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Trabalho acadêmico Senai Artes Gráficas
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O SAGRADO E O PROFANO NA OBRA DE “CALMA”
EMPÍRICA Cultura Experimental | Março de 2012 | Ano I | N°1
FEIRA DO LAVRADIO: DO EXPERIMENTAL AO ALTERNATIVO
2 - MARÇO / 2012
Tentar de novo ou tentar o novo?
EXPEDIENTEJabró - www.jabro.comTiragem: 5000 Edição: Abril 2012
Jabró é uma publicação, com apresentação na forma de layout impresso, utilizada para avaliação individual do conteúdo da disciplina Projeto de Peri-ódicos, do Curso Técnico de Comunicação Visual, do SENAI Maracanã.
Projeto Gráfico:
Matheus Lamoço OlivieriOrientação: Profª Cristina Mara S. Monteiro
Conselho Editorial
Caroline MaiaMarcio BellotRedaçãoRosana PradoVitor Gonçalves
Fotografia
Maurício FlorezMatheus Lamoço Matheus VidalTatiane de CastroTulio Cunha
É com muita alegria que fizemos nascer a primeira edição da re-vista Empírica, veículo que tratará de assuntos ligados a experimen-tação e cultura alter-nativa para um público interessado em artes plásticas, música, te-atro, cinema e afins.O empirismo está presen-te em espírito no que se põem a prova, naquilo
que vê em cada opor-tunidade um meandro para arriscar. Empirismo é semanticamente tentar, mas acima de tudo dis-seminar a inovação.Respaldada nesse sen-
timento, a Empírica traz em si o objetivo de pro-porcionar a você uma vi-trine com o conteúdo de quem tem feito o novo, e de si um sonho ainda maior: instigar.
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SUMÁRIO
EDITORIAL 02CALMA 04LAVRADIO 11
Foto por Carolina Carpinteiro
Obra de Stephan Doitschinoff
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O sagrado e o profano na obra de “Calma”
O trabalho de Stephan Doitschinoff é considera-do uma das intervenções mais admiráveis na esté-tica no espaço urbano. A expressão alternativa de suas imagens nos permite lançar um novo olhar para a cidade.
O PICASSO
Obra de Stephan Doitschinoff
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O Paulistano Stephan Doitschinoff, mais co-nhecido no mundo das artes como Calma, sem dúvidas figura entre os nomes mais importantes da cena artista brasi-leira atualmente. Desde que pintou toda a cida-de de Lençóis do interior da Bahia (Brasil, 2008), que sua obra vem pas-sando por um processo de transformação evi-dente. As suas criações
têm saltado da perspec-tiva do mural e da tela para incorporar toda a criação do ambiente à volta. Materializando na própria textura do espa-ço instalações visuais e plásticas e objetos em multiperspectiva que es-tabelecem novas formas de comunicação com o público. Com inspiração em templos e locais sa-grados, Stephan tem de-senvolvido propostas de
instalação para galerias e museus.
Autodidata, Ste-phan Doitschinoff, co-nhecido como Calma, filho de um pastor evan-gélico, neto e bisneto de espíritas e com pas-sagem por terreiros de umbanda, tem sua obra marcada por elementos religiosos. Durante a ju-ventude, já mergulhava em aspectos das religi-ões orientais, alquimia e
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arte sacra que também foram incorporados à sua obra.
Envolvido com o skate e movimentos punk e hardcore de São Pau-lo, passou a mostrar seus trabalhos para outros pú-blicos e assimilar novas características, quando também, em parceria com o cenógrafo Zé Carratu, passou a elaborar capas de discos de bandas e ce-
nários para grandes shows de rock da década de 90.
Em 2001, criou o Fes-tival de Cultura Indie com a reunião de bandas, curtas-metragens, fanzines e selos independentes, além das exposições individuais de fotógrafos e pintores. Em seguida, passou a incorpo-rar à pintura outros elemen-tos como pôsteres, adesi-vos e estênceis, o que deu um vigor mais urbano para
suas obras e rendeu con-vites para exposições nos Estados Unidos e Europa.
Após fazer uma re-sidência na Inglaterra, re-tornou ao Brasil e mudou-se de São Paulo para a cidade de Lençóis, no in-terior da Bahia, onde viveu durante três anos, expe-riência esta retratada no livro Calma – The Art of Stephan Doitschinoff e no documentário Temporal.
Prêmios
Em 2006, ilustrou o ál-bum do Sepultura, Dante XXI, e ficou com o se-gundo lugar no Prêmio Jabuti de Literatura pela ilustração do livro Pala-vra Cigana, uma trabalho marcado pelas “colagens que reproduzem o ca-ráter caleidoscópico da cultura cigana”.
Em 2009, foi eleito ar-tista revelação pela APCA.
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Inspirado pelas cren-ças e histórias de seus moradores, Stephan Doits-chinoff desenvolveu seu projeto artístico mais audacioso por meio de intervenções nas casas de famílias de várias co-munidades, assim como pintando uma capela e túmulos no cemitério de Lençóis. Essas experi-ências, que colocaram a cidade na rota nacional de
história de arte alternati-va, estão registradas no documentário Temporal.
Em abril de 2010, montou exposição na Galeria Choque Cultu-ral, onde, além de expor pinturas e objetos, en-cenou uma performan-ce da qual participaram as atrizes Kika Martinez e Carolina Manica. No mesmo ano, a convi-te do grupo de hip hop
N.A .S .A . ,desenvolveu uma animação para a música Strange Enough.
Já expôs suas obras no Museu de Arte de São Paulo e Museu de Arte Contemporânea de San Diego e, em 2011, reali-zou sua segunda expo-sição individual em Nova Iorque na Galeria Jona-than LeVine (a primeira foi em 2008 e se chamou Novo Mundo).
Em 2010, teve o projeto A Mão sele-cionado pelo edital do Prêmio Interações Es-téticas em Pontos de Cultura, do Ministério da Cultura. O prêmio contemplou a feitura de uma escultura em cerâ-mica de 1,80m de altu-ra, instalada na frente do Museu Afro Brasil, no Parque Ibirapuera.
10 motivos para ir à Feira do Rio Antigo
Todo primeiro sábado do mês, a partir das 10 da manhã, a Rua do Lavradio é tomada por um dos melhores eventos ao ar livre do Rio: a Feira do Rio Anti-go, que acontece desde 1996 e a cada edição recebe cerca de 20.000 pesso-as. Em dezembro, excepcionalmente, a oportunidade é dupla: além do dia 3, uma edição extra, especial de Natal, leva novamente o movimento à char-mosa viela da Lapa no dia 17. Veja por que o evento é uma bela desculpa para você levantar cedo da cama e aprovei-tar um sábado bem carioca.
NEÓFITOS
Foto por todorio.com
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1 - A Rua do Lavradio
Ir à feira é fazer um passeio pela memória da cidade. Aberta nos idos de 1770, a Rua do Lavradio foi a primeira rua residencial do Rio, e remete a grandes personalidades: Machado de Assis, Carmem Miran-da e o ator João Caetano, Duque de Caxias e Ma-dame Satã, representante histórico da malandragem carioca e morador do so-brado 171. Outro frequen-tador ilustre foi o jornalista João do Rio, que escreveu
3 - Antiquários
A atmosfera históri-ca está também nas lojas. A rua está cheia delas, repletas de antiguida-des, belíssimas peças e móveis decorativos. Para
4 - Ah, a culinária carioca...
Uma bela feijoada na Mangue Seco Ca-chaçaria é uma ótima e providencial pedida para recarregar as energias após o passeio. Com a Lavradio fechada ao trá-fego de veículos, é pos-sível sentar em mesas
2 - À feira!
É em torno dela que tudo acontece. A feira de antiguidades da Rua do Lavradio foi idealizada há 14 anos por um grupo de empresários do Pólo Novo Rio Antigo com o objeti-vo de revitalizar a região, então um canto esquecido do Centro. Hoje ela reúne mais de 400 expositores que vendem, além de peças
histórias sobre o passado da região, seus cabarés e casas de entretenimen-to - que no fim do século XIX chegou a abrigar seis teatros. Na decadência, a reforma urbana do prefei-to Pereira Passos levou ao chão a maioria das casas do lado direito da rua e sobrados foram converti-dos em cortiços. Parte do casario antigo permanece de pé, o que torna a arqui-tetura da região um dos atrativos do programa.
antigas, roupas, objetos de decoração, acessórios descolados e charmosos. A maioria é de produtos artesanais, produzidos em pequena escala - o que dá aquela cara de exclusivi-dade às peças. “Gosto da-qui porque encontro coisas diferentes e únicas”, diz a intercambista canadense Briana Anderson.
quem curte objetos retrô, na própria feira também é possível encontrar ra-ridades como discos de vinil e fotografias antigas da cidade.
no meio da rua e apre-ciar o prato, sem pressa, curtindo um solzinho de final de tarde. Para um lanchinho rápido, pipoca, algodão-doce e cocada são alguns dos quitutes que podem ser encon-trados por lá.
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5 - Lugar para todos
Do bebê de colo ao casal de idosos, tem espaço para todas as idades na Feira do Rio Antigo. Da mesma maneira que atrai
6 - Vai um choppinho?
Se à noite é um dos trechos mais movi-mentados da Lapa, de dia a rua do Lavradio não deixa a desejar. São
7 - Em novembro, edição especial
No penúltimo mês do ano, a Feira se transforma em uma grande celebra-ção cultural. No primeiro sábado de novembro, ela festeja o Dia da Cultu-
8 -Samba, chorinho e MPB
Pra completar o pro-grama, não podia faltar uma boa trilha sonora. A cada edição, acontecem na feira shows gratuitos de
9 - Esticando o programa
Quem tiver pique pode até emendar o programa noite aden-tro em uma ida ao Rio
10 - É grátis!
O passeio é perfei-to para fins de semana em que você não pre-tende gastar muito, mas também não quer ficar à toa em casa. Não paga-
casais de namorados, que aproveitam a atmosfera cheia de boemia e história para passear, a feira agrega jovens, adultos e crianças.
muitas as opções para degustar um bom chope gelado: Bar Brasil, Can-tinho do Senado, Santo Scenarium, entre outros.
ra, comemorado no dia 5 de novembro. A progra-mação envolve cortejos, passeios, desfiles, apre-sentações e performan-ces ao longo da rua.
samba e chorinho. Artis-tas de rua - malabaristas, grupos de teatro e dança-rinos - também costumam se apresentar por lá.
Scenarium, casa que todo sábado enche seus salões com muita música brasileira.
-se nada para entrar e a mistura de música, cultura e gente de todo canto é diversão garan-tida para o seu sábado. Vai perder?