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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
1
Especificação Técnica Unificada ETU – 114.3 Revisão 0.0 – março / 2020
Poste de distribuição em fibra de vidro
ENERGISA/C-GTCD-NRM/Nº005/2020
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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Apresentação
Esta especificação técnica apresenta as diretrizes necessárias para estabelecer a
padronização das características construtivas elétricos e mecânicos, exigidos para
fornecimento dos postes de distribuição, em fibra de vidro, para as concessionárias
do grupo Energisa.
Para tanto foram consideradas as especificações e os padrões do material em
referência, definidos nas Normas Brasileiras Registradas - NBR da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, ou outras normas internacionais reconhecidas,
acrescidos das modificações baseadas nos resultados de desempenho destes
materiais nas empresas do grupo Energisa.
As cópias e/ou impressões parciais ou em sua íntegra deste documento não são
controladas.
A presente revisão desta norma técnica é a versão 0.0, datada de março de 2020.
Cataguases - MG, março de 2020.
GTD – Gerência Técnica de Distribuição
Esta especificação técnica, bem como as alterações, poderá ser acessada através do
código abaixo:
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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Equipe técnica de elaboração da ETU 114.3
Augustin Gonzalo Abreu Lopez Orcino Batista de Melo Junior
Grupo Energisa Grupo Energisa
Danilo Maranhão de Farias Santana Paulo Victo Nascimento de Souza
Grupo Energisa Grupo Energisa
Hitalo Sarmento de Sousa Lemos Ricardo Campos Rios
Grupo Energisa Grupo Energisa
Natanael Rodrigues Pereira Ricardo Machado de Moraes
Grupo Energisa Grupo Energisa
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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Aprovação técnica
Ademálio de Assis Cordeiro Jairo Kennedy Soares Perez
Grupo Energisa Energisa Borborema / Energisa Paraíba
Alessandro Brum Juliano Ferraz de Paula
Energisa Tocantins Energisa Sergipe
Amaury Antônio Damiance Paulo Roberto dos Santos
Energisa Mato Grosso Energisa Mato Grosso do Sul
Fabrício Sampaio Medeiros Ricardo Alexandre Xavier Gomes
Energisa Rondônia Energisa Acre
Fernando Lima Costalonga Rodrigo Brandão Fraiha
Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo Energisa Sul-Sudeste
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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Sumario
1 OBJETIVO ................................................................................... 8
2 CAMPO DE APLICAÇÃO .................................................................... 8
3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS .......................................................... 8
4 REFERÊNCIAS............................................................................... 8
4.1 LEGISLAÇÃO E REGULAMENTOS FEDERAIS .................................................. 9
4.2 NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS ........................................................... 9
4.3 NORMAS TÉCNICAS INTERNACIONAIS ...................................................... 10
5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES .......................................................... 12
5.1 CARGA DE RUPTURA (CR) ............................................................... 12
5.2 CARGA NOMINAL (CN) ................................................................... 13
5.3 COMPRIMENTO DE ENGASTAMENTO ....................................................... 13
5.4 COMPRIMENTO NOMINAL (L) ............................................................. 13
5.5 DEFEITO ................................................................................ 13
5.6 DEFEITO CRÍTICO ........................................................................ 13
5.7 DEFEITO GRAVE ......................................................................... 13
5.8 DEFEITO TOLERÁVEL..................................................................... 14
5.9 DURABILIDADE .......................................................................... 14
5.10 FIBRA DE VIDRO ......................................................................... 14
5.11 FISSURA ................................................................................ 14
5.12 FLAMABILIDADE ......................................................................... 14
5.13 GEL COAT............................................................................... 14
5.14 MATERIAL EM COMPÓSITO ................................................................ 14
5.15 PERÍODO DE CURA ....................................................................... 15
5.16 POLIÉSTER .............................................................................. 15
5.17 POLÍMERO .............................................................................. 15
5.18 POSTE SECCIONADO ..................................................................... 15
5.19 PRFV .................................................................................. 15
5.20 PROCESSO DE FABRICAÇÃO EM ENROLAMENTO POR FILAMENTO CONTÍNUO .................. 15
5.21 RESISTÊNCIA NOMINAL (RN) ............................................................. 16
5.22 UV ..................................................................................... 16
5.23 TRILHAMENTO ELÉTRICO (TRACKING) .................................................... 16
5.24 UL – V – VERTICAL BURNING ............................................................ 16
6 CONDIÇÕES GERAIS ...................................................................... 16
6.1 CONDIÇÃO DE SERVIÇO .................................................................. 16
6.2 LINGUAGENS E UNIDADES DE MEDIDA ..................................................... 17
6.3 ACONDICIONAMENTO .................................................................... 18
6.4 MEIO AMBIENTE ......................................................................... 18
6.5 VIDA ÚTIL ............................................................................... 19
6.6 GARANTIA .............................................................................. 19
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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6.7 INCORPORAÇÃO AO PATRIMÔNIO ......................................................... 20
7 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ................................................................ 20
7.1 MATERIAL ............................................................................... 21
7.1.1 Resina .............................................................................. 21
7.1.2 Fibra de vidro ..................................................................... 21
7.2 ELEMENTOS CARACTERÍSTICOS ........................................................... 22
7.2.1 Dimensional e forma ............................................................. 22
7.2.2 Tolerâncias dimensionais ........................................................ 22
7.2.3 Furos ............................................................................... 22
7.2.4 Reforço mecânico ................................................................ 23
7.2.5 Sistema de encaixe das seções do poste seccionado ........................ 23
7.3 ACABAMENTO ........................................................................... 23
7.4 IDENTIFICAÇÃO .......................................................................... 24
7.5 ABSORÇÃO DE ÁGUA ..................................................................... 25
7.6 ELASTICIDADE ........................................................................... 25
7.7 FLAMABILIDADE ......................................................................... 26
7.8 MOMENTO FLETOR E CARGAS VERTICAIS .................................................. 26
7.9 PROTEÇÃO SUPERFICIAL MECÂNICA E CONTRA RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA ................... 26
7.10 PERÍODO DE CURA ....................................................................... 27
7.11 RESISTÊNCIA À RUPTURA (RP) ........................................................... 27
7.12 RESISTÊNCIA AO INTEMPERISMO ARTIFICIAL ............................................... 27
7.13 RESISTÊNCIA AO TRILHAMENTO ELÉTRICO ................................................. 27
7.14 RETILINEIDADE .......................................................................... 27
7.15 RIGIDEZ DIELÉTRICA ..................................................................... 27
8 INSPEÇÃO .................................................................................. 27
8.1 GENERALIDADE .......................................................................... 28
8.2 ENSAIOS ................................................................................ 31
8.2.1 Ensaio de tipo (T) ................................................................. 31
8.2.2 Ensaios de recebimento (RE) ................................................... 32
8.2.3 Ensaios especiais (E) ............................................................. 33
8.3 DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS ................................................................. 33
8.3.1 Inspeção visual .................................................................... 33
8.3.2 Verificação dimensional ......................................................... 34
8.3.3 Elasticidade ....................................................................... 34
8.3.4 Resistência à ruptura ............................................................ 34
8.3.5 Sistema de encaixe das seções do poste seccionado ........................ 34
8.3.6 Absorção de água ................................................................. 35
8.3.7 Resistência ao intemperismo artificial ........................................ 35
8.3.8 Resistência à tensão de trilhamento elétrico ................................ 35
8.3.9 Rigidez dielétrica ................................................................. 35
8.3.10 Flamabilidade .................................................................. 36
8.3.11 Retilineidade do poste ........................................................ 36
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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8.3.12 Ensaio de verificação do limite de carregamento excepcional (140% da
carga nominal) ................................................................................ 36
8.3.13 Ensaio de verificação da carga vertical ..................................... 36
8.3.14 Determinação do momento fletor ........................................... 36
8.3.15 Ensaio de propagação de chamas ............................................ 37
8.3.16 Ensaios mecânicos do composto antes e após envelhecimento em
câmara de intemperismo .................................................................... 37
8.3.17 Proteção superficial ........................................................... 37
8.4 RELATÓRIOS DOS ENSAIOS ............................................................... 38
9 PLANOS DE AMOSTRAGEM ............................................................... 39
9.1 ENSAIOS DE TIPO ........................................................................ 39
9.2 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ............................................................... 39
9.3 ENSAIOS DE ESPECIAIS ................................................................... 39
10 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO ................................................................. 39
10.1 ENSAIOS DE TIPO ........................................................................ 39
10.2 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ............................................................... 39
11 NOTAS COMPLEMENTARES .............................................................. 40
12 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO ......................................... 40
13 VIGÊNCIA .................................................................................. 40
14 TABELA .................................................................................... 41
TABELA 1 - Resistência nominal e dimensões ............................................. 41
TABELA 2 – Momento fletor e força adicional em poste de fibra ...................... 42
TABELA 3 - Grau de defeito para inspeção geral ......................................... 43
TABELA 4 - Grau de defeito para elasticidade ............................................ 44
TABELA 5 - Planos de amostragem para os ensaios de recebimento .................. 44
TABELA 6 – Relação de ensaios .............................................................. 46
15 DESENHOS ................................................................................. 47
DESENHO 1 – Poste de fibra - Detalhes construtivos ..................................... 47
DESENHO 2 - Gráfico de momentos fletores .............................................. 48
DESENHO 3 – Diagramas dos momentos fletores ......................................... 49
DESENHO 4 - Ensaio de carga vertical ..................................................... 50
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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1 OBJETIVO
Esta Especificação Técnica estabelece os critérios e as exigências técnicas mínimas
aplicáveis à fabricação e ao recebimento de Postes de Distribuição, em Poliéster
Reforçados com Fibra de Vidro, de seção Circular da base e quadrada no topo,
destinados ao sistema elétrico.
2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Utilizadas na elaboração de projetos e construção de Redes, na área de concessão
no âmbito das empresas do grupo Energisa, em ambientes com alto nível de poluição
atmosférica ou de difícil acesso.
3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS
Compete a áreas de planejamento, engenharia, patrimônio, suprimentos, elaboração
de projetos, construção, ligação, combate a perdas, manutenção, linha viva e
operação do sistema elétrico cumprir e fazer cumprir este instrumento normativo.
4 REFERÊNCIAS
Esta norma foi baseada no seguinte documento:
• ABNT NBR 8451-1, postes de concreto armado e protendido para redes de
distribuição e de transmissão de energia elétrica - parte 1: requisito
• ABNT NBR 8451-2, postes de concreto armado e protendido para redes de
distribuição e de transmissão de energia elétrica - parte 2: padronização de
postes para redes de distribuição de energia elétrica
• ABNT NBR 15956, cruzetas poliméricas – especificação, métodos de ensaio,
padronização e critérios de aceitação.
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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Para o projeto, construção e ensaios dos postes de fibra, bem como para toda
terminologia adotada, deverão ser seguidas as prescrições das seguintes normas, em
suas últimas revisões:
4.1 Legislação e regulamentos federais
• Constituição da República Federativa do Brasil - Título VIII: Da Ordem Social -
Capítulo VI: Do Meio Ambiente
• Lei nº 8.347, de 24.07.85 - Disciplina a ação civil pública de responsabilidade
por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e dá outras
providências
• Lei nº 9.605, de 12.02.98 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências
• Decreto nº 6.514, de 22.07.08 - Dispõe sobre as infrações e sanções
administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo
federal para apuração destas infrações, e dá outras providências
• Resolução do CONAMA nº 1, de 23.01.86 - Dispõe sobre os critérios básicos e
diretrizes gerais para o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA
• Resolução CONAMA nº 23, de 12.12.96 – Controle de movimentos
transfronteiriços de resíduos perigosos e seu depósito
• Resolução do CONAMA nº 237, de 19.12.97 - Regulamenta os aspectos de
licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente
4.2 Normas técnicas brasileiras
• ABNT-ABNT NBR 5310, materiais plásticos para fins elétricos – determinação
da absorção de água
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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• ABNT NBR 5456, eletricidade geral – terminologia
• ABNT-ABNT NBR 7972, tubo (PRFV) – determinação da dureza barcol em
resinas de poliéster
• ABNT-ABNT NBR 6936, técnicas de ensaios elétricos de alta tensão –
procedimentos
• ABNT-ABNT NBR 10296, material isolante elétrico – avaliação de sua
resistência ao trilhamento elétrico e erosão sob severas condições ambientais
– método de ensaio
• ABNT NBR IEC 60060-1, técnicas de ensaios elétricos de alta tensão
• ABNT NBR NM IEC 60811-1-1, métodos de ensaios comuns para os materiais de
isolação e de cobertura de cabos elétricos - Parte 1: métodos para aplicação
geral – Capítulo 1: medição de espessuras e dimensões externas - ensaios para
a determinação das propriedades mecânicas
4.3 Normas técnicas internacionais
• ASTM D570, standard tests methods for water absorptions of plastics
• ASTM D638, standard test method tensile properties of plastics
• ASTM D790, standard test method for flexural properties of unreinforced and
reinforced plastics and electrical insulating materials
• ASTM D1494, standard test method for dielectric breakdown voltage and
dielectric strength of solid electrical insulating materials at commercial power
frequencies
• ASTM D2303, standard test methods for liquid-contaminant, inclined-plane
tracking and erosion of insulating materials
• ASTM D2583, standard test method for indentation hardness of rigid plastics
by means of a barcol impressor
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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• ASTM D4923, standard specification for reinforced thermosetting plastic poles
• ASTM E845, standard test method for surface burning characteristics of
building materials
• ASTM E1321, standard test method for determining material ignition and flame
spread proprieties
• ASTM G151, standard practice for exposing nonmetallic materials in
accelerated test devices that use laboratory light sources
• ASTM G154, standard practice for operating fluorescent light apparatus for uv
exposure of non metallic materials
• ASTM G155, standard practice for operating xenon-arc light apparatus for
exposure of nonmetallic materials
• ISO 2859-15, sampling procedures for inspection by attributes – part 1 –
sampling schemes indexed by acceptance quality limit (aql) for lot-by-lot
inspection
• IEC 60060-16, high voltage test techniques. part 1: general definitions and test
requirements
• IEC 60060-2, high voltage test techniques. part 2: measuring systems
• IEC 60093, methods of test for volume resistivity and surface resistivity of
solid electrical insulating materials
• IEC 60587, test methods for evaluating resistance to tracking and erosion of
electrical insulating materials used under severe ambient conditions
• AS 1824.1, insulation co-ordination. part-1: definitions, principles and rules
• UL-94 V, tests for flammability of plastic materials for parts in devices and
applications. V-1 vertical burning. underwriters laboratories
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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NOTA:
I. Nos pontos não cobertos por esta norma, devem ser atendidas as exigências
da ABNT, aplicáveis ao conjunto e a cada parte. Nos pontos em que a ABNT
for omissa, prevalecem as exigências da IEC.
II. O fornecedor deve disponibilizar, para o inspetor da Energisa, no local da
inspeção, todas as normas acima mencionadas, em suas últimas revisões.
III. Todos os materiais que não são especificamente mencionados nesta norma,
mas que são usuais ou necessários para a operação eficiente do equipamento,
considerar-se-ão como aqui incluídos e devem ser fornecidos pelo fabricante
sem ônus adicional.
IV. As siglas acima referem-se a:
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
• ASTM - American Society for Testing and Materials
• NBR - Norma Brasileira Registrada
• ISO - International Organization for Standardization
• IEC - International Electrotechnical Commission
5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR
5456 e os seguintes.
5.1 Carga de ruptura (Cr)
Carga que provoca o rompimento ou a fluência do poste em uma seção transversal.
A ruptura é definida pela carga máxima indicada no aparelho de medida dos esforços,
carregando-se a poste de modo contínuo e crescente. A fluência pode ser
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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caracterizada como o ponto onde o material não suporta mais a carga aplicada,
mesmo sem apresentar ruptura, em função de propriedades elásticas do material.
5.2 Carga nominal (Cn)
Valor do carregamento indicado no padrão e garantido pelo fabricante, que o poste
deve suportar continuamente, na direção e sentido indicados, no plano de aplicação
e passando pelo eixo do poste, de grandeza tal que não produza em nenhum plano
transversal, momento fletor que prejudique a qualidade dos materiais, fissuras e
nem flecha superior à especificada.
5.3 Comprimento de engastamento
e = 0,1 L + 0,60
e = comprimento do engastamento (m);
L = Comprimento nominal (m).
Considera-se um engastamento mínimo de 1,60 metros.
5.4 Comprimento nominal (L)
Distância entre o topo e a base.
5.5 Defeito
Falta de conformidade a qualquer dos requisitos especificados.
5.6 Defeito crítico
Defeito que pode produzir condições perigosas ou inseguras para quem usa ou
mantém o produto. É também o defeito que pode impedir o funcionamento ou o
desempenho de uma função importante do produto.
5.7 Defeito grave
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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Defeito considerado não crítico, que pode resultar em falha ou reduzir
substancialmente a utilidade da unidade de produto para o fim a que se destina.
5.8 Defeito tolerável
Não influi substancialmente no uso efetivo ou na operação com o poste.
5.9 Durabilidade
Propriedade do poste de fibra de vidro que expressa o período desta em resistir ao
intemperismo.
5.10 Fibra de vidro
Material basicamente composto de finíssimos filamentos de vidro, cobertos por
resina (geralmente poliéster) e endurecido por meio de um catalisador de
polimerização. Devido à grande resistência, fácil modelagem e baixa densidade
possuem várias aplicações práticas, de amadoras a industriais.
5.11 Fissura
Abertura na superfície do poste.
5.12 Flamabilidade
Comportamento do material na presença do fogo.
5.13 Gel coat
São dispersões de pigmentos, cargas e aditivos em resinas poliéster ou éster-vinílicas
aplicados nas camadas externas dos postes com objetivo de proteção contra ataques
do raio ultravioleta e da umidade (intemperismo), assim como de substâncias
químicas. Permitem excelente acabamento superficial ao produto moldado,
copiando fielmente a textura do molde, e garantem adequada adesão de pintura
posterior.
5.14 Material em compósito
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
15
Material concebido a partir da composição de dois ou mais diferentes materiais tendo
como resultado um produto que atenda necessidades específicas.
5.15 Período de cura
Prazo necessário ao poste para estabilizar suas características físico-químicas após
processo de fabricação. Considera-se para o Poste de Poliéster Reforçado com Fibra
de Vidro um prazo máximo de 5 (cinco) dias para a cura definitiva.
5.16 Poliéster
Polímero derivado de seus anidridos e poliálcoois. Podendo ser saturado ou
insaturado, daí recorrendo sua natureza termoplástica ou termorrigida. O poliéster
é formado por polímeros de componentes variáveis, cuja cadeia é aberta (resina
insaturada) e sua polimerização fornece um vidro orgânico incolor. A sua molécula
fica então extremamente estável e reticulada.
5.17 Polímero
Composto químico, macromolecular, de elevada massa molecular relativa, que
resulta da união de moléculas simples (monômeros), através de reações químicas.
Contêm os mesmos elementos nas mesmas proporções relativas, mas em maior
quantidade absoluta.
5.18 Poste seccionado
Poste composto por mais de uma seção que montadas comporão o poste inteiro em
comprimento nominal.
5.19 PRFV
Poliéster reforçado com fibra de vidro.
5.20 Processo de fabricação em enrolamento por filamento contínuo
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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Este processo utiliza uma máquina de enrolamento por filamento contínuo que
envolve, no mandril, os fios de vidro impregnados com resina, na quantidade e
orientação necessárias para construir a estrutura reforçada requerida. O
enrolamento por filamento contínuo produz itens ocos.
5.21 Resistência nominal (Rn)
Valor do esforço, indicado e garantido pelo fornecedor, que o poste deve suportar
continuamente na direção indicada, no plano de aplicação dos esforços reais e
passando pelo eixo do poste, de grandeza tal que não produza, em nenhum plano
transversal, momento fletor que prejudique desempenho do material, trincas
(exceto as capilares) e nem flecha superior à especificada.
5.22 UV
Radiação Ultravioleta
5.23 Trilhamento elétrico (tracking)
Fenômeno produzido na superfície externa do material, devido à circulação de
corrente elétrica de fuga, originada pelo surgimento de uma diferença de potencial
entre dois pontos dessa superfície.
Esse fenômeno resulta na degradação irreversível da camada externa do poste
provocando a formação de caminhos que se iniciam e desenvolvem na superfície do
material isolante, sendo condutivos mesmo quando secos.
5.24 UL – V – Vertical Burning
Padrão imposto pelo laboratório americano de controlo de qualidade Underwriters
Laboratories (UL) que examina a inflamabilidade e o comportamento perante o fogo
dos materiais plásticos.
6 CONDIÇÕES GERAIS
6.1 Condição de serviço
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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Os postes de distribuição em fibra de vidro devem ser projetados para trabalhar sob
as seguintes condições normais de uso:
a) Altitude não superior a 1.000 metros acima do nível do mar;
b) Temperatura:
• Máxima do ar ambiente: 40 ºC;
• Média, em um período de 24 horas: 30 ºC;
• Mínima do ar ambiente: 0 ºC;
c) Pressão máxima do vento: 700 Pa (70 daN/m²), valor correspondente a uma
velocidade do vento de 122,4 km/h, e exposição direta aos raios solares e à
chuva;
d) Umidade relativa do ar até 100%;
e) Nível de radiação solar: 1,1 kW/m², com alta incidência de raios ultravioleta;
f) Precipitação pluviométrica: média anual de 1.500 a 3.000 milímetros;
g) Instalação em postes, em ambientes externos, expostos diretamente aos raios
de sol e fortes chuvas;
6.2 Linguagens e unidades de medida
O sistema métrico de unidades deve ser usado como referência nas descrições
técnicas, especificações, desenhos e quaisquer outros documentos. Qualquer valor,
que por conveniência, for mostrado em outras unidades de medida também deve ser
expresso no sistema métrico.
Todas as instruções, relatórios de ensaios técnicos, desenhos, legendas, manuais
técnicos etc., a serem enviados pelo fabricante, bem como as placas de
identificação, devem ser escritos em português.
NOTA:
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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I. Os relatórios de ensaios técnicos, excepcionalmente, poderão ser aceitos em
inglês ou espanhol.
6.3 Acondicionamento
O material empregado na confecção de qualquer embalagem (fitas, paletes etc.)
deve ser reutilizável ou reciclável, adequado ao meio de transporte (ferroviário,
rodoviário, marítimo ou aéreo) e ao manuseio e obedecendo os limites de massa ou
dimensões fixadas pela Energisa.
Cada volume deve ser marcado de forma legível e indelével com, no mínimo, as
seguintes informações:
a) Nome ou Marca Energisa;
b) Nome ou marca comercial do fabricante;
c) Pais de origem;
d) Mês e ano de fabricação (MM/AAAA);
e) Dimensões do volume;
f) Identificação completa do conteúdo (tipo e quantidade);
g) Massa liquida, em quilogramas (kg);
h) Massa bruta, em quilogramas (kg);
i) Número e quaisquer outras informações especificadas no Ordem de Compra
de Material (OCM).
6.4 Meio ambiente
O fornecedor nacional deve cumprir, rigorosamente, em todas as etapas da
fabricação, do transporte e do recebimento dos postes de distribuição em fibra de
vidro, a legislação ambiental brasileira e as demais legislações federais, estaduais e
municipais aplicáveis.
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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No caso de fornecimento internacional, os fabricantes/fornecedores estrangeiros
devem cumprir a legislação ambiental vigente nos seus países de origem e as normas
internacionais relacionadas à produção, ao manuseio e ao transporte dos postes de
distribuição em fibra de vidro, até a entrega no local indicado pela Energisa.
Ocorrendo transporte em território brasileiro, os fabricantes e fornecedores
estrangeiros devem cumprir a legislação ambiental brasileira e as demais legislações
federais, estaduais e municipais aplicáveis.
O fornecedor é responsável pelo pagamento de multas e pelas ações que possam
incidir sobre a Energisa, decorrentes de práticas lesivas ao meio ambiente, quando
derivadas de condutas praticadas por ele ou por seus subfornecedores.
A Energisa poderá verificar, junto aos órgãos oficiais de controle ambiental, a
validade das licenças de operação das unidades industriais e de transporte dos
fornecedores e dos subfornecedores.
6.5 Vida útil
Os postes de distribuição em fibra de vidro devem ter vida média, mínima, de 25
(vinte e cinco) anos a partir da data de fabricação, contra qualquer falha das
unidades do lote fornecidas, baseada nos seguintes termos e condições:
• Não se admitem falhas, no decorrer dos primeiros 15 (quinze) anos de vida
útil, provenientes de processo fabril;
• A partir do 15º ano, admite-se 0,5% de falhas para cada período de 5 (cinco)
anos, acumulando-se, no máximo, 1,0% de falhas no fim do período de vida
útil.
A aceitação do pedido de compra pelo fabricante implica na aceitação incondicional
de todos os requisitos desta Especificação Técnica.
6.6 Garantia
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ETU 114.3 Versão 0.0 Março / 2020
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O período de garantia dos materiais, deverá obedecer aos termos dispostos na Ordem
de Compra de Materiais (OCM), contra qualquer defeito de fabricação, material e
acondicionamento.
NOTA:
I. Quando não houver disposição na Ordem de Compra de Materiais (COM), o
prazo de garantia deverá ser de 36 (trinta e seis) meses.
6.7 Incorporação ao patrimônio
Somente serão aceitos postes de distribuição em fibra de vidro, em obras
particulares, para incorporação ao patrimônio da Energisa que atendam as seguintes
condições:
a) Somente serão aceitos postes de distribuição em fibra de vidro provenientes
de fabricantes cadastrados/homologados pela Energisa;
b) Os postes de distribuição em fibra de vidro deverão ser novos (período máximo
de 12 meses da data de fabricação), não se admitindo, em hipótese nenhuma,
cruzetas usadas e/ou recuperadas;
c) Deverá acompanhar os postes de fibra, a (s) nota (s) fiscal (is) de origem do
fabricante, bem como, os relatórios de ensaios em fábrica, comprovando sua
aprovação nos ensaios de rotina e/ou recebimento, previstos nesta
especificação técnica.
NOTA:
I. A critério da Energisa, os postes de distribuição em fibra de vidro poderão ser
ensaiados em laboratório próprio ou em laboratório credenciado, para
comprovação dos resultados dos ensaios de acordo com os valores exigidos
nesta norma.
7 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
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Os postes de distribuição em fibra de vidro deverão ser manufaturados pelo processo
de enrolamento filamentar, sem emendas.
Os postes de distribuição em fibra de vidro deverão manter as suas propriedades
elétricas e mecânicas, mesmo quando sujeitas a descargas atmosféricas e arcos de
potência. Devem ser resistentes a:
a) Resistência ao ataque de agentes naturais físicos e biológicos
b) Resistência mecânica
c) Resistência à descarga atmosférica e ao campo elétrico (60 Hz)
d) Resistência à corrosão:
e) Resistente ao fogo
f) Absorção de água
g) Resistência aos raios ultravioleta
7.1 Material
Os materiais empregados na fabricação devem ser de boa qualidade, não
propagantes de chama, resistentes aos raios ultravioletas, umidade, variações de
temperatura, impactos mecânicos, devendo conter agentes químicos
antidegradantes de maneira a assegurar total resistência à ação de agentes
corrosivos e biológicos tais como insetos, roedores, aves e fungos, radiação
ultravioleta e propagação de chama.
7.1.1 Resina
Deve ser utilizada resina de poliéster adequada, de modo a atender os requisitos
dessa Especificação. A resina polimérica empregada na fabricação dos postes deve
possuir proteção contra radiação UV em sua composição.
7.1.2 Fibra de vidro
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Deve ser utilizada fibra de vidro não-condutiva eletricamente e o processo de
fabricação deve garantir sua disposição no poste na orientação adequada (ângulo) de
modo a atender ou requisitos desta Especificação.
7.2 Elementos característicos
Um poste é definido pelas seguintes características principais:
a) Comprimento nominal, em metros (m);
b) Formato;
c) Resistência nominal, em deca newtons (daN).
Estabelecidos o formato e as dimensões do poste, de acordo com:
• Poste de fibra seção mista, Casse II, Tabela 1 e Desenho 1;
7.2.1 Dimensional e forma
Os postes de fibra deverão apresentar as dimensões e forma conforme especificados
no desenho 01.
7.2.2 Tolerâncias dimensionais
As tolerâncias dimensionais indicadas nas padronizações aplicáveis a postes devem
ser consideradas para fins de fabricação e de inspeção de recebimento desses
produtos.
Se a padronização não indicar as tolerâncias para uma determinada dimensão, devem
ser adotadas a tolerância superior de + 2 mm e a tolerância inferior de -1 mm.
NOTA:
I. As tolerâncias não são acumulativas.
7.2.3 Furos
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Os furos devem ser cilíndricos ou ligeiramente troncocônicos, permitindo o arremate
na saída dos furos para garantir a obtenção de uma superfície tal que não dificulte a
colocação de parafusos e a passagem do cabo de aterramento. Os furos devem
atender ainda às seguintes exigências:
a) Ser totalmente desobstruídos e protegidos por tampas resistentes UV,
intempéries e substâncias químicas.
b) Quando destinados à fixação de equipamentos, devem ter o eixo
perpendicular ao eixo longitudinal do poste;
c) Todas as características dos furos devem estar em conformidade com om
Desenho XX.
7.2.4 Reforço mecânico
Somente serão permitidos reforços mecânicos por meio do posicionamento das fibras
no processo de fabricação.
Não poderá ser utilizado qualquer material metálico para reforço mecânico da
estrutura dos postes.
7.2.5 Sistema de encaixe das seções do poste seccionado
O sistema de encaixe do poste seccionado deve ser de tal forma que não comprometa
as características definidas nesta Especificação e seja de fácil execução pelas
equipes de montagem e manutenção. Devem ser anexadas as instruções de
montagem ao poste.
Todos os outros detalhes de montagem de acessórios e outros requisitos
estabelecidos na ASTM D 4923.
7.3 Acabamento
Os postes devem apresentar superfícies externas uniformes com a rugosidade
exclusiva do processo de fabricação. Devem ser isentos de defeitos como fendas ou
rachaduras, bolhas, lascas, orifícios, fraturas, cantos vivos, reentrâncias, arestas
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cortantes ou rebarbas, avarias de transporte ou armazenamento, e sinuosidade em
qualquer trecho. Não é permitida marcações, exceto aquelas para identificar a
condição de liberação das peças pela inspeção.
O topo e a base dos postes devem ser fechados, sendo que o fechamento da base
deve ser de fácil retirada.
Na base deverá haver a seguinte identificação: “romper/retirar antes da instalação”.
A superfície dos postes deve pintada com Gel Coat na cor cinza claro.
7.4 Identificação
Os postes de fibra devem apresentar a identificação em forma de placa de
identificação legível, indelével, imperdível e resistente a corrosão, que deve ser
incorporada ao corpo do poste através de uma cobertura de resina com proteção UV
que garanta a vida útil da mesma.
A identificação deve satisfazer às seguintes condições:
a) A borda inferior da placa deve estar a uma distância de (4,00 ± 0,05) m da
base do poste;
b) A placa deve conter as seguintes informações:
• Nome ou marca comercial do fabricante;
• Data (mês e ano) da fabricação;
• Comprimento nominal (m);
• Resistência nominal (daN);
• Massa aproximada do poste (kg);
• Número de série/lote de fabricação;
______________________________________________________________________________________
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c) A gravação dos dados na placa deve ser feita utilizando-se algarismos com
altura mínima de 5 mm ±1 mm.
Além da placa de identificação, devem ser pintados o valor da resistência nominal
na seção do topo ou da base do poste, em deca newtons, e o valor da massa
aproximada do poste, em quilogramas.
Os postes devem ter marcação indelével (traço) e a indicação “CG” na posição
correspondente ao centro de gravidade para facilitar o içamento, indicação “E” na
posição do engastamento e a indicação “R” na posição de referência do
engastamento. Quando o poste for seccionado, o sinal para o centro de gravidade
deve ser referente ao poste montado.
Para os postes seccionados, as partes deverão ser identificadas.
7.5 Absorção de água
O teor de absorção de água do material de postes de distribuição em fibra de vidro
não poderá exceder a 3%.
7.6 Elasticidade
Todos os postes submetidos à carga nominal não podem apresentar fissuras
superiores a 0,3 milímetros com medições através de fissurômetro de lâminas.
Os postes devem apresentar flechas com valores de no máximo 10% do comprimento
útil quando submetidos a um esforço igual à resistência nominal no plano de
aplicação dos esforços reais.
A flecha residual, medida depois que se anula a aplicação de um esforço
correspondente a 140% da resistência nominal, não deve apresentar valores
superiores a 1 % do comprimento nominal no plano de aplicação dos esforços reais.
Todos os postes submetidos a uma tração igual à resistência nominal não devem
apresentar trincas, exceto as capilares. As trincas que aparecerem durante a
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aplicação de esforços correspondentes a até 140% da resistência nominal devem
fechar-se ou tornar-se capilares, após a retirada desses esforços.
7.7 Flamabilidade
O teste de flamabilidade deverá ser realizado conforme UL-94, de maneira que
quando expostos ao fogo, tem que auto extinguir a chama em no máximo 30
segundos.
7.8 Momento fletor e cargas verticais
As seções próximas ao topo devem ser projetadas de maneira a suportar o momento
fletor nominal (MA) e a carga vertical de acordo com os valores apresentados na
Tabela 2.
As fissuras que surgirem durante a aplicação das cargas no ensaio de cargas verticais
e do momento fletor não podem ser superiores a 0,3 mm e, ao retirar os esforços,
devem fechar-se ou tornar-se capilares.
Apenas para o ensaio de carga vertical, ao aplicar 140% da força indicada na Tabela
3, serão admitidas fissuras superiores a 0,3 mm desde, ao retirar o esforço, estas se
fechem e se tornem capilares. Quando da aplicação da carga de ruptura, o poste
será considerado aprovado se resistir, sem se romper, a uma carga de duas vezes o
valor da força indicada na tabela supracitada.
7.9 Proteção superficial mecânica e contra radiação ultravioleta
Deverá ser utilizado GEL COAT com resina ISOFTÁLICA como proteção superficial
contra radiação ultravioleta e também, proteção de usuários contra irritação
causada pela fibra de vidro durante a vida útil dos postes. Esta proteção com GEL
COAT deve ser aplicada durante o processo de cura da resina para garantir perfeita
aderência à resina do poste.
A proteção superficial deve ter resistência à propagação de chamas e deverá ser na
cor cinza.
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7.10 Período de cura
Os postes só poderão ser transportados após um período de 36 horas da fabricação.
7.11 Resistência à ruptura (Rp)
A resistência à ruptura do poste deve ser no mínimo igual a duas vezes o valor da sua
resistência nominal.
7.12 Resistência ao intemperismo artificial
Os postes devem ser considerados aprovados no ensaio se os valores mínimo e
máximo obtidos após o envelhecimento não variarem em mais do que 25% em relação
aos respectivos valores mínimo e máximo obtidos com os corpos-de-prova ensaiados
sem envelhecimento, quando ensaiados conforme descrito no item 6.3.2.
7.13 Resistência ao trilhamento elétrico
Os materiais dos postes não devem apresentar falha no ensaio de resistência ao
trilhamento elétrico com tensão de até 1,75 kV, quando ensaiadas conforme descrito
no item 6.3.3 e normas ABNT NBR 10296 ou ASTM D 2303.
7.14 Retilineidade
Os postes devem apresentar, em qualquer trecho, tolerância de retilineidade de até
0,25% de seu comprimento nominal.
Nota:
I. Na transição da área circular para quadrada é permitida menor retilineidade.
7.15 Rigidez dielétrica
Os materiais dos postes devem apresentar rigidez dielétrica mínima de 20 kV/mm,
quando ensaiados conforme item 6.3.4 e norma ASTM D 149.
8 INSPEÇÃO
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8.1 Generalidade
a) Os postes de fibra deverão ser submetidos à inspeção e ensaios na fábrica, de
acordo com esta norma e as da ABNT aplicáveis, na presença de inspetores
credenciados pela Energisa.
b) A Energisa reserva-se ao direito de inspecionar e testar os materiais utilizados
durante o período de sua fabricação, antes do embarque ou a qualquer tempo
em que julgar necessário.
O fabricante deverá proporcionar livre acesso do inspetor aos laboratórios e às
instalações onde o material em questão estiver sendo fabricado, fornecendo-lhe as
informações desejadas e realizando os ensaios necessários. O inspetor poderá exigir
certificados de procedências de matérias-primas e componentes, além de fichas e
relatórios internos de controle.
c) O fornecedor deve apresentar, para aprovação da Energisa, o seu Plano de
Inspeções e Testes, onde devem ser indicados os requisitos de controle de
qualidade para utilização de matérias-primas, fornecimento de terceiros,
assim como as normas técnicas empregadas na fabricação e inspeção dos
postes de fibra. O fabricante deve apresentar ainda o Cronograma de Previsão
de Ensaios Dia a Dia.
d) Antes de serem fornecidos os postes de fibra, um protótipo de cada tipo deve
ser aprovado, através da realização dos ensaios previstos no item 8.2.
e) Os ensaios para aprovação do protótipo podem ser dispensados parcial ou
totalmente, a critério da Energisa, caso já exista um protótipo idêntico
aprovado.
Se os ensaios de tipo forem dispensados, o fabricante deve submeter um relatório
completo dos ensaios indicados no item 8.2, com todas as informações necessárias,
tais como métodos, instrumentos e constantes usadas. A eventual dispensa destes
ensaios pela Energisa somente terá validade por escrito. A decisão final, quanto à
aceitação dos dados de ensaios de tipos existentes, será tomada posteriormente pela
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Energisa, em função da análise dos respectivos relatórios de ensaios. As cópias dos
ensaios de tipo devem ser autenticadas.
f) O fabricante deve dispor de pessoal e aparelhagem, próprios ou contratados,
necessários à execução dos ensaios (em caso de contratação de laboratório de
terceiros, deverá haver a aprovação prévia da Energisa).
g) O fabricante deve assegurar ao inspetor da Energisa o direito de familiarizar-
se, em detalhes, com as instalações e os equipamentos a serem utilizados,
estudar todas as instruções e desenhos, verificar calibrações, presenciar
ensaios, conferir resultados e, em caso de dúvida, efetuar novas inspeções e
exigir a repetição de qualquer ensaio. Todas as normas, especificações e
desenhos citados como referência devem estar à disposição do inspetor da
Energisa no local da inspeção.
h) Todos os instrumentos e aparelhos de medição, máquinas de ensaios etc.,
devem ter certificado de aferição emitido por instituições acreditadas pelo
INMETRO ou órgão internacional equivalente, válidos por um período máximo
de 2 (dois) anos. Por ocasião da inspeção, o fornecedor deve apresentar ao
inspetor da Energisa, estes certificados que devem estar ainda dentro deste
período, podendo acarretar desqualificação do laboratório o não cumprimento
dessa exigência.
i) A aceitação do lote e/ou a dispensa de execução de qualquer ensaio:
• Não exime o fabricante da responsabilidade de fornecer o material de
acordo com os requisitos desta norma;
• Não invalida qualquer reclamação posterior da Energisa a respeito da
qualidade do material e/ou fabricação.
Em tais casos, mesmo após haver saído da fábrica, o lote pode ser inspecionado e
submetido a ensaios, com prévia notificação ao fabricante e, eventualmente, em sua
presença. Em caso de qualquer discrepância em relação às exigências desta norma,
o lote pode ser rejeitado e sua reposição será por conta do fabricante.
______________________________________________________________________________________
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j) Após a inspeção nos postes de fibra, o fabricante deverá encaminhar à
Energisa, por lote ensaiado, um relatório completo dos testes efetuados, em
uma via, devidamente assinada por ele e pelo inspetor credenciado pela
Energisa. O relatório deverá conter todas as informações necessárias para o
seu completo entendimento, tais como: métodos, instrumentos, constantes e
valores utilizados nos testes e os resultados obtidos.
k) Todas as unidades do produto rejeitadas, pertencentes a um lote aceito,
devem ser substituídas por unidades novas e perfeitas, por conta do
fabricante, sem ônus para a Energisa.
l) A rejeição do lote, em decorrência de falhas constatadas nos ensaios, não
dispensa o fornecedor de cumprir as datas de entrega contratadas. Se, na
opinião da Energisa, a rejeição tornar impraticável a entrega do material nas
datas previstas, ou tornar evidente a incapacidade do fornecedor de atender
as exigências técnicas estabelecidas nesta norma, a Energisa se reserva no
direito de rescindir todas as suas obrigações e de obter o material de outro
fornecedor de acordo com as condições contratuais.
m) A Energisa poderá, a seu critério, em qualquer ocasião, solicitar a execução
dos ensaios de tipo para verificar se os materiais estão mantendo as
características de projeto pré-estabelecidas por ocasião da aprovação dos
protótipos.
n) O custo dos ensaios deve ser por conta do fabricante.
o) A Energisa reserva-se ao direito de exigir a repetição de ensaios em lotes já
aprovados. Nesse caso as despesas serão de responsabilidade da Energisa, se
as unidades ensaiadas forem aprovadas na segunda inspeção, caso contrário,
correrão por conta do fabricante.
p) Os custos da visita do inspetor da Energisa (locomoção, hospedagem,
alimentação, homem-hora e administrativos) correrão por conta do
fabricante, se:
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• Na data indicada na solicitação de inspeção o material não estiver pronto;
• O laboratório de ensaio não atender às exigências dos itens 8.1.f até 8.1.h;
• O material fornecido necessitar de acompanhamento de fabricação ou
inspeção final em subfornecedor, contratado pelo fornecedor, em
localidade diferente da sua sede;
• O material necessitar de reinspeção por motivo de recusa;
• Os ensaios de recebimento forem efetuados fora do território brasileiro.
8.2 Ensaios
Todos os ensaios relacionados estão constando na Tabela 6.
8.2.1 Ensaio de tipo (T)
Os ensaios de tipo estão relacionados abaixo:
a) Ensaio de elasticidade, conforme item 8.3.3
b) Resistencia à ruptura, conforme item 8.3.4
c) Absorção de água, conforme item 8.3.6
d) Verificação de trilhamento e erosão, conforme item 8.3.7
e) Ensaio de rigidez dielétrica, conforme item 8.3.9
f) Flamabilidade, conforme item 8.3.10
g) Retilineidade, conforme item 8.3.11
h) Limite de carregamento excepcional, conforme item 8.3.12
i) Ensaio de tração vertical, conforme item 8.3.13
j) Momento fletor, conforme item 8.3.14
______________________________________________________________________________________
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k) Resistência à propagação de chama, conforme item 8.3.15
l) Ensaios mecânicos do composto antes e após envelhecimento em câmara de
UV (2.000 horas), conforme item 8.3.16
m) Proteção superficial, conforme item 8.3.17
8.2.2 Ensaios de recebimento (RE)
Os ensaios de recebimento estão relacionados abaixo:
a) Inspeção geral, conforme item 8.3.1
b) Verificação dimensional, conforme item 8.3.2
c) Ensaio de elasticidade, conforme item 8.3.3
d) Resistencia à ruptura, conforme item 8.3.4
e) Sistema de encaixe das seções, conforme item 8.3.5
f) Absorção de água, conforme item 8.3.6
g) Verificação de trilhamento e erosão, conforme item 8.3.7
h) Ensaio de rigidez dielétrica, conforme item 8.3.9
i) Flamabilidade, conforme item 8.3.10
j) Retilineidade, conforme item 8.3.11
k) Limite de carregamento excepcional, conforme item 8.3.12
l) Ensaio de tração vertical, conforme item 8.3.13
m) Momento fletor, conforme item 8.3.14
n) Resistência à propagação de chama, conforme item 8.3.15
o) Proteção superficial, conforme item 8.3.17
______________________________________________________________________________________
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8.2.3 Ensaios especiais (E)
Os ensaios especiais estão relacionados abaixo:
a) Ensaio de elasticidade, conforme item 8.3.3
b) Resistencia à ruptura, conforme item 8.3.4
c) Sistema de encaixe das seções, conforme item 8.3.5
d) Absorção de água, conforme item 8.3.6
e) Verificação de trilhamento e erosão, conforme item 8.3.7
f) Ensaio de rigidez dielétrica, conforme item 8.3.9
g) Flamabilidade, conforme item 8.3.10
h) Retilineidade, conforme item 8.3.11
i) Limite de carregamento excepcional, conforme item 8.3.12
j) Ensaio de tração vertical, conforme item 8.3.13
k) Momento fletor, conforme item 8.3.14
l) Resistência à propagação de chama, conforme item 8.3.15
m) Ensaios mecânicos do composto antes e após envelhecimento em câmara de
UV (2.000 horas), conforme item 8.3.16
n) Proteção superficial, conforme item 8.3.17
8.3 Descrição dos ensaios
8.3.1 Inspeção visual
O inspetor da Energisa deve verificar visualmente as seguintes características dos
postes de fibra:
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a) Acabamento, conforme item 7.3;
b) Identificação, conforme item 7.4;
c) Acondicionamento, conforme 6.3;
d) Furação (posição, vedação e desobstrução), conforme item 7.2.3;
A não conformidade de qualquer poste inspecionado visualmente com qualquer um
dos requisitos anteriores, implicará a rejeição do poste.
8.3.2 Verificação dimensional
O inspetor deve verificar a conformidade das dimensões do poste com a padronização
Energisa correspondente, devendo ser rejeitadas as unidades em desacordo com os
requisitos desta Especificação e da respectiva padronização Energisa.
8.3.3 Elasticidade
Este ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR 8451-3.
Constitui falha se os resultados não satisfizerem às exigências de flechas
apresentadas em item 7.6.
8.3.4 Resistência à ruptura
Este ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR 8451-3.
Constitui falha se os resultados não satisfizerem às exigências de flechas
apresentadas em item 7.11.
8.3.5 Sistema de encaixe das seções do poste seccionado
O inspetor indicará um poste para ser montado pelo fabricante em conformidade às
instruções anexas ao poste. Após montagem deve ser feito ensaio de tração de 1.350
daN no sentido longitudinal ao comprimento do poste a fim de verificar a condição
do sistema de encaixe entre as partes do poste. O sistema de encaixe deverá resistir
aos esforços quando ensaiado sem qualquer degradação.
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O inspetor deve avaliar se o sistema de encaixe foi satisfatório e realizado conforme
instruções anexas ao poste.
8.3.6 Absorção de água
Este ensaio deve ser executado conforme ASTM D 570.
Constitui falha se os resultados não satisfizerem às exigências de flechas
apresentadas em item 7.5.
8.3.7 Resistência ao intemperismo artificial
Este ensaio deve ser executado conforme ASTM D 790.
Constitui falha se os valores mínimo e máximo obtidos após o envelhecimento não
variarem em mais do que 10% em relação aos respectivos valores mínimo e máximo
obtidos com os corpos-de-prova ensaiados sem envelhecimento.
8.3.8 Resistência à tensão de trilhamento elétrico
Este ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR 10296, método 2, critério A.
Constitui falha a ocorrência de qualquer uma das seguintes situações, com tensão de
trilhamento de até 1,75 kV:
• Interrupção do circuito de ensaio de algum corpo de prova, por atuação
automática de seu dispositivo de proteção (disjuntor);
• Erosão do material de algum corpo de prova que descaracterize o circuito de
ensaio;
• Acendimento de chama no material de algum dos corpos de prova.
8.3.9 Rigidez dielétrica
O ensaio deve ser realizado conforme ASTM D149.
Constitui falha se os materiais apresentarem rigidez dielétrica inferior a 20 kV/mm.
______________________________________________________________________________________
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8.3.10 Flamabilidade
O ensaio deve ser realizado conforme UL-94 e ABNT NBR 7356.
Constitui falha se após a remoção da chama, o corpo de prova queimar por menos de
15 segundos, mantendo-se uma parte sem queimar.
8.3.11 Retilineidade do poste
Este ensaio deve ser executado conforme ASTM D 570.
Constitui falha se apresentar um desvio superior a 0,3% em reação ao comprimento
do poste.
NOTA:
I. Na transição da área circular para quadrada é permitida valores até 0,45%.
8.3.12 Ensaio de verificação do limite de carregamento excepcional
(140% da carga nominal)
Este ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR 8451-3.
Constitui falha se:
a) Após a aplicação da carga, o poste apresentar fissuras ou trincas.
b) A flecha residual máxima em cada extremidade, medida a 50 mm do topo do
poste for superior ao estabelecido na Tabela 2.
8.3.13 Ensaio de verificação da carga vertical
Este ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR 8451-3.
Constitui falha se o poste ensaiado não atender ao disposto no item 7.8.
8.3.14 Determinação do momento fletor
Este ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR 8451-3.
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Constitui falha se o poste ensaiado não atender ao disposto no item 7.8.
8.3.15 Ensaio de propagação de chamas
Utilizar um dispositivo lança chamas tipo longo, bico de saída com diâmetro e com
GLP.
Posicionar o poste em um ambiente livre de correntes, acender a chama e ajustar
seu comprimento para 200 mm.
Com o bico do lança chamas posicionado à 100 mm do poste, manter a chama por
um tempo de 60 segundos.
A chama deverá ser aplicada em três posições ao longo de todo o poste, desde o topo
até a base.
Constitui falha se:
a) A amostra propagar a chama; ou
b) A amostra não extinguir a chama até 30 segundos.
8.3.16 Ensaios mecânicos do composto antes e após envelhecimento
em câmara de intemperismo
O ensaio de envelhecimento deve ser realizado conforme norma ASTM G155 ciclo 1 ,
durante 2000 horas.
O ensaio de tração deve ser realizado conforme norma ABNT NBR NM 60811-1-1
Constitui falha se a variação média na tensão e alongamento a ruptura, dos corpos
de prova, antes e após o envelhecimento, forem superiores a 25%.
8.3.17 Proteção superficial
Durante a realização de ensaios de tipo ou inspeção o fabricante deverá fornecer
declaração do material aplicado na proteção superficial e apresentado certificado
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do fornecedor da matéria prima com garantia de qualidade do material e do processo
de aplicação.
8.4 Relatórios dos ensaios
O relatório dos ensaios de rotina deve ser providenciado pelo fornecedor e conter,
no mínimo, as seguintes informações:
a) Nome e/ou marca comercial do fabricante;
b) Número do Pedido de Compra;
c) Identificação e quantidade de unidades do lote;
d) Tipos, comprimentos e resistências nominais;
e) Data de fabricação dos postes;
f) Descrição sucinta dos ensaios;
g) Indicação de normas técnicas, dispositivos e esquemas dos ensaios;
h) Memórias de cálculo, com os resultados obtidos e eventuais observações;
i) Tamanho do lote, número e identificação das unidades amostradas e
ensaiadas;
j) Datas de início e término dos ensaios e data de emissão do relatório;
k) Nome do laboratório onde os ensaios foram executados;
l) Nomes legíveis e assinaturas do inspetor da Energisa e do responsável pelos
ensaios.
Devem ser fornecidos relatórios separados para postes de características diferentes,
mesmo quando fornecidos para o mesmo Pedido de Compra.
O inspetor da Energisa deve liberar o material somente após receber três vias do
relatório dos ensaios.
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9 PLANOS DE AMOSTRAGEM
9.1 Ensaios de tipo
Os ensaios de tipo devem ser formados por 5 amostras.
9.2 Ensaios de recebimento
A quantidade de amostra a ser submetida a cada um dos ensaios de recebimento é
conforme Tabela 6, deve ser retirada, aleatoriamente, de um lote.
Se o lote a ser fornecido for constituído por mais de 3.200 unidades, essa quantidade
deve ser dividida em vários lotes com menor número, cada um deles contendo entre
500 e 1.200 unidades.
As amostras que tenham sido submetidos a ensaios de recebimento que possam ter
afetado suas características elétricas e/ou mecânicas não devem ser utilizados em
serviço.
9.3 Ensaios de Especiais
Os ensaios de especiais devem ser formados por 5 unidades, coletadas
aleatoriamente nas unidades da Energisa.
10 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO
10.1 Ensaios de tipo
Os ensaios de tipo serão aceitos se todos os resultados forem satisfatórios.
Se ocorrer uma falha em um dos ensaios o fabricante pode apresentar nova amostra
para ser ensaiada. Se esta amostra apresentar algum resultado insatisfatório, o
transformador não será aceito.
10.2 Ensaios de recebimento
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Todos os postes rejeitados nos ensaios de recebimento devem ser substituídos por
unidades novas e perfeitas pelo fabricante, sem qualquer ônus para o comprador.
A aceitação de um determinado lote, não exime o fabricante da responsabilidade de
fornecer os postes em conformidade com os requisitos desta Norma, nem invalida as
reclamações que o comprador possa fazer a respeito da qualidade do material
empregado e/ou fabricação dos postes.
11 NOTAS COMPLEMENTARES
Em qualquer tempo e sem necessidade de aviso prévio, esta Especificação Técnica
poderá sofrer alterações, no seu todo ou em parte, por motivo de ordem técnica
e/ou devido às modificações na legislação vigente, de forma a que os interessados
deverão, periodicamente, consultar a Energisa.
12 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO
Data Versão Descrição das alterações realizadas
01/12/2019 0.0 • Esta 1ª edição cancela e substitui a norma de
distribuição unificada (NDU) 010, classe 95, a qual foi tecnicamente revisada.
13 VIGÊNCIA
Esta Especificação Técnica entra em vigor na data de 01/04/2020 e revoga as versões
anteriores.
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14 TABELA
TABELA 1 - Resistência nominal e dimensões
Código Energisa
Compr. Carga
Nominal
Dimensões
Massa Aproximada Topo
Quadrado (S)
Base Redonda (C)
E F M Espessura Mínima
(m) (daN) (mm) (kg)
91022
11
300 168 373
1.700 1.875 4.500
6,5 120
91021 600 178 383 11,5 150
91020 1.000 188 393 14,3 165
91023
12
300 181 386
1.800 2.775 4.500
14,3 195
91024 600 188 391 16,0 220
91019 1.000 195 400 16,0 245
91018
13
300 188 391
1.900 2.775 5.000
16,0 220
91017 600 195 400 16,0 245
91016 1.000 200 420 16,0 279
NOTA:
I. Conicidade: 20 milímetros/m.
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TABELA 2 – Momento fletor e força adicional em poste de fibra
Compr. Carga nominal Momento fletor no plano de aplicação
da Cn
Força adicional no plano de aplicação
da Cn
(m) (daN) (daN.m) (daN)
11
300 400 167
600 600 355
1.000 900 602
12
300 400 170
600 600 361
1.000 900 611
13
300 400 170
600 600 361
1.000 900 611
NOTA:
I. Os valores da coluna MA foram obtidos experimentalmente.
II. Os valores de FA foram calculados pela expressão FA = (0,7ME – MA)/h, sendo
ME o momento de engastamento (ME = Cn ⋅ hu).
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TABELA 3 - Grau de defeito para inspeção geral
Crítico Grave Tolerável
Acabam
ento
Presença de:
• Fissura não capilar;
• Fratura.
- Presença de reparos
Dim
ensõ
es
Não atendimento aos
requisitos de:
• Distância entre furos
• Simetria das seções
Não atendimento aos
requisitos de:
• Topo
• Base
• Cotas da geometria
da peça
Não atendimentos aos
requisitos de:
• Identificação fora de
posição
• Comprimento da
identificação fora do
estabelecido
• Retilineidade ≤ 0,25%
Fura
ção
Diâmetro dos furos;
Falta de furos;
Alinhamento dos furos
em relação à geometria
da peça.
Obstrução de furos. -
Identi
ficação
Falta das informações
mínimas indicadas no
item 7.4.
- Características gerais
das informações
mínimas fora do
estabelecido no item 7.
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TABELA 4 - Grau de defeito para elasticidade
Crítico Grave
Flecha sob carga nominal Valor acima do
especificado em 7.14 -
Flecha residual Presença de fissura não
capilar Valor acima do
especificado em 7.14
TABELA 5 - Planos de amostragem para os ensaios de recebimento
Tamanho do lote
• Inspeção visual • Verificação dimensional
Amostragem Dupla Nível de Inspeção
NQA 10%
Amostragem Dupla Nível de Inspeção
NQA 10%
Amostra Ac Re
Amostra Ac Re
Seq. Tam. Seq. Tam.
Até 90 - 5 0 3 - 8 0 2
91 a 150 1ª
5 0 3 1ª 8 0 2
2ª 3 4 2ª 8 1 2
151 a 280 1ª
8 1 4 1ª 8 0 2
2ª 4 5 2ª 8 1 2
281 a 500 1ª
13 2 5 1ª 13 0 3
2ª 6 7 2ª 13 3 4
501 a 1.200 1ª
20 3 7 1ª 20 1 4
2ª 8 9 2ª 20 4 5
1.201 a 3.200 1ª
32 5 9 1ª 32 2 5
2ª 12 12 2ª 32 6 7
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Tamanho do lote
• Momento fletor;
• Elasticidade.
• Resistência à ruptura.
• Absorção de água;
• Fechamento dos furos.
Amostragem Dupla Nível de Inspeção S3
NQA 2,5%
Amostragem Dupla Nível de Inspeção S1
NQA 2,5%
Amostra Ac Re
Amostra Ac Re
Seq. Tam. Seq. Tam.
Até 150 - 5 0 1 - 5 0 1
151 a 280 - 5 0 1 - 5 0 1
281 a 500 - 5 0 1 - 5 0 1
501 a 1.200 1ª
13 0 2
- 5 0 1 2ª 1 2
1.201 a 3.200 1ª
13 0 2
- 5 0 1 2ª 1 2
NOTA:
I. Ac - número de aceitação: número máximo de unidades defeituosas que
permite a aceitação do lote; Re - número de rejeição: número mínimo de
unidades defeituosas que implica a rejeição do lote.
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TABELA 6 – Relação de ensaios
Item Descrição dos ensaios Tipo de ensaios
8.3.1 Inspeção geral RE
8.3.2 Verificação dimensional RE
8.3.3 Ensaio de elasticidade T / RE / E
8.3.4 Resistencia à ruptura T / RE / E
8.3.5 Sistema de encaixe das seções RE / E
8.3.6 Absorção de água T / RE / E
8.3.7 Verificação de trilhamento e erosão T / RE / E
8.3.9 Ensaio de rigidez dielétrica T / RE / E
8.3.10 Flamabilidade T / RE / E
8.3.11 Retilineidade T / RE / E
8.3.12 Limite de carregamento excepcional T / RE / E
8.3.13 Ensaio de tração vertical T / RE / E
8.3.14 Momento Fletor T / RE / E
8.3.15 Resistência à propagação de chama T / RE / E
8.3.16 Ensaios mecânicos do composto antes e após envelhecimento em câmara de UV ( 2000 horas)
T / E
8.3.17 Proteção superficial T / RE / E
Legenda:
T – Ensaio de tipo;
RE – Ensaio de recebimento;
E – Ensaio especial
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15 DESENHOS
DESENHO 1 – Poste de fibra - Detalhes construtivos
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DESENHO 2 - Gráfico de momentos fletores
NOTA:
I. Gráfico de momento fletor resultante nominal que os postes de concreto
devem satisfazer em qualquer direção e sentido considerados.
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DESENHO 3 – Diagramas dos momentos fletores
NOTA:
I. FA = ( 0,7 * ME - MA) / h
II. Para B = 1,0 m adotar |F| = |MA|
III. Braço rígido com B = 1,0 m
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DESENHO 4 - Ensaio de carga vertical
Quant. Descrição Quant. Descrição
8 Arruelas quadradas 2 Seção de cruzeta
2 Mão-francesa perfilada 1 Poste de seção duplo T
2 Parafuso de cabeça quadrada 1 Parafuso de rosca dupla
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