Upload
others
View
2
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
EMEB: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Fase I
Aos educandos e suas famílias,
Ficaremos distantes da escola por um período, contudo, teremos de dar
continuidade aos processos de aprendizagem. Disponibilizamos atividades
específicas para cada turma da Educação Infantil (Fase I e Fase II).
Algumas atividades envolverão registros que poderão ser realizados em
cadernos ou folhas avulsas. Ao retornar à escola, vocês deverão trazer os
materiais e as atividades realizadas neste período. Todas as atividades
são baseadas em conteúdos que estamos trabalhando durante as aulas.
CULTURA INDÍGENA
A Diversidade Cultural é um tema para ser explorado na Educação
Infantil. Na escola promovemos a ampliação do repertório cultural das crianças
por meio de experiências com as histórias, músicas, jogos, brincadeiras etc,
por esta razão essa semana iremos trabalhar com a Cultura Indígena.
Em nossa rotina a valorização das diversas culturas e suas
particularidades é um trabalho contínuo e sistemático, buscando garantir os
direitos de aprendizagem, sendo muito importante para que as novas gerações
não se esqueçam das raízes que deram origem ao povo brasileiro.
Com o objetivo de despertar o interesse das crianças, sobre a
contribuição da cultura indígena, conhecer os hábitos e costumes indígenas e
estimular a criatividade. Iremos propor algumas atividades sobre esse tema
Leitura de História: O menino Poti
Olá crianças! Hoje vamos conhecer a história de um menino, o Poti, um
índio que mora na floresta. Vamos saber um pouquinho mais como os índios
vivem.
Para começar, você pode pedir para alguém da sua família acessar o
seguinte link https://www.youtube.com/watch?v=4r03QOUFgK8 e assistir ao
conto da história da autora Ana Maria Machado e ilustrado pelo Claudius. Se
não conseguirem, não tem problema, abaixo está a história reescrita pela
professora para alguém ler para você:
O Menino Poti
(Autora: Ana Maria Machado e Claudius)
O Menino Poti vive com seu pai em uma oca, em uma aldeia lá na mata,
ele é um menino muito bonito e usa um colar com a pena de tucano.
Ele anda de canoa no rio e sempre leva um pote com bananas para
casa, Durante seu passeio ele vê vários animais na floresta, o tatu e a cutia, vê
o tucano e o tico-tico.
O bebê macaco viu o menino Poti, ficou feliz, pulou e caiu, machucando
seu pé. O menino Poti disse: “Ai, ai, ai! Coitado do macaco!” e foi cuidar dele,
pegou o macaco com cuidado e colocou dentro da canoa, mas o danado do
macaco comeu todas as bananas do pote durante a viagem. A canoa leva o
menino Poti até a aldeia, Poti leva o macaco no colo até a oca e o pai de Poti
leva muita banana até a taba. E o bebê macaco continua comendo muito.
“De noite, a lua alumia a aldeia toda. Fica tudo iluminado!” o Poti no colo
do pai e o macaco comendo mais banana.
Após a leitura, converse sobre a história com quem leu para você:
• Gostou desta história?
• Onde mora o menino Poti?
• Qual o meio de transporte que Poti utiliza?
• Você conhece os animais que aparecem na história?
• O que será que os indígenas comem?
• Percebeu que os indígenas usam outro nome para “casa”? Eles a
chamam de OCA.
• Você acha que os índios são amigos dos animais?
Você percebeu quanta coisa legal aprendemos hoje com a história do
Menino Poti. Vamos observar as imagens da Oca e de alguns animais?
Oca Cutia
Macaco (mico) Tatu
Tucano
imagens são do site Dicionário Ilustrado Tupi Guarani
Você sabia que também comemos muitos alimentos que são de origem
indígena? Vou apresentar para você fotos de alguns deles.
Banana Batata-doce
Milho Pipoca
Mandioca Tapioca
Castanha de caju Peixe
Imagens do arquivo pessoal da professora Mayara Reis.
TINTA COM URUCUM
Com a história: “O menino Poti” aprendemos como vivem alguns
indígenas. Você sabia que cada tribo tem um jeito diferente e que eles pintam
seu corpo de acordo com a tribo que pertence?
Na cultura indígena os índios utilizam o urucum para pintar o corpo e
fazer suas pinturas artísticas nos objetos.
Você sabia que o urucum também é popularmente conhecido como
Colorau? É o pó formado pela trituração do urucuzeiro e utilizado como
corante alimentício dando a cor vermelha aos alimentos.
Na floresta eles tiram também a cola do tronco das árvores. Veja as
imagens abaixo, para que conheçam ou se recordem da árvore, do fruto e das
sementes.
Agora eu convido você a fazer tinta com urucum/colorau. Preparados?
Para fazer a tinta vamos precisar misturar alguns ingredientes e mexer
bem. A tinta estará pronta!
Materiais:
1 potinho
1 colher de café de colorau
2 colheres de sopa de cola
2 colheres de sopa de água.
Importante: Se for fazer pintura facial certifique-se que a criança não tem
alergia a corante e não use cola na mistura, apenas água e pó.
Auxiliando a criança coloque todos os ingredientes no potinho e mexa.
Se quiser uma coloração mais escura adicione mais pó de colorau. Enquanto
for realizando a mistura converse com a criança sobre a cor e as sensações
que ela sente ao misturar a tinta. Deixe a criança explorar a textura que se
formou com essa mistura.
Urucuzeiro (árvore do Urucum) Fruto e Sementes de urucum
Fotos do acervo da profª Mayara
Fotos arquivo pessoas da profª Cristiane
Agora que já aprendeu várias coisas interessantes sobre os índios,
vamos fazer um desenho da história: O menino Poti com a tinta de urucum.
Pode ser no caderno, no chão, na parede, utilizando hastes flexíveis, pincel ou
o próprio dedinho. Usem a criatividade e bom divertimento!
Caprichem!
Crianças, na cultura indígena as histórias são contadas pelos idosos da
tribo para as crianças e eles contam bastantes lendas, uma dela é a lenda da
mandioca que iremos conhecer agora.
LENDA DA MANDIOCA
Com alegria contagiante, Mani era uma indiazinha muito estimada pela
tribo tupi-guarani onde vivia. Ela era filha do cacique e havia engravidado, seu
pai muito bravo, queria saber de quem era o bebê que ela estava esperando.
O cacique obrigou a filha a dizer quem era o pai do seu filho, mas a índia
dizia que não sabia como tinha ficado grávida. A desonestidade da filha
desagradava muito o cacique.
Até que um dia, ele teve um sonho que o aconselhava a acreditar na
filha, pois ela continuava pura e dizia a verdade ao pai. Desde então, aceitou a
gravidez e ficou muito contente com a chegada da sua neta.
Certo dia, pela manhã, a mãe de Mani encontrou ela morta. Ela
simplesmente tinha morrido durante o sono e, mesmo sem vida, apresentava
um semblante sorridente.
Triste com a perda, sua mãe enterrou Mani dentro da sua oca e suas
lágrimas umedeciam a terra tal como se estivesse sendo regada.
Dias depois, nesse mesmo local nasceu uma planta, diferente de todas
as que conhecia, a qual ela passou a cuidar. Percebendo que a terra estava
ficando rachada, cavou na esperança de que pudesse desenterrar sua filha
com vida.
No entanto, encontrou uma raiz, a mandioca, que recebeu esse nome
em decorrência da junção do nome de Mani e da palavra oca, manioca, que
com o passar dos anos o nome tornou-se mandioca. Os índios passaram a
utilizar a raiz da planta para fazer farinha e uma bebida chamada cauim.
A lenda da mandioca, pertencente ao folclore brasileiro, é de origem
indígena. É ela que explica a origem dessa raiz nutritiva essencial na
alimentação dos índios.
Converse com a criança
Você sabia que dependendo da região do Brasil, a mandioca tem vários
nomes, no nordeste ela é conhecida como macaxeira e no Sul como Aipim.
Você já viu um pé de mandioca?
A mandioca é a raiz da planta e fica debaixo da terra
fonte da imagem: https://revistajurema.com/ciencia/o-que-e-que-mandioca/
Na lenda da mandioca o pai de Mani era um Cacique, você sabe o que é um
cacique?
O cacique é o chefe da tribo, abaixo segue a imagem do cacique Raoni da tribo
Caiapó que dedica a vida à preservação das florestas e direitos indígenas no
Brasil.
Agora crianças o que vocês acham de preparar um delicioso bolo de
farinha de mandioca?
BOLO DE MANDIOCA CRUA
Fonte:https://comidinhasdochef.com/bolo-de-mandioca-crua/
Ingredientes:
1 kg de mandioca crua ralada
3 xícaras (chá) de açúcar
100 g de margarina
1 xícara (chá) de leite
3 ovos
200 ml de leite de coco
Modo de preparo:
No liquidificador, coloque a mandioca ralada, o leite de coco, o
leite, a manteiga e os ovos. Bata por 2 minutos em velocidade alta, em
seguida adicione o açúcar e bata por mais 2 minutos. Despeje a mistura
numa forma untada e enfarinhada. Leve para assar em forno
preaquecido, 200ºC, por cerca de 40 minutos ou até dourar.
Espere esfriar e desenforme.
Aproveite esse momento e conte para alguém da sua família tudo
que aprendeu hoje sobre a cultura indígena!
Se cuidem e até a próxima!