el cuerpo imaginado

8/8/2019 el cuerpo imaginado

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Revista Complutense de Educacin I SSN: 130-2496

2000, vol . II, n .0 2:43-57

El cuerpo imaginado

MARIN LPEZ E CAOSeccin D epartamental Didctica de la Expresin Plstica

Facultad de Educacin-Centro de Formacin de l ProfesoradoUniversidad Complutense

JUAN CARLOS GAUL I PREZ

Doctor en Ciencias de l a Imagen

RESUMEN

A p a r t i r d c l a n e c e s i d a d d e u n a e d uc a c i n v i s u a l s e a n a l i z a l a c o n s t r u c c i n d e lc u e r p o humano e n l a s o c i e d a d a c t u a l , l a t r a n s m i s i n d e e s t e r e o t i p o s h u m a n o s , y l ad i f u s i n p o r l o s m e d i o s d e c o mu n i c a c i n d c m a s a s d e c n o n e s q u e l i m i t a n a l o ss e r e s humanos y e n o c a s i o n e s l o s e x c l u y e n d e l a s o c i e d a d .

AB ST RACT

T hi s e s s a y a n a l y z e s , f r o m t h e b a s i s o f t h e n e c e s s i t y o f a v i s u a l E d u c a t i o n , d i cc o n s t r u c t i o n o f t h e b o d y i n t h e c o n t e m p o r a r y s o c i e t y , t h e t r a n s m i s s i o n o f human

s t e r e o t y p e s a s w e l l a s t h e s p r e a d i n g o f c a n o n s i n v o l v e d t h e human b o d y t hr o ug h t h em a s s m e d i a . I bi s e s s a y a r g u e s t h a t t h e s c c a n o n s a n d s t e r e o t y p e s l i m i t a n d c o n s t r a i nt h e human b e i n g s a n d e v e n t h e y c a n c x c l u d e t h e m f r o m t h e s o c i e t y .

Introduccin

La imagen del cuerpo se ha convertido en una sincdoque del ser humano.Lo s medios de comunicacin de masas se han centrado en los aspectos exter-nos de ste y han construido una imagen modlica donde la sociedad ha de

reflejarse. El ser humano de finales de siglo es fundamentalmente externo, fisi-co . La hiperbolizacin de la imagen de l cuerpo hace que nuestro comporta-

miento est sometido a ella.

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MarinLpezECao y Juan Carlos GauliPrez Elcuerpo imaginado

Ver u n a i mag en e s u n a c t o c o m p l e j o q ue r e q u i e r e d e a p r e n d i z a j e . Muchosson l o s a u t o r e s y a u t o r a s q ue han p r o p u e s t o d i s t i n t a s m e t o d o l o g i a s p a r a a n a l i-

z a r l a . A n t e s d e a d e n t r a m o s e n l a r e f l e x i n s o br e l a r e p r e s e n t a c i n d e l c u e r p o

humano, creemos e s e n c i a l f a m i l i a r i z a r a l l e c t o r y l e c t o r a co n a l g un o s a s p e c t o sl l a v e d e l a n l i s i s d e l a i m a g e n .La m i r a d a e s u n a c t o e n e l q ue i n t e r v i e n e n a s p e c t os f i s i c o s y c u l t u r a l e s .

Cuando v e m o s , i n t e r p r e t a m o s . En e l a c t o d e mi r a r p a r t i c i p a e l a n l i s i s , l a

s e l e c c i n , l a s n t e s i s . L a i n t e r p r e t a c i n e s f r u t o d e n ue s t r o s a o s d e a p r e n d i z a-

j e , d e n u e s t r o s r e c u e r d o s , y d e l a c o n v e n c i n c u l t u r a l d e l a s o c i e d a d e n l a q uev i vi mo s . No ha y m i r a d a i n o c e n t e , n i h a y m i r a d a o b j e t i v a . Toda p e r c e p c i n e s

c u l t u r a l y e s t t r a n s i d a p o r n u e s t r a p r o p i a e i n d i v i d u a l e x p e r i e n c i a . En e l l a , l a

c u l t u r a y a t r a v s d e e l l a , l o s medios d e c o m u n i c a c i n d e m a s a s , s o n u n e le-ment o formador d e c o n d u c t a s p e r c e p t i v a s . C ua l q u i e r e l e m e n t o d e l a i mag en

e s t t e i d o d e s i m b o l o g a s c u l t u r a l e s d e l a s c u a l e s e s d i f i c i l d e s p r e n d e r s e .

1 . La l e c t ur a d e l a imagen: una aproximacin m e t o d o l g c a

A l a n a l i z a r un a i mag en p o d e m o s h a bl a r d e l o s a s p e c t os i c n i c o s , icono-

g r fi c os e i c o n o l g i c o s .

1 .1 . Nivel icnico

La l e c t u r a i c n i c a no s o f r e c e l a s c l a v e s i n t e r p r e t a t i v a s puramente f o r m a l e s .La m o r f o l o g a y l a s i n t a x i s d e l a imagen n o s p o s i b i l i t a n l a s i n t e r p r e t a c i o n e s

b s i c a s d e l a c o n f i g u r a c i n d e l n e a s , p l a n o s , c l a r o s c u r o s , t r a t a m i e n t o d e c o l o r ,g r a d i e n t e d e t e x t u r a , composicin a b i e r t a , c e r r a d a , c e n t r f u g a o c e n t r p e t a ,

s i m t r i c a , d i n m i c a o e s t t i c a .

E s t a s c l a s i f i c a c i o n e s s e h a l l a n u n i d a s d e modo e s t r e c h o a n u e s t r a s configu-raciones simblicas del mundo. Como ya hace dcadas analizaba el comunic-

l og o A d r i a n F r u t i g e r ( 1 9 9 1 , 2 5 ) , l a p e r c e p c i n d e un a v e r t i c a l o d e un a h o r i-

z o n t a l s e h a l l a e s t r e c h a m e n t e v i n c u l a d a a n u e s t r a memoria a n c e s t r a l , a n u e s t r ae x pe r i e n c i a co n e l mundo. Dc t a l modo, e l s e r humano h a a p r e n d i d o a v e r des-

d e l a p r e h i s t o r i a h a s t a n u e s t r o s d a s y e s e a p r e n d i z a j e s c h a i d o c o n s t r u y e n d o a

partir, por un lado, de las caractersticas especificas y biolgicas de la percep-c i n d e l o j o humano, q ue t i e n d e a l a economa v i s u a l , y p o r o t r o l a d o , a p a r t i r

d e p a r a l e l i s m o s e n t r e l o s fen m en o s n a t u r a l e s y l a e x p e r i e n c i a humana. P o r e l l o

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MarinLpezE Caoy Juan Carlos GauliPrez El cuerpo imaginado

l a s p u e s t a s d e s o l , e l mar o l o s d e s i e r t o s , a l t e n e r p o c a i n f o r m a c i n v i s u a l e i c-

n i c a , producen r e l a j a c i n y p l a c e r , m i e n t r a s q ue l a s i m g e n e s s o b r e c a r g a d a s ,

como las imgenes urbanas, producen desasosiego. Lo s seres humanos preferi-mos la vertical o la horizontal a la oblicua porque nos transmite una sensacinde equilibrio. El equilibrista es aquel que no se cae, que se mantiene verticals o br e l a h o r i z o n t a l u h o r i z o n t a l s o br e l a v e r t i c a l . E l e j e d e s e n t i d o o e j e ver-

t i c a l , e s un a c a r a c t e r s t i c a b s i c a d e l a p e r c e p c i n humana. Asimismo, l a con-

f i g u r a c i n a p a i s a d a d e l o j o humano frente a la del ojo del pez u otros ani-

males h a c e q ue tengamos un a v i s i n d e l mundo a s o c i a d a a l a h o r i z o n t a l

f r e n t e a l a p e r c e p c i n ms d i f i c i l f i s i c a m e n t e d e l a v e r t i c a l .

P or o t r o l a d o , n u e s t r a e x pe r i e n c i a co n e l mundo a t r a v s d e l t r a b a j o , h ac o n f i g u r a d o n u e s t r a p e rc e p c i n . A s , l a v e r t i c a l s e a s oc i a s i m b l i c a m e n t e co n

l a a c c i n , p u e s l o s fen menos n a t u r a l e s q ue s u c e d e n l o h a c e n e n v e r t i c a l ( e l

r a y o , l a l l u v i a , e l c r e c i m i e n t o d e p l a n t a s y r b o l e s ) f r e n t e a l a h o r i z o n t a l aso-c i a d a co n l a t i e r r a . E l s e r humano s e y e r g u e f r e n t e a l ho ri zo n t e horizon-tal e n s u p o s i c i n b p e d a y a d i f e r e n c i a d e l o s o t r o s a n i ma l e s . P o r e l l o tam-bin, la vertical se ha asociado con lo humano frente a los animales y con laaccin, con el actuar frente al estar.

En contraste a la certeza y precisin con la que se reconoce una vertical,encontramos un aire de incertidumbre sobre la oblicua. lina posicin oblicua

no puede ser caracterizada con certidumbre, excepto en el caso de un ngulode 45 grados, que puede ser juzgado por el ojo con cierta precisin como la

p o s i c i n a medi o camino e n t r e l o h o r i z o n t a l y l o v e r t i c a l .

Por ello siempre se juzga en relacin a la horizontal o vertical. Cuanto msprxima est a la horizontal ms sensacin de elevacin, cuanto ms a la ver-t i c a l , ms s e n s a c i n d e c a d a . N u e s t r a c o s t u m b r e d e l e e r d e i z q u i e r d a a d e r e-

ch a i n f l u e n c i a l a l e c t u r a o j u i c i o d e un a l n e a o b l i c u a . Con r e f e r e n c i a a l a cur-

v a , cuando l o s humanos m i r a n a l c i e l o , s i e m p r e c r e e n e s t a r e n e l c e n t ro d e u n

c r c u l o . L a c o n s t e l a c i n d e l s e r humano e s s i e m p r e e g o c n t r i c a . P or e l l o l a

c u r v a c i r c u l a r d a s i e m p r e a l o b s e r v a d o r u n s e n t i mi e n t o muy d i s t i n t o d e l a l n e a

r e c t a .

O t r o e l e m e n t o c o n f i g u r a d o r d e n u e s t r a p e r c e p c i n e s e l c o n c e p t o d e sime-

t r a . E l s e r humano s e e n c a r a c o n s t a n t e m e n t e a l a o p o s i c i n e n t r e l a s i m e t r a

e x t e r n a y l a a s i m e t r a i n t e r n a d e l c u e r p o humano. S e e s d i e s t r o o z u r d o , n o ha ycentro. El lenguaje es asimismo asimtrico. Nuestro modo de lectura de textose n o c c i d e n t e i n f l u y e d e c i s i v a m e n t e e n n u e s t r a p e r c e p c i n d e l a i mag en y e ng e n e r a l , vemos l e y e n d o . P o r e l l o , p o r e je m p l o , un a i mag en a c o n t r a l e c t u-

ra (de derecha a izquierda o de abajo arriba) nos produce inquietud.

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MarinLpezE Caoy Juan Carlos CauliPrez El cuerpo imaginado

dio ( P a n o f s k y : 1 9 9 2 , 5 8 ) . La i c o n o l o g a puede r e m i t i r s e t a n t o a l a s i t u a c i n

d e l mundo e n e l momento d e l a c r e a c i n , como a l a s i t u a c i n o weltanscha-aung del momento d e l a r e c e p c i n p o r p a r t e d e l a o e l e s p e c t a d o r . D e n t r o d e

e s t e n i v e l a n a l t i c o l a bsqueda i n t e r d i s c i p l i n a r e s e s e n c i a l . En l p o d em o s

ha bl a r d e s m bo l os , e s t e r e o t i p o s s o c i a l e s , c o n d u c t a s q ue i n f l uy e n e n l a r e c e p-c i n e i n t e r p r e t a c i n d e l a o b r a , a s como d e l o s a s p e c t os s u p e r e s t r u c t u r a l e s e n

g e n e r a l m erc a d o , p o l t i c a , s o c i e d a d .

2 . La mirada como otorgadora d e s i g n i f i c a d o

D u r a n t e l a r e t r a n s mi s i n p o r t e l e v i s i n d e l o s l t i mo s J u e g o s O l m p i c o s d e

S y d n e y , t u v i m o s l a o c a s i n d e v e r u n a n u n c i o p u b l i c i t a r i o d e C o c a - C o l a , e n e l

c u a l s e b a c a u n p r e t e n d i d o l l a m a m i e n t o a n t i r r a c i s t a m e d i a n t e e l s i og a n c ree-mos e n una ra za s u p e r i o r , e n una n i c a r a za formada p o r m u c h a s , muchas

r a z a s , p r e s e n t a d o por a t l e t a s e n s u m a y o r a h o m b r e s . En l , l a n i c a v a r i e d a d

e r a l a r a c i a l , m i e n t r a s e l c u e r p o p a r e c a r e s p o n d e r s i e m p r e a l mismo m o d e l o .

La i n e x i s t e n c i a d e o t r o s c ue rp os , h e r i d o s , m u t i l a d o s , e n f e r m o s , o b e s o s , d e s n u-

t r i d o s , p e q u e o s , a n c i a n o s o d e n i a s y n i o s , h a c e d e e s t e a n u n c i o u n c l a r o

e j e m p l o d e l a u n i f o r m i d a d s o c i a l y c u l t u r a l co n r e s p e c t o a l c u e r p o e n n u e s t r a

s o c i e d a d y d e l a i mag en q ue d e l p r e s e n t a n c o n t i n u a m e n t e l o s medios d ecomunicacin de masas. Este anuncio parece decimos que ste es el cuerpo

permitido. La mxima que afirmaba que aquello que no sale en los medios de

comunicacin no existe, es cada vez ms cierta. Nuestra sociedad est cons-t r u y e n d o u n m o d e l o s o c i a l e x c l uy e n t e y q ue t i e n e como r e f l e j o e l c u e r p o

humano.La s i m g e n e s , como h e m o s v i s t o e n e l a p a r t a d o a n t e r i o r , n o son n e u t r a s .

N i tampoco l a m i r a d a q ue p r o y e c t a m o s s o br e e l l a s . No e x i s t e n imgenes deno-

t a t i v a s , e n l a s q ue n o e x i s t e g r a d o r e t r i c o d e i n f o r ma c i n . Dicho d e o t r o

modo, n o h ay im a gen qu e s l o t r a n s m i t a i n f o r m a c i n s o br e e l l a misma. No

h a y g r a d o c e r o . T o d a s l a s i m g e n e s s o n c o n n o t a t i v a s y e n l a c o n s t r u c c i n d e

s t a i n t e r v i e n e n muchos f a c t o r e s , e n t r e e l l o s , l a i d e o l o g a .

Miramos por donde la cmara ha mirado, por donde el/la artista ha situa-do su ojo. A travs de su punto de vista, el mundo se nos da seleccionado, senos proporciona el punto a travs d e l c u a l debemos m i r a r . A l i g u a l q ue e n e l

p r o c e s o c i n e ma t o g r fi c o , s e p r o d u c e , a l o bs e r v a r un a i m a g e n , i d e n t i f i c a c i np r i ma r i a y s e c u n d a r i a . La i d e n t i f i c a c i n p r i ma r i a e s a q u e l l a q ue p r o v i e n e d e l a

c m a r a : e s t a m o s o b l i g a d o s a m i r a r p o r e l o j o d e l a cmara y n u e s t r a m i r a d a e s

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Marin Lpez E Ca oyJuan Carlos GauliPrez El cuerpo imaginado

fagocitada por la del/ la fabricante de la imagen. Somos rehenes de una mira-

da ajena. La mirada constituye al sujeto espectador como sujeto global y uni-tario (Lpez E . Cao, 2001).

A travs de la identificacin primaria entre la cmara y el espectador

s e c o n s t r u y e l a i d e n t i f i c a c i n s e c u n d a d a , l a d e l e s p e c t a d o r co n l o s p e r s o n a j e s ,

y a t r a v s d e e s t a i d e n t i f i c a c i n s e c u n d a r i a , s e p r o d u c e l a i d e n t i f i c a c i n co n e l

o l a p r o t a g o n i s t a del a n u n c i o , d e l a p e l c u l a , d e l v i d e o - c l i p , d e l a f o t o g r a f i a ,d e l cuadro. A t r a v s d e l vemos e l mundo y compartimos s u s e x p e r i e n c i a s .

E s n e c e s a r i o s a b e r q u e l e m e n t o s i n t e r v i e n e n e n l a c o n s t r u c c i n d e l a ima-gen y c ua l e s l a m i r a d a a t r a v s d e l a c u a l vemos e l mundo p a r a p o d e r com-

p r e n d e r l a y p o d e r e n t r e v e r y d e c o d i f i c a r l o s d i s t i n t o s e l e m e n t o s e s t r u c t u r a d o -

r e s q ue l a c on f i g u r a n .

En l o s a o s v e i n t e l o s r e g m e n e s m i l i t a r i s t a s e l a b o r a r o n u n modelo d e

r e p r e s e n t a c i n a f i n a s u i d e o l o g a . E l hombre y l a m u j e r , l a n a c i n o l o s ene-migos s e r n r e p r e s e n t a d o s s i g ui e n d o u n a s p a ut a s p e r f e c t a m e n t e d e f i n i d a s c u y a

f i n a l i d a d e r a l a d e q ue e l mundo s e o bs e r v a s e a t r a v s d e u n o s p a r me t r o s muy

p r e c i s o s , y l a d e d a r c l a r a me n t e modelos d e c o m p o r t a m i e n t o . En e s t e p e r o d o

s e s i e n t a n l a s ba s e s d e l a p e r s ua s i n q u e , a p a r t i r d e e s e momento, s e r u t i l i-

z a d a por g o bi e r n o s , a g e n c i a s d e p u b l i c i d a d , medios e m p r e s a r i a l e s , e t c . , e n u ni n t e n t o d e d i r i g i r l a o p i n i n p b l i c a . La s o c i e d a d empieza a v e r a t r a v s d e l o s

o j o s d e q u i e n e s c o n s t r u y e n e l mundo. E l g u s t o s e homogeneiza y d e s i n d i v i-

dualiza.

3 . El cuerpo como construcc in cultural

La representacin del cuerpo humano ha sido a lo largo de la historia unade los temas principales para el ser humano. En estos ltimos aos, las ciuda-

d e s o c c i d e n t a l e s a p a r e c e n h a bi t ua l me n t e sembradas d e i m g e n e s q ue i n t e n t a n ,s i n o r e p r e s e n t a r n o s , s c o n s t r u i r u n modelo g e n r i c o co n e l q ue s e n t i r n o s

identificados.

El cuerpo ha servido para representar el inicio de la mecanizacin de la

s o c i e d a d , p a ra pr o y e c t a r l a imagen d e l o q ue p o d r a h a b e r s i d o e l s e r humanod e l s i g l o XX, p a r a c o n v e n c e r d e l a s bondades d e l a g u e r r a , pa ra r e f l e j a r l a i n t o-l e r a n c i a o p a r a c o n s t i t u i r u n modo d e vi d a e n e l q ue t o d a s l a s y l o s ciudada-no s d e un pa s s e s i e n t a n i d e n t i f i c a d o s . Asimismo, e l c u e r p o t a m b i n h a se r-

v i d o como p u n t o d e r e f l e x i n i n t r o s p e c t i v o , como medi o pa ra r e p r e s e n t a r u nmodelo d e b e l l e z a , o como p r o y e c c i n d e un a f a n t a s a s e x u a l .

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Marin LpezECao yJuan CarlosOauliPrez El cuerpo imaginado

La g l o b a l i z a c i n , d e n t r o d e s u s muchos e f e c t o s n e g a t i v o s , t i e n d e a d e s t r u i r

lo individual, lo minoritario, lo personal, en favor de la masa, lo multitudina-rio y lo impersonal. El siglo XXI se nos presenta decorado por Ikea, con ropa

d e Z a r a o N i k e , co n p r o d u c t o s d e l i m p i e za d o m s t i c o s d e P r o c t e r &Gamble o3M, con parques de entretenimiento de la Warner o de Disney y con informa-

cin producida y difundida por la CNN, AO L o Murdoch. El mundo se ha con-v e r t i d o e n u n g i g a n t e s c o p a r q u e t e m t i c o p a r a d i s f r u t e d e l a s c l a s e s medias

occidentales. Las montaas rusas de antao so n ahora los trekking en elH i m a l a y a , y l o s t o b o g a n e s d e a g u a s e ha n t r a n s f o r m a d o e n l a s p a r a d i s a c a s

p l a y a s d e l C a r i b e o T a h i l a n d i a , d i s p u e s t a s a a c o g e r , e n t a n d a s d e q u i n c e d a s ,

a l a s h o r d a s d e t u r i s t a s . E l mundo c a d a v e z e s ms p e q u e o , co n l a f a c i l i d a d

de las comunicaciones, se ha ido encogiendo hasta transformarse en un espa-cio accesible a casi cualquier occidental. Las relaciones entre los visitantes y

l o s v i s i t a d o s s o n r e l a c i o n e s d e p o d e r e n l a s q ue l o s p r i m e r o s e s t a b l e c e n l a sn o r m a s , son l o s us ua ri os y l o s s e g u n d o s o f r e c e n l o s s e r v i c i o s . En l a t r a n s a c-

c i n s e p i e rd e l o p a r t i c u l a r , l o n i c o . La c u l t u r a p r o p i a e s consumida con v o r a-c i d a d por e l modelo n i c o , p o r l a p i zz a y l o s j e a n s . E s t e mundo h a t r a n s f o r-

mado l a c u l t u r a e n e s p e c t c u l o y l a r e a l i d a d e n s i m u l a c r o . Como e n u n ju e g o ,l a c a s a d e B a r b i e o K e n t n e c e s i t a d e B a r b i e s y d e K e n t s q u e l a h a b i t e n .

E s t e t e x t o h i p e r b l i c o r e f l e j a e l mundo e s t e r e o t i p a d o q ue t i e n d e n a

d i f u n d i r l o s medios d e c o m u n i c a c i n d e m a s a s . Cmo e n c a ja e n l l a r e p r e-

s e n t a c i n d e l s e r humano?La g l ob a l i z a c i n p r o p o n e u n s i mu l a c r o d e d i v e r s i d a d , a t r a v s d e l consu-

mo, a l a po s t re f a l s o . Eduardo Galeano n o s r e c ue r d a l a l i b e r t a d d e e l e c c i n

t e p e r m i t e e l e g i r l a s a l s a con que s e r s c o m i d o . La v e r d a d e r a d i v e r s i d a d d e

o p c i o n e s n o c a b e e n l a g l ob a l i z a c i n econmica que p r o p o n e , e i n s t a u r a a t r a-v s d e l o s m e d i a , e l p e n s a m i e n t o n i c o . La s d i v i s i o n e s t r a d i c i o n a l e s d e l mun-d o , n o r t e / s u r , o c c i d e n t e / o r i e n t e , r i c o s / p o b r e s s e han agrupado e n d o s n i c o sbandos n o r t e - o c c i d e n t e - r i c o f r e n t e a s u r - o r i e n t e - p o b r e . E l bando r i c o e s t

poblado por una nica raza una nica opcin de ser humano que le diferen-cia frente a los otros del sur-orientales y pobres.

Una v e z m s , como e n o t r o s m o m en t o s d e l a h i s t o r i a , s e e s t a b l e c e d e s d e e l

i m a g i n a r i o c o l e c t i v o u n n i c o modelo e n e l q u e r e f l e j a r n o s . Un n i c o s e r q uepese a la tan anunciada muerte del sujeto, sigue siendo blanco, heterosexual,hombre y o c c i d e n t a l .

En u n o s e s t u d i os r e a l i za d o s d e s d e l o s a o s s e t e n t a h a s t a l o s n o v e n t a

s o br e l a s p r e fe r e n c i a s d e l p bl i c o s o br e e l c u e r p o humano encontramos qu e :e l c u e r p o femeni no ms a p r e c i a d o por l o s d o s s e x o s , e s e l e c t o m o r f o ( d e l-

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MahnLpezE Cao y Juan Carlos OauliPrez El cuerpo imaginado

gada) y el ectomorfo extremo (flaqueza), y los menos apreciados, el endo-morfo extremo (obeso) y el endomorfo moderado (gordo). Al referirse a los

a n l i s i s s o br e e l c u e r p o m a s c u l i n o l a s p r e f e r e n c i a s s e i n c l i n a n por e l meso-morfo (atleta).

Los e s t u d i os r e a l i z a d o s e n 1 9 8 6 p o r A l i c e G a g n a r d , Proceedings ofAme-rican Academy ofAdvertising ( 3 . C r e e d o n , P . : 1 9 8 9 , 2 61 , 2 62 ) t r a s e l a n l i s i s

d e 1 . 327 modelos a p a r e c i d o s e n p ub l i c i d a d d e s d e 1 9 50 , r e v e l a n l o s s i g u i e n t e s

datos: 77% de las imgenes correspondan a delgadas medias, el 15% a muy

d e l g a d a s , e l 7% a m u j e r e s co n s o b r e p e s o y e l 1% a p e r s o n a s o b e s a s . La pro-p o r c i n d e modelos muy d e l g a d o s s e h a i d o i n c r e m e n t a n d o d e s d e 1 9 5 0 . En l a

d c a d a d e l o s o c h e n t a ocupaban u n 46%.

E l l l a m a d o mundo d e l a i mag en e s t o b l i g a n d o a l o s h a b i t a n t e s d e l o s pa-s e s r i c o s a l a c o n s t r u c c i n d e u n y o c o m p e t i t i v o . Los e s t u d i o s r e a l i z a d o s p o r

D e v e n d r a S i n g h y Ronald H e n s s , i g u a l q ue l o s y a d e s a r r o l l a d o s p o r S t e w a r ty Tutton, Lerner, Farabernick y Stuart, demuestran lo determinante que es el

a s p e c t o f i s i c o . Lo b e l l o , s e g n e l e s t e r e o t i p o , s e i d e n t i f i c a co n l a b o n d a d , l a

j u s t i c i a , l a p r o f e s i o n a l i d a d , l a i n o c e n c i a , l a e qu i d a d , e t c . , a r r i n c o n a n d o s o c i a l -

ment e a l a s p e r s o n a s m e n o s a g r a c i a d a s s e g n e l m o d e l o . E s t e modelo d eb e l l e z a e s t contaminado c u l t u r a l m e n t e , a s i g n a n d o v a l o r e s d e b e l l e z a a u n a s

r a z a s f r e n t e a o t r a s , y d e n t r o d e l m i s m o g n e r o s e g n e l e s t e r e o t i p o a s i g n a d o

a cada sexo.

En vados estudios psicolgicos entre varias etnias, todas consideraban lara za b l a n c a como l a mas b e l l a d e t o d a s . Lo s n e g r o s y a s i t i c o s t i e n d e n a i n fr a-

v a l o r a r e l a t r a c t i v o d e s u p r o p i a r a z a . E s t o p o r l o q ue r e s p e c t a a l a p i e l , p e r oal analizar las preferencias sobre el color del pelo, ojos, tez, etc., el ideal de

belleza se encuentra siempre en los tonos ms claros, ojos claros, pelo rubio ytez blanca.

3.1. El estereotipo en la reconstruccion de los otros

Los c r e a d o r e s d e imgenes s ue l e n r e c u r r i r a l estereotipo d e manera m s o

m e n o s c o n s c i e n t e p a r a r e f l e j a r a l o s o t r o s . A l h a bl a r d e e s t e r e o t i p o s e s f c i lr e c u r r i r a l famos o e j e m p l o d e l r i n o c e r o n t e , e x p u e s t o p o r Gombrich, s e g n e l

c u a l u n d i bu jo d e u n r i n o c e r o n t e enfermo d i bu ja d o p o r u n p o r t u g u s s i r v i d emodelo de rinoceronte en los libros de zoologa desde el siglo XVI hasta el

s i g l o X V I I I , cuando l o s v i a j e s a Af r i c a e ra n b a s t a n t e c o r r i e n t e s y p e r m i t a n l acontemplacin en vivo.

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Marin LpezE C ao yJuan Car los GauliPrez Elcuerpo imaginado

G u b e r n d e fi n e como l a s t r e s c a r a c t e r s t i c a s e s e n c i a l e s d e l o s e s t e r e o t i p o si c n i c o s :

1) La rigidez ofijeza de sus elementos. 2) su no verificacinporla experiencia, y 3) su vigencia en reas culturalesy pocasprecisas.(Gubern, R., 1987 , 138) .

Una v i s i n deformada d e l a r e a l i d a d l a e n c o n t r a m o s e n l a r e p r e s e n t a c i n

del cuerpo humano a travs de la historia. En este caso la deformacin y la ela-boracin del estereotipo no obedece a su no verificacin a travs de la expe-r i e n c i a , s i n o q ue g e n e r a l m e n t e s e h a p r o d u c i d o una d e f o r m a c i n p e r ve r s a d e lc u e r p o , por c a u s a s s o c i o c u l t u r a l e s . Muchos d e a q u e l l o s q ue c o n t r o l a n l o s

medios d e c o m u n i c a c i n t i e n d e n a e s t e r e o t i p a r l a i mag en d e l o s o t r o s .

Segn Cano Gestoso,

los estereotipos no son neutros, sino que estn cargados emotiva-mente, Y lo que es ms, la emocin representa un papel regulador delo cognitivo. ( . . . ) Adems los estereotipos transmiten la visin quecada grupo social posee del mundo. 4 ..) Tienen por ello un efectoestabilizador de la percepcin, de afirmacin de la identidady dedefensa del status quo 4 . . . ) cumplen as unafuncin defensiva tan-lopara el individuo comopara el grupo. 4 . . . ) Los estereotipos llegana gobernary alterar la percepcin de la realidadde tal forma quesus contenidos se hacen inmunes a la misma. (Cano, Gestoso,

1991 , 41-58).

Cano Gestoso analiza en su tesis el libro La personalidad autoritaria,

e s c r i t o p o r A d o r n o y o t r o s a u t o r e s . En e s e l i b r o s e a p u n t a n como c a r a c t e r s-t i c a s d e l e s t e r e o t i p o l a

a) sobregeneralizacin, atribucin de un rasgo a todos los miembros deun grupo.

b) Todos iguales entre si, Conocer a uno es conocerlos a todos.

c) Desindividualizacin, o la incapacidad de individualizar.

E l g r u p o d e t e r i c o s e n c a b e z a d o p o r A d o r n o c o n c l u y e q ue l a s p e r s o n a s

que tienen estereotipos so n predominantemente aquellas que tienen prejui-

cios. Por prejuicio se entiende aquello que es infundado (ajeno a la realidad),t i e n e u n f u e r t e componente e v a l u a t i v o ( t i e n e u n c a r c t e r e m o c i o n a l ), y e s un a

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Marin LpezECao yJuan CarlosOauliPrez El cuerpo imaginado

Se ha escrito mucho sobre los estereotipos de representacin de la figura

humana. L a i mag en d e l a m u j e r e n e l a r t e h a s i d o h a s t a n ue s t ro s d a s un a ima-g e n q u e n o l e p e r t e n e c a , y a q ue h a s i d o e l a bo r a d a p o r hombres y d e s d e un a

p e rs p e c t i v a m a s c u l i n a . Los hombres s i n embargo s e ha n c o n s t r u i d o s u p r o p i a

i m a g e n . D e s d e l o s a o s s e t e n t a h a s t a a h o r a , l o s c d i g o s d e r e p r e s e n t a c i n ha n

s u f r i d o a l g un o s cambios i m p o r t a n t e s . S e ha n d e c o n s t r u i d o a l g u n o s e s t e r e o t i -

p o s y s e ha n p o t e n c i a d o n u e v a s v i s i o n e s s o br e e l s e r humano.Podemos, sin embargo, sealar ciertos dualismos que, marcados porjerar-

quas, conforman una visin del ser humano a travs de los estereotipos. Estosd u a l i s m o s s e b a s a n e n l a c o n s t r u c c i n d e l s u j e t o u n i v e r s a l , q ue como hemos

sealado anteriormente, era en realidad occidental, masculino y blanco. Estes u j e t o h a s i d o c o n c e b i d o p o r l a modernidad como u n s e r i n d e p e n d i e n t e , a c t i-

y o , q ue domina e l e s p a c i o p b l i c o , f u e r t e f i s i c a o m e n t a l m e n t e , a d u l t o , y q ue

se sita en el mbito de lo civilizado o de la cultura. Para definirse, necesita alos otros, para que le devuelvan la imagen de superioridad necesaria. Losestereotipos han jugado un papel imprescindible en la construccin del indivi-

duo occidental. A travs de ellos se ha caracterizado a la mujer como colecti-y o homogneo, donde n o c a b e l a d i v e r s i d a d , y s e l a h a d e s c r i t o a t e n d i e n d o a

l a s c a r a c t e r s t i c a s o p ue s t a s d e l s u j e t o : p e r t e n e c i e n t e ms a l a n a t u r a l e z a q ue al a c i v i l i z a c i n o c u l t u r a por e l l o , a l e s t a r e n p e r m a n e n t e e s t a d o d e n a t u r a l e-

z a , l o s e s t e r e o t i p o s n o p r o g r e s a n , n o aprenden, e n p e r e n n e e s t a d o i n f a n t i l ,

en un mbito privado, incapaz de tomar el espacio pblico, dependiente fisicay emocionalmente y l i g a d a a s u f i s i c o , a s u s e x o , m i e n t r a s e l s u j e t o m a s c u l i n o

pareca encarnar lo asexuado, lo neutro. Del mismo modo se ha caracterizadoa las razas no occidentales ligadas a mbitos irracionales, en permanentee s t a d o d e i n f a n t i l i d a d , d e p e n d i e n t e s p o l t i c a , econmica y e m o c i a l m e n t e , p o r

e l l o , ms s e x u a l e s , ms l i g a d a s a l a materia. E s t o s e s t e r e o t i p o s ha n s e r v i d o

y sirv en a l hombre b l a n c o m a s c u l i n o o c c i d e n t a l su jeto p o r exc elen-cia p a r a j u s t i f i c a r i n v a s i o n e s , p e r m a n e n t e s e s t a d o s d e i n j u s t i c i a s o c i a l y d i s-

t i n t o s a b u s o s d e n d o l e s e x ua l y t n i c a . F r e n t e a l a c a p a c i d a d c o g n i t i v a q ue s e

l e s u p o n e a l s u j e t o , l o s o t r o s , l o s g r u p o s n o o c c i d e n t a l e s , l a s m u j e r e s y l o sp o b r e s , s o n l a m a t e r i a b r u t a q ue d e b e s e r m o d e l a d a , m a n i p u l a d a o e l i m i n a d a

por el sujeto.As, la construccin del cuerpo de dichos grupos es reflejo de estas carac-

t e r s t i c a s . Los g r u p o s n o o c c i d e n t a l e s s e c o n v i e r t e n e n t r i b u s a l a s q ue s e l e svenden c o c h e s s e n c i l l o s co n u n s o l o p e d a l ( p u b l i c i d a d d e Tw i ng o d e mediados

d e l o s n o v e n t a ) , s o n p a r t e d e una n a t u r a l e z a a g r e s t e q u e d e b e s e r p r o t e g i d a ,o son las personas que aparecen en los lugares donde vamos de vacaciones. Pre-

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MarinLpezECao yJuan Carlos OauliPrez El cuerpo imaginado

p o n a n l o s a r t i s t a s d e l Duce con algunas de las imgenes que nos propone la

p u b l i c i d a d a c t u a l s o br e l o s c u e r p o m a s c u l i n o s , n o s encontramos co n p r e o c u-

p a n t e s s i m i l i t u d e s . Lo s t o n o s r o s c e o s y c l i d o s de m a s a , c a r n e y m a t e r i a

blanda de las imgenes de cuerpos femeninos so n aqusustituidas por el grisacerado, por los azules agrisados, por los bitonos oscuros y brillantes. El para-lelismo hombre-mquina es una constante. Y la utopa hombre-coche, la

mquina perfecta como rezaba un anuncio, se seala por doquier. Aqu tam-bin el poder foucaultiano penetra el inconsciente masculino.

En otros textos (L.F. Cao y Gauli, J.C., 1998) nos hemos ocupado de lasdiferencias en el tratamiento del cuerpo masculino y femenino y nos hemos

referido a la obra de Klaus Theweleith Fantasas masculinas ( 1 9 8 7 ) . En e s t ainteresante obra, que trata de la construccin de la identidad masculina de sie-t e o f i c i a l e s d e l a Freikorps a l e ma n a , a l g un o s a s p e c t os p u e d e n , llamativamen-

t e , e x t r a p o l a r s e a l a c o n s t r u c c i n d e l a imagen e n n u e s t r o s d a s . En e l l a e l ima-g i n a r i o m a s c u l i n o s e e m p e a e n d i s c i p l i n a r s u c u e r p o y d e p a s o s u mente--

como una mquina d u r a , v e r t i c a l , i mp e n e t r a bl e , o r d e n a d a , e n f o r m a c i n cons-

t a n t e . Como c o n s t r a s t e , e l p u e b l o los bo l c he vi qu e s , l o s j u d o s , l a s m u j e r e s --

e s b l a n d o , v i s c o s o son l o s r g a n o s b l a n d o s y a s i m t r i c o s d e l c u e r p o huma-

n o f r e n t e a l e x t e r i o r d u r o y s i m t r i c o , d e s a g r u p a d o , d e s o r d e n a d o . R e p r e s e n-

t a e l c a o s e x t e r n o qu e h a y qu e domear y e l c a o s q ue vi ve agazapado d e n t r o

d e e l c u e r p o m a s c u l i n o y qu e h a y qu e d i s c i p l i n a r d i a r i a m e n t e d e n t r o d e s ( e s

tambin la metfora cristiana del pecado). El mundo es la metfora del caos

que hay que someter, como al pueblo y las mujeres. El cuerpo humano es pues,e n l t i m o e x t r e m o , l a m e t f o r a d e l o a n t e r i o r s i observamos l a s r e p r e s e n t a c i o-

n e s d e l o s c u e r p o s i d e a l e s m a s c u l i n o y f e me n i n o , y l o s c u e r p o s c a t i c o s ,

d e s o r d e n a d o s , e x c e s i v o s q ue d e b e n s e r domeandos, m e d i d o s , marcados y

r e f o r m a d o s . La p r e o c u p a c i n desmedida p o r e s t o s c n o n e s c u l t u r a l e s s o n l a

metfora del sometimiento humano actual.Vivimos e n un a s o c i e d a d p r i s i o n e r a d e l s i m u l a c r o . Hemos c o n s t r u i d o u n

mundo imaginario ideal en el que vivir, que cada da nos aleja ms de la rea-

lidad. Lo artificial ha invadido nuestras vidas sin apenas damos cuenta. En estemundo feliz lleno de irrealidades, la realidad es un problema. En el mundo de

la imagen las desigualdades, las miserias, las injusticias que se producen en elmundo n o e x i s t e n . Hemos c o n s t r u i d o un a s o c i e d a d d e e s c a p e , q ue e s c a p a d etodo aquello que le convulsiona, que le obliga a enfrentarse con su existencia.Los medios de comunicacin de masas son los transmisores de ese imaginariocolectivo poblado de cuerpos bellos y estereotipados donde los que difieren dela norma dejan de existir aunque su presencia nos sea cotidiana. Lo s cuerpos

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Marin LpezECaoy Juan Carlos GauliPrez El cuerpo imaginado

h e r i d o s , l o s c u e r p o s f e o s , l o s c u e r p o s g o r d o s , l o s c u e r p o s v i e j o s --ap e s a rincluso de las campaas institucionales tienen cada da menos presencia en

nuestro mundo artificial. El Sida convulsion la sociedad occidental no slo

por su halo de muerte, sino porque nos mostr la aniquilacin progresiva de ls e r humano. Los c u e r p o s a n t e s m u s c u l o s o s , t e r s o s , s e i ba n e x t i n g u i e n d o pau-latinamente mientras la piel antes inmaculada se llenaba de llagas y de ecce-

mas. El Sida es una enfermedad para la que nuestra sociedad no estaba prepa-rada. No empez, adems, llevndose a los ms pobres, a los desfavorecidos,s i n o q ue s e g l a v i d a d e muchos d e l o s s u p u e s t o s modelos a s e g u i r . E l S i d a

tom rostro en el retrato demacrado de Rock Hudson. El antes representantede los mejores valores de nuestra sociedad artificial se nos presentaba ahoracomo el retrato de Donan Grey. Lo mismo que ocurre con el Sida, sucede conel resto de enfermedades. La enfermedad nos aterroriza porque nos hace ver-

nos vulnerables, y nos hace enfrentarnos con la muerte en una sociedad quevive como si sta no fuera a s uc e d e r j a m s .

Con l a g o r d u r a o c u r r e a l g o a b s o l u t a m e n t e p a r a d j i c o . N u e s t r a s o c i e d a d d ela opulencia es incapaz de frenar su ansia de consumo, hasta el punto de queel nmero de personas con grandes problemas de sobrepeso aumenta ao trasao. Sin embargo, el mundo dc la imagen, que difunde el imaginario colecti-

y o d e e s t a s o c i e d a d , vi ve a je n o a e l l a s y c o n t i n a p r o p o n i e n d o u n c n o n c a d a

v e z ms a je n o y q u i m r i c o y q u e g e n e r a , como c o n t r a p a r t i d a , i n s a t i s f a c c i np e r s o n a l y r e c h a z o s o c i a l . La a n o r e x i a y l a b u l i m i a , q ue e m p e z como u n pro-

bl ema m i n o r i t a r i o d e c h i c a s a d o l e s c e n t e s y q ue poco a poco s e h a i d o exten-diendo hasta alcanzar aun amplio nmero de grupos sociales, refleja la cara

ms amarg a d e u n modelo i n a l c a n z a b l e .En este mundo mercantil, los productos con defecto no existen. Lo s

minusvlidos slo existen en las campaas institucionales, del mismo modoq ue l a s c i u d a d e s e s t n h e c h a s pa ra i n d i v i d u o s s a n o s y jvenes que slo se cui-dan a smismos, donde no hay nios, ancianos, enfermos o discapacitados.

Conclusin

Como hemos analizado, las imgenes nunca so n inocuas. El punto de vista,l a f o c a l i z a c i n , e l e n c u a d re , l a c o m p o s i c i n , e l e s t e r e o t i p o q u e d e f i n e n o con-

t r a e l q ue l u c h a n , l o s s m bo l o s y e l e m e n t o s r e t r i c o s q ue u t i l i z a n , s o n p a r t e q ued e b e s e r a n a l i z a d a y d e c o n s t r u i d a p a ra p o d e r c a p t a r l a s e n s u p l e n i t u d . La a l f a-b e t i z a c i n v i s u a l e s i m p r e s c i n d i bl e p a r a p o d e r d e s e n t r a a r e l s i g n i f i c a d o d e l a s

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MarinLpezE Cao yJuan Carlos GauliPrez El cuerpo imaginado

imgenes que nos rodean y de las que somos presa fcil. Ver no es comprender.De l a m i s m a manera que aprendemos a l e e r y e s c r i b i r , e s n e c e s a r i o c o n o c e r l o sr u d i m e n t o s b s i c o s d e l a i mag en p a r a p o d e r s e r e s p e c t a d o r e s a c t i v o s y c r i t i c o s

f r e n t e a s t a . S l o a p r e n d i e n d o a v e r podremos d i s f r u t a r d e una i m a g e n , y s l o

as podremos igualmente apoyar o rechazar lo que sta propone.

Referencias bibliogrficas

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