao mximo, vale a pena. Ler no perda de tempo, um investimento em nossaconscincia e conhecimento.Noellen Samara da Silva - Vrzea Paulista/SP

    Acompanho a revista desde a Edio de Nme-ro 3, sou fantico pela iniciativa do Software Li-vre, sempre que possvel ajudo no incentivo deprogramas de cdigo aberto e sempre sou euque ajudo meus colegas de sala em suas dificul-dades no sistema Linux. Uso em meu computa-dor o Big Linux 4.2 e j usei por um bom tempoo Ubuntu. Sempre fui usurio de Windows, masagora me "libertei" e agora sou f e contribuocom esse sistema. A revista chegou no momen-to exato, pois minhas principais dvidas foramesclarecidas atravs dela. Valeu!Sitonir de Oliveira Peixoto - Aracoiaba/CE

    Sua abordagem interessante, pois utiliza dequadrinhos, breves notcias, ou seja, a galerada Esprito Livre "anda" acertando os gostos doseu pblico-alvo, no deixando o leitor entedia-do ou desinteressado.Juliett de Medeiros Correia - Gravat/PE

    Excelente divulgador do esprito do software li-vre, contedo entusistico e numa linguagemconvincente.

    Joo Carlos Pereira Netto - Ilha Solteira/SP

    Me sinto cada vez mais livre a cada novapublicao da revista. Seu contedo impressionante!Daniel dos Santos Moura - Parnaba/PI

    Uma revista super sria, profissional e que temuma excelente interao com seus leitores!Diogo Freitas - So Paulo/SP

    COLUNA DO LEITOR

    Revista Esprito Livre | Dezembro 2009 | http://revista.espiritolivre.org |1

    http://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/
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    PROMOES RELAO DE GANHADORES E NOVAS PROMOES

    PROMOES

    Revista Esprito Livre | Dezembro 2009 | http://revista.espiritolivre.org |1

    Ganhadores da Promoo VirtualLink:

    1. Sitonir de Oliveira Peixoto - Aracoiaba - CE2. Juliett de Medeiros Correia Figueirdo - Gravat/PE3. Pedro Henrique Ferreira Mendes - Taguatinga/DF4. Daniel dos Santos Moura - Parnaba/PI5. Gabriel Joseph Ramos Rafael - Campinha Grande/PB

    Ganhadores da promoo Clube do Hacker:

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    No filme Ameaa Virtual, os mocinhosderrotaram o vilo publicando, sem autorizao,mas como contribuio para a humanidade, oprograma de controle de uma rede de satlitesde comunicao j usado para inmeros ilcitose crimes. Na vida real, um juiz no Paran deci-diu que ilcita a publicao de um programa decomunicao em rede, mesmo com autorizao,porque poderia ser usado para ilcitos. Dura lex,sed lex? No, no foi problema de lei dura, masde leitura: um jurista tropeou na interpretao,mas quem acabou caindo foi o juiz[http://www.internetlegal.com.br/2009/09/tjpr-de-cide-que-e-ilicito-o-uso-de-software-p2p-para-baixar-arquivos-pela-internet/].

    certo que toda possibilidade de comuni-cao vista pela indstria fonogrfica, que mo-veu o processo, como ameaa para seuobsoleto modelo de negcios. Para ela, um pro-

    CCOOLLUUNNAA AALLEEXXAANNDDRREE OOLLIIVVAA

    PPeerriiggoo VViirrttuuaall ee IImmeeddiiaattooPPoorr AAlleexxaannddrree OOlliivvaa

    |1

    KimPouss- s

    Revista Esprito Livre | Dezembro 2009 | http://revista.espiritolivre.org

    http://www.internetlegal.com.br/2009/09/tjpr-decide-que-e-ilicito-o-uso-de-software-p2p-para-baixar-arquivos-pela-internet/http://www.internetlegal.com.br/2009/09/tjpr-decide-que-e-ilicito-o-uso-de-software-p2p-para-baixar-arquivos-pela-internet/http://www.internetlegal.com.br/2009/09/tjpr-decide-que-e-ilicito-o-uso-de-software-p2p-para-baixar-arquivos-pela-internet/http://www.internetlegal.com.br/2009/09/tjpr-decide-que-e-ilicito-o-uso-de-software-p2p-para-baixar-arquivos-pela-internet/http://revista.espiritolivre.org/http://www.internetlegal.com.br/2009/09/tjpr-decide-que-e-ilicito-o-uso-de-software-p2p-para-baixar-arquivos-pela-internet/http://revista.espiritolivre.org/
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    COLUNA ALEXANDRE OLIVA

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    grama para receber e transmitir arquivos quais-quer virou um vilo a ser exterminado do futuro,

    do presente e, quando a Skynet tomar conscin-cia, at do passado.

    Em primeira instncia, o juiz percebeu o ab-surdo de impedir a livre distribuio do progra-ma autorizada por seu titular, dados seusinmeros usos lcitos. Seria como proibir o co-mrcio de faces para evitar cenas como as dePsicose, ou de motosserras para evitar as doMassacre da Serra Eltrica.

    Mas os membros da indstria fonogrfica,

    velozes e furiosos em sua cruzada cons-Pirat-ria, recorrram e conseguiram uma deciso apoia-da em argumento to torto e amplo que, caso sesustentasse, representaria um perigo real e ime-diato para todos. Tornaria igualmente ilcita a dis-tribuio ou comercializao de satlites eantenas de comunicao, modems, telefones, vi-deocassetes, cmeras, computadores em geral,sistemas operacionais, servidores e programasde navegao na Internet, programas para gern-

    cia de controle de lojas virtuais, pro-gramas para reproduo de msica efilmes e para correio eletrnico, micro-fones, papel, caneta e qualquer outro

    sistema que permita ao usurio reali-zar a seleo da obra ou produo pa-ra perceb-la em um tempo e lugarpreviamente determinados por quemformula a demanda (Lei 9610, art29/VII). Forando s um pouquinho,proibiria o comrcio at de facas emotosserras, para deleite dos desafe-tos do suspense no cinema.

    O juiz errou, ex-plica o ex-juiz

    e ex-terminador Arnold CsarSchwartze Rabbit, a regra clara. Alei exige autorizao do titular de direi-to autoral de uma obra para a distri-buio da obra mediante taissistemas, no dos sistemas propria-mente ditos.

    O programa motivo do proces-so, embora permita ao usurio seleci-

    onar arquivos para baixar, inclusive obras

    autorais, no realiza todo o processo: inmerosoutros sistemas so indispensveis para que oprocesso funcione. Alm do programa, neces-srio um sistema operacional, um sistema com-putacional (processador, memria, disco rgido,mouse, teclado, tela), um ou mais sistemas detelecomunicao (modem, roteadores, cabos,antenas e satlites), e sistemas reciprocamenteequivalentes juntos a algum disposto a transmi-tir os arquivos.

    Cada um desses sistemas habilita o usu-rio a realizar a seleo da obra, a receb-la e aperceb-la, portanto a distribuio de cada umdeles seria proibida se aplicado o mesmo argu-mento, no importando os usos lcitos. De fato,um sistema operacional tpico demonstrou sersuficiente, no computador usado para comparti-lhamento de obras descoberto h algum tempono Senado Federal brasileiro. Vrios desses sis-temas oferecem at a previsibilidade estabeleci-

    ... o juiz percebeu o ab-surdo em impedir a livre distri-buio do programa autorizadapor seu titular, dados seus in-meros usos ilcitos. Seria comoproibir o comrcio de facespara evitar cenas como as de

    Psicose, ou motosserras paraevitar as do Massacre da SerraEltrica.Alexandre Oliva

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    COLUNA ALEXANDRE OLIVA

    Revista Esprito Livre | Dezembro 2009 | http://revista.espiritolivre.org |1

    da em lei, ao contrrio do progra-ma de recepo P2P em ques-to, em que quem formula ademanda no tem possibilidade

    alguma de determinar previamen-te o tempo em que poder perce-ber a obra, se que a receber.

    Previsibilidade suficiente pa-ra se enquadrar nos ditames dalei oferecem sistemas como vide-ocassetes, reprodutores deDVDs, programa de computadorpara reproduo de udio e v-deo, at mesmo aqueles presen-

    tes em cmeras fotogrficas e devdeo. Segundo o argumento que apoiou a deci-so, caso possam ser usados para permitir aousurio escolher onde e quando assistir a umaobra qualquer, sem autorizao de seu titular,seu comrcio deve ser proibido.

    Mas o trecho da lei que apoiou a deciso,se lido da forma distorcida que norteou a deci-so, proibiria qualquer sistema que permitisse amera seleo de obras para apreciao em hora

    e local determinados, ainda que as obras no fos-sem percebidas ou distribudas atravs do siste-ma. O microfone do karaoke pode ser usadopara amplificar a execuo de uma cano semautorizao, assim como para incitar violncia,mas nem por isso seu comrcio seria proibido.Mas, pela leitura proposta, deveria ser, porque al-gum poderia, atravs dele, solicitar a execuopblica no autorizada de uma obra.

    Pelo mesmo argumento, como algum po-

    deria oferecer um sistema de venda de cpiasno autorizadas de obras autorais atravs de te-lefone, teria de ser proibida a venda de telefo-nes. Como se poderia efetuar a seleo atravsde loja virtual, em que programas de gernciade loja, servidores de pginas de Internet e nave-gadores cumpririam papis essenciais para pos-sibilitar a seleo, cada um deles teria de serproibido. J que a seleo poderia ser feita atra-vs de correio eletrnico, seriam banidos os pro-

    gramas de correio eletrnico, e como o correioconvencional seria alternativa vivel, adeus l-pis, papel, caneta e envelope. O recurso de utili-zar para seleo de obras marcas feitas a facaem muros previamente combinados, ou com mo-tosserras em rvores, levaria proibio de fa-cas, muros, motosserras e rvores... Absurdo,no?

    BaixariaOutro argumento estranho acatado pelo

    juiz foi de que o download, isto , a recepo decpia de uma obra, pode ser infrao de direitoautoral. No h meno na lei de direito autoral necessidade de autorizao para receber cpi-as, e assim que deve ser. No fosse, imaginereceber, pelo correio convencional ou eletrnico,de remetente no identificado, cpias de obrasautorais para, em seguida, receber do titular da

    obra oferta de acordo oneroso de licenciamentoda obra, acompanhado de ameaa de processojudicial caso voc no o aceitasse.

    Seria um modelo de negcios extremamen-te lucrativo para titulares de direitos autoraisinescrupulosos, se encontrasse respaldo na lei. falacioso e perigosssimo argumentar que es-se modelo se torna vivel pelo simples fato de arecepo das obras se dar atravs da Internet,por e-mail ou por acesso a pginas.

    O microfone do karaoke po-de ser usado para amplificar a exe-

    cuo de uma cano sem autori-zao, assim como para incitar aviolncia, mas nem por isso seucomrcio seria proibido.Alexandre Oliva

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    Acessar pginas na Internet, seguir enla-ces enviados por outros, abrir e-mails, tudo issoenvolve receber no s o texto da pgina ou damensagem, mas imagens, sons, audiovisuais e

    programas de computador que as pginas conte-nham, muitas vezes por referncia, de tal formaque se efetuam downloads adicionais sem inter-veno do usurio. Quando se segue um enla-ce, no se sabe de antemo se sua visualizaoenvolve receber obras ento distribudas por ter-ceiros, que talvez no tenham as permisses ne-cessrias para a transmisso. No faz sentidopunir o receptor que no tem como saber de an-temo nem quais obras vai receber, muito me-nos como verificar se o transmissor tem todas

    as permisses necessrias para efetuar a trans-misso. A regra clara, no cabe penalidade",intervm novamente Arnold Csar SchwartzeRabbit, impedimento no se aplica quandoquem recebe est no campo de defesa.

    Impropriedade

    Acata tambm o juiz a falsa noo de quedireito autoral se trata de propriedade sobre a

    obra, e que portanto necessita ser protegido amando da Constituio Federal Brasileira. Noh respaldo na lei para tal presuno. Ao contr-rio, no h uma meno sequer a termos comoproprietrio ou dono na lei de direito autoral. Has figuras de autor e de titular dos direitos patri-moniais, mas se entende, desde as origens do di-reito autoral, que obras autorais pertencem sociedade, que, a fim de incentivar sua publica-o, concede aos autores o privilgio de um po-

    der temporrio de excluso de certos tipos deusos da obra. O direito autoral patrimonial umbem artificial, aproprivel e perecvel, que estabe-lece amarras limitadas e temporrias nas obrasautorais, estas bens sociais, pblicos e potencial-mente perenes.

    H uma campanha internacional iniciadah poucas dcadas para distorcer leis de direitoautoral e outras que em quase nada se asseme-lham, para que opinio pblica, leis, constituio

    e jurisprudncia considerem obras e invenescomo propriedade, justificando assim toda sortede abusos, restries, impedimentos e exten-ses de prazos, que roubam da sociedade os

    benefcios que levaram concesso de privilgi-os monopolistas como o direito autoral. Meter amo, no pode! A regra clara, o juiz deve inter-romper o lance!

    Final dramtico

    H juzes que no percebem essa tentati-va de distoro das leis e acabam agindo combase numa viso parcial, incompatvel com a im-parcialidade que se exige de sua profisso. Leida vantagem no quer dizer dar vantagem paraum dos times!, comenta revoltado Walter Casa-Monstro. Com o gol que deveria ter sido anula-do, o placar ficou injusto e assim o jogo vai searrastando para a prorrogao, num final dra-mtico, para desespero de toda a nossa torci-da.

    Mas torcida e regulamento esto a nossofavor, aqui e no mundo inteiro. Ameaa virtual,perigo real e imediato, s se o juiz estivesse jo-gando para os adversrios, cada vez mais velo-zes e mais furiosos. Esperamos que no, queele s tenha se enganado, j que o jogo difcile a presso grande. Vamos torcer para queno cometa o mesmo erro de novo.

    Bem, amigos, vamos chegando ao final dotempo regulamentar... Assista em breve aos me-lhores momentos. Voltaremos com novos lanceslogo aps as cerimnias de encerramento, adici-

    onando ao brilho dos fogos de artifcio o desejoe a esperana de que o futuro traga paz, sade,sucesso e justia!

    COLUNA ALEXANDRE OLIVA

    Revista Esprito Livre | Dezembro 2009 | http://revista.espiritolivre.org |1

    ALEXANDRE OLIVA conselheiro daFundao Software Livre Amrica Latina,mantenedor do Linux-libre, evangelizadordo Movimento Software Livre e engenheirode compiladores na Red Hat Brasil.Graduado na Unicamp em Engenharia deComputao e Mestrado em Cincias daComputao.

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    Sysatom uma empresa de tecnologiarenomada da metrpole bahiana de Stringtown.Devido a um infeliz acidente com um projeto devrus biolgico o ationvir -, toda a equipe, aoinvs de morrer ou qualquer coisa do tipo,

    adquire super-poderes.

    No captulo anterior, a equipe da Sysatomconstri uma nova base em cima das runas daempresa. Uma base usando placas de ao earame, afinal, os trs homens remanescentes setornaram brutamontes. Pandora e Darrell, quefugiram ao ouvir histrias sobre dominaomundial, se aproximam para tentar descobrir oque est havendo.

    COLUNA CRLISSON GALDINO

    Por Carlisson Galdino

    |1Revista Esprito Livre | Dezembro 2009 | http://revista.espiritolivre.org

    Episdio 03

    Cronogramas

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    COLUNA CRLISSON GALDINO

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    Por uma discreta fresta eles observam Valdid,num canto, pensativo e tagarela.

    Minotaur: J sei, vou me chamar Gn! Afinal,melhor ser gn do que um boi, n vi? , vouser o Gn agora!

    Ele se levanta e caminha at o restante dogrupo.

    Gn: Chefe! Eu agora me chamo Gn! No mechamo mais Minotaur!

    Tungstnio: Tudo bem, se prefere assim.

    Vamos aproveitar e nos reunir. Pessoal! Eleagora Gn!

    Seamonkey se aproxima, do outro lado e ochefe se volta para ela.

    Tungstnio: E ento, Seamonkey? Como foi oresultado dos testes de infectabilidade doationvir?

    Seamonkey: Quantas vezes eu tenho que dizerque no temos droga de equipamentonenhum!? Como quer que eu faa teste decontgio? Quer que eu tussa nele? Injetesangue meu nele? Quer que eu transe com eleou o qu!?

    Tungstnio: Se for preciso...

    Seamonkey: Ah, vai tomar vai!

    Tungstnio: Seamonkey, ns temos quecumprir com um cronograma!

    Seamonkey: Qual?

    Tungstnio: Do projeto de Dominao Mundial!

    Seamonkey: De novo essa histria!?

    Tungstnio: Claro! Temos que estabelecermetas, criar um cronograma de ao e mandarver! Vamos nos reunir todos os dias nessa horapra discutir como anda nosso projeto.

    Seamonkey:Que saco!

    Tungstnio: Temos que encontrar os doisannimos pra ver se eles vo fazer parte daequipe. Se no forem, teremos que lidar comeles.

    Gn:O Darrell e a Pandora?

    Tungstnio: Claro, e quem mais seria? O Lula

    e a Xuxa que no!

    Seamonkey: Pera! Como assim lidar com eles?

    Tungstnio se aproxima de Seamonkey aencarando dessa vez srio.

    Tungstnio:No podemos aceitar obstculosaos nossos planos.

    Enquanto isso, do lado de fora...

    Darrell: o que eu temia. O poder realmenteenlouqueceu nossos antigos colegas.

    Pandora:, Bem, parece... E a? Que a gentefaz?

    Darrell: Vamos sair daqui. No mais seguro.

    Temos que pensar bem em como podemos agir.

    Pandora:Mas no era melhor a gente ficarmais pra descobrir o plano deles?

    Darrell:At parece que voc no conhece oOliver... Ouviu no? Uma reunio por dia...Cronograma e no sei o que mais... Eles novo sair do canto em menos de uma semana!

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    COLUNA CRLISSON GALDINO

    Pandora:Mas Bem, ...

    Darrell:Alm do mais, vo escrever tudo pelasparedes. Daqui a uns dias a gente vem aqui de

    novo.

    Pandora: Est bem, bora l.

    Mas l dentro da Sysatom a discussoprossegue.

    Tungstnio: Montanha, quero que vocprossiga com os testes de infectabilidade.

    Montanha: Claro, chefe. Vai deixar com umamulher essas coisas, d nisso. Deixa que eucuido.

    Tungstnio: Muito bem.

    Seamonkey: Muito espertinhos os marmanjos...E como vo fazer cronogramas e essas coisasse t tudo destrudo?

    Montanha caminha um pouco e levanta do choum prego grosso de 30 centmetro. Caminha atuma das paredes metlicas e escreve usando oprego como giz: SATAV. Seamonkey pareceno ter entendido ento ele fala.

    Montanha: SysAtom Technology AtionVir, d!

    Tungstnio: bom ver que pelo menos algumdo grupo tem iniciativa.

    Gn: Mas Tungstnio? Como que somos umaempresa de tecnologia que nem tem maiscomputador!? Assim fica difcil...

    Montanha:Verdade. Precisamos de umasmquinas...

    Tungstnio: Vamos dar um jeito deprovidenciar isso.

    Seamonkey: Como os marmanjos planejamusar? Com mos de pedra, de ferro e de boi?

    Montanha:Mais respeito, mulher-cuspe!

    Tungstnio: Parem os dois! Vamos dar um jeitonisso.

    Gn: bom! Seno como que vou ver astirinhas do nerdson?

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    CARLISSON GALDINO Bacharel emCincia da Computao e ps-graduadoem Produo de Software com nfaseem Software Livre. J manteve projetoscomo IaraJS, Enciclopdia Omega eLosango. Hoje mantm pequenosprojetos em seu blog Cyaneus. Membroda Academia Arapiraquense de Letras eArtes, autor do Cordel do SoftwareLivre e do Cordel do BrOffice.

    Revista Esprito Livre | Dezembro 2009 | http://revista.espiritolivre.org

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    Este ano participei de vri-os eventos de Open Source. Ena imensa maioria deles, nasconversas de cafzinho, surgiaa clssica pergunta: voceacha que um dia o Linux vai

    substituir o Windows nosPCs?. Para mim esta umaquesto de pouca importncia.Os PCs fazem parte de uma fa-se da evoluo da TI e deve-mos prestar ateno no queest vindo a. No no retrovisor.

    E o que vem por a? Com-putao em Nuvem e ossmartphones! Vamos comear

    pelos smartphones. Estes dispo-sitivos ainda so menos de20% dos celulares fabricadosno mundo, mas em poucomais de cinco anos j sero amaioria. So verdadeiros e po-derosos computadores, e es-to evoluindo muitorapidamente. H dez anos oiPhone era futurologia. Daqui adez anos seus recursos sero

    basicos em qualquer celular. Enem me atrevo a dizer o que se-r o smartphone de 2019...

    O que roda nestes disposi-tivos? J est claro que as pla-taformas Open Sourcedominam este cenrio. An-droid, Maemo, Symbian (se tor-nando Open Source, soblicena Eclipse Public Licenceagora em 2010) e outros sabo-res de Linux j esto prximosde deter 60% do mercado. Ossistemas proprietrios RIM(BlackBerry OS) e Apple ficamcom cerca de 30% e o Win-

    dows Mobile com a pequenaparcela de 10%.

    O Android, na minha opi-nio ser o flavor Linux maisconsistente destes dispositi-vos. J est sendo adotadopor diversos fabricantes comoMotorola, Samsung, SonyErics-son, LG e HTC, e possui um ca-tlogo com milhares de

    aplicativos, o Android Market(http://www.android.com/mar-ket/). O Maemo (http://mae-mo.nokia.com/), sucessor maissofisticado do Symbian tam-bm um sistema Linux-ba-

    sed. Por sua vez, pelo menosnos prximos anos, o Symbi-an, deve continuar liderando omercado, mas agora sob o mo-delo Open Source(http://www.symbian.org/).

    Este movimento em dire-o Open Source deve mu-dar bastante as regras do jogono cenrio de smartphones.

    Primeiro, a ativa participaode comunidades de desenvol-vedores e o fato de no sermais necessrio pagar-se porroyalties, como no modelo ado-tado pelo Windows Mobile, de-ve acelerar o ciclo deinovaes e lanamentos denovos modelos. O valor comer-cial de sistemas operacionais

    COLUNA CEZAR TAURION

    SmartphonesPor Cezar Taurion

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    nokia.com

    Revista Esprito Livre | Dezembro 2009 | http://revista.espiritolivre.org

    http://www.android.com/market/http://www.android.com/market/http://www.android.com/market/http://maemo.nokia.com/http://maemo.nokia.com/http://www.symbian.org/http://www.symbian.org/http://revista.espiritolivre.org/http://maemo.nokia.com/http://www.android.com/market/http://maemo.nokia.com/http://www.android.com/market/http://www.symbian.org/http://revista.espiritolivre.org/
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    COLUNA CEZAR TAURION

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    para computao mvel vaicair bastante. Isto vai afetarem muito a Microsoft, que temseu modelo de negcios neste

    cenrio baseado na venda de li-cenas e royalties. Algumas es-timativas apontam que osroyalties do Windows Mobile si-tuam-se entre 15 e 25 dlarespor unidade vendida. Na mi-nha opinio, o Windows Mobilevai ser relegado a nichos demercado, ficando espremido en-tre a forte e crescente presen-a de sistemas Linux-based de

    um lado, e por alguns sistemasproprietrios, como o da Applee seu iPhone, de outro.

    Mas, o cenrio da compu-tao nos dispositivos clienteainda vai mudar mais. H pou-cos meses o Google anunciouum novo sistema operacionalpara PCs e netbooks, opensource, baseado no kernel doLinux, chamado de ChromeOS. Este sistema deve, em prin-cpio, estar disponivel a partirdo segundo semestre do anoque vem.

    O Chrome OS colide dire-tamente com o modelo estabe-lecido da indstria de sistemasoperacionais para PCs, domina-do hoje pela Microsoft com seuWindows. O Chrome OS ori-entado ao modelo de computa-o em nuvem e na verdadesua arquitetura, baseado naspoucas informaes dispon-veis, me parece o browser Chro-me rodando um sistema de janelas em cima de um kernelLinux. Ou seja, o Chrome OS uma plataforma para o brow-

    ser Chrome e suas aplicaes.O Google afirmou que seu cdi-go ser Open Source e eu acre-dito que ser baseado na

    licena GPLv2. Usando o ker-nel do Linux, o Chrome aprovei-ta todo o desenvolvimento jfeito em drivers e a sua imensacomunidade de desenvolvedo-res.

    O Chrome OS ser inicial-mente centrado nos netbooks,um mercado que cresce a ca-da dia. Os netbooks so mqui-

    nas voltadas a operarem emnuvens computacionais. Umaparcela significativa da base ins-talada de netbooks j roda Li-nux e este numero deveaumentar medida que mais emais destas mquinas equipa-das com processadores ARMentrarem no mercado.

    O que o Chrome nos sina-

    liza? Que nos prximos anosassistiremos a uma batalha inte-ressante pelo mercado de PCse netbooks, quando dois mode-los de negcio diferentes esta-ro em choque. O modelotradicional, como o da Micro-soft, e o do Google. A rede devalor do Google baseado naeconomia do grtis, onde osoftware meio para vendermais anncios. Os exemplos es-to se encaixando: o ChromeOS, o browser Chrome, o Goo-gle Gears, Google Apps e o Go-ogle AppEngine. Esta rede devalor diferente do modelo daMicrosoft, que obtm sua recei-ta exatamente da venda de li-cenas de seus softwares.

    Um ponto chave para o su-

    cesso do Google ser a aceita-o do modelo de computaoem nuvem. Este modelo com-putacional vai se consolidar

    nos prximos anos e muitasdas atuais limitaes e restri-es sero minimizadas ou atmesmo eliminadas.

    Portanto, voltando a per-gunta inicial, na minha opinio,em menos de dez anos, o mer-cado de dispositivos de acesso Internet (que ser basicamen-te constitudo por smartphones

    e netbooks) estar sendo domi-nado pelo modelo de Computa-o em Nuvem, Open Sourcee sistemas Linux-based. O ci-clo atual, dominado pelo PC eo Windows ser cada vez me-nos importante. Ser visto peloespelho retrovisor...

    Para mais informaes:Site Symbian

    http://www.symbian.org

    Site Maemo

    http://maemo.nokia.com

    Site Android

    http://www.android.com/market

    CEZAR TAURION Gerente de NovasTecnologias da IBMBrasil.Seu blog estdisponvel emwww.ibm.com/developerworks/blogs/page/ctaurion

    Revista Esprito Livre | Dezembro 2009 | http://revista.espiritolivre.org

    http://maemo.nokia.com/http://www.android.com/market/http://www.android.com/market/http://www.symbian.org/http://www.symbian.org/http://maemo.nokia.com/http://maemo.nokia.com/http://www.android.com/market/http://www.android.com/market/http://www.ibm.com/developerworks/blogs/page/ctaurionhttp://www.ibm.com/developerworks/blogs/page/ctaurionhttp://www.ibm.com/developerworks/blogs/page/ctaurionhttp://revista.espiritolivre.org/http://maemo.nokia.com/http://www.android.com/market/http://www.symbian.org/http://revista.espiritolivre.org/http://www.ibm.com/developerworks/blogs/page/ctaurion
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    Participar de redes soci-ais algo que fazemos to na-turalmente que nempercebemos. Esta revista, porexemplo. Querem exemplo mai-or de rede que esta edio quevocs agora leem? Conse-guem imaginar o que fazer

    com que um monte de gentesente para escrever, cada umo seu pedao, e ter como resul-tado uma revista como esta?No fcil. Na verdade, algoprximo a pastorear abelhas.

    Com tanta coisa para fa-zer, colaborando em outros pro- jetos, sempre me esqueo demandar o meu texto para o

    Joo Fernando que, coitado,se v obrigado a me lembrarde colaborar com ele tambm.Joo, prometo colocar na mi-nha lista de resolues de anonovo, bem antes daquela emque me comprometo a entrarde dieta, o item: lembrar do

    Joo Fernando! claro que apenas a co-

    laborao voluntria no sus-tenta um projeto como aEsprito Livre. Nem tampoucoum projeto de Software Livre.Todos compreendemos a im-portncia dos projetos com osquais colaboramos mas pou-cos de ns se dispem a dar

    CCOOLLUUNNAA RROOBBEERRTTOO SSAALLOOMMOONN

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    Duffy Duck - s

    PPoorr RRoobbeerrttoo SSaalloommoonn

    CCoomm oo EEsspprriittoo LLiivvrree

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    COLUNA ROBERTO SALOMON

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    aquele passo a mais e colabo-rar tambm na administraodestes projetos. Cheguei con-

    cluso que preciso um tipo es-pecial de pessoa: umempreendedor que reconheao valor da comunidade e do al-cance social do projeto.

    Infelizmente, este tipo deempreendedor no se encon-tra em abundncia no merca-do. Chamo esta figura deempreendedor social. um ti-

    po especial de colaboradorque permite que o projeto cres-a sem sufoc-lo. Algum quesabe liderar e no apenas diri-gir e que, via de regra, nasceudentro da prpria comunidade.Isto distingue o empreendedortradicional deste empreende-dor social que coordena proje-tos ligados a Software Livre. A

    liderana deste colaborador reconhecida pela comunidadeque a ele delega cada vez

    mais capacidade de representa-o sem, no entanto, abrir moda sua capacidade de deciso.

    Este colaborador especi-al, lidera sabendo que amanhuma nova liderana vir. Um no-vo colaborador se destacar ea comunidade reconhecer nes-ta pessoa uma nova liderana.Esta aparente fragilidade das li-

    deranas em comunidades deSoftware Livre me parece ser,na verdade, uma grande fora.A liderana existe porque h co-laborao e no imposio. Pro- jetos onde os lideres seapegam ao aparente poder ten-dem a ser "forqueadas" (ou se-ria "forcadas"?) com maiorfrequncia que outras onde os

    lderes reconhecem e aceitamo seu papel na comunidade.Estas so as comunidades sau-dveis, onde a colaborao

    acontece com maior fluidez eonde os membros da comuni-dade tm a oportunidade de se-rem reconhecidos por seupapel na comunidade.

    Onde h colaborao ver-dadeira e espontnea, desen-volve-se a principalcaracterstica das suas lideran-as: o Esprito Livre.

    Boas festas.

    Todos compreendemos a

    importncia dos projetos com osquais colaboramos mas poucosde ns se dispem a dar aquelepasso a mais e colaborar tambmna administrao destes projetos.Cheguei a concluso que

    preciso um tipo especial depessoa...

    Roberto Salomon

    ROBERTOSALOMON arquiteto de softwarena IBM e voluntriodo projetoBrOffice.org.

    Blog do Roberto Salomon:

    http://rfsalomon.blogspot.com

    Artigo na Wikipdia sobre

    Software Livre

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre

    Para mais informaes:

    Revista Esprito Livre | Dezembro 2009 | http://revista.espiritolivre.org

    http://rfsalomon.blogspot.com/http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livrehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livrehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livrehttp://revista.espiritolivre.org/http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livrehttp://revista.espiritolivre.org/http://rfsalomon.blogspot.com/
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    Vicente Aguiar Bacharel e Mestre em Ad-ministrao pela Escola de Administrao daUFBA[1]. Scio-fundador e gestor da COLIVRE,atua nas reas de Comunicao, PlanejamentoEstratgico, elaborao e gesto de Projetos.Organizador e oo-autor do livro "Software Livre,Cultura Hacker e Ecossistema da Colaborao.Nos momentos livres, alm de bodyboarder, colaborador do Projeto GNOME Brasil[2], Proje-to Software Livre Bahia (PSL-Ba)[3] e da RedeEcoSoLivre[4].

    Revista Esprito Livre: Ol Vicente, con-te para ns o que o Noosfero?

    Vicente Aguiar: O Noosfero uma platafor-ma web livre para redes sociais que possui asfuncionalidades de Blog, e-Portfolios, RSS, dis-cusso temtica e agenda de eventos num mes-mo sistema! O Noosfero utiliza a linguagem deprogramao Ruby[5] com framework Rails[6]e, portanto, suporta bancos de dados, Post-greSQL, MySQL, SQLite entre outro [7].

    CAPA ENTREVISTA COM VICENTE AGUIAR

    Entrevista com

    Vicente Aguiar,da equipe dedesenvolvimentodo Noosfero

    Por Andressa Martins

    Revista Esprito Livre | Dezembro 2009 | http://revista.espiritolivre.org |2

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    REL: E quais so as caractersticasmais marcantes na plataforma como rede so-cial?

    VA: Alm das caractersticas bsicas de re-

    de social, ele possui CMS: artigos, RSS, publica-o de imagens; Blog com sistema denotificao de comentrios; e-Portfolios (individu-ais e de grupos); Agenda de eventos compartilha-das e Vitrine Digital para exposio de produtose servios. Por isso, podemos dizer que o focodo Noosfero produo de contedo de formacolaborativa.

    REL: Qual o Significado do Nome Noos-fero?

    VA: Assim como existe a Geosfera, Estra-tosfera, agora existe tambm a Noosfera[8] quesignifica Esfera do Conhecimento... "Noosfero" a traduo de Noosfera em Esperanto. :-)

    REL: Quando se deu incio ao desenvol-vimento do Software?

    VA: Surgiu a 3 anos, a partir da demandade desenvolvimento do Form Brasileiro de Eco-nomia Solidria[9], que na poca gostaria de arti-cular os mais de 20 mil empreendimentos de

    economia solidria mapeados no pas. Ganha-ram um recurso da Secretaria Nacional de Eco-nomia Solidria ligada ao Ministrio do Trabalhoe utilizaram parte desse recurso para desenvol-ver o Noosfero.

    REL: E quando foi lanado oficialmenteo Noosfero?

    VA: Foi lanamento em 29 de maio deste, du-rante o Festival de Software Livre (SL) da Bahia edo III Encontro Nordestino de Software Livre. O Ci-randas.net pode ser considerado um conjunto deferramentas que visa facilitar a comunicao, a in-terao e a divulgao de prticas de EconomiaSolidria atravs da internet.

    REL: E a ideia na plataforma que cadacomunidade seja uma Pgina Web para es-ses empreendimentos?

    VA: Mais ou menos. Alm do perfil de co-munidade e usurio que todas as redes tem, oNoosfero possui o perfil empreendimento, comfuncionalidades especficas como a vitrine digi-tal de produtos e servios Todos esses perfistem um CMS e podem ter um layout especficopara se tonar um site. Contudo, s os empreen-dientos tem funcionalidades comerciais e econ-micas. Por isso, alm de uma dimenso de redesocial, o Noosfero est sendo desenvolvido para

    ser uma rede econmica tambm.

    Figura 1 - Vicente Aguiar

    Figura 2 - Elementais juntos

    Revista Esprito Livre | Dezembro 2009 | http://revista.espiritolivre.org

    CAPA ENTREVISTA COM VICENTE AGUIAR

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    REL: Quais so as funci-onalidades de Rede Economi-ca que esto emdesenvolvimento?

    VA: Temos em nossa lis-ta de prioridades o "Farejadorde Oportunidades" que possibi-lita encontrar oportunidadesde oferta e oportuniddes de de-manda. A adequao ao Co-mrcio Justo e Solidrio ondeo empreendimento poder mos-trar como o preo de seu pro-duto ou servio foi calculado e

    h a capacidade de associar todos os insumose matrias-primas a cada produto ou servio doempreendimento solidrio, podendo indicar tam-bm se esta matria-prima vem de outros empre-endimentos solidrios ou do mercadoconvencional. Existem tambm a possibilidadede categorizar os produtos e servios da econo-mia solidria com qualificadores, como por exem-plo: orgnicos, quilombolas, agroecolgicos,artesanal, etc.

    REL: Atualmente a principal funcionali-dade econmica do Noosfero a vitrine digi-tal de produtos e servios. Como foi oprocesso de desenvolvimento?

    VA: O software foi desenvolvido pela Coli-vre[10], mas importante frisar que foi finanacia-do pelo Ministrio do Trabalho e Emprego[11] eFrum Brasileiro de Economia Solidria, pelaFundao Ynternet.org Foundation[12]: uma fun-

    dao sua sem fins lucrativos dedicada pro-moo da e Cultura e atualmente a Associaode Software Livre[13] e Instituto Paulo Frei-re[14]. Para constru-lo, adotamos um ciclo dedesenvolvimento, que teve como base o ciclo deDevel do Projeto GNOME, que pode ser visuali-zado na figura 3.

    REL: Quais so os maiores desafios no

    desenvolvimento do projeto?

    VA: Em um grande projeto como esse, arti-cular todas as demandas e interessas das insti-tuies financiadoras no desenvolvimento deum mesmo software livre tem sido uma um desa-fio e tanto. Afinal, todo mundo quer uma coisaespeccifa e definir algo padro no meio de tan-ta demanda algo muito desafiador. Contudo,esse o desafio do nosso modelo de negciosem Software Livre.

    REL: E todos os parceiros/financiado-res vem usando ativamente?

    VA: Sim, ativamente...

    REL: E como eu posso usar, instalar eajudar no desenvolvimento?

    VA: software livre... qualquer um pode

    Figura 3 - Ciclo de desenvolvimento

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    Figura 4 - Noosfero sendo usado no espao CIRANDAS

    CAPA ENTREVISTA COM VICENTE AGUIAR

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    acessar o site[15] baixar, instalar, usar e contri-buir com o desenvolvimento... e isso j est acon-tecendo. O noosfero hoje traduzido em 9idiomas, dentre eles Armeno e Blgaro. A tradu-

    o pode ser feita na web de forma colaborativaatravs do endereo: http://pootle.colivre.co-op.br/projects/noosfero.

    REL: O Noosfero est sendo usado na re-de social do site Software Livre Brasil. Comoaconteceu essa parceria?

    VA: A ASL, atualmente, uma grande par-ceira do projeto e foi a ltima organizao quefez parte da rede de financiadores, contudo, elafoi a maior divulgadora para comunidade desoftware livre. Todos que quizerem podem fazerparte da rede podem acessar http://softwareli-

    vre.org, l voc encontra comunidades e perfisde usurios ligados aos projetos de software li-vre e temas relacionados.

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    Maiores informaes:

    Figura 5 - Noosfero sendo usado no site SoftwareLivre.org

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    [1] Site pessoal de Vicente Aguiar:

    http://imagination.sourceforge.net/

    [2] Projeto Gnome Brasil:http://br.gnome.org/

    [3] Projeto Software Livre Bahia

    http://psl-ba.softwarelivre.org/

    [4] Site da Rede EcoSoLivre

    http://ecosol.softwarelivre.org/

    [5] Ruby:

    http://www.ruby-lang.org

    [6] Ruby on Rails:

    http://rubyonrails.org/

    [7] Suporte para Bancos de dados:

    http://wiki.rubyonrails.org/rails/pages/DatabaseDrivers

    [8] Artigo na Wikipedia sobre a Noofera:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Noosfera

    [9] Frum Brasileiro de Economia Solidria:

    http://www.fbes.org.br/

    [10] Site COLIVRE:

    http://www.colivre.coop.br/

    [11] Ministrio do Trabalho e Emprego:

    http://www.mte.gov.br/

    [12] Fundao Ynternet.org Foundation:

    http://www.ynternet.org

    [13] Associao Software Livre:

    http://associacao.softwarelivre.org/

    [14] Instituto Paulo Freire:

    http://www.paulofreire.org

    [15] Traduo do Noosfero:

    http://pootle.colivre.coop.br/projects/noosfero/

    CAPA ENTREVISTA COM VICENTE AGUIAR

    http://pootle.colivre.coop.br/projects/noosfero/http://pootle.colivre.coop.br/projects/noosfero/http://softwarelivre.org/http://softwarelivre.org/http://revista.espiritolivre.org/http://imagination.sourceforge.net/http://br.gnome.org/http://psl-ba.softwarelivre.org/http://ecosol.softwarelivre.org/http://www.ruby-lang.org/http://www.ruby-lang.org/http://rubyonrails.org/http://rubyonrails.org/http://wiki.rubyonrails.org/rails/pages/DatabaseDrivershttp://pt.wikipedia.org/wiki/Noosferahttp://www.fbes.org.br/http://www.fbes.org.br/http://www.colivre.coop.br/http://www.colivre.coop.br/http://www.mte.gov.br/http://www.ynternet.org/http://associacao.softwarelivre.org/http://associacao.softwarelivre.org/http://www.paulofreire.org/http://www.paulofreire.org/http://pootle.colivre.coop.br/projects/noosfero/http://imagination.sourceforge.net/http://br.gnome.org/http://psl-ba.softwarelivre.org/http://ecosol.softwarelivre.org/http://www.ruby-lang.org/http://rubyonrails.org/http://wiki.rubyonrails.org/rails/pages/DatabaseDrivershttp://pt.wikipedia.org/wiki/Noosferahttp://www.fbes.org.br/http://www.colivre.coop.br/http://www.mte.gov.br/http://www.ynternet.org/http://associacao.softwarelivre.org/http://www.paulofreire.org/http://pootle.colivre.coop.br/projects/noosfero/http://softwarelivre.org/http://pootle.colivre.coop.br/projects/noosfero/http://revista.espiritolivre.org/
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    Vou fugir um pouco domeu temrio usual aqui na revis-ta, para escrever um pouco so-bre algumas lies que aprendinos ltimos anos participandode redes sociais e tratando ne-las de temas um tanto quantocomplicados.

    Quem me acompanha onli-ne, sabe que eu tenho uma ver-dadeira compulso porescrever e adoro um bom deba-te, e quando apareceu o Twit-ter ento, a coisa s piorouainda mais. Depois de algunsanos vivendo esta vida meio p-blica e meio privada, eu acabeiaprendendo com erros que vi

    outras pessoas cometendo econsegui assim escapar de bo-as enrascadas na rede. Combase nesta minha experincia,eu gostaria de deixar algunsconselhos a vocs (vai que al-gum por a se anima de enfren-tar online algumas batalhas

    semelhantes s que eu tenhoenfrentado).

    1. Voc publica informaesnas redes com muita facilida-de, mas quase impossvelremov-las

    Muitas vezes quando va-mos escrever alguma coisa emredes sociais, dar nossa opi-

    nio em um frum qualquer ou,fazer um comentrio em algumblog, tomamos esta decisocom base no nosso fgado eno com base em nosso discer-nimento. Isso normalmenteocorre quando lemos algumacoisa que nos irrita ou incomo-

    da profundamente e a dica quedeixo, como um estressadoconfesso, a seguinte: Antesde enviar o que voc escreveuno momento dos nervos florda pele, v tomar um copod'agua e dar uma volta. Quan-do voltar, se ainda concordarcom tudo o que escreveu, po-de enviar.

    10 cuidados que devemostomar em redes sociaisPor Jomar Silva

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    B S K - s

    CAPA 10 CUIDADOS QUE DEVEMOS TOMAR EM REDES SOCIAIS

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    J vi muitas vezes pesso-as perderem a cabea em re-des sociais e depois passaremsemanas ou meses tentando

    corrigir a bobagem que fize-ram. Em muitos casos, a remo-o da besteira escrita impossvel, tal como conter adisseminao dela.

    Com a utilizao do Twitterento, este problema fica aindamais complicado, pois a caracte-rstica viral da ferramenta permi-te que uma mensagem seja

    replicada por milhares de pesso-as em alguns segundos, e comovoc vai fazer para convencer to-do mundo a remover a informa-o? Alm disso, os tentadores140 caracteres acabam sendoideais para aquele desabafo cur-to e grosso.

    No se esquea que umdia seus filhos podem ler o que

    voc escreveu (se que j noo fazem)!

    2. O que voc publica hoje,pode voltar para voc (oucontra voc) daqui h algunsanos

    Eu acho super engraadoquando descubro que um textoque eu escrevi h dois anos

    atrs ainda comentado e discu-tido at hoje. Existe um em espe-cial, sobre a qualidade dosservios de telecomunicaesdo Brasil, o qual publiquei em2007 no meu blog, e de temposem tempos resgatado por al-gum em alguma lista por a. En-to comeo a receber inmeroscomentrios, no meu blog, sobre

    o texto. Por outro lado tristever que dois anos depois da publi-

    cao inicial, os problemas queeu relatei por l ainda esto to-dos a.

    Existem ainda os casos depublicaes e comentrios queacabam se voltando contraquem os escreveu e este o ti-po de caso comum quando se tra-ta de assuntos polmicos. Porisso, antes de entrar em um deba-

    te animado destes, preste aten-o na minha prximarecomendao.

    3. Na dvida, no se manifes-te! A sua reputao vocquem constri

    Em diversas oportunida-de j vi gente importante per-dendo a credibilidade porquerer aproveitar o momento efazer um comentrio inteligen-te sobre algum assunto queno conhece de verdade. Isso algo muito comum no nossodia-a-dia, em rodas de bate pa-po e nesses casos, na pior das hi-pteses, a bola fora vira umapiada e todo mundo d uma gar-galhada. Quando damos a bola

    fora por escrito, a coisa ficamais chata ainda (e se voc en-

    tendeu de verdade a dica nme-ro 1, sabe a abrangncia disso).

    Essa dica ganha maior im-portncia quando estamos falan-do de assuntos complexos epolmicos, principalmente aque-les que envolvem um conheci-mento prvio do histrico dadiscusso em curso. muito co-mum ver em blogs e listas de dis-

    cusso as pessoas escrevendocoisas que j foram escritas ediscutidas e isso acaba deixan-do a impresso de que voc pe-gou o nibus lotado e quersentar na janelinha de qualquerjeito.

    Lembre-se que se absterde comentar alguma coisa emuma discusso ou frum no sig-

    nifica que voc no entenda doassunto ou que discorda ou con-corda com o que foi colocado.Significa apenas que voc noquer ou no tem nada a dizerque agregue valor discusso,e isso no uma coisa ruim (emgrupos onde as pessoas j se co-nhecem e pensam parecido isso muito comum).

    ...a utilizao do Twitter

    permite que uma mensagem sejareplicada por milhares de pessoasem alguns segundos...Jomar Silva

    CAPA 10 CUIDADOS QUE DEVEMOS TOMAR EM REDES SOCIAIS

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    4. Aprenda a ouvir (e no ca-so da rede, a ler)

    Esta foi a lio mais difcilque tive que aprender em toda

    a minha vida, e confesso quehoje ela a lio que conside-ro mais importante. Quem meconhece sabe que eu sou mui-to intempestivo e por isso, faoum esforo enorme para segu-rar minha irresistvel vontadede sair escrevendo ou falando(e esta regra vale tambm pa-ra contatos ao vivo, e principal-mente reunies de trabalho).

    Em diversas ocasies, aome segurar e ouvir ou ler comateno, acabei descobrindoque mais gente pensava comoeu ou que eu havia interpreta-do de forma equivocada o quetinha sido escrito ou dito. Sem-pre mais fcil defender umaposio quando algum j aapresentou antes, e isso nodeve ser considerado como co-vardia. Se aps uma rodadainicial de comentrios ningumapresentou o ponto que vocgostaria de levantar, a chegaa oportunidade adequada de fa-z-lo e neste momento, vocj ter tido tempo suficiente pa-ra entender e analisar as postu-

    ras das pessoas que esto porali debatendo.

    5. Saiba reconhecer um erro,e se desculpar

    Errar humano e impor-tante saber reconhecer que er-rou, e de alguma forma tentarse desculpar, ainda que a retra-tao quase nunca tenha amesma divulgao que o errocometido.

    Um dos casos mais inte-ressantes que acompanheinos ltimos anos, foi um ata-que pessoal feito por um blo-gueiro a um amigo meu, quepor acaso tem o mesmo sobre-nome de um famoso polticopaulista, mas no tem nenhumparentesco com ele e umapessoa que pode ser considera-da quase a anttese do tal polti-co.

    O blogueiro escreveuuma srie de besteiras sobreuma entrevista que este amigohavia dado a um portal, e nomeio das besteiras tentava as-sociar o meu amigo ao poltico,dizendo que eram farinha domesmo saco.

    Quando vi a tamanha bo-

    la fora, entrei em contato como blogueiro e o avisei que elehavia escrito uma srie de coi-sas que no condiziam com a

    realidade e que ele no conhe-cia a pessoa sobre a qual esta-va escrevendo (alis, aprxima dica baseada nisso).

    Ele ento se retratou noprprio blog. Na verdade de for-ma muito tmida, nos coment-rios, mas isso j foi o suficientepara que meu amigo entrasseem contato com ele e lhe mos-

    trasse que havia cometidouma injustia.

    6. Evite sempre fazer ata-ques pessoais e se os fizer,esteja preparado para as con-sequncias

    A coisa mais difcil queexiste hoje em dia diferenciaras pessoas das empresas ou

    organizaes s quais elas es-to associadas. difcil, mas estritamente necessrio nomundo de hoje.

    Quem acompanha o meutrabalho nos ltimos anos, sa-be que eu tenho batido de fren-te com uma certra empresacuja sede fica em Redmond, esabe tambm, que fao cons-

    tantemente diversas dennciassobre as prticas e atividadesquestionveis desta empresa,mas sempre procuro criticar aempresa e no as pessoasque esto trabalhando nela.

    Esta dica muito impor-tante, pois aquele cara que fezum comentrio babaca e quevoc quer chamar de burro no

    Sempre mais fcil defenderuma posio quando algum j aapresentou antes...

    Jomar Silva

    CAPA 10 CUIDADOS QUE DEVEMOS TOMAR EM REDES SOCIAIS

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    Orkut, pode ser o seu chefe da-qui a seis meses (ou ainda sero entrevistador da empresa emque voc sempre sonhou traba-

    lhar).As vezes em que eu citei

    nominalmente algum nosmeus textos de forma negati-va, antes de faz-lo eu penseimuito e s o fiz aps respon-der a duas perguntas: Possosustentar o que vou escreveraqui na frente de um Juiz? Te-nho como provar o que estou

    escrevendo?Por isso, tenham certeza

    de que eu ainda no publiqueinem 10% das histrias que co-nheo e que adoraria comparti-lhar com todo o mundo.

    Lembre-se que muitos pro-cessos por calnia, injria e di-famao esto em nossostribunais hoje em dia, e grande

    parte deles tem como meio asredes sociais.

    7. Piadas so diretamente de-pendentes da cultura de ca-da regio!

    Embora eu j tenha vistograndes bolas fora neste senti-do, sendo feitas entre as diver-

    sas regies do Brasil, aspiores que j vi at hoje foramfeitas por brasileiros em discus-ses internacionais (um exem-plo regional disso que aprimeira vez que me chama-ram de pai d'gua no Par euconfesso que fiquei meio invo-cado :) ).

    No se esquea nunca

    que o que piada aqui no Bra-sil pode ser uma terrvel ofen-sa em outro pas, ou ser algoabsolutamente sem sentido

    por l (ao invs de ser o engra-adinho da turma, voc vai fa-zer papel de grosso, ou deidiota).

    Esta dica vale para quemgosta de frequentar redes noexterior e para quem escreveem outros idiomas, como meu caso, pois escrevo nomeu blog em portugus, ingls

    e espanhol e, por vezes, percomais tempo adequando as pia-das dos textos (pois no sei es-crever sem bom humor) dopreparando o contedo dosmesmos.

    Lembre-se sempre do jor-nalista iraquiano atirando umsapato no presidente Bush.Aqui no Brasil ele no passaria

    de um tonto pois, se pde ati-rar um sapato, por que no jo-gou logo alguma coisa quetivesse impacto fsico maior?Porm no Iraque, aquela uma das piores ofensas quese pode fazer.

    8. Muito cuidado com o pre-conceito!

    Nenhum ser humano perfeito, e por mais que saiba-

    mos que ser preconceituoso pssimo, todos somos, e isso fato! No conheci at hojeum ser humano que no fosse.Pode demorar, mas algum diavoc acaba descobrindo.

    Quando falamos de redessociais, este cuidado precisaser redobrado, ainda mais coma tentao de fazer parte de

    certas comunidades engraadi-nhas no Orkut (eu sou corinthi-ano, paulista e adororock'n'roll... s a vocs j con-seguem identificar uma cente-na de comunidades Euodeio... que eu poderia me ani-mar a fazer parte).

    Pior do que fazer partedestas comunidades, ainda

    achar bonito exibir nela todo oseu preconceito. E novamente,no se esquea que a pessoa(ou as pessoas) que vtimado seu ataque hoje, pode te en-contrar cara a cara na prximaesquina (ou na prxima salade reunio).

    CAPA 10 CUIDADOS QUE DEVEMOS TOMAR EM REDES SOCIAIS

    Revista Esprito Livre | Dezembro 2009 | http://revista.espiritolivre.org

    Sempre mais fcil defenderuma posio quando algum j aapresentou antes...

    Jomar Silva

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    9. Diga-me com quem an-das e direi quem tu s

    Ouvi essa expresso domeu pai a vida toda, e ela nun-

    ca fez tanto sentido como quan-do eu comecei a me aventurarem redes sociais.

    muito comum, hoje emdia, a busca de informaes so-bre pessoas nas redes sociaise isso utilizado por qualquercidado que procura conhecer,ou tentar saber mais informa-es, sobre uma outra pessoa.

    Quando o curioso em ques-to um recrutador ou o res-ponsvel por uma contrataoem uma empresa qualquer, acoisa se complica ainda mais.

    H alguns anos, eu preci-sava contratar alguns desenvol-vedores para trabalhar em umnovo projeto na empresa ondeeu trabalhava. Recebi cente-

    nas de currculos e depois defazer uma pr seleo com ba-se nas experincias e forma-o do pessoal, no meaguentei e fui dar uma olhadasobre o que o Google e o Or-kut me falavam daqueles ca-ras. Foi at divertido!

    Um dos desenvolvedoresem questo, fazia parte de

    uma infinidade de comunida-des do Orkut, do tipo Euodeio... (uma delas e talvez amais leve era Eu odeio Co-rinthiano), diversas sobre hbi-tos etlicos e entorpecentes ealgumas sobre desvios sexu-ais. Parte de seus amigos ain-da utilizavam partes do corponormalmente ocultas como

    sua foto :)... ser que valeria apena entrevistar o sujeito ?Se ele fosse um cara legal,quem me garante em qual lu-

    gar ele estaria mentindo, no Or-kut ou na entrevista?

    Acho que deu para enten-der, n ;)?

    10. Mais vale ser feliz, doque ter razo!

    Aprendi essa com um pro-fessor da ps graduao, e mui-tas vezes ela me salvou dediscusses online intermin-veis e que j tinham perdidoseu propsito h algum tempo(na verdade me salvou de mui-tas outras discusses que tivena vida tambm).

    Existem pessoas que sim-plesmente no querem enten-der. No que elas noconsigam, no tenham capaci-dade, no se esforcem... elassimplesmente se recusam!

    J vi muita gente perden-do um baita tempo discutindoe debatendo com pessoas des-te tipo e em quase todos os ca-sos, tudo aquilo foi pura perdade tempo.

    Isso comum acontecer

    nos casos onde as pessoas es-to ali defendendo posiesque no so exatamente as po-sies delas, mas as posiesque lhes mandaram (ou paga-ram) para defender. Vocs de-vem imaginar que eu enfrentogente assim quase sempre,heim?

    Encerro a lista no item10, mas acho que existem mui-tos outros que poderiam fazerparte dela, e acredito que vo-

    cs tambm pensam assim.Por isso, recomendo que fa-am a sua prpria lista e dei-xem ela colada bem vistaperto do seu computador. Lem-brar destas coisas pode te pou-par muita dor de cabea.

    No inclu na lista o queeu acho mais importante de tu-do, quando o assunto o com-

    portamento em redes sociais:SEJA VOC MESMO! muitochato descobrir que aquele ca-ra legal e divertido no mundovirtual um mala sem ala, ba-baca e chato no mundo real, eolha que conheo alguns as-sim (xi... fiz um ataque pesso-al... t bom: se a carapuaserviu, fique com ela, seu cha-to).

    JOMAR SILVA en-

    genheiro eletrnico eDiretor Geral daODF Alliance LatinAmerica. tambmcoordenador do gru-po de trabalho naABNT responsvelpela adoo do ODFcomo norma brasilei-ra e membro do OA-SIS ODF TC, ocomit internacionalque desenvolve o pa-dro ODF (Open Do-cument Format).

    CAPA 10 CUIDADOS QUE DEVEMOS TOMAR EM REDES SOCIAIS

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    As redes sociais so, sem dvida, uma fer-ramenta importantssima para a vida moderna:seja para reencontrar amigos perdidos, seja pa-

    ra formar um networking de contatos profissio-nais.

    A importncia das redes foi percebida pordiversas empresas, que logo tornaram a criar,cada qual, a sua: tem-se o Facebook1 (a maiorrede social do mundo); o Myspace2 (especiali-zou-se em divulgar msicos) e a preferida doBrasil, o popularssimo Orkut3.

    Essa massificao das redes sociais no

    CAPA O QUE FAZER QUANDO CLONAREM SEU PERFIL EM UMA REDE SOCIAL

    Defenda seus direitos: O quefazer quando "clonarem" o seu

    perfil em uma rede social?Por Walter Aranha Capanema

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    Sigurd Decroos - sxc.hu

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    teve sua influncia restrita apenas aos aspectosscio-econmicos, criando novos hbitos e rela-es comerciais, mas tambm aos fatos jurdi-cos, repercutindo nos Tribunais Ptrios.

    O tema relativo s redes sociais que maistem repercusso na jurisprudncia diz respeito aum fato muito comum: a clonagem de perfis no

    Orkut, que cresce assustadoramente no Brasil.Dessa forma, o objetivo do presente artigo

    de explicar o que seja a conduta acima descri-ta, bem como mostrar as solues jurdicas paracoibir os danos respectivos.

    Conceito de clonagem de perfilObviamente, no h, na doutrina jurdica e

    na jurisprudncia, um conceito de clonagem de

    perfil.Contudo, embora no exista uma previso

    especfica em nossa legislao para tal conduta,o nosso Cdigo Penal prev o crime de falsaidentidade, assim descrito:

    Falsa identidadeArt. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidadepara obter vantagem, em proveito prprio ou alheio, ou pa-ra causar dano a outrem:Pena - deteno, de trs meses a um ano, ou multa, se ofato no constitui elemento de crime mais grave.

    O crime supramencionado temaplicao ampla, no apenas para omundo real, mas tambm o virtual.

    A sua configurao exige que a finali-dade daquele que usa a identidadefalsa seja a de obter vantagem oucausar dano.

    Embora o Direito no defina umconceito de clonagem de perfil, ca-be ao operador do Direito definir umconceito que retrate a realidade tec-nolgica.

    Pode-se entender, assim, comoclonagem de perfil toda condutaem que algum cria um perfil em re-de social reproduzindo, de forma iso-

    lada ou cumulativa dados indicativos de pessoaexistente.

    Os dados indicativos podem ser os seguin-tes:

    a) Fotografia ou

    b) Nome ou apelido.

    Exclui-se da configurao da conduta a cri-ao de um perfil com a inteno apenas de pro-duzir uma pardia4, sem causar danos honrae imagem da pessoa.

    Assim, em resumo, a clonagem de perfilpode ser definida como a criao de cadastroem rede social utilizando-se de dados de tercei-ros, para fins que no sejam de pardia.

    Formas de represso ao perfil falsoO perfil falso pode ensejar, como foi dito, a

    configurao do crime de falsa identidade (art.307, CP). Nesse caso, caber ao ofendido pro-curar uma Delegacia de Polcia prxima e reali-zar um R.O. (registro de ocorrncia), relatando ofato com todos os detalhes, inclusive, com cpiaimpressa da pgina clonada.

    Pode-se entender,

    assim, como "clonagem de perfil"toda conduta em que algum criaum perfil em rede socialreproduzindo, de forma isoladaou cumulativa dados indicativosde pessoa existente.Walter Capanema

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    Todavia, se o lesado no ti-ver um suspeito, dificilmente seconseguir concluir o inqurito po-licial, que a etapa investigatria

    anterior ao processo criminal. Is-so porque, infelizmente, as Dele-gacias de Policia estoassoberbadas, e no possuemequipamentos tcnicos para o ras-treamento do nmero IP do infra-tor.

    A soluo mais efetiva a ci-vil: propor uma ao de responsa-bilidade civil contra a empresa

    que mantm a rede social, pedin-do, cumulativamente com a con-denao em compensao dedanos morais, a excluso da pgi-na com perfil falso, sob pena demulta diria.

    Tal ao pode ser propostaperante os Juizados Especiais, inclusive, que se- ja prximo ao domiclio do autor, oferecendo aLei 9.099/95 uma faculdade: a dispensa de advo-

    gado para as causas de valor em at 20 salri-os-mnimos (art. 9).

    Os valores das indenizaes no costumaser muito altos5, com excees conhecidas, co-mo o caso do piloto de Frmula 1 Rubens Barri-chello, que conseguiu a condenao do Googleem R$ 1,2 milho6.

    Contudo, embora a quantia no seja alta,deve-se lembrar que o direito imagem inesti-mvel, e no deve ser um empecilho para a defe-

    sa dos direitos do cidado lesado.

    1 Disponvel em http://www.facebook.com.

    2 Disponvel em http://www.myspace.com.

    3 Disponvel em http://www.orkut.com.

    4 Embora no seja muito comum o uso de perfis falsos

    em redes sociais para fins de pardia, tal conduta comum em blogs e microblogs, merecendo destaque oFake Steve Jobs (http://fakesteve.blogspot.com/) e o VitorFasano (http://twitter.com/VitorFasano), em que hapenas contedo humorstico que, como regra, noofende a imagem das pessoas retratadas.

    5 Os valores so variveis, mas dificilmente supera R$ 4mil reais.

    6 DIAS, Tatiana de Mello. Google condenado a pagarindenizao a Rubens Barrichello. Disponvel em:. Acesso em: 4 dez. 2009.

    Para mais informaes e referncias:

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    WALTER CAPANEMA professor daEscola da Magistratura do Estado do Rio deJaneiro EMERJ (Brasil). Formado pelaUniversidade Santa rsula - USU. Advogadono Estado do Rio de Janeiro. Email:[email protected]

    A soluo mais efetiva a

    civil: propor uma ao de respon-sabilidade civil contra a empresaque mantm a rede social, pedin-do, cumulativamente com a con-denao em compensao dedanos morais, a excluso da pgi-

    na com perfil falso, sob pena demulta diria.Walter Capanema

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    A onda da vez a "coisos-fera"! Entenda coisosfera co-

    mo o conjunto de blogs,podcasts, videocasts e as idei-as que esses veculos internti-cos de difuso de informaodisseminam. comum que pes-soas passem horas por diaacompanhando o contedo ge-rado pelos indivduos com osquais elas mais se identificam.Isso interessante at porqueas pessoas passam a se infor-mar e querendo ou no soconduzidas a formar uma opi-nio, algo muito raro numa soci-edade culturalmente analfabe-ta. Nesse momento, farei umabreve explanao sobre os Pod-casts, que a grosso modo soconferncias onde vrias pesso-as conversam sobre determina-do assunto que lhes interessa.

    Essas conferncias so grava-das, na maioria das vezes edi-

    tadas e ento publicadas nainternet, exatamente a queentra a figura do ouvinte. Eu,voc,