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Histologia Profª Larissa M. B. Cardoso  O SANGUE. O sangue é uma massa líquida contida num compartimento fechado, o aparelho circulatório. Ele faz um caminho unidirecional e regular, isso por causa das contrações rítmicas do coração: - Sístole, que é a contração do músculo cardí aco; - Diástole, que é o relaxamento. Uma pessoa normal, pesando cerca de 70 kg, tem volume sanguíneo aproximado de 5,5 L. O sangue é o veículo de transporte do corpo: nele, tudo é encaminhado aos seus devidos lugares. É também meio de transporte para vírus, bactérias e fungos. Isso se deve a sua composição: rico em células e nutrientes, o sangue irriga todo o corpo humano através de veias, artérias, capilares, arteríolas, etc... Composição do Sangue. O sangue é composto por 2 fases distintas: a fase celular ou de elementos figurados, e o plasma.  Ainda, quand o há coagulação, o sangue libera um líquido amarelado: o soro.  As células prese ntes na fase celular são: - Eritrócitos, ou hemácias; - Trombócitos, ou plaquetas; - Leucócitos.  Hematopoiese  A hematopoiese é o processo de formação, desenvolvimento, maturação e apoptose das células do sangue, a partir de um precursor medular, a Stem Cell  (conhecida também como célula-tronco).  A Stem Cell é a célula primordial do sangue, e a partir dela surgem as Unidades Formadoras de Células, que vão dar origem aos eritrócitos, trombócitos, neutrófilos, basófilos e eosinófilos, e os linfócitos T e B.

ERITRÓCITOS E ERITROPOESE

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    O SANGUE.

    O sangue uma massa lquida contida num compartimento fechado, o aparelho circulatrio.

    Ele faz um caminho unidirecional e regular, isso por causa das contraes rtmicas do

    corao:

    - Sstole, que a contrao do msculo cardaco;

    - Distole, que o relaxamento.

    Uma pessoa normal, pesando cerca de 70 kg, tem volume sanguneo aproximado de 5,5 L.

    O sangue o veculo de transporte do corpo: nele, tudo encaminhado aos seus devidos

    lugares. tambm meio de transporte para vrus, bactrias e fungos.

    Isso se deve a sua composio: rico em clulas e nutrientes, o sangue irriga todo o corpo

    humano atravs de veias, artrias, capilares, arterolas, etc...

    Composio do Sangue.

    O sangue composto por 2 fases distintas: a fase celular ou de elementos figurados, e o plasma.

    Ainda, quando h coagulao, o sangue libera um lquido amarelado: o soro.

    As clulas presentes na fase celular so:

    - Eritrcitos, ou hemcias;

    - Trombcitos, ou plaquetas;

    - Leuccitos.

    Hematopoiese

    A hematopoiese o processo de formao, desenvolvimento, maturao e apoptose das

    clulas do sangue, a partir de um precursor medular, a Stem Cell (conhecida tambm como

    clula-tronco).

    A Stem Cell a clula primordial do sangue, e a partir dela surgem as UnidadesFormadoras de Clulas, que vo dar origem aos eritrcitos, trombcitos, neutrfilos, basfilos e

    eosinfilos, e os linfcitos T e B.

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    As clulas sanguneas tem sua origem, aps o nascimento, na medula de todos os ossos,

    mas no adulto, apenas os ossos chatos compreendem sua produo.

    A formao dessas clulas dinmica e permanente, iniciando-se por volta do 19 dia de

    gestao, no saco vitelino.

    Fase Mesoblstica (19 dia de gestao at 6 semana): produo de clulas pelo saco

    vitelino;

    Fase Heptoesplnica (6 semana at 7 ms): produo de clulas pelo fgado e bao;

    Mielide (7 ms ao Termo): bao e medula.

    Termo em diante: medula de ossos chatos.

    Na vida adulta, a medula comea a perder funo, sendo gradativamente substituda por

    gordura.

    COMPOSIO DO PLASMA.O plasma sanguneo o componente lquido do sangue, no qual as clulas esto

    suspensas. O plasma um lquido amarelado e compe cerca de 55% do volume total do sangue.

    O plasma composto de:

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    - gua: 92%;

    - Protenas e sdio: 7%;

    - Outras substncias dissolvidas, como gases, nutrientes, excretas, hormnios e enzimas:

    1%.

    no plasma que todos os medicamentos que ingerimos so carreados.

    O plasma permite o livre intercmbio de diversos dos seus componentes com o lquido

    intersticial, atravs os poros existentes na membrana capilar. As protenas plasmticas, devido s

    dimenses da sua molcula,em condies habituais, no atravessam a membrana capilar,

    permanecendo no plasma.

    A albumina (protena presente na clara do ovo) a principal responsvel pela regulao

    coloidosmtica do plasma (fora de atrao de gua exercida pelas protenas).

    A linfa, encontrada nos vasos linfticos, um lquido transparenteem condies normais

    composto por linfcitos, plasma e protenas.

    O plasma no um meio de armazenamento e transporte de fatores de coagulao em si.

    Usa-se o plasma para fazer testes sorolgicos (como para sfilis) e pesquisa de anticorpos.

    ERITRCITOS E ERITROPOESE.

    Os eritrcitos ou hemcias so clulas anucleadas, em forma de disco bicncavo.So

    avermelhadas por possurem altos valores de hemoglobina, essa que transporta o oxignio. A

    forma bicncava proporciona grande superfcie em relao ao volume, o que facilita a troca

    gasosa. As hemcias so flexveis, passando facilmente pela bifurcao dos capilares mais finos

    sem se romperem.

    A concentrao normal de eritrcitos no sangue varia de 4,5 a 5,5 milhes por mm na

    mulher e no homem respectivamente. So produzidas cerca de 2 milhes de eritrcitos por

    segundo.

    Devido a riqueza de hemoglobina nas hemcias, ela considerada acidfila, corando-secom eosina.

    Em casos de baixa tenso de oxignio, ou hipxia, o sistema renal envia uma susbtncia

    chamada Eritropoetina, e ela a responsvel por desencadear a produo de eritrcitos.

    A hemcia possui uma bicamada lipdica semi-permevel, ou seja, ela permite que apenas

    algumas coisas entrem, nesse caso, a gua tem livre passagem.

    Quando colocamos uma hemcia numa soluo fisiolgica 0,9% de sal, a hemcia continua

    exatamente como . J se diminuirmos essa concentrao para 0,2%, a hemcia vai entumecer,

    estourando. J se aumentarmos essa concentrao para 1%, a hemcia desidrata, tornando-semurcha.

    A energia celular da hemcia provm da glicose.

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    ERITROPOESE.

    A eritropoese ocorre a partir de uma clula primordial, a Stem Cell, que dar origem a uma

    linhagem mielide e uma linfide.

    Na medula ssea, a eritropoese ocorre pela diferenciao da Stem Cell em Clula da

    linhagem eritrocitria pela ao da eritropoetina.

    O proeritroblasto sofre ao de maturao e se diferencia em eritroblasto basfilo,

    policromtico, ortocromtico e eritrcito.

    Com a maturao, o ncleo expulso da clula.

    CLULA TRONCO

    ou Stem Cell

    LINHAGEM MIELIDE LINHAGEM LINFIDE

    UFC - GEMM

    Preritroblasto

    Eritroblasto basfilo

    Eritroblasto policromatfilo

    Eritroblasto ortocromtico

    Reticulcito

    Eritroblasto

    1. Fatores de regulao da eritropoese.

    - Hormnios;

    - Integridade do microambiente hematopoitico;- Estmulos patolgicos como hipxia e sangramentos;

    - Fatores nutricionais como a ausncia de ferro, cido flico, Vitamina B12 e aminocidos;

    - Fatores fisiolgicos, como idade e sexo.

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    2. Membrana dos eritrcitos.

    Os eritrcitos so altamente deformveis devido estrutura anatmica de sua membrana,

    que composta por lipdeos e protenas.

    3. Morte dos Eritrcitos.

    A vida mdia de um eritrcito de 120 dias a contar da data em que ela foi liberada da

    medula.

    Quando o eritrcito comea a envelhecer, uma srie de reaes ocorrem. So elas:

    - Membrana comea a enrijecer;

    - No bao, os macrfagos os capturam, fagocitando-os;

    - Ocorre a digesto enzimtica;

    - Ocorre quebra da hemoglobina presente na clula em Heme e Globina.

    TROMBCITO.

    So estruturas derivadas da fragmentao do citoplasma do megacaricito. No so

    consideradas clulas pois no tem ncleo e so incapazes de realizar diviso celular.

    So originrias da medula, a partir da diferenciao da Stem Cell, tendo como principal fator

    de crescimento a Trombopoetina.

    Tm vida mdia de 8 a 10 dias.

    Sua funo :

    - Homeostasia, estancando sangramentos formando cogulos.

    - Liberar vasoconstritores para diminuir o fluxo sanguneo na regio lesionada.

    - Iniciar a reconstruo tissular;- Regular a inflamao e imunidade local.

    Valor de Referncia: de 150.000 a 400.000 uL

    Sua diminuio ou aumento pode levar a srios riscos a sade.

    Trombocitopenia a diminuio do numero de plaquetas do sangue, o que no caso da

    Dengue, configura uma Dengue Hemorrgica.

    Trombocitose o aumento do numero de plaquetas, o que numa pessoa idosa pode causar

    trombose.

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    LEUCCITOS.

    So as clulas naturais de defesa celular e imunocelular de nosso organismo. So incolores,

    de forma esfrica quando suspensos no sangue.

    Quando um tecido invadido por um corpo estranho, os leuccitos so atrados por

    quimiotaxia, isto , susbtncias originadas dos tecidos, do plasma e de microrganismos

    provocam nos leuccitos uma resposta migratria, dirigindo essas clulas para os locais onde

    existe uma maior concentrao de agentes quimiotticos.

    Os leuccitos so sub-divididos em 2 categorias: granulcitos e agranulcitos.

    Os leuccitos granulcitos so assim chamados por possurem granulaes em seu

    citoplasma, poossuem ncleo irregular e grnulos especficos, que, de acordo com a afinidade

    tintorial, so classificados como Neutrfilos (granulaes neutras), Basfilos (granulaes bsicas)

    e Eosinfilos (granulaes cidas).

    Os agranulcitos tme forma mais regular e o citoplasma no possue granulaes

    especficas. Os linfcitos e os moncitos so as celular agranulcitas.

    Como o eritrcito, o leuccito originado pela Stem Cell, esta que ir se diferenciar

    seguindo o esquema de leucopoese.

    Leuccitos presentes na corrente sangunea em condies normais:

    - Neutrfilos: (50 - 70%);

    - Eosinfilos: (1 - 4%);

    - Basfilos: (01%);

    - Linfcitos: (2030%);

    - Moncitos: (210%).

    Neutrfilos.

    Os granulcitos neutrfilos so as clulas que predominam na medula ssea e no sangue

    perifrico. Possuem funo de fagocitose e destruio de antgenos, principalmente de bactrias.

    A vida mdia desses neutrfilos gira em torno de 7-9 horas no sangue e de 2 a 4 dias nos

    tecidos.

    Os neutrfilos no agem sozinhos. Eles trabalham junto com os macrfagos, linfcitos e

    clulas endoteliais.

    - Etapas de maturao:

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    SCSC mielideUFC GMmieloblastopr- mielcitomielcito

    neutrfilometamielcito neutrfiloneutrfilo bastoneteneutrfilo segmentado.

    Eosinfilos.

    Residem preferencialmente no pulmo, pele e trato gastrointestinal.

    Possuem funo de fagocitose e destruio de bactrias (juntamente com os outros

    granulcitos); modulao das reaes de hiperssensibilidade (nas alergias), toxicidade potente

    helmintos (quando se tem uma parasitose, o nvel de eosinfilos sobe drsticamente).

    O tempo mdio de vida de um eosinfilo de 13 horas.

    - Etapas de maturao:

    SCSC mielideUFC GMmieloblastopr- mielcitomielcito

    neutrfilometamielcito eosinfiloeosinfilo bastoneteEosinfilo.

    Basfilos.

    So os leuccitos menos freqentes na corrente sangunea (0 1%). Seu aumento est

    relacionado com doenas alrgicas e reaes de hiperssensibilidade. Isso porque contm uma

    grande quantidade de histamina em seus grnulos, que o fator quimiottico dos eosinfilos e

    neutrfilos, alm de ser um potente vasodilatador (importante pois quanto mais sangue passar

    pela infeco, mais clulas chegaro e mais rpido o processo acaba).

    O tempo mdio de vida dos basfilos de apenas algumas horas, tempo necessrio para

    que ele cumpra a funo.

    - Etapas de maturao:

    SC

    SC mielide

    UFC GM

    mieloblasto

    pr- mielcito

    mielcito basfilo

    metamielcitobasfiloBasfilo bastonete Basfilo.

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    TECIDO NERVOSO

    anatomicamente dividido em Sistema Nervoso Central ( composto por encfalo e medula

    espinhal) e Sinstema Nervoso Perifrico (gnglios, nervos e terminaes nervosas).

    As clulas bsicas que compe o SNC so os neurnios e as clulas da glia. J as clulas

    formadoras do SNP so os nervos e clulas da neuroglia.

    Neurnios.

    uma clula excitvel, altamente especializada, e dividida em 3 regies distintas:

    - Corpo celular: local onde est o ncleo.

    - Dendritos: recebem os estmulos.

    - Axnio: condutor de impulsos nervosos.

    Tipos de neurnios.

    Sub-dividimos os neurnios de acordo com a sua morfologia. So eles

    - De acordo com o nmero de prolongamentos.

    o Multipolares: possuem mais de 2 prolongamentos.

    o Bipolares: um axnio e um dendrito.

    o Pseudo-unipolar: um prolongamento que se divide em 2.

    - De acordo com o comprimento relativo aos dendritos:

    o Golgi I : Axnio menos do que os dendritos.

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    o Golgi II: axnio maior do que os dendritos.

    - De acordo com a funo:

    o Motores: responsveis pelas glndulas excrinas, endcrinas e msculos.

    o Sensoriais: responsveis pelos estmulos dos sentidos internos e externos.

    Terminais sinpticos e sinapses.

    Terminais sinpticos so os transmissores de mensagens qumicas em resposta

    aos estmulos.

    Sinpases so estruturas especializadas que recebem os impulsos nervosos e os

    conduzem ao axnio.

    Nas sinapses, as membranas do neurnio ficam separadas por um espao

    chamado Fenda Sinptica.

    No local das sinapses, as membranas so chamadas pr e ps sinpticas.

    Dentro das sinpases, encontram-se milhares de vesculas, e dentro dessas

    vesculas esto os hormnios chamados neurotransmissores.

    Os neurotransmissores so mediadores qumicos responsveis pela transmisso

    do impulso nervoso atravs das sinapses, para dentro dos dendritos do outro neurnio..

    So liberados para dentro da membrana pr-sinptica e aderem a membrana ps-

    sinptica, que movem o impulso atravs da fenda sinpica.

    A unio do neurotransmissor pode ter efeito excitatrio ou inibitrio.

    Glia.

    Podem se reproduzir e possuem funo de suporte estrutural e manuteno das

    condies locais para funcionamento da funo neuronal.

    So as clulas da glia:

    - Astrcitos: forma estrelada, com muitas ramificaes no corpo.

    - Oligodendrcitos:- Clulas de Schwann.

    - Astrcitos.

    Envolvem os neurnios e prolongamentos neuronais na bainha de mielina e formam

    uma matriz estrutural, ligam os neurnios a capilares e a pia-mter, que reveste o SNC.

    - Oligodendrcitos.

    Tem funo de formar um envlucro no dendrcito, e formar uma bainha

    mielinizada, a bainha de mielina (protena e lipdeos), que reveste o axnio.

    A bainha se estende por todo o axnio,porm, no continuamente. Os espaosentre os oligodendrcitos so chamados de ndulos de Ranvier.

    Nervos.

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    As fibras nervosas se organizam em feixes. Cada feixe envolto por uma bainha

    conjuntiva, o perineuro. Vrios feixes aglomerados formam um nervo.

    Os nervos tambm se aglomeram e so envoltos por uma bainha, o epineuro.

    Quando os nervos partem do encfalo, so chamados cranianos e so em 12

    pares. Esses pares so numerados em algarismos romanos.

    Quando os nervos partem da medula espinhal, so chamado raquidianos, so em

    31 pares e esto distribudos entre as vrtebras.

    Os nervos permitem a comunicao de centros nervosos com os rgos receptores

    (sensoriais ou com os rgos efetores, como msculo e glndulas).

    De acordo com o sentido da transmisso dos impulsos nervosos, os nervos podem

    ser:

    - Sensitivos ou aferentes: rgo receptor do SNC;

    - Motores ou eferentes: SNC ao rgo.

    - Mistos: tanto fibras sensitivas quanto motoras.

    MENINGES.

    So delicadas membranas que revestem e protegem o SNC, medula, tronco

    enceflico e encfalo.

    So divididas em 3 pores: pia-mter, aracnide-mter e dura-mter.

    Dura-Mter.

    formada por tecido conjuntivo colagenosos, constituda por 2 camadas. A

    peristea formada por clulas osteoprogenitoras, fibroblastos e feixes de fibras

    colgenas. A menngea constituda por fibroblastos.

    A dura-mter da coluna vertebral no est aderida s paredes do canal vertebral:

    ela forma um tubo contnuo do forame magno ao sacro, sendo perfurada pelos nervosespinhais.

    O espao epidural o espao entre a dura-mter e o canal vertebral, e nele contm

    gordura.

    Aracnide-mter.

    Logo abaixo da dura-mter, porm menos espessa, atuando alm da defesa, na

    formao dos espaos intra-meningicos. Lembra uma fina teia de aranha (por isso o nome

    aracnide). Possui uma parte membranosa, imediatamente abaixo da dura-mter, e aoutra trabecular, que liga a aracnide a pia-mter.

    avascular, porm, vasos passam por ela, ocorrendo assim a nutrio. Composta

    por fibroblastos, colgeno e fibras elsticas.

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    A aracnide forma expanses que perfuram a dura-mter fazendo salincias em

    suas veias, e assim, transfere o lquido cefalorraquidiano.

    A interface da dura-mter e da parte membranosa da aracnide s aparece em

    caso de leso que cause hemorragia nesse local, forando as duas a se separarem.

    Pia-mter.

    Mais delgada que as outras duas, est intimamente ligada e aderente aos feixes de

    nervos. Altamente vascularizada, no possui contato direto com as clulas ou fibras

    nervosas, pois entre elas ficam os prolongamentos dos astrcitos e assim, no permitindo

    seu contato direto.

    Reveste todo o SNC, sendo altamente vascularizada. ela quem responsvel

    pela barreira hemato-enceflica.

    Inflamaes das meninges so chamadas meningites, e podem ser causadas por

    vrus, fungos e bactrias.

    BARREIRA HEMATO-ENCEFLICA.

    uma estrutura membranosa, que tem como funo a proteo do SNC de

    substncias qumicas que podem estar presentes no sangue. Sendo semi-permevel,

    uma barreira altamente seletiva, permitindo, ao mesmo tempo que protege contra a

    entrada de alguns, a funo metablica normal do crebro.

    Os capilares do crebro ficam alinhados s clulas endoteliais. No tecido endotelial

    do crebro, as clulas ficam alinhadas de uma maneira to justa, que apenas as menores

    molculas de substncias possam entrar no SNC. Molculas maiores, como glicose, s

    podem entrar atravs de mecanismos especiais, especficos para cada tipo de molcula.

    Funo.

    - Proteger o crebro de substncias estranhas que possam estar no sangue edanificar o crebro.

    - Proteger o crebro contra hormnios e neurotransmissores que possam estar no

    sangue;

    - Manter o ambiente qumico protegido e constante para o bom funcionamento do

    crebro.

    PLEXOS CORIDES.

    So dobras muito vascularizadas da pia-mter, envoltas por epitlio cubide. Elesproduzem o lquido cefalorraquidiano (LCR), que banha o SNC ao circular pelo espao

    sub-aracnideo.

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    LQUIDO CEFALORRAQUIDIANOLCR

    Os plexos corides produzem cerca de 36mL/hora de LCR, ou seja, substitudo

    de 4 a 5 vezes ao dia.

    O LCR circula pelos espaos vazios do crnio e medula espinhal.

    Possui baixo teor de protenas, mas rico em gua e ons, e alguns linfcitos.

    O LCR importante para a atividade metablica do SNC pois os metablitos vo

    para o LCR a fim de serem eliminados pela corrente sangunea.

    tambm um colcho lquido que protege o SNC contra choques.

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    RESUMO DA HEMATOPOESE.

    1. Eritrcitos.

    - Etapas de Maturao:

    SCClula da linhagem Mielide UFC-GEMM Pr-eritroblasto Eritroblasto Basfilo

    Eritroblasto policromticoEritroblasto ortocromticoReticulcitoEritrcito.

    - Funo: Transporte de oxignio e gs carbnico atravs da hemoglobina.

    - Valor de Referncia: 4,5 milhes em mulheres e 5,5 milhes em homens.

    - Vida mdia: 120 dias.

    - Fator de Produo: Eritropoetina.

    2. Trombcitos.

    - Etapas de Maturao:

    SCUFC-GEMMMegacarioblastoMegacaricitoPlaqueta.

    - Funo: Homeostasia por adeso e agregao; liberao de vasoconstritores, incio do

    reparo tissular; regulao da inflamao e imunidade local.

    - Valor de Referncia: 150.000 a 400.000/Ul.

    - Vida mdia: 810 dias.

    - Fator de Produo: Trombopoetina.

    3. Neutrfilos.

    - Etapas de Maturao:

    SC

    SC mielide

    UFC GM

    mieloblasto

    pr- mielcito

    mielcitoneutrfilometamielcito neutrfiloneutrfilo bastoneteneutrfilo segmentado.

    - Funo: fagocitose e destruio de microrganismos.

    - Valor de Referncia: 50-70% relativo ao nmero de leuccitos.

    - Vida mdia: 7-9 horas no sangue / 2-4 dias nos tecidos.

    4. Eosinfilos.

    - Etapas de Maturao:

    SCSC mielideUFC GMmieloblastopr- mielcitomielcitoneutrfilometamielcito eosinfiloeosinfilo bastoneteEosinfilo.

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    - Funo: fagocitose e destruio de bactrias, modulao de reaes de

    hiperssensibilidade; antagonismo de basfilos e mastcitos.

    - Valor de Referncia: 1-4% relativo.

    - Vida mdia: 13 horas.

    5. Basfilos.

    - Etapas de Maturao:

    SCSC mielideUFC GMmieloblastopr- mielcitomielcito

    neutrfilometamielcito basfilobasfilo bastoneteBasfilo.

    - Funo: mediao de reaes de hiperssensibilidade, quimiotaxia para eosinfilos.

    - Valor de Referncia: 01% relativo.

    - Vida mdia: algumas horas.

    6. Moncitos.

    - Etapas de Maturao:

    SCUFC-GMMonoblastoPr-moncitoMoncito.

    - Funo: Defesa contra microrganismos, remoo de clulas mortas e velhas e estranhas,

    receptoras pra LDL, regula ao de outras clulas.

    - Valor de Referncia: 2-10% relativo.

    - Vida mdia: 4-10 horas e migram para tecidos.

    7. Linfcitos.

    - Etapas de Maturao:

    SCUFC-LLinfoblastosPr-linfcitosLinfcito.

    - Funo: responsveis pelo sistema imunolgico adaptativo.- Valor de Referncia: 20-30% relativo.

    - Vida mdia: curta (3 dias), longa (4-5 anos) podendo atingir 20 anos (linfcitos B de

    memria).

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  • 5/28/2018 ERITRCITOS E ERITROPOESE

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