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Era Uma Vez, Uns Três – Telma GuimarãesPR
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Telma GuimarãesNasci em Maríl ia, São Paulo. Sou for-mada em Letras Ver-náculas e Inglês pela UNESP. Lecionei In-glês durante um bom tempo em Campinas, onde moro. Um dia, passei a anotar em cader-nos as histórias que contava para meus fi lhos pequenos. Não mui-to depois, publiquei três livros e não parei mais! Fiquei tão encan-tada com as palavras e o mundo novo de personagens que batiam à minha porta que decidi deixar a sala de aula e fi car com a lite-ratura, que é algo mágico, veja só... Se num dia acordo criança, no outro sou a avó, fantasia, vas-soura, sopa pronta, colo quenti-nho, pronta para inventar novas histórias! Se quiser espiar por onde tenho “voado”, é só visitar o meu site: www.telma.com.br.
A autora Cris AlhadeffSou do Rio de Janeiro e me formei em Desenho Industrial na Escola de Belas Artes da Universidade Fe-deral do Rio de Janeiro (UFRJ). De-pois que meus fi lhos nasceram e de ter trabalhado muitos anos com design, redescobri o mundo da lite-ratura infantojuvenil e achei a mi-nha praia. Este é meu décimo livro (especialíssimo) e o primeiro pela Melhoramentos.Para ver meus desenhos:
www.crisalhadeff.comPara falar comigo: [email protected]
A ilustradoraAutora:Telma Guimarães
Título:Era Uma Vez, Uns Três
Ilustradora: Cris Alhadeff
Formato: 20,5 x 27,5 cm
N.o de páginas: 32
Elaborador: Prof. Dr. José Nicolau Gregorin Filho
Ficha
Gênero: literário
Palavras-chave: alteridade, convivência, preservação e proteção
Temas transversais: ética e pluralidade cultural
Interdisciplinaridade: História e Artes
Quadro sinóptico
Era uma vez, uns três
ilustrações
Cris Alhadeff
Telma Guimarães
9 788506 066980
Diz a lenda que os avós estragam os
netos. Mas não é assim. Aqui, antes
mesmo de os netos chegarem, os
avós tiram as fantasias do baú.
Afinal, eles têm um montão de
histórias pra contar.
Um livro alegre e movimentado,
que mostra que é possível, sim,
encantar os netos sem presentes
nem doces. É só pôr no caldeirão
muito amor e criatividade pra fazer
a melhor poção: diversão!
Era uma vez,
uns três
capa aberta.indd 1 22/06/11 17:53
6anos
INDICAÇÃO:
Leitoriniciantea partir dos
ensinofundamental
Para ver meus desenhos: www.crisalhadeff.com
Para falar comigo: [email protected]
Prof. Dr. José Nicolau Gregorin Filho
Gênero:
Palavras-chave: convivência, preservação e proteção
Temas transversais: e pluralidade cultural
Interdisciplinaridade: e Artes
Quadro sinópticoQuadro sinópticoQuadro sinóptico
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José Nicolau Gregorin Filho licen-ciou-se em Letras pela Unimauá, de Ribeirão Preto (SP), onde exerceu diversos cargos até chegar a vice--reitor. Especializou-se em Linguísti-ca e Língua Portuguesa pela Unesp de Araraquara, onde se tornou mestre e doutor em Letras. Possui vários artigos e capítulos de livros publicados no Brasil e no exterior sobre suas pesquisas em Literatu-
ra Infantil e Juvenil. É parecerista ad hoc do Conselho Estadual de Edu-cação de São Paulo. Atual-mente, é docente da área de Literatura Infantil e Ju-venil, docente e vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literatu-ras de Língua Portuguesa da Uni-versidade de São Paulo.
O elaboradorJosé Nicolau Gregorin Filho licen-ciou-se em Letras pela Unimauá, de Ribeirão Preto (SP), onde exerceu diversos cargos até chegar a vice--reitor. Especializou-se em Linguísti-ca e Língua Portuguesa pela Unesp de Araraquara, onde se tornou mestre e doutor em Letras. Possui vários artigos e capítulos de livros publicados no Brasil e no exterior sobre suas pesquisas em Literatu-
ra Infantil e Juvenil. É parecerista ad hoc do Conselho Estadual de Edu-hoc do Conselho Estadual de Edu-hoccação de São Paulo. Atual-mente, é docente da área de Literatura Infantil e Ju-venil, docente e vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literatu-ras de Língua Portuguesa da Uni-versidade de São Paulo.
O elaboradorO elaboradorO elaborador
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O Livro Era Uma Vez, Uns Três, de Telma Guimarães Castro Andrade, ri-camente ilustrado por Cris Alhadeff, pode ser indicado para o leitor iniciante (a partir dos seis anos), do ensino fun-damental.
Neste projeto, você encontrará su-gestões de atividades que têm por ob-jetivo incentivar o hábito de leitura e buscam explorá-la de maneira abran-gente por meio das atividades. Evi-dente que este projeto não pretende esgotar todas as possibilidades de tra-balho em sala de aula nem todas as perspectivas de leitura do livro, vis-to que o leitor, em virtude de sua experiência de vida e relações com outros textos, pode investir a obra de no-vos e incontáveis signifi cados e interpretações.
Há necessidade de o pro-fessor refl etir sobre a ade-quação dessa obra ao projeto político-peda-gógico de sua escola e, desse modo, ampliar as possibilidades de utilização do projeto, ade-
quando-o às especifi cidades de cada grupo de alunos, a fi m de que este ins-trumento não se torne apenas um roteiro de leitura literária, mas consiga promover a construção de leitores plurais.
Uma conversa com o professor
O Livro Era Uma Vez, Uns Três, de Telma Guimarães Castro Andrade, ri-camente ilustrado por Cris Alhadeff, pode ser indicado para o leitor iniciante (a partir dos seis anos), do ensino fun-damental.
Neste projeto, você encontrará su-gestões de atividades que têm por ob-jetivo incentivar o hábito de leitura e buscam explorá-la de maneira abran-gente por meio das atividades. Evi-dente que este projeto não pretende esgotar todas as possibilidades de tra-balho em sala de aula nem todas as perspectivas de leitura do livro, vis-to que o leitor, em virtude de sua experiência de vida e relações com outros textos, pode investir a obra de no-vos e incontáveis signifi cados e interpretações.
Há necessidade de o pro-fessor refl etir sobre a ade-quação dessa obra ao projeto político-peda-gógico de sua escola e, desse modo, ampliar as possibilidades de utilização do projeto, ade-
quando-o às especifi cidades de cada grupo de alunos, a fi m de que este ins-trumento não se torne apenas um roteiro de leitura literária, mas consiga promover a construção de leitores plurais.
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“E pegou um chapéu preto, pontudo,
ajeitando na cabeça. Colou uma verruga
no nariz, vestiu o camisolão roxo--beliscão
e, num passe de mágica, fez surgir sobre a
roupa estrelas pretas, cadentes.................................................
Frigério ia abrir o bocão prareclamar, mas achou melhor
fi car quieto.”
sobre aroupa estrelas pretas, cadentes.................................................
Frigério ia abrir o bocão prareclamar, mas achou melhor
fi car quieto.”
Era Uma Vez, Uns Três mostra em suas páginas a magia que en-volve a brincadeira, como um ele-mento importante para a formação da criança e como uma ação trans-formadora na vida dos adultos. Os personagens vão se construindo à medida que um baú de brinquedos e fantasias é aberto, e as brincadei-ras não têm limites, assim como a imaginação das crianças.
Para entrar nesse mundo imagi-nário da criança, os avós se fanta-siam para receber os netos que vão invadir a casa como um furacão; o avô, de Dom Quixote, e a avó, de bruxa, acompanhada de Zéfi na, a vassoura, e de Frigério, um dragão--lagartixa usado como luvas, para compor o personagem.
Um baú de magia
-lagartixa usado como luvas, para compor o personagem. >>
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além de combater gigantes e dra-gões. É protagonista do livro Dom Quixote de la Mancha, do escri-tor espanhol Miguel de Cervantes Saavedra (1547-1616). Esse per-sonagem vem mostrar que a ima-ginação é o elemento capaz de transformá-lo num herói, em bus-ca de mudanças para o mundo:
Tudo é válido quando se trata de usar a imaginação para brincar com os furacões que estão para chegar.
Percebe-se, então, a forma afe-tiva com que interagem avós e netos; deixam transparecer a preo-cupação em estar receptivos àque-la alegria que está para entrar pela porta, quase derrubando-a.
São tantas brincadeiras, que, ao fi nal do dia, estão todos exauridos e famintos. O vovô cai no sono de-pois de arrumar a cama para os ne-tinhos; a vovó esquenta o sopão e se prepara para começar a contar uma história, claro, a que os netos sugerirem. Em linguagem bastan-te clara, simples, literária e criati-va, em constante sintonia com as ilustrações, essa obra torna-se im-prescindível no ambiente escolar, pois coloca a imaginação em pri-meiro plano, para a criança e para o adulto.
O avô, vestido de Dom Quixo-te, remonta a história do cavalei-ro andante que usa armadura e, em seu mundo fantasioso, desa-fi a mercadores, luta contra exérci-tos de ovelhas, moinhos de vento,
“Tirou a armadura dobaú, dos tempos deDom Quixote. Estavameio apertada! Tinha
engordado um bom tanto,mas ainda dava pra vestir”.
além de combater gigantes e dra-gões. É protagonista do livro Dom Quixote de la Mancha, do escri-tor espanhol Miguel de Cervantes Saavedra (1547-1616). Esse per-sonagem vem mostrar que a ima-ginação é o elemento capaz de transformá-lo num herói, em bus-ca de mudanças para o mundo:
“Tirou a armadura dobaú, dos tempos deDom Quixote. Estavameio apertada! Tinha
engordado um bom tanto,mas ainda dava pra vestir”.
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As atividades aqui listadas fazem parte da preparação para a leitura e ex-ploração de atividades. • Procure saber quais as brincadeiras
preferidas das crianças quando estão com os avós.
• Uma sugestão é falar sobre Dom Qui-xote de la Mancha e sua forma heroi-ca de enfrentar seu mundo fantasioso.
• Pergunte aos alunos que roupa ou fantasia usariam para enfrentar uma batalha.
• Já que a obra trata do relacionamen-to avós versus netos, é apropriado pedir aos alunos que descrevam e fa-lem sobre os avós maternos e pater-nos: quem são, como são, como se relacionam, onde moram etc. (peça aos alunos que não têm os avós que
desenhem e que digam como gosta-riam que os avós fossem e que tipo de relacionamento gostariam de ter).
• Os alunos podem observar as ilustra-ções, de modo que percebam como elas contam a história, para que você trabalhe com a imaginação da criança. É uma forma de pre-ver os acontecimentos da história.
• Após as atividades acima, proponha a leitura do livro, tornando o mo-mento prazeroso, pois estarão falan-do das brincadeiras que acabaram de vi-venciar.
Mexendo com a imaginação
• Uma sugestão é falar sobre Dom Qui-xote de la Mancha e sua forma heroi-ca de enfrentar seu mundo fantasioso.
• Pergunte aos alunos que roupa ou fantasia usariam para enfrentar uma
• Já que a obra trata do relacionamen- netos, é apropriado
pedir aos alunos que descrevam e fa-lem sobre os avós maternos e pater-nos: quem são, como são, como se relacionam, onde moram etc. (peça aos alunos que não têm os avós que
você trabalhe com a imaginação da criança. É uma forma de pre-ver os acontecimentos da história.
• Após as atividades acima, proponha a leitura do livro, tornando o mo-mento prazeroso, pois estarão falan-do das brincadeiras que acabaram de vi-venciar.
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pesquise histórias em que elas se inserem, seja em livros, seja com a família, ou mesmo na internet, uma vez que muitos alunos já possuem habilidade para isso.
• A história retrata a afetividade entre avós e netos. É uma oportu-nidade para uma conversa sobre paciência, respeito e afetividade com que os idosos devem ser tra-tados.
• Procure saber sobre as im-pressões que os alunos têm dos personagens: o que as fadas e as bru-xas geralmente fazem nas histórias, que personagens gostariam de ser etc.
O processo de leitura da obra deve ser composto de atividades que contemplem o seu universo textual: assim, deve conduzir à ex-ploração dos diversos recursos de linguagem presentes no livro.• O livro explora personagens do
universo dos contos de fada; por-tanto, aborde algumas das histó-rias que os alunos possuem em sua memória e observe como elas mudam dependendo das regiões em que são divulgadas e das mui-tas adaptações pelas quais as his-tórias tradicionais passam.
• Mostre a capa do livro e pergunte aos alunos o que o dragão suge-re. Além de trabalhar com a ima-ginação de cada um, faça com que os alunos prestem atenção na leitura para descobrir que o dragão é um brinquedo guarda-do no baú, utilizado para desper-tar a imaginação.
• Outra sugestão é ler uma página e fazer com que os alunos imagi-nem os acontecimentos da pági-na seguinte.
• Tendo como repertório as passa-gens do livro, solicite à classe que
A magia da leitura
• A história retrata a afetividade entre avós e netos. É uma oportu-nidade para uma conversa sobre paciência, respeito e afetividade com que os idosos devem ser tra-tados.
• Procure saber sobre as im-pressões que os alunos têm dos personagens: o que as fadas e as bru-xas geralmente fazem nas histórias, que personagens gostariam de ser etc.
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Além das atividades aqui listadas para a área de Língua Portuguesa, o livro Era Uma Vez, Uns Três pode proporcionar a discussão do tema Pluralidade Cultural.
Além das atividades aqui listadas para a área de Língua Portuguesa, o livro Era Uma Vez, Uns Três pode proporcionar a discussão do tema Pluralidade Cultural.
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Sugestão: Dom Quixote de la Mancha
(Miguel de Cervantes)X
Dom Quixote das Crianças (Monteiro Lobato)
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• A obra apresenta Dom Quixote, um “herói” espanhol. Uma suges-tão é pedir aos alunos que pesqui-
sem sobre os heróis brasileiros e o que eles fi zeram para se tornar
heróis.• Solicite aos alunos que fa-
çam uma pesquisa sobre a origem de algumas histórias populares, le-vando em conta que o livro apresenta perso-nagens de diferentes histórias.
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• A obra apresenta Dom Quixote, um “herói” espanhol. Uma suges-tão é pedir aos alunos que pesqui-
sem sobre os heróis brasileiros e o que eles fi zeram para se tornar
heróis.• Solicite aos alunos que fa-
çam uma pesquisa sobre a origem de algumas histórias populares, le-vando em conta que o livro apresenta perso-nagens de diferentes histórias.
• Peça aos alunos que confeccio-nem fantasias dos heróis que qui-serem, com produtos reciclados.
• Organize uma peça em que to-dos os heróis criados pelos alu-nos estejam presentes, para que cada um conte sua história e/ou cante uma música referente ao herói que representa.
• Peça aos alunos que construam uma grande árvore de papelão, em que cada um possa colo-car os desenhos de seus avós ao lado de suas fotos.
• Solicite aos alunos que façam um álbum com capa de pape-lão, costurada com barbante. Poderão ser utili-zados fotos dos avós, desenhos, colagens e poemas feitos pe-los alu-nos, para serem en-tregues no Dia dos Avós (26 de julho).
Artes• Peça aos alunos que confeccio-
nem fantasias dos heróis que qui-serem, com produtos reciclados.
• Organize uma peça em que to-dos os heróis criados pelos alu-nos estejam presentes, para que cada um conte sua história e/ou cante uma música referente ao herói que representa.
• Peça aos alunos que construam uma grande árvore de papelão, em que cada um possa colo-car os desenhos de seus avós ao lado de suas fotos.
• Solicite aos alunos que façam um álbum com capa de pape-lão, costurada com barbante. Poderão ser utili-zados fotos dos avós, desenhos, colagens e poemas feitos pe-los alu-nos, para serem en-tregues no Dia dos Avós (26 de julho).
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História
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OBS
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A avaliação do processo de leitu-ra de uma obra não deve ser basea-da apenas em provas ou trabalhos que avaliem o seu conteúdo; o pró-prio ato de ler deve ser valorizado e tornar-se um recurso que permi-ta uma análise do aproveitamen-to da leitura e do processo como um todo.
Desse modo, a obra pode com-portar uma avaliação contínua e formativa, considerando os resul-tados das atividades das diversas disciplinas envolvidas no projeto de leitura e contato com este livro, com o objetivo de levar o aluno a perceber as relações interdisciplina-res que envolvem a leitura literária.
Assim, são sugeridas avaliações de todas as atividades propostas nas diferentes fases de leitura do texto, todas valorizando as impres-sões de leitura e a contextualização da obra.
Pode valer como instrumento de avaliação a participação da crian-ça na dramatização, na confecção de bonecos e fantasias e em outras atividades propostas pelas relações de interdisciplinaridade:
“A criança não tem ainda o domínio do código
linguístico verbal; logo, o que prende a sua
atenção é o mundo imaginário, as fi guras
e todo encantamento. A literatura infantil estimula vários
sentidos:seu sentido singular pode mostrar
à criança uma nova gramática da
comunicação sem regras fi xas, unindo, dessa forma,
o verbal, o imagético e o sensorial”.
Alexander Luria (1902-1977) e Alexei Nikolaievich Leon-tiev (1903-1979), especialistas em psicologia do desenvolvi-mento e fundadores da psi-cologia cultural-histórica.
linguístico verbal; logo, o que prende a sua
atenção é o mundo imaginário,
e todo encantamento. A literatura infantil estimula vários
seu sentido singular pode mostrar
uma nova gramática da comunicação sem
regras fi xas, unindo, dessa forma,
o imagético e o sensorial”.
(1902-1977) Alexei Nikolaievich Leon-
(1903-1979), especialistas em psicologia do desenvolvi-mento e fundadores da psi-cologia cultural-histórica.