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Embalagem Fibra Coco
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___________________________________________________________________________ Faculdade SENAI de Tecnologia Ambiental
Escola SENAI Mario Amato Av. Jos Odorizzi, 1555 So Bernardo do Campo SP
www.sp.senai.br/meioambiente - Tel.: 11 4109-9499
EMBALAGENS DE ALIMENTOS COM FIBRA DE COCO VERDE Gilberto Alves Rodrigues
Orientadora: Prof. MSc. Maria Luiza de Moraes L. Padilha Co-orientadora: Esp. Susi Uhren Meira Santos
Coordenador: Prof. MSc. Fernando Codelo Nascimento
Os ltimos anos foram marcados pela tomada de conscincia da sociedade humana dos
graves problemas ecolgicos que j afetam a vida do nosso planeta e de seus povos e que,
mais dramaticamente ainda, passaro a afetar o nosso futuro, caso no se chegue, o mais
rpido possvel, s novas formas de relacionamento entre o homem e a natureza.
GILBERTO GIL, 1996.
INTRODUO O propsito desta pesquisa foi demonstrar que os resduos da casca de coco verde, gerados
na sua comercializao in natura pelo consumo da gua de coco, so uma fonte potencial de
material para reciclagem, para a fabricao de embalagens de alimentos, ao invs de simples
disposio em aterros sanitrios.
PROBLEMAS GERADOS POR ESSES RESDUOS: a) contribuem para a diminuio da vida til dos aterros;
b) geram custos para a prefeitura com transporte e armazenamento desses materiais
volumosos;
c) colocados em qualquer lugar, poluem as cidades, tornando-se verdadeiros criadouros
de moscas e mosquitos.
OBJETIVO Propor a confeco de embalagens, como bandejas para alimentos com casca, utilizando as
fibras extradas do mesocarpo da casca de coco verde por um processo de reciclagem, em
substituio s embalagens plsticas e de isopor, minimizando impactos ao meio ambiente.
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Figura 1: coco aberto ao meio
O FRUTO COCO
A produo Nacional atinge dois bilhes de unidades (IBGE, 2004); Cerca de 15% da produo consumida ainda verde (SENHORAS, s.d); Para consumo da gua de coco in natura, estima-se que, em mdia, 300 milhes de
unidades ou 450 mil toneladas de resduos so geradas por ano.
Fonte: EMBRAPA, 2007
Figura 2: coco hbrido
PESQUISA DE CAMPO RESULTADOS: a) peso mdio da casca de coco: 1,840 kg;
b) casca de coco coletada no perodo: 767un;
c) total de resduos (ms): 1,2 tonelada;
d) mesocarpo: 79% a 81% dos resduos do coco;
e) 80 a 85% do coco verde torna-se resduo aps o consumo da gua.
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Fonte: Rodrigues, 2007
Figura 3: barraca de coco
PROCESSO DE OBTENO DA FIBRA BRUTA
Fonte: Rodrigues, 2007
Figura 4: casca de coco
Fonte: EMBRAPA, 2007
Figura 5: extrusora
Fonte: Rodrigues, 2007
Figura 6: fibra bruta
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Fonte: Rodrigues, 2007
Figura 7: cola e fibra
Fonte: Rodrigues, 2007
Figura 8: molde Fonte: Rodrigues, 2007
Figura 9: bandejas frutas
RESULTADOS DAS ANLISES
Teor de absoro de gua, mdia de 66,5%: mostra a capacidade da embalagem de absorver
gua e retornar s suas caractersticas aps secagem.
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TEOR DE UMIDADE
Teor de umidade, mdia de 57,69%: pode-se definir o tipo de equipamento a ser utilizado e o
processo de secagem.
TEOR DA MATRIA ORGNICA VOLTIL
Teor da matria orgnica voltil, mdia de 75,47%: indica a opo de utilizao das fibras no
co-processamento, atravs da energia calorfica.
TEOR DE CINZAS
Teor de cinzas, mdia de 5,07%: mostra a quantidade de matria inorgnica que pode ser
reaproveitada, como clcio, potssio, entre outras.
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DENSIDADE APARENTE
Densidade aparente, seco 0,229 t/m: a fibra aps seca reduz o seu volume e torna-se mais
leve caso necessite voltar para o aterro.
Densidade aparente, mido 0,885 t/m: o volume compactado e destinado para aterros
mostrou-se muito alto.
CONCLUSES Observaes do prottipo e anlises realizadas mostraram oportunidade de aproveitamento
desse resduo e representa:
sada sustentvel na gesto e minimizao dos resduos;
substituio de matrias-primas de fontes no renovveis;
reduo de gastos pblicos;
gerao de renda e trabalho;
aumento da vida til dos aterros, entre outros.
Porm, h necessidade de novas pesquisas como:
determinar tempo mdio de vida til, a capacidade fsica de sustentao, trao,
dentre outros ensaios;
pesquisa de outras resinas e equipamentos adequados.
DIFERENCIAL pesquisa indita na Faculdade SENAI de Tecnologia Ambiental;
nova alternativa de uso do resduo do coco verde como embalagens para alimentos;
possveis aplicaes para essas fibras, como:
9 isolante trmico e acstico; 9 recuperao de solo e margens de rios; 9 incorporao a outros materiais; 9 energia calorfica, dentre outras.
utilizao das fibras como matria prima em um processo til para a sociedade, dentro
do princpio da sustentabilidade e ecoeficincia.
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Fonte: RODRIGUES, 2007.
Foto 10: produtos feitos com casca de coco verde.
REFERENCIAIS ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas. Embalagens flexveis : NBR
11724:1979. Rio de Janeiro NT, 1979, 5 p. ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas. Resduos slidosclassificao:
NBR 10004:2004. Rio de Janeiro, 2004, 71 p. BIDONE, Francisco Ricardo Andrade; POVINELLI, Jurandir. Conceitos bsicos de
resduos slidos. 1. ed. So Carlos: EESC/USP, 1999. FELLENBERG, Gnter. Introduo aos problemas da poluio ambiental. 3. ed.
So Paulo: EDUSP; Springer, 1980.
GRIPPI, Sidney. Lixo: reciclagem e sua histria: guia para as prefeituras brasileiras. 2. ed. Rio de Janeiro: Intercincia, 2006.
MEDINA, Julio Csar. Coco: da cultura ao processamento e comercializao. So Paulo: Imprensa Oficial do Estado S/A, 1980.
PHILIPPI JR, Arlindo; ROMRO, Marcelo de Andrade; BRUNA, Gilda Collet. Curso de gesto ambiental. 1. ed. Barueri, SP: Manole, 2004.