8/17/2019 El caballero doble - Gautier
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El c a b a l l e r o d o b l e
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POR TEÓ FILO G UTIER
¿Por qué se ve tan t r iste á la
•
rubi .' i Eduv igis? ¿Qué hace sent ada en
s i l encioso apa r t am ien to , con l a ba rba apoyad a en l a
mano y-e l codo én .
l a rod i l l a , más sombr í a que l a de se spe rac ión y m ás
pá li da qu e l a e s t a tua
de mármol que l l o ra sobre una t umba? . •
Bro t a . dé sus pnrpados • una g ruesa l ágr ima-
que cor re sobre -e l ve l lo -
finísimo de su nrie jl la , y esta lágrim a única, per o interm
inab le , ás em e- .
janza de la gota de agua que se f i l t ra por una bóveda-- de
piedra y con-
c l i iye por de sgas t a r l a , c ae s i n ce sa r de sus o
jos sobre - su corazón , ho - ' '
r adápdolo y a t r avesándo lo de pa r t e á pa r t e . - -
.
Eduv ig i s , rub i a . Edu vig i s , ¿no c ree s ya én Je suc r
i s t o ; e l i ne fab le S a l - •
vad or? ¿ Du das d e la interc esió n.de . la Sant ísi ma-
Virgen?- ¿P-or- qu é apl i - ' -
c a s con i ns i s t enc ia á t u cos t ad o t us pequ eñas m
anos d i á fanas , en ju t a s y '
desc arna das c omo las de las Elfin as y dfc las Wil i s? P ron
to vas á ser ma-
dré ; e s t e . e ra tu mayor de seo . Tu nob l e . e s poso , e
l cond e - Lo dbr og , ha '
prometido un al tar de plata maciza y un copón de oró f ino á la
iglesia- '
d e S an H e r b e r t o s i l e d a s - u n v a r ó n . -
M as ¡ay i l a pobre Eduv ig i s t i ene el corazón a t rav esad
o por l a s s ie te -' -
e spadas de l do lo r ; . un t e r r i b l e sec re to pe sa
sobr e su a lma . H ac e a lgunos '
meses que l legó un e . x tran j e ro a l c a s t i l l o . R e
inab a aque l l a
•
noche un
t empo ra l , e span toso ; c ru j í an la s a rma dura s de la
s t o r re s , ch i r r i aban l a s
ve l e t a s , los r e l ámpago s se c ruzaban en l os camino s
y él v i en to go lpeab a •
l os c r i s t a l e s como un impo r tun o-qu e qu i e re pene
t ra r .
El e .xtranjero tenía la bel leza d e un áng el , pero un án gel
c aído . Son--' :
r e í a y mi raba du l ceme nte , y s i n emba rgo , su- mi
rada
su sonr i sa he l a - -
ban de t e r ro r y p roduc í an e l vé r t i go que se expe r
imen ta . a l a s omarse á •
un ab i smo . U na g rac i a ma l ig na , una ca lma pé r f i da
como l a de l t i g re
que . a cecha su p re sa , a com paña ban á t odos sus mov imien
to s ; t en í a un
encan to pa rec ido a l de la se rp i en t e que fa sc ina a l
pá j a ro . E ra un t rova -
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