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    MARINHA DO BRASILDIRETORIA DE PORTOS E COSTAS

    ENSINO PROFISSIONAL MARTIMO

    EROG

    ESPECIAL DE RADIOPERADOR GERAL

    3 edioRio de Janeiro

    2012

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    2009 direitos reservados Diretoria de Portos e Costas

    Autores: CMG (Ref) Srgio Silvan Brasileiro da Silva CMG (RM1) Luiz AntonioGattiCMG (RM1) Roberto CassalLongo

    Reviso Pedaggica : Marilene Santos ConceioReviso Ortogrfica : Professor Luiz Fernando da SilvaDiagramao : Maria da Conceio de Sousa Lima MartinsCapa : Edvaldo Ferreira de Sousa Filho

    Renato Luiz Alves da Conceio

    Coordenao Geral : CMG (MSc)Luciano Filgueiras da Silva

    ______ exemplares

    Diretoria de Portos e CostasRua Tefilo Otoni, no 4 CentroRio de Janeiro, RJ20090-070http://www.dpc.mar.mil.br [email protected]

    Depsito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto n. 1825, de 20 de dezembro de 1907.IMPRESSO NO BRASIL / PRINTED IN BRAZIL

    http://www.dpc.mar.mil.br/mailto:[email protected]:[email protected]://www.dpc.mar.mil.br/
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    EROG

    SS UUMMRRIIOO

    AAPPRREESSEENNTTAAOO ............................................................................................................. 05 MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA ............................................. .................................................................. 07

    UUNNIIDDAADDEE 11 PP r r iinn cc pp iioo ss dd aa ss r r aa dd iioo cc oo mm uu nn iicc aa ee ss mm aa r r tt iimm aa ss ................... 09

    1.1 Onda eletromagntica ....................................................................................... 101.2 Noes de propagao na atmosfera.................................................................. 181.3 Frequncia ........................................................................................................ 221.4 Antena .............................................................. ................................................. 281.5 Planta tpica de alimentao do GMDSS........................................................... 32

    1.6 Baterias e acumuladores .................................................................................. 341.7 Princpios gerais do Servio Mvel Martimo..................................................... 38 1.8 Equipamentos de radiotelefonia ...................................................................... 431.9 Legislao de comunicaes.................... ......................................................... 471.10 Operao radiotelefnica ............................................................................... 49

    UUNNIIDDAADDEE 22 SS oo cc oo r r r r oo ee ss aa llvvaa mm ee nn tt oo .................................................................. 59

    2.1 O servio de busca e salvamento martimos no Brasil ...................................... 612.2 Regio SAR de responsabilidade do Brasil........................................................ 62

    2.3 Trfego de embarcaes em rea martima.............................................. ......... 62UUNNIIDDAADDEE 33 GGMMDDSS SS ............................................................................................... 73

    3.1 Apresentao do GMDSS ................................................................................. 733.2 Conceito bsico do GMDSS ............................................................................. 783.3 Sistemas de comunicao no GMDSS.............................................................. 853.4 Sistema INMARSAT ......................................................................................... 863.5 Sistema COSPAS-SARSAT ............................................................................. 973.6 Sistema de chamada seletiva digital (DSC) ...................................................... 1073.7 Radiotelex NBDP (NARROW BAND DIRECT PRINTING)..... ....................... 1143.8 Dispositivos de localizao para busca e salvamento....................................... 1153.9 Guia de operao do GMDSS ........................................................................... 1203.10 Sistemas de informao de segurana martima ............................................. 1203.11 Instalaes do GMDSS em terra ....................................................................... 1313.12 Dotao de equipamentos do GMDSS............................................................... 1313.13 Servios de escuta ........................................................................................... 1323.14 Equipamentos no GMDSS .............................................................................. 1323.15 Alarmes Falsos ................................................................................................. 133

    RREEFFEERRNNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRRFFIICCAASS ........................................................................ 137

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    ANEXOS:

    ANEXO 1 Bandeiras Alfabticas/ Galhardetes numerais/Cornetas substitutas ...... 138ANEXO 2 Glossrio ................................................................................................. 142ANEXO 3 Tabela com os canais em VHF do servio mvel martimo .................... 149ANEXO 4 Teste anual de EPIRB ........................................................................... 152ANEXO 5 Extrato da tabela de dgito de identificao martima (MID) .................... 153ANEXO 6 Frequncias do GMDSS ......................................................................... 154ANEXO 7 Extrato da lista de CES do sistema INMARSAT....................................... 157ANEXO 8 Extrato da lista dos coordenadores de operao das estaes terrenas

    costeiras do sistema INMARSAT ............................................................ 158ANEXO 9 Extrato da lista de centros de coordenao de salvamento martimo

    (MRCC) associado com as CES do sistema INMARSAT ....................... 159ANEXO 10 Extrato da lista de MCC e das LEOLUT................................................... 160ANEXO 11 Extrato da lista de GEOLUT .................................................................... 161ANEXO 12 Extrato das informaes sobre o registro das EPIRB satlite .................. 162ANEXO 13 Procedimentos operacionais do sistema DSC ....................................... 163ANEXO 14 Aes dos navios na recepo de alerta de socorro em VHF/MF DSC .. 173ANEXO 15 Aes na recepo de alerta de socorro em HF DSC ............................ 174ANEXO 16 Extrato da lista de estaes costeiras em VHF DSC ............................. 175ANEXO 17 Extrato da lista de estaes costeiras em MF DSC ............................... 176ANEXO 18 Extrato da lista de estaes costeiras em HF DSC ................................ 177ANEXO 19 Guia de operao do GMDSS para navios em situaes de perigo ........ 178ANEXO 20 Guia de operao do GMDSS ao ser observado outro navio em

    situao de perigo .................................................................................. 180ANEXO 21 Extrato da Lista de Coordenadores de NAVAREA .................................. 181ANEXO 22 Extrato da lista de estaes costeiras do sistema NAVTEX em 518 kHz 182ANEXO 23 Extrato da lista de estaes costeiras do sistema NAVTEX em 490 kHz 183ANEXO 24 Extrato da lista de estaes costeiras do sistema NAVTEX em 4209.5

    kHz ........................................................................................................... 184ANEXO 25 Extrato do servio SafetyNET internacional ............................................. 185ANEXO 26 Transmisso em HF NBDP de informaes de segurana martima (MSI) 186ANEXO 27 Extrato da situao atual das instalaes do GMDSS em terra .............. 187ANEXO 28 Dotao dos equipamentos do GMDSS por rea martima...................... 188ANEXO 29 Alarmes falsos (suspeita / transmisso) ................................................... 189

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    AAPP RREESS EENNTTAAOO

    As comunicaes fazem parte de nossa rotina diria: uma chamada de telefone fixo oumvel, um e-mail na Internet, um programa de TV ou de rdio. No mbito das comunicaesmartimas, hoje em dia, temos, alm das comunicaes visuais, a curta distncia, asradiocomunicaes incluindo as comunicaes por satlite, das mais variadas formas, etambm a utilizao de modernas tecnologias digitais.

    Em 1876 o escocs Alexander Graham Bell e seu assistente Watson, ao trabalharem emum telgrafo dispositivos eletromagnticos do telgrafo tinham sido desenvolvidos em 1837 acidentalmente inventaram o telefone. Quando Watson conectou sua chave a uma linhaeltrica, Bell ouviu um rudo na sala vizinha. Por acidente, a chave de fenda de Watson tinhafeito vibrar os discos de metal. Assim, os dois pesquisadores comearam a fazer testestambm com a voz, no que obtiveram xito.

    O rdio seguiu o telefone e funcionou em condio similar. Em 1886, o alemo HeinrichHertz provou primeiramente a existncia de ondas do eletrom. O italiano Guglielmo Marconi

    desenvolveu o telgrafo sem fio, entre 1895 e 1897, criando uma antena que poderia receber ondas eletromagnticas. Logo, podia transmitir sinais atravs de uma distncia de trsquilmetros.

    No mar, o rdio era a base dos sistemas de alerta e segurana usados pelos navios, e asua primeira utilizao para salvar vidas no mar ocorreu em 1899.

    Os sistemas de alerta e segurana utilizados pela maioria dos navios, at 1992, consistiaem dois subsistemas operados manualmente: a radiotelegrafia Morse em 500 kHz, e aradiotelefonia em 156.8 MHz e em 2182 kHz.

    O subsistema de radiotelegrafia era obrigatrio para todos os navios de carga comarqueao bruta igual ou superior a 1600, e para todas as embarcaes de passageiros. Osubsistema de radiotelefonia era obrigatrio para todos os navios de carga com arqueaobruta igual ou superior a 300 e para todos os navios de passageiros.

    Entretanto, a experincia mostrou que esse sistema teria limitaes e, embora vriasmedidas tivessem sido tomadas para melhor-lo, dois grandes problemas persistiam: ascomunicaes ainda apresentavam certas ineficincias, alm das 200 milhas e, por seremmanuais, alguns navios foram perdidos sem que qualquer chamada ou mensagem de socorrofosse recebida.

    A maior mudana nas comunicaes no mar, aps a introduo do rdio no incio dosculo XX, comeou em 1 de fevereiro de 1992, quando o Sistema Martimo Global de

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    Socorro e Segurana (GMDSS) entrou em vigor.

    A introduo de tecnologia moderna, incluindo satlite e tcnicas de chamada seletivadigital, possibilita que um alerta de emergncia possa ser transmitido e recebidoautomaticamente, com um alcance longo.

    Nesta publicao, sero apresentados os princpios das radiocomunicaes martimas eo GMDSS.

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    MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA

    II QQuuaall oo oobb j jeettiivvoo ggeer r aall ddeess ttaa ppuubblliiccaaoo??

    Proporcionar ao aluno conhecimentos sobre os procedimentos preconizados para ascomunicaes radiotelefnicas do Servio Mvel Martimo, e o uso dos equipamentos quecompem o GMDSS a bordo de embarcaes mercantes.

    IIII QQuuaaiiss ss oo ooss oobb j jeettiivvooss eess ppeeccf f iiccooss ??

    Apresentar os princpios bsicos que orientam as comunicaes martimas. Familiarizar os alunos com o Sistema Martimo Global de Socorro e Segurana

    (GMDSS).

    IIIIII CCoommoo eess tt oor r ggaanniizzaaddaa??

    Esta publicao foi estruturada em trs unidades sequenciais de estudo. Os contedosobedecem a uma sequncia lgica.

    IIVV CCoommoo vvoocc ddeevvee eess ttuuddaar r ccaaddaa uunniiddaaddee??

    Ler a viso geral da unidade.Estudar os conceitos da unidade.

    1. Viso geral da unidade

    A viso geral do assunto apresenta os objetivos especficos da unidade, mostrando umpanorama do assunto a ser desenvolvido.

    2. Contedos da unidade

    Leia com ateno o contedo, procurando entender e fixar os conceitos. Se voc noentender, refaa a leitura. muito importante que voc entenda e domine os conceitos.

    VV OObb j jeettiivvooss ddaass uunniiddaaddeess

    UUnniiddaaddee 11:: PPRRIINNCCPPIIOOSS DDAASS RRAADDIIOOCCOOMMUUNNIICCAAEESS MMAARRTTIIMMAASS..

    Esta unidade mostra como so feitas as radiocomunicaes a bordo, apresenta oServio Mvel Martimo, exemplificando como so feitas as mensagens de socorro, urgncia esegurana e d noes sobre a Legislao Brasileira de Comunicaes.

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    UUnniiddaaddee 22:: SSOOCCOORRRROO EE SSAALLVVAAMMEENNTTOO..

    Esta unidade apresenta como funciona o servio de busca e salvamento martimo noBrasil e o sistema de controle do trfego martimo nas guas Jurisdicionais Brasileiras (AJB).

    UUnniiddaaddee 33:: SSIISSTTEEMMAA MMAARRTTIIMMOO GGLLOOBBAALL DDEE SSOOCCOORRRROO EE SSEEGGUURRAANNAA ((GGMMDDSSSS)).. Esta unidade apresenta os conceitos bsicos do sistema, as reas martimas definidas

    no GMDSS e a utilizao dos equipamentos operacionais de acordo com a rea de operao.

    VVII SSmmbboollooss uuttiilliizzaaddooss

    Existem alguns smbolos no manual para gui-lo em seus estudos. Observe o que cadaum quer dizer ou significa.

    EEssttee llhhee ddiizz qquuee hh uummaa vviissoo ggeer r aall ddaa uunniiddaaddee ee ddoo qquuee eellaa ttr r aattaa..

    EEss ttee llhhee ddiizz qquuee hh,, nnoo tteexxttoo,, uummaa ppeer r gguunnttaa ppaar r aa vvoocc ppeennssaar r ee r r eessppoonnddeer r aa r r eessppeeiittoo ddoo aassssuunnttoo..

    EEss ttee llhhee ddiizz ppaar r aa aannoottaar r oouu lleemmbbr r aar r --ssee ddee uumm ppoonnttoo iimmppoor r ttaannttee..

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    EROG

    UNIDADE 1

    PP RRIINNCCPP IIOOSS DDAASS RRAADDIIOOCCOOMMUUNNIICCAAEESS MMAARRTTIIMMAASS

    NNee ss tt aa uu nn iidd aa dd ee ,, vvoo cc vvaa ii ::

    AAppr r eennddeer r ccoommoo f f uunncciioonnaamm aass r r a a d d i i o o c c o o m m u u n n i i c c a a e e s s ee,, ppr r iinncciippaallmmeennttee,, ccoommoo iiss ss oo aaccoonntteeccee nnoo ss eettoor r aaqquuaavviir r iioo.. SSaabbeer r ccoommoo ccoonnss ttiittuuddoo oo S S e e r r v v i i o o M M v v e e l l M M a a r r t t i i m m o o ,, ppaar r aa qquuee ee aa qquueemm eellee ss eer r vvee..

    Todos os modos de comunicao fazem parte do nosso dia-a-dia, afinal atravs delaencurtamos as distncias, rompemos barreiras, transpomos mares e interagimos com o mundo.

    importante que voc se conscientize de que a comunicao a bordo uma questo desegurana, ou seja, os meios de que se dispe a bordo para promover a comunicao comoutra embarcao ou com uma estao de terra so, primeiramente, para transmitir e receber mensagens referentes a assuntos que dizem respeito segurana da vida humana e danavegao.

    Portanto, mensagens de contedo operacional, comercial ou mesmo social devem ser secundrias, restringindo-se ao mnimo necessrio na ocupao do trfego das comunicaese sendo preteridas em relao a qualquer mensagem com teor de segurana.

    As radiocomunicaes empregadas na navegao, assim como em outros setores,utilizam-se de ondas eletromagnticas como portadoras da mensagem; no entanto, essas

    ondas so geradas a bordo por um equipamento transmissor, que, por sua vez, necessita ser alimentado por corrente eltrica.

    O Servio Mvel Martimo permite a comunicao atravs de rdio entre uma pessoa emterra, e outra que esteja a bordo de uma embarcao em qualquer parte do mundo, e vice-versa.

    Atendendo comunidade martima, composta por armadores, agncias de viagem,companhias martimas, transportadores martimos de carga, proprietrios de embarcaes delazer e empresas de pesca, o servio agiliza comunicaes sociais, administrao da frota,

    comunicaes de negcio, troca de informaes estratgicas e comunicaes de segurana. As letras e os nmeros utilizados nas comunicaes tm nome e pronncia especiais, a

    fim de serem reconhecidos internacionalmente. No Anexo 1 so apresentadas as bandeiras

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    alfabticas, os galhardetes numerais e as cornetas substitutas.

    11.. 11 OONNDDAA EELLEETTRROOMMAAGGNNTTIICCAA

    A onda eletromagntica gerada por um equipamento de radiocomunicao portadoradas mensagens que transmitimos ou recebemos.

    OO qq uu ee uu mm aa oo nn dd aa ee llee tt r r oo mm aa gg nn tt iicc aa ??

    Podemos dizer que uma onda eletromagntica o resultado dos aumentos e diminuiesrpidos de um campo eletromagntico que, por sua vez, produzido pela energizao edesenergizao alternada de um circuito que, em linguagem eletrotcnica, chama-se oscilador,

    que especialmente projetado para a gerao dessas ondas.Para voc entender esse fenmeno, imagine o que acontece quando jogamos uma

    pequena pedra sobre a superfcie calma da gua de um lago.

    Figura 1.1 Onda gerada pela pedra

    Ao atingir a superfcie da gua ela vai gerar uma srie de oscilaes que se propagaro apartir do local onde caiu. A pedra faz as vezes do oscilador e a superfcie do lago o meio ondeas ondas se propagaro. So as chamadas ondas mecnicas.

    A oscilao eltrica produzida pelo oscilador irradiada pela antena, na f orma de ondaeletromagntica.

    A amplitude da onda gerada pela pedra proporcional intensidade do impacto por elaprovocado na gua, isto , pela quantidade de energia contida na pedra. O mesmo acontececom o oscilador de um equipamento de radiocomunicaes: ele pode gerar ondas deamplitudes diferentes.

    Assim, o oscilador a parte do transmissor responsvel pela gerao das oscilaeseltricas que na antena so transformadas em ondas eletromagnticas e irradiadas para oespao livre.

    As ondas mecnicas e tambm as sonoras, necessitam de um meio material para se

    propagarem. As eletromagnticas no dependem de meio material. essa propriedade quepermite que as usemos para manter comunicaes mesmo onde no haja atmosfera, como noespao sideral.

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    Ondas nada mais so do que as diversas maneiras de propagao deenergia. As ondas mecnicas necessitam de um meio material paraocorrerem, as eletromagnticas no.

    Veremos, a seguir, um pouco sobre a terminologia da onda eletromagntica.

    11..11 .. 11 TTee r r mm iinn oo lloo gg iiaa

    Uma onda (Figura 1.2) composta de uma parte positiva, acima da linha mdia(tempo/distncia) adotada como referncia e uma parte negativa, abaixo da linha mdia.

    Ciclo Ciclo

    Amplitude

    Comprimento da onda l Comprimento da onda l

    Tempo/Distncia

    Figura 1.2 Onda senoidal

    Na figura 1.2 representamos a onda como uma senoide para facilitar a compreenso doproblema. Contudo nem todas se propagam desta maneira.

    CCiicc lloo

    Um ciclo corresponde a uma oscilao completa da onda.

    AAmm pp lliitt uu dd ee

    O maior valor positivo ou negativo chamado de amplitude ou valor de pico .

    FFr r ee qq uu nn cc iiaa

    o nmero de oscilaes ou ciclos de uma onda durante um perodo de tempo. Aunidade com que se mede a frequncia denomina-se, ciclos por segundo (c/s) ou Hertz (Hz).Dessa forma, 60Hz corresponde a 60 ciclos por segundo e 500KHz a 500.000 ciclos por segundo, por exemplo.

    Normalmente, devido ao uso de grandes valores para a frequncia, recorremos aos seus

    mltiplos:kilohertz (KHz), megahertz (MHz), gigahertz (GHz) e terahertz (THz)

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    1 Hz1 kHz1 MHz1 GHz1 THz

    = 1 c/s = 1 x 10 3 Hz= 1 x 10 6 Hz= 1 x 10 9 Hz= 1 x 10 12 Hz

    CCoo mm pp r r iimm ee nn tt oo dd ee OOnn dd aa

    As ondas se deslocam no tempo e no espao.

    A distncia percorrida pela onda durante um ciclo chama-se comprim ento de onda , que representado pela letra grega LAMBDA ().

    O comprimento de onda est relacionado com a frequncia atravs da seguinte frmula:

    = c /f com c em metros/seg e f em Hz

    Onde c representa a velocidade da luz, ou seja, c= 3x10 8 m/s.

    Sabendo-se que uma onda tem uma frequncia de 15000 kHz, qual o seucomprimento?

    = c /f

    = 3x10 8 / 15 x 106

    = 20 m

    Desta relao apresentada, podemos tirar uma concluso muito importante:

    Quanto maior for a frequncia, menor ser o comprimento da onda, ou quantomaior for o comprimento da onda, menor ser a frequncia.

    POR QUE ELETROMAGNTICA ?

    A onda eletromagntica formada pela propagao no espao/tempo de duas ondasassociadas. Uma delas decorrente da oscilao do campo eltrico e outra decorrente daoscilao do campo magntico. Elas se propagam formando um ngulo de 90

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    SER QUE AS ONDAS SE PROPAGAM SEMPRE DO MESMO MODO?

    As ondas eletromagnticas apresentam diversos comportamentos ao longo de sua

    propagao, muitos deles dependentes do meio, tais como: reflexo, refrao, absoro,difrao, disperso, difuso.

    Outro comportamento frequente que no depende do meio de propagao ainterferncia entre ondas.

    Por estar sempre presente na nossa vida, e se propagar por ondas eletromagnticas,vamos tomar como exemplo a luz. Tudo que citarmos sobre ela ocorre tambm com as demaisondas no pertencentes ao espectro visvel.

    RRee f f llee xx oo

    Quando uma onda que est se propagando em um meio incide na superfcie deseparao com outro meio ocorre a reflexo, que uma mudana de direo no mesmo meio.

    RRee f f r r aa oo

    Quando a onda continua a se propagar no novo meio ocorre a refrao. A figura 1.5apresenta os dois fenmenos.

    Reflexo

    Refrao

    Figura 1.5 Reflexo e refrao da onda

    No vcuo as ondas eletromagnticas propagam-se em linha reta. Contudo, a atmosferaterrestre composta de camadas de composio diferenciada, dependendo da altitude. Aopassar de uma camada para a outra as ondas eletromagnticas vo, permanentemente,sofrendo o fenmeno da refrao e, consequentemente, assumido uma trajetria curva , ou atretornando para a superfcie da terra devido a reflexo.

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    TERRA

    TROPOSFERA

    ESTRATOSFERA

    MESOSFERA

    TERMOSFERAESPAO SIDERALONDA REFRATADA

    ONDA REFLETIDA

    Figura 1.6 Ondas na atmosfera

    A figura 1.6 apresenta ondas na atmosfera sofrendo reflexo e refrao. Na figuraexageramos a espessura da camada da atmosfera para facilitar a visualizao. Na realidadeela muito menor que o dimetro da Terra.

    AAbb ss oo r r oo

    Uma onda eletromagntica pode ter parte ou toda sua energia absorvida pelo meio aolongo de sua propagao.

    Figura 1.7 Absoro

    00,10,20,30,40,50,60,7

    0 5 10 15

    x (m)

    t (s)

    posio

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    DDiif f r r aa oo

    Difrao um fenmeno que ocorre com as ondas quando elas passam por um orifcioou contornam um objeto cuja dimenso da mesma ordem de grandeza que o seucomprimento de onda.

    A figura 1.8 apresenta o fenmeno da difrao.

    FF iigg uu r r aa 11 .. 88 DDii f f r r aa oo

    DDiiss pp ee r r ss oo

    A disperso o fenmeno que causa a separao de uma onda em vrias componentesespectrais com diferentes frequncias.

    O efeito mais frequentemente visto da disperso a separao da luz branca no espectro

    de luz por um prisma, mostrado na figura 1.9.

    Figura 1.9 Disperso da luz

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ondashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Comprimento_de_ondahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fen%C3%B3menohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ondahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Prisma_(%C3%B3ptica)http://pt.wikipedia.org/wiki/Prisma_(%C3%B3ptica)http://pt.wikipedia.org/wiki/Ondahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fen%C3%B3menohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Comprimento_de_ondahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ondas
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    Difuso

    Quando tratamos da reflexo nos referimos incidncia de uma onda em uma superfcierefletora (polida). Contudo as ondas ao incidirem em qualquer objeto, mesmo que sperosofrem efeito da reflexo, fazendo com que a luz se espalhe em todas as direes (difuso).

    Suponhamos que voc esteja numa praia ou numa piscina em dia ensolarado. Voc sabeonde est o Sol. Contudo se mergulhar e olhar para cima ver apenas a claridade, mas nomais conseguir definir a posio correta do Sol.

    O mesmo se d em dias nublados. A luz se refletir nas nuvens, se espalhando em todasas direes.

    A este fenmeno damos o nome de difuso.

    IInn tt ee r r f f ee r r nn cc iiaa

    Quando duas ou mais ondas, de mesmo comprimento, chegam simultaneamente a ummesmo ponto, pode ocorrer uma interferncia entre elas, resultando em uma onda de maior amplitude ou mesmo se anulando..

    Observe a figura 1.10. A esquerda vemos uma interferncia em que a amplituderesultante foi o dobro de cada onda original, e a direita em que temos uma resultantetotalmente nula.

    Figura 1.10 Interferncia.

    A figura 1.11 apresenta um facho de luz que, aps passar por um orifcio submetido a

    uma placa com dois outros furos. A luz sofre uma disperso na placa com dois furos eposteriormente incide numa placa lisa. direita vemos a imagem projetada na placa .

    Figura 1.11 Interferncia da luz

    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0f/Interference_of_two_waves.svg
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    Na prtica, os efeitos sofridos pela onda eletromagntica dificilmente ocorrero isolados,ou seja, a reflexo, a refrao, a absoro, a difrao, a disperso, a difuso, e a interfernciaocorrem simultaneamente em maior ou menor intensidade.

    11.. 22 NNOOEESS DDEE PP RROOPP AAGGAAOO NNAA AATTMMOOSS FFEERRAA

    Como a onda eletromagntica, tambm conhecida como onda rdio, se propagapela atmosfera terrestre e, por conseguinte, transporta a mensagem?

    A propagao da onda rdio se d, normalmente, por meio da reflexo que ocorre nascamadas da atmosfera ou na prpria superfcie da Terra. Portanto, podemos afirmar que uma

    boa propagao s ocorrer quando houver condies favorveis de reflexo.Observe que esse fato fcil de ser comprovado e, certamente, voc j deve ter tido a

    oportunidade, quando navegando longe da costa, de no conseguir sintonizar nenhumaestao comercial de rdio, com seu radinho a pilha, durante o dia. Contudo, noite, erapossvel sintonizar vrias estaes, inclusive algumas que estavam a muitas milhas dedistncia de onde voc se encontrava.

    Figura 1.12 Reflexo na atmosfera

    Conclui-se que existem momentos e circunstncias que propiciam maior facilidade depropagao da onda rdio (onda eletromagntica), ou seja, propiciam melhores condies dereflexo.

    Ento, deduzimos que:

    BOAS FACILIDADECONDIES DEDE REFLEXO PROPAGAO

    Vejamos com mais detalhes como acontece a propagao na atmosfera.

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    11..22 .. 11 CCaa mm aa dd aa ss dd aa IIoo nn oo ss f f ee r r aa

    A atmosfera terrestre dividida em vrias camadas, e a camada de maior importnciapara a reflexo das ondas rdio a ltima, ou seja, a parte superior da atmosfera,denominada de ionosfera. A ionosfera fica situada aproximadamente entre 60 e 1000 km dasuperfcie terrestre, na qual a matria se encontra em estado de ionizao.

    Sob certas condies, uma poro da energia eletromagntica de uma onda rdio podeser refletida na ionosfera e voltar Terra, quando, ento, a chamaremos de onda refletida.Durante o dia, a ionosfera est sujeita a um bombardeamento contnuo dos raios ultravioleta doSol. Esses raios de alta energia fazem com que os eltrons (-) das molculas gasosas da partesuperior da atmosfera se libertem, formando camadas ionizadas, da o nome ionosfera. Essascamadas ionizadas alcanam sua mxima intensidade quando o sol est a pino.

    Existem quatro camadas na ionosfera de importncia para o estudo da propagao das

    ondas rdio. Observe o esquema da figura 1.13, a seguir:

    Figura 1.13 Camadas da ionosfera

    Observe que, no perodo noturno, a camada D desaparece permanecendo as camadasE, F1 e F2, devido no-incidncia de raios ultravioleta do Sol, o que propicia, tambm, umacondio favorvel para a propagao, como veremos mais adiante.

    Todas as camadas da ionosfera so variveis de alguma forma, com seus padresprincipais em funo dos perodos diurnos/noturnos, das estaes do ano e do ciclo solar.

    Camada D

    a mais baixa, situando-se entre 60 e 90 km da superfcie da Terra. de grandeimportncia na propagao de ondas longas, refletindo-as, entretanto, para ondas depequeno comprimento, comportando-se de forma transparente. Somente existedurante o perodo diurno.

    Camada ESitua-se entre 100 e 150 km da Terra. Durante a noite, importante para a reflexo deondas mdias, enquanto que durante o dia no tem muita importncia.

    Camada F1 Aparece com maior significado no perodo diurno na parte superior da ionosfera,entre 180 e 200 km da Terra.

    Camada F2 Situa-se entre 250 e 400 km. Sua largura maior durante o dia; porm, devido baixa densidade da atmosfera e largura da camada, os eltrons livres persistemmuitas horas aps o pr-do-sol.

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    As camadas F1 e F2, no perodo noturno, tendem a se fundirem em uma s camada,denominada simplesmente de camada F, que tem grande importncia na propagao de ondasde pequeno comprimento, ou seja, de alta frequncia.

    Aparece ocasionalmente na altura da camada E, em forma de nuvens com ar ionizado eaproximadamente na altura do equador uma camada conhecida como camada E Espordica.Ela evita que algumas frequncias alcancem camadas mais elevadas e, por outro lado permiteque frequncias muito altas, s vezes superiores a 30 MHz sejam refletidas a longasdistncias.

    Resumindo as primeiras camadas da ionosfera, camadas D e E, so importantes nareflexo de ondas de grande comprimento e, portanto, de baixa frequncia.

    Entretanto, so permeveis a ondas curtas, enquanto as camadas F, que so ascamadas superiores da ionosfera, so importantes barreiras de reflexo para as ondas curtas,portanto de alta frequncia.

    Mas no se esqueam que as ondas eletromagnticas continuam sua propagao almda atmosfera terrestre, pois s assim possvel as comunicaes via satlite e com as navesespaciais. Como informamos anteriormente, as ondas mecnicas necessitam de um meiomaterial para se propagarem, j as eletromagnticas no necessitam dele. essa propriedadeque permite manter comunicaes mesmo onde no haja atmosfera, como no espao sideral.

    11 .. 22 .. 22 QQuu aa ll iidd aa dd ee dd aa PP r r oo pp aa gg aa oo Alm de tudo de que j falamos sobre a propagao das ondas rdio, verifica-seque a qualidade da propagao est diretamente ligada a quatro pontos bsicos:

    ppoottnncciiaa ddaa eemmiissssoo aanntteennaa ddoo ttr r aannssmmiissssoor r f f r r eeqquunncciiaa eessccoollhhiiddaa iioonniizzaaoo ddaass ccaammaaddaass r r eef f lleettoor r aass ee ssuuaa aallttiittuuddee..

    11.. 22 .. 33 PP aa dd r r oo dd ee RRaa dd iiaa oo

    As ondas rdio podem ser classificadas conforme seu padro de radiao. Observe osesquemas a seguir: (Figuras 1.14 e 1.15)

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    Figura 1.14 Padro de radiao

    Figura 1.15 Padro de radiao

    Ondas Diretas So aquelas que se propagam (em linha reta) diretamente do transmissor para o receptor.

    Ondas Terrestres So aquelas que no necessitam da reflexo para alcanar o receptor, propagam-seacompanhando, de forma aproximada, a superfcie da Terra (tendem a seguir a curvaturada Terra, tornando possvel a transmisso a longas distncias). Assim a condutividade doterreno um fator determinante na atenuao do sinal.

    Ondas Celestes So ondas que dependem da reflexo, nas camadas da ionosfera, para alcanar o receptor na superfcie da Terra.

    Dutos so regies onde as ondas so aprisionadas, confinadas e concentradas por

    efeito de reflexes sucessivas, de modo a atingir regies bem alm do horizonte normal.Em consequncia disso, possibilitam comunicaes a distncias que, normalmente,

    estariam alm do alcance nominal das comunicaes.

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    11 ..33 FFRREEQQUUNNCCIIAA

    Continuaremos estudando alguns assuntos relativos a radiocomunicaes, maisespecificamente s faixas de frequncia e suas implicaes.

    Antes de iniciarmos, cabe relembrarmos que a frequncia a relao entre avelocidade de propagao (3x10 8 m/seg.) pelo comprimento da onda.

    Est lembrado da frmula?

    f = c/ f = 3x108 /

    Observando a frmula, conclui-se que, quanto maior for o comprimento da onda, menor ser a frequncia; e, quanto maior for a frequncia, menor ser a onda (ondas curtas).

    As ondas mecnicas compreendidas entre 20 Hz e 20.000 Hz (20 kHz) so denominadasde ondas sonoras, isto porque suas frequncias esto na mesma faixa de audio do ouvidohumano. Por outro lado, as ondas rdio so aquelas geradas em circuitos deradiotransmisses por oscilaes eletromagnticas e captadas por uma antena deradiorrecepo.

    A Ass oonnddaass r r ddiioo ssoo ggeenneer r iiccaammeennttee ccoonnhheecciiddaass ccoommoo oonnddaass hheer r ttzziiaannaass ..

    11 .. 33 .. 11 FFaa iixxaa ss dd ee FFr r ee qq uu nn cc iiaa

    As ondas hertzianas so divididas em oito faixas de frequncia. Cada uma dessas faixastem uma aplicao nas comunicaes (curta, mdia ou longa distncias) ou nos sistemas denavegao (radar, radiogoniometria e outros). As siglas que identificam essas faixas defrequncia correspondem s primeiras letras de sua identificao em ingls e dessa forma soconhecidas internacionalmente.

    Vejamos quais so elas:

    VVLLFF ((VVeer r yy LLooww FFr r eeqquueennccyy FFr r eeqquunncciiaa MMuuiittoo BBaaiixxaa)) Esta faixa inclui todas as frequncias rdios menores que 30 kHz, sendo usada em comunicaes a mdia e longadistncia e radiodifuso.

    LLFF ((LLooww FFr r eeqquueennccyy FFr r eeqquunncciiaa BBaaiixxaa)) Esta faixa vai de 30 a 300 kHz, sendo usada em comunicaes a mdia e longa distncia, sendo tambm aplicadaem radiofaris (radiogoniometria) e radiodifuso.

    MMFF ((MMeeddiiuumm FFr r eeqquueennccyy FFr r eeqquunncciiaa MMddiiaa )) Faixa que vai de 300 kHz a 4 MHz, sendo usada em comunicaes a mdia distncia, por radiofaris(radiogoniometria), radiodifuso, radiotelefonia e NAVTEX.

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    HHFF ((HHiigghh FFr r eeqquueennccyy FFr r eeqquunncciiaa A Allttaa)) Faixa de 4 MHz a 30 MHz, sendo usada, principalmente, em comunicaes a mdia e longa distncia,radiotelefonia e radiotelex.

    VVHHFF ((VVeer r yy HHiigghh FFr r eeqquueennccyy FFr r eeqquunncciiaa MMuuiittoo A Allttaa))

    Faixa de 30 MHz a 300 MHz, sendo usada em comunicaes a curta distncia, televiso e AIS SART. UUHHFF ((UUllttr r aa HHiigghh FFr r eeqquueennccyy FFr r eeqquunncciiaa UUllttr r aa A Allttaa))

    Faixa de 300 MHz a 3.000 MHz, sendo usada em comunicaes a curta distncia, comunicaes via satlite,televiso, EPIRB e radar.

    SSHHFF ((SSuuppeer r HHiigghh FFr r eeqquueennccyy FFr r eeqquunncciiaa SSuuppeer r A Allttaa)) Faixa de 3000 MHz a 30.000 MHz, sendo usada em comunicaes via satlite, radar e SART.

    EEHHFF ((EExxttr r eemmeellyy HHiigghh FFr r eeqquueennccyy FFr r eeqquunncciiaa EExxttr r eemmaammeennttee A Allttaa)) Faixa de 30.000 MHz a 300.000 MHz, sendo usada em comunicaes via satlite e radar.

    11..33 .. 22 FFr r ee qq uu nn cc iiaa mm xxiimm aa uu tt iilliizz vvee ll ((MMUUFF)) Procura-se, por razes de atenuao, que a frequncia utilizada em uma transmisso a

    cada momento seja a mais elevada possvel, pois a absoro nas camadas ionosfricasdecresce quando a frequncia aumenta. No se pode, porm, subir a frequncia acima dedeterminados valores, sob pena de as ondas atravessarem as camadas, no se refletindo paraa Terra.

    A mxima frequncia que refletida na ionosfera de algum modo particular conhecidacomo frequncia mxima utilizvel (MUF). A MUF depende dahora do dia, da estao do

    ano, da latitude e do ciclo de manchas solares. A MUF varia de acordo com qual camada responsvel pela reflexo de volta Terra. Para cada camada, a MUF obtida quando ocaminho da onda deixa a Terra tangencialmente. Assim, ela aproxima-se da camada de modoto oblquo quanto possvel.

    Os servios de previso ionosfrica publicam cartas, bacos e programas que indicam,em funo da estao costeira (por exemplo, Rio Rdio), da latitude e da distncia, asfrequncias mximas utilizveis (MUF).

    11 ..33 .. 33 FFr r ee qq uu nn cc iiaa tt iimm aa dd ee tt r r aa bb aa llhh oo ((FFOOTT))

    A absoro atmosfrica muito menor noite do que durante o dia. Entretanto, aatenuao das menores frequncias de HF pouco difere das maiores durante o dia. J que aMUF, noite, sob determinadas condies, geralmente ser menor que a metade da diurna,isso significa que, para comunicaes a longa distncia durante a noite, possvel a utilizaode frequncias consideravelmente menores. A MUF, para determinada comunicao, maior durante os meses de vero que durante os de inverno. Nas tempestades ionosfricas, a MUFpode tornar-se mais baixa para transmisses, em algumas direes, e maior para outras.

    No planejamento da frequncia tima de trabalho ou trfego (FOT) para determinado

    dia, estao do ano, distncia e direo, necessrio tomar todas essas variaes emconsiderao.

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    Na prtica, a primeira escolha para manter boas comunicaes em determinado circuitodeve ser na ordem de 0.85 da MUF.

    FOT = 0.85 MUF

    Sob condies normais, a janela de frequncias disponveis varia, preliminarmente,como se segue:

    a MUF durante o dia maior que durante a noite;

    as MUF durante o inverno so menores e variam mais que as do vero;

    as radiocomunicaes a distncias menores que 1000 km (600 milhasnuticas) normalmente usam frequncias abaixo de 15 MHz; e

    as radiocomunicaes a distncias maiores que 1000 km (600 milhasnuticas) normalmente usam frequncias acima de 15 MHz.

    Retirada a MUF, calcula-se a FOT e, depois, usa-se a frequncia mais prxima doresultado (FOT), seja para mais ou para menos. A frequncia a ser selecionada no pode ser maior que a MUF.

    11.. 33 .. 44 FFaa iixxaa ss dd ee FFr r ee qq uu nn cc iiaa ee aa PP r r oo pp aa gg aa oo

    As relaes entre os diferentes mecanismos de propagao e as diferentes faixas defrequncia so apresentadas abaixo:

    VVLLFF em VLF, a onda rdio segue a curvatura da superfcie da Terra e conhecidacomo onda terrestre. O alcance do sinal de uma onda terrestre em funo da variao deperdas de energia no solo, que so dependentes do grau de condutividade. Os sinais de VLFso bem refletidos na camada D da ionosfera e, como a altura da camada D da mesmaordem de grandeza dos comprimentos de onda em VLF, o efeito que se forma um guia deondas para os sinais de VLF entre o solo e a camada D.

    Nessas condies, a atenuao do sinal muito pequena e as transmisses podemalcanar at 12000 milhas nuticas. Imensos arranjos de antenas so normalmente utilizadosem VLF associadas a transmissores com alta potncia de sada, a fim de permitir uma

    cobertura global. Os sinais de VLF penetram a superfcie do mar em profundidades de algumasdezenas de metros, possibilitando uma efetiva comunicao com submarinos imersos.

    LLFF em LF predomina a propagao de onda terrestre, como em VLF, mas por serem frequncias maiores, o alcance reduzido, particularmente sobre terra, devido ao efeitode atenuaes maiores nos solos de baixa condutividade, quando o comprimento de onda reduzido. O efeito de guias de ondas entre o solo e a camada D tambm se aplica em LF e, narealidade, as condies so mais estveis que em VLF.

    Alcances de mil ou duas mil milhas nuticas so possveis em LF, mas novamente sonecessrias grandes antenas e transmissores com alta potncia de sada.

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    MMFF a s comunicaes em MF tambm dependem da propagao das ondasterrestres, mas com grande reduo no alcance em funo do aumento do efeito de atenuaona superfcie terrestre. Entretanto a propagao em ondas celestes comea a tornar-sesignificativa, sobretudo noite, aumentando consideravelmente o alcance.

    Uma estao costeira em MF pode conseguir boas comunicaes por voz, em distncias deat 300 milhas nuticas. Estaes de navio, com transmissores menos potentes e arranjos deantenas menos elaborados, podem esperar alcances de comunicaes de at 150 milhasnuticas em radiotelefonia e de 300 milhas nuticas em DSC (Chamada seletiva digital)/Telex.

    HHFF a considervel variao de radiocomunicaes em HF consequncia dapropagao do sinal ser predominantemente por ondas celestes, tanto noite como durante odia. O sinal por onda terrestre ainda est presente, mas atenua rapidamente para um valor desprezvel para as comunicaes comerciais. A camada D da ionosfera tem pouco efeito nas

    frequncias acima de 4 MHz e a propagao a longa distncia realizada pela reflexo nascamadas E e F. Em termos gerais, quanto mais alta a frequncia de HF utilizada, maior oalcance.

    A propagao a longa distncia tambm possvel como resultado de mltiplasreflexes entre o solo e a ionosfera ou ainda entre as prprias camadas da ionosfera. A melhor poltica para obteno de comunicaes em HF confiveis usar a mais alta frequnciaconsistente com a distncia do circuito rdio, utilizando-se de uma simples reflexo aplicando-se os conceitos de MUF e FOT vistos anteriormente.

    VVHHFF acima de 50 MHz, o mecanismo de propagao predominante o de ondadireta. Para comunicaes por satlite, uma viso desobstruda do satlite necessria, e aantena da estao terrena de navio deve ser instalada de maneira a obter a melhor visibilidadepossvel. Para comunicaes terrestres, o alcance depende das alturas das antenastransmissoras e receptoras. O horizonte rdio em VHF maior que o horizonte ptico na razode 4/3.

    UUHHFF e SS HHFF nessas faixas, a propagao feita atravs de ondas troposfricas ereflexes diversas (televiso, comunicaes via satlite, auxlios navegao radar e SART).

    11..33 .. 55 MMoo dd uu llaa oo

    Uma srie de ondas eletromagnticas transmitida em frequncia e amplitude constante chamada de onda contnua ou abreviadamente CW (Continuous Wave). Essa onda no podeser ouvida exceto nas baixas frequncias onde elas podem produzir um forte zumbido em umreceptor.

    Entretanto, esse tipo de onda, sendo modificada, ou seja, modulada , poder servir detransporte para uma outra que carregue a mensagem. Quando isso ocorre, a onda contnuapassa a ser denominada de onda portadora. Ento, modulao o mecanismo no qual a ondaportadora de radiofrequncia usada para a transmisso da informao. No contexto martimo,o tipo de informao principalmente em voz ou em dados.

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    Na prtica, existem trs mtodos pelos quais uma onda contnua pode ser modulada,transformando-se em uma onda portadora, para conduzir informaes.

    Modulao em amplitude (AM) o mtodo de modular onde o sinal udio levado afazer variar a amplitude da portadora. Neste caso, a frequncia da onda portadora se mantm

    constante. (Figura 1.16)

    Figura 1.16- Modulao em amplitude

    Modulao em frequncia (FM) o mtodo de modular que leva a frequncia daportadora a variar para cima e para baixo da sua frequncia mdia. Neste caso, a amplitude daportadora se mantm constante. (Figura 1.17)

    Figura 1.17- Modulao em frequncia

    Modulao por pulsos (PM) o mtodo de modular onde a onda transmitida deforma interrompida. Pulsos extremamente rpidos de energia so transmitidos, seguidos deperodos relativamente longos de silncio.(Figura 1.18)

    Figura 1.18- Modulao por pulsos

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    11..33 .. 66 CCllaa ss ss ee ss dd ee ee mm iiss ss oo

    o conjunto das caractersticas de uma emisso, designados por smbolospadronizados, isto , tipo de modulao da portadora principal (1 smbolo), natureza do sinalque modula a portadora principal (2 smbolo), tipo de informao que se vai transmitir (3smbolo), e se for o caso, caractersticas adicionais tais como especificaes dos sinais quevo ser transmitidos (4 smbolo) e natureza da multiplexagem (5 smbolo).

    A descrio completa desses smbolos encontra-se na publicao Regulamento deRadiocomunicaes- Radio Regulations (RR) da Unio Internacional de Telecomunicaes(ITU).

    Designaes oficiais de emisses

    As designaes oficiais de emisses so os cdigos atribudos s diferentes classes deemisses.

    EExxee mm pp lloo ss ::

    H3E banda lateral nica, portadora completa;

    R3E banda lateral nica, portadora reduzida;

    J3E banda lateral nica, portadora suprimida;

    F1B telegrafia de impresso direta em banda estreita (NBDP), com correo deerros; modulao em frequncia;

    G2B telegrafia de recepo automtica, utilizando um s canal com informaoquantificada ou digital, utilizando uma subportadora modulada; modulao emfase.

    DDee ss iigg nn aa ee ss nn oo oo f f iicc iiaa iiss dd ee ee mm iiss ss ee ss

    As designaes no oficiais de emisses referem-se a cdigos mais generalizados,diferentes dos cdigos das classes de emisses.

    Exemplos:TLX telex

    TF telefone

    FAX fac-smile

    SSB banda lateral nica

    AM modulao em amplitude

    FM modulao em frequncia

    PM modulao por pulsos ou em fase

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    11 ..44 AANNTTEENNAA

    A antena parte fundamental para que as radiocomunicaes funcionemcorretamente.

    A partir da antena (Figura 1.19) a onda portadora das mensagens sai e se propaga noespao . , tambm, por meio dela que se recebe a onda portadora que transporta asinformaes. Portanto, por meio da antena que se viabiliza a transmisso e recepodas radiocomunicaes.

    O funcionamento da antena duplo, isto , quando emissoras irradiam para o espaoondas eletromagnticas geradas pelo transmissor; ao passo que, quando receptoras captamessa energia distribuda, dirigindo-a ao receptor.

    Figura 1.19 - Antena

    O que se espera de uma antena?

    Irradiar o mximo de energia quando emitindo.Recolher o mximo possvel de energia quando em recepo.

    11.. 44 .. 11 PP aa r r mm ee tt r r oo ss dd aa ss aa nn tt ee nn aa ss

    GGaa nn hh oo dd aa aa nn tt ee nn aa

    a eficincia com que uma antena transmite e/ou recebe sinais em uma frequncia emrelao ao seu padro de construo, expresso em decibis (dB).

    Espera-se de uma antena ganhos elevados, pois com isso seu padro de radiaoproporcionar maiores alcances.

    DDiir r ee tt iivviidd aa dd ee

    Representa a direo ou caminho de propagao dos sinais irradiados / recebidos pelaantena.

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    FFr r ee qq uu nn cc iiaa dd ee r r ee ss ss oo nn nn cc iiaa

    a frequncia em que a antena apresenta seu melhor rendimento. Essa frequnciadepender das dimenses fsicas da antena. Donde se conclui que quanto maior o tamanho daantena, menor ser sua frequncia de ressonncia.

    RRee ss iiss tt nn cc iiaa dd ee iir r r r aa dd iiaa oo

    a resistncia necessria para dissipar a energia absorvida da fonte geradora, quealimenta a antena. Ela basicamente a resistncia do material de que se constitui a antena.

    Os materiais mais usados para confeco de antenas so: ao inox, fibra de vidro ealumnio especial.

    Uma antena um elemento capaz de irradiar e interceptar ondas de rdio. A irradiao ea recepo das ondas rdio so mais eficientes quando a antena est em ressonncia. Vriasconfiguraes ressonantes podem ser obtidas por antenas com dimenses de decomprimento de onda ( ) ou de comprimento de onda, ou seus mltiplos. muito importantepara uma antena de transmisso estar em ressonncia, mais ainda do que para uma antenareceptora, a no ser que o desempenho do transmissor possa estar muito degradado devido auma antena mal planejada. Tipos mais antigos de transmissores podem ser avariados pelaalimentao em uma antena fraca. Mas modernos desenhos, usualmente, incorporam umcircuito de proteo automtico para desligar o transmissor ou reduzir a potncia a um nvel desegurana, se for necessrio.

    11..44 .. 22 CCllaa ss ss iif f iicc aa oo dd aa ss aa nn tt ee nn aa ss qq uu aa nn tt oo dd iir r ee tt iivviidd aa dd ee

    11..44 .. 22 ..11 AAnn tt ee nn aa ss OOnn iidd iir r ee cc iioo nn aa iiss

    So antenas cujos diagramas de irradiao, nos vrios planos, se estendem em todas asdirees, com intensidades de campo de valores diversos, mas apreciveis.

    Como o comprimento de onda ( ) nabanda do VHF martimo (156 a 174 MHz) cerca de 2 metros, possvel usar antenas de

    do comprimento de onda ( ) e docomprimento de onda ( ). O mais bsicodesenho o dipolo vertical, que consiste emuma diviso de um elemento de comprimento de onda ( ) conectado no centroem um cabo alimentador balanceado. (Figura1.20)

    Figura 1.20 Antena dipolo

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    Outros tipos de antenas VHF para uso abordo de navios so as antenas com o planode aterramento artificial, do comprimento de

    onda ( ) (antena de haste e antena vertical),tipicamente de 1.5 m de fibra de vidro,contendo em um polo uma antena dipolo.(Figura 1.21) Relembre-se que as antenas deVHF so montadas to altas quanto possvel,em uma posio livre de obstrues dasuperestrutura do navio. Com isso utilizamelhor a onda espacial direta para ter melhores alcances.

    Figura 1.21 Antena de haste

    Nas faixas de frequncia do MF/HF martimo,os comprimentos de onda variam de 180 metros(1605 kHz) a cerca de 12 metros (25 MHz). Antenas ressonantes de ( )/4 ou ( )/2 cobrindo todafaixa de frequncias acima, por conseguinte, noso possveis. O problema pode ser facilitadousando um nmero de antenas separadas, tipochicote, cada uma cobrindo uma simples faixa ou

    diversas faixas relacionadas harmonicamente.(Figura 1.22)

    Figura 1.22 Antena tipo chicote - WHIP

    A unidade de sintonia da antena (ATU) usualmente utilizada para emparelhar a sadado transmissor com a antena sobre uma larga faixa de frequncias. Na realidade, funcionacomo um acoplador, possibilitando que, com uma nica antena, se cubra uma faixa defrequncias.

    Na realidade, a ATU usa componentes eltricos, tais como bobinas (indutores) e

    capacitores, para obter um comprimento eltrico ressonante em combinao com o atualcomprimento fsico da antena. Contudo, deve ser notado que a eficincia variar sobre a faixade frequncia usada, porque a eficincia de irradiao ainda determinada pelo comprimentofsico da antena. Certamente, se a ATU puder emparelhar uma antena muito curta com umtransmissor, por exemplo, a eficincia como um todo ser fraca.

    Conexes entre o transmissor, a ATU e a antena principal devem ser mantidas to curtasquanto possvel, para assegurar uma eficiente transferncia de energia para a antena.

    Se houver espao amplo entre os mastros existentes a bordo, ou para mastros erguidospara antena, ento a antena principal pode ser uma antena de fio. Uma antena de fio pode ser estendida entre os mastros ou entre um mastro e outra parte elevada da superestrutura donavio.

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    As antenas relatadas aqui de VHF/MF/HF so onidirecionais, ou seja, irradiam e recebemem todas as direes.

    A antena do equipamento INMARSAT-C onidirecional e tem uma proteo de fibra devidro, que mantm a antena livre de impurezas e aumenta sua eficincia.

    1.4.2.2 Antenas Direcionais

    So antenas cujo lobo principal (feixe de energia) muito maior que os secundrios, emuma determinada direo, tanto no plano horizontal quanto no vertical, em seu diagrama deirradiao.

    Exemplo: antena parablica do equipamento INMARSAT-F77, usada na Estao Terrenade Navio (SES) (Figura 1.23) e antena usada na Estao Terrena Costeira (CES) para ligaocom os satlites (Figura 1.24).

    Figura 1.23 Antena Fleet 77. Figura 1.24 Antena da EstaoTerrena Costeira.

    A antena do INMARSAT F77 parablica,montada em um sistema que a mantm estabilizada,indiferente aos movimentos do navio. direcional, isto, o feixe da onda radioeltrica concentrado em umadireo. Trabalha com um dipolo mltiplo de ( )/2(metade de um comprimento de onda). Tambm tem

    uma proteo de fibra de vidro, com as mesmasfinalidades. (Figura 1.25) Figura 1.25

    Antena Fleet 77 com proteo.

    11..44 .. 33 MMaa nn uu tt ee nn oo dd aa ss aa nn tt ee nn aa ss

    Todas as antenas devem ser mantidas limpas e removidos os depsitos de sal. Cabos dealimentao e suporte tambm devem ser checados regularmente.

    Os vrios isoladores devem tambm ser verificados por motivo de rachaduras ou quebrase devem ser limpos regularmente. A sustentao de segurana em uma antena de fio evita que

    ela caia se uma fora imprpria (por exemplo, ventos fortes ou formao de gelo) estiver atuando sobre ela.

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    Uma antena de fio, reserva, deve ser armazenada em um lugar de fcil acesso, de modoque possa rapidamente ser erguida em uma emergncia.

    Prximos da antena principal esto presentes altas voltagens e perigosas correntes deRF. Como precauo de segurana, a ATU e a ligao com a antena principal devem ser

    protegidas para evitar que qualquer pessoa toque no cabo de alimentao. Antes de fazer qualquer servio de manuteno em uma antena, assegure-se que ela

    est desalimentada e que foram retirados os seus fusveis principais.

    Ao subir no mastro, para inspecionar uma antena, deve-se faz-lo acompanhado de umapessoa como guia e usando cinto de segurana.

    As antenas de fio podem ser limpas, arriando-as, colocando-as em um recipiente, em quefiquem totalmente imersas, em uma soluo meio a meio de vinagre e gua, por cerca de 12horas. Aps limp-las, aplicar vaselina lquida e recoloc-las no lugar.

    As de chicote (whip) podem ser limpas, arriando-as, passando escova de ao e/ou palhade ao e depois reinstal-las.

    Essas depois de instaladas devem ter medidas suas impedncias, de acordo com o seumanual, com o uso de um multmetro e colocando-o na escala como ohmmetro.

    Como uma adicional precauo, a antena deve ser tambm aterrada, uma vez que aenergia de radiofrequncia (RF) pode ainda ser induzida na antena proveniente de outrasantenas a bordo ou de navios mais prximos.

    Mesmo que um choque de uma tenso de RF induzida possa somente causar um susto,poder, da, ocorrer outro acidente, tal como a queda de uma escada ou perda de ferramentas.

    11.. 44 .. 44 SS iiss tt ee mm aa SS iimm pp llee xx ee DDuu pp llee xx

    No sistema simplex, as duas estaes transmitem e recebem em uma s frequncia, oque obriga a alternncia da conversao com o uso da expresso cmbio, enquanto, nosistema duplex, as estaes transmitem em frequncias diferentes (a frequncia detransmisso de uma estao a frequncia de recepo da outra e vice-versa).

    Dessa forma, a conversao desenrola-se como quando usamos o telefone comum, emque podemos falar e simultaneamente ouvir.

    Normalmente, as comunicaes martimas, entre navios, so feitas emsistema simplex.

    11.. 55 PP LLAANNTTAA TTPP IICCAA DDEE AALLIIMMEENNTTAAOO DDOO GGMMDDSS SS

    A instalao eltrica mais comum nos navios mercantes tem, pelo menos, dois geradores(Generators) acionados por motores de combusto auxiliar (Auxiliary Engines ou MCAs)mais um outro gerador, que pode ser um gerador de eixo, ou um turbogerador (T.G.), ou um

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    terceiro MCA. Cada um desses geradores capaz de suportar a carga eltrica do navio emregime normal de viagem, ou seja, a carga essencial a navegao com segurana.

    As instalaes eltricas dos navios mais comuns so obrigadas a possuir, pelo menos,dois retificadores (rectifier ou battery charger).Eles so empregados para receber a energia

    do sistema de emergncia, 220 V (volts) corrente alternada (CA), abaix-la para 24 V e retificar para corrente contnua (CC). Um dos retificadores com suas baterias usado para o GMDSSde modo similar aos nobreaks dos computadores pessoais. O retificador do GMDSS e suasbaterias so usadas para manter operando os equipamentos do sistema GMDSS at que ogerador de emergncia entre em operao (at 45 segundos aps o apago). Esse retificador incorpora automao e chaves que transferem o fornecimento de energia eltrica em 24 voltsCC para os equipamentos GMDSS, ou das baterias (durante o apago), ou do quadro eltricodo gerador de emergncia atravs do retificador.

    De modo similar o outro retificador (muitas vezes mais de um) faz a mesma coisa paraequipamentos que a Conveno SOLAS exige que permaneam em operao sempre, atmesmo nos segundos que antecedem a operao do gerador de emergncia, por exemplo:iluminao de bateria nas escadas e outros pontos, alarmes em geral, central telefnica,automaes das mquinas, iluminao da agulha magntica, apito, etc.

    Os dois retificadores tm em comum a alimentao em 220 V CA do Quadro Eltrico deEmergncia (QEE) e a carga das baterias correspondentes.

    ALIMENTAO TPICA DE UMA ESTAO GMDSS DE UM NAVIO

    OBS.:QEE = Quadro Eltrico de Emergncia;Os itens 7 a 12 so apenas exemplos.

    Figura 1.26 Alimentao tpica de uma estao GMDSS de um navio. A energia eltrica das baterias atende ao que a Conveno SOLAS chama de Sistema de

    Energia Transitrio para a energia de emergncia.

    1 3

    6

    54

    2

    + -

    + -

    +

    - A1

    + 12 V -

    A2

    + 12 V -

    A3

    + 12 V -

    B1

    + 12 V -

    B2

    + 12 V -

    B3

    + 12 V -

    789101112

    24V CC

    24 VCC( CORRENTE CONTINUA )

    S

    CORRENTEALTERNADA

    +-

    PAINEL COM3+4+5+6

    1. Q.E.E.2. BATERIAS DO GMDSS (seis de 12V em srie paralelo)3. RETIFICADOR / CARREGADOR4. QUADROS DE MEDIDORES E CHAVES SELETORAS5. PAINEL DE DISTRIBUIO6. FUSVEIS7. VHF DSC8. HF DSC9. INMARSAT Fleet 7710. INMARSAT C11. CARREGADORES DOS VHF PORTTEIS12. RECEPTOR NAVTEX

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    A tendncia mais moderna instalar vrios sistemas de energia transitria, que operamde modo independente (segregado) e com finalidades dedicadas. A prpria ConvenoSOLAS, na sua Regra 13 do captulo IV, parte C, obriga a existncia de uma fonte de 24 V CC,independente e dedicada, para os componentes de uma estao GMDSS de um navio (figura

    1. 26).

    11 .. 66 BBAATTEERRIIAASS EE AACCUUMMUULLAADDOORREESS

    A bordo, a corrente eltrica obtida por meio de geradores e alternadores, que soequipamentos que transformam a energia mecnica em energia eltrica. A corrente eltricagerada poder ser utilizada diretamente pelos outros equipamentos que necessitam de energiapara seu funcionamento ou fluir para baterias e acumuladores, que armazenaro essa energiapara ser fornecida, quando necessrio.

    Podemos, ento, afirmar que o Sistema Transitrio a grande fonte de alimentao paraa gerao das ondas eletromagnticas, que, por sua vez, fazem acontecer aradiocomunicao. Portanto, agora, veremos como funcionam e quais so os cuidados quedevemos tomar com as baterias e acumuladores de bordo.

    Observando a Figura 1.27, verifica-se, que os equipamentos de radiocomunicao, paraque funcionem, tanto na transmisso como na recepo, necessitam de energia (correnteeltrica) fornecida pelas baterias e acumuladores.

    Figura 1.27 Esquema de radiocomunicao

    11.. 66 .. 11 CCoo nn ss tt ii tt uu ii oo dd aa BBaa tt ee r r iiaa

    O nome bateria dado ao conjunto de elementos (pares de placas) interligados em srie

    e envolvidos por um recipiente maior. Basicamente, uma bateria (Figura 1.28) constituda dosseguintes elementos:

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    Invlucro ou Cuba recipiente construdo com material isolante que contm os eletrodos e oeletrlito.

    Eletrlito

    substncia que possibilita o processo de eletrlise e que age quimicamentesobre os elementos (eletrodos) nela submersos, fazendo, ento, com que se

    estabelea uma diferena de potencial entre os terminais.

    Elementos condutores (placas) eltricos que, em contato com o eletrlito, mantm entresi uma diferena de potencial (ddp).

    Figura 1.28 - Bateria

    O funcionamento da bateria segue um princpio bastante simples. Ele se d devido a umareao qumica, denominada de eletrlise, que ocorre internamente com os elementos e oeletrlito e libera eltrons com intensidade resultando uma diferena de potencial entre osterminais.

    A capacidade de uma bateria expressa em ampere-hora (Ah), que indica a quantidadede energia que pode ser fornecida por um perodo de descarga padro, usualmente de 10 a 20horas.

    Uma bateria, em boas condies, com capacidade de 140 Ah, por exemplo, podefornecer 14 amperes por 10 horas, 7 amperes por 20 horas, ou 28 amperes por 5 horas.

    As baterias so divididas em dois grandes grupos: baterias primrias (no

    so recarregveis) e baterias secundrias (que so recarregveis).

    11..66 .. 22 BBaa tt ee r r iiaa ss PP r r iimm r r iiaa ss

    As baterias primrias, por no serem recarregveis, necessitam ser substitudas sempreque sua carga no mais suprir as condies mnimas de trabalho. So utilizadas onde otamanho reduzido e a possibilidade de longos perodos de armazenamento so as condiesprimordiais.

    As baterias de zinco-carbono foram, durante dcadas, as nicas fontes primrias (1.5 V)no mercado, at aparecerem as baterias alcalinas, hoje o tipo mais comum venda, que souma evoluo das baterias zinco-carbono, utilizando um eletrlito alcalino.

    ELEMENTOS ELETRLITO

    CUBA

    TERMINAIS

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    A perda de gua eliminada pelo emprego de placas sem antimnio e por um separador de lquido e de gs especial existente na tampa do recipiente. Com isso, consegue-se que areserva de eletrlito seja permanente. A tampa selada cuba, de maneira que nada que sejasuscetvel de contaminar ou prejudicar os elementos internos possa ser introduzido na bateria.

    A bateria dever estar sempre limpa e seca. Os bornes so protegidos contra a corrosologo que os cabos so conectados, no precisando de nenhuma limpeza ou reapertoperidicos.

    Os novos materiais das placas so menos sujeitos perda de cargas. Isso faz com que abateria permanea carregada muito mais tempo, quando no utilizada. Infelizmente, ascapacidades dessas baterias so limitadas e no cobrem todas as possveis aplicaes.

    Com o desenvolvimento de novas tecnologias, j existem baterias recarregveis queutilizam clulas de ltio para uso em equipamentos portteis. As baterias de on ltio so um tipo

    de baterias recarregveis, muito utilizadas em equipamentos eletrnicos portteis(transceptores portteis de VHF). No caso delas, no preciso carregar a bateria at o total dacapacidade nem descarregar at o total mnimo, como se procede em outros tipos.

    11..66 .. 44 CCoo nn dd ii oo dd aa BBaa tt ee r r iiaa

    Para determinar a condio de uma bateria de chumbo-cido, a densidade ou a tensonominal dever ser lida diariamente com e sem carga (alimentar um equipamento). Para isso,coloque todos os transmissores em desligado e faa a leitura da tenso nominal. Agora, use otransmissor principal (que consome pesada corrente) e anote a tenso nominal. A bancada em

    srie dos elementos do chumbo-cido totalmente carregados deve ter uma leitura mnima,quando desligado, de 24 V. Quando est alimentando uma carga, a tenso no deve cair mais que um ou dois V. Uma substancial queda, por exemplo, abaixo de 20 V, indica que abateria est em pssima condio e necessita ser substituda.

    Entretanto, deve-se checar os terminais da bateria, em primeira instncia, para seassegurar de que esto limpos e firmes. Um terminal folgado pode ser a causa de a tenso cair a um nvel muito baixo.

    11 ..66 .. 55 FFoo nn tt ee dd ee r r ee ss ee r r vvaa dd ee ee nn ee r r gg iiaa ee mm aa nn uu tt ee nn oo

    Quando a fonte de reserva de energia consistir em baterias recarregveis, o sistema decarregamento deve ser capaz de recarregar totalmente as baterias dentro de 10 horas.

    As seguintes rotinas de manuteno devem ser observadas:

    Diariamente as baterias que proporcionam uma fonte de energia para qualquer parteda instalao rdio devem ser testadas diariamente. E, quando necessrio, devem ser conduzidas condio de plenamente carregadas

    Mensalmente a verificao deve ser feita na segurana e condio de todas as

    baterias que proporcionam uma fonte de energia para qualquer parte da instalao de rdio. As conexes e o compartimento onde ficam devem tambm ser verificados.

    http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Bateria_recarreg%C3%A1vel&action=edithttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Bateria_recarreg%C3%A1vel&action=edit
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    11.. 77 PP RRIINNCCPP IIOOSS GGEERRAAIISS DDOO SS EERRVVIIOO MMVVEELL MMAARRTTIIMMOO

    O Servio Mvel Martimo permite a comunicao atravs de rdio entre uma pessoa emterra e outra que esteja a bordo de uma embarcao em qualquer parte do mundo, e vice-versa. Atendendo comunidade martima composta por armadores, companhias martimas,transportadores martimos de carga, proprietrios de embarcaes de lazer e empresas depesca, o servio agiliza comunicaes sociais, administrao da frota, comunicaes denegcio, troca de informaes estratgicas e comunicaes de segurana.

    Observe, portanto, que, por meio do Servio Mvel Martimo, quem estiver navegando poder comunicar-se com quem estiver em terra. Ou ao contrrio, quemestiver em terra poder comunicar-se com quem estiver a bordo navegando. Isso,

    certamente, aumentar ainda mais a segurana do navegante.

    As Estaes Costeiras em todo mundo, por meio do Servio Mvel Martimo, viabilizam as comunicaes entre uma embarcao navegando e os sistemas terrestres detelecomunicaes ou vice-versa.

    Mas voc deve estar se perguntando:

    CCoo mm oo f f ee iitt oo ee ss ss ee ss ee r r vvii oo ??

    Na verdade, o Servio Mvel Martimo se faz por meio de uma srie de EstaesCosteiras ao longo do litoral e dos rios. Essas estaes no Brasil so subordinadas EmpresaBrasileira de Telecomunicaes (EMBRATEL) e, interligadas entre si, formam o que sedenomina Rede Nacional de Estaes Costeiras, tambm conhecidas pela sigla RENEC.

    Vejamos como estruturada a RENEC e quais so os servios que ela presta.

    11.. 77 .. 11 EEss tt r r uu tt uu r r aa dd aa RREENNEECC

    A Rede Nacional de Estaes Costeiras constituda por dezenas de Estaes.

    Uma Estao Principal, localizada no Rio de Janeiro dispondo de meios que possibilitamas comunicaes em radiotelefonia com embarcaes em qualquer ponto da superfcieterrestre (alcance mundial). (Figura 1.29)

    Estaes telecomandadas, localizadas em Manaus, Itacoatiara, Parintins, Santarm, Almeirim, Macap, Breves, Belm, So Lus, Fortaleza, Aracati, Mossor, Natal, Fernando deNoronha, Cabedelo, Olinda, Macei, Aracaju, Salvador, Ilhus, Teixeira de Freitas, SoMateus, Vitria, Cavalinho, Rio Novo do Sul, Campos, Casimiro de Abreu, Angra dos Reis, SoSebastio, Santos, Paranagu, Joinville, Itaja, Florianpolis, Laguna, Morro Reuter, Osrio,Porto Alegre e Juno. Essas estaes comportam-se como repetidoras da Estao Principal.

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    EROG

    SERVIO MVEL MARTIMO

    Figura 1.29 - RENEC

    11..77 .. 22 SS ee r r vvii oo ss OOf f ee r r ee cc iidd oo ss

    O Servio Mvel Martimo oferece basicamente dois tipos de servios:

    Servios Especiais e Gratuitos As estaes RENEC oferecem servios especiais e gratuitos que se referem

    salvaguarda da vida humana no mar e segurana da navegao, tais como:

    transmisso de avisos-rdio nuticos;transmisso de avisos-rdio SAR;transmisso de METEOMARINHA a pedido;recepo de mensagens de socorro, urgncia e segurana.

    Servios Comerciais

    A RENEC oferece ainda servios comerciais, ou seja, servios que so taxados ecobrados, tais como ligaes telefnicas, e outras formas de comunicao.

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    11..77 .. 44 TTiipp oo ss dd ee cc oo mm uu nn iicc aa ee ss nn oo ss ee r r vvii oo mm vvee ll mm aa r r tt iimm oo

    a) Comunicaes de socorro, urgncia e segurana

    O sinal radiotelefnico de socorro formado pela palavra MAYDAY, repetida trsvezes e pronunciada como a expresso francesa maider. Es se sinal significa queum navio, aeronave ou outro veculo se encontra em perigo grave ou iminente enecessita de auxlio imediato. Transmite-se antes da chamada de socorro.

    O sinal radiotelefnico de urgncia consiste na transmisso do grupo de palavrasPAN PAN, repetido trs vezes e pronunciada cada palavra do grupo como aexpresso francesa panne. Es se sinal indica que a estao que chama tem paratransmitir uma mensagem muito urgente relativa segurana de um navio ouembarcao, aeronave, de qualquer veculo ou de uma pessoa. Transmite-se antesda chamada de urgncia.

    O sinal radiotelefnico de segurana consiste na transmisso da palavra SECURIT,repetida trs vezes e pronunciada claramente em francs. Esse sinal anuncia que aestao vai transmitir uma mensagem que contm um aviso importante aosnavegantes ou um aviso meteorolgico importante. Transmite-se antes da chamadade segurana.

    b) Correspondncia pblica

    Os membros da ITU (Unio Internacional de Telecomunicaes) reconhecem ao pblicoo direito de comunicar-se por meio do Servio Internacional de Correspondncia Pblica. Os

    servios, as taxas e as garantias sero os mesmos, em cada categoria de correspondncia,para todos os usurios, sem prioridade nem preferncia alguma.

    c) Servio de operaes porturias

    o servio mvel martimo efetuado num porto ou proximidades de um porto, entreestaes costeiras e estaes de navio, ou entre estaes de navio. Tem por objetivo atransmisso de mensagens que tratem exclusivamente da manuteno, da movimentao e dasegurana dos navios e, em caso de urgncia, da salvaguarda das pessoas. Excluem-sedessas mensagens as que tm carter de correspondncia pblica.

    d) Servio de movimento de navios o servio mvel martimo de segurana distinto do servio de operaes porturias,

    entre estaes costeiras e estaes de navio, ou entre estaes de navio, cujas mensagens sereferem unicamente ao movimento de navios. Ficam excludas desse servio as mensagens decorrespondncia pblica.

    e) Comunicaes entre navios

    So comunicaes navio-navio utilizando o VHF com a finalidade de assegurar asegurana da movimentao de navios.

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    f) Estao de comunicaes a bordo

    uma estao mvel de baixa potncia do servio mvel martimo destinada scomunicaes internas a bordo de um navio, ou entre um navio e suas embarcaes e botessalva-vidas, durante exerccios ou operaes de salvamento ou para as comunicaes dentro

    de um grupo de navios empurrados ou rebocados, assim como para as instrues deamarrao e atracao.

    11.. 77 .. 55 TTiipp oo ss dd ee ee ss tt aa ee ss nn oo ss ee r r vvii oo mm vvee ll mm aa r r tt iimm oo

    Estao: um ou mais transmissores ou receptores, ou uma combinao detransmissores e receptores, incluindo os equipamentos acessrios necessrios para assegurar um servio de radiocomunicao num dado local. Cada estao classificada segundo oservio de que participa de modo permanente ou temporrio.

    Estao Terrena: estao situada na superfcie da Terra ou na parte principal daatmosfera terrestre destinada a estabelecer comunicao com:

    uma ou vrias estaes espaciais;

    uma ou vrias estaes da mesma natureza, mediante o emprego de um ou vriossatlites refletores ou outros objetos espaciais.

    Estao Costeira: estao terrestre do servio mvel martimo.

    Estao Terrena Costeira (CES): estao terrena do servio fixo por satlite ou, emalguns casos, do servio mvel martimo por satlite, instalada em terra, em um pontodeterminado, com o fim de estabelecer comunicaes para o servio mvel martimo por satlite.

    Estao de Navio: estao mvel do servio mvel martimo instalada a bordo de umnavio, que no uma embarcao de salvamento, no permanentemente fundeado.

    Estao Terrena de Navio (SES): estao terrena mvel, do servio mvel martimo por satlite, instalada a bordo de um navio.

    Estao de Aeronave: estao mvel do servio mvel aeronutico instalada a bordo deuma aeronave.

    Estao de Praticagem: estao costeira do servio de praticagem.

    Estao Porturia: estao costeira do servio de operaes porturias.

    Estao RCC: estao do centro de coordenao de salvamento, responsvel por promover a organizao eficiente dos servios de salvamento e pela coordenao da conduodas operaes de salvamento dentro de uma rea de socorro.

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    11..88 EEQQUUIIPP AAMMEENNTTOOSS DDEE RRAADDIIOOTTEELLEEFFOONNIIAA

    QQuu aa iiss ss oo oo ss ee qq uu iipp aa mm ee nn tt oo ss qq uu ee gg aa r r aa nn tt ee mm aa ss cc oo mm uu nn iicc aa ee ss ee nn tt r r ee ee mm bb aa r r cc aa oo tt ee r r r r aa ,, tt ee r r r r aa ee mm bb aa r r cc aa oo ee ee mm bb aa r r cc aa oo --ee mm bb aa r r cc aa oo ??

    No prximo passo, apresentaremos os equipamentos que, em conjunto ou isoladamente,formam a Estao de Navio, que garante o estabelecimento de comunicaes entreembarcao-terra, terra-embarcao e embarcao embarcao.

    Obviamente, separaremos as estaes que equipam embarcaes de pequeno e mdioporte, empregadas, na navegao costeira, das embarcaes de maior porte, que estejam notrfego das demais reas. A estao deve ser completa, podendo ter equipamentos decomunicao via satlite (INMARSAT), assunto que veremos na prxima unidade.

    Quanto a isso, importante entender que a Estao de Navio deve estar equipada cominstrumentos de comunicao que atendam e cubram, em alcance, a todas as reas denavegao em que a embarcao est certificada.

    Para uma embarcao empregada em guas interiores, sua Estao de Navio pode ser composta de um simples equipamento de pequeno alcance. Portanto uma embarcao deveter equipamentos capazes de manter boas comunicaes em todas as reas de navegaoque compem sua viagem, o que, certamente, poder exigir equipamentos de comunicao via

    satlite, caracterizando assim uma Estao Terrena de Navio.

    11..88 .. 11 CCoo mm uu nn iicc aa ee ss TTee r r r r ee ss tt r r ee ss nn oo GGMMDDSS SS

    As comunicaes via ondas terrestres, refletidas ou no, so utilizadas pelo sistema paratransmisses em curtas, mdias e longas distncias. Essas frequncias permitem que sejamtransmitidas mensagens em voz, mais conhecidas como radiotelefonia, em forma de chamadaseletiva digital, esta mais conhecida pela sua sigla em ingls DSC (digital selective calling) eem radioteleimpresso, conhecido por Telex.

    Nas comunicaes terrestres a chamada seletiva digital (DSC) forma a base para alertade socorro e comunicaes de segurana.

    Comunicaes de segurana e alertas de socorro que se seguem a uma chamada DSCdevem ser conduzidas por radiotelefonia ou radioteleimpresso, ou ambos.

    AS REAS DENAVEGAOEM QUE ESTCERTIFICADA

    ESTAO DE NAVIO compatvel com

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    Servio a Curta Distncia

    O VHF prov este servio nas frequncias de 156.525 MHz (canal 70) para alertas desocorro e chamadas de urgncia e segurana usando DSC e 156.800 MHz (canal 16) paratrfego de socorro, urgncia e segurana por radiotelefonia, inclusive nas comunicaes de

    coordenao SAR e na cena de ao.Servio a Mdia Distncia

    O uso de radiocomunicaes em MF possibilita esse servio. Nas direes navio-terra,navio-navio e terra-navio, a frequncia de 2187.5 kHz usada para alertas de socorro echamadas de urgncia e segurana, utilizando-se o DSC. A frequncia de 2182 kHz utilizadapara o trfego de socorro e de segurana em radiotelefonia, incluindo comunicaes decoordenao SAR e na cena de ao. A frequncia de 2174.5 kHz ser usada para trfego desocorro e segurana por radioteleimpresso.

    Servio a Longa DistnciaO uso do HF possibilita esse servio em ambas as direes: navio-terra e terra-navio.

    Nas reas cobertas pelo INMARSAT, ele pode ser usado como uma alternativa dascomunicaes por satlite e fora dessas reas o nico meio de comunicao a longadistncia.

    So designadas frequncias para esse servio nas faixas de 4, 6, 8, 12 e 16 MHz.

    As frequncias usadas nos sistemas de comunicaes do GMDSS constam doRegulamento de Radiocomunicaes (RR) da ITU.

    11.. 88 .. 22 TTr r aa nn ss cc ee pp tt oo r r VVHHFF

    O transceptor VHF (Figura 1.30), mais conhecido pela sigla VHF, devido utilizao dafaixa de frequncia do VHF, um equipamento de radiocomunicao bsico, ou seja, recebe etransmite mensagens faladas, e compe qualquer Estao de Navio. Isso significa dizer que otransceptor VHF o equipamento mandatrio na Estao de Navio de embarcaes depequeno e mdio porte empregada em guas interiores e na costa, assim como tambmcompe Estaes terrenas de Navio sofisticadas e completas de embarcaes de grande porteempregadas no longo curso.

    Sua versatilidade decorrente de sua forma compacta e, principalmente, da facilidadeoperacional, j que suas frequncias de chamada e trabalho so pr-sintonizadas,denominadas de canais, alm de outras vantagens, que veremos a seguir.

    Figura 1.30 Transceptor VHF

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    AAllcc aa nn cc ee

    Como o VHF utiliza-se da faixa de frequncia de 156 a 174 MHz, consequentemente,gerar ondas muito curtas (aproximadamente 2 metros) que se propagaro em linha reta, semreflexo, necessitando de que as antenas do transmissor e do receptor sejam altas o suficiente

    para que possam compensar a curvatura da Terra. Ou seja, o alcance vai depender da alturada antena.

    Outro ponto importante, para entendermos as limitaes de alcance do VHF, a prpriapotncia do equipamento que, segundo normas internacionais, limita-se potncia mxima em25 W. Prximo ao porto reduz-se a potncia para 1W. Transceptores portteis (Figura 1.31) utilizam potncias entre 1 e 6 W.

    Figura 1.31 Transceptor porttil de VHF

    NN mm ee r r oo dd ee CCaa nn aa iiss

    O VHF radiotelefonia tem suas frequncias pr-sintonizadas, as quais chamamos decanais, que so identificados por algarismos que tm correspondncia com as frequncias. Onmero de canais por equipamento varia muito, entretanto qualquer tipo ter de estar equipadocom o canal de socorro e chamada (16) e os canais de trabalho ou trfego (qualquer outro queno seja o 16).

    A tabela com os canais do servio mvel martimo apresentada no anexo 3.

    Mais adiante, ainda nesta unidade, falaremos sobre os procedimentos operacionaisdesse transceptor.

    PP oo ss iicc iioo nn aa mm ee nn tt oo aa bb oo r r dd oo

    Nos navios o controle dos canais de radiotelefonia de VHF, exigidos para segurana danavegao, deve ser facilmente alcanado do passadio, da posio de governo do navio e,onde necessrio, deve haver facilidades para permitir as radiocomunicaes das asas dopassadio. Pode ser usado equipamento porttil de VHF para atender a este ltimo requisito.

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    FFuu nn cc iioo nn aa mm ee nn tt oo BB ss iicc oo

    Apesar da limitao do alcance direto do VHF martimo, ele um equipamento queproporciona qualidade e confiabilidade na transmisso e recepo. Todavia, utilizando-se doServio Mvel Martimo, (Figura 1.32) e conectando-se a uma Estao Costeira, esse

    equipamento possibilitar a comunicao com qualquer lugar do mundo.

    Figura 1.32 Servio Mvel Martimo

    11.. 88 .. 33 TTr r aa nn ss cc ee pp tt oo r r ee ss MMFF / /HHFF ((SS SS BB)) As embarcaes que trafegam fora do raio de ao de um VHF devero estar equipadas

    tambm com um transceptor MF/HF. (Figura 1.33) Esse o instrumento indicado paracomunicaes de longa distncia , por utilizarem mdia e alta frequncia que,consequentemente, geram ondas de comprimento adequado para propagao refletida.

    Os transceptores MF/HF so mais conhecidos pela sigla SSB, isso porque essa siglarepresenta o tipo de modulao executada pelo equipamento.

    Figura 1.33 Transceptores MF/HF

    AAllcc aa nn cc ee

    O SSB tem longo alcance, propaga-se muito mais pelas ondas celestes e,consequentemente, depende muito mais das condies de propagao do que da potnciapropriamente dita.

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    Como se pode imaginar, o SSB no apresenta a mesma qualidade e confiabilidadeapresentada pelo VHF. Contudo, esse equipamento vem sendo aprimorado nos ltimos tempose um dos aperfeioamentos importantes em relao pr-sintonizao das frequncias, queem alguns equipamentos j vem em forma de canais, como o VHF, facilitando sua operao.

    FFuu nn cc iioo nn aa mm ee nn tt oo BB ss iicc oo

    Embora os canais de chamada, de escuta e de trabalho sejam diferentes, o procedimentopara fazer ou receber uma ligao VHF ou HF/MF o mesmo, seja no sentido bordo-terra sejano sentido terra-bordo.

    Entretanto, importante verificar que, com o SSB, possvel transmitir e receber diretamente para outra estao, sem depender do auxlio de Estaes Costeiras (com SSB conseguido alcance mundial).

    11..88 .. 44 CChh aa mm aa dd aa SS ee llee tt iivvaa DDiigg iitt aa ll DDSS CC

    A Chamada Seletiva Digital (DSC) nos rdios em VHF/MF/HF um subsistema quepermite a uma embarcao equipada com equipamentos DSC receber as chamadasendereadas a ela sem que algum tenha que ficar permanentemente atento junto aoequipamento. Ou seja: somente as chamadas destinadas embarcao sero recebidas eindicadas por um sinal sonoro e visual.

    Os rdios equipados com tecnologia DSC so utilizados para comunicaes de rotina epara transmisso, de alertas de socorro, mensagens de urgncia e de segurana.

    Os canais bsicos so: o canal 70 (156.525 MHz), em VHF; a frequncia de 2187.5 kHz,em MF; e as frequncias de 4207.5, 6312.0, 8414.5, 12577.0, e 16804.5 kHz, em HF.

    O DSC permite que uma estao especfica seja contatada indicando o canal e o mtodode resposta. As chamadas DSC podem ser enviadas a navios individuais, a grupos de navios,ou para reas geogrficas delimitadas. Todas as embarcaes que possuam equipamentos dechamada seletiva digital devero ser dotadas de um nmero de chamada com novealgarismos, denominado Identidade do Servio Mvel Martimo (Maritime Mobile ServiceIdentity-MMSI), a ser atribudo pelos orgos competentes (no Brasil a ANATEL).

    11 .. 99 LLEEGGIISS LLAAOO DDEE CCOOMMUUNNIICCAAEESS

    No vamos descrever o Regulamento de Radiocomunicaes (RR), mas sim fornecer informaes bsicas que facilitem o entendimento dessas normas.

    O objetivo principal conscientizar voc, navegante, com respeito utilizaodisciplinada dos meios de comunicao de bordo, de modo que tenhamos sempre

    a certeza de que existir mais gente ouvindo e atento para auxiliar em qualquer emergncia do que ocupando as frequncias falando algo desnecessrio.

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    As Comunicaes entre Embarcao Terra, Terra Embarcao e Embarcao Embarcao so preferencialmente para serem utilizadas em funo da Salvaguardada Vida Humana e da Segurana da Navegao.

    Portanto, a regra nmero um :

    O Regulamento de Radiocomunicaes um conjunto de normas emitidas pela UnioInternacional de Telecomunicaes, agncia da ONU com sede na Sua, a qual disciplina ascomunicaes, cria normas e distribui e coordena frequncias em todo o mundo.

    No Brasil, esse Regulamento complementado por outras normas nacionais emitidaspelo Ministrio das Comunicaes, que tem como rgo supervisor e fiscalizador a AgnciaNacional de Telecomunicaes (ANATEL) e como rgos executivos, a EMBRATEL e aRENEC, que prestam vrios servios, inclusive o Servio Mvel Martimo.

    Vejamos a seguir alguns pontos importantes dessa Legislao.

    11.. 99 .. 11 LLiicc ee nn aa dd ee EEss tt aa oo dd ee NNaa vviioo

    Todas as embarcaes que tenham estao de rdio a bordo, bastando para isso ter apenas um VHF, tero de possuir uma Licena de Estao de Navio. Com a licena serfornecido o indicativo de chamada para a estao licenciada e o MMSI. O indicativo dechamada a caracterstica de identificao, usada, no incio, durante e no trmino datransmisso.

    Em princpio, podemos afirmar que todas as embarcaes de barra afora devem ser obrigadas a estar equipadas com uma estao radiotelefnica (VHF e, se possvel, SSB).Contudo, recomenda-se que todas as embarcaes, principalmente as de transporte depassageiros, mesmo que empregadas em guas interiores, devam possuir tal estao.

    As estaes costeiras, as estaes a bordo de navios e as estaes porturias estoassociadas ao Servio Mvel Martimo e sua autorizao formalizada pela expedio daLicena para Funcionamento de Estao ato administrativo por meio do qual a Agnciareconhece ao autorizado o direito de funcionamento de uma estao. O prazo de validade daLicena para Funcionamento de Estao de no mximo 10 anos, prorrogvel de formaonerosa.

    No Brasil para licenciar uma Estao de Navio, deve-se preencher o Formulrio deServio Mvel Martimo(fornecido pela ANATEL), que, depois de preenchido, deve ser assinado e entregue ou enviado pelo Correio. A Licena de Estao de Navio ser emitida pelaunidade regional, de acordo com o endereo da sede/domicilio da entidade.

    11.. 99 .. 22 IInn f f r r aa ee ss ee PP ee nn aa ll iidd aa dd ee ss

    No Brasil so consideradas infraes na execuo do Servio Mvel Martimo o

    descumprimento das disposies contidas no Cdigo Brasileiro de Telecomunicaes, nasnormas baixadas pela ANATEL e pelo Comando da Marinha e, ainda, nos regulamentos econvenes internacionais vigentes e ratificados pelo Governo Brasileiro.

    http://www.anatel.gov.br/Portal/exibirPortalRedireciona.do?codigoDocumento=93310&caminhoRel=Cidadao-Comunica%E7%F5es%20Via%20R%E1dio-Servi%E7o%20M%F3vel%20Mar%EDtimohttp://www.anatel.gov.br/Portal/exibirPortalRedireciona.do?codigoDocumento=93310&caminhoRel=Cidadao-Comunica%E7%F5es%20Via%20R%E1dio-Servi%E7o%20M%F3vel%20Mar%EDtimohttp://www.anatel.gov.br/Portal/exibirPortalRedireciona.do?codigoDocumento=93310&caminhoRel=Cidadao-Comunica%E7%F5es%20Via%20R%E1dio-Servi%E7o%20M%F3vel%20Mar%EDtimohttp://www.anatel.gov.br/Portal/exibirPortalRedireciona.do?codigoDocumento=93310&caminhoRel=Cidadao-Comunica%E7%F5es%20Via%20R%E1dio-Servi%E7o%20M%F3vel%20Mar%EDtimo
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    O executante do servio que infringir as disposies que regulam o Servio MvelMartimo estar sujeito s seguintes penalidades:

    multa;

    suspenso de at 30 dias; e

    cassao da licena.

    11..99 .. 33 PP ee ss ss oo aa ll RR dd iioo / /CCee r r tt ii f f iicc aa dd oo dd oo OOpp ee r r aa dd oo r r

    O GMDSS no necessita de operadores rdio dedicados, mas as regras exigem que osnavios embarquem pessoas qualificadas para as comunicaes de socorro e segurana. Oscertificados dos operadores so especificados no Regulamento de Radiocomunicaes e asdefinies dos padres mnimos de competncia para os operadores rdio do GMDSSconstam da Conveno internacional em padres de certificao de treinamento e manuteno

    e servios de quartos para os homens do mar (STCW).Qualquer estao radiotelefnica de bordo s dever ser operada por pessoa portadora

    de Certificado de Radioperador. Isso significa dizer que o navegante, para poder operar narea A-1(A ser definida na Unidade 3), dever estar capacitado, pelo menos, comoRadioperador Restrito e para operar em todas as reas martimas do GMDSS, dever estar capacitado como Radioperador Geral.

    QQuu aa iiss ss oo oo ss dd oo cc uu mm ee nn tt oo ss nn ee cc ee ss ss r r iioo ss aa oo f f uu nn cc iioo nn aa mm ee nn tt oo dd aa ee ss tt aa oo ee qq uu ee dd ee vvee mm oo ss tt ee r r aa bb oo r r dd oo ??

    11..99 .. 44 DDoo cc uu mm ee nn tt oo ss

    Toda embarcao dever ter a bordo, disposio, para serem apresentados, quandosolicitados por agentes fiscalizadores, os seguintes documentos:

    Licena de Estao de Navio;

    Certificado de Radioperador Geral/Restrito; e

    Cpia do recibo da FISTEL (taxa de recolhimento p/ o Estado).

    11 .. 1100 OOPP EERRAAOO RRAADDIIOOTTEELLEEFFNNIICCAA

    Veremos agora os padres operacionais para a radiotelefonia, ou seja, como