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ECONOMIA 11 de Agosto de 2011 O MIRANTE Coruche em festa para homenagear a Padroeira e afugentar a crise As festas são inauguradas oficialmente dia 12, sexta-feira, pelas 18 horas, no parque do Sorraia. Procissão em honra de Nossa Senhora do Castelo, animação, música, petiscos, desfile etnográfico e festa brava. Especial FESTAS DE CORUCHE / Especial SENIORES Empresa da Semana “Entre Patas” tem animais desde o exótico ao tradicional Abriu há cerca de um mês em Santarém e tem tudo o que é essencial para os animais 11 São testemunhos de pessoas que lidam diariamente com pessoas de idade. Quem pensa que é tudo um mar de rosas desengane-se. Basta um pouco de bom senso para perceber que estas pessoas não estão a inventar. Lidar diariamente com o sofrimento dos outros é uma pesada cruz. E o peso ainda é maior porque esse trabalho nos obriga a confrontarmo-nos com o nosso próprio futuro. Para abrir uma instituição é necessário, muitas vezes, vencer grandes tormentas burocráticas. A palavra a quem tem a missão de cuidar dos nossos séniores 28 colaboradores de duas empresas obtêm certificação do nono ano de escolaridade O centro de novas oportunidades da Nersant - Associação Empresarial da Re- gião de Santarém certificou as competên- cias ao nível do nono ano de escolaridade de 28 colaboradores de duas empresas da região. Estas 28 pessoas vêm juntar-se aos 184 já certificados pelo CNO da Nersant este ano, ao nível do ensino básico e se- cundário. Dos que agora obtiveram a cer- tificação de competência, 17 trabalham na empresa Tema de Tomar e 11 na empresa Ramecel, em Caxarias, concelho de Ourém. O processo de certificação em cada uma das empresas, nos dias e horários indicados pelas mesmas e com o acompanhamento da equipa técnica da Nersant. Esta opor- tunidade serviu também para as empre- sas “cumprirem com a obrigatoriedade legal das 35 horas de formação, para au- mentarem o nível médio de escolaridade dos colaboradores, darem conhecimentos na área das Tecnologias da Informação e Comunicação e aumentarem as suas com- petências e a competitividade dos colabo- radores”, refere uma nota da associação empresarial. Estabelecendo como prioridade o au- mento das qualificações escolares e pro- fissionais da população activa, a Nersant tem como objectivo continuar a promover a certificação por parte dos maiores de 18 anos que não tendo frequentado ou con- cluído o 4º, 6º, 9º ou 12º anos de escolari- dade, possam ter interesse em obter uma certificação escolar equivalente. Nersant forma técnicos de Segurança e Higiene do Trabalho 13 Especial Festas de Coruche Especial Séniores

ESPECIAL FESTAS DE CORUCHE 2011

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“Entre Patas” tem animais desde o exótico ao tradicional 28 colaboradores de duas empresas obtêm certificação do nono ano de escolaridade As festas são inauguradas oficialmente dia 12, sexta-feira, pelas 18 horas, no parque do Sorraia. Procissão em honra de Nossa Senhora do Castelo, animação, música, petiscos, desfile etnográfico e festa brava. para os animais 11 Empresa da Semana Abriu há cerca de um mês em Santarém e tem tudo o que é essencial Especial Festas de Coruche

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Page 1: ESPECIAL FESTAS DE CORUCHE 2011

ECONOMIA 11 de Agosto de 2011O MIRANTE

Coruche em festa para homenagear a Padroeira e afugentar a crise

As festas são inauguradas ofi cialmente dia 12, sexta-feira, pelas 18 horas, no parque do Sorraia. Procissão em honra de Nossa Senhora do Castelo, animação, música, petiscos, desfi le etnográfi co e festa brava.

Especial FESTAS DE CORUCHE / Especial SENIORES

Empresa da Semana

“Entre Patas” tem animais desde o exótico ao tradicional Abriu há cerca de um mês em Santarém e tem tudo o que é essencial para os animais 11

São testemunhos de pessoas que lidam diariamente com pessoas de idade. Quem pensa que é tudo um mar de rosas desengane-se. Basta um pouco de bom senso para perceber que estas pessoas não estão a inventar. Lidar diariamente com o sofrimento dos outros é uma pesada cruz. E o peso ainda é maior porque esse trabalho nos obriga a confrontarmo-nos com o nosso próprio futuro. Para abrir uma instituição é necessário, muitas vezes, vencer grandes tormentas burocráticas.

A palavra a quem tem a missão de cuidar dos nossos séniores

28 colaboradores de duas empresas obtêm certificação do nono ano de escolaridade

O centro de novas oportunidades da Nersant - Associação Empresarial da Re-gião de Santarém certificou as competên-cias ao nível do nono ano de escolaridade de 28 colaboradores de duas empresas da região. Estas 28 pessoas vêm juntar-se aos 184 já certificados pelo CNO da Nersant

este ano, ao nível do ensino básico e se-cundário. Dos que agora obtiveram a cer-tificação de competência, 17 trabalham na empresa Tema de Tomar e 11 na empresa Ramecel, em Caxarias, concelho de Ourém.

O processo de certificação em cada uma das empresas, nos dias e horários indicados pelas mesmas e com o acompanhamento da equipa técnica da Nersant. Esta opor-tunidade serviu também para as empre-sas “cumprirem com a obrigatoriedade legal das 35 horas de formação, para au-mentarem o nível médio de escolaridade dos colaboradores, darem conhecimentos

na área das Tecnologias da Informação e Comunicação e aumentarem as suas com-petências e a competitividade dos colabo-radores”, refere uma nota da associação empresarial.

Estabelecendo como prioridade o au-mento das qualificações escolares e pro-fissionais da população activa, a Nersant tem como objectivo continuar a promover a certificação por parte dos maiores de 18 anos que não tendo frequentado ou con-cluído o 4º, 6º, 9º ou 12º anos de escolari-dade, possam ter interesse em obter uma certificação escolar equivalente.

Nersant forma técnicos de Segurança e Higiene do Trabalho 13

Especial Festas de Coruche

Especial Séniores

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11 AGOSTO 2011 | O MIRANTEFESTAS NOSSA SENHORA DO CASTELO - CORUCHE| 2

Qim Barreiros

Procissão em honra de Nossa Senhora do Castelo, animação, música, petiscos, desfile etnográfico e festa brava. Uma semana com a cabeça limpa de ameaças de catástrofes económicas e recessões galopantes.

As baladas de André Sardet, na noi-te de quarta-feira, dia 17, e a música popu-lar de Quim Barreiros e o seu acordeão, na noite de quinta-feira, dia 18, são o garante de animação musical durante as Festas de Coruche em Honra de Nossa Senhora do Castelo, que decorrem de 12 a 18 de Agos-to. Pelo palco principal das festas, mon-tado no parque do Sorraia, junto à praça de toiros e com o rio Sorraia ali ao lado, actuam ainda os Queen on Fire na noite de terça-feira, 16 de Agosto. Para os apre-ciadores de folclore não podia faltar mais uma edição do Festival “António Neves” a 15 de Agosto, segunda-feira, feriado na-cional, pelas 22h00.

As festas são inauguradas oficialmente dia 12, sexta-feira, pelas 18 horas, no parque do Sorraia. No rio que lhe dá nome come-ça sábado, dia 13, a II Taça de Velocidade do Sorraia em embarcações e canoagem de vários escalões. Começa ainda nesse dia o Festival Offroad Coruche 2011 dedicado ao mundo motorizado.

Para os aficionados (ver caixa) há tou-rada à corda nas ruas dos Bombeiros Mu-nicipais e do Couço com toiros provenien-tes dos Açores nos dias 12, 16 e 18, sempre no mesmo horário (18h00). Há ainda en-tradas e largadas de toiros a 14, 16 e 18 de Agosto, de manhã e à uma da madrugada,

Coruche em festa para homenagear a Padroeira e afugentar a criseQuim Barreiros e André Sardet garantem animação musical

João Salgueiro, Hermozo de

Mendoza e João Telles Jr. em praça

Os cavaleiros João Salgueiro, Pablo Hermozo de Mendoza e João Telles Jr. são garantia de uma grande corrida de toiros à portuguesa marcada para o fe-riado municipal, 17 de Agosto, quarta--feira, na praça de Coruche. A corrida tem início agendado para as 18 horas e na arena vão evoluir seis toiros de San-tiago Domecq que serão lidados pelos cavaleiros e, em solitário, pelo Grupo de Forcados Amadores de Coruche, ca-pitaneados pelo cabo Amorim Ribeiro Lopes. Os bilhetes estão à venda a par-tir de cinco euros.

Para dias 12 e 13 estão reservados dois espectáculos taurinos distintos: um de exaltação ao forcado coruchense e outro dedicado à corrida do campino do Vale do Sorraia. Paulo D’Azambuja e Verónica Cabaço são os cavaleiros que participam na noite de variedades taurinas de exaltação ao forcado coru-chense enquanto os Forcados de Coru-che se exibem perante dois toiros de S. Marcos e face a seis novilhos cedidos pela Casa Agrícola Quinta do Mato--o-Demo mostram diferentes sortes: pegas de costas, de caras, de cadeira, de cernelha, casa da guarda e sorte de gaiola. A noite de variedades taurinas está marcada para as 22h30 de 12 de Agosto, sexta-feira, e tem entrada ao preço único de cinco euros.

“O Campino em Festa” junta na arena da monumental de Coruche, às 22h30 de sábado, dia 13, os cavaleiros Manuel Telles Bastos, Tomás Pinto, Luís Vital Procuna e Javier Cortes que lidam quatro toiros de Sobral que serão também recolhidos a cavalo, antes de serem pegados pelos forcados anfitri-ões. O espectáculo custa 15 euros e in-

clui ainda jogos tradicionais, condução de cabrestos, fado e fandango.

Todos os espectáculos taurinos são abrilhantados pela Banda da Sociedade Filarmónica Coruchense. Na compra de bilhetes para 17 de Agosto a empresa Toiros e Tauromaquia promove a ven-da de bilhetes do espectáculo de dia 13 por dez euros, com stock limitado.

Reserva de bilhetes para qualquer dos eventos pode ser efectuada através do Sr. Figueiredo (938 275 131). Os in-gressos são adquiridos em Vila Franca de Xira (agência Arena, 263 272 895), em Coruche (no restaurante O Farnel e na Tertúlia dos Forcados Amadores do Coruche) e nas bilheteiras da praça a partir, das 18h00 às 21h00.

nas ruas da vila. O Fogo de Artifício à beira rio é um dos

marcos das festas que no dia 14, domingo, volta a fazer luz sob o céu de Coruche a partir da meia-noite. Mais calma mas tão ou mais imponente é a Procissão em Hon-ra de Nossa Senhora do Castelo, que se re-aliza às 18h00 de dia 16, terça-feira, com a padroeira a percorrer as ruas da vila antes de recolher ao santuário.

O Cortejo Etnográfico e do Trabalho é outro dos pontos altos das festas. Pelas 11 horas de quarta-feira, dia 17, dezenas de carros e figurantes retratam os usos, cos-tumes e profissões tradicionais das oito freguesias do concelho. Sempre um bom momento para levar a máquina fotográ-fica e registar.

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11 AGOSTO 2011O MIRANTE | | 3 FESTAS DE NOSSA SENHORA DO CASTELO - CORUCHE

Paulo Tomaz, Fátima Galhardo e Jorge Brito de Abreu

foto O MIRANTE

Comissão de festas celebra dez anos de trabalho, alegrias e dores de cabeçaA Comissão de Festas de Coruche celebra em

2011 dez anos de existência como entidade legal-mente constituída e terá tido, neste ano, o momento mais difícil para angariar receitas junto de empresas e particulares. Foi o presidente da comissão, Paulo Tomaz, que o admitiu durante a apresentação do programa dos festejos.

“Houve uma diminuição grande das contribuições das empresas a juntar ao corte por parte da câma-ra. Tivemos de fazer mais iniciativas para angariar receitas. É o reflexo do contexto nacional de crise em vários sectores. Houve empresas que cortaram 50 por cento do apoio em relação a 2010, outras 70 por cento e outras até 100 por cento”, analisou Paulo Tomaz, sem no entanto deixar de considerar que as festas vão ter muitos motivos de interesse, como as touradas à corda e largadas de toiros nas rua das vila, e um cartaz musical liderado por Quim Barreiros e André Sardet.

Quanto a dez anos de trabalho da comissão, Pau-lo Tomaz diz que o balanço é positivo. “Foram anos de alegria, de orgulho, mas também alguns momen-tos tristes e amargos de boca, que culminam com uma comissão com cabeça, tronco e membros. Em vez de ficarmos em casa a criticar, há que arregaçar mangas e mostrar que somos capazes de fazer um projecto desta dimensão com importância regional e nacional, pelo menos para a Direcção Geral de Finanças”, ironizou.

O juiz da Irmandade de Nossa Se-nhora do Castelo, Jorge Brito e Abreu, destaca a procissão como um dos mo-mentos marcantes das festas, manifes-tação “extraordinária e inexplicável de um culto com séculos de história, pelo menos de 1723”.

Por parte da autarquia coruchense, a vereadora Fátima Galhardo deixou o elogio a dois rostos que pegaram na comissão de festas no seu início - Va-lério Capaz e Rui Mendes - mas tam-bém “a quem está por detrás de toda a organização, incluindo os trabalhado-res camarários dos serviços de obras e equipamentos e dos serviços de recolha de resíduos”.

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11 AGOSTO 2011 | O MIRANTEfestas Nossa seNhora do Castelo - CoruChe| 4

Se não for a câmara municipal a apoiar, as festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo, em Coruche, desaparecem ou deixam de ter dignidade e dimensão. Esta é a ideia quase generalizada. A Padroeira da vila não é secundarizada como acontece noutras localidades. Muitos inquiridos confessam que vão à ermida regularmente ou que, pelo menos assistem

à procissão. A alguns meses do final do contrato assinado em 2009 entre o município e a CP que fez com que os comboios voltassem a passar por Coruche fica a ideia que ninguém terá muita pena se o serviço acabar. Porque não tem horários compatíveis com as necessidades das pessoas servindo apenas para dar despesa.

Apoio da câmara municipal às festas é bem visto

Manuel Ribeiro, 63 anos, fotógrafo, Coruche

“Quem quer ver as festas deve pagar”

Manuel Ribeiro considera que a Câma-ra de Coruche não devia pagar as festas. Para ele a comissão devia fazer as festas com o dinheiro que conseguisse junto da população. “Ninguém tem de ser meu cria-do, a trabalhar à borla e ainda por cima ser criticado para eu me divertir. Devia haver uma entrada paga para ver os ar-tistas. Sou do tempo em que quem queria ver as festas no largo do Rossio, onde ha-via quermesse e cadeiras para ver espec-táculos, pagava”. Confessa ainda que tem saudades das festas do antigamente, mais humanas e em que havia mais convívio entre as pessoas. “Hoje as actividades estão mais dispersas, é diferente”, acrescenta. Manuel Ribeiro foi em várias ocasiões à Ermida de Nossa Senhora do Castelo, al-gumas das quais para rezar, mas não cos-tuma pagar promessas durante a celebra-ção da padroeira. Já ouviu falar do serviço de transporte de passageiros de comboio a partir de Coruche mas a única viagem que fez foi há longo tempo. Ainda assim considera válido o serviço. “O comboio devia partir de Coruche e ir directamente a Lisboa sem paragem no Setil para mu-dar de comboio. Pode ser útil para quem trabalha em Lisboa durante a viagem dá para ver o computador, ler o jornal e fa-zer outras coisas”, refere.

Guilhermina Serrão, 62 anos, gerente comercial, Coruche

“Só com ajuda da câmara se conseguem fazer festas dignas”

Diz que faz todo o sentido que a co-missão de festas receba uma verba da câmara para organizar os festejos, por-que só assim é possível dar dignidade e dimensão aos mesmos. “Os donativos são cada vez menores por parte das pessoas e das empresas, por isso é importante que a câmara continue a atribuir um subsí-dio que ajude a comissão a fazer alguns gastos”, refere. É pela altura das nove-nas e com a tradição da procissão que Guilhermina Serrão mais vai à Senhora do Castelo, a que junta a três ou quatro visitas mais durante o ano para assistir a missas. “Algumas vezes também fiz promessas. No geral peço saúde para os meus familiares e bem-estar para todos em geral. É um local onde me sinto bem, onde gosto de estar”, comenta. Chegou a planear uma viagem de Comboio mas ainda não a realizou. Se o serviço for sus-penso ficará adiada para sempre. Apesar de as pessoas não terem aderido ao com-boio entre Coruche e Lisboa, considera-o importante. “Para dar prejuízo acho que não vela a pena manter o comboio. Se não se perder muito dinheiro acho que deve continuar. Foi até uma aposta do presidente da câmara”, conclui.

Vítor Azevedo, 58 anos, empresário, Coruche

Viajar de comboio é mais rápido, barato e confortável

Vítor Azevedo foi a Lisboa por moti-vos profissionais e a consultas médicas em quatro ocasiões nos últimos tempos e deslocou-se sempre de comboio a partir da estação de Coruche. Para o comercian-te o serviço ferroviário é bastante válido e favorável. “As pessoas pelos vistos ain-da não estão habituadas e preferem ir de automóvel mas os preços não são caros. É menos um euro ou dois do que viajar de

autocarro, além de ser muito mais rápido e confortável”, conta Vítor Azevedo, lem-brando que no Setil a passagem para ou-tro comboio é rápida.

Se o custo do comboio é acessível, o custo das festas não é perceptível a Vítor Azevedo, assim como o papel da comissão e o dinheiro que recebe da autarquia para as organizar. “Se a câmara este ano dá me-nos é porque não pode dar mais e as coisas não estão fáceis. Mas as festas necessitam de apoio da câmara, se a verba é suficien-te não sei dizer. As festas são um benefí-cio para a população de Coruche e para o concelho, mas não para o meu negócio”, admite o vendedor de peças auto. Ocasio-nalmente, Vítor Azevedo vai à Ermida da Senhora do Castelo para acompanhar fa-miliares em cerimónias mas não para rezar ou cumprir promessas. “Mas vou todos os anos às novenas e ver a procissão”, garante.

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11 AGOSTO 2011O MIRANTE | | 5 FESTAS DE NOSSA SENHORA DO CASTELO - CORUCHE

Maria Helena Baptista, 58 anos, farmacêutica, S. José da Lamarosa

“Comboio é cómodo e barato mas não tem horários de jeito “

Para Maria Helena Baptista festas

a sério têm de ser condignas ou não são festas. Por isso concorda que a Co-missão das Festas de Coruche receba um montante adequado por parte da câmara. “As festas atraem muita gente a Coruche e isso repercute-se econo-micamente”, justifica. Farmacêutica na Lamarosa, Maria Helena Baptista viaja ocasionalmente a Lisboa mas nunca o fez no serviço de transporte de passageiros em comboio reactivado em Coruche em 2009. “Quando vou a Lisboa vou de manhã e os horários de comboio nunca coincidiam com os meus. Acabo sempre por ir de au-tocarro. A perder-se o serviço é uma pena mas os horários não estão ade-quados às necessidades das pessoas. O comboio acaba por ser um trans-porte mais cómodo e barato mas as camionetas têm horários mais flexí-veis”, compara. Não sendo natural de Coruche, Maria Helena Baptista foi várias vezes à missa à Ermida de Nossa Senhora do Castelo, já que nos restantes dias não está sempre aberta. “É um espaço diferente da igreja ma-triz, mais pequeno, mais acolhedor, com uma vista espectacular”, anali-sa, lembrando que costuma assistir à procissão e também se afeiçoou à padroeira.

Alberto Silva, 57 anos, bate-chapas, Coruche

Um adepto da festa brava que foi forcado

Com 13 e 14 anos Alberto Silva era presença habitual nas novenas e na Er-mida de Nossa Senhora do Castelo mas a sua principal motivação era ver as mi-údas da sua idade. “Não sou muito fre-quentador da ermida. Sou baptizado mas nunca me perguntaram se queria ser”, diz o bate-chapas, que admite no entan-to o valor simbólico da Senhora do Cas-

Joaquim Guilherme, 59 anos, industrial, Azervadinha

“Se o comboio não tem passageiros não vale a pena continuar”

Há alguns anos Joaquim Guilherme foi à Ermida do Castelo cumprir o paga-mento de uma promessa. Como boa par-te dos coruchenses, revê-se na sua padro-eira. Acompanha quase sempre a procis-são mas também outros pontos altos das festas, como o cortejo etnográfico no Dia do Campino. “Até costumo ser contacta-do para fabricar alguns carros alegóricos. Este ano ainda não aconteceu mas tam-bém acontece quase sempre de véspera do início das festas”, diz o industrial de carpintaria. Para Joaquim Guilherme faz todo o sentido que a câmara apoie a co-missão de festas, como este ano com 80 mil euros. “Não se faz muito, faz-se um pouco menos. Se câmara não contribui, quem é que o faz? Senão as festas acaba-vam todas e nas festas de aldeias também não falta apoio dos comerciantes locais”, compara. A primeira e única vez que Jo-aquim Guilherme andou de comboio foi há longos anos, quando foi assentar pra-ça. Diz que não vale a pena manter um serviço que dê prejuízo. “Se em Coruche o número de passageiros é baixo não vale a pena manter o serviço e sobrecarregar--nos mais com despesas”, afirma.

telo para quem acredita pela afluência que regista a procissão durante os fes-tejos. Defende que a comissão de festas tem de ter comparticipação da câmara. “Só assim se conseguem montar festas com esta dimensão” , defende, apesar de desconhecer quanto é gasto. “Nas festas costumo ir mais às touradas e vou no dia do campino. Aprecio mais a festa brava até por ter sido forcado dos Amadores de Coruche. Não podemos deixar morrer a festa!”, apela.

Nunca utilizou o comboio de passa-geiros em Coruche. Supõe que seja útil mas não sabe. “Poderia ser útil para Co-ruche mas as pessoas desabituaram-se um pouco. Muita gente tem carro e a estação fica a dois quilómetros da vila”, conclui.

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11 AGOSTO 2011 | O MIRANTE| 6 festas de Nossa seNhora do Castelo - CoruChe

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“Câmara deve apoiar festas mas sem exageros”

Presença habitual na Ermida do Castelo quando surgem os de-sagradáveis funerais ou os festi-vos casamentos, Vítor Velez dos Santos também não dispensa a presença nalgumas novenas e em acompanhar a procissão em Hon-ra de Nossa Senhora do Castelo que começa e culmina na ermida. “Para mim há dois dias em que não saio de Coruche: o dia da pro-cissão e dia do cortejo etnográfico,

não prescindo de assistir aos dois”, assegura. Nunca pertenceu a ne-nhuma comissão de festas e não sabe quanto se gasta mas aceita que que a câmara comparticipe embora sem ser em excesso. “Pe-lo menos para que as festas não acabem”, justifica. Tem vontade de fazer um passeio de comboio até Lisboa mas ainda não arran-jou tempo, até porque no fim-de--semana não há comboio. “Prova-velmente são poucas as pessoas que andam de comboio mas há tanto dinheiro mal gasto e este é um serviço útil”, sustenta.

“As patuscadas com os amigos são a melhor parte das festas”

Adepto do fogo de artifício, das corridas de toiros, das larga-das nas ruas e dos espectáculos, o que dá gosto a Fernando Ro-drigues é viver quase diariamen-te a noite das festas de Coruche. “Costumo ir a um bocadinho de tudo das nossas festas mas a me-lhor parte é os comes e bebes e as patuscadas com os amigos”. Não

é visitante regular da ermida de Nossa Senhora do Castelo. “Só quando vou a casamentos e bap-tizados. Mas não deixo de assistir à procissão nas ruas e junto à er-mida”, explica. Concorda com o apoio da câmara à comissão de festas porque trabalho não é tudo e também é preciso diversão. “O principal suporte das festas será sempre a câmara”, acrescenta. Nunca utilizou o comboio des-de que o mesmo voltou a passar por Coruche mas admite que o mesmo volte a acabar “se der muito prejuízo”.

O MIRANTE — ANO XXII Nº997 - 11-08-2011 - 2ª PUBLICAÇÃO

ANÚNCIO

PEDRO MATAFOMEAGENTE DE EXECUÇÃO - CÉDULA 1793

Tribunal Judicial de San-tarém

Processo: 3035/03.8TB-STR-B — 2º Juízo Cível Execução Comum — Paga-mento de Quantia Certa Ex-equente: Otelinda Barreiros Ludovino

Mário Avelino RodriguesExecutados: Beatriz

Toxa CristinoJosé Paulo MendesJosé Manuel Cristino

Mendes

Faz-se saber que, nos autos acima identifi cados, se encontra designado o dia 8 de Setembro de 2011, pelas 09 horas e 45 minutos, no Tribu-nal Judicial de Santarém – 2º Juízo Cível, sito no Campo Sá da Bandeira, 2000-024,em Santarém, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem:

VERBAPRÉDIO URBANO, sito

em Secorio – Vale Loucos, na Freguesia de M oçar-ria, Concelho de Santarém composto de casa com 4 divisões, arrecadação, com a área de 157.5 m2 e pátio com a área de 90m2, com a área total de 247.5 m2 inscrito na matriz com o artigo 779 e encontra – se descrito na Conservatória do Registo Predial de Santarém sob o número 68/19860221.

O bem pertence ao ex-ecutado José Paulo Mendes contribuinte fi scal 179866311

VALOR BASE: 10.560,00€ € (Dez mil quinhentos e sessenta euros). Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 7.392,00 € (sete mil trezentos e noventa e dois euros), correspon-dente a 70 % do valor base. É fi el depositário o próprio executado, devendo mostrar o bem, a pedido.

Das propostas apresenta-das deverão os proponentes, juntar cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 5% do valor base do bem ou garantia bancária no mesmo valor, como caução, identifi -car-se, fazendo constar das mesmas o nome completo, morada, número de bilhete de identidade ou cartão do cidadão e número de contribuinte, em envelope selado somente com a indicação na parte exterior do nº de processo e juízo e tribunal correspondente. As propostas remetidas por correio deverão ser enviadas de forma a serem recebidas antes da data e hora agendadas.

Não se encontra pen-dente nenhuma oposição à execução nem foram recla-mados créditos.

Amiais de Baixo, 26 de Julho de 2011

O Agente de ExecuçãoPEDRO MATAFOME

Fernando Rodrigues, 36 anos, montador de pneus, Rebocho

Vítor Velez dos Santos, 59 anos, caixilheiro, Coruche

O MIRANTE — ANO XXII Nº997 - 11-08-2011 - 2ª PUBLICAÇÃO

ANÚNCIO

TRIBUNAL JUDICIAL DE ALMEIRIMSECÇÃO ÚNICA

Processo: 424/03.1 TB-ALR

Execução OrdináriaData: 07-07-2011 Exequente: Caixa de

Credito Agr. Mutuo Ribatejo Sul Crl

Executado: Manuel Vital Juslino e outro(s)

Nos autos acima identi-fi cados foi designado o día 16-09-2011, pelas 09,30 horas, neste Tribunal, para a aber-tura de propostas, que sejam entregues até esse momento no Secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra do(s) seguinte(s) bem/bens,

TIPO DE BEM: ImóvelDESCRIÇÃO: “Prédio

urbano composto de casas de rés do chão para habita-ção e quintal sita na vila e freguesia de Fazendas de Almeirim concelho de Almei-rim ,confronta do Norte com António Fróis Sul com José Justino e serventia Nascente com Rosária Fulgêncio e serventia e Poente com José Fulgêncio dos Santos inscrito na matriz sob o artigo 2300 da freguesia de Fazendas de Almeirim e descrito na Conservatória do

Registo Predial de Almeirlm no nº 3162/Fazendas de Almeirim”

PENHORADO A:EXECUTADO: Man-

uel Vital Justino. Estado civil: Viúvo. Documen-tos de identificaçâo: Bl. - 2113619, NIF - 136817122. Endereço: Rua da Ajuda, 2080-000 Fazendas de Almei-rim EXECUTADO: António Manuel Fidalgo Porfírio Alves. Estado civil: Viúvo. Docu-mentos de identifi cação: BI - 9619726. NIF - 183323300. Endereço: Rua Dr. José Mauricio Carvalho, 2080-000 Fazendas de Almeirim

EXECUTADO: Maria Mar-garida Sapateiro Justino. Estado civil: Viúvo. Docu-mentos de identifi cação: BI - 9322052, NIF - 190918101. Endereço: Rua Dr, José Maurício Carvalho, 2080-000 Fazendas de Almeirim

VALOR BASE: 55.500,00€ reduzida a 70%

O Juiz de DireitoDr(a) Pedro Miguel

Ferreira LopesO Juiz de DireitoJorge Manuel

dos Santos Garrido

Identifi cação do bem:Móvel½ (METADE) do prédio

urbano constituído em regime de propriedade horizontal, in-scrito na matriz predial urbana do Concelho e Freguesia de Alpiarça, sob o artigo 6338 Fracção L, sito na Rua José Relvas Urbanização Casal dos Gagos Lote 5 3º Esqº 2090-102 Alpiarça, destinado a habitação, confronta do Norte com Lote 6 e espaço público, do Sul com Lote 4 e espaço público, do Nascente e Poente com espaço público, composto por 3 quartos, sala de estar, cozinha, arrumos, 2 instalações sanitárias, 2 átrios de circulação e 1 terraço que integra partes comuns do edifício.

E R N E S T I N A H E N -RIQUES RODRIGUES CAL-DEIRA, Chefe de Finanças de Almeirim, faz saber que por despacho de 25/07/2011, proferido nos termos do Artigo 252º alínea a) do

CPPT foi ordenada a venda por Negociação Particular do bem penhorado ao ex-ecutado Nuno Manuel Frois Oliveira, residente na Rua José Relvas Urbanização Casal dos Gagos Lote 5 3º Esqº 2090-102 Alpiarça, no processo de execução fi scal nº 1945200901031627 e apensos.

Foi incumbida de angariar interessados na compra do bem acima identificado o negociador particular Alvarez Marinho Mediação Imobil-iária Lda, contribuinte nº 508864968, com sede na Rua Álvaro Galrão Nº2 1º Esqº 2560-305 Torres Vedras, pelo que quaisquer interessados na sua aquisição o devem contactar.

Almeirim 4 de Agosto de 2011

O Chefe de FinançasErnestina Henriques Rodrigues Caldeira

TAT2

SERVIÇO DE FINANÇAS DE ALMEIRIM

ANÚNCIO-EDITAL

DF SANTARÉM - DGCI

O MIRANTE — ANO XXII Nº997 - 11-08-2011

O MIRANTE — ANO XXII Nº997 - 11-08-2011 - 2ª PUBLICAÇÃO

ANÚNCIO

PEDRO MATAFOMEAGENTE DE EXECUÇÃO - CÉDULA 1793

Tribunal Judicial de Car-taxo

Processo: 157/09.5T BCTX — 2º Juízo

Execução Comum — Pagamento de Quantia Certa Exequente: Carlos Alberto de Jesus Guia

Executados: Elisabete Maria Rodrigues Correia Santos José Luís Silva dos Santos

Faz-se saber que, nos autos acima identifi cados, se encontra designado o dia 26 de Setembro de 2011, pelas 11 horas e 30 minutos, no Tri-bunal Judicial de Cartaxo – 2° Juízo, sito no Largo Vasco da Gama, 2070-048,no Cartaxo, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem:

VERBAP R É D I O U R B A N O ,

sito em Casais da Lagoa – Boavista, na Freguesia de Aveiras de Baixo, Concelho da Azambuja, composto Rés do Chão para a habitação, com a área total de 87,5 m2, inscrito na matriz com o artigo 903 e encontra – se descrito na Conservatória do Registo Predial de Azambuja sob o número 342/19920408.

O bem pertence ao ex-ecutado José Luís Silva dos Santos, Contribuinte Fiscal número 114970130.

VALOR BASE: 10.560,00€ € (Dez mil quinhentos e sessenta euros). Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 7.392,00 € (sete mil trezentos e noventa e dois euros), correspon-dente a 70 % do valor base. É fi el depositário o próprio executado, devendo mostrar o bem a pedido

Das propostas apre-sentadas deverão os pro-ponentes, juntar cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante cor-respondente a 5% do valor base do bem ou garantia bancária no mesmo valor, como caução, identifi car-se, fazendo constar das mesmas o nome completo, morada, número de bilhete de identi-dade ou cartão do cidadão e número de contribuinte, em envelope selado somente com a indicação na parte exterior do n° de processo e juízo e tribunal correspon-dente. As propostas remeti-das por correio deverão ser enviadas de forma a serem recebidas antes da data e hora agendadas.

Não se encontra pen-dente nenhuma oposição à execução nem foram recla-mados créditos.

Amiais de Baixo, 26 de Julho de 2011

O Agente de ExecuçãoPEDRO MATAFOME