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Formada em Audiovisual pela ECA/USP, com especialização
em Produção de Cinema e Televisão pelo Instituto del Cine –
Madri/Espanha.
Atua nas áreas de produção, produção executiva e roteiro.
Há 9 anos trabalha na Glaz Entretenimento, onde atuou como
coordenadora executiva nos filmes “Copa de Elite”, “Odeio o
Dia dos Namorados”, e nas séries “Historietas Assombradas
para Crianças Malcriadas”, “Vida de Estagiário”, entre outros.
Desde 2012 ministra a disciplina ‘Desenvolvimento de
Projetos’ no curso de produção executiva da AIC-SP.
LUIZA FAVALE
• Idéia (VIDEO-PROJETO)
-> O quê, em linhas gerais, pretendemos produzir.
• Desenvolvimento da Idéia (PROJETO)
-> O quê exatamente pretendemos produzir e como!
- Textos que deixem claro o que o curta-metragem vai ser.
- Cronograma e Orçamento demonstrando como isso é possível dentro da verba e do tempo previstos pela SPCINE.
DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS
O PROJETO DEVE CONTER O PLANEJAMENTO DETODAS AS ETAPAS DE DO CURTA-METRAGEM,TANTO NOS ASPECTOS CRIATIVOS, QUANTO NOSASPECTOS DE PRODUÇÃO/VIABILIZAÇÃO.
DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS
Os textos a serem apresentados variam de acordo com a Linha
em que cada projeto foi escrito.
Não se esqueça de, antes de iniciar a escrita do Projeto, reler o
Edital com especial atenção aos itens necessários para a Linha
em que seu filme está concorrendo.
ANTES DE COMEÇAR
LINHA 1 – NÃO FICÇÃO E FICÇÃO
“COM TÉCNICAS DE ANIMAÇÃO
I- Descrição e esboço dos personagens principais, incluindo os diferentes perfis
psicológicos e as relações que estabelecem entre si, com até 02 páginas, no
caso de ficção.
Dica: As informações que interessam dos personagens são aquelas que se ligam
à narrativa e ao conflito central do filme. Lembre-se que a idéia dos textos é
explicar melhor o filme para quem está lendo, então não é necessário criar
história pregressa e características que não tenham relação com o filme.
Exemplo: JOÃO, 30 anos, funcionário de uma oficina mecânica. João é homem
de poucas palavras, mas muito observador de seu entorno. Nutre uma paixão
secreta por PAOLA, esposa do seu chefe CARLOS. Apesar de nunca ter sido um
homem violento, essa paixão, escondida a muitos anos, vem crescendo e se
tornando uma obsessão, capaz de leva-lo inclusive a matar.
II- Sugestão de estrutura da obra, a partir da estratégia de abordagem, e
contextualização do objeto que será documentado, totalizando até 05
páginas, no caso não ficção.
Como será a estrutura do filme? Quais serão os diferentes momentos do filme?
Teremos pontos de virada, quais serão?
Qual o objeto a ser documentado, e de que forma essa abordagem será
realizada? Qual a estratégia para entrevistas/Observação dos objetos?
É importante deixar claro qual a história que se pretende contar, por meio da
não ficção, e de que forma o documentarista vai abordar o tema.
Dica: Você pode falar brevemente sobre o tema e sua importância, mas o
principal é mostrar qual a abordagem sobre o tema, como isso será gravado,
se haverá uma estrutura clara, etc. Também é interessante mostrar como e por
que ocorrerá o uso de técnicas de animação.
LINHA 1 – NÃO FICÇÃO E FICÇÃO
“COM TÉCNICAS DE ANIMAÇÃO
III- Descrição do conceito visual e do estilo de direção de arte que será
utilizado, com até 03 páginas.
Explicar como será o visual do filme, por meio descrição do estilo dos artistas.
Para ajudar, vale mencionar cores, estilo do traço, semelhanças com correntes
artísticas, e se necessário inclusive fazer referência a outras obras de
animação.
Deve estar alinhado com os concept arts ou o storyboard que serão
apresentados.
LINHA 1 – NÃO FICÇÃO E FICÇÃO
“COM TÉCNICAS DE ANIMAÇÃO
LINHA 2 - FICÇÃO “LIVE ACTION”:
I- Sinopse, visão criativa e justificativa da obra audiovisual, com até 05
páginas.
Sinopse:
Resumo do enredo, possui informação sobre os protagonistas e o
conflito. Pode ter o mesmo tom do filme.
Visão Criativa:
Qual a visão do realizador sobre a obra? Como será executado? Pode
falar dos diferentes aspectos da direção cinematográfica: direção de
câmera, direção de atores, arte, figurino, som, música, montagem, etc.
Justificativa:
O que no mundo real suscitou o filme? Qual discussão ele traz, e por
que essa discussão é importante nos dias de hoje?
LINHA 2 - FICÇÃO “LIVE ACTION”:
II- Roteiro detalhado, dividido em cenas e com diálogos desenvolvidos,
com até 10 páginas.
Excerto roteiro “A Boneca e o Silêncio”, Montanha Russa Prdouções
LINHA 3 - NÃO FICÇÃO “LIVE ACTION”,
“CURTA EXPERIMENTAL” e “CINEMA
IMERSIVO”
I- Objeto que será documentado e a sua contextualização, totalizando até 03
páginas, no caso de live action.
Explicação detalhada do objeto a ser documentado, contextualizando o por
quê esse tema importa, e qual a razão de falar sobre isso nos dias atuais.
II- Eleição e justificativa para a estratégia de abordagem: informações sobre a
forma que o responsável criador irá se relacionar com o objeto, tais como
modalidades de entrevista, modalidades de relação da câmera com o
personagem, arquivos sonoros e/ou reais, reconstituição ficcional utilizando
personagens reais; construção de paisagens sonoras e/ou imagens abstratas;
introdução proposital de ruídos sonoros e/ou visuais; modalidades de locução
sobre imagem; formas de tratamento dos materiais de visuais, etc., totalizando
até 10 páginas, no caso de live action.
LINHA 3 - NÃO FICÇÃO “LIVE ACTION”,
“CURTA EXPERIMENTAL” e “CINEMA
IMERSIVO”
III- Sugestão de Estrutura da obra, a partir da estratégia de abordagem,
totalizando até 02 páginas, no caso de live action.
Como será a estrutura do filme? Quais serão os diferentes momentos do
filme? Teremos pontos de virada, quais serão?
Qual o objeto a ser documentado, e de que forma essa abordagem será
realizada? Qual a estratégia para entrevistas/Observação dos objetos?
É importante deixar claro qual a história que se pretende contar, por meio
da não ficção, e de que forma o documentarista vai abordar o tema.
LINHA 3 - NÃO FICÇÃO “LIVE ACTION”,
“CURTA EXPERIMENTAL” e “CINEMA
IMERSIVO”
IV- Proposta estética de curta experimental, totalizando até 10 páginas, no
caso de curta experimental.
Único texto para curta experimental. Tentar reunir nessas 10 páginas as
principais informações sobre o filme, tentando dar ao leitor uma
compreensão de qual será o resultado da obra, tanto em imagem, quanto
em som. Vale colocar justificativa, referências estéticas, tudo que puder
ajudar o júri a entender melhor a proposta apresentada.
LINHA 3 - NÃO FICÇÃO “LIVE ACTION”,
“CURTA EXPERIMENTAL” e “CINEMA
IMERSIVO”
V- Proposta de recursos de cinema imersivo, totalizando até 05 páginas, no
caso de cinema imersivo
Único texto para cinema imersivo. Tentar reunir nessas 5 páginas as
principais informações sobre o filme, qual a proposta, sinopse (se for o
caso), justificativa, e explicitar como serão utilizados os recursos de cinema
imersivo.
.
TODAS AS LINHAS
Previsão de estratégia sobre distribuição/exibição da obra audiovisual:
público-alvo e análise da viabilidade de distribuição em festivais, internet/
realidade virtual, salas de exibição, televisão aberta e/ou fechada, video
on demand - VOD, telas não tradicionais ou outras janelas de exibição,
com até 03 páginas.
O que será feito do filme depois de pronto? Como o público terá acesso?
Quais as principais janelas de exibição pretendidas, e por que?
Quais os festivais que tem o perfil de sua obra?
Haverá sessões especiais em lugares não tradicionais?
Levantamento de necessidades
A primeira coisa a fazer é levantar as necessidades do projeto, tente
levar em conta o valor a ser colocado pelo Edital e o cronograma de
realização com seus prazos máximos estipulados.
Para levantar as necessidades, o ideal é fazer uma Análise Técnica a
partir do roteiro (quando houver). Trata-se de um detalhamento de
todos os personagens, locações, objetos e equipamento especial do
filme.
Levantamento de necessidades
É muito interessante pensar em um desenho de produção que caiba
no tempo/dinheiro disponíveis.
Algumas das perguntas para ajudar no dimensionamento do projeto:
- Quanto tempo de pesquisa é necessária? Quantas pessoas?
- Quantas diárias de filmagem? E de ensaio?
- Quantas locações vamos precisar? E quantos atores?
- Quantos artistas/ilustradores/animadores?
- Qual o tamanho mínimo de equipe possível para este filme?
- Temos alguma necessidade específica de pós produção?
- Quais os materiais especiais necessários para nosso filme?
- Para nossa história, qual elemento cinematográfico é mais
fundamental/ vale a pena investir mais dos recursos.
CRONOGRAMA
Antes de iniciar seu cronograma, não se esqueça de
verificar qual o prazo máximo de entrega de seu filme
para a SP CINE de acordo com o edital.
A partir do prazo máximo, iniciaremos a realização do
cronograma de trás pra frente.
CRONOGRAMA
Prazos Máximos:
Linha I – 8 meses
Linha II – 6 meses
Linha III – 4 meses
Como os prazos são curtos, o planejamento vai ser essencial.
Considere já ter a equipe sondada e um orçamento já bastante
pensado desde a proposição do PROJETO, para que o inicio da
produção possa ser iniciada assim que sair o desembolso do Edital.
CRONOGRAMA
Sugestão para a montagem de cronograma:
Considere quais os deliveries vc precisará entregar no prazo
estipulado. Verifique junto a empresas de pós produção o tempo de
produção desse material.
Em seguida planeje a pós produção. Quais as etapas necessárias, e
quanto tempo seria ideal?
Em seguida com a produção e a pré-produção.
Uma vez que você tenha o cronograma ideal de produção, vá cortando
dias e tentando realizar processos ao mesmo tempo para “enxugar”
suficientemente o tempo de produção até caber no prazo máximo de
tempo que você possui.
ORÇAMENTO
Uma vez que você já elencou as necessidades do filme e o tempo que
dura cada uma das etapas, é hora de determinar quanto será gasto em
cada rubrica do orçamento.
Sempre tenha em mente as especificidades do seu filme, e qual
aspecto é o mais relevante para a obra em questão:
Pode ser que seja necessário gastar mais com elenco, ou com
equipamentos especiais, ou com pós produção.
ORÇAMENTO
Caso o orçamento ideal de um projeto seja muito superior ao
disponível, vale a pena simplificar o projeto ao invés de tentar deixar o
orçamento irreal ou extremamente apertado.
Dica: Cortar no roteiro é cortar com planejamento e consciência.
Cortar durante a produção impacta diretamente na qualidade e as
vezes até na compreensão da obra.
ORÇAMENTO
A partir das necessidades levantadas, é necessário orçar quanto será
gasto em cada um dos itens fundamentais ao projeto.
Não esquecer:
- Transporte de Equipe, tanto nas filmagens quanto na pré-produção
quando estiver em preparação de arte/figurino, e o transporte de
equipamentos, especialmente se sua produção for precisar de
equipamentos de luz/elétrica/maquinaria.
- Alimentação da equipe durante os dias de filmagem.
Dica: Para um curta de ficção, o orçamento de Transporte e
alimentação varia entre 15 a 20% do orçamento.
ORÇAMENTO
Para orçar:
Devido ao cronograma apertado após o resultado do Edital, é
recomendável que o produtor orce os equipamentos e serviços
necessários em diversas locadoras, e já tenha em mente qual dos
fornecedores irá utilizar caso o projeto seja vencedor.
É recomendável também que o produtor busque para a equipe
profissionais que possam se dedicar integralmente ao filme durante a
produção, o que evita atrasos nas diferentes etapas.
O cachê do profissional pode ser fechado por diária ou por pacote,
ou seja, um valor fechado para todo o filme.
Importante deixar claro quantos profissionais estarão envolvidos em
cada rubrica.
ORÇAMENTO
Para orçar:
Caso não consiga estimar valores a partir de conversas com
profissionais, é sempre válida a consulta à Tabela do SINDCINE, que
contém valores para cada função.
http://www.sindcine.com.br/site/conteudo_site/tabelas/tabelas_pisos_s
alariais_2014_2015/TABELA_DE_PISOS_SALARIAS_PARA_PROFIS
SIONAIS_DE_LONGA_MEDIA%20_CURTA_METRAGEM_E_DOCU
MENTARIOS.pdf
ELETRICA E MAQUINÁRIA
• QUANTA
• ELECTRICA
• CINEVIDEO
• LOCALL
• MOVIECENTER
CAMERA
• DCINE
• MONSTERCAM
• JKL
• ELITECAM
• LOC. DE EQUIPAMENTOS [CHRIS WIGGERS]
FINALIZAÇÃO IMAGEM
• O2
• MISTIKA
• DOTCINE
• CINECOLOR
FINALIZAÇÃO AUDIO
• CONFRARIA DE SONS & CHARUTOS
• CINECOLOR
• EFFECTS
ALGUMAS LOCADORAS DE EQUIPAMENTOS