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E q u i p ame n t o s C u l t u r a i s
d e
S u p o r t e à H a b i t a ç ã o CLC6 – Culturas de Urbanismo e Mobilidade Paulo Carvalhuço
CLC6 – Culturas de Urbanismo e Mobilidade
Formando Paulo Carvalhuço Formador Nelson Silva
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Instituto de Emprego e Formação Profissional Centro de Formação e Reabilitação Profissional de Alcoitão
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Equipamentos culturais
de suporte à Habitação
1. Os equipamentos culturais influenciaram na medida em que é factor
decisivo, para o sucesso das políticas de ordenamento do território e sua aplicação, a percepção e conhecimento do espaço, de forma global, mas sintetizada. O facto do ordenamento do território ser pluridisciplinar, pois inclui aspectos da geografia, da economia, da sociologia, do urbanismo, do direito etc., leva à sua característica de síntese. Para se englobar cada um destes aspectos no processo de ordenamento do território é necessário que se realizem sínteses, para que este seja completo mas não longo. Dito por outras palavras, “O ordenamento do território deve ter em consideração a existência de múltiplos poderes de decisão, individuais e institucionais, que influenciam a organização do espaço, o carácter aleatório de todo o estudo prospectivo, os constrangimentos do mercado, as particularidades dos sistemas administrativos, a diversidade das condições socioeconómicas e ambientais. Como ciência, o ordenamento do território explica-‐se na medida em que pratica metodologias científicas, quer quanto à análise e ao diagnóstico das situações em que o território se encontra envolvido, quer quanto às expectativas de uma evolução em que as opções sejam tomadas como variáveis dos virtuais cenários.
2. Funcionalidades dos equipamentos culturais:
Casa da Musica – Porto
Imaginada para assinalar o ano festivo de 2001, em que a cidade do Porto foi Capital Europeia da Cultura, a Casa da Música é o primeiro edifício construído em Portugal exclusivamente dedicado à Música, seja no domínio da apresentação e fruição pública, seja no campo da formação artística e da criação. O projecto Casa da Música foi definido em 1999, como resultado de um concurso internacional de arquitectura que escolheu a solução apresentada por Rem Koolhaas -‐ Office for Metropolitan Architecture. As escavações iniciaram-‐se ainda em 1999, no espaço da antiga Remise do Porto na Rotunda da Boavista, e a Casa da Música foi inaugurada na primavera de 2005, no dia 15 de Abril. Concebida para ser a casa de todas as músicas, integra-‐se no processo de renovação urbana da cidade e numa rede de equipamentos culturais à escala metropolitana e mundial. É uma instituição que acolhe um projecto cultural inovador e abrangente e que assume a dinamização do meio musical nacional e internacional, nas mais variadas áreas, da clássica ao jazz, do fado à electrónica, da grande produção internacional aos projectos mais experimentais. Para além de concertos, recitais e performances, a Casa da Música promove encontros de músicos e musicólogos, investindo na procura das origens da música portuguesa e apostando fortemente no seu papel de elemento nuclear na educação musical.
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Define-‐se também enquanto plataforma cultural aberta a cruzamentos
entre a música e outras áreas de criação artística e de conhecimento, um espaço aberto a todos os públicos e a todos os criadores.
Biblioteca Municipal de Oeiras
A Rede de Bibliotecas Municipais de Oeiras tem como principal missão contribuir para o desenvolvimento do nível da formação sociocultural dos munícipes de Oeiras, de modo a que estes acompanhem as rápidas mutações económicas, sociais e culturais, impostas pela sociedade contemporânea e desenvolvam competências individuais que contribuam para uma maior autonomia e participação social. Para tal, as Bibliotecas Municipais de Oeiras disponibilizam gratuitamente um conjunto apropriado e diversificado de serviços e de actividades na área da educação, da informação, da cultura e do lazer. A Rede de Bibliotecas Municipais compreende além da Biblioteca em Oeiras, as Bibliotecas em Algés e em Carnaxide, as quais servem o município de Oeiras, com um total de cerca de 162.128 habitantes distribuídos por 10 freguesias, assim como todos os concelhos envolventes. Neste âmbito, pode encontrar nas Bibliotecas Municipais uma diversidade de programas, actividades e serviços públicos, bem como uma diversificada colecção constituída por cerca de 93 mil livros, 103 títulos de jornais e revistas, 10 mil e 50 documentos multimédia e mais de 50 computadores com acesso gratuito à Internet.
Museu do Oriente
O Museu do Oriente define-‐se como uma unidade museológica permanente, aberta ao público, tutelada pela Fundação Oriente, tendo por missão a valorização dos testemunhos quer da presença portuguesa na Ásia quer das distintas culturas asiáticas. Trata-‐se de um museu de âmbito territorial internacional e de carácter transdisciplinar, que procura, através do cruzamento de pontos de vista emergentes dos campos temáticos da História, da Arte e da Antropologia, proporcionar aos Portugueses e aos que nos visitam uma memória viva e actuante das culturas asiáticas e da relação secular que foi estabelecida entre o Oriente e o Ocidente, principalmente através de Portugal. A esses campos temáticos corresponde um diversificado património
cultural de interesse histórico, artístico, documental, etnográfico e antropológico relacionado tanto com a cultura popular e as religiões orientais como com os mais variados aspectos da presença portuguesa na Ásia ao longo de cinco séculos.
Centro Cultural de Belém
Foi iniciado em Setembro de 1988 e concluído em Setembro de 1993. Na base da sua construção esteve a necessidade de um equipamento
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arquitectónico, que pudesse acolher, em 1992, a presidência portuguesa da União Europeia, e que, ao mesmo tempo, pudesse permanecer, como um pólo dinamizador de actividades culturais e de lazer. O seu projecto definitivo foi decidido no início de 1988. A sua polémica implantação, teve como fundamento, o facto de assinalar
o ponto de partida dos descobrimentos marítimos, à semelhança da Torre de Belém e do Padrão dos Descobrimentos. O simbolismo associado a esta localização, é confirmado pela escolha na década de 1940, da grande Exposição do Mundo Português. O CCB veio ocupar mesmo espaço que foi destinado a instalar o Pavilhão "Portugueses no Mundo" e as "Aldeias Portuguesas".
Oceanário
Inaugurado em 1998 no âmbito da última exposição mundial do séc. XX, cujo tema foi "Os oceanos, um património para o futuro", o Oceanário eternizou a ligação de Lisboa com o oceano. O Oceanário de Lisboa é um aquário público de referência em Lisboa, em
Portugal e internacionalmente. O equipamento recebe anualmente cerca de 1 milhão de pessoas, que percorrem as suas exposições, tornando-‐o no equipamento cultural mais visitado de Portugal. A excelência das exposições, aliadas ao simbolismo da arquitetura dos edifícios, faz do Oceanário um local único e inesquecível. O equipamento integra dois edifícios, o original dos Oceanos e o novo edifício do Mar, conetados por um enorme átrio decorado com um magnífico painel de 55 mil azulejos, que oferece acesso às exposições e à área educativa. Assumindo a tendência evolutiva dos aquários modernos, o Oceanário desenvolve continuamente, atividades educativas que dão a conhecer os oceanos, os seus habitantes, a sua missão e que abordam os desafios ambientais da atualidade. Ainda neste contexto, o Oceanário colabora com várias instituições em projetos de investigação científica, de conservação da biodiversidade marinha e que promovam o desenvolvimento sustentável dos oceanos. A experiência técnico-‐científica da equipa de biólogos e de engenheiros assegura a excelência da exposição e presta consultoria a vários aquários e instituições similares. O Oceanário assume, como estratégia de desenvolvimento, a implementação de um Sistema Integrado de Gestão da Qualidade e Ambiente. Foi o primeiro aquário público da Europa a obter as Certificações de Qualidade ISO 9001, 14001 e EMAS (Eco-Management and Audit Scheme).
Teatro D. Maria
O Teatro Nacional abriu as suas portas a 13 de Abril de 1846, durante as comemorações do 27º aniversário da rainha Maria II (1819-‐1853), passando por isso a exibir o seu nome na designação oficial. Na inauguração, foi apresentado o drama histórico em cinco atos O Magriço e os Doze de Inglaterra, original de Jacinto Aguiar de Loureiro.
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Durante um largo período de tempo, o Teatro Nacional foi gerido por
sociedades de artistas que, por concurso, se habilitavam à sua gestão. Após a implantação da República passou a chamar-‐se Teatro Nacional de Almeida Garrett. A gestão mais duradoura foi a de Amélia Rey Colaço / Robles Monteiro que permaneceu no teatro de 1929 a 1964, mas a mais célebre terá sido a da companhia Rosas e Brasão, entre 1881 e 1898, durante a qual foi ousada uma mudança de reportório (primeiras criações de peças de Shakespeare em Portugal). Em 1964, o Teatro Nacional foi palco de um brutal incêndio que apenas poupou as paredes exteriores e a entrada do edifício. O edifício que hoje conhecemos, e que respeita o original estilo neoclássico, foi totalmente reconstruído e só em 1978 reabriu as suas portas Em Março de 2004, o Teatro Nacional D. Maria II foi transformado em sociedade anónima de capitais públicos, passando a ser gerido por administração própria e sujeito à superintendência e tutela dos Ministérios das Finanças e da Cultura. Em 2007, o TNDM II é integrado no sector empresarial do Estado e hoje em dia é um local de obras de teatro requesitado.
3. Uma primeira definição, segundo o dicionário da Língua Portuguesa, diz que o ordenamento é o “acto de ordenar; ordenação; de um território: estudo profundo e detalhado de um território (país, região, etc. ) para conhecer todas as suas características e que constituirá a base para a elaboração de um plano cuja finalidade é a utilização racional desse território, ou seja, o aproveitamento das potencialidades, a maximização da produção a par com a protecção do ambiente, visando o desenvolvimento socioeconómico e a melhoria da qualidade de vida, logo a difusão do património também está incluída nesses tópicos.
4. Os equipamentos culturais como dinamizadores do bem estar colectivo: Os equipamentos culturais como dinamizadores do bem estar colectivo
são uma forma uma estrutura organizada da sociedade se divertir e ao mesmo tempo contextualizar-‐se na cultura da sua regionalidade, país ou mesmo a nível mundial.