El misterioso. Mariano Meléndez y Muñoz

8/19/2019 El misterioso. Mariano Meléndez y Muñoz

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P O R

GUJlT>.ftLJlJJlRJi,

1 S S 6 .


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I M P J R Ü S J

VO&

T J S O D Ü S I O C R U Z - A E D O .


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3í̂ o corro el ca m po esp ac ios o, que ofre ce d e

lante de mí un venturoso porvenir, y veo en él á

esta ju ve n tu d, qu e cr ec e bajo de nuestros ojo s,

m ar ch an do un día por cam inos sem brados de flo

res, sim en tado s sobre tumbas qu e no se abrirán

jam ás; en don de ya ce rá n por una eternidad el

od ioso feu da lism o, las pretensiones t iránicas, las

pre ocu pa cion es serviles y las am bicio ne s terrenas

d e aq ue llos que debian h aberlas fundado en el

c i e l o .

Lo s qu e com batie ron á sus padres, les que

retardaron su planta v en ce do ra , » o eesistirán y á .

z=JJn escritor español.


8/345

H AD IE PODRA REIMPRIMIR ESTA O -

BRA SIN EL ESPRESJ Cv>NSENTIMLENTO

D E L A U T ü R .


9/345

III .

M ÉJICO 22 D E OC TU BR E D E 1836.

SR. D. M. M. M.

IfAi siempre querido y nunca ol

vidado am igo: recibí la apreciable

saya, fecha 13 del presente; pero

¡cuál fué mi sorpresa á vista de su

contenido*. \ah\ querido ¿¡migo, el al

ma de un literato jamás se abate

sin embargo, la sensibilidad

En cuanto á nuestro asunto, son

vanos todos los motivos que dice vd.

tener para no imprimir su historie-

tita: es cierto que entre nosotros a-

bundan mucho los críticos, y regu-


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I V .

¡ármente son los mas necios*^ pero m

debe vd. espeí ar nacía bueno de sus

contemporáneos, sí de la posteridad'^

de suelte, que nada hay que temer

por esto: si por lo segundo, me di

ce vd. que habla mucho de los espa

ñoles, y \qué importa}, qué, ^levanta

i'd. impi,sturas1

¿no,

estamos persua

didos todos los mejicanos de la bar

barie é inhumanidad con que nues

tros antiguos dominadores trataron

á nuestros padres* A mus, no pre

senta vd. las cosas como sotñ Si vd.

pinta con coloridos feos á algunos es

pañoles, también á otros los ensal

za, y ellos son los héroes princi

pales de su historia, y el autor

siempre debe ser impartíala y ^quién

creería á vd. si nos dijera que Cor

tés [Herirán] fué un justo y vir

tuoso^ Amigo, los temores de vd son

infundados, debe vd. advertir, que

habla en medio de sus paisanos

y


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V .

amigos, que vd. está en su

patria

y

le compensará generosamente ios sa

crificios que vd. le ofresca.

Querido Melenaez, yo, á nom

bre de varios amigos, suplico á -vd.

dé á la prensa EL MISTERIOSO,

tenemos necesidad de hombres que

hablen de nuestro pais, que le eter

nicen y le honren: no tema vd., le

repito, asi como -vd. jamás se en

vanece con una al abanta, debe -vd.

nunca abatirse por un desdén: nues

tro pueblo es sensato ^ y antes bien

dirá cuando vea la obra de vd.:

s?Nuestros

hechos no quedarán en ia

obscuridad, desde Jalisco se obser

van, y en breve diremos á la Eu

ropa: leed, leed, tenemos héroes,

tenemos heroínas, y no falta quien

escriba sus proezas."


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vr.

Saludes á los amigos, y man

de á su afectísimo y verdadero ami

go que le desea toda felicidad.—

J. M . O .


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V I I .

SR. D. J. M. Ó.

leal y verdadero am igo: leí

su grata fecha

2 2

del pasado, y en

ella encuentro siempre aquel e¿tilo

que le es tan natural de haberse

apreciar; reprender y mandar.

Mis acontecimientos

Tengo asi mismo el pla:er de

anunciar á vd. que muy breve ve

rá la luz pública mi novela* y al

hacerlo, solo me estimula las diversas

invitaciones que de todas partes he

recibido en est':S últimos días. E L

M I S T E R I O S O habría permanecido

G U A D A L / i . ° D E N O V . D E 1816.


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V I H .

en la obscuridad como todo el tiem

po que hace está escrito, á no ser

per una refleccion juiciosa, por un

deber de la amistad. Digan lo que

quieran tos críticos que sin profun

dizar las cosas, solo buscas en el

estertor objetos que les presenten o-

casion dé reírse y desatar su mor

dacidad, yo voy á imprimir una obra

que si bien no es digna de aprecio

por su estilo, al menos es interesan

te por sus noticias y citas: los a-

contecimientos que en ella refiero,

son verídicos', la moral es su guia,

y no tengo en efecto que temer cuan

do pongo en paralelo la virtud con

el vicio.

Hablo de los españoles; pero en

esto no hago mas que copiar lo que

muchos han escrito, y en esta par

te diré con un sabio escritor'. uiOué

aliciente pueden tener aquellos tiem

pos en que bajo el

remido

de Car-


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IX.

ios V., los españoles desplegaban mas

valor que virtudes, y en que el

lio-*

ñor caballeresco y la gloria cíe las

armas fueron manchados con el fa

natismo y la sed de las riquezas

1

*

—Humboldt , v ia je á las R . E . "

Per otra parte, \cuán intere

sante es á nosotros la historia ter

rible que presenta la época de

nuestra esclavitud, ó por mejor de

cir, de la barbarie europea, que

eclipsó la gloria y esplendor que

las españas hab

;

an adquirido en los

hermosos dias de su memorable in

dependencia}. España, no hay duda,

Pudo un tiempo admirar al m undo

con su heroísmo patrio y sus vic

torias justas^ pero \ay)

¿.quién

po

drá negar que la nación vencedora

de los sarracenos ha sido también

el teatro del despotismo y el asilo

de la tiranía ignorante^ Sin embar

go, yo no hablo de España en el


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X .

Reciba vd. espresiones de mi

familia, y el corazón de su siempre

afectísimo y verdadero

amigo.~M.

M . M .

M I S T E R I O S O , si no es de lo que

conviene: también hablo de los an

tiguos m ejicanos; y basta revisar

ám l as historias para justificar mi

novela. No espero, en efecto, los

aplausos de mis contemporáneos; pe

ro quizá algún dia podrán decir mis

succesores con entusiasmo:

« Q u i s o

servir á su patria: quiso e n g ra n d e

cer el territorio de su residencia."


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Á LOS MEJICANOS

I^éjos

d e m í la a d u l a c i ó n m e s q u i n a :

Lejos la f a l s e d a d ; y s o l o e n t o n e

M i h u m i l d e labio, la s e s c e n a s t r i s t e s

D e l p u e b l o i n d i a n o , d e l i n d i a n o n o b l e .

¡ S a c r o s a n t a v e r d a d , d e l a l t o c i e l o

D e s c i e n d e , i n f l a m a d e m i p e c h o e l b r o n c e ,

A r d a u n a v e z , y tu v i r t u d d i v i n a

M e e s c i t e s i n c e s a r

V o s o t r o s , j ó v e n e s ,

D e l c o n t i n e n t e m e j i c a n o , a m i g o s ,

D e j a d p o r u n m o m e n t o l o s a m o r e s ,

O b i e n e l l i b r o d e p e n o s a c i e n c i a ,

O e i m a n u f a c t o d e f a t i g a s p e o r e s :

V e n i d , l e e d , d i v e r t i o s ; e n v u e s t r o s o c i o s ,

V e d la s h a z a ñ a s d e n u e s t r o s m a y o r e s . . . .

Q u e n u n c a la m a l d a d l l e g u e á o c u r r o » ;

E m p l e a d e l t i e m p o , q u e s us h o r a s c o r r e a .

M a s v o s o t r a s , h o r n a t o d e l i c i o s o

D e la nacio a n a h u a c e n . s e , n i n f a s ,

O » f e e o i ü i c n d o H L M i sr k i U o S o ; a c a s o

http://anahuacen.se/http://anahuacen.se/


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xn.

P u e d a y o t i t u l a r o s m i s a m i g a s :

V e d c o m o la s p a s i o n e s a r r e b a t a n

L a

ñon

m a s p u r a e n s u s p r e c i o s o s d í a s ,

C u a l t e m p e s t a d t e r r i b l e ; ¡ n u n c a , n u n c a

D e a m o r o s v eá is e s c l a v a s o p r i m i d a s

¡ A h y ¡ c s á n t a s v e c e s la i n f e r n a l a s t u c i a ,

L a m a s i n m u n d a y d e t e s t a b l e i n t r i g a

D e la i n m o r a l i d a d , l o g r a h u m i l l a r o s

Y e n t o n c e s la s l e c c i o n e s , la s d o c t r i n a s ,

N a d a es c a p a z p a r a s a l v a r v u e s t r a a l m a ,

C u n d i ó el v e n e n o y s u e l e g a n c i a a c t i v a .

C o n c i u d a d a n o s , m i s f e r v i e n t e s v o t o s

A l S e r s u p r e m o s o l o s e d i r i j a n

P o r l a f e i i t . i d . id d e n u e s t r o s u e l o ,

Y e n t r e t a n t o , s a b e d q u e s e o s d e d i c a

E s t a n o v e l a , m i s e r a b l e p a r t o

D e u n v u e s t r o c o m p a t r i o t a q u e o s e s t i m a .

A v o s , p u e b l o q u e r i d o , o s la c o n s a g r o ,

A c e p t a d l a , b e n i g n o r e c i b i d la ,

O d e s p r e c i a d l a m e s e r á m a s g r a t o

Q u e á u n o r g u l l o s o p o t e n t a d o u n i r l a

P o r q u e t e n g u v a l o r ; ¡ n o ta l v i l e z a

L i j o s d s m i l a a d u l a c i ó n m e s q u i u a .

http://feiit.id.id/http://feiit.id.id/


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S i pasadas an im osid ad es Fermentan tod av ia en

el corazón de mis lec tor es, que dejen estas l í

neas ; pero si saben distinguir una nac ión de un

pa rtido : si saben olvid ar lo s ma les causad os por

un cor to número de tiranos, á quienes la suerte

enem iga había confiado los destinos de un p u e

blo generoso,

que hagan justicia a la

nación

en sus quejas, después que ha sa

bido salvarse.=rAf. N. P. de C.


20/345

atón me dá lecciones dulces como la virtutfj

m a s ía s le cc ion es de los tiranos se garvan mas

fuertemente en mi corazon .=.C


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1 .

EL MISTERIOSO.

Jküi lenc io , so ledad , espanto , ecsa l -

tad m i rúrren: ge nio fer oz d e io s

tenebrosos se pu lcr os , espíritus de ter

ror y de asombro, ausi l iadme: espec

tros horrorosos de la nebulosa no

c h e , dadme aliento I

C A P I T U L O I .


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Y tú, alma de la dulzura, obje

to encan tador del sa bio , arm ónico

demento de los sentimientos huma

nos meliflua poe sia , préstame

uno de tus hechizos lastimeros, é ins

pírame, como en otro t iempo á la

desgraciada Safo, terror , desolación.

Alma negra del caprichoso pa

decer, plectro funesto que haces vi

brar la cuerda de los tormentos, re

suena, resuena; acorde á tu música

sentimental, parece que el abismo de

la

fatalidad se abre á mis plantas y

no encuentro otro regazo que el hor

rible suplicio de acompañarte

Deidad fantástica de la antigua

superst ic ión , Dios de amor, sobera

no Cupido, niño pérf ido y suspicaz,

ó. vi ejo cauto y m a lva do , arranca de

mi corazón e l agudo dardo que se

mejante á la pared de mármol osas-

té disparar á mi pecho para no ha

cer mas que hundir la fisga en la


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3 .

trabazón de la losa. .

¡Virtud, sagrada virtud

pero ¿qué diré?

El espinoso camino de la vida

se presentaba á los melancólicos ojos

de la desamparada Eulalia, ya ocul

tándose el astro luminoso en el ocaso,

la capa de M o r fé o cob ijab a la t ierra

alumbrada solamente por el agitado

relámpago, é interrumpida por el fe

ro z s i lv ido del furioso huracán, c u

ya carrera estrepitosa parecía undir

Ips elevados montes y remontar los

áridos desiertos, el anciano de la

playa, semejante á la formidable ro

ca del bor ras cos o m ar, perman ecía

inm óvil postrado de ro di l las é i m

plorando e l socorro del c ie lo , cuan

do interrumpe su profunda medita

ción el asento del dolor, vuelve con

calma su pacífico semblante acia a-

trás, nada observa y continua su de-


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4 .

precación semejante al habitante de

C h ip re ya las lágrimas de la te r

nura bañaban sus ajadas mejillas,

la voz espiraba en sus labios, ecsáni-

ine y sin aliento sostiene su debili

tado cuerpo sobre el tronco de una

robusta en cina : resonaba en las e s

cabrosas peñas el ronco rumor de la

tempestad: parecía ser amenazado el

universo con un nuevo di luvio , y

la noche como el espantoso seno del

averno, no permitía ver el objeto-

mas ce rc an o. Sum ido el anciano en

el mas profundo abatimiento, igno

raba el contraste de los elementos:

ya las espesas nubes que cubrían la

bóveda celeste, se desgajaban en tor

rentes, su sencillo vestido estaba em

papado, y parec ía carecer de v ida

en aquel momento, cuando una dul

ce voz penetra sus sentidos: «Padre

m i ó , d i c e , ¡ah ¡en qué situación os

en cue ntro " A b r e espa cioso sus amor"


26/345

t iguados ojos, y con el acento del

espanto y del dolor grita: » ,Gran

D i o s ¿es posible? ¡qué v e o .

w

y vuelve á quedar co m o ale ta rg a

d o . . . . . .

E u la lia se habia presentado

á su vista con una opaca lampari

lla en una mano, y sostenida con la

otra de una c a n a , asi co m o el á n

g e l tutelar -aparece en el mas a f l i

g ido lance , y como Minerva se de

j ó ver a l in fe liz A t i lo . Vu elve T e ó

filo á abrir los ojos, los fija en su

preciosa compañera, y sin pensar de

si en aquel momento solo se ocupa

ba su imaginación del empeño de

la tierna huérfana en ausiiiarle. »? A

qué haz ven ido , desventurada . ?

c c

íe

d ice con afectuoso tono , a largándo

le su mano, y la doncella entusias

mada prof iere con dulzura; »¿yo des

venturada á vuestro lado? jar; ¡pa

dre m ió leva nta os, no apuréis los


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días de vuestra vida, supuesto que

queréis prolongar los m ios D é j a

m e, d ic e el an cian o; pero E ula l ia

replica: no, nunca lo consentiré, ¿ha

cé is i lusoria mi empresa de b u s c a

r o s ? "

N o puede ya T eó filo resistir

por mas tiempo las suplicas de la

"virgen, y a poyá nd ose de sus h o m

bros , camina eon trémulo paso acia

la pobre y rústica cabana

"Se internan, en el espeso bo sque

dé los siervos, no profieren una pa

labra, porque el abundante llanto de

la ternura no se los permite, y mu

ch as Veces les hace estremecer el

fulgor y estal l ido del rayo que ha

ce retemblar la tierra, y parece que

su vos se comunica entre los riscos

por algunos minutos. Resuena el

bramido feroz de los ag i tados ma

res:

el chasquido de las turbulentas

oías en las deformes peñas, se ha

ce oir á lo iéj o s , los silvid os de sus


28/345

¿uveros habitantes se escuchan en los

.espacios de la tempestad, y como la

¿época terrible de Deucalion, no dan

les cielos esperanza de serenidad.. . ,

El anciano y la doncella han trepado

la .

falda del M isterio so; pero han

.quedado inmóviles á los espantosos

jaiaridos que les circundan. Se vén

de improviso sit iados por una mul

t i tud de desconocidos, que amena

zándoles con las armas, les imponen

hum illación A bs or tos , no respon

den una palabra, ni pueden ver los

rostros de sus persecu tores: E u la lia

vuelve en sí del estasis, se siente

asida de una mano, y ecshala un

penetrante grito que solo es corres

p o n d id o por el e co con fuso: TeóhV

lo tenia atados los brazos, postra

do de rodillas, sus ojos fijos en el

cielo y pintada la resignación en

su rostro, esclamaba:

JJJDÍOS

d e I s

rael no desesperará jamás mi c o n -


29/345

8.

fianza, ella está sobre tu trono r e

fulgente, y ella me alienta y me con

forta *' L as lágrim as han sa lid o

á sus párpados, baja la cabeza en

ademán de humillación, vuelve la

vista acia su hija a d op tiv a , o b s e r

va la escesiva aflicción de la huér

fana, y diri j iéndose de nuevo al cie

l o ,

profiere entusiasmado: ¡Dios mió

¡Dios mió si he cometido en mi vi

da del ito a lgun o, descarga el p o

deroso brazo de tu inmensa justicia,

em ple a ésta en m í, y tu infinita m i

sericordia en la inocente Eulalia

Un fero z a larido interrumpe su d e -

preeatoria$ t iembla, y queda horro

riz a d o Se le presenta un h o m

bre semejante al indómito tigre, ves

t ido de pieles de oso, y empuñanao

un afilado sable, dejaba en su sem

blante los efectos de depravación,

acosada por los remordimientos de

su crim inal con cien cia . ¡Caya le d i -


30/345

9 .

c e ,

co n tono im ponente , E ulal ia d e

be ser mia, ó yo debo descender á

los inf iernos. La oscuridad le impi

de ver el rostro del foragido, no se

lia atrevido á responder la terrible

am enaza, y so lo observa que m o

mentáneamente se ha quedado solo. . . .

¿Q ué hará, pues , el d e sc o d so ia -

do Teófi lo en la cima del monte, so

lo y sin lamparilla para seguir los

pasos de los raptores de la virgen?

La tempestad se ha aplacado, le c ir

cunda un pavoroso si lencio, interrum

pido únicamente por el susurro de

los arroyos que se han formado en

el cerro, ya el or izonte comienza á

despejarse, y el astro luminoso de

la noche, abriéndose brecha entre

las :ne gra s nubes, aparece con toda

la magestad que le reviste , acompa

ñado de una melancólica sombra .que

©casiona la cargada armóiíera del

Nordeste . Aun permanecía e l ancia-


31/345

10.

no implorando el áusil io divino

y

reclamando piadosamente al cielo sil

preciosa compañera: ha tenido sus

párpados cerrados por el espacio de

una hora, y no ha observado la mu

danza del cielo, solamente siente un

viento puro y sereno, que fresco co

mo el de la mañana, parece reani

mar sus debilitados miembros: sus

brazos ligados con fuerza estaban in

sens ibles, y res ignad o esperaba e l

sacr if ic io co m o e l obediente A -

brallam: escucha, sin embargo, una

voz á lo lejos, le ha parecido oir

hablar á Eulalia; pero cree ser efec

to de su acalorada imaginación: va

ga en estas ideas, cuando se siente

fuertemente abrazado, y escucha el

delicado acento de su querida hija

adopt iva : abre los o j os coa asom

b r o , y á t iempo forman un ad

m irable contraste en ' su alma el res

plandor de la luna, la vista del pie-


32/345

11.

closo objeto que acababa de perder,

y el amable l ibertador que la condu

ce á su diestra: no puede proferir una

sola palabra, porque el gozo y la

admiración se lo impiden; pero mil y

m il ve ces estrecha en su seno á E u

lalia, cuyo semblante bañado en lá

grimas demuestra el escesivo placer

en que rebosa, en tanto, que el hom

bre incomprensible aparta de ellos

sus ojos para admirar la naturaleza

que parecia en aq ue llos m om entos

haber reunido sus gracias para de

leitar la vista del misántropo obser

va dor . La obscura copa que c u

bría la azulada bóveda, ha desapa

recido, y á trueque se deja ver una

blanquísima nube, que cortada de

trecho en trecho, parece formar olas

de nieve y estenderse hasta lo infini

to ;

el astro luminoso de la noche, ro

tando los transparentes celages que le

cubren, vá denotando su magestuosa


33/345

i®

marcha por medio de un dorado es

plendor que le preside, y como si

él fuese el autor de lo criado, le

ha ce variar de asp ecto en un m o

m ento. Y a los montes no escitan el

terror que poco ha infundían, las

arboledas forman una agradable vis

ta ,

y desd e sus som bríos ram ajes

ofr ec en una enca ntad ora pintura de

las esteniidísimas llanuras que guar-*

dan. T o d o lo ha observ ado e l d es

c o n o c id o y se aparta de esta d e l i

cia para atender á ,1a acción cíe gra

cias que el anciano de la playa le

tributa « N o so y ac red or á na da,

le responde con seño, pero Teófi lo

Je re p lic a : S í, vos habéis l iber tad o

á rni h ija , y vo s sois d ig n o de mi

g ra t i tu d . " i rV o s so is ios que d ignos

de mi compasión, os habéis l ibrado

de mi escarmiento .—¡Ahí espücaos ,

no priado entender vuestro lengua-

je .zzNi tratéis de comprenderme: sa-


34/345

13.

l id de e esta falda, y no volváis á.

trepar á e l la .^ H om br e adm irable ,

v o s tenéis, pues, una alma g e n e r o

s a , ac ep tad pasar esta n oc h e en mi

cab al la .— M i habitación son los r is

c o s ,

y mi compañía ti astro que nos

ilumina.—Pues decidme al menos

v u e s t r o n o m b r e ,

~ Y o

soy el hombre

M ister ioso . A estas palabras se a -

podera- el temor del anciano, él tiem

b l a ,

la virgen se estremece, y mi

rándose uno al ot ro , quedan p a v e -

rizados. «T e n éi s vuestra h i ja , p r o

sigue el hom bre ter rib le, y están

cast igados los foragícos que la hur

taban, podéis caminar sin peligro,

y en lo su ceesivo cum plid los m an

datos que os impone el Misterioso. "

D i j o , y semejante al iníkmado rae-

hhóro , desaparec ió en un momento . . .

Ambo* han quedado admirados ,

fosta que E u la l ia , torrando la p a

lab ra , pro rru m pe , ¡ah sin du da el


35/345

14 .

Mister ioso es un hombre incom

prensible, y su amable presencia de

muestra lu eg o sus gen eros os sen ti

mientos.—Sí, hija mia, replica el

an cia no , éi ha da do siempre pr ue

bas de su nobleza: tenía deseos de

co n oc er le ; pero apenas le he v i st o ,

un temor horroroso se ha apodera

d o de mí , pero d ím e, ¿có m o p u

do salvarte?—Los foragídos me con

ducían á su frente, alegres con su

presa, cantaban ya su imaginario

triunfo, mis súplicas, mis ruegos,

mi l lanto, eran desecha dos con s o

berbias reprensiones, y sus irónicas

sonrisas me anunciaban ya el d e s

graciado f in que me esperaba: nada

m¿

habia causado tanta conmoción,

como el saber que mí raptor era

Ei i sa lde P iamonte .= : ¡E i i za ¡de P ia -

m o n L C

1

interrumpe aso m bra do y co n

prec ip i tac ión e l anciano.—Sí , d ice

E u lal ia , este hombre infam e, c o n o -


36/345

É •

ls.

c i d o únicamente por sus crím en es,

en el delirio de su frenesí, me echó

los brazos, aparentando un rasgo de

ternura, y al fugitivo vislumbre de

un relám pa go, pude verle el s e m

blante, nunca mas horroroso objeto

*e ha presentado á mi vista, sus

montarases ojos lanzaban terribles

miradas, una crecida y bien pobla

da barba cu bria lo dem ás de. su ro s

tro , y como el errante Caín, bagaba

fugit ivo y temeroso de las iras ce

lestes: » T ú eres ya m ia , " me d i ce

con la voz de una fiera: un debili

tado grito fué mi respuesta, el que

inmed

:

atamente es cor res po nd ido des

de la sima del bosq ue por una i n

dulgente v o z de protección T re s

veces se i lumina el picaracho de

•Topoc:>spáL»jEstamos en el bosque

•M isterioso " gritan los ban did os ; p e

ro ya no era t iempo de que los i n

fames se salvaran, -el hombre iocom-


37/345

16.

prersíble desciende, para mí como

la antorcha celest ial , para eí los c o

mo e l rayo vengador , d ispara dos

pistoletazos, caen muertos dos de

mis persecutores, y luego empuñan

do su afilado sable, se arroja sobre

los que qued an, esparciend o el te r

ro r y el espa nto, sus tiros son i r r e

sistibles, no hay uno que se liberte

de e l los , el hombre prod ig ioso c e r

cado de cadáveres , busca ac ia to

das partes a l cabec i l la , El izalde ha

bía hu id o: fat iga do y estenuad o, se

sienta sobre una roca á tomar des

canso; roas ya se escapaban algunos

rayos de la luna, y me advierte in

móvil , s in poder prorrumpir una pa

labra: se acerca a c i a m í , me obse r

v a , hace una l igera demostración de

sorpresa, y luego con una vos en

cantadora, levantando el semblante

a c ie lo , prof iere con e l mas esce-

sivo entusiasmo: «He aquí un retra-


38/345

i?

f.o tu y o , ¡ó Isabe l , h oy haz r e n a c i

do para mí . " Luego d ir ig iéndoseme,

d i c e :

¿tú eres la hija adoptiva del

anciano de la playa? Sí , yo soy ,

le dije, la huérfana desafortunada,

cuya suerte se habia decidido en po

der de unos bandoleros . El Miste

r ioso muda de to n o, y co n ím pe

tu y m agn anim idad, me ha ce la s e

ña l de marcha , d i c iendo : wLcvan-

taos , v irtuosa Eulal ia , estáis salva

d a , marchemos con vuestro padre

que os espera." La luna nos prote

g í a ,

su claridad reflejaba bastante:

vacilante y temerosa me pongo en

pié á la voz de mi l ibertador, el

que sin proferir una sola palabra,

me puso hasta este sitio ¡ A h , p a

dre m ió ¡qué hom bre tan am able

y aunque no he log ra d o co n oc er le ,

su voz , su dulce voz , jamás se bor

rará de mis sentidos.

Há escuchado Teóf i lo á Eulal ia


39/345

t

i 8 .

sorprendido á cada paso, no sabe

.qué pensar del solitario que habita

aquella selva, ¡se dice tanto de él

tn las vecin as rancherías ¡á ate rro

rizado todos aquellos sit ios, el que

puede asombrar toda la Europa Oc

cide nta l E l an cian o pulula entre el

temor y la con fianza , es cie rto qu e

acab a de ha cer un gran se rv icio á

la virtu d; pero su ge n io es ásp ero y

su lenguaje duro, y ¡cuántas veces el

vicio por ocultarse hace una acción

-heroica M arc he m os , h ija mia , d i -

:ce después de profundas ref íeccio-

nes: m archemos , y contémonos f e

l i ces ,

pues-hemos salido de este mon

te

f a t a l

¿quién osa entrar en él que

•se liberte, del ca st ig o de este h o m

bre Misterioso? ¡acaso un crimen.. . .

pero no nos toca juzgar las iniqui

dades del que se oculta de los hom

bres; ¡en medio de la soledad, en

el árido desierto, ó en el vestido


40/345

19.

monte, es inflecsible el tribunal de

la justicia divina, como lo es en

las populosas y opulentas ciudades

jamás el delito queda impune, en

vano la perf idia busca donde ocul

tarse; logrará no ser vista por los

hombres ; pero a l o jo de la prov i

dencia no se puede ocultar la mas

pequeñ a arena de la tierra.rr:Padre

m i ó , prorrumpe la virgen con ente

reza : no juzg uem os crim inal al que

no puede ser sino un á n ge l, y o no

sé por qué mi corazón se alienta

cuando recuerdo la generosidad de

mi protector B ence dor de los que

me hurtaban, ¿no me tuvo en su po

der? ¡Un estremo, un arrebato, una

distracción le hubiera impelido á

ha cerm e su víc tica ¡ah n ó , su

corazón magnánimo aspiraba á ma

y o r glor ia me v é , se estremece, y

me indica con m agestad que le s i

ga sin osar desnudarse la enselada


41/345

SO.

que cubría su rostro para v e rm e ,

¿son estas, por ventura, acciones de

un criminal?—Hija mia, tu corazón

es demasiado inocente, no obstan

te , en cuanto á nosotros, debemos

ve r en el M iste rios o un pred estina-

de de l ' * c ie los , y una emanación

d e la vir tu d ." T a l era el estado de

la conversación, cuando se hal laron

en las ruinas del templo de Cozu-

nie l. Éste sumptuoso y m agn ífico

ed ificio que hacia mas de 4 0 años que

habia s ido destruido por los espa

ño les , presentaba todavía algunos

rasgos de su grandiosa arquitectu

ra entre sus respectables despojos,

aun permanecían en el fondo dos

bóvedas intactas que habían escapa

do de la mano destructora: allí era

justamente la habitación del ancia

no de la p lay a: sus hijos y su e s

posa habían sido sacrificados á la

intolerancia del soberbio conquista-


42/345

2 1 .

d q r , queriéndose retirar de los

hombres , esco j ió para v iv ir las de

molidas obras del pueblo con quien

habia heeho alianza.

Han pasado nuestros incógnitos

la noche en medio de enlasados so

bresaltos: han l le ga d o á su h a b ita

ción} pero ya el dia comienza, y el

sueño huye de el los: se ha oculta

do el astro de la noche para dejar

que ilumine la antorcha del dia: ya

se escapa un rayo de luz por el

or izonte , preced ido de un ambien

te fresco que vivifica las praderas

y anuncia la procsímidad del pla

neta, cuyo fulgor asoma por los

fronterizos pic ar ac h os , y parece que

un inmenso g lo b o de fue go de scie n

de de la atmósfera para incendiar

el universo: resuena llevado por los

ajres el trinado gorgeo de diversos

pajarillas, quietos y serenos los ma-

o


43/345

22;

res , presentan á poca distancia una

tersísima plancha de cristal donde

los primeros rayos de F e b o , f o r

mando mil colores , corresponden á

los deseos de Diana, y el antiguo

cr ee ver en ellos las elíseas ll a n u

ras: jamás 6e ha visto

t

perspectiva

tan alahueña. Con versando T e ó f i

lo y E u lal ia , admiraban las h er m o

sas obras del Supremo Hacedor

U na v o z llam a entre las ru ina s, y

Á p o c o aparece un decrép ito m is io

nero, ambos saludan con afectuoso

t o n o ;

pero Te óf i lo ha re co n oc ido a l

padre Ubín: se abrazan, y las lá

grimas es el lenguaje que usan en

aq u el m om ento: E ulalia no sabía qué

pensar de los afectuosos estremos con

que el misionero saludaba á Tesón*

l o :

aq ue l , después d e haber e n ju ga

do el l lanto que bañaba su rostro,

pregunta con la mayor ternura: ¿es

ta es mi amada hi ja? S í , yo la re -


44/345

5 3 /

conozco en sus facc iones : estrechán

dola en su seno, la abraza repetidas

oc as ion es , y el secreto terrible iba

á salir de sus labios, si no lo hu

biese impedido una voz estraordina-

ria que parecia ser prorrumpida des

de las concab idades de l sepu l c ro .^

¡Caya, respeta los juramentos, ó es

pera el cast igo Un ruido sordo suc-

c e d ió á la am enaza: U bin t iemb la,

fi ja sus ojos acia donde le ha pare

c ido oir la voz , abre los brazos y

en ademán de arrojarse á la tumba,

rep l ica : «A g u a r d a : basta , ya te he

escuchado, y yo respeto e l juramen

t o : "

luego volviéndose á Teóf i lo , le

d i c e : »La voz omnipotente del Eter

n o , nos m anda á vo s y á mí ca lla r:

tal vez de este secreto pende la sal

vación del desdichado país de los

astecas: vuestros labios, pues, no

profieran lo que en vuestro co ra zó n

hk depositado el misterio.*


45/345

24.

El día se ha pasado en tristes

conversaciones: ya descendiendo el

sol acia el ocaso, la frescura de la

tarde co n vid a á visitar el c a m p o :

Eulalia sirve de guia delante de los

ancianos, su corazo* inocente y pu

r o ,

encuentra una delicia en cada

florecita, y busca el deleite otras ve

ces en el árido matorral} asi es, que

distraída, no ha escuchado lo que

platican tan interesados sus guardas,

éstos se han sentado á tomar des

canso en un bosquecil lo inmediato

al monte Martín} pero por un lado

muy diverso al de aquel la noche:

Eulal ia buscando nuevas cascadas

por e l r io ro jo , [pequeño brazo del

rio colorado) ha trepado una parte

considerable, ¡qué armonía causa en

sus sentidos el susurro de l agu a ¡ c ó

mo le embelezan sus pintadas ori

llas Los f loridos céspedes, frondo

sos matorrales y copada arboleda,


46/345

2 5 .

distraen el corazón de la

joven

¡ah

y

cuánto deleita su alma el espec

táculo precioso que la naturaleza

presenta en esta hora propia sola

mente de las con tem plac ione s d el

sab io , y el p lace r de l filósofo

Ella trae en una continuada fatiga

sus ap ac ible s o jo s , los aparta d e una

hermosura para fijarlos en una de

licia, los levanta al cielo para dar

gracias a l Eterno, y los vuelve á

bajar con ansia, creyendo ver n u e

vos objetos de admiración en lo que

hace poco ha observado: ¡su corazón

inocente aun no conocía las pasiones

Estas, es verdad, hacen conocer y

saber al hombre que hay otra fel i

cidad mayor; pero éstas también ba

jo aíahueños encantos, encubren los

inmensos pre cipic ios á que el h o m

bre se arroja esperando hallar al fon

do de ellos el f in dichoso de sus

pad ecim ientos; el pl a ce r, ésta

rao-


47/345

2 6 .

mentánea sombra de la felicidad, que

para deleitar po r un instante, el c o

razó n hum ano ecs ije prim ero de él

costosos sacrificios y después él mis

mo los origina, levanta á la vista

de su víct ima un deforme promon

torio de g loria y de regosi jo , que

á poco, convirt iéndose en triste mo

numento de af l icciones y desconsue

l o s ,

le patentiza c on terribles d o l o

res su necia é irrem ediable cr e d u

l idad

Distraída la virgen, l levaba un

ramo de flores en una mano, y en la

otra una varita, la que jugaba en la

agua, cuando al l legar á una pe

queña rinconada que formaba un pin

toresco bosquecil lo , se encuentra un

hombre recostado sobre unas peñas

y dormido completamente: el la se

sorprende, quiere huir; pero el ob

je to que ha v is to , posee un atr ac

tivo al ^ue no se puede resistir;


48/345

nunca se fea presentado á sus ojos

figura mas en cantad ora; el traje del

desconocido era sensi l lo , un calzón

fino ajustado á la rodilla: cubría lo

demás de su pierna una media guar

necida por encima de una pulida y

do ra da franja carm esí , tenía p u e s

ta una especie de carnisa

r

la que le

bajaba acia los muzlos, de una te

la riquísima y bordada cu id a d o sa

mente, cubierto el pecho de un ace

rado peto terso», y que podía ser

v ir de e s p e jo , acia ca d a lad o tenía

fija una pistola, y del guarnecido

sinturón que le c e n ia , pendiente un

b ien cor tado sab le : , ca ía g rac i r s -

mente su ri za d o pelo sobre la esp al

d a , y su semblante de ángel demos

traba la tran qu ilidad de su alma y

rectitud de su co n cie n cia . Este e s

pectáculo d igno de adm iración p a

ra la jó-ven, le hace quedar ab

sorta largo- ra to. M en os herm oso


49/345

2 8 .

V io la ardorosa A rm ida a in co n s

tante Reinaldo , y jamás Teiémaco

pudiera compet ir con aquel conjun

to de pe rfeccio ne s: le co nt em pla , le

vé con esp ac io , y cree haber e n

co ntr ad o el ameno jardín de D ia n a ,

habitado por el amable Fil io: ha

caído insensiblemente la varilla de

sus manos, y el desconocida abre de

improviso sus hermosos y crespos

o j o s :

fiíjalos en la virgen admirado,

y sentándose coa la m ay or p re ci p i

ta ció n , qued a inm óv il, hasta que ia

calma viene á apaciguar su turba

da agitación, y se pone en pié reves

t ido de m agestad: " V o s en este l u

gar, profiere con serenidad, ¿qué

nu evos pe ligros os amenazan';:" N o

resp ond e E ula lia una sola palabra :

b a j í sus m odestos oj o s , y hace un

•demán de humil lación. «Hablad,

pros igue e l desconocido , ¿sabéis de

lante de quien esuíá? ¿sabéis que yo


50/345

©s liberté anoche de unos bandidos?

¡V os el M isterioso replica co n asom

bro la huérfana, ¡vos. . . . . y el horror

no le permite decir mas. El Misterio

so ha m uda do de to n o, y con un ras

g o de afe cto , d ic e : « ¿ T a l sensación

pu ed o causar en vuestra alm a? ¡oh

virtuosa E ulal ia y o s o y , es c ie rto ,

quien ha aterrorizado estos parajes;

pero jamás hé sido delincuente: aca

llad toda sospecha contra mí: justifi-

queme vuestro corazón, y los tormen

tos de mi alma se habrán disipado."

La virgen contesta con una tierna

mirada que ha penetrado hasta el co

razón del Mister ioso , ¿hay mas po

deroso lenguaje que hable con mas

claridad y espresion al alma? Sin

embargo, el hombre terrible vé la

deforme barrera que le separa de la

sensible doncella, y quiere, aunque

en vano, sofocar á lo pronto la na

ciente pasión que ya le agita, y hs-


51/345

30 .

bla nd o con mas d ign ida d, pros igu e:

«Ya veo mi indulto al fondo de

vuestro corazón: sed feliz.* ' Dá el

primer paso para marchar; pero que

riéndola ver por últ ima, ha obser

vado que las lágrimas de la ternu

ra bañan las delicadas mejillas de

Eulal ia : se vuelve ac ia e l la ; con

cluye allí toda la magestad que le

reviste , y e l imperio de su orgul lo-

sa v o z , se trueca en el acen to d u l

ce del amor: « ¡o h Eulalia dic e co n

el mayor entusiasmo: ¡oh amada mia

al fin tengo que hacerte la fatal de

cla ra ció n que te am o Sí , no p u e

de s d u d a r lo : aq-uí en la tierra tú s o

la me haces apreciar tsú ecs i s ten-

c i a :

so lo tú m e que das e » las m i

serias de este vo lub le mundov... ¡a j

de mí E u lal i a , te am o: mí co ra zón

se te ofr ec e to do entero: co rr es po n r

ric á este p e c h o hen chid o de am or ;

y h o y . es el dia. en que re na ce .roí


52/345

31 .

poder y mi g loria sobre la m a y o r

altura del universo ¿Q u é me re s

pondes , ángel de Cozumél? ¿me a-

mas? ¡Am aros d ice la huérfana co n

ternura, jah pu edo negar el a d m i

rable predominio que ejercéis sobre

mi co ra zó n ?" :Me amas , Eu la lia

interrumpe poseído de júbilo el Mis

ter ios o: ¡me amas ¡ah y a el c ielo

aparece sereno para mí: disipóse la

tormenta,

y

la aurora de mi f e l i c i

dad aparece desde hoy en mi ori -

sonte: pues bien, yo también te amo;

pero.. . . . . . .

¿desg raciado ¿qué pod ré

darte en medio de este monte? ¿qué

puedo dar á una consorte, si no es

el espantoso retiro á que la perver

sidad de los hombres me condena. . . .?

N ó ,

y o no soy d igno ¡E j ia lU

desecha de tí al hombre de la fa

tal idad. No quieras comprenderme,

sabe que te amo,

¡H\\

sí, y el aroor

es la sola prenda qus: mi coraitoa


53/345

32.

posee H u y e , v i r fe n de Co zum él ,

estás al bord e del pr ecip icio a s e

gura tu suerte, y conténtate con sa

ber los tiernos sentimientos de mi

' . tma." Dice, y marcha con la mayor

intrepidez; pero la huérfana pror

rumpe siguiéndole y bañada en lá

grim as : ¡ah ¡cruei de ten eos , una so

la palabra un último á D io s

Sus ojos le siguen á todas partes,

mas aun este place r le dura p o c o ,

porque el objeto que ha visto ha de

sa p a re ci d o en un m om ento, f e sienta

en una peña: llora, sin saber la causa:

ella siente una adhecion acia el hom

bre que acaba de ver, pero ignora la

causa que le estimula á am arlo. H a

ce poco que temblaba al pronunciar

su n om bre , y ah ora alenté sobre su

cora zón separarse de é l . L os v e c i

nos del monte le tienen por una cosa

sobrenatural , se horrorizan de pen

sar-en c¡¿ y aunque continuamente


54/345

33.

raparte beneficios, éstos no bastan á

borrar el temor de los aldeanos

E ula l ia ' se ha ol v id a d o del an

ciano de la playa y el padre Übin:

escucha una voz que la llama por

su nom bre, era de el los , que ob s e r

va n d o la tardanza de la jo v e n , la

buscan con entereza, temiendo que

peligre: l legan acia donde está, le

hablan, le preguntan qué hacía; pe

ro la inocente doncella vuelve á

prorrum pir en abundante l lanto. A -

sombrado Teóf i lo , le abraza: ¿Qué

es lo que te ha su ced ido? p re g u n

ta repetidas ocasiones; mas el la so

lo responde con sollozos y suspiros,

sin quitar la vista del sendero del

Misterioso. ¿Dónde está la tranqui

l idad inocente, la juvenil s implic i

dad que ha poco la caracterizaban?

Todo ha desaparecido con la mas

rara intrepidez: se para trémula y

silen cio sa , y sigue á T e ó fil o , quien


55/345

3 4 .

asombrado de aquella estraordinaria

escena, no sabe qué pensar en aquel

momento . Marchemos , d i ce , ya que

ha escapado del pel igro. Sí , repl ica

U bin , e l M ister ioso ¡El M is t e

r ioso grita poseída de do lor E u la

l i a , ¡ah no es un cr im in a l, ni es

una visión espantosa: y o le h e v i s

to :

sí , ¡ay de mí ¡ jamás se borra

rá de mi mem oria ¡Le ha visto d i

c e T e óf i lo : esto , pues, es lo que le

agita: retirémonos de estos sitios en

que él habita} ¡huyamos y sigue la

brecha de la habitación, tomando

por la mano á la desconsolada E u

lal ia .


56/345

3 5 .

I3ien

conocidas son en la historia

las épocas funestas en que España

fué inundada de sangre. Apenas ha

bía f inalizado la guerra de Córse-

g a , cuando se preparaba otra en

Granada . E l duque de A lba d e s -

E N T R E - C A P I T U L O .


57/345

36 .

plegaba en Flandes su característ i

c o despotism o. M a rc h ó á Bru zelas ,

declaró una tenaz oposición á la

pr incesa doña Margar i ta , y des

pués de haberla impelido á marchar

á Italia , se ap od er ó del gob iern o é

hizo general su tiranía; só pretesto

de co nfer en cia llam ó á su corte á

los grandes señores: el conde de

H orn y el de E gm on t , fueron h e

chos pris ioneros , y en seguida l le

nó las cárce les de la nobleza e s p a

ñola, levantando para el lo impostu

ras ,

ó bien atribuyendo á otros las

m aldades que é l e jecutaba. R e n o

vó los edictos del César Carlos y su

hijo Felipe, é instituyó el nuevo tri*

yuncí de sangre, (*) siendo éi su pre

sidente, y por el que sacrificó in-

[*] Los jueces inquisitoriales se

horrorizaron á vista oe este nuevo

tribunal.'zzM.&t. h ist . Mor . d ice .


58/345

3?.

numerables víctim as . A vista de es

ta arbitrariedad sin límites, multi

tud de familias por sí solas se es-

pa triaron , prefiriendo antes a l a s pe r

secuciones el dest ierro; y creyendo

el malvado vaci lante su poder, man

dó levantar en Amberes una gran

fortaleza co n c i n co admirables b a

luartes.

N o s olo Fla n d es sentía en este

tiempo los rigores de un pérfido so

berano, toda la España esper imen-

taba las crueldades de su hipócrita

m onarca . F el i p e no contento co n

levantar patíbulos para los inocen

tes paisanos, estendió su furor á la

Iglesia después de haberse asegura*

d o en el pontif icado rom ano. F u e

ron, por su orden, desterrados los

franciscanos claustrales, y sus (B ie

nes aplicados al fisco: se destinó una

cárcel para asegurar multitud de e-

'clesiasiicos á quienes no se imputa-

r

4.


59/345

38 .

ba otro delito que la relajación ó

la c rí ti ca ; y para justificar estos a -

tentados, se dispuso trasladar las. re

liquias de S. Justo y Pa stor , de H u e s

ca á Alcalá de Henares, ¿n los mis

mas dias en que parecía la Iglesia

ser amenazada por el t irano. Los

agentes mas poderosos de el la , pa

saron á R o m a , y v iendo F e l ipe g r a

vitar sobre su cabeza el terrible ana

tema, aparentó un santo celo por la

religión cristiana; y para ello mandó

encender en Granada las hogueras

inquisitoriales, hasta que ecsaspera-

dos los mahometanos , promovieron

una nueva revolución, y dieron la

prim era batalla en C ad iar .

Abrióse de nuevo el campo de

la devastación; pero desaparecieren

repentinamente los principales héroes

de E spañ a , Chartson , T orq ue m ad a,

B aí ll i, R u iz y F ag oa n no . vo lv ieron

á verse: el duque de Brin y el con-


60/345

39._

de-de N . se

perd ieron . Farax

v i

gor izaba

sus

l eg iones , F e l ip e

se ha

l laba aislado} ¿qué, pues, se habrán

h e c h o

los

valientes

de

M a d r id

y de

Navarra? ¿hallaránse entre los ba

tallones moriscos? ¿pretenderán cons

pirar separados, contra

su

S e ñ o r ?

Ade lante .

Hab ia mas de 40 años que H e r

nán C ortés h izo MÍ presente

á Car

los V. Le entregó una nación d e

vastada, un e s c lavo encadenado , un

s iervo her ido .

La

nación mejicana

subyugada por la armada española

era el instrumento de la d ip lomacia

castellana: hubo en este inte rva lo a c

c iones muy reñidas: se desconfió en

el real gabinete

del

conqu istador

de

Arnér ica , se le negó el v irreinato,

y se confió el gob ierno á c ierto ca

bal lero pr iv i leg iado . Los nuevos se

ñores de T lasca la y Tenoxt i t 'án se

opusieron

al

supremo mandato,

y


61/345

4 0 .

dispuestos á batirse con los envia

do s d el r e y , mantuvieron una l a r

ga y prolongada guerra , de cuyas

desgracias fueron teatro las distan

cias que m edian entre Yuca tán y

T a b a s c o .

La península de Yucatán situa

da entre la. bahía de C am pe ch e y

la de Honduras, es atravesada en lo

interior de N . O . á S. O . po r una la r

ga cordi l lera de cerros no muy al

tos ,

de entre los cuales el mas e le

v a d o obtu vo de G ri jalba el nombre

de M ar tin , el que se ha trans feri

do hoy á otro muy d iverso y d is

tante. E sta península y la de T a

basco, fueron las primeras que los

españoles

¿

poseyeron y co m en za

ron á habitar: allí se fundaron los

primeros cu ra tos, y en breve ya se

dejaban ver pequeños grupos de ha

bitantes en aqu ellas estendidas lla

nuras, en torno de los tristes res-


62/345

4 1 .

tos de la antigua población.

E l monte M artin á un c a b o d e

la cordillera de Yucatán, era en este

t iempo prodig ioso por e l hombre ad

mirable que le habitaba, asi como el

torrente de Rio Hondo por el hermi-

tafío que allí ecsistía; no era muy es-

traordinario que estos hombres v i

v iesen desconocidos, separados del

trato so cia l , cua nd o habían d e s a

parecido las primeras familias de la

la Europa, á causa de las cont inua

das revolu ciones . É l inc ógn ito de

Mart in , so lo era conocido por e l

Misterioso, y aun su misma ecsis-

téncia era dudos a . L o s habitantes

de Yucatán y Tabasco, recibían de

él innumerables beneficios, y éste ge

nio incomprensible poseía tanta fuer

za para repeler á sus enemigos, co

mo atractivo para hacerse aliados}

sin embargo, el siglo XVI no fué el

de las luces, y menos en ún pais en


63/345

4 2 .

que los moradores civilizados f u e

ron los mas ignorantes europeos; un

terror fanático les dominaba:, y so

lo hablaban del Misterioso, c o m o

suelen contarse los pasajes espanto

sos de los aparecidos. Es cierto que

sacrificaba víctimas; pero éstas eran

criminales: si alguna disencion agi-

. taba una fam ilia, él oc u rr ía, ha bla

b a , y su v o z restituía la paz : si a l

gún pérfido intentaba inmoralizar,

sorprender ó asaltar, él amagaba y

salvaba la v irtud é inocencia . E s

te hombre prodigioso mandaba cual

un soberano, sin dejar nunca de ser

obedecido : é l juzgaba; mas nunca

pu do ser ju zg a d o . Sus ac c io n es , su

poder , su espres ion , todo , todo in

dicaba la ilustre cuna de que des-

. cen dia ; pero a is lado , s iempre o c u l

t o ,

habitante de las se lva s, no n -

dicaba mas que ser un héroe lanzado

de su patria , á semeja; za d : i g l o -


64/345

43 .

bo de fuego que desciende del sol

á la tierra. N a d a puede ocultarse

al genio del misterio, empero de él

todo se ignora: él es, por fin, el Se-»

ñor de aquellas penínsulas y el ter

ror de sus habitantes. ¿ Q u ién , e m

pero será este desconocido?

Todo son misterios : Teóf i lo , e l

incógnito Teóf i lo , es otro nuevo

desconocido , y Eulal ia es la v irgen

oculta; ¿por qué separados de la

soc ied ad vive n en las solitarias r u i

nas de C oz u m él, un ancian o y una

don cel la? ¿Serán acaso otros p e r s o -

nages que bajo nombres supuestos o-

cultan el ilustre que llevaro n alg ún

dia? ¿estarán confinados? ¡ah

¡cuan

presto se corre rá el ve lo á to d o , y

que breve la que hermosea los de

s iertos de Mérida, se marchitará co

mo la tierna rosa á las pocas horas

de haber brotado.


65/345

C A P I T U L O I I .

. i pasado algún t iempo,sin nin

gún estraordinario acontecimiento: el

padre Ubin estuvo so lo dos d iascon

T e ó f i lo , y continuó su misión: E u

lalia há repet ido sus paseos á c l a e l

r io Rojo y e l bosque de los s ier -


66/345

45.

v o s ;

pero no ha vuelto á ver al

M isterioso. E l la , cuando contem pla

espacio á su amado objeto , se es

tre m ec e, pe ro no puede resistir á su

pasión; asi es, que con el mas alto

respeto le ama en el fondo de su

co ra zó n . C ada turbulenta no che r e

cordaba aquel dia fel icísimo para

ella en que v i o postrado á sus pies

al hombre cu ya suerte era in c o m

prensible: nuevos tormentos agitan

su alma; huye de el la la dulce tran

quilidad; ya no le parece risueña el

arroyuelo; el bosque se le presenta

sombrío y fúnebre, y el triste es

pectáculo de las ruinas que habita,

le parece un espejo en que vé su

pa ra de ro, ó Un ge ro glí f ic o de su

suerte. T eó filo observa ca d a dia la

triste melancolía que reviste á la

do nc el la , y há m architado su s e m

blante: ignora la causa, y cree po

sitivamente que la soc iedad es el


67/345

4 6 .

único antídoto á sus males; no tiene

roas donde proporcionársela, que en

las vecinas rancherías, y se resuel

ve al fin á pasar algún tiempo en

tre aquellos fanatizados habitantes:

al efe cto , comu nica su pro ye cto á

Eulalia, y ésta responde con la ma

yor sorpresa, ¡á las rancherías

¡ah

acaso nuevos sucesos nos espe

ran allí; mas en cuanto á mí, padre

m i ó ,

nada tenéis que preguntarme,

sabéis que vuestra volu ntad es la m ia.

B ien, d ice T e ó fi l o , mañana mismo

marcharemos, y no volveremos al

retiro hasta de aquí á cu atr o meses

que ya estarás restablecida.

¡Con cuánto dolor se separa la

inocente doncella de las paredes pa

ternas: no vá á andar media milla,

y cree no volver mas á sus queri

das bóvedas; no obstante, el respe

t o ,

la obediencia le imponen si len

c i o , y debe seguir al que r ec on oc e


68/345

4 ? .

por padre: en estas meditaciones que

da como fuera de sí, mientras que

el anciano recorre aquellos sitios ob

ser va nd o sus sembrados en el es ta

d o que queda n; anda si lencioso e n

derezando e l de l i cado tayo , y l im

piando la ternezuela mata, cuando

escucha un desconocido acento en

tre las ruinas: se para sorprendido,

y la curiosidad le hace acercarse

un poco mas acia la voz, no sabe

quien la profiere, y queda atento:

«S a lv e , d i ce la v o z desc on oc ida , sal

ve sagrado recinto, en cuyo seno re

posa la virtud, y la inocencia duerme

con el sueño tranquilo de los justos. . .

Yo os saludo, confusas y respeta

bles ruinas, que presentáis al hom

bre la nulidad de sus obras, y don

de en otro tiemp o la igno ran cia y

la superstición henchía vuestro an

churoso seno de ruegos, oraciones

y deprecatorias á un\Dios impostor,


69/345

4 8 .

y á una falsa div inid ad : y o os re s

peto y os venero por haber sido el

presagio de la rel igiosidad á un

pueblo que deseaba conocer al ver

da de ro D io s . Y tú, ángel tutelar,

qu e vivifica s los lugare s y sitios jdon -

de el indiano fanatismo arrancaba la

vida á los hombres para ofrecer ho

locaustos á sus vergonzosos ídolos :

(*) ¡tiernezuela tortolita de Cozumél

E u lalia no pienses jamá s en a m a r

m e; cuidaré en lo succesivo no pre

sentarme á tu vis ta: reposa en e l r e

g a z o de la inocen cia: no l legue j a

más una pasión á despertar en tu

cora zón e l am or , por é l soy d e s

graciado; s in él ceñiría una diade

ma y ocu pa ría el sol io ¡A D io s

m onum ento terrible de con fusión y

espanto : á Dios obscuro promonto-

[*] Véase Clavigero.TzSacrificio

de los indios.


70/345

4 9 .

r io

-

y restos de una efímera aun que

opulenta grandeza; vuestra magnif i

cencia ha sido destruida como lo fué

mi po der y mi g lor ia ¡Eulal ia

¡amada mia ¡ay de aií al separarme

de estos sitios, mi corazón palpita y

mi pecho revienta ¡no me ames . . .

¡ó c ie lo . . . . . n o , dé jame d es gr a ci a

d o para siem pre, y no quieras se r

lo tú también "

Un temblor horroroso sobrecoje

á Teófi lo: ha oido la voz casi en

sus oídos , y no ha podido ver á na

d i e ; dá un grito de espan to, y h u

ye sobresaltado, ocasionando con su

presencia la misma turbación á Eu

lalia. n ¡ P a d r e m ió ¡qué es ¡qué os

afi i je . . .. . ¡hablad . . .. iz : A ban don em os

en este instante las ruinas el d e s

graciado Henrique se levantó del se

pu lc ro para saludarlas ¡él te ara*

v ya-está entre ios muertos . .. . ¡ H u

y a n l o s

jia visión me persigu e a. ¿ ó -


71/345

5 0 .

das partes somos, sacrílegos.zr¡Sa-

crílegos prorrumpe Eulalia pávori-

2 a d a . — S í, el anatema gravita sobre

nosotros, profanamos el lugar santo.

:r:Temblando, pavorizados y aho

gándose quedan uno y otro silen

c i o s ;

hasta que la misma voz que

oyó Teófilo, les tranquiliza y qui

ta el asombro:rr¡Callad, fanático, di

c e ,

este no es lugar santo; voso

tros le purificáis —¿Oís, oís, pa

dre mió? dice Eulalia con interés,

¿habéis escuchado?—¡No te sorpren

des

dice Teófilo.rrNó, padre mió,

ya no me espanto de los misterios.

—¡Cómo, pues —Ellos nada nos

hacen; nos proporcionan el bien, y

nos defienden del mal; de suerte, que

antes me alegro de estas cosas ad

mirables.—Pero qué ¡Henrique

—¿Qué Henrique es ese que nom

bráis?—¡Calla, lo sabrás él habla

desde el sepulcroirrah qué equívo-


72/345

5 1 .

co estáis, pues es el Misterioso e

qu e os ha hablad o.— ¡Será po sib le . . .

— E l es , no lo dud eis .rzPero ¿á

qué en estos sitios? y si él es; ¿no

sabes que ese es el hom bre del e s

p a n t o ? : ^ b ie n, p ad re m i ó, las i n

culpacion es á un de sc on oc id o son

infundadas; pero ¿no ha h ec h o

tantas acciones heroicas? ¿no t iem

blan los perversos solo al escuchar

su nombre? El desamparado huérfa

n o , la viuda afligida y el anciano

sin apoyo, ¿no encuentran en él un

padre bon dad oso que con p róv ida

compas iva mano les prote je , ocu l

tando su generosidad, y valiéndose

del misterio para no escuchar las

espresiones de reconocimiento que

sus favorecidos le tributan? ¡ah ¡ ja

más el delito puede encubrirse has

ta tal estremo —Tú me tranquilizas;

pero es preciso que mañana mar

chemos.


73/345

5 ? .

Há pasado ya el día: Eulalia

que gustaba de tarde en tarde subir

á un elevado pilastron, que aun per*

manecia entre las ruinas, para dis- '

frutar el placer que disfrutaba su al

ma á la vista de la entrada del sol,

yacia en su metódica divercion, con

mas interés que nunca, pues iba á

separarse de aquellos sitios que le

eran tan qu erid os. E l m ágestuo so

planeta suprimiendo por un momen

to los refulgentes rayos que le vis

ten, deja ver un rasgo de su magni

ficencia sobre los elevados cerros de

Tocopot l , ( * ) esparc iendo en e l c ie

lo un fulgor nacarado, que desvane

c iéndose á proporc ión , le hace p r e

sentar un aparato de admiración.

L as aves reconocen la procsim idad

de la noche, y con tiernos y melatir

=

[*] Nombre de cierto cerro de

Yucatán^ en tiempo de les indios. .


74/345

5 3 ,

có l ic os g o rg eo s se diri jen á sus pe

queños nidos, en tanto que el ave

lúgubre de las tinieblas se prepara

para salir á disfrutar de la noche,

y su con fuso «i lv id o se escu cha y a

de cu an do en cu an do entre las e s

pesas cerranías de M artin . L a n a

turaleza toda parece concluir á la

fa lta de F e b o , y com o las h er m a

nas de Faetonte, la huérfana llora

en la soledad, su prócsima ausencia

de la paterna tierra.. . . Há sacado su

viola para ayudarse de su melódi

ca armonía en tan sensible despedi

d a : prepara la cuerda, restringe el

plectro, enjuga las lágrimas que sus

ojos vierten; y serenándose un po

c o ,

entona su canto con mas esce-

sivo fuego y entusiasmo que la ce

losa Safo, y se oyen resonar así:

A Dios ¡ó suelo, donde vi inocente

La luz primera del luciente Febo

5


75/345

54.

A D io s .. . me arranca de tu seno gratq

Solo el misterio.

E l m isterio, el m isterio v á

repitiend o por los aires; y sola m en

te resuena la voz de la cuerda, que

se asemejü á la l ira de Apolo cuando

en la terrible noche hubo de escu

ch arla el fu gitiv o amante de la t e

m ible Ju no. Pr osigu e después de

un instante:

El formidable monte y la l lanura,

Tal vez á ver no volverán mis ojos,

Ni al t ierno objeto que en mi pecho

vive ,

El Misterioso.

¡Triste de mí ¡yo parto ¡yo me a u

sento

De este lugar querido, tan precioso

¡M onte ¡Ruinas A D io s . . . . A D ios

también,

¡O Misterioso . . .


76/345

55 .

L a do nc ella fuera de sí , no sa

be lo que hace; el instrumento cae

de sus manos, y queda como aletar

g a d a , ¡ah ¡cuánto puede en un c o

razón sensible, inocente y virtuoso

el abandono de la tierra que le sir

vió de cuna figurábase que fuera de

ella no encontraría la felicidad: aun

sonaba en sus oídos aquella dulce

v o z : ¡TV am o, Eulalial \sí, no pue

des dudarh\ ¡me ama se decía á

sí misma, luego me protegería y me

salvaría de los peligros; pero yo

me

separo de él; ¿quién me favorecerá

por allá? ¿quién podrá amarme c o

mo él? ¿y quién poseerá su admira

ble poder?

Ha sonado por entre las ruinas

la triste y pacífica voz de un harpa:

se reanima la debilitada doncella:

se estremece, ¿quien, dice, puede to

car en estos parajes? ¡Mi padre nó,

él no es, ¿pues quién.. . .? Yá á echar


77/345

56.

á huir, cuando la detiene una voz

que parecia la misma de Diana

1

, y

escedia á todas las musas juntas, y

se acompañaba perfectamente con el

instrumento:

Huye por f in, ¡ó celestial doncella

Si ser feliz pretendes, marcha luego,

Y no indagar pretendas de quien te

habla ,

Tanto misterio.

M a s ay ó Euialia nó, jamás olvide s

Que te protejerá siempre anheloso

E l tierno ob jeto que en tu pec h o v iv e ,

El Misterioso.

Cesó la cuerda, y solo el eco

responde á lo lejos, el misterioso, el

Misterioso

¡Cielos ¡él es prorumpe E u l a

lia llena de alegría: se para para di-

rijirse acia donde oyó la música;

pero vé á distancia correr con la ma-


78/345

5 ? .

yor precipitación una sombra negra;

le reviste el pavor, y temerosa se

diri jeá su habitación, donde encuen

tra á Teófilo preparando la marcha

muy afana do. N o deja éste de c o

nocer su sorpresa; pero observando

siempre cierta agitación en Eulalia,

cree ser efecto del prócsimo viaje,

y para distraerla un poco, le dice:

«M a ñ a n a , hi ja m ia, tendrás que se

pararte del suelo, que amigo de tu

infancia, sirve de velo á tu naci

miento, y te ha ocultado por algún

tiem po quien eres: vam os á habitar

entre unos hombres que un tiempo

fueron mis a m ig os ; pero que po se í

dos de fanatismo, acaso ahora quer

rían perseguirme si me conociesen:

debes estar advertida de esto, y al

mismo tiempo sabrás ahora mismo

la causa de mis penalidades, y el

gran peligro que corremos si una

vez se te escapa declarar ei lugar


79/345

58 .

de nuestro sol itario re tir o." — B ie n ,

padre mió, descansad y confiad

tranquilo en este pecho, que sa

brá guardar vuestros mas preciosos

secretos .— »Pu es es cu ch a, hija mia:

ten va lor y constan cia para oir una

narra ción que te vá á llenar de p a

vor ; pero que debe hacerte sobre

salir entre las primeras maravillas

del universo. A h o ra que vas á e n

trar en el trato de las gentes, es

preciso también que entres en cono

cimiento de tu origen, el mió, y de

la perversidad de los hombres: ha-

bia jurado separarme de ellos; pero

tú me haces fallar á este voto; no

obstante, tu felicidad es la mia, y

debo posponer mi quietud á tu di

c h a . E s c u c h a .


80/345


81/345

60 .

vez me habrían dedicado á las c ien

c ias ,

si la muerte, respetando mi

temprana e d a d , no me los hubiese

arreba tado tan presto A la ed ad

de diez años, quedé solo y sin am

paro alguno: buscaba una escasa

subsistencia escribien do á los p a r t i

culares sus correos, y sirviéndoles

de cr iado en a lgunos negoc ios , pe

ro la ninguna esperanza de salir de

tan triste abatimiento, afligía de con

tinuo mi alma, y daba mas estension

á los ecsaltados sentimientos que me

anim aba n, hasta que al fin, me r e

solví á sentar plaza bajo las ban

deras que á tiempo levantaba el des

cubridor de Américas en España pa

ra hacer sus investigaciones en las

costas ; aunque joven, era yo at lé-

tico y de violento espíritu, por lo

que fui re cib id o con bastante a g r a

do de mi gefe, y muy pocos dias

se hubieran pasado sin que y o c o -


82/345

61.

rrienzara la nueva carrera que ha

bía emprendido, á no ser por un su

ceso estraordinario, y aparentemen

te dichoso para mí. L i e g o á E s

paña un t io m ió que venia de R o

m a,

y acababa de ser criado car

denal y arzobispo de la Iglesia de

Toledo: su nombre era

D .

F r a n c i s

c o Jim énez de los Cisneros. E ste

dignísimo prelado habiéndose infor

mado de mi ecsistencia y parade

r o ,

me hizo licenciar de la milicia,

me condujo á su casa y colmó de

Itenefícios: queriendo, por último, ha

cerme el de colocarme en América

en una casa fuerte decomercio; al e-

fecto, con todas las formalidades se

preparó mi viaje, y partí en una n o

ta para la isla de Santo Domingo,

coa grandes recomendaciones y un

cap ital con sid er ab le; pero tal es la

suerte de los hombres, que jamás vén

cumplidos íudos aquellos planes que


83/345

62.

fatuos en su aca lora da im agin ació n

se figuran , sin advertir que el qu e

obtiene los destinos de cada cual,

podrá impedirles aun mover un pié ó

una ceja

Lleno de júbi lo y alegría , rrar-

chava yo inquieto por llegar á un

suelo donde positivamente cr. ía. for

mar un promontorio de riquezas,

y disfrutar infinidad de placeres,

distraído en estas ideas, no refac

cionaba que el zañudo mar que sur

caba, podia en unos minutos abrir

sus aguas y sepultarme en el abis

m o , ni pensaba en la multitud de pe

l igr os que me amenazaban. A l e -

f e c t o ,

era preciso que yo sufriese

un escarm iento, y lo esperim enié d e

masiado rigoroso: al pasar el Darien,

se inflamaron los vie ntos, las agua s

agitadas se levantaban en promon

torios elevados, y chocando unas con


84/345

63.

otras en lo alto, formaban una den

sa nube, que con la obscuridad de

la n oc h e, impedia tomar un ru m

bo seguro y derecho, y poco á po

c o se fué form alizan do la mas h o r

rorosa de las tempestades: allí pa

recía haber cesado todo el poder de

un Dios que rije el universo y le

sostiene, y que las aguas reveladas

contra su justicia, parecian ame

drentar al mismo cielo: allí no se

escuchaban sino lamentos, maldicio

nes y de pre cato rias: la ronca v o z

del bronce con que implorábamos au-

s i i i o , era sofocada por los retum

bantes bramidos del mar embrabeci-

d o ,

y éstos eran pr ec ed ido s de m il

r a y o s , que sin cesar se despren lian

de la atmósfera, incendiando su ful

gor, y haciendo mas horroroso el

destino del triste y afligido nave

ga n te; en esta desg raciad a situa ción ,


85/345

64 .

pasábamos un estrecho, (*) cuando

nuestra carabela, en oposición con los

vientos, es encendida de un rayo y

desencuadernada del todo, y en es

te momento, azotándole furiosamen

te una ola, confirma nuestro naufra

g i o , y solo yo con otros diez y seis

españoles, fuimos arrojados en unos

fracmentos del esquife á las cos

tas de Yucatán, habiendo perecido

todo lo demás de la

nota.

Errantes permanecimos dos dias

en aquellas costas, y al tercero, con

oc a sió n de haberse d a d o po co s dias

antes una batalla allí mismo contra

unos españoles de Santo D o m in g o ,

ap ar ec ió un piquete ó pequeña t r o

pa de ind ios, los que tan luego c o

rno nos vieron, crevendo ser noso-

iros de los que el los habían derro

tado, nos hicieron prisioneros, y fui

mos conducidos hasta Méj ico en se-

[*] Paso de los alacranes.


86/345

6 5 .

íial de triunfo al rey de estos esta*

dos .

Se erig ió para juz ga rn os , co n - ,

form e al Te o m a zt li , (*) un tribunal

competente, compuesto de los pri

m eros feudales y gefes de aq uella

monarquía: nos presentaron á los

ocho dias de prisión á dar nuestras

declaraciones; quedé admirado del

magníf ico adorno de aquel palacio

y aquellas constumbres, que si bien

eran bárbaras, tenían algo de leni

dad y buena fé.

Fuimos en seguida conducidos al

gran templo de Méx ico , cuya admi

rable arquitectura podía asombrar á

las mas civilizadas naciones de la

Europa. (•**) El cementerio ó plano

que precedía ai edificio, estaba cer-

[*] Libro ó código de leyes ci

viles y divinas.

[**] Véanse Lorenz.¡ Clav., Lop.

y

Mem.

de Curt.

}

Sol.


87/345

66 .

cado de una elevada tapia construi

da de m aginería y zaquim iés, cu y a

preciosa piedra mineral, presentaba

sus vetas m etálicas á los ra yos de l

s o l , formando un sensillo resplandor

en torno de las muy finas y bien gra-

vadas figuras que la adornaban: el

circuito interior que guardaban, era

de tal estension, que ampliamente ca

bían diez mil almas, dejando libre

la puerta principal de la primer mez

quita que conducía al templo: pues

tos en la puerta de éste, subimos

una grandísima escalera de ciento

setenta gradas, y entramos por fin

al cuerpo de la mezquita mayor ó

gran templo de tres cuerpos ó na

v e s , y cuarenta capil las á su rede

d o r , cu ya s torres perdiéndose en su

elevación, parecían competir con los

c e l o s , la menor de éstas tenía c in

cuenta escalones para subir de un

cu er po á- o t ro , y éstos eran cu a tr o.


88/345

6T.

H iciéron no s hin car, á. la mitad de l

recinto, cuya magnífica grandeza in

fundía un celo religioso y una na

tural venera ción . A l frente se ve ía

lue go el primer altar, pr ec ed ido d e

nueve gra da s de or o m az iso: en un

ele va do plano form ad o de piedra

ja z p e , sentaban o c h o vastas y d e s

medidas columnas de plata pura,

cuyos cornijones y resquicios eran

de oro labrado, con tal perfección,

que los atónitos ojos del estrange-

r o ,

fijándose en aquel portento, que

daban estáticos por algunas horas:

éstas columnas sostenían la cúpula

que servia de bóveda á los dioses,

era toda de zaquimiés y piedra jas

peada, adoraada con diversas y pre

ciosas labores de oro y plata em

bu tida , y en su red ed or inferio r

guardaba el gran velo que cubría el

sagrario, y era de la riquísima te

la que portaba para sus funciones


89/345

68 .

[*] Grande y sumo sacerdote*

rel ig iosas el Acricaúhquit lenamaca-

ni,

(*) Levantóse este v e lo , y p e r -

diendose en la cúpula, apareció el

célebre y jam ás bien descripto t a

bernáculo, donde estaba el ídolo

Huitz i lopozt l i , cuyo perfecto retra

to representaba la persona del p r i

mer caud i llo y fundador de la N a -

ciun Mexicana, y á quien la pos

teridad en recompensa habia divi

nizado, todo era de oro purísimo:

los pilastrones del tabernáculo, gra

vados con tal esmero, brillaban como

espejos, y á las hachas de cera que

ardian en su rededor, sentadas en

jarras de plata, formaba su reflejo

el resplan dor de un so l, entre el

cual aparecía como emanación celes

te e* gran profeta ó íd o lo que se

adoraba., ¡que esp ectácu lo ¡qué gran -


90/345

6 9 .

6

dez á cu al jam ás había vis to lo res-^

tante del universo. (*)

( * ) Se p ier de en la ob sc u r i da d *de Jos

t i e m p o s e l p r in c ip i o ó (la ép o ca en q u e la

n a c i ó n m e x i c a n a c o m e n z ó á e c s i s t i r , y d e s u

o r i g e n s o l o se s a b e q u e l os p r i m e r o s p o b l a

d o res v in ie r on d e la p ar t e d e l nor t e hac ia

la Punt a , d e la s Ca l i f o rn ias : sus p r imeras

m an s ion es fuero n s i t uad as en la l a gu n a d e

Q u i v i r a , q u e e s t á e n e l d e p a r t a m e n t o ó p r o

v i n c i a d e e st e n o m b r e , c e r c a d el d e s e m b o

c a d e r o d e l R i o C o l o r a d o e n e l g o l f o d e l a s

C a l i f o r n i a s : f u n d a r o n o t r a c i u d a d j u n t o a l

r i o G i l a , o t r a c e r c a d e l p r e s i d i o d e J a n o s e n

l a S o n o r a , y s u c c e s i v a m e n t e s e fu e r o n e s

t e n d i e n d o .

L o s p ri m e r o s p o b l a d o r e s , f u e r o n X o l o t l ,

A c o l m i z t l i , A t z c a p u t z a l c o y H u i t z i l o p o c h l i , e l

m a s p o d e r o s o , f u e r t e , s a b i o , v a l e r o s o , f u n

d a d o r d e M é x i c o , s u p r i m e r o y m a s s o b r e

s a l ie n t e m o n a r c a , y e l q u e h i z o y e s c r i b i ó

l os t res c ó d ig o s , p ena l,, c i v i l y d iv in o : é s t e

i n t r o d u j o e l i d io m a N á h u a t l ó M e x i c a n o , c u

y a e l e g a n c i a , d u l z u r a y a b u n d a n c i a d e f r a

s es y c o m p o s i c i o n e s , e s c o n s t a n t e . y le h a c e

a p a r e c e r c o m o e l l e u g u a j e m a s h e r m o s o y

p rop io d e la bond ad y senc i l l e z .

C u a n d o C o r té s c o n q u i s t ó , ' h a b í a los r e

y e s d e T e x c u c o , T l a c o p a n , C u l u a c á n , T l a l -


91/345

70.

Salió, pues, por la derecha puer

ta el concurso sacerdotal: resuenan

en el magníf ico recinto los fervoro

sos himnos, en cuyos espacios se es

cucha la melodía de una música que

llenando el templo de respetuosa ale

gr ía , recordaba los encantos ce les

tes.

Póstrense de rodil las,

y

arde la

ofrenda c o m o en los antiguos t i e m

pos :

succede una oración al o ielo ,

y lu eg o salió la mas herm osa de las

mugeres que mis ojos han visto: traía

el traje de sa ce rd otiz a, atrav ezó el

sagrado, después de una reverente

gcnuf lecc ion , y tomando una jarra

de oro. , consume en el la los sagra

do s aromas , cu y o humo form ando

una densa nu be , se e le v a , pasa las

t i l u k o y T u l t a , t o d o s e s t o s e s t a b a n s u j e t o s

a l g r an m on arca ó p r im er señ or d e la r e

g i ó n , M o c t e u z o m a X o c o l i o t l , p o r s o br e n o m

bre e l Mitzo.—H ist. Tuu. C. F.-Betur. Lur.

-Hsrn. C'erf. {¿.¿-tus.}


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C. I .

remontadas bóvedas y l leva las pre

ces hasta los mismos cielos.

Hacen en seguida acercarse al

barandal inferior al mas anciano de

nosotros , y desnudándole su vest i

dura co n m isteriosas Cerem onias, le

hacen recostar sobre un banco de

p ied ra qu e estaba á la orilla d el

presbiterio; luego postrándose ante

el altar, hablaban entre dientes, y

quedaron después silencios por el

espacio de una hora.

Vuelven por f in los sacerdotes á

cercar á Hernández (apelat ivo del

español) que aun permanecía sobre

é l banco Azta last l i , de jando despe

jado únicamente el frente para ofre

cer á nuestra vista el esp ectá cu lo f a

tal, a lzaron la voz todos , d i r ig ie

ron al c ic lo una ple ga ria , uno de

los sacerdotes cu b rió con su v e lo la

cabeza d é l a v í c t im a, á t iempo que

uno de el lo s, em pu ñan do un afilado


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72.

puñal de oro , lo enclava tres v e

ces

en el

inocente corazón

de

nues

tro desventurado compañero

¡Dios mió grité con el m a y o r a s o m

b r o ,

y

que

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El misterioso. Mariano Meléndez y Muñoz