44
1

Enade 2015 - Relações Internacionais

Embed Size (px)

DESCRIPTION

eBook

Citation preview

Page 1: Enade 2015 - Relações Internacionais

1

Page 2: Enade 2015 - Relações Internacionais

2

Page 3: Enade 2015 - Relações Internacionais

3

e.BOOK: QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS

Curso: Relações Internacionais

Organizador(es):

Aline Tereza Borghi Leite

Danillo Alarcon

Giovanni Chinaglia Okado

Hugo Tomazeti Neto

Ivan Vieira Neto

Leandro Bernardes Borges

Pedro Araújo Pietrafesa

Page 4: Enade 2015 - Relações Internacionais

4

SUMÁRIO

QUESTÃO Nº 09

Autor(a): Aline Leite

QUESTÃO Nº 10

Autor(a): Danillo Alarcon

QUESTÃO Nº 11

Autor(a): Danillo Alarcon

QUESTÃO Nº 12

Autor(a): ANULADA

QUESTÃO Nº 13

Autor(a): Giovanni Okado

QUESTÃO Nº 14

Autor(a): Danillo Alarcon e Pedro Pietrafesa

QUESTÃO Nº 15

Autor(a): Danillo Alarcon e Pedro Pietrafesa

QUESTÃO Nº 16

Autor(a): Giovanni Okado

QUESTÃO Nº 17

Autor(a): Ivan Vieira

QUESTÃO Nº 18

Autor(a): ANULADA

QUESTÃO Nº 19

Autor(a): ANULADA

QUESTÃO Nº 20

Autor(a): ANULADA

QUESTÃO Nº 21

Autor(a): Hugo Tomazeti

QUESTÃO Nº 22

Autor(a): Hugo Tomazeti

QUESTÃO Nº 23

Autor(a): Leandro Borges

QUESTÃO Nº 24

Autor(a): Danillo Alarcon

QUESTÃO Nº 25

Autor(a): Giovanni Okado

QUESTÃO Nº 26

Autor(a): Danillo Alarcon e Pedro Pietrafesa

QUESTÃO Nº 27

Autor(a): Leandro Borges

QUESTÃO Nº 28

Autor(a): Hugo Tomazeti

QUESTÃO Nº 29

Autor(a): Ivan Vieira Neto

QUESTÃO Nº 30

Autor(a): Ivan Vieira Neto

QUESTÃO Nº 31

Autor(a): ANULADA

QUESTÃO Nº 32

Autor(a): Leandro Borges

QUESTÃO Nº 33

Autor(a): ANULADA

QUESTÃO Nº 34

Autor(a): ANULADA

Page 5: Enade 2015 - Relações Internacionais

5

QUESTÃO Nº 35

Autor(a): Aline Leite

Page 6: Enade 2015 - Relações Internacionais

6

QUESTÃO Nº 09

Gabarito: C

Tipo de questão: Médio

Conteúdo avaliado: Regimes Ambientais Internacionais, Regime de Mudança Climática

Autor(a): Aline Tereza Borghi Leite

Comentário: Esta questão trata da temática ambiental, que tem exigido um tratamento

Page 7: Enade 2015 - Relações Internacionais

7

prioritário na agenda das Relações Internacionais. Refere-se também aos desafios de se

construir um regime ambiental internacional que consiga promover a ação conjunta dos

Estados com vistas a criar mecanismos para enfrentar o aquecimento global.

O item I é incorreto. No Brasil, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo tem uma relevância

significativa na promoção do desenvolvimento sustentável, assim como da redução dos

impactos das mudanças climáticas no planeta. O MDL se baseia precisamente na proposta

brasileira de 1997 de estabelecer um Fundo de Desenvolvimento Limpo, adotada pelo G77 e

China, o que também foi adotado no Protocolo de Kyoto.

O item II está incorreto. Alemanha e China ratificaram o Protocolo de Kyoto. Desta lista de

países, apenas os EUA não são signatários.

O item III está correto. O Protocolo de Montreal, criado em 1987, e o Protocolo de

Kyoto/Quioto, criado em 1997, são tratados internacionais de defesa do meio ambiente e da

vida.

O item IV está correto. As dificuldades enfrentadas pela temática ambiental nas Relações

Internacionais se deve ao caráter multilateral dos regimes ambientais internacionais combinado

à ausência de mecanismos efetivos de sanção para os Estados que não se comprometem com o

desenvolvimento sustentável.

Referências:

VIOLA, Eduardo. O regime internacional de mudança climática e o Brasil. Rev. bras. Ci. Soc.

[online]. 2002, vol.17, n.50, pp. 25-46.

SILVA, Darly Henriques da. Protocolos de Montreal e Kyoto: pontos em comum e diferenças

fundamentais. Rev. bras. polít. int. [online]. 2009, vol.52, n.2, pp. 155-172.

Page 8: Enade 2015 - Relações Internacionais

8

QUESTÃO Nº 10

Gabarito: A

Tipo de questão: Médio

Conteúdo avaliado: Análise de Política Externa

Autor(a): Danillo Alarcon

Page 9: Enade 2015 - Relações Internacionais

9

Comentário: Como aponta Maria Regina Soares de Lima (2000), o estudo da Política Externa

rompe com o paradigma realista clássico, pois indica que por trás do véu do interesse nacional

há na verdade grupos de interesse que influenciam na tomada de decisão quando seus

interesses particulares estão em jogo. Nas democracias esse processo é consideravelmente mais

complexo.

Sendo assim, é imprescindível no caso analisar os grupos de interesse envolvidos, mas sempre

com o cuidado de entender que em geral o poder de decisão em política externa reside no

Executivo, sendo esse assessorado pelo respectivo ministério de relações exteriores (no caso

dos EUA, o Departamento de Estado). Ademais, em política externa pode acontecer o processo

que se chama de framing, em que um indivíduo ou órgão departamental pode exercer

influência maior sobre o decisor, o que fortalece o papel das burocracias. Por isso não se pode

desconsiderar a atuação desses atores nem minimizar o papel dos lobbies.

Referências: LIMA; M. R. Instituições democráticas e política exterior. Contexto

Internacional, Rio de Janeiro, vol. 22, n.2, julho/dezembro, 2000, pp. 265-303.

Page 10: Enade 2015 - Relações Internacionais

10

QUESTÃO Nº 11

Gabarito: C

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Análise de Política Externa Brasileira

Autor(a): Danillo Alarcon

Page 11: Enade 2015 - Relações Internacionais

11

Comentário: Insulada significa isolada. O tópico I retoma o debate da questão 10. Portanto,

está correto. Quando, em especial nas democracias, a política externa não é compreendida

como política pública ela tende a lutar por interesses que muitas vezes não são plurais.

No caso do item II, o que ocorre é contrário, mesmo no Brasil. Os setores mais competitivos

são partidários de maior liberalização comercial. O contrário acontece com os grupos menos

competitivos.

O item III está correto. O Itamaraty, apesar de estar à frente das negociações de comércio

internacional, não atua isolado.

Em relação ao item IV, é importante ressaltar que foi o próprio CNI, criado em 1996, que atuou

junto ao governo para garantir os interesses da indústria brasileira e protelar qualquer

alinhamento automático aos planos de Washington para a Alca. Vale a pena recordar estas

questões com esta pequena notícia de 2003:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u64555.shtml.

Referências: OLIVEIRA, Amâncio Jorge de; PFEIFER, Alberto. O empresariado e a política

exterior do Brasil. In:ALTEMANI,H.; LESSA,A.C.(Org.). Relações internacionais do

Brasil: temas e agendas. São Paulo: Ed. Saraiva, 2006. p. 389-428.

QUESTÃO Nº 12

Gabarito: ANULADA

Tipo de questão:

Page 12: Enade 2015 - Relações Internacionais

12

Conteúdo avaliado:

Autor(a):

Comentário

Referências:

QUESTÃO Nº 13

Page 13: Enade 2015 - Relações Internacionais

13

Gabarito: A

Tipo de questão: Médio

Conteúdo avaliado: Integração Regional da América do Sul

Autor(a): Giovanni Okado

Comentário:

Esta questão trata de uma iniciativa de integração regional da América do Sul no início do

século XXI, a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA). Essa iniciativa,

resumidamente, retoma as concepções geopolíticas e os direcionamentos da política externa

brasileira dos anos 1970, colocando ênfase em megaprojetos de infraestrutura e priorizando a

região amazônica. Com base nessa perspectiva histórica, o item I é verdadeiro, porque o

governo brasileiro reorientou a integração sul-americana da dimensão comercial para a de

infraestrutura e do Cone Sul para a Amazônia, embora, de fato, ainda não seja o espaço

geográfico por onde passe os principais fluxos de capitais do Brasil e da América do Sul.

O item II também é correto e justifica o item anterior. Na região amazônica, o Brasil detém

fronteira com sete países sul-americanos, o que demonstra uma posição central dessa região.

Além disso, na Amazônia, há riquezas naturais e vasta biodiversidade, grande parte ainda

desconhecida, que acarreta enorme potencial econômico para o país e a América do Sul, muito

embora cause implicações sociais e ambientais. Esse potencial a ser explorado depende de

maior integração dos países limítrofes, sobretudo na área de infraestrutura, e atrai fluxo de

capital para a região.

Referências: CASTRO, Edna. Expansão da fronteira, megraprojetos de infraestrutura e

integração sul-americana. Caderno CRH, Salvador, v. 25, n. 64, jan./abr. 2012, pp. 45-61.

Page 14: Enade 2015 - Relações Internacionais

14

QUESTÃO Nº 14

Gabarito: C

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Economia Política Internacional

Autor(a): Danillo Alarcon e Pedro Pietrafesa

Page 15: Enade 2015 - Relações Internacionais

15

Comentário: O Gráfico claramente demonstra que a asserção I está correta. O crescimento dos

BRICS foi um dos fatores que impulsionou o elevado crescimento do PIB dos países em

desenvolvimento.

A asserção II está incorreta, pois ao contrário do que se propõe, a interdependência econômica

entre os países não diminuiu. Novas formas de cooperação internacional foram fomentadas

(como os arranjos de cooperação Sul-sul), e mesmo entre as economias tradicionais, novas

medidas foram tomadas para aprofundar as relações econômicas bilaterais e entre blocos. Por

exemplo, o Euro tornou-se a moeda corrente de boa parte da Europa a partir de 2002.

Referências: PENA FILHO, Pio; MENEZES, Alfredo da Mota. Integração regional: os blocos

econômicos nas Relações Internacionais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

QUESTÃO Nº 15

Gabarito: B

Tipo de questão: Difícil

Conteúdo avaliado: Teoria das Relações Internacionais

Autor(a): Pedro Araújo Pietrafesa e Danillo Alarcon

Comentário: Apesar do objeto de análise da teoria do Sistema-mundo ser o sistema

Page 16: Enade 2015 - Relações Internacionais

16

internacional, os Estados continuam sendo atores relevantes desta abordagem. Neste sentido,

esta teoria se aproxima da abordagem neorrealista desenvolvida por Kenneth Waltz. Portanto, o

item I é falso.

O item II é verdadeiro, pois os Estados, dentro desta teoria são divididos entre centro,

semiperiferia e periferia. Já o item III está errado, pois, dentro dessa divisão proposta, cada um

desempenha papéis diferentes. No centro estão as atividades com maior valor agregado, na

periferia produzem-se os produtos primários, e na semiperiferia se opera uma lógica

intermediária. As divergências do mundo do trabalho se expressam nesta hierarquia, por isso o

item IV é correto.

Quanto ao item V, ele está errado pois, de acordo com Wallerstein o sistema-mundo abarca,

aos poucos, aquelas zonas que são do seu interesse. É a lógica da acumulação que impulsa a

sua expansão.

Referências: WALLERSTEIN, Immanuel. The inter-state structure of the modern world-

system. P. 87-107. In: SMITH, Steve; BOOTH, Ken; ZALEWSKI, Marysia. International

Theory: positivism and beyond. Cambridge Press.

Para a uma abordagem que contradiz a de Wallerstein, ver:

GUNDER FRANK, Andre. Reescrevendo a história mundial. In: PROCÓPIO, Argemiro.

Relações Internacionais – os excluídos da Arca de Noé. São Paulo: Editora Hucite, 2005. p.

15-66.

Page 17: Enade 2015 - Relações Internacionais

17

QUESTÃO Nº 16

Gabarito: C

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Teoria das Relações Internacionais

Autor(a): Giovanni Okado

Comentário:

Page 18: Enade 2015 - Relações Internacionais

18

Esta questão trata do pensamento realista das Teorias de Relações Internacionais. O item I é,

em grande parte, verdadeiro, exceto no que diz respeito à busca pelo poder gerar um caos

permanente no sistema internacional. Essa busca gera, na verdade, um arranjo incerto e

instável, o equilíbrio de poder, que promove certa ordem e não o caos.

O item II está correto porque os realistas consideram os Estados como os únicos atores nas

relações internacionais, os quais se assemelham a “caixas pretas” ou “bolhas de bilhar” e a

interação entre eles restringe à defesa do interesse nacional. Nesse sentido, esses teóricos

desconsideram os processos decisórios internos e as motivações políticas para o

comportamento estatal no plano externo, não abrindo espaço para análise de outros atores e

agendas.

O item III também está correto, pois a anarquia, ainda que pressuponha a ausência de uma

autoridade superior nas relações internacionais, possibilita a coexistência entre os Estados e o

reconhecimento legítimo de sua soberania, ou seja, a aquiescência das forças políticas.

O item IV está equivocado porque os realistas concentram suas análises nas capacidades

materiais de que dispõe os Estados, sendo a principal delas o poder militar, e não nas

capacidades ideacionais, representada, no caso, pelo compartilhamento de uma identidade

comum.

Referências:

MESSARI, Nizar; NOGUEIRA, João Pontes. Teoria das relações internacionais: correntes e

debates. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

QUESTÃO Nº 17

Page 19: Enade 2015 - Relações Internacionais

19

Gabarito: C

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: História das Relações Internacionais I

Autor(a): Ivan Vieira Neto

Comentário

A primeira afirmativa é descartada logo que identificado que Inglaterra e França se encontram

ambas na condição de Metrópole, enquanto a terceira afirmativa se refere a período histórico

muito anterior aos embargos impostos pela França à Inglaterra no continente europeu.

Referências:

WATSON, A. A evolução da Sociedade Internacional. Brasília: UnB, 2004.

QUESTÃO Nº 18

Gabarito: ANULADA

Tipo de questão:

Conteúdo avaliado:

Page 20: Enade 2015 - Relações Internacionais

20

Autor(a):

Comentário:

Referências:

QUESTÃO Nº 19

Gabarito: ANULADA

Tipo de questão:

Conteúdo avaliado:

Autor(a):

Comentário:

Referências:

QUESTÃO Nº 20

Page 21: Enade 2015 - Relações Internacionais

21

Gabarito: ANULADA

Tipo de questão:

Conteúdo avaliado:

Autor(a):

Comentário:

Page 22: Enade 2015 - Relações Internacionais

22

Referências:

QUESTÃO Nº 21

Gabarito: B

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Organizações Internacionais e Geopolítica

Page 23: Enade 2015 - Relações Internacionais

23

Autor(a): Hugo Tomazeti

Comentário:

A questão aborda as intervenções humanitárias provenientes das Nações Unidas e traz uma

crítica acerca de uma atuação enviesada por parte da ONU sob três aspectos: 1. O fato das

intervenções não levarem em consideração as opiniões e/ou o contexto local agindo a partir de

uma visão “eurocêntrica” ou “norte-americana”, 2. A incapacidade de ação das Nações Unidas

(enquanto ente internacional) de dar respostas rápidas pois padece tanto de estrutura financeira

(que advém dos Estados e do interesse deles em colaborar) quanto de rapidez estrutural (dada a

sua estrutura morosa) e 3. A África ainda não representar para os países centrais algum tipo de

risco e/ou ser interessante no que tange à participação nos mercados globais.

Referências:

SATO, Eiiti. Conflito e cooperação nas relações internacionais: as organizações internacionais

no século XXI. Rev. bras. polít. int., Brasília , v. 46, n. 2, p. 161-176, dez. 2003

. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-

73292003000200007&lng=pt&nrm=iso>. acessos

em 17 ago. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-73292003000200007.

Page 24: Enade 2015 - Relações Internacionais

24

QUESTÃO Nº 22

Gabarito: A

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Soberania

Autor(a): Hugo Tomazeti

Comentário:

Page 25: Enade 2015 - Relações Internacionais

25

Os crimes transnacionais colocam em xeque a noção clássica de soberania estatal. Esse fato

decorre de que, a partir de um processo globalizante e dotado de redes eficientes de

comunicação, criminosos, assim como os demais atores da sociedade, podem transpor as

fronteiras nacionais com facilidade e acabam por criar uma capilaridade que transcende o

Estado-nação clássico. A América Latina, por ainda ser incipiente no que tange a processos

integrativos mais profundos, acaba por se tornar uma região onde a prática de crimes

transnacionais é relativamente fácil, pois falta uma coordenação efetiva em termos multilaterais

para dirimir a prática criminosa.

Referências: Veja em Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime

https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/crime/index.html

Page 26: Enade 2015 - Relações Internacionais

26

QUESTÃO Nº 23

Gabarito: B

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Política comercial e ambiental; Organizações Internacionais

Autor(a): Leandro Bernardes Borges

Comentário:

Page 27: Enade 2015 - Relações Internacionais

27

A OMC, enquanto organização internacional, estabelece um quadro normativo que orienta o

comportamento dos países em âmbito comercial. O PNUMA oferece diretrizes atinentes à

responsabilidade socioambiental para os atores internacionais, mas não impõe regras de

conduta.

A questão “I” peca ao afirmar que temas ambientais são debatidos restritamente em

conferências.

A questão “III” está errada por pontuar o início da agenda comercial com o surgimento da

OMC, em 1995.

Referências: BARROS-PLATIAU, A. F.; VARELLA, M. D.II; SCHLEICHER, R. T. Meio

ambiente e relações internacionais: perspectivas teóricas, respostas institucionais e novas

dimensões de debate. Rev. bras. polít. int. vol.47 no.2 Brasília July/Dec. 2004.

Page 28: Enade 2015 - Relações Internacionais

28

QUESTÃO Nº 24

Gabarito: A

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Segurança Internacional

Autor(a): Danillo Alarcon

Page 29: Enade 2015 - Relações Internacionais

29

Comentário: Após a intervenção na Líbia, em 2011, alguns membros das Nações Unidas

tornaram-se reticentes quanto à possibilidade de uma intervenção na Síria, apesar da catástrofe

humanitária. O Brasil inclusive foi um país que se opôs a qualquer ação com uso da força

contra o regime de Bashar Al Assad, não por concordar necessariamente com o que tem

acontecido no país, mas por acreditar que o diálogo é a única maneira plausível de resolver a

situação.

Ademais, Rússia e China, que tem poder de veto, não autorizarão o uso indiscriminado de força

contra Damasco, por interesse próprio, mas também como um movimento claro de anti-

hegemonismo. A situação na Síria tem se complicado e transbordou para os vizinhos. O Líbano

hoje tem que lidar com mais de um milhão de refugiados. O Iraque, invadido em 2003 por uma

coalizão liderada pelos EUA, também está desestruturado. A partir de 2014, o autointitulado

“Estado Islâmico” domina parte da região, e na Turquia o governo de Ancara além de lidar

com a pressão dos refugiados vindos da Síria tem que enfrentar a situação dos curdos que

habitam uma região que faz fronteira justamente com a Síria e o Iraque.

Referências:

LEME, João Marcos Senise Paes. A Intervenção na Líbia, a ‘Responsabilidade de Proteger’ e a

‘Responsabilidade ao Proteger’. Cadernos de Política Exterior – Instituto de Pesquisa de

Relações Internacionais, Brasília, FUNAG, v.1, n.1, 2015, p. 91-113.

LISTER, Charles. Profiling the Islamic State. Brookings Doha Center Analysis Paper, Doha,

number 13, November 2014.

Page 30: Enade 2015 - Relações Internacionais

30

QUESTÃO Nº 25

Gabarito: E

Tipo de questão: Médio

Conteúdo avaliado: Teoria das Relações Internacionais

Autor(a): Giovanni Okado

Comentário

A questão versa sobre as Teorias das Relações Internacionais na contemporaneidade. O item I

está invertido na primeira assertiva. Os regimes democráticos tendem a manter relações

pacíficas entre si, segundo a tese da paz democrática de que as democracias não entram em

guerra. Essa tese foi inaugurada por Kant, consolidou-se com o presidente norte-americano

Woodrow Wilson e voltou à tona no novo momento idealista que sucedeu à Guerra Fria.

O item II está correto na primeira assertiva, uma vez que, para os feministas, a questão de

gênero é constitutiva das relações de poder. Isso não implica, necessariamente, na guerra. O

nível de análise do feminismo são os indivíduos ou as comunidades, não os Estados ou o

Page 31: Enade 2015 - Relações Internacionais

31

sistema internacional. Portanto, a priori, a preocupação feminista, em termos de segurança, é

em como as mulheres podem prover a própria segurança e não trata da guerra.

O item III está correto, pois a condição criada no momento pós-colonial, sobretudo nos países

africanos e asiáticos, persiste hoje. Novos conceitos, notadamente ocidentais, surgiram para

legitimar as intervenções humanitárias nas grandes colônias, desde o tratamento delas como

“estados falidos” até a ideia de “responsabilidade de proteger” para obter o amparo legal. Mais

de 70% das missões de paz atuais estão em países que já foram colônias no passado.

O item IV está correto porque, essencialmente, resume o argumento central de Wendt de que a

anarquia é um processo de construção social, cuja configuração de suas interações dependente

dos entendimentos, identidades e interesses que compartilham, não se restringindo a um

sistema de autoajuda, sob o viés realista.

O item V está correto e antecede, historicamente, o item IV da questão 16, tendo em vista que o

sistema moderno de Estados é caracterizado pela consolidação, unificação e centralização do

território sob um governo soberano. Nesse sistema, por um lado, os Estados exercem o

monopólio legítimo do uso da força internamente e protegem a comunidade, o “Nós”, que está

em sua base territorial e sob sua autoridade. Por outro, eles projetam poder externamente e

procuram excluir aqueles que não estão em sua base territorial, o “Outro”, muitas vezes

percebido como inimigo, potencial ou real. Daí porque são exclusivas, autocontidas na

proteção do “Nós”, e excludentes, repressoras do “Outro”, distinguindo claramente a esfera

doméstica da internacional.

Referências:

MESSARI, Nizar; NOGUEIRA, João Pontes. Teoria das relações internacionais: correntes e

debates. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

TICKNER, Ann. J. You just don’t understand: troubled engagements between feminists and IR

theorists. International Studies Quarterly, v. 41, n. 4, dez. 1997, pp. 611-632.

Page 32: Enade 2015 - Relações Internacionais

32

QUESTÃO Nº 26

Gabarito: A

Tipo de questão: Médio

Conteúdo avaliado: Economia Política Internacional; Teoria das Relações Internacionais

Autor(a): Danillo Alarcon e Pedro Pietrafesa

Comentário: As duas asserções estão corretas. De acordo com Robert Keohane (1984, p. 31),

“the two central propositions of the theory of hegemonic stability (Keohane, 1980): that order

in world politics is typically created by a single dominant power. Since regimes constitute

elements of an international order, this implies that the formation of international regimes

normally depends on hegemony. The other major tenet of the theory of hegemonic stability is

that the maintenance of order requires continued hegemony. As Charles P. Kindleberger has

said, "for the world economy to be stabilized, there has to be a stabilizer, one stabilizer" (1973,

p. 305). This implies that cooperation, which we define in the next chapter as mutual

adjustment of state policies to one another, also depends on the perpetuation of hegemony”.

Page 33: Enade 2015 - Relações Internacionais

33

Referências:

KEOHANE, Robert. After Hegemony – Cooperation and discord in the World Political

Economy. Princeton: Princeton University Press, 1984. (Cap. 3 – Hegemony in the World

Political Economy, p. 31-46).

GILPIN, Robert. War and Change in World Politics. Cambridge: Cambrigde University

Press, 1981.

QUESTÃO Nº 27

Gabarito: E

Tipo de questão: Médio

Conteúdo avaliado: Economia Política Internacional

Autor(a): Leandro Bernardes Borges

Comentário:

Page 34: Enade 2015 - Relações Internacionais

34

O item “II” está correta ao analisar o poder de competitividade dos industrializados chineses no

mercado nacional, tanto pela desvalorização monetária do yuan frente ao real, como por outras

vantagens comparativas.

A questão “III” está correta ao condicionar a política cambial brasileira ao processo avançado

de internacionalização da economia, atribuindo o caráter reativo de taxas de câmbio flutuante

aos elementos externos.

Por outro lado, não se pode afirmar que o governo chinês tenha alterado sua conduta cambial

após o ingresso na OMC.

Referências:

MARCHIONATTI, Wilson. China: velho e novo império. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012

VASQUEZ, José L. Comércio Exterior Brasileiro: SISCOMEX Importação e Exportação. 5 ª

ed. São Paulo: Atlas, 2001.

QUESTÃO Nº 28

Gabarito: E

Page 35: Enade 2015 - Relações Internacionais

35

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Análise de Política Externa

Autor(a): Hugo Tomazeti Neto

Comentário: Alguns autores evidenciam uma mudança na Política Externa Brasileira nas

últimas décadas. Tal fato decorre das mudanças estruturantes que ocorreram no país na década

de 1990, sobretudo ligadas a estabilização econômica e abertura para o comércio internacional.

No que tange a figura do Brasil enquanto um global player, existem divergências de análise já

que alguns autores trazem a questão à luz de uma necessidade do país se afirmar como uma

potência regional (e se tornar um influenciador na América Latina) numa visão eminentemente

geopolítica e estratégica. Já outros autores pensam que a afirmação do Brasil enquanto um ator

de relevância no Sistema Internacional se dará sobretudo nos fóruns multilaterais e na sua

atuação em conjunto com os “emergentes”, traçando uma nova perspectiva para as potências

médias.

Referências:

ALMEIDA, Paulo Roberto de. O Brasil no contexto da governanca global. Cadernos

Adenauer IX (2008) n. 3, Governança Global, Rio de Janeiro: Fundação Konrad Adenauer,

2009.

Disponível em:

<http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1946BrasilGovernGlobalCadAden.pdf>.

Acesso em 17/08/2015

QUESTÃO Nº 29

Gabarito: E

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: História das Relações Internacionais

Autor(a): Ivan Vieira Neto

Page 36: Enade 2015 - Relações Internacionais

36

Comentário:

O progresso técnico apontado na primeira afirmativa é alto-medieval; a eliminação do

escambo, nas terras colonizadas, não se relaciona ao enunciado e por muito tempo não se

efetivará realmente entre os colonos e os nativos; o modo de produção feudal é conteúdo

imediatamente anterior às modificações oriundas do expansionismo e está desautorizado na

Europa Ocidental; o comércio europeu, ao contrário, encontra-se em franco expansionismo.

Logo, o mercantilismo que se firmava como principal sistema para as transações comerciais

será a alternativa acertada.

Referências:

WATSON, A. A evolução da Sociedade Internacional. Brasília: UnB, 2004.

QUESTÃO Nº 30

Gabarito: D

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: História das Relações Internacionais

Autor(a): Ivan Vieira Neto

Comentário:

Esta questão requer muitos conhecimentos específicos dos acadêmicos e pode induzir ao erro

devido à exigência de memória sobre as alianças políticas da Europa no séc. XIX. Grã-

Bretanha, Áustria e Hungria não estiveram reunidas numa aliança política (era a Alemanha em

lugar da Grã-Bretanha); a França perdeu a Guerra Franco-Prussiana, o que facilitou a

unificação alemã; também a Grã-Bretanha não exerceu qualquer protagonismo ao longo do

Congresso de Viena, ou depois dele - ali as hegemonias europeias organizaram o seu equilíbrio

de poder; tampouco houvera aproximações entre Grã-Bretanha, França e Rússia na década de

1870, sendo a Entente firmada após a formação da Tríplice Aliança, na década de 1880. A

Page 37: Enade 2015 - Relações Internacionais

37

afirmação do enunciado relaciona-se diretamente à alternativa D, uma vez que a unificação

alemã abalou o frágil equilíbrio de poder firmado em Viena e prolongado por meio século na

Europa do XIX.

Referências:

HOBSBAWM, E. A Era dos Impérios: 1875 - 1914. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.

QUESTÃO Nº 31

Gabarito: ANULADA

Tipo de questão:

Conteúdo avaliado:

Autor(a):

Comentário:

Referências:

Page 38: Enade 2015 - Relações Internacionais

38

QUESTÃO Nº 32

Gabarito: B

Tipo de questão: Médio

Conteúdo avaliado: Economia Política Internacional

Autor(a): Leandro Bernardes Borges

Comentário:

Bretton Woods foi a proposta keynesiana de interromper o padrão ouro como valoração de

moedas internacionais e disseminar o dólar no bloco de aliados. Logo, o Dilema de Triffin

atesta a moeda estadunidense como referência fixa de câmbio aceita no mercado mundial.

Referências: SEGRE, German (org.). Manual Prático de Comércio Exterior. São Paulo: Atlas,

2007.

Page 39: Enade 2015 - Relações Internacionais

39

QUESTÃO Nº 33

Gabarito: ANULADA

Tipo de questão:

Conteúdo avaliado:

Autor(a):

Comentário:

Referências:

Page 40: Enade 2015 - Relações Internacionais

40

QUESTÃO Nº 34

Gabarito: ANULADA

Tipo de questão:

Conteúdo avaliado:

Autor:

Comentário:

Referências:

Page 41: Enade 2015 - Relações Internacionais

41

QUESTÃO Nº 35

Gabarito: E

Tipo de questão: Médio

Conteúdo avaliado: Direitos Humanos; Política Externa Brasileira

Autor(a): Aline Tereza Borghi Leite

Comentário:

Esta questão enfatiza a discussão sobre a violação de Direitos Humanos como uma política de

Estado. O Irã é acusado por parte da comunidade internacional de violar direitos humanos e

buscar desenvolver armas nucleares. No tema precisamente tratado nesta questão, estão

envolvidas discussões sobre Direitos Humanos, violência de gênero, feminismo e

empoderamento de mulheres nas Relações Internacionais.

O item I está incorreto. O governo Lula manteve relações próximas com o Irã. O ex-ministro

das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendia que o diálogo seria uma forma de influenciar

o Irã. Para o embaixador, a aproximação brasileira com o Irã no governo Lula, privilegiando o

diálogo, permitiu ao Brasil interceder no caso descrito na questão, de Sakineh Ashtiani, que

tinha sido condenada à morte. Esta temática é bastante atual já que recentemente, em julho de

2015, os Estados Unidos, na figura do presidente Obama, têm adotado esta postura de diálogo

com o Irã, fechando um acordo histórico sobre o programa nuclear iraniano.

O item II está correto. Diferentemente dos votos dos anos anteriores, em que o direcionamento

da PEB se pautava em se abster ou votar contra resoluções que condenassem o Irã, no governo

da presidenta Dilma Rousseff, o Brasil votou pelo envio ao Irã de um relator especial ao

Conselho de DH da ONU. Isso implica dizer que no governo Dilma, segundo o discurso dos

diplomatas que acompanharam o caso, a prioridade não é o diálogo, mas o respeito aos

Direitos Humanos, exigindo, com isso, uma investigação de denúncias de violação dos DH no

Irã.

O item III está correto. Algumas entidades brasileiras criticaram a Política Externa Brasileira

para a questão dos Direitos Humanos, argumentando que algumas posturas do Brasil são

incoerentes, em alguns casos se abstendo de votações importantes que denunciam o governo

iraniano da violação dos DH.

Page 42: Enade 2015 - Relações Internacionais

42

Referências:

MILANI, Carlos R. S. Atores e agendas no campo da Política Externa Brasileira de Direitos

Humanos. In: Leticia Pinheiro; Carlos R. S. Milani (Org.). Política Externa Brasileira: a

política das práticas e as práticas da política. 1 ed. Rio de Janeiro: FGV, 2011, v. 1, p. 9-42.

Page 43: Enade 2015 - Relações Internacionais

43

Page 44: Enade 2015 - Relações Internacionais

44