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Migração
Modelo simples: trabalhadores migrantes e
nativos são substitutos perfeitos no processo
produtivo.
Os trabalhadores competem pelas mesmas
vagas pois possuem a mesma qualificação
desejada pelos empregadores.
Qual o impacto da imigração sobre o mercado
de trabalho?
Imigração: impacto no curto prazo
-Nativos e migrantes são
substitutos perfeitos.
- Redução salarial.
- Aumento do nível de
emprego.
- Migrantes “tomam” os
empregos dos nativos.
- Número de nativos que
ficam empregados é
reduzido de N0 para N1.
A hipótese de que migrantes e nativos
são perfeitamente substituíveis é
questionável.
Nativos e imigrantes podem ser
trabalhadores complementares.
Não irão competir no mesmo mercado
de trabalho.
O aumento do número de imigrantes
fará com que a demanda por
trabalhadores nativos aumente.
A produtividade marginal dos
trabalhadores nativos aumenta por isso
a curva de demanda de trabalho
desloca-se para cima.
O salário aumenta e, alguns
trabalhadores nativos que antes não
trabalhavam, ingressam no mercado de
trabalho com os maiores incentivos
salariais.
Imigração: imigrantes e nativos são
complementares
w1
w0
Dollars
Supply
Demand
N1 N0 Employment
Questão empírica
Se trabalhadores migrantes e nativos são substitutos: os salários dos nativos será baixo se vivem em regiões onde há migrantes em abundância.
Se trabalhadores migrantes e nativos são complementares: os salários dos nativos será alto se vivem em regiões onde há migrantes em abundância.
Determinar como a migração afeta as oportunidades econômicas dos trabalhadores nativos.
Impacto de curto prazo dos migrantes nos
salários e emprego dos nativos
O efeito é pequeno por ser de curto prazo.
Inicialmente, nativos e migrantes são substitutos.
Nativos podem escolher se mudar para outras localidades.
Se a migração entre as duas cidades não tem custo, os nativos irão migrar até o ponto em que o salário das duas cidades se iguale.
Impacto de longo prazo dos migrantes nos
salários e emprego dos nativos
ESTUDO DOS FLUXOS MIGRATÓRIOS NO MERCADO
DE TRABALHO FORMAL DO RIO DE JANEIRO: UMA
ANÁLISE DOS DIFERENCIAIS SALARIAIS.
DISSERTAÇÃO JULLY NASCIMENTO PONTE
O Brasil está passando por mudanças no
comportamento dos fluxos migratórios nas
últimas décadas:
• maior retenção de população na região Nordeste,
• menor atratividade do estado de São Paulo,
• maior fluxo para as cidades médias do interior
ESTUDO DOS FLUXOS MIGRATÓRIOS NO MERCADO
DE TRABALHO FORMAL DO RIO DE JANEIRO: UMA
ANÁLISE DOS DIFERENCIAIS SALARIAIS.
DISSERTAÇÃO JULLY NASCIMENTO PONTE
O Brasil está passando por mudanças no comportamento
dos fluxos migratórios nas últimas décadas:
• A migração interestadual compõe parte importante dos
fenômenos migratórios. Em1995, o número de migrantes
aproximava-se de 4 milhões de pessoas (3% da
população), volume que caiu para 3,3 milhões em 2008
(1,9% da população).
• maior retenção de população na região Nordeste,
• menor atratividade do estado de São Paulo,
• maior fluxo para as cidades médias do interior
Trajetória dos empregados formais no Rio de
Janeiro em 2009, considerando o Estado e o
município que esteve empregado entre os anos
2000 e 2008.
Analisar a relação entre a mobilidade desses
trabalhadores e o diferencial salarial entre
migrantes e não migrantes.
ESTUDO DOS FLUXOS MIGRATÓRIOS NO MERCADO
DE TRABALHO FORMAL DO RIO DE JANEIRO: UMA
ANÁLISE DOS DIFERENCIAIS SALARIAIS.
DISSERTAÇÃO JULLY NASCIMENTO PONTE
ESTUDO DOS FLUXOS MIGRATÓRIOS NO MERCADO
DE TRABALHO FORMAL DO RIO DE JANEIRO: UMA
ANÁLISE DOS DIFERENCIAIS SALARIAIS.
DISSERTAÇÃO JULLY NASCIMENTO PONTE
Tabela 1 | Seleção positiva e seleção negativa.
1) Seleção positiva: Os migrantes têm qualificações acima da média. O fluxo
migratório da posição i para j é selecionado positivamente
quando o destino oferece uma maior taxa de retorno para as
competências. Os migrantes cujo trabalho é altamente
qualificado obteriam ganhos superiores enquanto os
trabalhadores menos qualificados no mercado de trabalho
encontrariam remunerações inferiores.
2) Seleção negativa: Os migrantes têm qualificações abaixo da média. O fluxo
migratório é selecionado negativamente quando a posição de
origem oferece uma maior recompensa pelas habilidades.
Poucos trabalhadores qualificados, então, desejarão mudar da
posição i.
Fonte: Elaboração própria a partir de Borjas (2000).
ESTUDO DOS FLUXOS MIGRATÓRIOS NO MERCADO
DE TRABALHO FORMAL DO RIO DE JANEIRO: UMA
ANÁLISE DOS DIFERENCIAIS SALARIAIS.
DISSERTAÇÃO JULLY NASCIMENTO PONTE Figura1 | Percentual de vínculos de trabalhadores migrantes por unidade da federação no
período de 2000 a 2008. Amostra estadual.
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da RAIS-MIGRA/MTE.
Gráfico 1 | Quantidade de trabalhadores migrantes e não-migrantes e percentual de migrantes
sobre o total de trabalhadores. Anos 2000 a 2008. Amostra estadual.
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da RAIS-MIGRA/MTE.
ESTUDO DOS FLUXOS MIGRATÓRIOS NO MERCADO
DE TRABALHO FORMAL DO RIO DE JANEIRO: UMA
ANÁLISE DOS DIFERENCIAIS SALARIAIS.
DISSERTAÇÃO JULLY NASCIMENTO PONTE
Tabela 5 | Características individuais dos trabalhadores da amostra estadual.
Não Migrantes Migrantes Total
Média DP Média DP Média DP
Salário real (R$) 24,51 48,98 26,57 49,09 24,59 48,99
Anos de Experiência 7 8 3 5 6 8
Sexo (masculino) 58% 49% 71% 46% 59% 49%
Faixa Etária
18 a 24 anos 16% 37% 30% 46% 17% 37%
25 a 29 anos 15% 36% 23% 42% 16% 36%
30 a 39 anos 28% 45% 29% 45% 28% 45%
40 a 49 anos 25% 43% 14% 35% 25% 43%
50 a 64 anos 15% 35% 5% 21% 14% 35%
Nível Educacional
Analfabeto 1% 8% 1% 10% 1% 8%
1a etapa fund. incompleto 4% 19% 4% 20% 4% 19%
1a etapa fund. 8% 28% 6% 24% 8% 27%
2a etapa fund. incompleto 9% 29% 8% 27% 9% 29%
Fundamental completo 18% 38% 12% 33% 18% 38%
Ensino Médio incompleto. 7% 25% 6% 24% 6% 25%
Ensino Médio 33% 47% 37% 48% 33% 47%
Superior incompleto 4% 19% 6% 24% 4% 20%
Superior 17% 37% 20% 40% 17% 37%
Quantidade de observações 371.615 14.723 386.338
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da RAIS-MIGRA/MTE nos anos de 2000 a 2008.
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DE TRABALHO FORMAL DO RIO DE JANEIRO: UMA
ANÁLISE DOS DIFERENCIAIS SALARIAIS.
DISSERTAÇÃO JULLY NASCIMENTO PONTE Tabela 6 | Características ocupacionais dos trabalhadores da amostra estadual.
Não Migrantes Migrantes Total
Média DP Média DP Média DP
Setor
Serviços 42% 49% 49% 50% 43% 49%
Indústria 16% 27% 28% 33% 16% 27%
de transformação 11% 32% 14% 35% 11% 32%
construção civil 3% 18% 13% 33% 4% 19%
extrativa mineral 1% 10% 1% 10% 1% 10%
Comércio 19% 39% 14% 35% 19% 39%
Adm. Pública 20% 40% 6% 23% 19% 39%
Agropecuária 1% 9% 2% 15% 1% 10%
Serv. indústriais de util. pública 2% 13% 1% 10% 2% 13%
Outros 0% 3% 0% 1% 0% 3%
Ocupação
1.Científica/Técnica/Artística 19% 39% 23% 42% 19% 39%
2. Legisl./Exec./Jud./Func.públ./Dir. 5% 22% 5% 22% 5% 22%
3. Administrativa 27% 44% 23% 42% 27% 44%
4. Comécio/Serviços 27% 45% 21% 41% 27% 44%
5. Agropecuária, flora e pesca 1% 9% 3% 17% 1% 10%
6. Prod. ind./Oper. máq./Cond.Veíc. 21% 41% 26% 44% 21% 41%
Quantidade de observações da amostra 371.615 14.723 386.338
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da RAIS-MIGRA/MTE nos anos de 2000 a 2008.
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DISSERTAÇÃO JULLY NASCIMENTO PONTE
Gráfico 4 | Quantidade de trabalhadores migrantes e não-migrantes e percentual de migrantes
sobre o total de trabalhadores. Anos 2000 a 2008. Amostra municipal.
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da RAIS-MIGRA/MTE.
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DE TRABALHO FORMAL DO RIO DE JANEIRO: UMA
ANÁLISE DOS DIFERENCIAIS SALARIAIS.
DISSERTAÇÃO JULLY NASCIMENTO PONTE Figura 2 | Percentual de vínculos de trabalhadores migrantes por regiões naturais Brasil e
regiões do estado do Rio de Janeiro no período de 2000 a 2008. Amostra municipal.
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da RAIS-MIGRA/MTE.
ERJ 58%
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DISSERTAÇÃO JULLY NASCIMENTO PONTE
Gráfico 5 | Salário-horareal médio dos trabalhadores com vínculos ativos na cidade do Rio de
Janeiro em 2009, por região natural do Brasil e regiões do estado do Rio de Janeiro dos seus
vínculos durante o período de 2000 a 2008. Amostra municipal.
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da RAIS-MIGRA/MTE.
ESTUDO DOS FLUXOS MIGRATÓRIOS NO MERCADO
DE TRABALHO FORMAL DO RIO DE JANEIRO: UMA
ANÁLISE DOS DIFERENCIAIS SALARIAIS.
DISSERTAÇÃO JULLY NASCIMENTO PONTE Tabela 10 | Resultados da estimação sem controles por mínimos quadrados ordinários e pelo
método de efeito fixos. Amostra estadual. Painel não-Balanceado. Variável Independente:
Logaritmo do salário-hora.
Variável MQO EF_0 EF_1 EF_2
Migrante 0,089*** -0,075*** -0,135*** -0,086***
(0,02) (0,00) (0,01) (0,01)
Migrante*São Paulo 0,136***
(0,01)
Migrante*Sudeste 0,040**
(0,01)
Migrante*Nordeste -0,106***
(0,02)
Migrante*Norte -0,04
(0,03)
Migrante*Centro-Oeste 0,02
(0,02)
Dummies de ano(1)
sim sim sim sim
Constante 1,844*** 1,714*** 1,715*** 1,715***
(0,01) (0,00) (0,00) (0,00)
No de observações 386.338 386.338 386.338 386.338
No de indivíduos 85.565 85.565 85.565 85.565
R2 0,154 0,703 0,703 0,703
DP (ai) sigma_u 0,85 0,85 0,85
DP (εit) sigma_e 0,30 0,30 0,30
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da RAIS-MIGRA/MTE nos anos de 2000 a 2008.