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Especial Rio Renata Kuerten versão garota carioca; a vida na ponte aérea de Thiago Bernardes; a apartamento cool de André Carvalhal; o todo-poderoso BMW i3 005 | NOV 2015 | R$20,00 GASTRONOMIA casa do porco VIAGEM dubai PROJETO gui mattos PERFIL frederico reder

Especial Rio

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Renata Kuerten Versão Garota carioca;a vida na ponte aérea de Thiago Bernardes; a apartamento cool de André Carvalhal;o todo-poderoso BMW i3

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EspecialRioRenata Kuerten versão garota carioca; a vida na ponte aérea de Thiago Bernardes; a apartamento cool de André Carvalhal; o todo-poderoso BMW i3

005 | NOV 2015 | R$20,00

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Projeto arquitetônico: Jonas Birger. Projeto de decoração das áreas comuns: Yoo Studio e Carlos Rossi. Projeto paisagístico: Benedito Abbud. Incorporadora responsável: CBR 031 Empreendimentos Imobiliários Ltda. O empreendimento só será comercializado após o registro de incorporação. Cyrela Brazil Realty. Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1.455 – 3º andar

F I T N E S S P A N O R Â M I C O - S P A - P I S C I N A C O B E R TA

– CEP 04543-011 – Itaim Bibi – São Paulo – SP. Material preliminar sujeito a alteração. Acabamentos, quantidade de mobiliário e equipamentos serão entregues conforme Memorial Descritivo do empreendimento. Perspectiva artística da vegetação com porte adulto, que será atingido após a entrega do empreendimento e de acordo com o projeto de paisagismo.

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P I S C I N A E X T E R N A C O M 5 0 M E P O O L H O U S E S

Projeto arquitetônico: Jonas Birger. Projeto de decoração das áreas comuns: Yoo Studio e Carlos Rossi. Projeto paisagístico: Benedito Abbud. Incorporadora responsável: CBR 031 Empreendimentos Imobiliários Ltda. O empreendimento só será comercializado após o registro de incorporação. Cyrela Brazil Realty. Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1.455 – 3º andar

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E D I T O R I A L

Rio 40 graus

LUCIANO RIBEIRO

Pela primeira vez, Made mergulha de cabeça no Rio de Janeiro. Nossos colaboradores cariocas selecionaram para você novidades sobre restaurantes, arquitetura, bares, lojas e lugares que vão ser a cara do verão. Mostramos o apartamento cool de André Carvalhal, diretor de marketing mais inquieto e criativo da capital fluminense, conversamos com Thiago Bernardes, responsável por algum dos projetos mais bacanas do Rio, e até nosso ensaio de capa, com a modelo e apresentadora Renata Kuerten, vem cheirando a mar, areia e sensualidade. Ao todo, são 146 páginas que retratam, em quase todas elas, o espírito da metrópole mais cool do País.

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C O L A B O R A D O R E S

Marcelo KatsukiJORNALISTA

Há mais de 20 anos, o arquiteto formado pela FAU-USP trocou os escritórios de design pelas redações de jornais. Já trabalhou como editor de arte e fotografia da Folha de S.Paulo e, hoje, faz crítica de res-taurantes e escreve o blog Comes e Bebes. Nesta edição, assina a maté-ria sobre a Casa do Porco.

Fabio BarteltFOTÓGRAFO

Isabela CabanJORNALISTA

Lívia BrevesJORNALISTA

Anita PompeuJORNALISTA

Joana DaleJORNALISTA

Um dos principais fotógrafos do Brasil, Fabio já clicou campanhas para marcas como Colcci, Carlos Miele e Alexandre Herchcovitch. Além disso, fotografou personalidades como Gisele Bündchen, Grazi Massafera e Fernanda Lima. Para esta Made, ele registrou o ensaio de moda com a modelo Renata Kuerten.

Isabela é jornalista e já trabalhou na TV Globo. Durante três anos, fez parte da produtora French Connection, em Paris. De volta ao Rio de Janeiro, pas-sou pelas redações da Veja Rio e do jornal O Globo. Hoje, comanda o site NaToca Design, dedicado ao universo infantojuvenil. Para esta Made, entre-vistou o arquiteto Thiago Bernardes.

Um de seus passatempos prediletos é escrever sobre pessoas que cole-cionam boas histórias para contar. A carioca, que acaba de visitar a Cro-ácia e a Eslovênia, também adora rela-tar suas ricas experiências de viagem. Nesta edição, assina a matéria sobre o apartamento de André Carvalhal, diretor de marketing da Farm.

Anita trabalhou na redação da extinta Rede Mulher e da revista Flash. Pas-sou sete anos no grupo Glamurama, no qual atuou como repórter para o site, editora-assistente para a Modo de Vida e editora da revista Joyce Pascowitch. Hoje, ela trabalha como freelancer e, nesta edição, escreveu sobre a viagem que fez a Dubai.

Joana estagiou no Jornal do Brasil e trabalhou como repórter na revista Domingo. Depois, foi para o O Globo, em que está até hoje. Agora, escreve sobre lifestyle na revista dominical do jornal. Atenta às tendências de gas-tronomia, moda e design, ela assina a seção News, que reúne as melhores novidades do Rio de Janeiro.

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R E V I S TA M A D E . C O M . B R

Made to Live é uma publicação de Ferrari Edições.CNPJ 16.515.002/0001-53

Made to Live não se responsabiliza pelos conceitos emitidos

nos artigos assinados. As pessoas que não constam no

expediente da revista não têm autorização para falar em

nome de Made to Live ou retirar qualquer tipo de material

para produção de editorial caso não tenham em seu poder

uma carta atualizada e datada, em papel timbrado, assinada

por um integrante que conste no expediente.

C O N C E P Ç Ã O E D I T O R I A L Editora Carbono

P U B L I S H E R SLili Carneiro [email protected] Ribeiro [email protected]

P R O J E T O G R Á F I C OZé Renato Maia zrmaia.com.br

D I R E T O R D E R E D A Ç Ã OLuciano Ribeiro [email protected]

P R O D U Ç Ã O E X E C U T I VABianca Nunes [email protected]

E D I T O R D E A R T E C O N V I DA D OAlex Vargas Cassalho

D E S I G N E RMona Sung [email protected]

E S TA G I Á R I A SIsabela Giugno [email protected]ís Franklin [email protected]

R E V I S Ã OLuciana Sanches e Paulo Vinicio de Brito

C O L A B O R A D O R E SAlain BrugierAnita PompeuClaudia JordãoDavi RamosFabio BarteltFlavia PommianoskyHenrique FruetHermés GalvãoIsabela CabanJoana DaleJosé BassitLívia BrevesLufe GomesMaguy EtlinMarcelo KatsukiMarcio YshikawaStephanie Marie EliTom Cardoso

E D I T O R A F E R R A R I

D I R E T O R E X E C U T I V ORodrigo Ferrari [email protected]

G E R E N T E S D E C O N TA SAdriana Rodrigues [email protected] Madalosso [email protected] Pujol [email protected]

C O O R D E N A D O R A C O M E R C I A LMiriam Elias [email protected]

M A R K E T I N G

G E R E N T E D E M A R K E T I N GGéssica Romanini [email protected]

M A I L I N GMariana Cardoso [email protected]

G E R E N T E F I N A N C E I R A E A D M I N I S T R AT I VAThuany Tirapani [email protected]

S U P E R V I S O R D E D I S T R I B U I Ç Ã O E C I R C U L A Ç Ã OCarlos Melo [email protected]

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FA C E B O O KFacebook/revistamade

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C A PAFOTOGRAFIA | Fabio BarteltEDIÇÃO DE MODA | Flavia Pommianosky e Davi RamosRENATA KUERTEN | usa colar Grifith

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E N T R E V I S TA032 |Ponte aéreaO arquiteto Thiago Bernardes fala de sua rotina e sobre como é viver entre o Rio de Janeiro e São Paulo, cidades que abrigam seus dois escritórios

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C L A S S E E X E C U T I VA058 |Linha diretaA companhia aérea Azul apresenta seu primeiro Airbus A330: a melhor opção de voo para Miami

G A S T R O N O M I A060 |Espírito de porcoA carne suína é a estrela do menu do novo empreendimento do chef Jefferson Rueda, misto de bar, restaurante, açougue e mercearia

A R T E072 |Automobilismo em focoSituado em Stuttgart, na Alemanha, o museu da Mercedes-Benz homenageia a história dos carros lançados pela festejada montadora

P R I M E I R A C L A S S E076 |Alto e bom vooA nova cabine da Delta Airlines é a aposta da companhia aérea para quem quer viajar sem abrir mão do conforto total

V I A G E M078 |O vizinho do ladoA beleza de cidades como Lima, Miraflores e San Isidro faz do Peru um dos destinos mais desejados da América do Sul

P E R F I L088 |Nos bastidoresCom vocês, Frederico Reder: um jovem empresário carioca que constrói teatros ao redor do Brasil

C E S TA B Á S I C A092 |La belle Riviera FrancesaA estilista – carioquíssima! – Lenny Niemeyer entrega o melhor de Saint Tropez, na Riviera Francesa

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M O T O R094 |Revolução silenciosaVeloz e ultramoderno, o carro elétrico i3, da BMW, tem carroceria de fibra de carbono

V I T R I N E D E S I G N098 |Remédio antimonotoniaItens para dar mais bossa ao dia a dia pinçados a dedo pela nossa colunista Maguy Etlin

E N S A I O102 |Made in RioA top Renata Kuerten incorpora o espírito jovem e despojado da mulher carioca

P R O J E T O116 |Casa de menino do RioO apartamento de André Carvalhal, diretor de marketing da Farm, mescla design e vintage

G O L F E122 |Em busca do ouroConheça os atletas brasileiros que podem disputar uma medalha no golfe no Rio em 2016

V I A G E M128 |Braços abertosCidade dos recordes, Dubai atrai pela fartura de serviços, passeios e paisagens

M O T O R134 |Para alemão verAs grandes novidades automobilísticas apresentadas no Salão de Frankfurt 2015

P R O J E T O138 |Refúgio bucólicoUma casa de campo assinada por Gui Mattos com décor sóbrio e muita classe

064 | C A R B O N O U O M O

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Um dos mais importantes arquitetos do Brasil, Thiago Bernardes divide a vida entre as duas principais cidades do País sem conflito

POR | Isabela Caban

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Desde que Thiago Bernardes passou a se dividir entre Rio e São Paulo, há oito anos, vira e mexe ouve dos amigos, de um lado, que parece um carioca apaulis-tado; do outro, um paulista acariocado. A brincadeira reflete como o arquiteto, aos 41 anos, é bem adaptado às duas cidades onde tem escritório, mas ao longo da conversa, não restam dúvidas que se trata de um autên-tico menino do Rio. O rapaz nasceu na Gávea, cresceu em São Conrado e, hoje, metade da semana, mora no Leblon e trabalha no Jardim Botânico. Foi um adoles-cente que nadava todos os dias no Clube do Flamengo, encontrava os amigos na praia sem precisar marcar, pegava onda e frequentava as cachoeiras escondidas pela cidade. Estilo de vida que, na verdade, mudou só aos 25 anos, quando perdeu o pai, o famoso arquiteto Claudio Bernardes, em um acidente de carro. Naquele ano, 2001, o foco se voltou para o trabalho.

Filho e neto de arquitetos (seu avô é Sergio Bernardes, outra lenda do traço), ele encontrou um estilo próprio, que não deixa de revelar as influências cariocas, com um certo “espírito informal”. É dele (com Paulo Jacobsen) o MAR, o Museu de Arte do Rio, marco da revitalização da zona portuária da cidade e premiado com o impor-

tante Architizer A+ Awards. No início deste ano, Thiago ganhou novamente a estatueta graças a uma capela particular construída no lindo cenário do Joá.

Na sala de frente para o jardim da casa onde fica seu escritório aqui no Rio, o arquiteto conta sobre a boa fase: ano que vem, a mulher e os dois filhos (de 5 anos e 3 anos) se mudam para cá e ele, pela primeira vez desde 2001, promete resgatar o jeito carioca de curtir a vida.

Como foi chegar a São Paulo como um arquiteto com uma identidade carioca tão forte, com os nomes do seu pai e seu avô por trás? Profissionalmente, foi muito interessante, justa-mente pelo fato de meu pai e meu avô não serem tão conhecidos em São Paulo. A maioria que chegava ao

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“Sempre valorizei a natureza. Eu sou meio bicho do mato, o que me alimenta é isso. E eu acho que você entende muito bem uma cidade até no meio da floresta”

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meu escritório não sabia deles. Foi uma maneira de conseguir mudar a minha arquitetura, porque aqui no Rio as pes-soas vinham atrás de uma estética que eu não estava mais a fim de fazer. Passou. Você se sente carioca em seus projetos, vê influências da sua cidade neles?Não é uma intenção, mas talvez eu leve esse espírito, de certa informalidade. O paulista entendeu isso, que tem uma coisa formal que não precisa existir. E tem a ver com o que está acontecendo no mundo. As rela-ções mudaram, as pessoas não têm mais aquela sala só para receber, a relação de pai e filho mudou. É tudo mais junto. Você certamente está entre os arquite-tos que mais dialogam com a natureza.Sempre valorizei a natureza. Eu sou meio bicho do mato, o que me alimenta é isso. As pessoas me falam muito de cidade, arqui-tetura. E eu acho que você entende muito bem uma cidade até no meio da floresta. Já me perguntaram: “Qual cidade você gos-taria de visitar ligada à arquitetura?”. Eu quero conhecer é a Patagônia! Que elementos você privilegia quando um projeto está integrado à natureza?Não gosto de pensar nos materiais como um aplique estético. É uma definição que acontece lá no início. Que tipo de estru-tura usar ali? Gosto da madeira, adoro estrutura metálica. Concreto, eu tinha um pé atrás, mas eu fiz as pazes com ele. O que limita é a natureza, justamente. É floresta? Tem vista? Como é a incidên-cia do sol? Isso que acaba gerando uma arquitetura interessante: as dificuldades.

Ousado— Na página anterior, o projeto Casa Terra, em Itaipava, Rio de Janeiro, com vista panorâmica para a serra; abaixo, o inovador projeto da capela Joá que rendeu ao arquiteto o prêmio da Architizer A+Award 2015

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E N T R E V I S TA | T H I A G O B E R N A R D E S

Inovador — Acima, o projeto arquitetônico do MAR - Museu de Arte do Rio, parceria entre Thiago Bernardes e Paulo Jacobsen

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É seu um projeto muito importante no Rio, o MAR.Gosto de pensar que não é só um belo prédio. Esse, por exemplo, já fez uma coisa legal que foi “levantar” a Praça Mauá, dar uma vista de cima dela. E está inse-rido num contexto, um marco da revitalização por-tuária. A “onda” em cima aconteceu porque a gente precisava de um elemento que unisse os dois prédios e chegamos a uma cobertura lisa. Na maquete, tinha uma placa de acetato. A gente pegou um isqueiro e deu umas queimadas por baixo, e o resultado foram umas curvas. Acabou casando bem. Foi um divisor de águas na nossa carreira, minha e do Jacobsen. Você pensa em projetos que possam melhorar a cidade?Na verdade, não tem mais nada o que fazer, mas tem o que desfazer! Retrofitar, organizar, reestudar o transporte público... Eu tenho um projeto que não vai mudar uma cidade, mas acho interessante. Um prédio comercial de três andares em Ipanema, na Rua Aníbal de Mendonça. Outro dia passei em frente, em um táxi, e falei pro motorista: “Pô, que prédio esquisito que fizeram aí”. O cara olhou e falou: “Hoje fazem umas coisas meio silenciosas, né?”. Eu achei perfeito! Por-que o problema das cidades é um querendo fazer mais alto que o outro, melhor que o outro. Esse é um prédio que você passa e não vê, como a gente queria. E 2017, planos?Minha mulher e meus filhos vêm morar no Rio. Eu vou continuar entre as duas cidades, mas gosto da ideia de eles crescerem aqui, acho que a gente aprende um pouco a lidar com todo tipo de gente. E eu, pela pri-meira vez desde que meu pai morreu, quando precisei focar no trabalho por uma necessidade financeira, tô voltando a pensar um pouco em qualidade de vida.

Foi assim com a capela do Joá, que levou o prêmio da Architizer?Sem dúvida. Primeiro, foi preciso encon-trar uma brecha no terreno dessa proprie-dade particular. Não era simples. Eu digo que é sorte, você está desenhando, ener-gia boa... O resultado é um espaço que só tem um apoio, que é a cruz. Bonito, né? E usamos uma madeira laminada e vidro por fora, que reflete a floresta. Como eram as casas em que você cresceu no Rio?Ah, tive a experiência de morar em luga-res estranhos. Morei até os 12 anos em uma casa na Estrada das Canoas. Meu avô construiu escondido da minha avó, para ser meio a garçonnière. Havia quar-tos de um lado, quartos de outro e uma sala no meio, uma piscina com um teto que abria. Para um moleque, era meio James Bond. Meu pai fez uma casa em Angra dos Reis muito diferente também. Era um camão para os três filhos e um mezanino onde ele dormia com minha mãe. Tudo aberto, não tinha porta no banheiro. Era a musiquinha do Vinicius de Moraes, uma casa que não tinha nada. E o escritório do meu avô era o maior parque de diversões, na Avenida Ser-nambetiba (Barra da Tijuca). Eu, mole-quinho, lembro que tinham umas inven-ções. A mesa que ele trabalhava, o pé era um tubo vazio que se ligava a uma cesta lá embaixo na sala de desenho. Ele dese-nhava alguma coisa, enrolava o papel e botava ali para escorregar até a sala.

“Meu pai fez uma casa em Angra dos Reis muito diferente também. Era um camão para os três filhos e um mezanino onde ele dormia com minha mãe. Tudo aberto, não tinha porta no banheiro”

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N E W S | C U R TA S

Luzes da cidade

framesoflife.com

O namoro entre a moda e o cinema é um caso antigo. Neste ano, as duas vertentes artísticas foram celebradas com uma parceria firmada entre o es-tilista Giorgio Armani e o BFI London Film Festival. Dedicado aos jovens estudantes das principais escolas cinematográficas do mundo, o projeto intitulado Films of City Frames acaba de chegar à segunda edição.

Para o programa, foram selecionados alunos de quatro instituições internacio-nais: a Scuola Holden, da Itália, a Sydney Film School, da Austrália, o Seoul Institu-te of The Arts, da Coreia do Sul, e a Academia Internacional de Cinema, que representou o Brasil. Os jovens partici-pantes produziram curtas-metragens com enredos inspirados em histórias reais, e cada um dos filmes foi ambien-tado nas cidades onde estão sediadas as respectivas escolas.

As elegantes peças lançadas pela grife Giorgio Armani não ficaram de fora dos curtas. Em cada película, óculos da cole-ção Frames of Life aparecem no figurino dos personagens. Fabricado de acetato e titânio, o modelo AR 7010 foi usado pela protagonista do filme Legacy, produzido pela brasileira Juliana Valente. A obra se baseia em uma história autobiográfica da diretora, que usou memórias da própria vida para construir o enredo.

Toda a supervisão das gravações dos curtas foi realizada pela empresa italiana Rai Cinema, que firmou uma parceria com a Armani especialmente para o projeto. A produtora participou de pro-cessos como avaliação dos scripts, mon-tagem dos filmes e pós-produção. Os filmes acabam de ser apresentados na 59ª edição do BFI London Film Festival, um dos principais eventos de cinema internacionais. – Isabela Giugno

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www.guerreiro.com

- GUERREIRO EST. 1970 -

Uma coleção desenhada para comemorar 45 anos de estilo GUERREIRO.

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ninawrite.com.br

Em tempos de mensagens virtuais de até 140 caracteres, um bilhete carinho-so para um amigo ou um cartão de agradecimento escrito à mão viraram peças de luxo. A Nina Write, nova marca de papelaria que tem ateliê na Rua Dias Ferreira, no Leblon, investe em trabalhos cada vez mais exclusivos, com gramatura certa do papel. Acaba de sair do forno uma coleção de cartões inspirada na arte construtivista. A embalagem dos cartões impressos com o monograma esco-lhido é feita em origami, sem usar cola. Para fechar, o forro de cada envelope é estampado pelos desenhos gráficos. Em tempo: Nina é uma personagem cria-da pelas designers gráficas Anna Luiza Padua e Fernanda Fróes, que desenvol-vem também álbuns de fotos e cadernos de viagens e de receitas com costura artesanal. – JD

À moda antiga

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Uma série de obras de Lygia Clark foi transformada em brincos, anéis e colares. A coleção foi idealiza-da por uma das netas da artista plástica morta em 1988, Vanessa Clark. Na série limitada, os trabalhos Trepante, Bichos, Espaço Modulado e Ovo Linear ganharam versões de ouro e prata. “Tive a preocupação de reconstrui-los inicialmente para pesquisar o efeito que pontas e dobradiças teriam sobre o cor-po. A maior dificuldade foi deixar cada joia confortável sem perder a beleza do trabalho da minha avó”, conta Vanessa, que teve a ajuda da joalheira Claudia Mac, amiga de longa data. Ônix, quartzo branco e jaspe vermelho colorem as minies-culturas, que estão em exibição na multimarcas Dona Coisa, no Jardim Botânico, e, em breve, serão apre-sentadas na Alison Jacques Gallery, em Londres. – Joana Dale

Joia concreta

donacoisa.com.br

Nome por trás dos sapatos artesa-nais mais desejados do momento, Marcela Basto Lima vai colocar um pé no Rio Design Leblon. Depois de alguns anos com um espaço mezzo loja mezzo ateliê, na Rua Dias Fer-reira, a designer inaugura a primeira grande vitrine da Marcela B. em mea-dos de novembro. A estreia acontece com o lançamento da coleção verão 2016, agora 100% produzida no Brasil. Marcela morou cinco anos em Milão, quando integrou a equipe de estilo de Paula Cademartori, e come-çou a fabricar seus acessórios com os mesmos fornecedores de Chris-tian Louboutin e Manolo Blahnik. Nesta nova fase, flatforms com listas e bolas, sapatilhas com transparên-cia de rede e sandálias com textura de areia são algumas das apostas da moça. – JD

Pé direito

marcelab.com

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Amar para emagrecer

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Pesquisas já comprovaram cientificamente que o casamento engor-da. Ok, mas a nutricionista Patricia Davidson Haiat quer mostrar que pode ser prazeroso (e até saboroso) emagrecer a dois. No livro Dieta dos Casais (Sextante), ela apresenta um plano alimentar “prático e acessível”, com um total de 130 receitas, para os cônjuges fazerem juntinhos. “Encarar a dois um planejamento estruturado para melho-rar a saúde, resgatar a autoestima e trazer de volta o prazer da boa comida valorizam o cuidado um com o outro e estimulam a dupla a caminhar de mãos dadas rumo a um futuro mais feliz. E mais sau-dável, claro”, diz a nutricionista queridinha de famosas como Bruna Marquezine, Sabrina Sato e Giovanna Antonelli. – JD

Pioneira na produção de sucos prensa-dos a frio no Rio, a Greenpeople con-quistou o mercado em pouco mais de um ano de vida: as garrafinhas coloridas estão espalhadas por 150 endereços da cidade, entre academias de ginástica e cafés badalados, e abriu três quiosques (no Shopping Leblon, Rio Design Barra e RIOSUL), além de ter mais uma inaugura-ção planejada para o fim do ano. De olho no verão, as sócias Bianca Laufer, Lulu e Teresa Gouvêa Vieira lançam as combina-ções de frutas, verduras, legumes e ervas frescas em forma de sorvete. Os primei-ros sucos a virar picolé são Meu Matcha, Ouro, Santo Suco e Snow. – JD

Detox no palito

greenpeople.com.br

waydesign.com.br

A mais nova criação dos celebrados Leonardo Lattavo e Pedro Moog, da Lattoog Design, é um móvel funcio-nal, no melhor estilo dois-em-um. De madeira catuaba e cobre, a mesa de centro e a mesinha lateral da família Box são equipadas com um revisteiro de couro, solto e flexível. À venda com exclusividade na Way Design, na Barra, o conjunto é marcado pelo contraste entre as robustas partes de madeira e a delgada estrutura de metal. – JD

Em revista

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Populares nos bairros Roppongi e Shibuya, em Tóquio, os izakayas, como são chamados os botecos japoneses, começam a ganhar espaço em solo carioca. O primeiro espaço dedicado à degustação de saquês harmonizados com petiscos de que se tem notícia no Rio chega a Ipanema pelas mãos do empresário Eduardo Preciado. O recém-inaugurado Sushi Izakaya Mok é equipado com uma superade-ga, com capacidade para 50 garrafas da bebida japonesa. Para beliscar, porções de ika no karaage (lulinhas empanadas e fritas) e nasu missô (berinjelas temperadas em missô) estão entre os 20 itens que figu-ram em um cardápio itinerante. “Há quatro tipos de saquês considerados premium. Todos levam a palavrinha ginjo no nome. Pronuncie “guinjô” e está salvo”, brinca Preciado. – JD

Boteco japa

minimok.com.br

Os exuberantes brincos da Brir viraram peças obrigatórias na caixinha de bijus das cario-cas: basta conferir no Instagram para ver a quantidade de mulher bacana que usa o Algas ou o Roca. Volta e meia, a estilista Duda Braga precisa repor as peças no estoque do seu e-commerce. Pois, agora, essas e outras criações desenvolvidas com miçangas e com resina alemã ganham espaço em uma loja física recém-inaugurada no mesmo ende-reço onde até então só funcionava o ateliê, no Jardim Botânico. Formada pelo Istituto Marangoni, em Milão, Duda trabalhou durante dez anos para marcas como Isabela Capeto, Farm e Lenny até abrir a sua Brir. Rimou? O nome vem do verbo “abrir”, pois Duda é uma fanática colecionadora de chaves. – JD

De portas abertas

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nosdetox.com.br

brir.com.br

Servir comida natural, orgânica e saudável é a proposta do N.O.S. Detox, comandado pela chef Anna Elisa, a Fofa. É na cozinha da própria casa que a chef prepara diariamente as refeições de 12 seletos clientes – esse é número limite de participantes do programa, por sema-na. São pratos sem glúten, sem lactose, sem cafeína, sem açúcar e sem proteína animal montados cuidadosamente em potes de vidro retornáveis. Quinta-feira é o dia líquido: só sucos e sopas. “O detox é muito amor servido em forma de comi-dinhas orgânicas e saudáveis”, diz a chef, sócia do bufê 3 na Cozinha e integrante do time de profissionais do programa Fazendo a Festa, do GNT. – JD

Marmita natureba

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Barbearia, galeria de arte, café gourmet e uma salinha equipada com videogame são as atrações de uma espécie de embaixada que a Reserva acaba de inaugurar, no RioSul. A pro-posta é oferecer diferentes experiên-cias ao homem contemporâneo com o humor da marca do mais famoso pica-pau, ou seja, é um verdadeiro parque de diversos para marmanjos. O espaço oferece ainda a materializa-ção da experiência Faça Você Mesmo, o maior sucesso de vendas online: duas máquinas criam, em tempo real, produtos pensados pelo consumidor, do silk das camisetas com frases en-graçadinhas ao bordado de monogra-mas em polos e camisas sociais. – JD

Parque de diversões

usereserva.com

Guilhermina Guinle, Fernanda Torres e Regina Casé são algumas das fãs do spa delivery da Oficina Humana. A boa apresentação dos pratos e a seleção dos ingredientes fez o programa de reeducação alimentar criado pela psicóloga e empresária Thaís Araújo virar uma sensação entre os moradores do Rio. As refeições que chegam a domicílio – ou aonde quer que a cliente esteja dentro da área de cobertura (zona sul, Barra e Centro) – são elaboradas pela chef Jaqueline Lopes com uma pegada gourmet. Tem couscous de qui-noa com camarão, limão-siciliano e amêndoas; frango recheado com espinafre orgânico e risotinho de aspargos; salmão grelhado com arroz negro, leque de manga e legumes. A média de perda de peso, há testemunhas, é de dois a quatro quilos por semana. – JD

Spa gourmet

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Após o Irajá Gastrô, sucesso em Botafogo, e o Formidable Bistrot, charmoso francês no Leblon, o chef Pedro de Artagão abre sua terceira casa: a Cozinha Artagão, na Barra. O arquiteto Maurício Nóbrega assina o projeto do espaço, locali-zado na área externa do BarraSho-pping. São dois ambientes, varanda e salão, com cozinha aberta. No cardápio, “pratos para o dia a dia com bossa”, pela definição do pró-prio chef, como a caesar salad da casa, servida com “pão na chapa”. No capítulo denominado Clássicos Artagão, receitas como o Picadinho Releitura, consagrado no Irajá. Entre as sobremesas, a mesma fórmula: novidades e clássicos se alternam. Quem não resiste ao bolo quente de brigadeiro agora terá de escolher entre ele e o bolo de cenoura com Nutella. Dúvida cruel. – JD

Cozinha Artagão

cozinhaartagao.com.br

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O ÍCONE DA HOTELARIA DE LUXO É TAMBÉM REFERÊNCIA

NA ALTA GASTRONOMIA

Saiba mais em belmond.com/copacabanapalace ou ligue para (21) 2548 7070

Reconhecido por sua excelência nos serviços, o Belmond Copacabana Palace oferece também experiências gastronômicas memoráveis. Encante-se com o melhor da cozinha italiana no restaurante

Cipriani, e para um momento ainda mais exclusivo aproveite a mesa do Chef, localizada dentro da cozinha.

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Chancela estrelada

fourseasons.com/bogotacm

Capital da Colômbia, Bogotá se tornou um dos destinos mais procurados pelos jet-setters que visitam a Amé-rica Latina. Vibrante, a cidade guarda tesouros como belas igrejas coloniais, museus incríveis, a exemplo do Botero e o Museo del Oro, charmosos casa-rões históricos e ótimas opções gas-tronômicas. Agora, a região está ainda mais imperdível com a reinauguração do Hotel Casa Medina.

Estreada em 1946 como um complexo residencial, a Casa Medina foi projeta-da pelo arquiteto colombiano Santia-go Medina Mejía, e, 38 anos depois, reconhecida como patrimônio histórico de Bogotá. O charme do espaço, que se assemelha muito às casas coloniais espanholas, fez com que a construção se tornasse um hotel em 1988.

Em dezembro de 2014, o casarão foi fechado para uma restauração milio-nária e, agora, está sob a chancela da estrelada rede Four Seasons. O projeto de reforma foi encabeçado pela arquite-ta Milena Vargas, que manteve algumas características originais do prédio, como a fachada de tijolinhos aparentes e a escadaria de madeira que dá acesso aos quartos. Pensando em criar um contras-

te com os elementos antigos da morada, ela apostou no décor recheado com mobiliários modernos e uma coleção de arte contemporânea escolhida a dedo pela designer Lauren Rottet.

Além dos 62 luxuosos quartos e suítes, o hotel abriga um relaxante spa para quem quiser passar algumas horas longe do estresse. No menu, há uma série de massagens corporais e tratamentos faciais. A dica é pedir o White Gold Exfoliation, feito com uma mistura de sal, óleo de coco e limonaria, planta muito usada na medicina natural colombiana. Outro destaque do Four Seasons Hotel Casa Medina Bogotá é o restaurante Castanyoles Raciones y Tapas. Sob o comando do chef exe-cutivo Pablo Peñalosa, oferece tapas feitos com ingredientes locais, bocatas (sanduíches), cocas (pizzas de estilo catalão), arroces (pratos à base de ar-roz, como risoto), carnes e mariscos.

Se a estada no Four Seasons Hotel Casa Medina Bogotá for aprovada, pode comemorar: no início de 2016, a rede inaugura outro espaço na capital colombiana! – IG

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Tudo de melhor em um único lugar.Ou melhor: em um lugar único.

www.ded.com.brHá 20 anos, o D&D Shopping reúne todas as marcas que imprimem

estilo e personalidade à sua casa, serviços que facilitam a sua vida

e eventos que celebram a cultura e a arte. É mais que um shopping, é uma experiência completa que já faz parte da sua vida.

dedshopping @dedshoppingddshopping

Av. das Nações Unidas, 12.555 | São Paulo – SPDe segunda a sexta, das 10h às 22h. Sábados, das 10h às 20h. Domingos e feriados, das 14h às 19h.

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O designer de móveis Paulo Alves e o craque da iluminação Mane-co Quinderé desenvolveram uma coleção de luminárias inspirada nas nossas flora e fauna. Da parceria, surgiram a Jabuticaba, a Tuiuiú e a Curupi, produzidas em ipê, roxinho e catuaba. As peças, uma luminária de piso, uma de mesa e uma pendente, têm esferas direcionáveis de LED, fixadas por ímãs na estrutura de ma-deira, que possibilitam a mudança do foco de luz. A Jabuticaba (foto) surgiu a partir de uma lâmpada criada por Maneco. Sua semelhança com a fruta pretinha levou Paulo a desenhar uma espécie de árvore, carregada de frutos. A coleção é lançada na Arquivo Contemporâneo, em Ipanema. – JD

Pé de jabuticaba

arquivocontemporaneo.com.br

skinlux.com.br

Clínica conceito, a Skinlux nasce de uma sociedade entre Ana Furtado e Daniela Alvarenga, dermatologista da apresen-tadora há 15 anos. O projeto do espaço de 250 metros quadrados, com vista panorâmica da Barra, é do arquiteto André Piva, que quis fugir do ambien-te todo branquinho típico de clínicas de estética. Na recepção, as clientes esperam a vez para fazer um peeling ou uma sessão da massagem magic touch no conforto de poltronas Sergio Rodrigues ou no banco Marquesa, de Oscar Niemeyer. O luxo continua na sala de Daniela, com mesa feita sob medida por Jacqueline Terpins, tapete Diesel e lustre Ingo Maurer. – JD

Beleza pura

O Botequim Informal do Shopping Leblon passou por uma repaginada geral, do conceito da cozinha ao décor. Quem comandou a refor-ma estrutural foi o arquiteto Chicô Gouvêa, que não só desenhou as lu-minárias industriais em parceria com Maneco Quinderé como deixou sua marca na carta de drinks, coordenada pelo mixologista Alex Miranda. Entre os 13 novos coquetéis, a releitura do clássico Negroni, à base de gim, Campari e vermute tinto, angustura e gotas de laranja. – JD

Nessa mesa de bar

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carolbassi.com

A joalheira Carol Bassi acaba de lançar sua segunda coleção. Made conferiu e acredita que o trabalho faz jus a sua personalidade discreta e elegante. De-pois de centenas de desenhos e cinco meses de desenvolvimento, ela criou a coleção Caleidoscópio, toda inspirada nas obras do artista plástico nórdico Ólafur Eliasson. São oito peças geomé-tricas de ouro e ródio que brincam com espaços vazios e preenchidos. “Como o trabalho é todo manual, alguns mo-delos levam mais de 60 horas para ser feitos”, conta. O resultado, claro, são peças únicas e muito bem elaboradas, o pacote completo para se tornar um verdadeiro hit. – Laís Franklin

De fino trato

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Primeiro hotel-butique do Rio, o Marina All Suites ganhou um rooftop totalmente repaginado. O projeto do arquiteto Miguel Pinto Guimarães privilegia ainda mais a espetacular vista das praias do Leblon e de Ipanema. Além disso, são três novas suítes, com mordomo particular. Ao fazer o “check-in carioca”, o hóspede ganha um kit com biscoito Globo e Mate do Bem para entrar no clima. – JD

Mar à vista

allsuites.hoteismarina.com.br

O TT Burguer chegou à Rua Olegário Ma-ciel, uma espécie de Baixo Barra. Trata-se da unidade conceito da marca criada em 2013, pelo empresário Rony Meisler e o chef Thomas Troisgros, que vende uma média de 20 mil hambúrgueres por mês. Mais ampla, a nova casa, projetada pelo arquiteto Ricar-do Hachiya, lança um espaço para eventos com capacidade para 30 pessoas. Todas as filiais da hamburgueria têm um elemento decorativo ligado ao esporte e, na Barra, o eleito é a canoa havaiana. – JD

Hambúrguer conceitual

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hermes.com

A final do Circuito Hermès Young Talent, em outubro, na Hípica Paulista, firmou a relação entre a marca fran-cesa e o universo equestre brasileiro. O vencedor foi Victor Mariano Luminat-ti, que ganhou dez dias de treino com o campeão olímpico Rodrigo Pessoa durante o Winter’s Equestrian Festival, em Wellington, na Flórida. Os primeiros três colocados foram premiados com produtos Hermès. “Acho fundamental o apoio e incentivo da marca para poder desenvolver a prova”, conta Rodrigo. A parceria entre Hermès e Brasil, que começou com Nelson Pessoa, renoma-do cavaleiro e pai de Rodrigo, deu tão certo que, a partir de agora, o circuito será um evento anual. – LF

Parceria de sucesso

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O cardápio dos quitutes praianos será incrementado neste verão. O Las Empanadas, simpático bar da Rua Dias Ferreira, começa a fazer entregas na Praia do Leblon, mais especificamente no trecho de areia entre os postos 11 e 12, das 14h às 18h. O serviço vale apenas para os sábados e domingos. Carne picante e queijo com cebola, os sabores mais típicos, são os mais pedidos. Será que a iguaria com sotaque argentino consegue fazer frente ao tradicional biscoito Globo? – JD

Delivery nas areias

Encomendas pelo tel. 21 3344-2025

haight.com.br

Beachwear urbanoDepois de integrar o time de criadores da Ausländer, a estilista Marcella Franklin está dando o que falar com a sua Haight. Ela aposta em modelagens nada tradicionais para fazer um beachwear autêntico, mais urbano. A matéria-prima favorita é o neoprene, que faz uma ligação com o universo do surfe e do mergulho. A proposta dos bodies, hot pants e maiôs de manga são para fazer bonito não só à beira-mar, mas em bares e até festinhas. A coleção Gota em Mar foi apresentada em um desfile no Píer Mauá (foto), durante o Fashion Business. – JD

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Sempre em frente Há mais de 12 anos no mercado, a casa de eventos Estação São Paulo se prepara para uma fase – ainda mais – autêntica e versátil

A localização é privilegiada, entre a Ave-nida Brigadeiro Faria Lima e a Marginal Pinheiros, em São Paulo. Unem-se a isso um marcante casarão dos anos 1950, com 730 metros quadrados, reformado, e a vontade de transformar ideias em projetos criati-vos com ambientações inesquecíveis. Já dá para entender por que a Estação São Paulo deu tão certo e, constantemente, é sede dos eventos mais badalados da cidade. “Com originalidade, restauramos e modernizamos esse antigo imóvel para oferecer uma nova proposta de festa num mercado, até então, bem carente. Mesmo assim, buscamos man-ter ao máximo suas características originais”, revela Luciana Baptista Philipp, sócia do espaço ao lado de Roberto Eid Philipp.

Acostumada a receber clientes internacio-nais de peso, como Chanel, Facebook e Adi-das, a casa aposta no bom gosto e na experiên-cia para atender eventos de 400 convidados sentados durante um jantar ou 600 convida-dos em pé – para um coquetel. A palavra de ordem é versatilidade. Seja num casamento, numa cerimônia, num evento corporativo ou aniversário, o proprietário Roberto e sua equipe garantem um serviço impecável do começo ao fim. “Nossa ideia é oferecer a opor-tunidade de clientes exigentes realizarem seus eventos com elegância, tudo isso envol-vido em um lifestyle bacana e uma infraestru-tura adequada”, afirma.

Multifuncional, a casa ainda possui uma galeria de arte no piso superior (Galeria Estação) especializada em arte brasileira. Depois de uma reforma de dois anos, o espaço reabre embalado pela renovação conceitual da marca e lança com exclusi-vidade o modelo pocket. Descubra a seguir, esta e outras novidades. F

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É festa—Com identidade própria, a Estação São Paulo oferece infraestrutura completa, seja para um casamento, aniversário ou evento corporativo

Em 12 anos de eventos, quais foram os momentos mais marcantes do espaço? Fizemos importantes lançamentos de pro-dutos, palestras e festas de marcas interna-cionais como as já citadas Chanel, Adidas e Warner, além de Google e Under Armour.

Qual é a essência da Estação São Paulo? Com certeza é autenticidade. Para nós cada cliente é único.

E o que ele pode esperar da experiência Estação São Paulo? Uma proposta descolada com resultado moderno, despretensioso e elegante.

Conte um pouco mais sobre o modelo pocket que vocês estão lançando agora no mercado... Há um ano, sentimos necessidade de aten-der a um mercado de clientes mais práti-cos. Decidimos propor, então, um espaço redimensionado, para atender uma festa menor e adequada a um público de até 150 convidados, mantendo nosso serviço impecável do começo ao fim.

Estação São PauloRua Ferreira de Araújo, 625Pinheiros , São Paulo (11) 3813-6355estacaosaopaulo.com.br

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Viajar de avião pode se tornar, muitas vezes, uma jornada longa, cansativa e entediante. Pensando em driblar as horas a fio enfrentadas pelos passageiros que vão para o exterior, a Azul acaba de estrear seu primeiro Airbus A330. Recém--chegada ao Brasil, a aeronave da companhia faz voos para Fort Lauderdale, em Miami, e traz inovações imperdíveis nos sistemas de entretenimento e iluminação a bordo.

Com 242 poltronas, o airbus A330 se divide em três classes: a Azul Xtra Business Class, a Economy Xtra e a Economy. Sinônimo de qualidade e conforto, a primeira oferece cama privativa, televisão 16 polegadas com tela touch screen e controle remoto. No cardápio, há opções de carnes, massas, saladas, queijos e pratos queridinhos pelos brasileiros, como o strogonofe. Na hora do café da manhã, vale se deleitar com os pães, frutas, iogurtes, geleias e cereais.

As classes Economy Xtra e Economy também ofe-recem uma experiência de voo exclusiva e confortável com ótimo espaço para as pernas. Os assentos são reves-tidos de couro, e o sistema de entretenimento tem TV de 9 polegadas e modo de manuseio por toque. Assim como na Xtra Business Class, elas dispõem de tomadas 100 volts e telas com entrada USB para quem precisar carregar dispositivos móveis.

A espetacular viagem no AA30 fica ainda mais completa com o snack bar situado no interior do avião. No espaço, que fica entre a primeira classe e a executiva, há guloseimas como biscoitos, bolos e doces. Os passageiros também podem solicitar a carta de vinhos, que contempla rótulos originários do Chile, da Argentina, de Portugal e da Itália.

Para finalizar a experiência, a Azul desenvolveu um sistema de iluminação especial que é responsável por criar diferentes moods em cada momento da viagem. No embar-que e na decolagem, por exemplo, os comissários acionam a luz verde. Já durante as refeições, disparam a bege, e, ao amanhecer, aparecem as cores vermelho e amarelo, que remetem ao nascer do sol.

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Linha direta

A companhia aérea Azul acaba de apresentar seu primeiro Airbus A330. Com interior completamente novo, o avião recém-chegado ao Brasil promete ser a sua melhor opção de voo para Miami

POR | Isabela Giugno

Conforto — A espaçosa e confortável classe executiva do A330 dispõe de cama privativa e outras inovações imperdíveis

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Renove sua casa.

Móveis, objetos, tecidos e papel de parede.

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São Paulo | Rio de Janeiro | Náutica | Revendas

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Espírito de porcoO chef Jefferson Rueda, ex-Attimo e Pomodori, investe em casa no centro de São Paulo com menu que disseca a carne suína

POR | Marcelo Katsuki

O centro de São Paulo está mais divertido. Aberta há pou-cos dias, a Casa do Porco tem reunido um grupo eclético e animado em sua calçada. São artistas, universitários, famílias, boêmios, empresários, tudo bem ao gosto do cen-trão. “Meus antigos clientes estão atravessando a Paulista para vir para cá”, comenta Jefferson Rueda, chef-proprie-tário do restaurante, referindo-se aos habituês de outros locais onde trabalhou, como o Attimo e o Pomodori.

Rueda conta que em, 20 anos de profissão, nunca viu algo parecido. “Nós abrimos a casa ao meio-dia e já tem fila na porta. Em poucos minutos o salão está tomado.” À noite o fenômeno se repete, até a hora do fechamento. “Para conseguir uma mesa sem espera, só chegando no meio da tarde”, comemora. F

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Na brasa—A cozinha é aberta para o salão e ostenta dois fornos onde os porcos são assados inteiros por oito horas

Força—A decoração criada por Herbert Holdefer combina materiais como madeira, ferro e concreto, aliando funcionalidade a uma ambientação brutalista

“O porco San Zé é servido com tartar de banana, couve, farofa e tutu de feijão ou cuscuz. As pessoas fazem uma celebração ao porco. Já servi até a cabeça”

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O motivo de todo esse rebuliço? Um chef talentoso e criativo, um menu atraente nos pratos e nos preços, um ambiente bonito, sem afetação, e clientes com uma paixão em comum: o porco, última proteína lançada ao status de estrela no mundinho gastronômico. “Tenho recebido muitos grupos que experimentam todo o cardápio, das en-tradas ao porco San Zé. Eles promovem uma celebração ao animal. Já servi até a cabeça”, conta Rueda.

O porco San Zé, aliás, foi o grande impulsor do projeto da casa. Mas, até chegar lá, o chef percorreu um longo caminho. Jeffinho, como é conhecido, começou a vida como açougueiro em São José do Rio Pardo, onde apren-deu a manipular carnes e a selecionar cortes desde jo-vem. Em sua infância, participou várias vezes do abate do porco nas festas da família. Esta memória afetiva fez com que ele resgatasse o preparo do porco à paraguaia, mas com um toque pessoal, desossando o animal e deixando--o marinar por 24 horas antes de ser levado à brasa.

A receita foi um sucesso e o porco, batizado de San Zé em homenagem à cidade natal do chef, passou a frequen-

Em casa—Jefferson Rueda comemora 20 anos de profissão realizando o sonho de ter seu próprio restaurante – e pertinho da família

tar as feiras de comida de rua, sendo também servido em concorridos eventos de gastronomia. Foi em um desses encontros, mais precisamente no do G11, grupo formado por 11 dos mais importantes chefs do mundo, que Ferran Adrià, do extinto el Bulli, encantou-se com o prato e não poupou elogios. Jeffinho percebeu que tinha um tesouro nas mãos, e investir em um negócio próprio iria na dire-ção dos seus planos para o futuro.

Da saída do restaurante Attimo, onde dedicara qua-tro anos de trabalho ao lado do restaurateur Marcelo Fernandes, até a abertura de sua própria casa, foram pouco mais de três meses. E o resultado valeu a pena. O projeto arquitetônico foi concebido por Herbert Holdefer e alia cores fortes e modernidade a um conceito brutalista. Madeira, ferro e azulejos brancos compõem o cenário por onde desfilam copos e pratos de pedra e travessas feitas com cortes de troncos de árvore. Arrematando a decoração, a imagem do porco, presente em todos os lugares e de todas as formas. Quadros, bonecos, paliteiros e galheteiros, a maioria disposta em um nicho sobre a abertura da cozinha, presentes de amigos que já visitaram a casa.

O menu é monotemático, mas longe de ser monóto-no. Há porcopoca, pururuca servida com sal de especia-rias, ceviche do pé e do rabo do animal e até torresmo de panceta lambuzada de goiabada. Algumas versões de pratos asiáticos brilham no cardápio, como o missoshi-ru de porco com torresmo, pork bun, o pão chinês com panceta e pimenta fermentada, e o lámen, que tem receita artesanal preparada com exclusividade por um masseiro da Liberdade. Tem ainda um surpreendente sushi de papada de porco com tucupi preto, que lembra unagui, o sushi de enguia. Mas a grande vedete da casa é o porco San Zé, assado lentamente e servido com cou- F

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“Este restaurante é um filtro de tudo o que fiz nos meus 20 anos de profissão e onde ofereço tudo o que gosto de cozinhar e de comer”

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ve, tartar de banana e tutu de feijão ou cuscuz. A carne se desmancha ao toque do garfo e a pele, crocante, é disputada pelos comensais. Rueda revela servir cerca de 100 quilos do porco San Zé por dia, que somam três toneladas de carne por mês só com este prato.

Outro mérito da Casa do Porco é seu caráter multi-funcional. O local dispõe de bar, restaurante, açougue, mercearia com produtos como farinha e pães feitos na casa. Uma abertura junto à calçada oferece sanduíches de porco para viagem, chegando a vender mais de 200 unidades diariamente. Para a produção de pães e a criação das sobremesas foi recrutada a chef confeiteira Saiko Isawa, parceira de Rueda nos tempos de Attimo. Michelly Rossi comanda o bar, sendo responsável pela carta de drinks que oferece de rabo de galo a dry martíni.

Rueda quer desmistificar o animal. “O restaurante é um lugar democrático. Nossa proposta é acabar com o preconceito contra o porco e oferecer comida simples, mas de qualidade, muitas para se comer com a mão. O cardápio tem uma única folha, mas lá estão minhas comidas preferidas”, conta Rueda, apontando para seu prato favorito dentre todos: o chispe, stinco com o pé do animal. “Este lugar é um filtro de tudo o que fiz nos meus 20 anos de profissão e onde ofereço tudo o que sempre gostei de comer e de cozinhar nesse período”, finaliza. Não tinha como não ser bom.

Rua Araújo, 124, República, São Paulo

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M O D A | M A S C U L I N A

Sempre é bom apostar em uma combinação de cores, mas, para ficar numa zona segura, é interessante que elas sejam sóbrias e neutras, como as da foto ao lado. O paletó é uma peça-curinga na qual vale muito a pena inves-tir, assim como em um bom sapato, como esse monk-strap, que faz toda a diferença no visual.

A gola rulê é um clássico que vai bem do visual mais social até o mais casual. Usada com uma calça de alfaiataria, como a da foto acima, proporciona um ar mais arrumado. E a opção do tênis sai do óbvio e deixa o vi-sual mais moderno. Mas, atenção na hora de escolher o tênis: nada de usar os de corrida! Vale optar por um mais retrô ou um básico branco, estilo All star.

Os looks da vez

POR | Stephanie Marie Eli (@carbonouomo)

CORES SÓBRIAS

UM ROLÊ

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Confira a seleção mais cool da temporada pelos olhos da turma do @carbonouomo

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Painel Crochet & Tricot

Detalhe: Painel Crochet & Tricot

Malha Metálica

Cortina Silhouette® Luxa�ex Persiana de Madeira Cortina de Tecido Tradicional

Detalhe: Painel Crochet & Tricot Malha Metálica

Toldo Vertical

ALT Anuncio MADE OUT 22x29 SET 15.pdf 1 25/09/15 17:45

DIVISORES DE AMBIENTES: A Arthur Decor e Srta. Galante desenvolvem em parceria um novo produto para quem prima pela escolha de elementos naturais e sustentáveis, além da exclusividade do trabalho 100% artesanal. Com diversas opções de tramas e �os, os painéis podem ser aplicados em áreas internas e externas como divisor de ambientes ou item decorativo.

Cobertura Retrátil Toldo de Avanço

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Azul-marinho é a cor da vez! E fica lindo quando usado assim, com o look todo na cor. Uma opção que deixa o terno automatica-mente mais cool é a camisa jeans – ela sem-pre dá um ar mais despojado. E reparem no sapato mocassim, que deixa o visual retrô e mais estiloso.

TON SUR TON

Paletó bem cortado não tem erro. Bege é uma cor que vai com tudo e ótima para ser usada de dia. A escolha da gravata listrada com a flor no detalhe deixa o visual mais cool. Mas para funcionar, é importante que as outras peças se-jam mais sóbrias. Aliás, os ingleses são craques em fazer esse tipo de combinação, misturando peças clássicas com outras inusitadas.

MISTURE

Uma ótima opção para se usar no lugar do terno: paletó e calça social em cores distin-tas (foto ao lado). A camisa jeans combina perfeitamente com o paletó azul e a calça off-white. E o lenço pode ser usado no lugar da gravata ou no bolso do paletó.

SUTILEZA

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Balneário Camboriú • Belo Horizonte • Belém • Brasília

Campinas • Florianópolis • Fortaleza • Goiânia • Manaus

Natal • Porto Alegre • Recife • Ribeirão Preto • Rio de Janeiro

Salvador • São Paulo • Uberaba • Uberlândia

macdesign.com.br folk

lore

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Bons ventos trazem

Chaise Haruko

macdesignbrasil macdesignbr

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H O T S P O T | N O VA YO R K

Manhattan ConnectionO arquiteto e urbanista Dado Castello Branco é apaixonado por Nova York e criou para Made um roteiro para quem quer curtir o melhor da Big Apple

1 Central Park Se quiser fazer uma caminhada, um piquenique com

amigos ou passar uma tarde sob o sol, visite o parque.

Imenso, ele se estende por uma área de 843 acres e

abriga lagos, trilhas, campos e pistas de patinação

no gelo. Perfeito para qualquer estação do ano.

centralparknyc.org

2 Gagosian Gallery A galeria de arte dirigida por Larry Gagosian conta

com 14 espaços espalhados pelo mundo. Abriga

obras de artistas como Picasso e Roy Lichtenstein.

gagosian.com

3 The Spotted Pig Vale passar no espaço, situado no West Village,

para provar o hambúrguer com queijo roquefort,

que é o carro-chefe da casa.

thespottedpig.com

POR | Isabela Giugno

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4 Taschen Visite o número 107 da Greene Street e conheça

a loja da editora Taschen, local coloridíssimo que

abriga livros de arte, cinema, design e arquitetura.

Programa cultural imperdível na cidade!

taschen.com

5 Tamarind Tribeca O restaurante fica no bairro de Tribeca, em um prédio

de esquina no estilo art déco. Oferece pratos com

inspiração indiana e preparados com flor de lótus,

como os bolinhos com batatas e chutney de menta.

tamarindrestaurantsnyc.com

6 Espasso Fundada pelo paulistano Carlos Junqueira, a

loja é especializada em móveis modernos e

contemporâneos brasileiros de nomes como Sergio

Rodrigues, Carlos Motta e Etel Carmona.

espasso.com

7 Bergdorf Goodman Considerada uma das lojas de departamentos mais

luxuosas e sofisticadas da cidade. O endereço

da 5ª Avenida reúne roupas, joias, acessórios e

produtos de beleza de grifes como Prada, Christian

Louboutin, Fendi, Lanvin e Chanel.

bergdorfgoodman.com

8 Hotel Loews Regency O hotel fica na Park Avenue e é conhecido por sua

sofisticação. Com 379 quartos e 58 suítes, destaca-se

pelo fitness center equipado com esteiras e máquinas

de musculação. Para relaxar, visite o Julien Farel Spa.

loewshotels.com

9 Yancey Gallery Fundada em 1995, a galeria exibe trabalhos de fotógrafos

dos séculos 20 e 21 e obras de profissionais emergentes,

como Bryan Graf, Zanele Muholi e Victoria Sambunaris.

Há também fotografias clicadas por nomes aclamados,

como Sebastião Salgado e Robert Mapplethorpe.

yanceyrichardson.com

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A hora e a vez deles

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POR | Isabela Giugno e Laís Franklin

01 EMPORIO ARMANI

Escape do frio e incremente o visual com a jaqueta da Emporio Armani. Feita de couro de cordeiro, confere sofisticação extra ao look. armani.com

Outono/inverno 2015-16

02 CAROLINA HERRERA

Batizada de Vendôme em homenagem à famosa praça situada no 1º arrondissement de Paris, a bolsa foi fabricada manualmente. Feita de couro, é chic, leve e muito charmosa. carolinaherrera.com

Coleção La Place

04 RALPH LAUREN

Vai viajar? Acomode os pertences no interior da espaçosa Duffle Bag. A mala da Ralph Lauren integra e linha Ricky e é feita de couro marrom. ralphlauren.com

Outono/2015

05 LOUIS VUITTON

Parte da coleção permanente da maison francesa, o modelo aparece em cano alto e abusa dos diferentes tons de marrom. É perfeito para uma caminhada pela cidade. louisvuitton.com

Derby

03 HERMÈS

Feito de cristal de safira e aço inoxidável, o modelo pode vir com a caixa em dois tamanhos distintos: 38 mm ou 42 mm. Tem display de retina e pulseira com volta única de couro de bezerro. hermes.com

Hermès Apple Watch

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07 BANG & OLUFSEN

Mais uma vez, a marca inova no quesito som de qualidade. Com função bluetooth e comandos sensíveis ao toque, o destaque está no sistema noise canceling aliado ao design leve e elegante. bang-olufsen.com

BeoPlay H8

09 IWC

Lançado em comemoração aos 75 anos do relógio, a nova versão de platina e pulseira de couro de crocodilo mantém o icônico desenho clássico dos anos 1930.iwc.com

Portugieser Calendário Perpétuo

08 TOD’S

O destaque vai para as bolsas desta temporada: mais funcionais, grandes e feitas com um couro ultraleve. Para querer já.tods.com

Outono/inverno 2015-16

06 ERMENEGILDO ZEGNA

Reconhecida pelos impecáveis ternos de lã, a grife italiana lança acessórios elegantes para compor o visual. A pasta da linha Sartoria é feita de couro marrom e não pode ficar de fora da sua wishlist. zegna.com

Pasta de couro

10 RIMOWA

Disponível em três cores, a combinação de alumínio e policarbonato da marca garante o design digno de primeira classe. rimowa.com/pt-br/

Business

11 BURBERRY

Sabe aquele item curinga no guarda-roupa? Este sapato é um deles: fabricado de couro, é elegante e atemporal. Tem que ter. br.burberry.com

Outono/inverno 2015-16

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A R T E | M E R C E D E S - B E N Z

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automobilismo em foco

Da criação em si a modelos ainda nem lançados no mercado, conheça a história do carro pelas lentes do museu da Mercedes-Benz

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Do design contemporâneo aos mais de 1.500 veículos expostos, tudo fascina no museu da Mercedes, único do mundo que reúne 125 anos de história automo-bilística. São nove andares, com área total de 16.500 metros quadrados, em Stuttgart, na Alemanha.

O prédio foi inaugurado em maio de 2006 e tem projeto do escritório holandês UNStudio. Aqui, a arte é explorada em todos os sentidos e o apelo do design é tanto que o museu reservou as sextas-feiras para ofere-cer um tour focado na arquitetura do espaço.

Logo no lobby, nos deparamos com uma estrutura em forma de hélice no centro do edifício (que remete ao genoma do DNA humano) e, a partir dela, você pode fazer dois tours. O primeiro (Legend Rooms) é dividido em sete partes e mescla a história cronológica da marca alemã com a do automobilismo, passando por pontos importantes como a invenção do carro no fim do século XIX, o começo da marca Mercedes (1900-1914) e o milagre pós-guerra em meados de 1950. Não são esquecidas também a história dos carros de corrida e as relações entre os veículos e o meio ambiente, assunto muito discutido desde a década de 1960.

Já o segundo, Collection Rooms, convida o vistante a fazer uma interativa volta no tempo e mostra a diversi-dade da marca, passando por carros icônicos de viagem, na Gallery of Voyagers, e pelos táxis, caminhões de bom-beiro e ônibus da Gallery of Helpers. Você também pode ver carros marcantes de celebridades na Gallery of Cele-brities. O mais legal é que, pelo formato circular do edifí-cio, os tours se cruzam, então você pode mudar do Legend para o Collection a qualquer momento, ou passear pelos dois. O museu Mercedes-Benz também tem com 1.300 metros quadrados dedicados exclusivamente aos modelos mais tecnológicos da marca, além de exposições especiais como a do veículo experimental C 111. Sucesso absoluto, o espaço já foi visitado por mais de 6 milhões de pessoas.

Pit-stop—Acima, a fachada do Mercedes-Benz Museum, em Stuttgart, na Alemanha. Na página anterior, em sentido horário, o modelo Rennabteilung; um dos modelos antigos expostos no Tour Legend; detalhe de um dos andares do museu; ala dedicada aos carros tecnológicos da marca; visão a partir da área externa; sala de abertura do Tour Legend

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R E L Ó G I O | J A E G E R - L E C O U LT R E

Questão de tempoO francês Janek Deleskiewicz, designer e diretor artístico da Jaeger-LeCoultre, é o talento por trás dos relógios da grife suíça. Em bate-papo com Made, ele fala sobre a tradição da marca em unir excelência e sofisticação

Referência mundial em alta relojoaria, a Jaeger-LeCoultre desenvolve modelos que combinam técnicas primorosas e design elegante. Quais são os outros diferenciais da grife?Nós somos movidos pelo desejo de criar peças espetaculares e, se você examinar nossos modelos, perceberá que eles transmitem emoção. Eu sempre digo que são muito mais do que simples relógios. São peças únicas e inconfundíveis e fica evidente que foram criados pela Jeager-LeCoultre. Além disso, nossos produtos apresentam conforto máximo e os considero verdadeiras obras-primas.

A grife cria relógios manufaturados desde 1883. Você pretende levar inovação e tecnologia aos modelos dessa marca tão tradicional?Nos nossos relógios, a tecnologia não é o mais importante. Durante o processo de criação, focamos sempre no cliente e no que ele espera de nós. Por isso discutimos, vez ou outra, maneiras de conferir inovação às peças. Mas por enquanto não é o nosso foco, já que desejamos muito mais criar modelos espetaculares do que produtos modernos.

Janek, sabemos que um dos seus hobbies é tocar sa-xofone e que você é fã de artistas como Andy Warhol e Roy Lichtenstein. Quais são as suas maiores fontes de inspiração e como você se mantém em contato com o seu lado criativo?Ouvir música é uma prática que me mantém muito inspirado e em contato com o meu lado criativo. Eu sou apaixonado por ópera e sempre que posso me reúno com amigos para tocar jazz. Além disso, adoro viajar pelo mundo e muitas das minhas referências vêm das viagens que faço. Um dos lugares que sempre visito é a Suíça, onde está localizada a fábrica da Jaeger- LeCoultre.

POR | Isabela Giugno

Tempo de criar—Acima, o francês Janek Deleskiewicz, diretor artístico da grife Jaeger-LeCoultre

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Encante-se com as escolinhas de artes, clínicas de Tênis, sala de games e monitores de lazer oferecidos pelo hotel para tornar o feriado ainda mais inesquecível. Aproveite os passeios disponíveis no parque e aventure-se!

Sua família vai lembrar para sempre dessa experiência exclusiva no único hotel dentro do Parque Nacional do Iguaçu.

DESFRUTE OS FINAIS DE SEMANA E FERIADOS EM UMA DAS

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APROVEITE EM FAMÍLIA PASSEIOS EXCLUSIVOS NAS CATARATAS DO IGUAÇU

Para reservas acesse o site belmond.com/hoteldascataratas ou ligue para (21) 2545 8878

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N O A R | P R I M E I R A C L A S S E

Um investimento bilionário empregado pela Delta Airlines deu origem à exclusiva cabine recém-lançada pela companhia aérea. Agora, quem viaja nos aviões da empresa pode desfrutar de um passeio aconchegante e muito confortável.

O espaço, que equivale à primeira classe, oferece um menu recheado com refeições ins-piradas em sabores italianos e sul-americanos. Para quem tem restrições alimentares, há 17 opções especiais de comida vegana, kosher e gluten-free. Há ainda vinhos selecionados pela sommelière estrelada Andrea Robinson e cafés fresquinhos da Starbucks, já que neste ano a rede firmou uma parceria com a companhia aérea. Se a fome for muita, solicite o serviço rápido e receba os pratos antecipadamente.

pt.delta.com

Repaginados para oferecer mais espaço no bagageiro, acesso mais rápido à wi-fi e assentos impecáveis, os aviões que abrigam a cabine Delta One trazem excelentes opções de entretenimento. Por isso, aproveite para passar o tempo assistindo a filmes gratuitos, séries ou ouvindo música. Basta um toque na televisão com tecnologia touchscreen para tornar o seu voo muito mais divertido!

Um parêntese: quem optar pelos serviços da Delta One também pode usufruir do bene-fício Sky Priority, que permite a passagem rápida pela segurança.

A experiência de voo na novíssima cabine é coroada com os confortáveis assentos-camas revestidos pelos lençóis da marca Westin Heavenly Bed. Em viagens com duração superior a 12 horas, há travesseiros especiais para a região lombar do corpo. Pode ter cer-teza: você vai se sentir nas nuvens!

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Cinco estrelas—

Entre as mordomias a

bordo, 17 opções de comida vegana, kosher e gluten-free, vinhos selecionados, cafés da Starbucks e

lençóis da marca Westin Heavenly Bed

Alto e bom vooComodidade e conforto definem a experiência na Delta One, nova cabine da Delta Airlines, que oferece serviço premium para quem busca uma viagem inesquecível

POR | Isabela Giugno

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V I A G E M | P E R U

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Epicentro místico e eldorado gastronômico das Américas, o Peru ainda guarda segredos, sabores e tesouros sagrados que vão além do ceviche e de Machu Picchu

POR | Hermés Galvão, do Peru

O VIZINHO DO LADO

À primeira vista, o Peru é um choque cultural e tér-mico. Seus extremos sociais e geográficos impedem a passagem de viajantes abismados que não colocam o pé para fora de casa sem um guia de bolso na mão. Tornou-se de maneira orgânica e acidental destino preferencial de quem já não se encanta com prazeres e paisagens do mundo ao alcance do luxo – tampouco se incomoda com as intempéries que fogem de qualquer roteiro traçado por agências e revistas de bordo.

Enganam-se também aqueles que imaginam o país um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco, como nós, de costas para os vizinhos e de frente para o que vem do outro lado do Atlântico; surpresa é que nosso “boy next door” vive o clímax de sua verdade andina, orgulhoso de sua latinidade. Campesino, caó-tico, ancestral e moderno, balaio de nativos, invaso-res e imigrantes, o Peru agradece a sua visita com um fuzuê de sentidos e sabores que lembra a graça da vida de cabeça para baixo do Marrocos e da Índia.

Existe qualquer coisa na terra que finca o pé e faz a gente querer ficar além do mais. A vibração que vem do chão, desde as margens do Pacífico até as alturas dos Andes e na selva que cresce indócil na Amazô-nia, desperta-nos para sua história, que nasceu antes

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daquela que conhecemos – os incas foram mais um no meio da multidão de civilizações que povoaram a região e deixaram suas marcas para a posteridade que hoje não só refaz, mas reforça a identidade por meio da gastronomia e do folclore. Está tudo lá, à flor da pele, na alma, para experimentar de perto.

Não se avexe não, ao desembarcar em Lima, carre-gada de cinza no céu e no mar, úmida e esparramada pela costa em seu desengonço urbano. Com seus 10 milhões de habitantes em transe sutil entre o exótico e o neurótico, a capital peruana pode, e deve, ser uma jornada livre de expectativas. A surpresa está onde menos se espera e de repente, virando à esquerda e se esquivando ao máximo dos carros de outro século que correm por um fio do maior engavetamento das galá-xias, somos transportados para um universo paralelo, onde o barroco espanhol se mistura à nova arquitetura em bairros embebidos em boemia que nos recordam boas histórias de Mario Vargas Llosa.

Em Miraflores e San Isidro, estão os bares e res-taurantes que colocaram a noite limenha no roteiro gastronômico internacional. A passos de distância, os festejados Central, número quatro do mundo, com seu menu que explora toda a biodiversidade local a par-tir do controle vertical do solo; o emblemático Astrid

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Pedregulho—Ao lado, vista de Machu Picchu a partir da Puerta del Sol; abaixo, café da manhã oferecido aos hóspedes do hotel Sumaq, em Machu Picchu, e ambiente de estar da hospedagem Inkaterra La Casona, em Cusco

NA PÁGINA ANTERIOR História—Acima, templo de Qorikancha e Convento de Santo Domingo, em Cusco; abaixo, as ruínas de Machu Picchu. No detalhe, peruanas vestidas com trajes típicos, a caminho da Parada Folclórica, em Cusco

NA DUPLA DE ABERTURA Salinas—Vista geral das Salineras de Maras, na região do Vale Sagrado dos Incas, onde é produzido sal para consumo medicinal e culinário

Campesino, caótico, ancestral e moderno, balaio de nativos, invasores e imigrantes, o Peru agradece a sua visita com um fuzuê de sentidos e sabores

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V I A G E M | P E R U

Em Miraflores e San Isidro, estão os bares e restaurantes que colocaram a noite limenha no roteiro gastronômico internacional

Rochedo—Ao lado, o salão do restaurante Astrid y Gastón, do chef Gastón Acurio, em Lima; abaixo, templo inca na cidade de Ollantaytambo, no Vale Sagrado

y Gastón, de Gastón Acurio, responsável por intro-duzir o ceviche no cardápio global; e o Maido, espe-cializado em cozinha nikkei, casamento da culinária peruana com a japonesa. Sem estrelas Michelin para contar, as biroscas que servem pratos Chifa, mistura bem-sucedida da cozinha chinesa com a peruana, comprovam a tese de que por ali qualquer portinha serve boa comida – a máxima já não se aplica a Paris ou Roma. Chefs ou quituteiros têm à disposição os melhores peixes de que se tem notícia (graças às cor-rentes marítimas, o Peru tem o litoral mais produtivo do planeta), riquíssima variedade de batatas (são mais de três mil tipos), quinoa, chás (atentem para a menta andina, chamada de muña), além de 55 varie-dades de milho – agradecemos aos incas, que, em vez de fazerem guerra, dedicavam seu tempo ao desenvol-vimento de técnicas agrícolas. A prova: não se veem fortalezas, armas ou adereços de defesa em nenhuma ruína ou objeto incaico, mas indícios de que estuda-vam e colocavam em prática novas formas de plantar e colher para conquistar outros povos pelo estômago.

Resistem ao tempo e ao vento construções pré- colombianas erguidas ao pé da Cordilheira. Machu Picchu é apenas uma delas e, longe de ser a mais energética do pedaço – apesar de ter entrada restrita

a 2500 visitantes por dia, ainda assim é um Deus (ou Krishna, Buda, você escolhe) nos acuda tamanha quantidade de guias, excursões e, sim, paus de selfie que fariam todo xamã acordar na mata. Nada que uma trilha pirambeira acima não resolva. Basta caminhar dez minutos para encontrar a paz de espírito que o lugar oferece. Surpreende, lógico, pela grandiosidade e pelo estado de preservação (ela só foi descoberta em 1911 pelo aventureiro havaiano Hiram Bingham), mas são os sítios às voltas da velha cidade, no Vale Sagrado, que merecem especial atenção.

Urubamba, Maras, Ollantaytambo e, a principal delas, Cusco – em quéchua, o umbigo do mundo (e tome chá de folha de coca para rebater os efeitos de seus 3200 metros de altitude) – guardam tesouros arqueológicos e revelam às almas mais sensíveis um astral fora do comum. Escadarias, celeiros, templos, círculos formados entre montanhas (seriam os deu-ses astronautas?), povoados, onde se vive da mesma maneira e com o que se tinha desde quando todo dia era dia de índio, despertam o visitante para o básico e fazem pensar no simples da vida. Eis o espírito da coisa, o motivo maior de uma viagem que se torna mística até para quem ainda acredita que, para ser sagrada, tem que ser longe, tem que ser ashram. F

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SERVIÇO

Como chegarDiversas companhias aéreas oferecem voos diretos de capitais brasileiras para Lima. Saindo de São Paulo, a duração do trajeto é de aproximadamente cinco horas.

Onde ficarCountry Club, em Limahotelcountry.com

Inkaterra, em Cuscoinkaterra.com

Sumaq, em Machu Picchumachupicchuhotels-sumaq.com

Onde comerCentral, em Limacentralrestaurante.com.pe

Astrid y Gastón, em Limaastridygaston.com

Maido, em Limamaido.pe

Natureza—Acima, vista da entrada principal de Machu Picchu. No alto, salão do hotel Country Club, em Lima, e o chef Virgilio Martínez preparando um prato em seu restaurante, o estrelado Central, em Lima

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POR | Laís Franklin

NOVEMBRO PEDE Elegemos os principais lançamentos do mês para deixar você – ainda mais – elegante

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Light pink relógio Jaeger-LeCoultre jaeger-lecoultre.com;

vestido Burberry br.burberry.com; bolsa Louis Vuitton br.louisvuitton.com; sombra líquida Dior dior.com; pulseira Epiphanie epiphanie.com.br;

bolsa Goyard goyard.com; bolsa Gucci gucci.com

Ponto de brilho bolsa Coach brazil.coach.com; blazer Emporio Armani armani.com;

brinco Silvia Furmanovich silviafurmanovich.com.br; brinco Cartier cartier.com.br; relógios Hermès para Apple apple.com/br;

espadrilha Chanel chanel.com

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Crème de la crèmerelógio Jaeger-LeCoultre jaeger-lecoultre.com;

óculos Salvatore Ferragamo para Farfetch farfetch.com; gola Emporio Armani armani.com; perfume Dior dior.com; casquete Hermès hermes.com; maletas Montblanc montblanc.com;

pulseira Louis Vuitton louisvuitton.com

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Dose de estilochaveiro Ralph Lauren ralphlauren.com; bicicleta Velosophy velosophy.com.br;

relógio Vacheron Constantin vacheron-constantin.com; sapato Dolce & Gabbana dolcegabbana.com;

pulseiras Guerreiro guerreiro.com

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“Dinheiro na crise vale o dobro”. A frase virou uma espécie de mantra motivacional para Frederico Reder, empresário carioca de apenas 31 anos, famoso pela mais saudável das obsessões (no Brasil quase uma idiossin-crasia): construir teatros no País. Desde que revitalizou, em 2012, o Tereza Rachel, teatro histórico sediado em Copacabana, Reder ignorou a falta de liquidez no mercado e passou a abrir um teatro atrás do outro, tornando-se um dos empreendedores culturais mais bem-sucedidos do Brasil. Dono também do Theatro Net São Paulo, que funciona dentro do Shopping Vila Olímpia, o empresário tem aproveitado a queda no preço dos imóveis para fazer novos negócios.

Na contramão da maioria dos investidores, que se apavora diante do recrudescimento da crise econô-mica, Reder vai às compras: adquiriu recentemente a casa de shows Terra da Garoa, na Avenida São João,

no centro de São Paulo, e se prepara para construir no-vos teatros, dois em shoppings considerados popula-res, o do Tatuapé, em São Paulo, e o de Bangu, no Rio, ambos com nenhuma ou pouca tradição em receber espetáculos cênicos. É justamente esse desafio que move Reder. Se bem que ele nem considera uma tarefa árdua levar o biscoito fino para as massas. “Para mim, não faz diferença construir um teatro na Vila Olímpia ou em Bangu. Coloque um show da Cláudia Raia na periferia para ver se não lota todos os dias”, diz.

Seu sonho é erguer um espaço no meio da Rocinha, a maior favela do Brasil. “Quero ajudar a derrubar pre-conceitos. Quem foi que disse que a classe C só gosta de coisas que empurram para ela?”, pergunta, com um olhar imperativo de quem fala com propriedade.

Nascido em São Gonçalo, subúrbio do Rio, Reder é apaixonado por teatro desde a infância. Estreou como ator aos 9 anos de idade, numa peça encenada na escola onde a mãe trabalhava. Neto de uma cantora de seresta e sobrinho de uma artista plástica e professora de artes, também teve breves experiências como ilu-minador, cenógrafo e figurinista – aos 15 anos dirigiu

NOS BASTIDORESAos 31 anos empresário carioca abre diversos teatros no Brasil e prova ser um dos empreendedores culturais mais importantes do País

POR | Tom Cardoso FOTOGRAFIAS | José Bassit

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“Não faz diferença construir um teatro na Vila Olímpia ou em Bangu. Coloque um espetáculo da Cláudia Raia na periferia para ver se não lota todos os dias”

Ação—No alto, cenas do musical Constellation – Uma Viagem Musical pelos Anos 50 e, ao lado, a peça E aí, Comeu?, ambos patrocinados por Frederico Reder; no centro, o empresário no Theatro Net São Paulo, que mantém em parceria com o canal de assinaturas

a primeira peça e, aos 18, fez tudo sozinho, cuidando de todas as frentes que envolvem a produção de um espetáculo, já mostrando a vocação empreendedora. O empresário passou a engolir o ator, hoje aposentado.

Enquanto conversava com a reportagem de Made, do amplo escritório erguido dentro do próprio Theatro Net São Paulo, de onde costuma comandar, sempre com um bom humor juvenil, uma equipe de jovens funcionários, Reder estava próximo de encarar uma nova empreitada: a compra – claro – de mais um teatro, nas imediações da Avenida Paulista. Ele faz mistério. “Não posso adiantar nada. Se fizer isso os ca-ras sobem na hora o preço do imóvel”, diz. A crise, até agora, garante, só fez bem aos seus negócios. Ele teve que fazer um corte no número de funcionários – de 400 para 250 – e unir sob o mesmo guarda-chuva ges-tões até então independentes. Isso sem contar a queda no valor dos imóveis, que abriu uma janela infinita de oportunidades. “Se não houvesse crise, eu talvez não fizesse os cortes e os ajustes que eram necessários e muito menos poderia vislumbrar a possibilidade de fazer bons negócios”, diz.

Reder é também dono, em sociedade com a irmã, Juliana, da Brainstorm Entretenimento, empresa especializada em projetos que unem marcas à cultura (responsável, entre outros, por espetáculos como Qualquer Gato Vira-lata Tem Uma Vida Sexual Mais Sadia que a Nossa, com texto de Juca de Oliveira e direção de Bibi Ferreira, e Full Monty – Tudo ou Nada, musical que estreará em breve).

O seu modelo de entretenimento, além de ousado e agressivo, é inovador. Os seus teatros não cobram o chamado “mínimo”, prática usual em outras casas, que obriga o artista a pagar uma quantia – normal-mente estipulada pelo proprietário– para cobrir parte dos custos, num eventual fracasso de bilhete-ria. Ele consegue manter boa parte do alto custo de

seus estabelecimentos (as despesas anuais do Net São Paulo ultrapassam os R$10 milhões) com a ver-ba que recebe do canal de assinatura, que, para dar nome ao lugar (sistema chamado de naming rights), desembolsa R$7 milhões por ano.

A contrapartida para o patrocinador, segundo o empresário, também é vantajosa. No caso da NET, por exemplo, a empresa tem direito a realizar, entre outras ações, três eventos corporativos por ano, des-conto de 50% para clientes e funcionários, exibição de vídeo institucional nas TVs e telões do teatro, além de camarotes exclusivos. Como os seus teatros não se fecham nunca – são 365 atrações por ano –, a marca tem uma exposição enorme, perene.

O espaço em Bangu, um dos lugares mais quentes do Rio de Janeiro – 40 graus à sombra, no verão –, com quase nenhum investimento em cultura, também deve ser administrado no sistema naming rights. Um feito pequeno para quem, com 20 anos, chegou a ser dono de um circo em Jeddah, na Arábia Saudita, cidade ultraconservadora, a 90km de Meca.

A Rocinha que comece a reservar um espaço para um grande teatro. O milagreiro Frederico Reder está chegando.

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Quem passava por Saint-Tropez até a década de 1950, difi-cilmente apostaria que essa pequena comuna de pescado-res se tornaria um dos destinos mais badalados do litoral francês. O ar pulsante e efervescente que cativou muitas celebridades conquistou também a estilista Lenny Nie-meyer que elegeu o balneário como um de seus destinos favoritos. “Desde que meu melhor amigo me levou, há 15 anos, formamos um grupo que viaja anualmente pra lá nas férias”, conta. Para Lenny, a dica certa é desfazer as malas no Hotel Le Yaca – perto do porto e da maioria das lojas –, com seu ar provençal, e a melhor época para ir é julho. “Já é verão e ainda não está lotada de turistas europeus”, conta. As praias, com ondas incríveis, servem de cenário para os melhores almoços, com destaque para o restaurante ao ar livre Club 55. Já o tailandês Banh-Hoï é perfeito para jan-tar depois de uma caminhada pelas ruas e vielas da cidade. Enquanto estiver lá, não se esqueça de passar na feirinha de roupas na Place de Lices ou de conhecer alguma vinícola local. Por fim, vá até o club Les Caves du Roy e dance até não poder mais. “Outro passeio imperdível é pegar o carro e ir até St.-Paul de Vence, uma cidadezinha medieval nas colinas, maravilhosa”. Confira a seguir os itens que você não pode deixar de colocar – e trazer – na bagagem, além de outros programas obrigatórios em St.-Tropez.

La belle Riviera Francesa

POR | Laís Franklin

Habituée do balneário francês, a estilista carioca Lenny Niemeyer entrega o melhor de Saint-Tropez

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Pétale de Rose Vá até a vinícola e deguste os melhores vinhos da região. Você também pode comprá-los na lojinha local

Des Lices e Bahn-HoïAo lado, um dos melhores passeios é a Place des Lices, com várias barraquinhas de produtos artesanais. Abaixo, o incrível restaurante Bahn-Hoï

Must goAcima, o Hotel Le Yaca, que tem localização perfeita, no centro de St.-Tropez; acima à esq., o club Les Caves du Roy; ao lado, o body estampado Lenny Niemeyer

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POR | Marcio Ishikawa

revolução silenciosaOs quarenta i3 que rodam pelo Brasil são a semente de uma mudança radical não só nos carros da BMW, mas no próprio conceito da empresa

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Diferentemente do que já acontece na Europa e nos EUA, o carro elétrico ainda vive um cenário de in-definição aqui no Brasil. Até hoje não há uma regu-lamentação fiscal e muito menos uma política de planejamento urbano para construir a infraestru-tura que se faz necessária para que esses veículos, silenciosos e limpos, possam ganhar de vez as ruas. Mas esses empecilhos não foram suficientes para que a BMW largasse na frente. A montadora alemã trouxe para cá a BMW i, marca responsável pelo i3, hatchback elétrico que nós avaliamos (seu valor foi fi-xado em R$225.950), e também o i8, cupê esportivo vendido por R$799.950.

Criada globalmente em 2011, a BMW i já estava estabelecida aqui um ano depois, comandada por Carlos Côrtes, gerente sênior de Vendas e marketing. “Ela funciona como um motor de inovação dentro da empresa, já que queremos liderar essa mudança na indústria automobilística”, diz o executivo. “A sus-tentabilidade é um pilar sem o qual, hoje em dia, ne-nhuma marca premium se mantém.”

Essa filosofia não é mera retórica e todas as fábri-cas da BMW i usam energia renovável. Moses Lake, nos EUA, produz todas as partes de fibra de carbo-no e é alimentada por uma usina hidroelétrica; já a planta, em Leipzig, na Alemanhã, onde os carros são montados, usa energia eólica. Além disso, 95% das peças dos seus carros são recicláveis.

O i3 é o primeiro veículo do segmento de luxo con-cebido desde o início com motor elétrico. Isso permi-tiu aos engenheiros trabalharem em cima da principal questão: o peso adicional das baterias de íons de lítio,

Inovação—O BMW i3, nova aposta da montadora alemã é a prova de que o futuro chegou. O carro elétrico dispensa combustível fóssil sem perder aceleração

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que representam 330 dos 1315 quilos do carro, e o es-paço ocupado por elas. A BMW criou uma estrutura leve, com chassi de alumínio e carroceria de fibra de carbono, que compensa o peso extra, e acomodou as baterias no piso do veículo, sem comprometer o espa-ço interno e deixando o centro de gravidade do carro bem baixo, garantindo maior estabilidade em curvas. Some a isso a estupenda aceleração de 0 a 100km/h em apenas 7,9 segundos e você tem o mesmo prazer de dirigir um autêntico BMW.

Nas desacelerações e frenagens, o i3 possui um sis-tema de recuperação de energia, similar ao utilizado na Fórmula 1, com o qual introduziu o conceito one pedal feeling. Em baixas velocidades, ao tirar o pé do acelerador o sistema de regeneração entra em ação e freia o carro (em velocidades mais altas, o veículo “rola” normalmente) e permite que o motorista, de-pois de pegar o jeito, dirija no trânsito urbano quase sem utilizar o pedal do freio. O i3 possui três modos de condução. Com o padrão comfort as baterias têm au-tonomia que varia de 130 a 160 km, mas pode chegar a 200km se o motorista utilizar os modos Eco Pro (ele limita a velocidade a 130km/h) ou Eco Pro+ (90km/h, além de desligar ar-condicionado e luzes diurnas de LED). O i3 conta também com o chamado “extensor de autonomia”, um pequeno motor a combustão de dois cilindros que faz as vezes de um gerador e amplia a autonomia a até 300km.

A vida útil das baterias, fabricadas pela própria BMW, é de aproximadamente 10 anos ou 150 mil km. Depois desse período, elas começam a perder sua ca-pacidade de armazenamento, mas a marca já criou um programa de reciclagem que prevê sua reutilização em suas linhas de montagem, armazenando energia vin-da de painéis solares. Ou, a partir do mesmo conceito, elas podem ser usadas nas residências dos donos de i3 ou i8, que poderão recarregar o carro.

Por tudo isso Côrtes explica que, mais do que mu-dar seus carros, a BMW i nasceu para mudar a própria BMW. “Nós somos o principal fabricante de carros de luxo do mundo, mas queremos nos tornar o principal provedor de serviços de mobilidade premium”. Além do i3 e do i8, a marca bávara também criou o programa 360 Electric, que busca encontrar soluções para ser-viços de assistência para os proprietários e parcerias para carregamentos residencial e público, além de um programa de car sharing já operante na Europa.

Premium—De cima para baixo, dispositivo de troca de marcha e de partida colados no volante, detalhes do console de madeira, dos bancos de couro e do Conect Drive

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Remédio antimonotoniaProdutos para dar mais frescor e praticidade ao dia a dia, segundo o olhar afiado de nossa colunista

MAGUY ETLIN Sempre por dentro das novidades e tendências mundo afora, a francesa é referência em estilo no Brasil, onde vive há 20 anos

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01 Balanço Pneu

Os balanços feitos a partir de pneus ganham uma releitura moderna. Esta versão recebeu uma almofada colorida. estudiobaoba.com.br

02 Colar Sereia Ouro

Lantejoulas de garrafa pet formam um pingente que se assemelha à cauda de uma sereia. Uma das escamas está coberta com ouro de 18K.manabernardes.com

03 Skate Voronoi

A prancha é feita de madeira e bambu. Assinado pelo estúdio Terravixta, recebeu acabamento manual.facebook.com/voronoiboards

04 Cadeira Desmatamento

O design da peça evoca a topografia da floresta tropical. idesigndagema.com

05 Luminária Mira

Desenvolvida por Maneco Quinderé e Ricardo Filgueiras, a luminária tem um suporte de pedra e é feita de alumínio, aço carbono, vidro e ouro.manecoquindere.com.br

06 Luminária de

mesa Cantante A peça, assinada pela designer Claudia Moreira Salles, vem com um bowl artesanal feito de madeira maciça torneada. bertolucci.com.br

07 Pufe Knot

O pufe tem uma estrutura linear flexível que, atada, forma um nó. lattoog.com

08 Anéis Cisne

Dois anéis de acrílico em formato de cisne, um preto e outro branco, podem ser usados separadamente ou juntos. zellig.com.br

09 Poltrona Arraia

O móvel tem uma estrutura de aço inox decorada com um trançado de fibras de malacca. As formas fluidas remetem ao formato das arraias.indiodacosta.com

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Com categoria01

Lampta desk

Claudio Lazzarini e Carl Pickering assinam a peça de sucupira maciça da italiana Acierno. acierno.com.br

POR | Laís Franklin

02 Rotondo

Em seis versões diferentes, o tapete de lã e algodão tem tingimento natural e traços chineses.bykamy.com

03 Linha Esqueleto

Cheia de brasilidade, a cadeira, que remonta a esqueletos, foi concebida pelo designer Pedro Franco.alotof.com.br

04 ML-108

Como não se impactar com esta mesa de apoio de vidro temperado? Ela acaba de ser lançada pela Dunelli Casa.dunelli.com.br

05 B903

De couro natural, o tom quente da poltrona é balanceado pelos pés de cromo italiano que se cruzam sutilmente. natuzzieditions.com.br

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06 Echo

De produção sustentável, o móvel possui estrutura de alumínio e acabamento de madeira cumaru.macdesign.com.br

07 La Lampe

Releitura das antigas lanternas sinalizadoras para portos e ferrovias, a luminária é de latão polido e envernizado.lalampe.com.br

08 One

Minimalista, o cabideiro, de madeira maciça, aparece em soleta preta e nude e é assinado por Jader Almeida.jaderalmeida.com

09 Sintonia fina

Na fronteira entre arte e design, o aparador faz parte da bela coleção da designer Claudia Moreira Salles para a Lumini.lumini.com.br

10 Cadeira Orlando

Simples e funcional, a cadeira de madeira, estofado e compensado multilaminado do designer Tadeu Paizan.clami.com.br

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Made in Rio

FOTOS |Fabio Bartelt EDIÇÃO DE MODA |Flavia Pommianosky e Davi RamosPRODUÇÃO EXECUTIVA | Bianca Nunes

O astral cool e ultradespojado da mulher carioca serviu de inspiração para nosso editorial de moda. A top catarinense Renata Kuerten topou a missão e, para

a lente do fotógrafo Fabio Bartelt, incorporou a típica menina do Rio

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Trench-coat Burberry; jardineira Sixty Four; pulseira Tiffany&Co.

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Trench-coat e saia Gucci; camisa Diesel

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Blusa Gilda Midani; short Amapô à venda na Choix; colar Grifith

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Paletó Brunello Cucinelli; calça Diesel

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Vestido Chanel

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Top Douglas Harris; calça Giuliana Romanno

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Camisa Louis Vuitton; colar September

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Camisa Osklen; calça Chloé à venda na NK Store; pulseira Renata Camargo

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Camisa John John; calcinha do biquíni Salinas; tênis Adidas; colar Grifith

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Camisa Lenny; short Coca-Cola Clothing; bracelete Tiffany&Co.

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Camisa Stella MacCartney à venda na NK Store; biquíni R Do Sol; tênis Adidas

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POR | Laís Franklin EDIÇÃO | Lili Carneiro

01 TIFANNY

O símbolo numérico do infinito aparece revisitado na coleção que é pura energia e vitalidade. O trio de braceletes une ouro amarelo, rosé e branco ao poder dos diamantes – combinação perfeita. tiffany.com.br

Infinity

02 FENDI

Para esta temporada, a marca italiana apresentou um desfile cheio de texturas e relevos sem perder a fluidez das peças. No clique, o vestido de chiffon é exemplo claro desse mood.fendi.com/ii/en

Primavera-verão 2015-16

04 LIVO

Pronto para tirar qualquer look do básico, tem formato arredondado, ponta cat-eye e um animal print poderoso. Virou mania tanto no e-commerce quanto nas lojas físicas da marca.livo.com.br

Leah Solar

05 RIMOWA

Além de super-resistente e estável, a mala aparece num delicado tom de rosa perolado. Escolha entre o tamanho de bordo e a versão grande e bon voyage!rimowashop.com.br

Salsa Air Pearl Rose

03 CAROL BASSI

Inspirada nas obras do artista Olafur Eliasson, a peça é um dos destaques da segunda coleção de joias da designer Carol Bassi. Feita à mão, demora menos que 60 horas para ser fabricada.carolbassi.com

Caleidoscópio

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07 GUCCI

O cor-de-rosa marcou as passarelas da Gucci. A tonalidade bucólica esteve em peças como camisas, saias e cintos da grife que, juntas, entram em total harmonia.gucci.com

Cruise 2016

08 GUERREIRO

Referências dos signos aparecem na nova coleção de José Carlos Guerreiro. São 20 modelos incríveis, com 13 variações diferentes cada um, que materializam as nuances de cada signo.guerreiro.com

Constelação

06 MIU MIU

O formato redondo do chaveiro guarda detalhes preciosos: desde o rosto de gatinho rosa até o discreto logo da marca. Mínimo sem deixar de ser divertido.miumiu.com

Pré-Outono/Inverno 2015

10 IWC SCHAFFHAUSEN

Para as amantes de pequenos relógios, esse é o modelo certo. Com caixa de 37 milímetros, o item completa a linha Portofino e aparece com 66 diamantes e pulseira de couro de crocodilo.iwc.com/brazil

Portofino Automático 37

11 LOUBOUTIN

Recortado a laser, o modelo de camurça aparece em tiras finas e detalhes florais vazados. Sempre presente, o icônico solado vermelho termina num surpreendente salto ondulado.us.christianlouboutin.com

Christian Louboutin

09 LE SPECS

Os óculos espelhados voltaram com tudo! Embarque na onda no melhor estilo gyspy com essa armação em zigue-zague a qual dita o tom cool e despretensioso que a estação pede.acajudobrasil.com.br

Wild Child

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POR | Livias Breves FOTOGRAFIAS | Lufe Gomes

C A S A | A N D R É C A R VA L H A L

CASA DE

O publicitário André Carvalhal, diretor de marketing da Farm, e seu lar mutante com vista das Ilhas Cagarras

Surfe—Prancha com estampa da Farm e skate são misturados aos móveis garimpados em feiras de antiguidade. O balanço de Rodrigo Calixto foi instalado no meio da sala, entre a poltrona Favela, dos irmãos Campana, e o quadro de Felipe Morozini

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MENINO DO RIO

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André Carvalhal, 35 anos, já teve uma casa salpicada de peças que remetiam à moda. Desse tempo, restam um banco com o logo da Chanel estampado e uma mala Louis Vuitton com as suas iniciais gravadas. Uma cadeira com pés dourados e assento de couro preto matelassê assinada por Jaime Hayon está com os dias contados. Hoje André quer uma casa sustentável. Energia solar, composteira, mudanças na disposição dos móveis para melhorar a circulação do vento – que, por ali, é a brisa do mar de Ipa-nema. “Meu projeto é uma casa inteligente. Isso faz sentido para mim agora”, garante ele, que frequenta um curso de design de sustentabilidade. “A decoração passou a me interessar mais do que a moda. A roupa já foi a maior identidade, mas isso mudou. Casa, viagens e fotos falam bem mais sobre a pessoa do que o que ela veste”, completa, lembrando que, na época da faculdade, pensou em cursar arquitetura, escolheu publicidade, mas nunca deixou de ter um olhar atento para o design e a decoração.

André mora em um apartamento de 80 metros quadrados na Rua Prudente de Moraes, em Ipanema. Na sala, prancha de

surfe e skate se misturam a peças como a poltrona Favela, dos irmãos Campana, ao balanço Bilanx, de Rodrigo Calixto, ao banco Medusa, da Lattoog, e aos quadros de Felipe Morozini e Takashi Murakami. É com prazer que visita lojas de design e decoração. No Rio, gosta da LZ Studio e da Poeira, além de idas frequentes à feira de antiguidades da Praça XV e à galeria de arte Inox. Em São Paulo, prefere a Micasa e a Estar Móveis. Sua mais recente compra foi uma vitrola Crosley azul. “Gosto que a casa tenha tons neutros. São as peças que seleciono que levam cor ao ambiente”, conta ele, que constrói alguns móveis quando não encontra o que quer. “Desenho e levo para o marceneiro produzir. Já fiz bufê, prateleira, mesa... Volta e meia, uso uma estrutura que me agrada e troco o estofado. Tudo aqui tem o meu dedo”, diz.

Quando não consegue tornar real o seu desejo, ele prefere não ter o móvel. É o caso do sofá. André não tem um em sua sala. Queria algum bem grande e modular e o que pesquisou não alcançou o que estava em sua cabeça. O jeito foi montar a sala de estar apenas com poltronas. O mesmo aconte-

Tons de cinza—A cor cinza é a sua preferida, está nas paredes e em móveis com uma pegada industrial. Os livros são empilhados, formando uma coluna colorida, e o espelho foi instalado seguindo o feng shui

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“A roupa já foi a maior identidade, mas isso mudou. Casa, viagens e fotos falam bem mais sobre a pessoa do que o que ela veste”

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ceu com a estante: imaginava uma para os seus livros e não encontrou algo parecido com o que tinha em mente. Decidiu, então, empilhar as publicações. Algumas pilhas viram mesinhas de apoio, outras uma coluna colorida. A casa vai se transformando com o ritmo da vida do seu dono. “Bom que fica fácil de trocar a disposição dos móveis. Faço isso frequentemente. Hoje mesmo aconte-ceu”, admite ele, que só não muda o espelho de lugar: ele fica desde sempre em frente à porta de entrada, como manda o feng shui. “Bloqueia as energias ruins.”

A estética industrial atrai muito o publi-citário. Na mesa de jantar, cadeiras meta-lizadas são combinadas com uma parede cinza. Outra característica que busca é ter um tom questionador, quer ser diferente do padrão. “Coloquei um balanço no meio da sala quando ninguém tinha balanço dentro de casa”, lembra ele.

Um detalhe que gosta de frisar é que lá não é preciso se preocupar se está chegando da praia, com a roupa molhada e areia nos pés. É uma casa resistente a meninos do Rio. “Sou de Ipanema e pretendo morar sempre neste bairro. Não aguentaria viver longe da praia”,

conta André, que tem um deque no quarto que virou escritório, de onde se avistam as Ilhas Cagarras. “É o ambiente onde mais fico. Aqui, todos ficam mais esparramados, gosto disso”. Uma curiosidade: no escritório tem o único sofá da casa, um de Marcelo Rosenbaum, comprado sob medida, na cor cinza.

André, que está escrevendo o seu segundo livro (o primeiro, A Moda Imita a Vida, foi lançado há pouco mais de um ano), vai falar sobre o futuro da moda, com uma pegada forte na sustentabilidade. Faz isso ao mesmo tempo em que é head de marketing e conte-údo da Farm, e sela parcerias com designers e artistas para criar coisas novas, em sua maioria relacionadas à decoração. Ele lançou no ano passado, ao lado do designer Gabriel Oliveira, a Surface Project, marca de tecidos, estofados e curadoria de peças e que acaba de finalizar a sua primeira linha de móveis, desenhados em conjunto com a Oficina Itsu. Com a Cicero Papelaria criou quatro cader-ninhos estampados e com cortes irregulares. “É uma nova fase da economia. Fazer par-cerias, cocriar e dividir trazem inovações ao mercado”, percebe ele, já atrasado para uma reunião e pensando na praia do dia seguinte.

Mirador—No escritório, que tem um deck com vista das Ilhas Cagarras, é onde fica o único sofá da casa, assinado por Marcelo Rosenbaum. A cadeira de couro preto e pés dourados é de Jaime Hayon

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Em busca do ouro

Depois de 112 anos fora da disputa, o golfe estará de volta às Olimpíadas. Conheça os brasileiros que lutam

por uma vaga nos jogos de 2016, no Rio

POR | Henrique Fruet

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Superação—O gaúcho Adilson da Silva foi caddie e se tornou profissional na África com a ajuda de um fazendeiro do Zimbábue. Hoje é o melhor golfista brasileiro

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O empresário e fazendeiro Andy Edmondson, do Zim-bábue, viajava com frequência para a pacata cidade gaú-cha de Santa Cruz do Sul nos anos 1990 para negociar fumo, maior insumo da região. Nas horas vagas, jogava golfe. Mal sabia ele que sua profissão e seu hobby aju-dariam a escrever parte da história olímpica brasileira.

O garoto franzino, tímido e educado que carregava seus tacos – o caddie, no jargão do esporte – é hoje o melhor brasileiro do ranking mundial da modalidade e está na zona de classificação para o retorno do golfe às Olimpíadas, nos Jogos Rio 2016.

Além de carregar a bolsa de Andy, Adilson da Silva também jogava com ele. Andy gostou do swing do me-nino e bancou sua mudança para o Zimbábue, onde foi tomar suas primeiras aulas e virar profissional. Filho de uma faxineira e de um carpinteiro, Silva aprendeu inglês na marra – ficava decorando o dicionário à noite – e no início trabalhou como garçom para se sustentar.

Hoje, aos 43 anos, Silva vive na África do Sul e dispu-ta o circuito local de golfe, onde coleciona 12 vitórias, e também o circuito asiático, ambos válidos para o ranking mundial, que servirá como critério para a convocação para os Jogos Olímpicos. O ex-caddie gaúcho se tornou o melhor golfista brasileiro da atualidade – em outubro,

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O golfe volta às Olimpíadasnos Jogos Rio 2016 após112 anos de ausência, e o Brasil poderá ter atéquatro atletas classificadospara a disputa pelo ouro

estava na 303ª colocação do ranking. Em 2013, chegou à 215ª colocação, a mais avançada de um brasileiro até hoje.

Em setembro, Adilson competiu pela primeira vez no Brasil, depois de 15 anos de ausência. A convite da Confederação Brasileira de Golfe (CBG), ele disputou no Rio de Janeiro o Aberto do Brasil, etapa do PGA Tour Latinoamérica. Ficou em 8º lugar na competição, conquistada pelo paulista Alexandre Rocha, mas foi o campeão em popularidade e em chamar a atenção da mídia – nada mal para quem era um ilustre desconheci-do, mesmo entre os golfistas brasileiros.

Sua participação nas Olimpíadas ainda não é certa, pois o ranking que valerá para a convocação é o de julho de 2016. Mas, a julgar por sua regularidade em campo – ele pontuou em nove torneios apenas este ano –, dificilmente alguém tira sua vaga. “É muito importante para mim ter a chance de representar o meu país”, diz.

Cada nação tem direito no golfe a duas vagas no mascu-lino e duas no feminino (exceto quando tem golfistas entre

Na elite—O paulista Lucas Lee já jogou no mundo todo e é o terceiro brasileiro da história a chegar ao disputado PGA Tour americano

os 15 primeiros do mundo, quando é possível levar até qua-tro atletas). Se os Jogos fossem hoje, Adilson conseguiria a vaga por méritos próprios, sem precisar utilizar a vaga destinada ao país sede.

Outro brasileiro também teria vaga garantida por méri-tos próprios: Lucas Lee, um descendente de coreanos de 28 anos de idade e jeitão calmo e concentrado. Ele é primo da golfista paranaense Angela Park, que foi vice-campeã do US Women’s Open de 2007 e terceira colocada no mes-mo torneio no ano seguinte. Depois de ganhar mais de US$2 milhões em prêmios, e mais um tanto em patrocí-nio, Angela abandonou o golfe competitivo aos 22 anos e foi trabalhar em um hotel em Los Angeles, nos EUA. Que-ria, segundo ela, levar uma vida normal.

Isso é tudo o que Lee não busca. Ele já disputou o cir-cuito canadense, o sul-coreano e o chinês. Perdeu a conta de quantos países conheceu. Sempre foi apontado como grande promessa do golfe brasileiro, mas, no início deste ano, não sabia ainda que circuito iria jogar. Tinha vaga C

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para disputar no PGA Tour China, mas seu sonho era o PGA Tour americano. Em março sua sorte começou a mudar, quando foi convidado pela CBG para disputar em São Paulo o Brasil Champions, etapa brasileira do Web.com Tour, o circuito de acesso ao PGA Tour.

Ele ficou em 69º, mas foi o único brasileiro a passar o corte, o que lhe rendeu vaga para mais etapas. Em junho, foi vice-campeão de dois torneios seguidos, o que o levou à posição de melhor brasileiro no ranking mundial por um mês (depois seria ultrapassado por Adilson) e a conseguir um dos 25 cobiçados cartões de acesso ao PGA Tour.

Em novembro, quando disputar o seu primeiro tor-neio da temporada 2015-16 do PGA Tour, o paulis-ta se tornará o terceiro brasileiro da história a fazer parte do circuito que reúne a nata do esporte. “Sou a prova de que, se tiver sorte e treinar muito, dá para chegar lá”, diz ele.

No feminino, por enquanto a briga é pela vaga do país sede, e está bem disputada. A paulista Victoria Lovelady estava na frente em outubro, quando era a 579ª do mundo. A paranaense Miriam Nagl, que vive na Alemanha, terra de seus pais, e para onde foi aos 8

anos de idade, vem logo atrás, em 589º. Ambas dispu-tam o circuito feminino europeu e prometem uma briga tacada a tacada para ver quem fica com a vaga.

Recentemente, a CBG e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) começaram a apoiá-las com recursos da Lei Agnelo Piva. A intenção é que o Brasil consiga também ter duas representantes no feminino. Se tudo der certo, o Brasil entrará em campo em busca das primeiras medalhas olímpicas do golfe em 112 anos – pelo menos garra e força de vontade não faltarão para nossos possíveis representantes.

O fazendeiro Andy já avisou: quer ser o caddie de Adilson na competição.

Na briga—A paulista Victoria Lovelady (à esq.) lidera a corrida pela vaga olímpica brasileira no feminino, mas a paranaense Miriam Nagl (abaixo) está na sua cola

Disputa pelas vagasolímpicas no femininoserá intensa entre duasatletas: Victoria Loveladye Miriam Nagl, que jogamo circuito europeu

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Conhecida como a cidade do superlativo, Dubai se estabelece como um dos mais fartos e versáteis destinos do mundo para os viajantes que, definitivamente, não se contentam com pouco

POR | Anita Pompeu, de Dubai

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(a branca) dividem o mesmo espaço com moças vindas do outro lado de Greenwitch, de ombros à mostra, vestidos frescos ou qualquer outro item do armário feminino propício para seus dias de muito sol e calor escaldante – as temperaturas chegam a 48 graus no auge do verão, que vai de maio a setem-bro. Decotes, saias acima do joelho e transparências até podem ser usados, mas não são aconselhados. Afinal estamos em um território em que a cultura muçulmana é predominante. Portanto, uma dose de bom senso basta para tornar todo e qualquer turista bem-vindo, seja quem for, venha de onde vier. E só por isso Dubai já valeria a visita.

Mas se a ideia é explorar os hotéis, os restauran-tes, as lojas e as construções mais espetaculares do

Dentro do carro, com o ar-condicionado tinindo para driblar o calor que atinge 35 graus lá fora, o guia brasileiro responde à pergunta: o que os turistas do nosso país mais procuram aqui? “Shopping, glamour e deserto”. Só que bastam três dias ali para perceber que Dubai é bem mais do que isso. E, claro, é a metró-pole do superlativo e dos recordes, como os próprios locais a definem. Mas a maior cidade dos Emirados Árabes é também símbolo de uma tolerância que pouco se vê em seus vizinhos, donos de culturas e hábitos tão próprios e diferentes dos nossos.

Nesse lugar com mais de dois milhões de habi-tantes, há espaço para nacionalidades, culturas e religiões distintas, em que mulheres muçulmanas de abaya (a vestimenta preta) e homens de candora

Luzes da cidade—Vista panorâmica de Dubai com o Burj Al Khalifa, o prédio mais alto do mundo, ao fundo. Na dupla de abertura, a Palm Jumerah, a icônica ilha artificial em forma de palmeira

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mundo, melhor ainda. Porque opção ali definitiva-mente é o que não falta: só restaurantes são 6 mil; de hotéis, 5500; e de shoppings centers, cerca de 90. A arquitetura também é megalômana: estão em Dubai o prédio mais alto do mundo, o Burj Khalifa, com 827 metros de altura, o megaoverespalhafa-toso e originalíssimo hotel Burj Al Arab, tido como o único sete estrelas do planeta, e também o maior shopping center do mundo em número de lojas, o Dubai Mall. Aliás, é dentro dele que está outro orgulho local: o Dubai Aquarium, um dos maiores do mundo, onde cerca de 140 espécies, entre tuba-rões, arraias, jabutis, pinguins e águas-vivas, fazem da visita um pit stop perfeito durante o esporte pre-ferido local: shopping.

Mas quem encara as quase 15 horas de viagem – a Emirates Airlines oferece voos diretos e diários partindo de São Paulo e do Rio de Janeiro – até o destino está também atrás de algo a mais, como uma visita à cidade antiga para ver de perto um pouco da cultura e da vida dos povos locais, os emirates. Visitar os souks – os famosos mercados árabes – é mais que obrigatório. Pechinchar nas lojas de ouro – quanto ouro! – e explorar com vontade as lojinhas de tecidos e especiarias faz a alegria nossa e a dos vendedores, sempre tão felizes e solícitos com os brasileiros.

Aromas e cores—De cima para baixo, um emirate vestido de candora caminha pela cidade velha; vendedor no souk de especiarias; a incrível variedade de temperos locais; embarcação típica navegando pelo Creek: canal que separa a cidade entre a parte antiga e a nova

“Pechinchar nas lojas de ouro – quanto ouro! – e explorar com vontade as lojinhas de tecidos e especiarias faz a alegria nossa e a dos vendedores, sempre tão alegres e solícitos com os brasileiros”

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Obrigatório também é esperar, pelo menos uma vez, a noite chegar assistindo ao pôr do sol cor-de-laranja do deserto, localizado a menos de uma hora do centro da cidade. Só que, se possível, de um jeito ainda mais especial: a bordo de um Land Rover vintage conversível e, de preferência, com um jantar à base de receitas típi-cas já prontinho para ser servido ali mesmo, em meio ao areal e sob o luar do deserto. Tudo organizado pela companhia deluxe Platinum Heritage, que cuida de todos os detalhes para que a experiência no safári – como eles se referem aos passeios – seja memorável.

Sim, os dias em Dubai são mesmo intensos. Até por isso os melhores hotéis do destino se encarre-gam de montar uma infraestrutura impecável para oferecer tudo o que o hóspede gostaria de ter em seus momentos de dolce far niente. Mas, se escolher a dedo, a coisa ainda pode ir além. É o caso do Fair-mont The Palm, localizado na famosa ilha em forma de palmeira – a maior do mundo, claro! –, que acaba de ser eleito o melhor family hotel da cidade pela revista Time Out Dubai. É que, além de piscinas, praias particulares, spa, espaço fitness, restaurantes de primeira (não deixe de ir ao Seagrill) e de um café da manhã absolutamente fantástico, ele tem de fato algo a mais, difícil de resistir: uma cama tão macia, mas tão macia, que acordar em pleno paraíso vira um verdadeiro martírio.

Dolce far niente—De cima para baixo, a fachada do hotel Fairmont The Palm, eleito o melhor family hotel de Dubai; uma das suítes do cinco estrelas; o terraço do quarto com vista privilegiada do skyline da cidade

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Dubai é também símbolo de uma tolerância que pouco se vê em seus vizinhos, donos de culturas e hábitos tão próprios e diferentes dos nossos

De tudo um muito—À esquerda, ambiente do restaurante Frevo, de cozinha brasileira, que fica dentro do hotel Fairmont; abaixo, detalhe do mercado de tecidos local; no pé da página, interior do Dubai Mall: maior shopping em número de lojas do mundo

SERVIÇO

Outros passeios que valem a pena

Ski DubaiSe estiver com crianças, faça uma visita ao Dubai’s Mall of Emirates, onde há uma verdadeira estação de esqui indoor, com teleféricos e pistas para quem quiser praticar o esporte.

QbaraExcelente dica para quem estiver em casal ou com um grupo de amigos. É um misto de bar e balada superbem frequentado por jovens em busca de boa música e bons petiscos. A adega de vinhos, toda de vidro, é uma atração à parte.

HashiPara quem não abre mão da comida japonesa nem a milhas e milhas de casa, esta é uma das melhores opções locais. Fica no badalado Armani Hotel e de frente para o famoso show da dança das águas de Dubai.

Píer ChicLocalizado em um píer sobre o mar, de onde se vê ao longe o icônico hotel Burj Al Arab, o restaurante faz parte do hotel Madinah Jumeirah. É, sem dúvidas, um endereço obrigatório para quem preza por refeições leves, sofisticadas e com apresentação primorosa.

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POR | Marcio Ishikawa

para alemão verO Salão de Frankfurt de 2015 serviu como base de lançamento para uma verdadeira constelação premium sobre quatro rodas. As melhores novidades esbanjam beleza, elegância e tecnologia de ponta

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O SUV chega para brigar no concorrido segmento premium, equipado, em sua versão top de linha, com motor V6 de 380 cavalos. Ele usa a mesma plataforma do sedã XE e, portanto, sua estrutura é constituída 75% de alumínio. Seu sistema multimídia de alta capacidade tem controles por gestos.jaguarbrasil.com.br

JAGUAR F PACE

JAGUAR

PORSCHE

O modelo 2016 do superesportivo trouxe atualizações visuais nos faróis, para-choques, rodas e maçanetas. Debaixo do capô ele ganhou um novo motor boxer de 3 litros e 370 cavalos (420, na versão S), que está cerca de 12% mais eficiente. No interior, destaque para o novo sistema multimídia.porsche.com.br

PORSCHE 911 CARRERA

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para alemão ver

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O menor dos utilitários esportivos da marca alemã ganhou novo visual, mais agressivo e condizente com um SUV. Além disso, está cinco centímetros maior. Outra novidade é que ele será o segundo modelo da marca a contar com tração dianteira, mas ainda haverá a opção de tração integral.bmw.com.br

BMW X1

Usando o mesmo motor V10 de 610 cavalos da versão cupê, o conversível atinge velocidade máxima de 324km/h e acelera de 0 a 100km/h em 3,4 segundos. Com os mesmos traços agressivos do irmão com teto, ele tem o charme adicional da capota de tecido, de acionamento eletro-hidráulico.lamborghini.com

LAMBORGHINI HURACÁN SPYDER

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FERRARI

O conversível mais potente já criado pela famosa casa de Maranello usa motor V8 e entrega 670 cavalos, levando três segundos para acelerar de 0 a 100km/h. Com estrutura formada por várias ligas de alumínio, conta com teto rígido retrátil, que é armado ou recolhido em apenas 14 segundos.ferrari.com

FERRARI 488 SPIDER

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Ele é um superesportivo conceitual, criado para mais recente edição da famosa franquia de games. Mas a marca avisa que o protótipo antecipa como serão as linhas de seu novo carro, que chega com a tarefa nada fácil de suceder o Veyron. As linhas superagressivas deixaram os fãs com água na boca.bugatti.com

BUGATTI VISION GRAN TURISMO

BUGATTI

Um renovado best- seller e a nova referência do segmento. Assim a Audi trata o novo A4, que teve o visual repaginado, mas manteve as linhas elegantes. Destaque para o cruise control, que tem dois radares e controla o carro sozinho em situação de comboio, na estrada ou em congestionamentos.audi.com.br

AUDI A4

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A tradicional marca inglesa mostrou o seu primeiro utilitário esportivo, que traz os tradicionais traços da marca, como o capô, a grade tipo colmeia e os faróis redondos de LED, além do interior muito bem acabado. A carroceria é de alumínio e o motor W12 gera nada modestos 605 cavalos.bentleymotors.com

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O novo conversível tem o visual inspirado na versão cupê e é o primeiro “sem-teto” com quatro lugares da marca alemã desde 1971. Ele esbanja estilo, com a capota de lona, que agora tem três camadas para melhorar o isolamento acústico, e esportividade, com o motor V8 de 455 cavalos de potência.mercedes benz.com.br

MERCEDES -BENZ CLASSE S CABRIOLET

MERCEDES -BENZ

rolls roycemotorcars.com

ROLLS -ROYCE DAWN

ROLLS- ROYCE

O conversível é baseado no sedã Wraith, mas a marca resolveu batizá -lo com outro nome, homenageando o “amanhecer”. O interior tem o estilo clássico, com acabamentos de couro e madeira, além da presença do tradicional relógio analógico no painel. O motor é um V12 de 570 cavalos.

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REFÚGIO BUCÓLICO

POR | Claudia Jordão FOTOGRAFIAS | Alain Brugier

Com projeto assinado pelo escritório de Gui Mattos, casa de campo de 790 metros quadrados na Fazenda Boa Vista se destaca pelas fachadas poderosas e discretas e pela integração com a natureza

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Amplitude—Na foto de cima, o desenho de trás da estante do living – um projeto do escritório de Gui Mattos executado pela Marcenaria Pimentel – pode ser visto da escada que dá acesso ao pavimento inferior. Na outras duas imagens, o living, integrado com a sala de estar e com a varanda

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Feche os olhos e imagine um lugar abençoado pela natureza: um terreno de mais de 3 mil metros quadra-dos, cercado de verde, ar puro e canto dos pássaros. Agora, visualize uma casa que privilegie esse entorno e que ofereça tanto beleza estética quanto conforto aos moradores. Adicione uma dose extra de charme. Em linhas gerais, é assim que se apresenta a casa de campo de 790 metros quadrados na Fazenda Boa Vista, no município de Porto Feliz, no interior de São Paulo. Finalizada em 2014, a residência foi projetada pelo escritório Arquitetura Gui Mattos.

A casa de campo, de um casal com três filhos (dois adultos e uma criança), que gostam de receber, possui dois pavimentos. Uma ampla e acolhedora área social (composta por salas de estar e de jantar), a suíte más-ter, suíte da criança, cozinha e área de serviço ficam no térreo. “Quem entra na residência pela porta prin-cipal é impactado por um espaço aberto e iluminado, onde as salas de estar e de jantar se integram com a varanda e a piscina, com vista para a vegetação da fazenda”, explica Gui Mattos sobre o que considera o ponto alto do projeto. O pavimento inferior abriga outras três suítes e uma sala. O escritório se inspirou na personalidade do casal para desenvolver o pro-jeto, e o resultado foi uma residência com traços bem atuais. Numa releitura contemporânea do desenho tradicional de uma casa com telhado de duas águas, a residência apresenta fachadas discretas, que parecem

“No projeto de interior, investimos nos tons cinza, preto, branco e na madeira, para aquecer, e em mobiliários mais clean e objetos com cor”

Gris—Em primeiro plano na foto, mesa de jantar Splay, da Micasa. Ao fundo da imagem, a sala de estar, que possui décor que privilegia os tons neutros, especialmente os acinzentados, vistos nos sofás Aya e New Hall, da Micasa. Para completar, o charme da lareira suspensa da Construflama

Panorama—Na dupla anterior, a fachada de trás da casa de dois pavimentos, que possui uma ampla área social (salas de estar e de jantar) integrada com a varanda e com a piscina, proporcionado uma privilegiada vista do entorno

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guardar segredos. Quase sem janelas, a casa possui recortes na parte superior que permitem a entrada de luz e favorecem a ventilação dos ambientes.

Os materiais e acabamentos usados no projeto e o mobiliário e objetos escolhidos para o décor, também assinado pelo escritório, imprimem beleza e con-forto. Fachadas e telhados foram revestidos de Viroc (painéis que combinam madeira e concreto); a área social tem piso de granito branco Itaúnas escovado e as áreas íntimas possuem piso de taco de madeira cumaru, além de marcenarias de carvalho americano. Com cartela de cores que contempla o cinza, o preto, o branco e a madeira, usada com o intuito de aquecer, o décor investe em mobiliário neutro, ao mesmo tempo que imprime cor e personalidade aos objetos. É o caso da sala de estar, por exemplo, onde os sofás Aya e New Hall, ambos Micasa, e as poltronas do britânico Jas-per Morrison e do brasileiro Tadeu Paisan surgem em tons acinzentados e são complementadas pelo colo-rido das almofadas Ana Morelli. Além da mobília, que traz ainda peças de Carlos Motta (sofá e poltronas), da Franccino (mesa de jantar e balanço), da Vitra (pol-tronas e cadeiras) e da Carbono Design (sofá e pufes), o décor aposta em obras de arte. Na sala de jantar, o destaque fica para um quadro de Fernando Velázquez, enquanto no hall da escada, há uma escultura da artista carioca Ana Holck. Um ambiente para curtir a natu-reza e se deixar invadir pelo bom gosto.

Quietude—Nas áreas íntimas (quartos e banheiros), o piso é de taco cumaru. Na foto ao lado, a piscina, um convite ao relaxamento. Abaixo, balanço da Franccino

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Estilo—Outros takes das fachadas da residência, que, dependendo do ângulo, lembra um celeiro estilizado

“Quem entra na residência pela porta principal é impactado por um espaço aberto e iluminado com vista para a vegetação da fazenda”

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P E N S ATA | A M S T E R D Ã

Se Londres é a Torre de Babel, nada mais apropriadoque chamar Amsterdã de Arca de Noé. E sua fauna, diversa e divertida, convive em harmonia num espaço físico onde talvez não coubesse metade das espécies humanas catalogadas na Terra. Compacta em tamanho, grande de ideias, a cidade, famosa pelo liberalismo, ter-reno tradicionalmente fértil para subversão e criação, é exemplo vivo de uma história bem-sucedida de tolerância conquistada pelo contato diário de pessoas diferentes e culturas distantes que, uma vez reunidas, tornaram a capital holandesa singular em sua rotina. Não chega a 1 milhão sua população, mas ela talvez seja a mais hete-rogênea do mundo – afinal, onde mais você encontraria longe de casa, além dos imigrantes habituais, gente do Suriname, de Aruba, de Curaçao e da Indonésia, todas ex-colônias holandesas? E os nativos, acostumados desde sempre a conviver com as diferenças, são os primeiros a agradecer pela diversidade alcançada. Misturam à sua homogeneidade de cor e estatura, à sem-gracice de sua comida e à falta de cor de sua terra e de seu céu, elemen-tos fundamentais para a formação de um modus vivendi enérgico e excêntrico, colorido, vivo, apimentado, em constante mutação, sempre aberto às novidades que não param de chegar dos quatro cantos do mundo.

E não é de hoje.Está no DNA deles a vocação para homens do

mundo. Não à toa, vivem na vanguarda social, cultural e econômica, são pioneiros em criar leis e políticas que privilegiam o individualismo – é cada um com seu cada qual, e ninguém tem nada a ver com isso. Está tudo às claras para quem quiser ver, na transparência dos janelões (sem cortinas, sempre) das casas superbem decoradas pelos moradores de Jordaan, bairro boêmio, e nas portinhas de vidro da Red Light Zone, bairro blasfemo, onde meninas de todas as raças mostram segredos que a maioria das mulheres guardam a sete chaves. Na marola que sai dos coffee shops e no perfume

HERMÉS GALVÃO

HERMÉS GALVÃO é jornalista

Nosso colunista desembarca em Amsterdã, capital desinibida, easygoing e civilizadíssima que dá as boas-novas a quem quer que chegue. A Arca de Noé do mundo

Aldeia global

generoso das flores que crescem soltas pelas praças, casas e parques onde, não se assuste, casais, heteros ou não, podem chegar às vias de fato na maiordiscrição. Pois sim, apesar de toda a liberdade, eles sabem como e até onde usá-la, sem invadir seu espaço ou seu campo de visão – afinal, ninguém é obrigado a compartilhar do gosto alheio, por mais duvidoso que seja. Hedonistas sim, bonvivant, não. Trabalhadores e ricos, são avessos à ostentação e, ao contrário de alguns vizinhos, têm aversão a assistencialismos – pega mal ganhar mesada do governo. Até o rei, Willem-Alexan-der, pega no batente: o sangue azul é piloto oficial da KLM e você, sem saber, já deve ter voado com ele por aí (é ordem expressa da companhia não avisar aos pas-sageiros que sua alteza está no comando). No ar ou em terra firme, seja nobre, seja plebeu, tudo muito cool e low profile. A mais cosmopolita das capitais europeias, desinibida, easygoing e civilizadíssima, dá as boas--vindas a quem quer que chegue.

Em termos naturais, Amsterdã tinha tudo para dar errado. Pantanosa e abaixo do nível do mar, clima de amar-gar. O vento frio que sopra do Mar do Norte é de cortar ao meio, a chuva fina não é passageira e o verão, quando chega, cai num domingo – não necessariamente de sol. E já que a natureza não ajudou, eles trataram de fazer a parte deles. Orgulhosos de sua pátria “torta”, os holandeses brincam ao dizer que Deus criou o mundo e eles, a Holanda. Constru-íram ao longo dos anos um estilo de vida admirável e for-maram um povo sarcástico e bem-humorado até debaixo d’água (mesmo) – a não ser que você cruze o caminho deles na contramão, de bicicleta.

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