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Elaboração de Elaboração de
Diretrizes de DHEDiretrizes de DHE
Ricardo Zanatta MachadoRicardo Zanatta MachadoEng. Agrº - Fiscal Federal AgropecuárioEng. Agrº - Fiscal Federal Agropecuário
Serviço Nacional de Proteção de CultivaresServiço Nacional de Proteção de Cultivares
• Lei 9.456/97: “Art 4º [...] §2º Cabe ao órgão responsável pela proteção de cultivares divulgar, progressivamente, as espécies vegetais e respectivos descritores mínimos necessários à abertura dos pedidos [...]”
• Ata 1978 = Decreto nº 3.109/99: “Art. 7º, 1, A proteção será concedida após um exame da variedade em função dos critérios definidos no artigo 6. Esse exame deverá ser apropriado a cada gênero ou espécie botânico.”;
• Ata 1978 = Decreto nº 3.109/99: “Art. 6º, 1, O obtentor gozará da proteção prevista na presente Convenção quando forem observadas:”
• a) (Distinguibilidade);
• b) (Novidade (fixo));
• “c) A variedade deve ser suficientemente homogênea, tendo em conta as particularidades da sua reprodução sexuada ou da sua multiplicação vegetativa.
• d) A variedade deve ser estável nas suas características essenciais, [...]”
BASE LEGAL
• Identificar características apropriadas para os testes de DHE;– Características a serem observadas;– Fornecer padrões de D, H e E;
• Guia prático detalhado para harmonizar os exames de DHE, bem como as respectivas descrições das cultivares; (inclusive internacionalmente);
• Aceitação mútua do relatório de DHE (minimizar custos de exame para autoridades individuais); e
IMPORTÂNCIA
• Documento TGP/1/3: Introdução Geral ao Exame de DHE, e Desenvolvimento de Descrições Harmonizadas de Cultivares– “2.2.1. Quando a UPOV estabelecer
Diretrizes de DHE específicas para uma determinada espécie, ou outro(s) grupo(s) de cultivares, estes representam uma abordagem acordada e harmonizada para o exame de novas cultivares.”
• Documento TGP/7/1: Desenvolvimento de Diretrizes de DHE
UPOV
ELABORAÇÃO DIRETRIZES NA UPOV
• 257 Diretrizes 257 Diretrizes adotadas (“Test Guidelines”)• Cerca de 60 em discussão nas reuniões de Cerca de 60 em discussão nas reuniões de 2009
(revisões / novas diretrizes)
DESENVOLVIMENTO DE DIRETRIZES NA UPOV
Proposi ção
AprovaçãoProposta
Al ocação dasdi scussões
Preparação do“rascunho”
Consi deração da proposta
•Pela UPOV•Diretamente ao Comitê Técnico pelo estado-
membro•Diretamente ao Comitê Técnico por
organização observadora•Total de solicitações•Nº de países que receberam solicitações•Nº de solicitações estrangeiras recebidas
•Importância econômica•Intensidade das atividades de melhoramento
( ou ?)↑ ↓•Qual(is) subgrupo(s) (TWP) da Upov discutirá
•Ex: milho (TWA e TWV)
•Expert responsável•Subgrupo de experts interessados
•Pelo TWP ao Comitê Técnico•Pelo Comitê Técnico ao Comitê Editorial
•Adoção da Diretriz de DHE
ELABORAÇÃO DE DIRETRIZES NO BRASIL
Demanda dos obtentores
Busca UPOV
Busca outros países
Busca outras fontes (IPGRI, etc.)
Reunião com melhoristas Brasil
Publicação no DOU
1. Objeto2. Amostra viva3. Execução dos ensaios de DHE4. Legendas5. Instrução para preenchimento da Tabela de
descritores6. Tabela de descritores7. Observações e figuras8. Chaves para estádios de desenvolvimento
CONTEÚDO DE UMA DIRETRIZ DE DHE
1. Objeto1. Amostra viva2. Execução dos ensaios de DHE3. Legendas4. Instrução para preenchimento da Tabela de
descritores5. Tabela de descritores6. Observações e figuras7. Chaves para estádios de desenvolvimento
CONTEÚDO DE UMA DIRETRIZ DE DHE
1. OBJETO
• Diretrizes são específicas para cada espécie, porém:– Tipos e subespécies dentro de uma espécie
Vigna unguiculata subsp.
sesquipedalis
Rabanete Negro (R. sativus L. var. niger e
longipinnatus) X
Rabanete (R. sativus L. sativus)
1. OBJETO
• Algumas espécies do gênero
1. OBJETO
– Todas as espécies do gênero (contém cvs interespecíficas)
Chrysantemum spp.
1. OBJETO• Algumas espécies de alguns gêneros (contém
cvs. interespecíficas e intergenéricas)
• Ex: Phalaenopsis
• x Doritaenopsis (Doritis x Phalaenopsis)
1. Objeto1. Amostra viva1. Execução dos ensaios de DHE2. Legendas3. Instrução para preenchimento da Tabela de
descritores4. Tabela de descritores5. Observações e figuras6. Chaves para estádios de desenvolvimento
CONTEÚDO DE UMA DIRETRIZ DE DHE
2. AMOSTRA VIVA• Depende:
– P/ países que conduzem DHEs (material p/ o teste)– Forma de propagação da espécie;– Quantidade de plantas para compor o ensaio;– Probabilidade de condução de ensaios suplementares
a serem realizados pelo SNPC;– Sanidade, representatividade da cultivar.
1. Objetivo2. Amostra viva1. Execução dos ensaios de DHE1. Legendas2. Instrução para preenchimento da Tabela de
descritores3. Tabela de descritores4. Observações e figuras5. Chaves para estádios de desenvolvimento
CONTEÚDO DE UMA DIRETRIZ DE DHE
3. EXECUÇÃO DOS ENSAIOS DE DHE
• Número de ciclos de crescimento (1 a 2);
• Local (geralmente 1);
• Número de plantas para compor ensaio (6 a
600);
• Número de repetições (2 ou mais);
• Quantas plantas avaliar;
• Método de observação.
TrigoCada teste deve
incluir aproximadamente 2000 plantas, que
devem ser divididas em 2 ou mais
repetições
Maçã
Cada teste deve incluir no mínimo 10
plantas
1. Objeto2. Amostra viva3. Execução dos ensaios de DHE1. Legendas1. Instrução para preenchimento da Tabela de
descritores2. Tabela de descritores3. Observações e figuras4. Chaves para estádios de desenvolvimento
CONTEÚDO DE UMA DIRETRIZ DE DHE
• (*)– Características que fazem parte da exigência
mínima da UPOV;– Importantes para harmonização internacional
da descrição da cultivar;
– DEVE compor as diretrizes de todos países
– Exceto quando as condições ambientais não permitem.
4. LEGENDAS
4. LEGENDAS• (a); (b); (c) ...
– Explanação adicional para várias características;
4. LEGENDAS• (+)
– Explanação adicional ou figura/desenho;
1. Objeto
2. Amostra viva
3. Execução dos ensaios de DHE
4. Legendas
1. Instrução para preenchimento da Tabela de descritores
1. Tabela de descritores
2. Observações e figuras
3. Chaves para estádios de desenvolvimento
CONTEÚDO DE UMA DIRETRIZ DE DHE
5. INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO
Planta: altura
Muito baixa 1
Baixa 3
Média 5
Alta 7
Muito alta 9
Planta: altura
Baixa 3
Média 5
Alta 7
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Opções
1 a 9
5. INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO
Vagem: corAmarela 1Verde 2azul esverdeada 3roxa 4
Opções
1 a 4
1 2 3 4
5. INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO
Planta: hábito de crescimentoEreto 1Semi-ereto 3Horizontal 5
Opções
1 a 5
1. Objetivo2. Amostra viva3. Execução dos ensaios de DHE4. Legendas5. Instrução para preenchimento da Tabela de
descritores1. Tabela de descritores1. Observações e figuras2. Chaves para estádios de desenvolvimento
CONTEÚDO DE UMA DIRETRIZ DE DHE
• As características a serem escolhidas devem:a)a)Resultar de um dado genótipoResultar de um dado genótipo ou combinação de
genótipos;a)Ser suficientemente consistente e repetívelconsistente e repetível em
um dado ambientedado ambiente;b)Exibir suficiente variação entre cultivaresvariação entre cultivares para
estabelecer “Distinguibilidade”;c)Ser capaz de precisa definição e reconhecimentoprecisa definição e reconhecimento;d)Permitir o preenchimento da exigência de exigência de
uniformidadeuniformidade;e)Permitir o preenchimento da exigência de exigência de
estabilidadeestabilidade.
6. TABELA DE DESCRITORES
• Valor comercial:– Característica não precisa ter,
necessariamente, valor comercial;
• Características de valor comercial:– Podem ser usadas se preencherem os
requisitos– Produtividade, qualidade
• São importantes objetivos dos programas melhoramento
• Nem sempre são apropriadas para descrição (DHE)
6. TABELA DEDESCRITORES
6. TABELA DE DESCRITORES
Critério Fruto: cor Semente: forma Produtividade
a) Combinação de genótipos Sim Sim Sim
b) Consistente e repetível Sim Sim Não
c) variação entre cultivares Sim Sim ???
d) Precisa definição e reconhecimento Sim Sim Não
e) Uniformidade Sim Sim ???
f) Estabilidade Sim Sim ???
VALOR COMERCIAL Sim Não Sim
ACEITABILIDADE Sim Sim Não
Seleção de caracteristica:
percepção do melhorista/mudança de
paradigma
melhoramento x diferenciação
6. TABELA DE DESCRITORES
• Características morfológicas:– Planta (forma, altura, largura) – Caule (diâmetro, comprimento)– Folha (comprimento, largura)– Flor– Fruto (forma)– Semente (forma, tamanho)– Raiz
6. TABELA DEDESCRITORES
• Características fisiológicas/bioquímicas:– Ciclo de florescimento; – Ciclo total;– Conteúdo de certa substância;– Reação a peroxidase (soja);– Esterilidade.
• Características especiais:– Resistência a produtos químicos (herbicidas);– Resistência a doenças;
• Novos tipos de características:– Marcadores moleculares.
6. TABELA DEDESCRITORES
• Tipos de expressão das características:
– Qualitativas (QL);
– Quantitativas (QN);
– Pseudo-qualitativas (PQ).
6. TABELA DEDESCRITORES
• QUALITATIVAS • São aquelas expressas por estágios descontínuos;expressas por estágios descontínuos;• Que são auto-explicativos e de significado independente;• Todos os estágios são necessários para descrever toda
a amplitude da característica e todas as formas de expressão podem ser expressas num único estágio;
• A ordem dos estágios não é importante;• Como regra são características não influenciadas características não influenciadas
pelo ambientepelo ambiente;• (ex: ploidia: diplóide (1), triplóide (2), tetraplóide (3)).
6. TABELA DEDESCRITORES
Branca (1)
Roxa (2)
Soja: Cor de flor
• QUANTITATIVAS• Expressão abrange todas as faixas de
variação, de um extremo ao outro. A A expressão pode ser registrada numa escala expressão pode ser registrada numa escala linear unidimensional, contínua ou discretalinear unidimensional, contínua ou discreta.
• A amplitude de expressões é dividido em um número de estágios para fins de descrição (ex: comprimento da haste: muito curto (1), curto (3), médio (5), longo (7), muito longo (9)).
• A divisão tem como objetivo prático permitir uma distribuição ímpar ao longo da escala.
• Não possui grande poder discriminatório. Os estágios de expressão devem se diferenciar significativamente.
6. TABELA DE DESCRITORES
• PSEUDO-QUALITATIVA
• A faixa de variação é ao menos A faixa de variação é ao menos parcialmente contínua, mas variando em parcialmente contínua, mas variando em mais de uma dimensãomais de uma dimensão.
• Ex: Forma: oval (1), elíptica (2), circular (3), obovada (4))
• Não pode ser adequadamente descrita por apenas definir os dois extremos de uma escala linear.
• De modo similar às QL (descontínua) – portanto PQ – cada expressão individual necessita ser identificada adquadamente para descrever a variação das características
6. TABELA DE DESCRITORES
6. TABELA DEDESCRITORES
• Folha (lâmina, pecíolo, estípula)
• Inflorescência
• Flor (cálice, sépala, corola, pétala, estame, pistilo)
• Fruto ou grão (colhido)
Ordem cronológica dascaracterísticas (botânica)
• Sementes (material submetido)
• Plântula
• Planta inteira
• Raiz
• Sistema radicular ou órgãos subterrâneos
• Caule (caule principal, ramos)
6. TABELA DEDESCRITORES
• Após a ordem cronológica
• Características do órgão como um todo,
seguido das suas partes
• Órgãos maiores órgãos menores
• Exteriores/inferiores interiores/superiores
Ordem das características (botânica)
6. TABELA DEDESCRITORES
Representar níveis de expressão
Ilustrar características
Determinar o nível de expressão
Descrições harmonizadas
CULTIVARES EXEMPLO
CULTIVARES EXEMPLO X MedidasPor que não utilizar medidas para diferenciação?
Folha: comprimento (cm.)
40
30
20
10
MÉDIO A
MÉDIO B
REGIÃO A
CULTIVAR EX.CANDIDATA
REGIÃO BCULTIVAR EX. CANDIDATA
CARACTERÍSTICAS AGRUPADORAS
• Aquelas que os níveis expressão documentados, mesmo que registrados em lugares diferentes, possam ser utilizados para:a) excluir cultivares conhecidas do ensaio de
Distinguibilidade (D), e
b) para organizar o ensaio de modo que as cultivares
similares fiquem agrupadas 1.Caracteres QL;
2.QN ou PQ que contribuem para “D” entre cultivares conhecidas a partir de níveis de expressão documentados em lugares diferentes;
6. TABELA DE DESCRITORES
6. TABELA DEDESCRITORES
Soja• Grupo de
maturação (≠ 0.3)• Cor da flor (branca
X roxa)• Cor da pubescência
(marrom X cinza)• Transgenia• Resistência ao
cancro da haste
Alface• Cor da semente (branca x
amarela x preta)• Pigmentação antociânica
na folha (ausente x presente)
• Início da emissão do pendão floral sob dias longos (muito precoce x precoce x médio x tardio x muito tardio)
• Reação à Bremia lactucae (isolado Bl16) (suscetível x resistente)
Características agrupadoras - Exemplos
1. Objeto2. Amostra viva3. Execução dos ensaios de DHE4. Legendas5. Instrução para preenchimento da Tabela de
descritores6. Tabela de descritores1. Observações e figuras1. Chaves para estádios de desenvolvimento
CONTEÚDO DE UMA DIRETRIZ DE DHE
1. Objeto2. Amostra viva3. Execução dos ensaios de DHE4. Legendas5. Instrução para preenchimento da Tabela
de descritores6. Tabela de descritores7. Observações e figuras1. Chaves para estádios de
desenvolvimento
CONTEÚDO DE UMA DIRETRIZ DE DHE
OUTRAS CARACTERÍSTICAS
• Reação a doenças e pragas
• Reação a fatores abióticos
• Podem ser usadas se preencherem os pré-requisitos
REAÇÃO A DOENÇAS
• Natureza do controle genético
• Informação sobre patótipos/raças
• Fonte do inóculo
• Cultivares diferenciadores e fontes
REAÇÃO A DOENÇAS
• Método de manutenção do inóculo
• Método de avaliação
• Procedimentos para enquadrar os níveis de expressão em notas;
• Cultivares exemplo e fontes
MARCADORES MOLECULARES
• Possíveis aplicações:
– Exame de DHE;
– Identificação de uso indevido;
– Identificação de essencialmente
derivadas.
MARCADORES MOLECULARES
• Toda metodologia nova para proteção de cultivares deve estar em consonância com a Convenção da UPOV;
• Métodos de DHE utilizados hoje são eficazes e garantem a proteção;
• UPOV não deseja introduzir métodos que, diferentes dos atuais, repercutam negativamente na eficácia da proteção;
• Técnicas moleculares podem apresentar pequenas diferenças à nível de DNA que não são diferentes morfologicamente.
MARCADORES MOLECULARES
• Porém, a UPOV reconhece que qualquer técnica nova deve ser cuidadosamente estudada e verificada a possibilidade de vantagens que possa trazer em relação aos testes de DHE;
• Acredita que são técnicas rápidas e estão sob menor influência ambiental;
• Preocupa-se em determinar a viabilidade destas técnicas e a harmonização nos países;
• Acredita ter questões pendentes que devem ser analisadas no âmbito Técnico, Administrativo e Jurídico
MARCADORES MOLECULARES
• Outros critérios a serem avaliados:• Reproducibilidade em distintos laboratórios e
equipamentos;• Repetibilidade;• Poder de descriminação;• Possibilidade de criação de base de dados;• Acessibilidade da metodologia• Tipo de marcador (SSR, SNP)• Primers
MARCADORES MOLECULARES
• Outros critérios a serem avaliados:• Material a ser analisado• Tipo de tamanho de amostras (considerando
autogamia, alogamia, repr. vegetativa)• Estabelecimento de coleção de DNA de
referência• Qualidade do DNA• Escore para os marcadores considerando
casos especiais (alelos raros, nulos, bandas monomórficas, etc.).
Obrigado ! ! !
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