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Foto: Washington Luís/Prefeitura de Paulo Afonso Esgotamento acelera despoluição em lagos Antes da implantação do sis- tema de esgotamento sanitá- rio em Paulo Afonso, mais de quatro mil imóveis lançavam esgoto, sem tratamento algum, diretamente nos lagos da cida- de. Hoje, com cobertura de es- gotamento de cerca de 90% no entorno dos lagos, moradores já comemoram os reflexos da re- vitalização. Análises da Embasa comprovam queda nos índices de poluição. PÁGINAS 4 E 5 PÁGINAS 4 E 5 Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº 241 — Julho de 2015 Entrevista: diretor fala sobre novo ciclo de planejamento PÁG. 3 Fechado acordo coletivo 2015-2016 PÁG. 7 Equipes caçam imóveis não ligados à rede de esgoto PÁG. 8 LEIA TAMBÉM: PAULO AFONSO

Esgotamento acelera despoluição em lagos

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Esgotamento acelera despoluição em lagos

Antes da implantação do sis-tema de esgotamento sanitá-rio em Paulo Afonso, mais de quatro mil imóveis lançavam esgoto, sem tratamento algum, diretamente nos lagos da cida-de. Hoje, com cobertura de es-gotamento de cerca de 90% no entorno dos lagos, moradores já comemoram os refl exos da re-vitalização. Análises da Embasa comprovam queda nos índices de poluição. PÁGINAS 4 E 5PÁGINAS 4 E 5

Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº 241 — Julho de 2015

Entrevista: diretor fala sobre novo ciclo de planejamento

PÁG.3Fechado acordo coletivo 2015-2016

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Equipes caçam imóveis não ligados à rede de esgoto

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LEIATAMBÉM:

PAULO AFONSO

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DIRETORIA EXECUTIVA

Presidência

Rogério Costa Cedraz

Diretoria de Gestão Corporativa

Maria do Socorro Mendonça Vasconcellos

Diretoria Financeira e Comercial

Dilemar Oliveira Matos

Diretoria Técnica e de Planejamento

César Silva Ramos

Diretoria de Engenharia

Rita de Cássia Sarmento Bonfi m

Diretoria de Operação da RMS

Carlos Ramirez Magalhães Brandão

Diretoria de Operação do Interior

José Ubiratan Cardoso Matos

UNIDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

GerenteDébora Ximenes

Edição

Débora Ximenes/Fernanda Macedo

Redação

Mariana Paranhos, Marcos Fonseca,

Paula Janaína Araújo, Silvia Noronha

Cássia Dias e Sílvia Dantas (UNF)

Patrícia Araújo (UNI), Adriano Aleixo (UNS),Mauri Azevedo (USV)

Editoração Gráfi ca

Patrícia Resende

Publicação externaTiragem: 5.000 exemplares

Av. 4a; 420 - Centro Administrativo da Bahia - CAB

41745-002 Salvador - Bahia

Tel.: (71)3372-4898 Fax.: (71)3372-4640/4600

www.embasa.ba.gov.br

[email protected]

Impresso na

Qualigraf Serviços Gráfi cos

e Editora Ltda.

EXPEDIENTE

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EDITORIAL

Novos rumos, novo jornal

EDITORIAL

O crescimento da Embasa, decor-rente do esforço empreendido nos últimos anos para ampliar o

atendimento em sua área de atuação, im-pôs a necessidade de revisão da estrutura e dos processos da empresa. Organizar a gestão, no sentido de promover a susten-tabilidade do que foi conquistado e criar bases seguras para continuar buscando a universalização, é a diretriz do momento.

O novo Jornal da Embasa refl ete o atual contexto da empresa. Esta edição é a pri-meira de uma série que vai tratar de fatos, informações e opiniões relacionados aos rumos que estão sendo tomados para qua-lifi car a efi ciência empresarial e operacional da Embasa. A cada mês, uma edição vai in-formar o que está sendo feito ou decidido pelos empregados, sejam diretores, gesto-res ou os executores da base, para melhorar o desempenho de seus setores e o da em-presa na prestação de seus serviços.

Temas que fazem parte do dia a dia da gestão de uma grande empresa, como planejamento estratégico, otimização de processos, inovações, contribuição de equipes e profi ssionais para a obten-ção de bons resultados, saúde e segu-rança do trabalho, vão ocupar essas oito páginas que estão com visual e projeto

gráfi co mais leve, proporcionando uma rápida e confortável leitura.

O jornal Embasa da Gente, voltado ex-clusivamente aos empregados, e o antigo Jornal da Embasa, destinado aos usuários em geral, cumpriram bem seu papel. Se-guindo a dinâmica da empresa, que inicia mais um ciclo de gestão, o Jornal da Em-basa será uma publicação mensal com foco no trabalho de todos os empregados que contribuem para que os serviços es-senciais de água e esgotamento sanitário possam atender satisfatoriamente às ex-pectativas da sociedade.

O novo Jornal da Embasa refl ete o atual contexto da empresa.

A Diretoria Executiva promoveu videoconferência para apresentar aos empregados as recentes mudanças na estrutura organizacional da Embasa e as principais diretrizes que deverão nortear a elaboração do novo ciclo de planejamento estratégico. Na abertura do evento, realizado em julho, o presidente Rogério Cedraz falou sobre a implantação do projeto de reconfi guração dos processos da empresa e ressaltou a importância do acompanhamento constante das metas e indicadores que serão pactuados no âmbito do planejamento estratégico 2016-2019.

Videoconferência

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ENTREVISTA/CÉSAR RAMOSENTREVISTA/CÉSAR RAMOS

JORNAL DA EMBASA –JORNAL DA EMBASA – A atual missão A atual missão da Embasa, em resumo, é buscar a uni-da Embasa, em resumo, é buscar a uni-versalização sustentável de seus servi-versalização sustentável de seus servi-ços, em cooperação com os municípios, ços, em cooperação com os municípios, contribuindo para a melhoria da qua-contribuindo para a melhoria da qua-lidade de vida e desenvolvimento do lidade de vida e desenvolvimento do estado. No novo ciclo de planejamento estado. No novo ciclo de planejamento 2016-2019, você acredita que haja mu-2016-2019, você acredita que haja mu-danças na missão, visão e valores?danças na missão, visão e valores?

CÉSAR RAMOS –CÉSAR RAMOS – A missão e os valores são os componentes da identidade organiza-cional relacionados ao papel e princípios basilares da organização e, normalmente, não sofrem mudanças a curto e médio prazos. Portanto, eu acredito que não se-rão alterados. Já a visão tem a ver com a posição na qual a organização almeja es-tar no futuro e é muito infl uenciada pelos cenários internos e externos. Como tais cenários são muito dinâmicos, é possível que a visão sofra alguma mudança.

JE –JE – Como a empresa está se organizan-Como a empresa está se organizan-do para defi nir o novo ciclo de planeja-do para defi nir o novo ciclo de planeja-mento para o quadriênio 2016-2019?mento para o quadriênio 2016-2019?

CR –CR – O planejamento estratégico atual vai vigorar até dezembro de 2015. Em parale-lo à fase fi nal deste ciclo, vamos construir, no período de julho a outubro, um plane-jamento estratégico para o próximo ciclo de quatro anos. Para tanto, contaremos com o apoio de uma consultoria especia-lizada, no intuito de combinar elementos de métodos consagrados para construir um modelo de gestão estratégica ade-quado às necessidades da empresa. O processo será participativo e con-tará com ofi cinas, entrevistas e reu-niões, que resultarão na revisão da identidade corporativa e na defi nição de objetivos, in-dicadores, metas, iniciativas e planos estratégicos. A dife-rença em relação ao modelo em vigor consiste no fato de que o alinhamento dos pro-cessos e unidades organiza-cionais às defi nições estratégicas será um dos produtos dos trabalhos, o que signifi -ca que teremos, ao fi nal do processo, indi-cadores e metas desdobrados em todos os níveis e áreas da organização.

JE –JE – E sobre a otimização dos processos in-E sobre a otimização dos processos in-ternos? O que está previsto para este ano?ternos? O que está previsto para este ano?

CR –CR – Planejamos mapear e otimizar pro-cessos críticos da empresa, de modo a me-

Pessoas, estratégia e usuários dão o tom da nova gestão

A reestruturação do desenho organizacional da Em-basa, ofi cializada no dia 1° de julho, marcou o início

das mudanças no modelo de gestão da empresa, que tem como prioridade o fortalecimento da gestão estratégica em todos os níveis organizacionais. O Jornal da Embasa procurou o diretor técnico e de Planejamento, César Ra-mos, para um rápido bate-papo sobre a preparação do novo ciclo, que inclui a revisão do planejamento estratégi-co para o próximo quadriênio (2016-2019) e a otimização de processos críticos.

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lhorar sua efi ciência e efi cácia através de uma discussão sobre papéis e responsabilidades, identifi cação e eli-minação de gargalos, levando, assim, a um redesenho de seus fl uxos. Esta iniciativa será conduzida como um projeto corporativo e contará com equipe fi xa e equipes temporárias. A otimização dos processos permitirá também uma utilização mais efetiva das funcionalidades do SAP.

JE –JE – Você poderia expressar, em Você poderia expressar, em poucas palavras, qual seria o tom poucas palavras, qual seria o tom da atual gestão?da atual gestão?

CR –CR – Em termos do modelo de ges-tão, podemos dizer que o tom a ser empregado está relacionado a três elementos que são priorizados em qualquer organização bem-sucedida: pessoas, estratégia e usuários.

César RamosDiretor Técnico e de Planejamento

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Planejamos mapear e otimizar processos críticos da empresa, de modo a melhorar sua efi ciência e efi cácia através de uma discussão sobre papéis e responsabilidades

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Avança despoluição em lagos de Paulo Afonso ituado às margens do rio São Francisco, o município de Paulo Afonso, que em

julho, comemora seu 57º aniversário de eman-cipação política, vem dando passos largos na área de saneamento básico, com a recupera-ção dos lagos urbanos. A despoluição tem se dado de forma gradativa desde 2013, a partir da conclusão da primeira etapa da ampliação do sistema de esgotamento sanitário (SES), empreendimento realizado pela Embasa. “A implantação do sistema, aliada ao posterior adensamento das redes coletoras nas áreas dos lagos, propiciou a redução do lançamento de esgotos domésticos diretamente no meio ambiente e o refreamento da degradação am-biental nestes locais”, avalia o gerente da uni-dade regional da Embasa em Paulo Afonso, Flávio Feitosa.

Antes da implantação do sistema, mais de qua-tro mil imóveis lançavam o esgoto nos lagos, contribuindo para o processo de eutrofi zação, ou seja, a concentração excessiva de matéria orgânica na água, causando o desaparecimento do espelho d’água e do ecossistema aquático . Segundo Flávio, além de ampliar a rede coletora na região, a Embasa identifi cou pontos de lan-çamento indevido de esgoto sem tratamento nos lagos. “Foram mais de 30 locais mapeados, onde nossas equipes atuaram e eliminaram as irregularidades”, ressalta. Com isso, os índices de poluição vêm sendo reduzidos signifi cativa-mente no Lago Centenário, da Vila Militar, e no Lago O Boi e a Cobra, por exemplo.

Análises realizadas pela Embasa comprovam os avanços na qualidade da água dos lagos. Um dos parâmetros de avaliação é a deman-da bioquímica de oxigênio (DBO), que mede a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica biodegradável presente na água (uma medida indireta da poluição no meio). Ou seja, quanto maior a DBO, maior a carga orgânica e, consequentemente, mais alto o nível de poluição da água. Em janeiro de 2014, a DBO no Lago da Vila Militar era de 14,2 miligramas por litro (mg/l). Pouco mais de um ano depois, em fevereiro de 2015, esse índice caiu para 12,4 mg/l.

Os moradores do entorno dos lagos já per-ceberam a diferença. A dona de casa Maria do Socorro Monteiro mora há 15 anos no bairro Tropical, próximo ao Lago da Vila Militar, e só agora se livrou dos problemas com mau chei-ro. “Aqui era ruim demais, mas agora está bem diferente. Acabou o cheiro ruim e os mosqui-tos que atrapalhavam nossa vida”, comemora. Para Flávio, além de benefícios diretos como este, a revitalização dos lagos vai contribuir signifi cativamente para o turismo e lazer na cidade. “Temos um ganho ambiental e melho-ria na qualidade de vida como um todo para a nossa comunidade”, assinala.

S

Análises indicam melhoria na qualidade da água no lago da Vila Militar.

Lago Balneário

Ampliação do Sistema foi entregue em 2013

Dona Maria do Socorro se livrou do mau cheiro e dos insetos

Legalidade da tarifa

Com a ampliação do SES, a cobertura de esgotamento na cidade saltou de 4,5% para 36% na sede municipal. Considerando apenas a região do entorno dos lagos, o índice chega a mais de 90% de cobertura, alcançando os bairros Caminho dos Lagos, BNH, Panorama, Senhor do Bonfi m, Tropical, Centenário, Fazenda Chesf e General Dutra. A obra teve investimento de R$ 94,8 milhões, entre recursos próprios da empresa e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O esgoto doméstico coletado nas redes operadas pela Embasa é direcionado para uma das duas estações de tratamento de Paulo Afonso. Nas estações, em média, mais de 80% da matéria orgânica é removida e só depois o efl uente já tratado é transportado ao Rio São Francisco, sem causar danos ao meio ambiente.

Sistemas de esgotamento sanitário implicam em grandes investimentos e garantem mais saúde, higiene e qualidade de vida para a população, além de despoluição e preservação do meio ambiente. Na Bahia, o percentual de 80% é destinado à remuneração dos custos operacionais, depreciação, amortização e investimento realizado. A cobrança é baseada no Decreto Estadual 7.765/2000, que dispõe sobre a ligação de efl uentes à rede pública de esgotamento sanitário.

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Avança despoluição em lagos de Paulo Afonso ituado às margens do rio São Francisco, o município de Paulo Afonso, que em

julho, comemora seu 57º aniversário de eman-cipação política, vem dando passos largos na área de saneamento básico, com a recupera-ção dos lagos urbanos. A despoluição tem se dado de forma gradativa desde 2013, a partir da conclusão da primeira etapa da ampliação do sistema de esgotamento sanitário (SES), empreendimento realizado pela Embasa. “A implantação do sistema, aliada ao posterior adensamento das redes coletoras nas áreas dos lagos, propiciou a redução do lançamento de esgotos domésticos diretamente no meio ambiente e o refreamento da degradação am-biental nestes locais”, avalia o gerente da uni-dade regional da Embasa em Paulo Afonso, Flávio Feitosa.

Antes da implantação do sistema, mais de qua-tro mil imóveis lançavam o esgoto nos lagos, contribuindo para o processo de eutrofi zação, ou seja, a concentração excessiva de matéria orgânica na água, causando o desaparecimento do espelho d’água e do ecossistema aquático . Segundo Flávio, além de ampliar a rede coletora na região, a Embasa identifi cou pontos de lan-çamento indevido de esgoto sem tratamento nos lagos. “Foram mais de 30 locais mapeados, onde nossas equipes atuaram e eliminaram as irregularidades”, ressalta. Com isso, os índices de poluição vêm sendo reduzidos signifi cativa-mente no Lago Centenário, da Vila Militar, e no Lago O Boi e a Cobra, por exemplo.

Análises realizadas pela Embasa comprovam os avanços na qualidade da água dos lagos. Um dos parâmetros de avaliação é a deman-da bioquímica de oxigênio (DBO), que mede a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica biodegradável presente na água (uma medida indireta da poluição no meio). Ou seja, quanto maior a DBO, maior a carga orgânica e, consequentemente, mais alto o nível de poluição da água. Em janeiro de 2014, a DBO no Lago da Vila Militar era de 14,2 miligramas por litro (mg/l). Pouco mais de um ano depois, em fevereiro de 2015, esse índice caiu para 12,4 mg/l.

Os moradores do entorno dos lagos já per-ceberam a diferença. A dona de casa Maria do Socorro Monteiro mora há 15 anos no bairro Tropical, próximo ao Lago da Vila Militar, e só agora se livrou dos problemas com mau chei-ro. “Aqui era ruim demais, mas agora está bem diferente. Acabou o cheiro ruim e os mosqui-tos que atrapalhavam nossa vida”, comemora. Para Flávio, além de benefícios diretos como este, a revitalização dos lagos vai contribuir signifi cativamente para o turismo e lazer na cidade. “Temos um ganho ambiental e melho-ria na qualidade de vida como um todo para a nossa comunidade”, assinala.

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Análises indicam melhoria na qualidade da água no lago da Vila Militar.

Lago Balneário

Ampliação do Sistema foi entregue em 2013

Dona Maria do Socorro se livrou do mau cheiro e dos insetos

Legalidade da tarifa

Com a ampliação do SES, a cobertura de esgotamento na cidade saltou de 4,5% para 36% na sede municipal. Considerando apenas a região do entorno dos lagos, o índice chega a mais de 90% de cobertura, alcançando os bairros Caminho dos Lagos, BNH, Panorama, Senhor do Bonfi m, Tropical, Centenário, Fazenda Chesf e General Dutra. A obra teve investimento de R$ 94,8 milhões, entre recursos próprios da empresa e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O esgoto doméstico coletado nas redes operadas pela Embasa é direcionado para uma das duas estações de tratamento de Paulo Afonso. Nas estações, em média, mais de 80% da matéria orgânica é removida e só depois o efl uente já tratado é transportado ao Rio São Francisco, sem causar danos ao meio ambiente.

Sistemas de esgotamento sanitário implicam em grandes investimentos e garantem mais saúde, higiene e qualidade de vida para a população, além de despoluição e preservação do meio ambiente. Na Bahia, o percentual de 80% é destinado à remuneração dos custos operacionais, depreciação, amortização e investimento realizado. A cobrança é baseada no Decreto Estadual 7.765/2000, que dispõe sobre a ligação de efl uentes à rede pública de esgotamento sanitário.

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saDos dez municípios baianos que terão obras de saneamento e mobilidade urbana, no valor de R$ 625 milhões,

autorizadas no dia 6 de julho com recursos do PAC/Saneamento, dois receberão em-preendimentos da Embasa. Com investi-mento de R$ 39,2 milhões, oito localidades de Camaçari serão benefi ciadas com a am-pliação do sistema integrado de abasteci-mento de água (SIAA) de Machadinho Sul.

Já em Irecê, a Embasa implantará sistema de esgotamento sanitário, com investimen-to de R$ 74,7 milhões, benefi ciando 77 mil habitantes. No início de julho, técnicos da empresa e da Caixa Econômica Federal esti-veram na cidade (foto) para analisar a viabili-dade das ações sociais, que serão desenvol-vidas paralelamente à obra. “O projeto não é engessado. A dinâmica local é que vai dar o tom da execução”, informou Maria Mara-nhão, socióloga da Embasa. O projeto social prevê ações que envolvem planejamento, incentivo à participação comunitária, mobi-lização social e educação ambiental.

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Embasa garante verba federal para obras em Camaçari e Irecê

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Técnicos da Embasa e da Caixa Econômica visitam Irecê

Em Camaçari, serão contempladas Jauá, Pé de Areia, Catu de Abrantes, Busca Vida, Abrantes, Machadinho, Cajazeiras de Abrantes e Areias

Tarifa de esgoto volta a ser cobrada

A partir do mês de agosto, será retomada a cobrança da tarifa de esgoto em Guanam-bi, após determinação da Justiça que, no fi nal de maio, emitiu sentença declarando improcedente a ação civil pública movida pelo Ministério Público, em 2011. Dessa for-ma, imóveis situados na área de cobertura do serviço de esgotamento sanitário vão começar a receber as contas com leitura de consumo relativa ao período de junho-ju-lho. Atualmente, o sistema de esgotamento sanitário de Guanambi disponibiliza o aces-so dos imóveis à rede coletora de esgotos em cerca de 50% da sede do município.

A cobrança da tarifa de esgoto, no Brasil, está prevista na Lei Nacional de Saneamento Básico nº 11.445, de 2007 e no decreto federal regulamentador nº 7.217, de 2010.

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Na Unidade Regional de Senhor do Bonfi m (UNS), o eletrotécnico João Almeida deu exemplo de in-ventividade, ao adequar uma gaiola de proteção à estrutura de um caminhão do tipo guindauto, que tradicionalmente é utilizado para movimentação de grandes cargas. Fabricada em chapa de aço e revestida de fi bra de vidro, a gaiola propicia maior segurança e rapidez na realização de serviços em postes, caixas de luz e reservatórios elevados. A adaptação foi acompanhada pelo setor de Segu-rança do Trabalho da unidade.

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Com 34 anos de dedicação à Embasa, o ex-diretor de Operação e Expan-são Sul, Carlos Alberto Pontes, fale-

ceu no dia 30 de junho, deixando a memó-ria de uma trajetória plena de realizações. Carlos Pontes será lembrado pelo jeito alegre com que levava a vida; o gosto pelo futebol e pelo carnaval; a relação amorosa com a família e com os amigos; além da competência e dedicação que marcaram sua carreira. Sua história na Embasa foi pautada pela ética, respeito e comprome-timento que se refl etem na admiração de todos os colaboradores, inclusive daque-les que não tiveram a oportunidade de trabalhar diretamente com o gestor.

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In memoriam de Carlos Pontes

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No dia 13 de julho, os empregados aceitaram a proposta da empresa e obtiveram reajuste de 8,34%, aplicado já na folha de julho, com retroatividade a 1º de maio. O valor referente ao retroativo de maio e junho será pago em quatro parcelas, sendo a primeira ainda em julho. Vários benefícios foram reajustados em percentuais superiores à infl ação do período, como o auxílio-educação (reajustado em 10%), auxílio-material escolar (8,57%) e auxílio-fi lho especial (8,37%). A relação completa dos benefícios será publicada na intranet.

ACORDO COLETIVO

Iniciando sua carreira na Unidade Regional de Itabuna (USI), onde foi gerente por 17 anos, transferiu-se para Salvador em 2009, passando pela Diretoria de Engenharia e Meio Ambiente e, após a reestruturação de 2011, pela Diretoria de Operação e Expansão Sul, cargo que ocupou até seu afastamento em 2015, por motivo de saúde.

A partir de 3 de setembro, os empregados da Embasa vão passar a ser atendidos pelo Planserv. A adesão ao modelo do governo estadual de au-togestão do atendimento à saúde dos funcionários públi-cos responde a orientação do Conselho Estadual de Políticas de Recursos Humanos, e a uma tendência da atual direção da Embasa em aliar qualidade da rede credenciada, com foco no atendimento ao empregado, a custos viáveis para a empresa.

Em videoconferência, no dia 22 de julho, o presidente Rogé-rio Cedraz explicou o alto custo e a difi culdade em encontrar planos privados interessados em atender às necessidades e especifi cidades da Embasa. Cedraz também garantiu que os compromissos referentes ao plano de saúde dos empre-gados que constam no Acor-do Coletivo 2014-2016 serão mantidos.

Mais informações, podem ser obtidas na intranet.

Planserv passa a atender em setembro

Sônia Santana

Secretária da Diretoria do Interior (DI)

Cláudio FontesGerente da USI

Privilégio. Esta é a palavra que melhor defi ne ter convivido durante seis anos com Dr. Carlos. Um líder competente, atuante, buscando a harmonia de sua equipe, mas, acima de tudo, compreensivo e justo. Para mim, fi cará para sempre a lembrança da simplicidade com que ele tratava todos.

Pessoa de vanguarda, líder nato, estimulava e oportunizava o crescimento de todos na USI; tinha o dom de descobrir talentos, sempre justo nas atitudes e rápido nas decisões. Lembrava e parabenizava todos nas datas de aniversários e sempre arranjava um tempo para participar das confraternizações. Como legado, deixou uma equipe unida, competente, responsável e preparada para superar qualquer desafi o.

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esde 1998, o proprietário ou morador de imóvel na Bahia é obrigado por lei a interligar a rede coletora interna de águas servidas à rede coletora de esgoto,

desde que o acesso esteja disponível em sua rua. Na prática, contudo, há uma par-cela da população que ainda demonstra resistência em efetuar a ligação, princi-palmente por se recusar a pagar a tarifa de esgoto. Para combater o problema, a Embasa dispõe de equipes que, diaria-mente, vistoriam imóveis localizados em áreas com altos índices de ligações ocio-sas para verifi car se eles estão devida-mente ligados à rede coletora pública.

A equipe do supervisor operacional Marcos Antônio, em Salvador, é uma das que executam, todos os dias, a difí-cil tarefa de conferir se os imóveis estão interligados à rede da Embasa. “Muitos moradores não nos deixam entrar em suas casas, o que compromete bastan-te nosso trabalho”, relata. Os usuários impedem o acesso, principalmente, para que a inexistência da ligação não seja notada e, portanto, seja evitado o pagamento da tarifa pelo serviço de coleta, tratamento, transporte e desti-nação adequada dos efl uentes.

De acordo com o superintendente de esgotamento sanitário da Região Metropolitana de Salvador, Júlio Mota, a ligação de todos os imóveis à rede pública possibilitará um ambiente sa-neado para os moradores da cidade,

signifi cando mais saúde, qualidade de vida e rios urbanos despoluídos. “Por enquanto, ainda é uma utopia, dada a complexidade do problema, a ausência de disciplina quanto ao uso e ocupação do solo, os problemas de urbanização e de habitação. Mas a Embasa faz a sua parte para podermos, um dia, voltar a nadar e pescar em nossos rios”, conclui.

|CONSCIÊNCIACONSCIÊNCIAFelizmente, a maior parte da popula-

ção tem consciência de que o esgoto tratado e sua adequada destinação es-tão diretamente relacionados à saúde e à preservação dos recursos naturais. Gio-vanni Armentano, morador do Barbalho, em Salvador, faz parte desse grupo. “É comum que as pessoas só lembrem da Embasa quando uma tubulação rompe, mas é importante ter em conta que a empresa realiza um trabalho essencial para a manutenção da qualidade de vida da população. Aqueles que não ligam os esgotos das sua casas à rede coletora são os primeiros a reclamar da falta de inves-timento em saneamento”, aponta.

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Vistorias da Embasa ampliam acesso à rede coletora. Abaixo, Giovanni Armentano, morador do Barbalho

NÚMEROS EM SALVADOR

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877 mil residências são ligadas à rede de

esgoto.

20 mil imóveis estão irregulares por não realizar a ligação à rede. Esse número

equivale a

2,2% do total de acessos à rede coletora implantados pela

Embasa.

O morador é notifi cado pela Embasa.

A empresa comunica a irregularidade ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) para autuação e aplicação de penalidades.

De acordo com a legislação, a tarifa de esgoto pode ser cobrada mesmo que a ligação não seja realizada, desde que a rua seja atendida por rede de esgotamento.

Se o imóvel não estiver ligado à rede:

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Os caça-esgoto