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Epidemiologia da alimentação e nutrição e risco para doençascrônicasBRASIL , V IGITEL, PENSE, PNS
DRA FATIMA MARINHO
USP E UFMG
Pesquisa Nacional de Saúde, 2013
37% dos referiram ter, pelo menos, uma doença crônica O que representou 53 milhões de brasileiros
31% para o sexo masculino
42% para o sexo feminino
• 76% das mortes no Brasil são por doença crônica• 300 mil brasileiros com menos de 70 anos
morreram por ano por 4 doenças crônicas em2017
Indicadores perda de saúde na população acima de 18 anos, 2006-2017, Brasil
Excesso de peso cresceu 27%
43 para 54%
Obesidade cresceu 60%.12 para 19%
Hipertensão cresce 8%23 para 24%
Diabetes cresceu 38%.6 para 8%
Fonte: Vigitel/Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
11,8
13,3 13,714,3
15,116
17,4 17,5 17,918,9
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Obesidade
1 em 3 adultos referiu consumir frutas e hortaliças 5 ou mais dias da semana em 2017
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
%
Total Masculino Feminino
Consumo regular de frutas e hortaliças cresce menos de 5% no período de 2008 a 2017
Fonte: Vigitel/Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
20% consomem doces quase todos os dias (cinco ou mais dias da semana) era 19% em 2012Maior entre as mulheres (22%) que homens (18%)
19% dos brasileiros consomem refrigerantes ou sucos artificias quase todos os dias. O percentual é maior entre os homens 22% que mulheres 16%
Dados do VIGITEL 2015 (maiores de 18 anos, nas capitais)
Mais de 25% das crianças menores de 2
anos consome refrigerante ou suco artificial
PNS
32,332,9
25,5
34,2
38,537,4
0
10
20
30
40
50
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
%
Fonte: PNS, 2013
Adolescentes13 a 15 anos de idade
23,7
21,220,5
24,8
28,2
25,023,7
20,3 20,6
25,3
27,2
24,323,8 22,2
20,4
24,3
29,3
25,6
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
%
Total Masculino Feminino
24% dos adolescentes escolares têm excesso de peso, Brasil, 2015
Fonte: PENSE/Secretaria de Vigilância em Saúde/MS e IBGE
Marcadores de alimentação saudável, por regiões
%
60,7
39,3
56,9
70,3
47,8
66,3
37,736,4
31,0
40,938,9
43,6
32,729,8
31,334,1
31,934,7
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Feijão Legumes ou verduras Frutas frescas
Fonte: PENSE/Secretaria de Vigilância em Saúde/MS e IBGE
Marcadores de alimentação não saudável, por região
%
41,6
36,137,8
45,1
39,6
45,6
31,3
24,0
30,6
32,9 33,6
30,9
26,7
23,8
21,7
30,0
25,0
32,0
13,7 13,714,7
13,8
11,712,8
5,2 5,3 5,1 5,24,3
6,1
0
10
20
30
40
50
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Guloseimas Alimentos industrializados/ultraprocessados Refrigerante Salgados fritos (inclui batata frita) Fast-food
Fonte: PENSE/Secretaria de Vigilância em Saúde/MS e IBGE
Risco para doençacrônicaPERDA DE SAÚDE E AUMENTO DA MORTALIDADE PREMATURA
Que o teu alimento seja o teu remédio, que o teu remédio seja o teu alimentoHIPÓCRATES
460 aC - 377 aC
alimentos processados
alimentos in natura ou minimamente processados
• obtidos diretamente de plantas ou de animais• não sofrem qualquer alteração após deixar a natureza• submetidos a processos de limpeza• fracionamento, moagem, secagem, fermentação,
pasteurização, refrigeração, congelamento• processos que não envolvam agregação substâncias ao
alimento original.
• extraídos de alimentos in natura ou da natureza• processos como prensagem, moagem, trituração,
pulverização e refino
• fabricados pela indústria• adição de sal ou açúcar (ou outra substância de uso
culinário) a alimentos in natura• duráveis e mais agradáveis ao paladar
• formulações industriais feitas de substâncias extraídas dealimentos
• ou derivadas de constituintes de alimentos• ou sintetizadas em laboratório com base em matérias
orgânicas
ingredientes culinários
alimentos ultraprocessados
perfil de nutrientes inadequadoalta densidade energéticaaditivos que realçam cores, sabores e texturasaditivos para retardar a deterioraçãoaditivos para preservar a aparência e o sabortamanho da porção
resposta glicêmicacontrole hipotalâmico de fome e saciedadealterações no funcionamento da microbiota intestinalformação de citocinas pró-inflamatórias
balanço energético positivoaumento do risco de obesidade
surgimento de células cancerígenas
alimentos ultraprocessados
níveis de colesterolIMCsobrepeso e obesidadeasma e chiadohipertensãosíndrome metabólicacâncer em geral e de mamasíndrome do intestino irritáveldoenças cardiovascularesdoenças coronarianasdoenças cerebrovasculares
A redução de gorduras saturada e trans, sal e açúcar adicionado em 75% nos ultraprocessados e em 50% nos ingredientes culinários, reduziria em
29% as mortes por doenças cardiovasculares até 2030.
alimentos ultraprocessados
Impacto da dieta no aumento da mortalidade
206 mil mortes anuais atribuíveis à dieta do brasileiro
• Baixo consumo de frutas, legumes e verduras, alto consumo de carne vermelha, baixa quantidade de fibras, consumo crescente de alimentosultraprocessados, alto consumo de açucares, etc.
Risco de morte
• 97 mortes atribuíveis à dieta para cada 100 mil habitantes
• Variou de 134/100 mil no Rio de Janeiro a 44/100 mil em Roraima
Fonte: GBD 2017, IHME/University of Washington. https://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/
Gasto com atendimentos ambulatorial e de internação de jovens no SUS (12 a 17 anos) por diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares e cirurgia bariátrica.
Proposta de protótipos de mensagens de advertência para rotulagem frontal
DESAFIOS INTERSETORIAIS PARA AS POLÍTICAS DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVELFacilitar o acesso a alimentos saudáveis e adequados:•Diversificar os alimentos oferecidos pela agricultura familiar;
•Melhorar a qualidade dos alimentos;
• Estimular a produção e consumo de alimentos orgânicos e agroecológicos;
• Criar ambientes de promoção da dieta saudável, ampliando a oferta e a disponibilidade de alimentos mais saudáveis;
• Regulamentar a oferta de alimentos ultraprocessados para a população, rotulagem e informação
• Reduzir preço da comida fresca
Obrigada,
Fatima [email protected]