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ENSINO DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR NOS CURSOS DE ENGENHARIA – UMA ABORDAGEM INOVATIVA João Carlos Martins Coelho [email protected] Escola de Engenharia Mauá Praça Mauá, 1 CEP: 09580-900 – São Caetano do Sul – São Paulo Marco Antonio Soares de Paiva [email protected] Alex Huerta [email protected] Resumo: O tópico de transferência de calor e massa integra a grade curricular de uma extensa gama de cursos de engenharia, quer em disciplinas com esta própria denominação, quer em outras, que englobem o assunto. Seu aprendizado exige conhecimentos de cálculo, capacidade para entendimento de fenômenos físicos e para desenvolvimento de raciocínio abstrato. É um dos principais assuntos do dia a dia da engenharia e há forte correlação entre a teoria vista no curso de graduação e a prática na vida profissional de alguns setores da engenharia, em que se requer o projeto e a operação de equipamentos e instalações. Embora esteja atualmente disponível grande quantidade de material didático, observa-se que o conteúdo da literatura extrapola os requisitos médios de muitos cursos de engenharia. Dessa forma, há de certa forma uma demanda de aprimoramento pedagógico no tema, em que sejam apresentados conceitos de forma objetiva, acessível ao aluno e com o rigor necessário à solução dos problemas tradicionais da engenharia básica. Este trabalho propõe uma metodologia de apresentação da transferência de calor e massa voltada para cursos de graduação de engenharia. Toma como referência o tópico da equação geral de condução de calor. A metodologia baseia-se na utilização de transparências encadeadas e estruturadas que aproximam o aluno da essência do conteúdo programático. Tal metodologia tem se mostrado eficaz, tornando o aprendizado mais atrativo e produzindo adicionalmente a desmistificação de que o assunto seja de difícil compreensão. Palavras-chave: transmissão de calor, equação da condução, didática, aprendizado 1. INTRODUÇÃO O ensino e o aprendizado da disciplina tradicionalmente denominada transferência de calor apresenta um conjunto amplo de dificuldades, embora uma grande quantidade de material didático de excelente qualidade esteja disponível. Dentre as obras tradicionalmente utilizadas no Brasil tem-se, por exemplo, KREITH & BONHN (2003), ÇENGEL (2009), INCROPERA & DEWITT (2008). Todas estas referências têm a característica de abordarem o assunto de forma ampla, buscando cobrir todos os aspectos que possam ser considerados pelos professores ao prepararem e ministrarem seus cursos. A extensão por vezes exagerada do assunto abordado evoca questionamentos sobre se essa opção é a melhor para os professores, os alunos, ou para a comunidade produtiva. Sabe-se que alguns dos limitantes tradicionais ao aprendizado são: o tempo disponível pelo aluno para se dedicar ao estudo, a limitada capacidade de o aluno médio ler textos longos, compreendê-los e absorver o seu

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ENSINO DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR NOS CURSOS DE ENGENHARIA – UMA ABORDAGEM INOVATIVA

João Carlos Martins Coelho – [email protected] Escola de Engenharia Mauá Praça Mauá, 1 CEP: 09580-900 – São Caetano do Sul – São Paulo Marco Antonio Soares de Paiva – [email protected] Alex Huerta – [email protected] Resumo: O tópico de transferência de calor e massa integra a grade curricular de uma extensa gama de cursos de engenharia, quer em disciplinas com esta própria denominação, quer em outras, que englobem o assunto. Seu aprendizado exige conhecimentos de cálculo, capacidade para entendimento de fenômenos físicos e para desenvolvimento de raciocínio abstrato. É um dos principais assuntos do dia a dia da engenharia e há forte correlação entre a teoria vista no curso de graduação e a prática na vida profissional de alguns setores da engenharia, em que se requer o projeto e a operação de equipamentos e instalações. Embora esteja atualmente disponível grande quantidade de material didático, observa-se que o conteúdo da literatura extrapola os requisitos médios de muitos cursos de engenharia. Dessa forma, há de certa forma uma demanda de aprimoramento pedagógico no tema, em que sejam apresentados conceitos de forma objetiva, acessível ao aluno e com o rigor necessário à solução dos problemas tradicionais da engenharia básica. Este trabalho propõe uma metodologia de apresentação da transferência de calor e massa voltada para cursos de graduação de engenharia. Toma como referência o tópico da equação geral de condução de calor. A metodologia baseia-se na utilização de transparências encadeadas e estruturadas que aproximam o aluno da essência do conteúdo programático. Tal metodologia tem se mostrado eficaz, tornando o aprendizado mais atrativo e produzindo adicionalmente a desmistificação de que o assunto seja de difícil compreensão. Palavras-chave: transmissão de calor, equação da condução, didática, aprendizado

1. INTRODUÇÃO

O ensino e o aprendizado da disciplina tradicionalmente denominada transferência de calor apresenta um conjunto amplo de dificuldades, embora uma grande quantidade de material didático de excelente qualidade esteja disponível. Dentre as obras tradicionalmente utilizadas no Brasil tem-se, por exemplo, KREITH & BONHN (2003), ÇENGEL (2009), INCROPERA & DEWITT (2008). Todas estas referências têm a característica de abordarem o assunto de forma ampla, buscando cobrir todos os aspectos que possam ser considerados pelos professores ao prepararem e ministrarem seus cursos. A extensão por vezes exagerada do assunto abordado evoca questionamentos sobre se essa opção é a melhor para os professores, os alunos, ou para a comunidade produtiva. Sabe-se que alguns dos limitantes tradicionais ao aprendizado são: o tempo disponível pelo aluno para se dedicar ao estudo, a limitada capacidade de o aluno médio ler textos longos, compreendê-los e absorver o seu

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conteúdo, os conhecimentos matemáticos requeridos para o conhecimento e aplicação dos conceitos aprendidos e a dificuldade atual de uma parte considerável dos alunos se concentrarem em textos por longos períodos em sua busca de conhecimento. Neste contexto, os materiais didáticos extremamente amplos não são, muitas vezes, considerados bons do ponto de vista do aluno que, por motivos vários, não consegue utilizá-los adequadamente. Assim, verifica-se a necessidade pedagógica de buscar uma efetiva aproximação entre o aluno e a disciplina ora em foco (considerada árida por muitos) por meio de apresentações claras e concisas, e que possam se constituir em material de consulta rápida. Esta característica permite o estudo extraclasse sem a participação direta do professor e pode, paralelamente, estimular o uso dos livros textos, uma vez que o material nestes apresentados fica agora de mais fácil compreensão.

2. ABORDAGEM INICIAL AO APRENDIZADO DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

O ensino de transferência de calor deve se dar, preferencialmente, após o aluno ter cursado a disciplina de Termodinâmica. Nesta disciplina fica claramente estabelecido que o termo calor se refere a uma interação entre dois sistemas com temperaturas diferentes e que se constitui, juntamente com o trabalho, em um mecanismo de transferência de energia. Além disso, fica também claramente conceituado no curso de termodinâmica que calor não é algo que possa ser “transferido”. Ou seja, ao estudar termodinâmica, o aluno deve ter consolidado o conceito de que ao observar a grandeza calor, o que se observa efetivamente é o transporte de energia através de uma fronteira devido à existência de uma diferença de temperaturas. Assim, depara-se inicialmente com a dificuldade conceitual de esclarecer que será estudada a transferência de algo que não pode ser transferido. Um meio que contribui para melhorar a compreensão é declarar inicialmente que o objetivo do curso é estudar processos de “transferência de energia por calor” deixando absolutamente clara a importância da palavra energia.

Entende-se, também, que existe a necessidade fundamental de esclarecer, no início do curso, que o estudo da transferência de calor está profundamente associado ao termo calor - ou taxa de calor - presentes nas formulações matemáticas da primeira lei da termodinâmica. Essa evocação tem o objetivo de destacar como os conceitos já aprendidos se entrelaçam com aqueles a serem agora apresentados.

Paralelamente, deve ser observado que o uso de material muito abrangente pode criar dificuldades adicionais para o aprendizado que, aliadas àquelas naturalmente inerentes ao assunto de transferência de energia por calor, têm causado ao longo do tempo uma mistificação da disciplina que, por si só, introduz barreiras adicionais ao aprendizado.

Neste contexto, lembrando que o conceito de livro impresso remonta ao período pré-digital, verifica-se a necessidade de criação de mecanismos e abordagens didáticas que sobrepujem as barreiras tradicionais, proporcionando maior efetividade no ensino da disciplina.

3. O USO DE APRESENTAÇÕES EM POWERPOINT

O uso de apresentações em PPT apresenta como vantagem fundamental dispor-se de material didático organizado e sistematizado que pode e deve ser colocado à disposição do aluno, na forma digital, previamente à sua abordagem em aula. Isso permite que o aluno tenha o material impresso em papel ou armazenado digitalmente, por exemplo em tablets, para acompanhamento da aula e para o registro e anotações específicas. Quando preparada adequadamente, a transparência deve se transformar em material de apoio ao estudo e que, pela sua simplicidade e densidade, faz referência a uma grande quantidade de informações, as quais, quando complementadas com notas adicionadas pelo aluno, torna-se vetor de

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aprendiztextos. Daproximtornand

Nãoaula, ela

4. ABOPOR

4.1. Ap

A eda termé essenca aprese

A Fapresende umaencerrancogniçãda Figurenergia

zado fundamDeve-se not

ma do alunodo a visualizo obstante, a deve ser e

ORDAGEMR CONDUÇ

resentação

equação da modinâmica p

cialmente uentada na FiFigura 1 é

ntação da eqa transparênndo um rac

ão que insirara 1, a ligaçtransferidas

mental e, etar que, pelao, elementozação do seu

para que oelaborada co

M ESPECÍFÇÃO

o da equaçã

condução épara um sis

uma transparigura 2.

essencialmquação da cncia, o alunciocínio coma o conteúdção com a ps.

Fig

m muitos ca sua moder

o que, na atu conteúdo mo papel da aom certos cu

FICA DO E

ão da condu

é usualmentstema, conforência elabo

mente a pricondução. Nno deve depmpleto, quedo atual no cpróxima etap

gura 1 - Equ

casos, documrnidade digtualidade, émais direta apresentaçãuidados mín

ENSINO D

ução

te desenvolforme ilustraorada em “p

imeira transNela está incparar-se come, por sua vcontexto dopa está na in

uação da con

mento parcgital, a apresé fortementee mais pala

ão extrapolenimos.

DE TRANSF

lvida a partado na Figupowerpoint”

sparência dcorporado om um contvez, deve po assunto genformação d

ndução – in

ialmente susentação se e vinculadoatável. e o seu uso

FERÊNCIA

ir da aplicaura 1. A part”, seguem-s

de uma seqo conceito dteúdo o maropiciar umeral tratado.de que serão

nício

ubstitutivo dafasta do pa

o ao mundo

apenas em

A DE CAL

ação da primrtir desta figse outras, ta

quência desde que, na pais focado pm padrão m. No caso po avaliadas

de livros apel e se o digital,

m sala de

LOR

meira lei gura, que ais como

stinada à projeção possível,

mental de particular

taxas de

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A tresultadreapresenovo rapor calotransparavaliaçã

Ode uma pode seaparentena medamplo, compree

Aconduçãtranspardifícil!”resolverque é simplifi

transparêncdo da aplientação de raciocínio quor ao elemrência anterão da taxa d

Observa-se informação

er explorademente inde

dida em quque encer

endidos. A Figura 3 ão. Mesmo rência, é pr”, “- Comor isto” e asscorreta, ma

icações, con

ia seguinteicação da resultado já

ue, embora mento de vo

rior. Compde energia su

que o proco da transp

do pelo proependentes

ue este procrra certa c

é a transpatendo com

rovável que eu vou fazsim por dianas momentnforme ilust

, Figura 2,primeira

á obtido anteligado ao aolume difer

plementarmeubtraída por

Figura 2 –

cesso de intarência antfessor paracontidas em

cedimento complexidad

arência que mpreendido e neste ponzer para usnte. Neste mtaneamente trado na Fig

, conecta-selei da tereriormente

anterior, evorencial, umente, induzr calor do e

Segunda tra

terconexão terior, adqua dar unidam cada trande apresende, em rac

aparentemeadequadam

nto o aluno sar uma eqmomento de

improdutigura 4.

e com a anrmodinâmice proporciooca o valor

m dos termoz ao raciocílemento de

ansparência

entre transire importâ

ade, amplitunsparência. Entação da teciocínios m

ente encerramente o seu

se questioquação tão eve ser destriva, pois a

nterior pela ca, livrandoonando ao a

da taxa de os da equaínio que sevolume.

a

parências, pncia maior ude e intercEsta proposeoria segmemais curtos

a a apresentau desenvolvne: “- E agcomplicada

ruída a visãequação p

a reapresento o profe

aluno o inícienergia ad

ação recupee segue, ou

pela reaprena medida

rconexão a sição é fundenta um ras, mais fa

tação da equvimento, venagora? Isto a?”, “- Eu ão da complpode sofre

tação do essor da io de um

dicionada erada da u seja, a

sentação a em que

análises damental aciocínio cilmente

uação da ndo esta é muito não sei

lexidade, er várias

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F

Figura 4

Figura 3 – A

4 – Simplifi

A equação d

icação da eq

da condução

quação da c

o

ondução

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Aanteriorhipóteseapresenaplicaçãplana in

Eassuntoavaliaçõengenhapor exem

4.2. A s

A ade comcondiçõ

 

Ma

tradiciocom a asolução

A Figura 4 rmente é rees claras. A

ntado, adicioão imediatanfinita. Esta transpa, embora grões de tranaria. Cabe nmplo, a forn

solução da e

apresentaçãomentários soões iniciais e

ais uma vez,nalmente uapresentaçã é apresen

encerra maeapresentadA cada simonando um

a para o cas

arência devrande, podensferência dneste momenos industri

equação de

o da soluçãobre a necespecíficas

, o professoutilizadas. Tão da soluçntada de for

ais uma vez do e o promplificação

ma a uma eso de trans

ve conduzir e ser reduzide energia ento ao proiais, estufas

e condução

ão da equaçcessidade ecomo as ilu

Figura 5 –

r deve destaTendo apresão inicial prma direta

o seguinte ocesso de so repete-se e produzindsferência de

r o aluno a ida a níveisadequadam

ofessor ilust, refrigerado

o de conduç

ção de conde aplicabiliustradas na F

Condições

acar a simplsentado as cpara placa p

em uma ú

conjunto dsimplificaçã

o conjuntodo, ao finale energia po

aceitar o fas aceitáveis mente aplictrar as possores e outro

ção para pl

dução para pdade de cFigura 5.

de contorno

licidade dascondições dplana infiniúnica transp

e conceitosão é escaloo de hipót, uma equaor calor atr

ato de que que permitáveis em psíveis aplicaos.

aca plana

placa plana ondições d

o

s condições de contorno ita ilustradaparência, co

: o resultadonado, baseteses anteriação difereravés de um

a complexitam a realizproblemas ações, refer

deve ser pde contorno

de contorn típicas, proa na Figuraom o prop

do obtido eado em iormente encial de ma placa

idade do zação de reais de rindo-se,

recedida o ou de

no típicas ocede-se a 6. Esta ósito de

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mostrarconduçãcompor

Estpela alttransfer

Esttérmica,ser ameproblemdesde qabordagde form

r a simplicião de calortamento da ta visão é coteração de rência de enta segunda , Figura 8 eenizado já

mas tradicioque se tenhgem, pode-s

ma para cálcu

dade da soor. O aluno

natureza seomplementauma das

nergia por cosolução deve Figura 9, mque, no d

onais da enha a adequase em momeulo de cond

Figura 6 –

olução, em o deve se eja complexada com a condições

onvecção emve abrir immostrando esenvolvimgenharia, éada e essenento futuro

dução em co

– Solução d

contraposiçsentir escl

xo, é possívesolução de de contorn

m uma das fmediatamente

para o alunmento de soé possível uncial conceapropriado

orpos bi ou t

da equação d

ção à complarecido e el obter soluuma varian

no que é aface da place caminho

no que o árdoluções parutilizar “reseituação teó, expandi-latridimensio

da conduçã

plexidade daconfiante d

uções simplnte do mesma introduçãca, ilustradapara o con

duo trabalhora uma grasultados proórica. Para a pelo ensinnais.

o – caso 1

a equação de que, emles e diretasmo problemão do proca na Figura nceito de reo matemátiande quantiontos” e cocomplemen

no do uso de

geral de mbora o s.

ma criada cesso de 7. sistência ico pode idade de onfiáveis ntar esta e fatores

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Figura 7 –– Solução d

Figura 8 –

da equação d

– Resistênc

da conduçã

cia térmica

o – caso 2

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4.3. A e

Umconsisteaplicaçãdas ferrengenhe

O pdo probpropósite operac

Nesdesenvoproximi

A Fum exempor objequestão possibilrelembr

OutrealidadobservaprocessoNaturalmressaltad

F

elaboração

ma dificuldae na transpão “prática”ramentas deiro. primeiro pasblema a ser to central dcionais da este contextoolvimento didade do aluFigura 10 e mplo iniciaetivo aprox é repetido lidade de vrar algum astro aspecto

de do engeados industos industriamente, proda.

Figura 9 – A

de exemplo

ade grande posição do”. Esta dificde cálculo

sso a ser daresolvido é

de criar a ligengenharia. o, o exempda sua soluuno com a da Figura 11l. Elas foramimar o alunnas duas tr

voltar a qussunto especconsideradnheiro, utiltrialmente, ais nos quaiopõe-se qu

Analogia res

os

e tradicio conhecim

culdade é, ppara a apl

ado para desé a sua apligação entre o

plo deve serução, os codisciplina. 1 consistem m desenvolno da questãransparênciaalquer instacífico.

do importanlizando valpermitindo

s um forno e a correl

sistência tér

onal que semento usualpor exemplolicação na

smistificar eicação em eos aspectos

r tal que ponceitos te

em duas tralvidas segunão. O primeas de modoante ao en

nte é que o lores de pro ao profecom estas c

lação exerc

rmica resistê

e apresenta lmente deno, observada

solução da

e aproximarexemplos bs teóricos an

permita ao peóricos, de

ansparênciando um coneiro reside no que seja fanunciado pa

problema srocessos e essor, por característiccício-fábric

ência elétric

para o alunominado ta com muitaas questões

r, sob a óticem estrutur

nalisados e o

professor reforma a c

as destinadanjunto de cono fato de q

facultada a eara dirimir

e refere a uequipamentexemplo,

cas gerais poa seja sem

ca

uno de engteórico paraa frequêncis do dia a

ca do aluno,rados que teos aspectos

epetir, ao lcriar e fort

as à apresenonceitos queque o enunele e ao proalguma dú

um forno intos que pofazer referoderia ser umpre que

genharia a a sua a no uso

a dia do

, a teoria enham o práticos

ongo do talecer a

ntação de e tenham ciado da ofessor a úvida ou

ndustrial, dem ser rência a utilizado. possível

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Bus

segundoem duasde infor

Na preliminestudo cressaltancomplete das hi

A Fcompletprático utilizada

scando umao o procedis ações funrmações e, aFigura 10

nar do probcom um mndo a neceto do fenômpóteses queFigura 11 cto de uma de engenhaa.

a solução dimento de s

ndamentais: a segunda, eestá inserid

blema na quínimo de q

essidade de meno físico e devem concontempla ametodologi

aria, em que

didático-pedsolução quea primeira

em análises da a primeirual se ressa

qualidade. Erealizar estsob análise

nfigurar a soa solução pria racional,e a transferê

Figura 10

dagógica ape, fundamenconsistindocomplemen

ra ação; aléalta ser neceEntende-se qta tarefa co

e. A seguir,olução propropriamente, rigorosa eência de cal

– Exemplo

propriada, antalmente, o no entendntares e cálcém do enunessário elabque o profeom esmerocabe o proc

priamente die dita do pre didática dlor por con

inicial - A

as transparêconceitua u

dimento do pculos.

nciado, é prborar um cressor deve tal que lev

cedimento dita. roblema, code abordagedução é a f

ências são dum método problema e

roposta umaroquis do oestimular e

ve ao entende registro d

ompletando em de um ferramenta p

divididas calcado

registro

a análise objeto de esta ação ndimento de dados

o corpo exemplo principal

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5. CON

O econsideadequadNeste cconsistedesta abindica disponívliteraturúltima.

AgrOs

desenvo

REFER

ÇENGEHill, 20

INCROLTC, 20

KREITHPioneira

NSIDERAÇ

ensino e o arados áridoda de conhecontexto, foente e mais bordagem, fser este uvel aos alunra disponíve

radecimentautores a

olvimento d

RÊNCIAS B

EL,Y.A. Tra09. 902 p.

OPERA, F.P008. 698 p.

H, F.; BONa Thomson,

ÇÕES FINA

aprendizadoos, separandecimentos quoi propostaatrativo pefortemente

um caminhnos as transel, contribu

tos gradecem

das técnicas

BIBLIOGR

ansferência

P.; DEWITT.

NHN M. S, 2003. 623

Figura 11

AIS

o do assuntodo o estudanue deveriama uma aborlo fato de tcalcada noo adequadsparências dindo també

ao Institutpropostas e

RÁFICAS

de Calor e

T, D.P. Fun

S. Principiop.

– Exemplo

o de transmnte tanto dom ter sido adrdagem meter a sua ario uso de aprdo a ser ade aula, faz

ém para fort

to Mauá de sua divulg

e Massa - U

ndamentos d

os da Tran

o inicial - B

issão de calo efetivo apdquiridos aoetodológica idez reduzidresentações

aprimorado.z delas mattalecer a co

de Tecnologação no pre

Uma Abord

da Transfer

nsferência d

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que conduda. A expers cuidadosam

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gia o apoiesente Cong

dagem Práti

rência de C

de Calor. S

o, por muitoquanto da acurso de gra

duz ao apreriência na amente estru

mentarmenteico complemtura e anális

io concedigresso.

ica. 3.ed. M

Calor e Mas

São Paulo,

o tempo, aplicação aduação. endizado aplicação uturadas, e, tornar mentar à se) desta

ido para

McGraw-

sa. 6.ed.

Editora

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HEAT AND MASS TRANSFER TEACHING IN UNDERGRADUATE

ENGINEERING COURSES - CHALLENGES AND NEW APPROACHES

Abstract: the topic of Mass and Heat Transfer integrates the curriculum of a wide range of engineering courses, either in disciplines with this particular name, or in others, which cover this matter. Its learning requires knowledge in calculus, the capability to understand physical phenomena and to develop abstract reasoning. It is one of the main issues of the daily engineering practices, and there is strong correlation between the theory students learn in the undergraduate course, and its practical application, professionally, in some fields of engineering in which it is required to project and operate equipment and installations. Although there is a considerable amount of supporting material available, it is noticeable that the content of the literature exceeds the average requirements of many engineering courses. Thus, there is a demand to improve the mentioned topic, pedagogically, in a way so that the concepts are presented objectively, easily accessible to the students and with the strength necessary to solve traditional engineering problems. This paper proposes a methodology to present the subject of mass and heat transfer oriented to undergraduate engineering courses, taking as reference the topic of the general equation of heat conduction. The methodology is based on the use of slides, which are chained and structured with the objective of taking the students closer to the essence of the course curriculum. Such methodology has been proven effective, making the learning process more attractive and also demystifying that this issue is difficult to understand.

Keywords: mass and heat transfer, conduction equation, learning improvement, heat

transfer slides