Upload
others
View
9
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Salvador 2018
CRISTIANE FIGUEREDO ANDRADE DE ANDRADE
EMPREENDEDORISMO NA CONTABILIDADE
OS DESAFIOS DA CONTABILIDADE EMPREENDEDORA NAS PEQUENAS EMPRESAS
Salvador 2018
EMPREENDEDORISMO NA CONTABILIDADE
OS DESAFIOS DA CONTABILIDADE EMPREENDEDORA NAS PEQUENAS EMPRESAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNINE Salvador, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Cristiane Figueredo Andrade de Andrade.
Orientador: Marcos Drago
CRISTIANE FIGUEREDO ANDRADE DE ANDRADE
CRISTIANE FIGUEREDO ANDRADE DE ANDRADE
EMPREENDEDORISMO NA CONTABILIDADE
OS DESAFIOS DA CONTABILIDADE EMPREENDEDORA NAS PEQUENAS EMPRESAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIME Salvador, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Ciências Contábeis.
BANCA EXAMINADORA
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Salvador, de de 2018
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por iluminar o meu caminho durante a realização desta
pesquisa.
À minha família por todo apoio que me foi dado no decorrer do desenvolvimento
deste trabalho.
A todos os professores, especialmente aos meus orientadores José Roberto de
Araújo Fontoura e Maria Alice Guedes Porto, por exigirem de mim muito mais do que
eu imaginava ser capaz de fazer. Manifesto aqui minha gratidão eterna por
compartilhar sua sabedoria, o seu tempo e sua experiência.
À minha turma de 2015.1, com eles dividi experiências que para mim foi muito
importante, em especial ao meu inesquecível grupo que permaneceu ao meu lado
durante esta longa caminhada, com eles eu aprendi muito, rompi barreiras e vivi
momentos inesquecíveis.
ANDRADE, Cristiane Figueredo Andrade de. Empreendedorismo na Contabilidade: Os Desafios Da Contabilidade Empreendedora Nas Pequenas Empresas. 2018 35f. Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Ciências Contábeis – UNIME, Salvador, 2018.
RESUMO
No presente trabalho, a contabilidade pode ser descrita como um instrumento que fornece o máximo de informações uteis para a tomada de decisões dentro e fora das empresas, fazendo com que a mesma percorra caminhos seguros, onde a junção contabilidade e empreendedorismo é uma fonte de manutenção a vida destas empresas, e esse elo possibilitará uma maior valorização a contabilidade o que a fará ser vista como um bem necessário ao desenvolvimento e a expansão promissora destas empresas. Demonstrou a Contabilidade Empreendedora como uma escolha acertada, tendo em vista a necessidade de profissionais especializados para orientar e conduzir as empresas. Tendo como objetivo geral, demonstrar valores aos quais a contabilidade empreendedora agrega aos negócios. A metodologia utilizada neste trabalho consistiu em uma pesquisa bibliográfica, a qual tamanha relevância demonstram a magnitude da contabilidade e a necessidade de um serviço mais ativo, que não se restrinjam apenas ao escritório. Concluiu-se que a contabilidade empreendedora é de fundamental importância para auxiliar às pequenas empresas, oferecendo ferramentas mais eficientes e eficazes para as tomadas de decisões. Palavras-chave: Contabilidade; Empreendedorismo; Contabilidade empreendedora.
ANDRADE, Cristiane Figueredo Andrade de. Entrepreneurship in Accounting: The Challenges of Entrepreneurial Accounting in Small Businesses. 2018 35f. Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Ciências Contábeis – UNIME, Salvador, 2018.
ABSTRACT
In the present work, accounting can be described as an instrument that provides the maximum of useful information for making decisions inside and outside the companies, causing the same to travel safe paths, where the joint accounting and entrepreneurship is a source of maintenance the life of these companies, and this link will enable a greater appreciation of accounting, which will make it a necessary asset for the development and promising expansion of these companies. He demonstrated Entrepreneurial Accounting as a wise choice in view of the need for specialized professionals to guide and lead companies. With the general objective of demonstrating values to which entrepreneurial accounting adds to business. The methodology used in this work consisted of a bibliographical research, which is of such relevance, demonstrates the magnitude of accounting and the need for a more active service, which are not restricted to the office. It was concluded that entrepreneurial accounting is of fundamental importance to assist small companies by offering more efficient and effective tools for decision making
Key-words: Accounting; Entrepreneurship; Entrepreneurial accounting.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Aspectos qualitativos do patrimônio ....................................................... 21
Figura 2 – Aspectos quantitativos do patrimônio ..................................................... 22
LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Características dos Empreendedores de Sucesso.................................24
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS NBCT Normas Brasileiras de Contabilidade
CTN Código Tributário Nacional
CFC Conselho Federal de Contabilidade
CVM Comissão de Valores Mobiliários
CPC Comitê de pronunciamentos Contábeis
CRC Conselho Regional de Contabilidade
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SOFTEX Sociedade Brasileira para Exportação de Software
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13
2. CONTABILIDADE E EMPREENDEDORISMO ................................................. 15
2.1 HISTÓRIA E USUÁRIOS DA CONTABILIDADE..................................................15
2.2 CONTABILIDADE NO BRASIL.............................................................................16
2.3 EMPREENDEDORISMO E EMPREENDEDOR..................................................17
3. ASPECTOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS DA CONTABILIDADE E DO EMPREENDEDORISMO........................................................................................... 20
3.1 PATRIMÔNIO E ASPECTOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS DA
CONTABILIDADE.......................................................................................................20
3.2 CARACTERISTICAS EMPREENDEDORISMO...................................................23
4. CONTABILIDADE EMPREENDEDORA ........................................................... 27
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 32
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 33
13
1. INTRODUÇÃO
Tamanha importância que tem a contabilidade, não se pode restringi-la apenas à
entrega de demonstrações e relatórios às empresas, é necessário que as pequenas
empresas deixem de ver a contabilidade como necessidade fiscal e passe a percebê–
la como parceira, para que, além de transmitir informações, possam agregar valores
às entidades e auxiliar nas tomadas de decisões.
No Brasil as pequenas empresas são maioria, portanto de extrema importância
para o crescimento econômico do país, e, por isso a contabilidade empreendedora,
vem buscando retirar da visão dos empresários que a contabilidade trabalha em prol
do governo na cobrança de impostos, o que faz com que muitos empresários resistam
em aceitar a contabilidade como ferramenta necessária para o crescimento das
empresas.
Com a crescente competitividade no mercado no qual quem cresce e faz
sucesso são os que empreendem e tem ideias inovadoras, cada dia os empresários
buscam novas ferramentas para o auxiliar e acompanhar a necessidade de mercado,
diante disso surge o questionamento. A Contabilidade Empreendedora é uma escolha
acertada?
Essa pesquisa tem como objetivo geral, demonstrar valores aos quais a
contabilidade empreendedora agrega aos negócios, e como objetivos específicos
descrever os conceitos de contabilidade e de empreendedorismo, evidenciar aspectos
qualitativos e quantitativos nessa junção, e explicar o papel e a importância da
Contabilidade Empreendedora nas Pequenas Empresas.
Deste modo, a importância deste trabalho justifica-se o presente trabalho por
ter como finalidade estudar como a contabilidade empreendedora pode auxiliar as
empresas a se manterem firmes no mercado econômico, busca-se investigar como a
contabilidade pode ser uma ferramenta indispensável e fundamental, isso se justifica
para as pequenas e médias empresas, principalmente quando elas iniciam seu ciclo
operacional, onde as informações são evidenciadas pela contabilidade e podem
direcionar o empreendedor a decidir de forma acertada e alavancar seu negócio.
Esse é um trabalho que foi desenvolvido como método de Revisão de
Literatura, trata-se uma pesquisa qualitativa e descritiva. Assim não foi exploratória,
não foi experimental, não foi estudo de caso, não utilizou hipótese não utilizou
proposição de nenhuma intervenção e teve como referência autores como José Carlos
Marion, Osni Moura Ribeiro, Iudícibus entre outros foram utilizadas fontes confiáveis,
14
tais como pesquisas em livros, artigos, monografias, revista e sites de buscas,
especializados na área.
15
2. CONTABILIDADE E EMPREENDEDORISMO
2.1 HISTÓRIA E USUÁRIOS DA CONTABILIDADE
A contabilidade é a linguagem dos negócios, e a partir dela, a empresas podem
criar estratégias para seu crescimento. Ela surge através da necessidade dos seres
humanos de contabilizar o seu patrimônio, a sua utilização passou a ser mais
necessária após a revolução industrial e ganhou mais força com a globalização.
A história da Contabilidade é tão remota, que Sá (1997) a descreve como “A
contabilidade nasceu com a civilização e jamais deixará de existir em decorrência
dela; talvez, por isso, seus progressos quase sempre tenham coincidido com aqueles
que caracterizam os da própria evolução do ser humano”.
A Contabilidade pode ser descrita instrumento que fornece o máximo de
informações uteis para a tomada de decisões dentro e fora das empresas. Ela é muito
antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decisões. Com o passar
do tempo o governo começa a utilizar-se dela para arrecadar impostos e a torna
obrigatória para a maioria das empresas (MARION, 2009).
Nesse sentido, Iudícibus e Martins (1994) afirma que a contabilidade ao longo
do tempo exerce o mesmo papel que apresenta a história no desenvolvimento da vida
da humanidade. Através de seus registros a contabilidade faz com que se conheça o
passado e o presente da condição econômica da corporação, dessa forma este
registro retrata a possibilidade de orientações de planos futuros para uma
organização.
Assim sendo, entende-se que a Contabilidade cada dia que passa ganha mais
formas e mais finalidade. Exemplo disse é que passou vários anos estagnada e nos
últimos anos sofre várias alterações para se padronizar ao redor do mundo. Além da
função de controlar o patrimônio ela serve para registrar fatos contábeis, gerir
negócios, buscar novas fontes de investimentos e até a finalidade de investigar.
Segundo Iudícibus, Marion e Faria (2009, p.32) o objetivo principal da
contabilidade é “o de fornecer informações estruturadas de natureza econômica,
financeira e subsidiariamente, física, de produtividade e social para os usuários
internos e externos a entidade objeto da Contabilidade”.
Conforme autores supracitados, pode-se notar tamanha importância da
Contabilidade nas tomadas de decisão, tendo em vista que as informações do
patrimônio abrangem um vasto público que necessitam de informações fidedignas,
para que suas decisões sejam tomadas de modo acertado.
16
As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCT), aborda que a Contabilidade
tem “objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – e consiste em conhecimentos
obtidos por metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e busca
das causas, em nível qualitativo semelhante às demais ciências sociais”.
Os principais usuários da contabilidade são os empresários, investidores,
empreendedores e as empresas, que a vai partir dela gerir seus negócios, identificar
oportunidade e criar novas formas de gestão, receber e de fazer novos investimentos
e ainda tem o governo que irá a partir das informações fornecidas vê a tributação da
empresa.
A NBCT classifica como usurários da informação dois tipos de usuários o
interno e externo: os usuários internos compreende os administradores de todos os
níveis, que habitualmente se valem de informações mais desenvolvidas e específicas
em torno da Entidade, em especial aquelas relacionadas ao seu ciclo operacional. Já
os usuários externos têm sua atenção voltada de forma geral, em aspectos mais
genéricos, definidos nas demonstrações contábeis.
Basso (2011) define que “Os usuários da contabilidade são todas as pessoas
físicas ou jurídicas que, direta ou indiretamente, tenham interesse no desenvolvimento
da entidade, ou seja, administradores, diretores e executivos; sócios e acionistas da
entidade; bancos, financiadores e investidores; fornecedores; governos federal,
estaduais e municipais”.
Crepaldi, (2003, p. 29) vai um pouco mais além e trata que: “A ampliação do
leque dos usuários potenciais da contabilidade decorre da necessidade de uma
empresa evidenciar suas realizações para toda a sociedade”.
Dessa forma nota-se que os usuários, são diversos e todos em busca do
mesmo objetivo, saber como anda a saúde financeira da empresa, para utilizar essa
informação seja ela na melhoria dos processos, ampliação, empréstimos,
financiamento, posição no mercado, entre outros.
2.2 CONTABILIDADE NO BRASIL
No Brasil a Contabilidade sofreu forte influência da Contabilidade Europeia, que
estudava praticamente só a teoria da Contabilidade, e da Contabilidade norte-
americana, que enfocava muito mais a pratica contábil, procurando atender as
necessidades do usuários através de uma Contabilidade útil para a gestão cada vez
17
mais uniforme, facilitada e informatizada, antes da criação da Lei das Sociedades
Anônimas a Lei 6404/76, sociedade empresarial, cujo objetivo principal é o lucro, com
capital social dividido por ações, a contabilidade no Brasil era gerida, apenas pelo
Código Tributário Nacional (CTN),Lei 5.172/ 66, lei Brasileira que institui as normas
gerais de direito tributário, e, após a sua criação esta Lei sofre três alterações para
se padronizar às normas internacionais de Contabilidade.
Na visão de Teles (1989, p.52) a Lei das Sociedades por Ações foi criada “dada
à necessidade de aprimorar a qualidade das informações contábeis e da sua ampla
difusão, de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da
empresa e de seu desempenho econômico”.
Para Bacci (2002, p.134), “a nova lei veio consagrar a adoção do sistema
contábil americano com algumas contribuições brasileiras de relevância, sendo
algumas práticas essencialmente nacionais como a correção monetária”.
Diante do exposto pelos autores, pode-se notar que a Lei das Sociedades por
Ações, foi criada devido a uma necessidade e acabou contribuindo para a sistema
contábil americano, o Brasil existem os órgãos reguladores da contabilidade,
responsáveis pela elaboração e divulgação das normas nacionais.
Os principais órgãos reguladores da contabilidade no Brasil é o Conselho
Federal de Contabilidade (CFC), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Comitê de
pronunciamentos Contábeis (CPC), Conselho Regional de Contabilidade (CRC)
A contabilidade tem como suas principais ferramentas, as suas
demonstrações contábeis, Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do
Exercício, Demonstração do Resultado Abrangente, Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido e a Demonstração do Valor Adicionado, esta última se empresa
de capital aberto, auxiliar os empreendedores a expandir seus negócios.
2.3 EMPREENDEDORISMO E EMPREENDEDOR
Constantes são as comparações entre empreendedorismo e empreendedor,
porém são coisas totalmente diferente, empreendedor é aquele que tem ideias
inovadoras que sempre expande seus negócios e busca novas oportunidades, já
empreendedorismo, é visto sempre como a busca de oportunidades, criação de novos
valores e estar sempre à frente em busca de inovação.
18
Segundo Drucker (1974): Empreendedorismo é prática; visão de mercado;
evolução, O autor ainda traz: “O trabalho específico do empreendedorismo numa
empresa de negócios é fazer os negócios de hoje serem capazes de fazer o futuro,
transformando-se em um negócio diferente” [...] Empreendedorismo não é nem
ciência, nem arte. É prática. ”
Já Filion (1991) dá uma visão menos ampla ele define o empreendedor como
“alguém que concebe, desenvolve e realiza visões”.
De acordo com os autores, nota-se o quanto são vastas as definições de
empreendedor e empreendedorismo, sempre mostrando que ambos estão
relacionados a empresa, demonstrado que a prática e a inovação são alguns dos
principais elementos para o crescimento e a evolução das realizações empresariais.
Dornelas (2001) que traz o empreendedor como “é aquele que detecta uma
oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos
calculados.
Desse modo o autor enfatiza que ser empreendedor não é simplesmente sair
criando ou inventado novidades aleatoriamente, o empreendedor é aquele que se
cerca de todos lados, antes de lançar sua estratégia, busca sempre assumir riscos
calculados.
Já o termo empreendedorismo surgiu no início do século XX quando o
economista Schumpeter (1949) o relaciona com a ideia de criatividade e inovações.
Numa sociedade em que predomina um modelo econômico fundamentado no
capitalismo de mercado, a visão empreendedora propõe a busca de novas
oportunidades e possibilidades com intuito de promover bens econômicos.
Entre a construção do termo empreendedorismo e a sua efetiva prática no
momento atual, houve um grande desenvolvimento, tanto do ponto de vista social
quanto empresarial, o que pode ser observado na complexa rede de legislações, tais
como: a trabalhista a tributária dentre outras. Todo elemento social faz parte do todo,
logo o empreendedorismo também faz parte do todo denominado economia.
A cartilha de empreendedorismo do SEBRAE 2015 eleva o tema com “Sua
relevância está associada aos potenciais benefícios que a ação empreendedora
acarreta. Por exemplo, o surgimento de novos empreendimentos cria condições para
um desenvolvimento econômico e social continuado em regiões carentes”.
Segundo Timmons (citado por DOLABELA, 2006), "o empreendedorismo é
uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a revolução
19
industrial foi para o século 20", ao comparar com a revolução industrial, a grande
responsável por radicais mudanças no século 20, demonstra o grau de importância
para a sociedade do tema empreendedorismo.
No Brasil o empreendedorismo ganha forma a partir da criação do SEBRAE
que foi o pioneiro em apoio às micro e pequenas empresas disponibilizando matérias
cursos palestras entre outras fontes de auxílio para o crescimento dessa classe, como
é citado por (DORNELAS, 2005, p.26):
O movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na década de 1990, quando entidades como SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas. Antes disso, praticamente não se falava em empreendedorismo e em criação de pequenas empresas”.
Atualmente o Brasil é um grande criador de novos e jovens empreendedores,
principalmente no que diz respeito a novas tecnologias o que é uma forte ferramenta
em vários setores da economia do país, principalmente após o bum da globalização,
onde está atento a novidades é estar à frente.
Segundo Chiavenato (2007), na verdade, o empreendedor é a pessoa que
consegue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os
negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades.
Um empreendedor é capaz de imaginar, idealizar e criar seu negócio, mas para
que esse negocia seja bem sucedido faz necessária a presença de uma boa gestão
contábil. Se faz necessário que se dê a devida importância à contabilidade para que
ela possa andar junto às empresas, buscando os melhores caminhos a serem
percorridos para que seus objetivos sejam alcançados.
20
3. ASPECTOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS DA CONTABILIDADE E
DO EMPREENDEDORISMO
3.1 PATRIMÔNIO E ASPECTOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS DA
CONTABILIDADE
Neste capitulo será apresentado como é importante compreender o
funcionamento dos aspectos dentro da contabilidade, pois eles nos mostrarão com
clareza, tudo que faz parte do patrimônio da empresa dentro do aspecto qualitativos,
apresentando uma visão do que compõe o patrimônio, enquanto os aspectos
quantitativos, retratam em valores tudo que há na empresa, será apresentado um
breve conceito do que é patrimônio e o que faz parte dele.
Observa-se os conceitos relacionados ao Patrimônio na Contabilidade, para
que se possa compreender suas funções e entender a importância dos aspectos
qualitativos e quantitativos do patrimônio, conhecimento este que possibilitará uma
tomada de decisão de forma mais acertada, apresentam-se os respectivos conceitos
segundo (RIBEIRO, 2013).
Patrimônio é o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações de uma pessoa,
avaliado em moeda. Os Bens são as coisas capazes de satisfazer as necessidades
humanas e suscetíveis de avaliação econômica. Já o Direito - receber do cliente o
valor da respectiva venda no prazo determinado, constitui direito todos os valores que
a empresa tem a receber de terceiros (cliente, inquilinos etc.). Enquanto as Obrigação-
são todos os valores que a empresa tem a pagar para terceiros (fornecedores,
proprietários de imóveis, empregados, Governo, bancos e etc.).
Compreender o patrimônio, ajuda ao desempenho da manutenção econômica
das empresas, devido a relevância de suas informações, onde após entendimentos
dos conceitos, fica mais fácil entender os aspectos qualitativos e quantitativos. Para
Ribeiro (2013, p.19), os aspectos qualitativos “Consiste em especificar, segundo a
natureza de cada um, Bens, os Direitos e as Obrigações”
21
Figura 1 - Aspectos qualitativos do patrimônio
Patrimônio
Fonte: Ribeiro (2013, p. 19)
Os aspectos quantitativos traduzem em números as informações, trazendo
valores que ajudarão a análise dos dados para tomadas de decisões. Ainda para
Ribeiro (2013, p. 20) “Esses aspectos consistem em dar a esses Bens, Direitos e
Obrigações, seus respectivos valores, o que leva a conhecer o valor patrimonial da
empresa.
Bens
Dinheiro
Veículos
Direitos
Duplicadas a receber
Promissórias a receber
Obrigações
Duplicatas a pagar
Impostos a pagar
22
Figura 2 - Aspectos quantitativos do patrimônio
Patrimônio
Fonte: Ribeiro (2013, p. 20)
Após a análise, e demonstração de tais aspectos, a Contabilidade pode ir mais
a fundo, orientando seu cliente em qual o melhor caminho para a continuidade,
renovação ou até mesmo a reformulação do negócio, que se encaixe melhor no seu
perfil.
A Contabilidade é quem pode diagnosticar as deficiências da empresa,
portanto, não esquecendo que o sucesso depende de que os empresários e
empreendedores passem as informações corretas para que a Contabilidade possa
fazer seu papel com excelência.
De acordo com Marion (2009) a contabilidade é uma ferramenta de grande
importância, pois auxilia a administração na tomada de decisões. Na realidade, ela
coleta todas as informações econômicas, mensuradas monetariamente, mostrando-
Bens
Dinheiro--------------------R$5.000,00
Veículos------------------R$50.000,00
Máquinas-----------------R$10.000,00
Direitos
Duplicatas a Receber----R$3.000,00
Promissórias a Receber-R$2.000,00
Obrigações
Duplicatas a Pagar -------R$8.000,00
Impostos a Pagar -----------R$500,00
23
os e resumindo-os em forma de relatórios ou de notas, que contribuem
excessivamente para a tomada de decisão.
As informações contábeis são de suma importância, pois a contabilidade
estuda e controla o patrimônio e suas variações, por meio dos registros das
demonstrações e a interpretação dos fatos apresentados, é através desse relatórios
provenientes da contabilidade, que os interessados podem conhecer e analisar os
fatos que ocorrem dentro e fora das empresas em determinados períodos para
uma tomada de decisão, “uma empresa sem boa contabilidade é como um barco, em
alto mar, sem bússola à mercê dos ventos , quase sem chance de sobrevivência,
totalmente à deriva” (MARION, 2009, p.28).
A partir da visão do autor supracitado, pode-se dizer que as empresas precisam
ser parceiras da contabilidade, pois a partir da imersão a todos os fatos ocorridos na
empresa, é que será possível fazer as análises devidas para que se possa através
da coleta de dados, orientar de forma acertada qual será o melhor caminho a seguir.
3.2 CARACTERISTICAS EMPREENDEDORISMO.
Muitas são as características relacionadas ao Empreendedorismo, pois
empreendedores possuem motivação própria e um desejo incessante de superação,
busca estar sempre a frente e aproveita as oportunidades, buscando lançar-se sempre
no mercado com novidades, que possam aquecer o mercado driblando tanto a
concorrência quanto os momentos de crise, empreendedores “são pessoas
diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não se
contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas,
referenciadas e imitadas, querem deixar um legado" (DORNELAS 2014).
De acordo com Dornelas (2016), o empreendedor de sucesso possui
características extras, além dos atributos do administrador, e alguns atributos
pessoais que, somados a características sociológicas e ambientais, permitem o
nascimento de uma nova empresa, presentes no quadro 1.
24
Quadro 1 - Características dos Empreendedores de Sucesso
São visionários Eles têm a visão de como será o futuro para seu negócio e sua vida, e o mais importante: tem a habilidade de implementar seus sonhos.
Sabem tomar decisões
Eles não se sentem inseguros, sabem tomar as decisões corretas na hora certa, principalmente nos momentos de adversidade, fator- chave para seu sucesso. E mais: além de tomar decisões, implementam suas ações rapidamente
São indivíduos que fazem a diferença
Os empreendedores transformam algo de difícil definição, uma ideia abstrata, em algo concreto, que funciona, transformando o possível em realidade (kao,1978, kest de vries, 1997). Sabem agregar valor aos serviços e produtos que colocam no mercado.
Sabem explorar ao máximo as oportunidades
Para a maioria das pessoas, as boas ideias são daqueles que as veem primeiro, por sorte ou acaso. Para os visionários (os empreendedores), as boas ideias são geradas daquilo que todos conseguem ver, mas não identificam algo prático para transformá-las em oportunidade, por meio de dados e informação. Para Shumpeter (1949), o empreendedor é aquele que quebra a ordem correta e inova, criando mercado com uma oportunidade idêntica. Para kiirzner (1973), o empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identificar oportunidades na ordem presente. Porém, ambos são enfáticos em afirmar que o empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, um indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta.
São determinados e dinâmicos
Implementam suas ações com total comprometimento. Atropelam as adversidades, ultrapassando os obstáculos, com uma vontade ímpar de “fazer acontecer”. Mantêm- se sempre dinâmicos e cultivam certo inconformismo diante da rotina.
São dedicados Eles se dedicam 24 horas por dia, sete dias por semana, ao negócio. Comprometem o relacionamento com amigos, com a família e até mesmo com a própria saúde. São trabalhadores exemplares e encontram energia para continuar, mesmo em situações adversas. São incansáveis e loucos pelo trabalho.
São otimistas e apaixonados pelo que fazem
Adoram o trabalham que realizam. O amor pelo trabalho é o principal combustível que os mantém cada vez mais animados e autodeterminados, tornando-os os melhores vendedores de seus produtos e serviços, pois sabem, como ninguém, como fazê-lo. O otimismo faz com que sempre enxerguem o sucesso, em vez de imaginar o fracasso.
25
São independentes e constroem o próprio destino
Querem estar à frente das mudanças e ser donos do próprio destino. Querem ser independentes, em vez de empregados; querem criar algo novo e determinar os próprios passos, abrir os próprios caminhos, ser o próprio patrão e gerar empregos.
Ficam ricos Ficar rico não é o principal objetivo dos empreendedores. Elas acreditam que o dinheiro é consequência do sucesso dos negócios.
São líderes e formadores de equipes
Os empreendedores têm um senso de liderança incomum e são respeitados e adorados por seus funcionários, pois sabem valorizá-los, estimulá-los e recompensá-los, formando um time em torno de si. Sabem que, para obter êxito e sucesso, dependem de uma equipe de profissionais competentes. Sabem ainda recrutar as melhores cabeças para assessorá-los nos campos nos quais não detêm o melhor conhecimento.
São bem relacionados (networking)
Os empreendedores sabem construir uma rede de contatos que os auxilia no ambiente externo da empresa, junto a clientes, fornecedores e entidades de classe.
São organizados Os empreendedores sabem obter e alocar os recursos materiais, humanos, tecnológicos e financeiros, de forma racional, procurando o melhor desempenho para o negócio.
Planejam, Planejam, Planejam
Os empreendedores de sucesso planejam cada passo de seu negócio, desde o primeiro rascunho do plano de negócios até a apresentação do plano a investidores, definição das estratégias de marketing do negócio etc., sempre tendo como base a forte visão de negócio que possuem.
Possuem conhecimento
São sedentos pelo saber e aprendem continuamente, pois entendem que, quanto maior o domínio sobre um ramo de negócio, maior será a chance de êxito. Esse conhecimento pode vir da experiência prática, de informações obtidas em publicações especializadas, em curso ou mesmo de conselhos de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes.
Assumem riscos calculados
Talvez essa seja a característica mais conhecida dos empreendedores. Mas o verdadeiro empreendedor é aquele que assume riscos calculados e sabe gerenciar o risco, avaliando as reais chances de sucesso. Assumir riscos tem relação com desafios. Para o empreendedor, quanto maior o desafio, mais estimulantes será a jornada empreendedora.
Criam valor para a sociedade
Os empreendedores utilizam seu capital intelectual para criar valor para a sociedade, com a geração de empregos, dinamização da economia e inovação, sempre usando sua criatividade em busca de soluções para melhorar a vida das pessoas.
Fonte: DORNELAS (2016, p.23.)
26
Após análise do quadro acima, pode-se identificar facilmente a necessidade do
profissional de contabilidade se especializar também na área empreendedora, ele
precisa estar atento tanto as mudanças contábeis quanto as mudanças tecnológicas
e globais, para atender mais rápido e melhor possível a empresa, pois as oscilações
acontecem a todo momento e o contador precisa estar atendo para sinalizar a
empresa a tempo dela tomar atitudes que a faça sair das armadilhas comercias de
investimento ou a qualquer outra atividade de seu interesse. O empreendedor está
sempre um passo à frente e precisa de profissionais que o completem
Não importa em que tempo se fale de empreendedorismo, um dos postos a
serem sempre tocadas será a antecipação dos fatos, a perseverança e o desejo de
inovar, a busca constante pelo conhecimento, a eficiência e a visão voltada ao futuro.
27
4. CONTABILIDADE EMPREENDEDORA
Este capitulo abordará a importância da contabilidade empreendedora e como
ela pode ajudar a manutenção das empresas no mercado, direcionando-as nas
tomadas de decisões para que elas sejam realizadas de forma acertada trazendo êxito
as atividades desenvolvidas, visto que a contabilidade é uma fonte de informação
muito importante para as empresas.
A contabilidade tem um elo fortíssimo com o empreendedorismo, pois, a
geração de novos empreendedores e o sucesso dos mesmos estão diretamente
ligados com o aumento do mercado de atuação contábil, que por sua vez irá exigir
profissionais contábeis cada vez com mais habilidade para fornecer às empresas e
aos empreendedores, ferramentas mais eficientes e eficazes que assegurem a
continuação e sucesso dos empreendimentos. Dessa maneira, pode-se afirmar que
um empreendedor não precisa saber contabilidade, porém um contador precisa
compreender sobre de empreendedorismo para colaborar com seus usuários
buscando o sucesso e garantindo o sucesso da profissão contábil (ROCHA, 2018).
Segundo Rocha (2018) é de competência do profissional contábil ter a
capacidade de identificar potenciais lucros do mercado para atuação. Esse fato é cada
dia mais habitual, já que as demandas são necessárias. Gradativamente, uma nova
demanda está surgindo, melhor dizendo, é aberto um novo leque de serviços para os
escritórios contábeis, em razão de que são necessários serviços que venham a
empresários individuais.
“O empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio
para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados” (DORNELAS, 2011).
A partir do supracitado, fica notório que a imersão da contabilidade no
empreendedorismo, formará profissionais cada vez mais abeis para enfrentar esse
mercado onde muitos empresários não são nem contadores e nem empreendedores
e precisam desse profissional para orientar e conduzir a empresa no melhor caminho
para seu crescimento.
A contabilidade é o segundo serviço mais buscado pelos empreendedores,
devido a necessidade de gestão financeira nas empresas. O empreendedor apresenta
algumas qualidades diferente dos demais profissionais como, boas ideias,
determinação, iniciativa e criatividade, é extremamente importante que este obtenha
o suporte técnico necessário no processo de gerenciamento de sua empresa,
28
assessoria esta ofertada pelo profissional da contabilidade. Dessa forma, todo
empreendedor precisa de um incentivo, e essa fonte é a contabilidade. A qual é
responsável pelo crescimento seguro do empreendimento (ALVES, 2018).
A palavra empreendedorismo tem sido muito divulgada em todo o país, em
proporção nunca vista antes. O empreendedor é um indivíduo diferente dos demais.
Suas ideias são promissoras e cativantes. Através do caminho aberto por
empreendedores, criou-se oportunidades arrebatadoras para também outros
profissionais, como os contabilistas e outros que prestam assessorias, e que precisam
ter certezas para tomar decisões corretas (BARCO, 2014).
O empreendedorismo é o método de criar algo novo com valor, atribuindo
tempo e esforço necessário, considerando os riscos financeiros, psíquicos e sociais
equivalentes e recebendo as recompensas decorrentes da satisfação e da
independência financeira e pessoal. (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2009, p.30).
Do acordo com o que relatam os autores supracitados, o Empreendedor é
aquele que assumes os riscos, e o contador aquele que o orienta para que sigam
caminhos mais confiáveis, essa importante união faz com que os passos sejam longos
e os caminhos trilhados com o máximo de segurança
Um empreendedor é capaz de imaginar, idealizar e criar seu negócio, mas para
que esse negocia seja bem-sucedido faz necessária a presença de uma boa gestão
contábil, portanto, é necessário que seja dada devida importância à contabilidade para
que ela possa andar junto às empresas, buscando os melhores caminhos a serem
percorridos para que seus objetivos sejam alcançados.
De acordo com Ely (2011) a maior dificuldade apontada pelo representante
da categoria, contudo, relaciona-se ao empreendedorismo na profissão. Atualmente o
contador tem que reformular o que ele faz e criar para fazer muitas outras tarefas de
prestação de serviço. É necessário expandir-se para área de estoque e controle,
financeiro das empresas. O desafio é reinventar suas funções com o uso de alta
tecnologia e aumentar o leque de serviços oferecidos.
Deste modo, para uma melhor posição no mercado, o Contador precisa se
qualificar- se cada dia mais, buscando novos nichos para sua atuação, se atualizando
e fazendo buscas nos mercados atuais de forma em que a característica de
empreendedor seja um importante aliado no mercado oferecendo serviços
complementares, os quais precisariam ser contratados separadamente há tempos
atrás.
29
Segundo Santiago (2006) “conhecer a realidade, agir de acordo com esse
conhecimento e interpretar o ambiente podem ser as ferramentas que determinarão o
sucesso da empresa”. Conhecer a realidade significa acompanhar de perto os
resultados, as decisões e utilizar as ferramentas necessárias para que as decisões
sejam fundamentadas em informações confiáveis e seguras.
A seguir, autores diferentes, fazem menção à realidade da união entre
empresas e contabilidade. Fica clara a presença da necessidade de que o dialogo
será mais propicio quando ambas as partes estiverem tratando dos assuntos da
empresa com domínio nas informações, onde o contador poderá passar dados e
informações, tanto pelo ponto de vista contábil, como também apresentar caminhos
empreendedores para o bom andamento da empresa.
Uma empresa sem Contabilidade é uma entidade sem memória, sem
identidade e sem as mínimas condições de sobreviver ou de planejar seu
crescimento. Impossibilitada de elaborar demonstrativos contábeis por falta
de lastro na escrituração, por certo encontrará grandes dificuldades em obter
fomento creditício em instituições financeiras ou de preencher uma simples
informação cadastral (SILVA, 2002, p.23).
Santiago (2006, p.49) afirma que, “todo planejamento financeiro deve ter por
base registros contábeis que se constituem em ferramentas de fundamental
importância na medida em que trazem informações gerais para a tomada de decisão”.
Segundo Dornelas (2008), pelo fato de o empreendedor “saber aonde quer
chegar, criar uma empresa com planejamento prévio, ter em mente o crescimento que
quer buscar para a empresa e visar à geração de lucros, empregos e riqueza”.
É visível nas citações acima, a expressão planejar, pois essa é uma das
principais funções da contabilidade, que é fundamental para a melhor gestão, e
impulsiona a empresa a planejar o melhor caminho a ser percorrido, buscando o
sucesso, e a manutenção e sobrevivência da empresa, nesse senário onde sai na
frente quem melhor entende e conduz seu negócio.
Na visão de Rocha (2018) atualmente o contador precisa também ser
empreendedor e está pronto para gerenciar um negócio, tanto ao abrir um escritório
de contabilidade que ofereça serviços de alta qualidade aos usuários, quanto dando
30
auxilio as empresas a tomarem decisões, ampliando desse modo seu mercado de
atuação. O contador que possuir visão empreendedora terá maior capacidade para
atender às necessidades do mercado de trabalho na qual ele atua, dessa forma terá
melhor compreensão dos processos mercadológicos e ambientais que envolvem o
empreendimento desde o momento de sua concepção.
Para Vieira (2008, p.77), “não se pode afirmar que a contabilidade seja um fator
preponderante no crescimento da empresa, mas as ferramentas contábeis auxiliam
as empresas a obterem melhor desempenho e a administrar seus negócios”. De
acordo com o autor, não se pode afirmar tamanho envolvimento no bem-estar da
empresa, mas fica nítido em meio a essa citação, que a contabilidade é possuidora
de grandes méritos por trás de uma empresa bem-sucedida. Não esquecendo, que a
informação precisa e claro é o pontapé inicial para este relacionamento viver em
expansão.
Como observado, a contabilidade é uma fonte de vida para as empresas, por
todos os capítulos deste trabalho, percebe-se que o empreendedorismo além de
precisar contar com um empreendedor destemido, precisa está vinculado com a
contabilidade, dessa forma ser empreendedor é ousar inventar, inovar e ir sempre
além, como também podemos perceber que existe a necessidade do contador, que
fará a ligação entre o sonho e a realidade, auxiliando este visionário nas tomadas
de decisão, calculando os riscos e aproveitando as oportunidades.
Com o mercado empreendedor aquecido, não se faz necessário que o
empreendedor seja contador, mas as mudanças tecnológicas e a disputa por melhor
inserção no mercado, faz se necessário que o contador seja um empreendedor para
alcançar melhor espaço no mercado, contemplando as empresas com esse
diferencial.
De acordo com Sá (2008) o homem encontra-se em uma era, que se
representa, essencialmente, em inovação, tecnologia avançada, e, acima de tudo, em
pessoas com diversas habilidades. A contabilidade, nesse tom, trouxe o
acompanhamento das transformações sociais. Por intermédio da evidenciação,
dispõe do propósito de divulgar a realidade patrimonial dispostas pelas organizações.
Fica mais fácil compreender a necessidade dessa integração, no momento
em que se pensa em uma gestação, onde a empresa é o embrião e a contabilidade
seu médico, que desde muito cedo passará a acompanhar seu desenvolvimento,
analisando e indicando as melhores fontes de crescimento, para que esse pequenino
31
embrião possa crescer saudável e assim após o seu nascimento, a contabilidade
munida de fontes seguras e de passos bem traçados continuará registrando atos e
fatos econômicos e financeiros para que a empresa possa ter um futuro saudável
auxiliando suas tomadas de decisão eficiente e efetivamente.
32
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa propôs mostrar a importância do Empreendedorismo na
Contabilidade, e como essa interação do profissional de contabilidade é importante
para a manutenção e crescimento das pequenas empresas no pais, demonstrando
que a imersão da contabilidade no empreendedorismo formará profissionais cada vez
mais hábeis, para enfrentar o mercado onde muitos empresários não são contadores
nem empreendedores e precisam profissionais especializados para orientar e
conduzir a empresa no melhor caminho para seu crescimento.
A pesquisa reconhece a contabilidade empreendedora é uma escolha acertada
para as empresas pois, o mercado está cada vez mais disputado, portanto passa a
exigir profissionais contábeis com mais habilidade, para fornecer às empresas e aos
empreendedores, ferramentas mais eficientes e eficazes que assegurem a
continuação e o sucesso dos empreendimentos.
Esse trabalho teve como objetivo geral, demonstrar valores aos quais a
Contabilidade Empreendedora agrega aos negócios, o qual foi alcançado no momento
onde demonstra-se que um empreendedor não precisa ser um contador, mas se faz
necessário que o contador seja um empreendedor para que a contabilidade continue
sendo uma fonte de vida para as empresas, ajudando no planejamento e auxiliando
no seu desenvolvimento e manutenção além de ampliar ainda mais essa relação entre
a Contabilidade e o Empreendedorismo.
Os objetivos específicos descrevem os conceitos de Contabilidade e de
Empreendedorismo, a importância de cada área em detalhes e especificando os
aspectos qualitativos que referem–se a tudo que há na empresa, como os
quantitativos, que demostram seus valores monetários e explicar o papel e a
importância da Contabilidade Empreendedora nas Pequenas Empresas, elo que
possibilita o bom desempenho e manutenção econômica das pequenas empresas.
Essa pesquisa não se esgota com esse trabalho e recomenda-se que o mesmo
possa servir de base para futuras pesquisas na área do Empreendedorismo Contábil,
por se tratar de um tema tão relevante para a Ciência Contábil.
33
REFERÊNCIAS
BACCI, João. Estudo Exploratório sobre o Desenvolvimento Contábil Brasileiro - uma Contribuição ao Registro de sua Evolução Histórica. 2002. 175p. Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade Estratégica) – Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, São Paulo, 2002. Disponível em: < >http://tede.fecap.br:8080/jspui/bitstream/tede/578/1/Joao_%20Bacci.pdf > Acesso em 15 de outubro 2018.
BARCO, J. Empreendedorismo e Contabilidade. 2014. Disponível em <
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/empreendedorismo-
contabilidade.htm > Acesso em: 14 outubro 2018.
BASSO, Irani Paulo. Contabilidade geral e básica. 4. ed. rev. Ijuí: Unijuí, 2011. 376p
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor:
empreendedorismo e viabilidade de novas. 2.ed. rev. e atualizada. São Paulo: Saraiva
2007.
Conselho Federal de Contabilidade. Princípios fundamentais e normas brasileiras de contabilidade/ Conselho Federal de Contabilidade. – 3. ed. -- Brasília : CFC, 2008.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial. São Paulo – SP. Atlas, 2003.
DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa: uma idéia, uma paixão e um plano de negócios: como nasce o empreendedor e se cria uma empresa. 14. ed. São Paulo: Cultura, 2006. 312p.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando ideias em negócios. 11º reimpressão. Rio de Janeiro: Elsevier, Ed. Campus, 2001.
DORNELAS, José Carlos Assis. Transformando ideias em negócios. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
34
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando ideias em
negócios. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
DORNELAS, José. Empreendedorismo: Transformando ideias em negócios. 5.
ed. Rio de Janeiro: Empreende/LTC, 2014
DORNELAS, José. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 6. ed. Rio de Janeiro: Empreende/Atlas, 2016. 288p.
DRUCKER, Peter. F. O Gerente Eficaz. Editora Zahar, São Paulo, 1974.
ELY, Lara. Qualificação: Mudanças na profissão apontam necessidade de
reciclagem. Disponível em
<https://crcro.jusbrasil.com.br/noticias/1002086/qualificacao-mudancas-na-profissao-
apontam-necessidade-de-reciclagem > Acesso em: 11 outubro 2018
FILION, L. J. O planejamento do seu sistema de aprendizagem empresarial: identifique uma visão e avalie o seu sistema de relações. Revista de Administração. v. 31, n. 3, p. 63-71, jul./set. 1991.
HISRICH, R. D.; PETERS, M. P.; SHEAPHERD, Dean A. Empreendedorismo. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009
IUDÍCIBUS, Sérgio de, MARTINS, Eliseu. Manual de Contabilidade por Ações. Atlas. São Paulo, 1994.
IUDÍCIBUS, Sergio de. MARION, José Carlos. FARIA, Ana Cristina de. Introdução à
Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2009.
MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 10. ed. - 2. reimpr. - São Paulo: Adas, 2009.
35
RIBEIRO, Osni Moura Contabilidade básica fácil – 29 ed.- São Paulo
ROCHA Denner H.D. O Contador Empreendedor: Ações Iniciais, Desafios, Riscos e Possibilidades. UFPR. CURITIBA, 2012
SÁ, A. L. Moderna análise de balanços ao alcance de todos. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2008.
SÁ, A. L. História Geral e das doutrinas da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1997
SABRA, Marcelo A. R.; ALVES Adenes T.; NEGREIROS Miguel C. V. Empreendedorismo, Gestão e Negócios. v. 7, n. 7, Mar. 2018, p. 503-512
SANTIAGO, M. F. O efeito da tributação no planejamento financeiro das
empresas prestadoras de serviços: um estudo de caso de desenvolvimento
regional. 2006. 139f. Dissertação de Mestrado – Universidade de Taubaté, 2006
SILVA, Daniel Salgueiro. Manual de Procedimentos Contábeis para Micro e Pequenas
Empresas. 5.ed. Brasília: CFC: Sebrae, 2002.
TELES, Odenildo de Sá. O aperfeiçoamento da contabilidade frente ao
desenvolvimento da economia brasileira. Revista brasileira de contabilidade, Brasília,
n.68, 1989.
VIEIRA, E.T.V. As ferramentas contábeis e o empreendedorismo no
desenvolvimento das micro e pequenas empresas: o caso das empresas de
panificação da cidade de Campo Grande /MS. Campo Grande MS / 2008.