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EFEITOS DO MANEJO DE ÁGUA E DE SISTEMAS DE CONTROLE
DE PLANTAS DANINHAS EM ARROZ (Oryza sativa L)
IRRIGADO
Roberto Dantas de Medeiros Engenheiro Agrônomo
Orientador: Prof. Dr. Hugo Ghelft Filho
Dissertação apresentada à Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo para obtensão do título de Mestre em Agronomia, área de concentração: lIrigação e Drenagem.
PIRACICABA
ESTADO DE SÃO PAULO - BRASIL
MARÇO-I995
Ficha catalográfica preparada pela Seção de Livros da
Divisão de Biblioteca e Documentação - PCLQ/USP
Medeiros, Roberto Dantas de
M488e Efeitos do manejo de água e de sistemas de controle
de plantas daninhas em arroz (Oryza sativa L) irrigado
Piracicaba, 1995.
BOp. ilus.
Diss.(Mestre) - ESALO
Bi bl iogr-a fia.
1. Agua de irrigaç�o - Manejo 2. Arroz irrigado -
Planta daninha - Controle químico 3. Irrigaç�o - Mang
jo I. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz�
Piracicaba
CDD 633.18
631.7
11
EFEITOS DO MANEJO DE ÁGUA E DE SISTElVIAS DE CONTROLE
DE PLANTAS DANINHAS EM ARROZ (Oryza sativa L)
IRRIGADO
ROBERTO DANTAS DE MEDEIROS
Aprovada em: 30.05.1995.
Comissão julgadora:
Prof. Df. Hugo Ghelfi Filho
Prof Dr. Tarlei Arriei Botrei
Prof Df. Geraldo José Aparecido Dario
ESALQ/USP
ESALQ/USP
ESALQ/USP
~1kj;J~ Prof. Dr. Hugo Ghelfi Filho
Orientador
A minha mãe Iria (In memorian),
ao meu pai Auspício,
III
à minha esposa Marinês e filhos: Roberto,
Kássia e Álisson.
DEDICO.
iv
AGRADECIMENTOS
À Deus pela fé e perseverança concedidos em todos os momentos.
À Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAP A) através do Centro
de Pesquisa Agroflorestal de Roraima (CPAF-RR) e a Escola Superior de Agricultura
"Luiz de Queiroz" (ESALQ/USP) através do Departamento de Engenharia Rural pela
oportunidade de realizar o curso de Pós-Graduação.
Ao Prof. Dr. Hugo Ghelfi Filho, pela orientação, apoio e amizade no decorrer
do curso e realização deste trabalho.
Aos Prof. e funcionários do Departamento de Engenharia Rural da
ESALQ/USP, pela dedicação, ensinamentos, apoio e amizade.
Ao Prof. Dr. Geraldo José Aparecido Dario pela valiosa colaboração e apoio
imprescindíveis para a realização deste trabalho, e ao Prof. Dr. Tarlei Aniel Botrel pelas
valiosas sugestões apresentadas durante a defesa da dissertação.
Ao Engenheiro Agrônomo José L. Favarin, Sr. Jair V. Arthur e demais
funcionários do Depto. de Agricultura da ESALQ/USP pelo apoio dispensado.
Aos colegas Maristélio da C. Costa, Luis Alberto F. Maia, José S. de Holanda,
Fernando C. Mendonça, José E. de Queiroz e Virgílio C.M. Libarde pela a ajuda na
implantação do experimento no campo e nas análises estatística.
Aos estagiários em Agronomia: André Eduardo de S. Belluco, Fábio Eduardo B.
Oliveira, José S. Veiga e Marco C. Gubel pela valiosa colaboração durante o
desenvolvimento do experimento.
Aos colegas do CP AF-Roraima pela solidariedade dispensada
A bibliotecária Kátia Maria Ferraz (ESALQ/USP) pelo auxílio na obtenção e
correção das referências bibliográficas.
Enfim, a todos que, direta ou indiretamente, tenham contribuído para o êxito
deste trabalho.
v
sUMÁRIO
Página
LISTA DE TABELAS ........................................................................................... vii
RESUMO ................................................................................................................ viii
SUMMARY ............................................................................................................. xi
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 1
2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................... 5
2.1. Considerações gerais ....................................................................................... 5
2.2. Manejo da irrigação ......................................................................................... 6
2.2 1. Sistemas de irrigação ............................................................................. 7
2.2.1.1. Inundação contínua .................................................................... 7
2.2.1.2. Inundação intennitente ............................................................... 8
2.2.2. Práticas de manejo da água de irrigação ................................................ 11
2.3. Controle de plantas daninhas ........................................................................... 15
2.3.1. Métodos de controle .............................................................................. 17
2.3.1.3. Método cultural. ......................................................................... 17
2.3.1.2. Métodos mecânico e manuaL ..................................................... 19
2.3.1.3. Método químico .......................................................................... 19
3. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................ 26
3.1. Local. ........................................................................................................... 26
3.2. Solo .............................................................................................................. 26
3.3. Cultivar ........................................................................................................ 27
3.4. Tratamentos e delineamento.experimental.. ................................................ 28
3.5. Instalação e condução do.ensaio ................................................................. 30
3.5.1. Preparo do solo .................................................................................... 30
3.5.1. Calagem ............................................................................................... 31
3.5.3. l\.dubação ............................................................................................. 31
vi
3.5.4. Semeadura ........................................................................................... 32
3.5.5. Irrigação ............................................................................................... 33
3.5.6. Aplicação dos herbicidas ..................................................................... 35
3.5. 7. Collieita ................................................................................................ 36
3.6. Parâmetros avaliados ...................................................................................... 37
3.6.1. i\ltura de plantas ...................................................................................... 37
3.6.2. Número de perfillios ............................................................................... 37
3.6.3. Número de panículas .............................................................................. 38
3.6.4. Número de grãos por panículas .............................................................. 39
3.6.5. Peso de 1000 grãos ................................................................................. 39
3.6.6. Rendimento de grãos .............................................................................. 40
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 42
4.1. Altura de plantas ...................................................................................... ~ ...... 42
4.2. Número de perfi lhos e de panículas ............................................................... 46
4.3. Número de grãos por panículas ..................................................................... 49
4.4. Peso de 1000 grãos ......................................................................................... 53
4.5. Rendimento de grãos ...................................................................................... 54
5. CONCLUSÕES .................................................................................................. 58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 59
APÊNDICE ............................................................................................................. 74
VII
LISTA DE TABELAS
Tabela nO ............................................................................................................. Página
1 Características químicas do solo ................................................................ 27
2 Características fisicas do solo ..................................................................... 27
3 Características químicas da água de irrigação ........................................... 34
4 Estádios fenológicos da cultura .................................................................. 36
5 Esquema da análise de variância ................................................................ 41
6 Resultados da análise da variância com aplicação do teste F .................... 43
7 Altura de plantas de arroz ........................................................................... 44
8 Médias do número de perfilhos e de panículas de arroz ............................ 48
9 Número de grãos de arroz por panícula e peso de 1000 grãos .................. 51
10 Médias de rendimentos de grãos de arroz .................................................. 55
VIU
EFEITOS DO MANEJO DE ÁGUA E DE SISTEMAS DE CONTROLE
DE PLANTAS DANINHAS EM ARROZ (Oryza sativa L)
IRRIGADO
RESUMO
Autor: Roberto Dantas de Medeiros
Orientador: Prof. Dr. Hugo Ghelfi Filho
o presente trabalho teve como objetivos
testar diferentes manejos de água e sistemas de controle de
plantas daninhas na cultura do arroz irrigado e verificar
seus efeitos sobre os componentes de produção e rendimento
de grãos.
Conduziu-se o experimento a nivel de campo,
durante o ano agricola 1993/94, em área de várzea, na
ESALQ/USP, Piracicaba-SP, contendo cinco tratamentos de
manejos de água: Solo saturado seguido de inundação
contínua a partir dos 18, 36 e 72 dias após a emergência
das plântulas de arroz (d.a.e.) até o final do ciclo da
cultura; solo saturado, durante todo ciclo da cultura; solo
inundado apenas durante seu estádio reprodutivo (dos 72 aos
100 d.a.e.) e saturado no restante do ciclo. Os manejos de
água foram combinados com três sistemas de controle químico
de plantas daninhas: oxadiazon (1, O kg/ha), aplicado em
pré-emergência das plantas daninhas; a mistura de propanil
IX
+ 2,4-D (4,8 + 0,806 kg/ha), aplicada aos 33 d.a.e. com as
plantas daninhas, contendo de 3 a 4 folhas e o arroz em
pleno perfilhamento; oxadiazon (1,0 kg/ha) aplicado em pré
emergência e a mistura de propanil + 2,4-D (4,8 + 0,806
kg/ha), aplicada aos 33 d.a.e., com as plantas daninhas,
contendo de 1 a 3 folhas.
o delineamento experimental foi o de
blocos ao acaso, no esquema de parcelas subdivididas em 3
subparcelas e 4 repetições. Nas parcelas foram testados os
manejos de água e nas subparcelas 0S sistemas de controle
de plantas daninhas.
Avaliou-se a altura de plantas, o número de
perfilhas e de panículas por metro quadrado, número de
grãos por panículas, peso de mil grãos e o rendimento de
grãos de arroz.
Conforme os resultados obtidos conclui-se:
-Independentemente dos sistemas de controle das
plantas daninhas f a inundação contínua iniciada aos
18 e aos 36 dias após a emergência das plântulas de
arroz, propicia aumentos na altura de plantas, número
de grãos por panícula e no rendimento de grãos.
-A aplicação única dos herbicidas oxadiazon em pré
emergência ou a mistura de propanil + 2,4-D em pós
emergência é tecnicamente viável para o controle das
plantas daninhas do arroz irrigado sob os manejos de
água testados, não sendo necessário aplicações em pré
e pós-emergência.
x
-o herbicida oxadiazon aplicado em pré-emergência das
plantas daninhas não afeta os componentes de produção
nem o rendimento de grãos, enquanto que a mistura dos
herbicidas propanil + 2,4-D, aplicada em pós
emergência, reduz o número de perfilhos e de
panículas de arroz, mas não afeta os outros
componentes de produção nem o rendimento de grãos.
MANAGEMENT EFFECTS OF WATER AND WEED CONTROL
SYSTEMS IN IRRIGATED RICE (Oryza sativa L)
Xl
Author: Roberto Dantas de Medeiros
Adviser: Prof. Df. Hugo Ghelfi Filho
SUMMARY
The aim of this work was to test
different management of water and chemical weed
control in irrigated rice and to assess their effects
on production cornponents and grain yield.
A field trial was conducted during the
agricultural year 1993/94 in lowland, in Piracicaba,
SP, with five water management treatments: saturated
soil followed by continuous flooding starting 18,
26, and 72 days after ernergence of rice seedling
(d.a.e.) until the end of the cropls cycle;
saturated soil throughout the entire crop cycle;
saturated soil during the reproduction stage only
(frorn 72 to 100 d.a.e.) and saturated in the rest of
the cj7cle. ~'I]ater rnanagernent was cornbined 'wi th three
chernical weed contraI systerns: Oxadiazon (1.0 kg of
the active ingredient (a.i./ha) applied to
preernergent weeds; the propanyl mixture + 2.4.-D
(4.8 + 0.806 kg of a.i./ha), applied 33 d.a.e. with
XlI
weeds provided with 3 to 4 leaves and rice in full
sprout; axadiazon (1.0 kg/ha) applied at
preemergence and the propanyl mixture + 2.4-D (4.8 +
0.806 kg/ha) applied 33 d.a.e. with weeds provided
with 1 to 3 leaves.
The experimental design was campletely
randomized and plots subdivided into 3 subplots and 4
replications.
the plots and
subplats.
Water management was assessed wi thin
the weed control systems wi thin the
Plant height, sprout and panicle
number per square meter, number af grains per panicle
weight of a thousand grains, and rice grain yield
were evaluated.
According to the resul ts obtained the
conclusions were as follows:
- Regardless the weed control systems, the continuous
floodings initiated 18 and 36 days after the
emergence of rice seedlings provide increases in
plant height, in number af grains per panicle, and in
grain yield.
The herbicide application using oxadiazon at
preemergence or the propanyl mixture + 2.4-D at
postemergence is viable for the weed control of rice
irrigated under the tested water management without
need for supplementation with ather herbicides.
The oxadiazon herbicide applied to preemergent
XIIl
weeds does not affect the production components nor
the grain yield, whereas the propanyl herbicide
mixtures + 2.4-D applied at posternergence reduces the
sprout and panicle number in rice, but does not
affect the other production components nor the grain
yield.
1. INTRODUÇÃO
o arroz é um dos mais importantes
produtos agrícolas, constituindo-se no principal
alimento da família brasileira, bem como de mais da
metade da população mundial.
No Brasil, o arroz é cultivado em todo
terri tório nacional, praticamente sob dois sistemas
tradicionais de cultivo: de sequeiro e irrigado,
produzindo anualmente em torno de 10.500.000 t.,
atendendo cerca de 90% do consumo nacional, sendo o
restante completado através de importação (INFORME,
1993). Durante o período de março de 1993 a fevereiro
de 1994, importou-se cerca de 649.000 t. de arroz da
Argentina e do Uruguai (INFORME, 1994).
Tendo-se em vista os altos riscos, a
baixa produtividade e qualidade dos grãos do arroz de
sequeiro,
tendência
comparado
de redução
ao irrigado, verifica-se
da área plantada por
uma
este
sistema de cultivo, havendo uma ascensão do cultivo
irrigado, principalmente nas várzeas.
O Brasil possui um imenso potencial de
várzeas, estimado em 28 milhões de hectares (EMPRESA
BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, 1981), podendo-
2
se constituir na principal fronteira para a expansão
da rizicultura irrigada, nas diversas regiões do
país. Embora dispondo deste potencial, o crescimento
da área ocupada com arroz irrigado é mui to lento,
devido, principalmente, aos elevados custos iniciais
para sua exploração.
o sistema de irrigação utilizado,
normalmente é por inundação continua, sendo a
captação da água feita, na maioria dos casos, através
de bombeamento por conj untos motobombas a Diesel ou
elétricos. A água de irrigação é aduzida e
distribuída nas quadras, inundando-as a partir do 10°
ao 40° dia após a emergência das plântulas de arroz,
permanecendo até o final do ciclo.
Di versos são os problemas que limitam
a produção de arroz irrigado nas diferentes regiões
produtoras, bem como no Estado de São Paulo; e dentre
estes destacam-se a ocorrência de plantas daninhas,
bem como o seu controle e o manejo do solo e da água
(DARIO, 1992). Em várzeas com aI tas infestações de
plantas daninhas, gasta-se, aproximadamente 30% de
toda a mão-de-obra na lavoura para o seu controle
(CARVALHO & ALCANTRA, 1982); e o consumo total de
água de irrigação pode variar de 432 mm a 2820 mm,
dependendo das características físicas do solo,
clima, cultivar e do sistema de manejo da água
adotado (INTERNATIONAL RICE RESEARCH INSTITUTE
3
:IRRI, 1970 e STONE, 1994).
A cultura do arroz pode ser explorada
sob diferentes regimes de irrigação: inundação
contínua ou intermitente e solo saturado ou não; e as
invasoras controladas por diversos métodos: manual,
mecânico, cultural e químico que vem sendo usado
intensi vamente com a utili zação de herbicidas
aplicados em pré e pós-emergência das plantas. A
adequação de um sistema de cultivo depende das
condições locais de clima, solo, água, cultivar
utilizada, disponibilidade de recursos humanos,
financeiros e, principalmente, do retorno econômico.
A falta de maiores conhecimentos de
pesquisa sobre a ocorrência e controle adequado das
invasoras, em função do manejo da água de irrigação,
pode ser um dos principais fatores de elevação dos
custos de produção e diminuição do rendimento médio
do arroz irrigado no Estado de São Paulo, em torno de
5.000 kg/ha.
Os custos com água de irrigação e o
controle de invasoras nas várzeas, após o segundo ano
de cul ti vo, representam cerca de 20 a 30% do custo
total de produção. Portanto é desejável que se
obtenha informações de pesquisa, a nível local, que
conduzam ao uso mais eficiente da água de irrigação e
o controle das plantas daninhas na cul tura do arroz
~rrigado sob diferentes manejo de água.
4
o presente trabalho teve corno
objetivos testar diferentes manejos de água e
sistemas de controle de plantas daninhas na cultura
do arroz irrigado, e verificar seus efeitos sobre os
componentes de produção e rendimento de grãos.
5
2. REVISÃO DE LITERATURA.
2.1. Considerações gerais
o arroz é uma planta que requer al to
teor de água no solo para o seu desenvolvimento
normal e conseqüentemente , maior produtividade
(GOMIDE, 1979) f sendo prática comum entre os
produtores inundar o solo a partir de 10 a 20 dias
após a emergência das plântulas de arroz f mantendo a
cul tura inundada até a maturação dos grãos (GOMES,
1979) .
fatores de
A água é
produção do
um dos mais importantes
arroz, pois influencia nas
características da planta, nas condições nutricionais
do solo, na natureza e na extensão do crescimento das
plantas daninhas (DE DATTA et al., 1970).
A alta disponibilidade de água no solo
favorece a taxa fotossintética nas folhas, acumulação
de massa e a produção de carbohidratos bem como a
absorção de nutrientes (TSUTSUI, 1972). Entretanto,
este efeito não depende da presença da lâmina de água
sobre a superfície do solo, mas basta que o mesmo
esteja saturado (GOMES et al., 1985).
6
o nível máximo de rendimento de um
cultivar de arroz depende, principalmente, das suas
características genéticas e grau de adaptação às
condições ambientes de clima, solo, água e ao manejo
adotado (DOORENBOS & KASSAN, 1994); evidenciando-se
as práticas culturais referentes ao manejo da água e
ao controle de plantas daninhas (AMARAL, 1981).
2.2. Manejo da irrigação
o manejo da irrigação deve ser
fundamentado no princípio de que o sistema agrícola
deve ser visualizado como um todo, considerando-se a
interação das fases (solo, água, planta, atmosfera)
entre si e com o meio que os cercam (DOURADO NETO et
al.,1991).
Na cul tura do arroz irrigado o manej o
da água compreende um conj unto de procedimentos que
devem ser adotados para assegurar o suprimento
adequado de água à cultura, durante as di ferentes
fases de desenvolvimento (SOUSA et al., 1994), de
forma eficiente e econômica, reduzindo as
água e nutrientes, porém sem redução do
rendimento (BHUJYAN & PALANISAMI, 1989 e
1991).
perdas de
nível de
ROBAINA,
7
2.2.1. Sistemas de irrigação
A cultura do arroz pode ser irrigada
por diversos métodos de irrigação. A adoção do método
de rega utilizado é variável em diversas partes do
mundo, em função das suas condições locais de clima,
solo, topografia, disponibilidade de água, custos e
costumes (TSUTSUI, 1972; GOMIDE, 1979; CAIXETA et
al., 1983). Entretanto, por ser uma planta hidrófila,
adaptada á áreas encharcadas, tem apresentado
melhores rendimentos quando irrigada por inundação
contínua e/ ou intermi tente. Isto faz
sejam os sistemas de irrigação mais
recomendados nas diferentes regiões
arroz irrigado do mundo (DAKER, 1975).
2.2.1.1. Inundação continua
com que estes
utilizados e
produtoras de
o sistema de irrigação por inundação
contínua é tradicionalmente o mais utilizado,
empregando-se os métodos de submersão com água parada
ou corrente.
Com a água parada a eficiência de
irrigação, normalmente, é maior e não há riscos de
perdas de nutrientes, carreados pela água.
8
o uso da inundação com água corrente é
mais indicado para áreas com solos que apresentam
elevados teores de substâncias tóxicas devido a baixa
percolação ou má drenagem do solo. Também é
recomendável em regiões muito quentes, pois diminui a
temperatura do solo e, conseqüentemente, a ação
redutiva do mesmo, durante a decomposição da matéria
orgânica, favorecendo o desenvolvimento da cultura.
Entretanto, a maior justificativa para sua utilização
é a redução de mão-de-obra (TSUTSUI, 1972).
2.2.1.2. Inundação intermitente
o sistema de inundação intermitente é,
geralmente, mais utilizado em regiões com restrições
de disponibilidade de água. Sua principal vantagem em
relação à inundação contínua é a economia de água
(JHA et al., 1981; BARRETO & ROJAS, 1987), reduzindo
suas perdas por percolação, escoamento superficial e
melhor aproveitamento da água proveniente das
precipitações pluviais. Pode-se obter rendimentos
satisfatórios por este sistema de irrigação, desde
que se mantenha o solo com umidade adequada. Quando o
teor de água do solo diminui para 70% da saturação o
rendimento do arroz começa a cair. Para o teor de
água no solo equivalente a 50% da saturação, a
9
redução do rendimento é de 50 a 70%, e para 30% da
saturação não se pode esperar nenhum rendimento
(TSUTSUI, 1972 e DOOREMBOS & KASSAM, 1994).
Diversas pesquisas tem sido
realizadas, comparando a inundação contínua com a
intermi tente, visando identi ficar o sistema de
irrigação mais adequado para a cultura do arroz nas
diferentes regiões do mundo.
Muitos resultados de pesquisas mostram
que a inundação contínua propicia maior rendimento
(Internationa1 Rice Research Institute -IRRI-, 1970;
PANDE & MITRA, 1970; SHARMA & RAJAT, 1979; LEITE et
al., 1984; REDDY & RAJU, 1987; DOTTO et al., 1990),
favorece a absorção de nutrientes e o controle de
plantas daninhas (DREYER, 1972 e STONE et al., 1990)
bem como diminui o ciclo da cultura (CAIXETA et al.,
1985 e LEITE et al., 1984), em comparação à inundação
intermitente. Porém, requer um consumo de água
elevado, acarreta acentuadas perdas por percolação e
fluxo lateral, bem como, segundo STONE, et ale (1990)
diminui o perfilhamento do arroz.
com a
o maior rendimento de
inundação contínua deve-se
arroz, obtido
a aumentos
significativo do número de panículas, número de grãos
por panículas e peso de 1000 grãos, proporcionados
por este sistema de irrigação (RAJALE & PRASAD, 1975;
REDDY & RAJU, 1987 e DOTTO et al., 1990).
10
LEITE et aI. (1984) , comparando os
efeitos da
intermitente e
irrigação por
por sulcos,
inundação contínua,
sobre o rendimento da
cul tura do arroz irrigado em solo aluvial-eutrófico
de textura média, no Estado de Minas Gerais,
verificaram que apesar do excelente rendimento obtido
pela inundação contínua, este sistema não é viável
para as condições locais, dado o aI to consumo de
água. Considerando os rendimentos relativos (Kg de
grãos de arroz por metro cúbico de água), os melhores
resul tados foram obtidos com a inundação
intermitente, seguida pela irrigação por sulcos e
inundação contínua.
Diversas pesquisas: DUARTE & COSTA
(1971) na Baixada Fluminense no Rio de Janeiro, SILVA
& ARAÚJO (1975) no perímetro irrigado de São Gonçalo
no Estado da Paraíba, JHA et aI. (1981) na Índia,
MASCARENHAS (1987) em área de Várzea úmida no Estado
do Pará, LOEB et aI. (1987) em área de Vertissolo na
Colômbia, MEDEIROS et aI. (1994) em área de Várzea no
Estado de Roraima, não
significativas no rendimento
constataram diferenças
e nos componentes de
produção de diferentes cultivares de arroz, quando
irrigados por inundação contínua e/ou intermitente.
Conforme DUARTE & COSTA (1971), a
modalidade de irrigação por inundação intermitente em
várzeas fez decrescer a porcentagem de nitrogênio no
11
solo, bem como dos teores de cálcio + magnésio, porém
não interferiu no pH nem tampouco nos teores de
carbono, alumínio, fósforo e potássio. Entretanto,
(LOEB, et al., 1987) além de obter um alto rendimento
do arroz, constataram uma diminuição das perdas de
nitrogênio no solo e uma redução no consumo de água
em 29%, quando se manteve o solo constantemente
saturado durante todo ciclo da cultura,
aos resul tados obtidos com a cul tura do
inundação contínua.
em relação
arroz sob
2.2.2. Práticas de manejo da água de irrigação
No sistema de plantio com semeadura em
solo seco, a submersão do solo deve ser iniciada logo
após a emergência das plântulas de arroz, por
propiciar melhor rendimento de grãos e controle das
plantas daninhas, dispensando as capinas (GUIMARÃES
et alo ,197 4b; DAKER, 1976) . Em áreas onde são
utilizados herbicidas pós-emergentes com solo
drenado, a submersão deve ser iniciada após a
aplicação do produto, cerca de 15 a 25 dias após a
emergência do arroz (EPAGRI, 1992).
Conforme STONE et aI. (1979) e
FORNASIERI FILHO & FORNASIERI (1993), a inundação do
solo é benéfica à fisiologia da planta de arroz,
12
praticamente durante todo o seu ciclo. Entretanto,
sua maior influência sobre o aumento no rendimento de
grãos
fases
é obtida quando
do início da
o solo é inundado durante as
diferenciação dos primórdios
florais à fase de grãos leitosos
Para cultivares de porte baixo VAHL et
aI. (1987) admitem que estes são mais produtivos
quando, durante a fase vegetativa, o solo não está
inundado, mas com teor de água na faixa entre a
saturação completa e a capacidade campo.
Diversos estudos têm sido
com o propósito de definir um manej o de
racional para a cultura do arroz irrigado,
seu período de submersão.
conduzidos
água mais
reduzindo
Nas Filipinas pesquisas desenvolvidas
pelo International Rice Research Insti tute - IRRI
(1969), confrontando diferentes práticas de manejo de
água na cultura do arroz irrigado por inundação
contínua ou com o solo saturado, durante todo ciclo
da cultura; e a combinação da saturação do solo na
fase vegetativa seguida de inundação contínua até a
maturação de grãos. Não constataram efei to
significativo dos diferentes manejo de água sobre o
rendimento da cul tura. Porém a maior eficiência do
uso da água (1,33 gramas de arroz por litro de água)
foi obtida com a saturação do solo durante todo ciclo
da cultura. A menor (0,68 g/l), através da inundação
13
contínua com lâmina de água de 15cm de altura +
drenagem no máximo perfilhamento + inundaçâo contínua
até a maturaçâo dos grâos de arroz.
Na Colômbia, experimentos conduzidos
Dor BARRETO & ROJAS (1987), comparando diferentes
práticas de manejo da água e níveis de nitrogênio,
aplicado na cultura do arroz irrigado, obtiveram
maior rendimento de grãos aplicando 160kg de N/ha.,
com a cul tura inundada durante a fase vegetativa e
com o solo saturado até o final do ciclo. Seguido
pelo rendimento obtido com 120kg de N/ha, mantendo o
solo saturado na fase vegetativa e submerso no
restante do ciclo da cultura. Porem, a análise
econômica indicou maior retorno, aplicando-se a dose
de 120kg de N/ha, mantendo o solo saturado durante
todo ciclo da cultura. Nào foi verificado efeito
significativo dos manejos de água sobre o controle de
plantas daninhas, efetuados em pré e pos-emergência,
bem como no peso de 1000 grâos. No entanto, a
inundaçâo contínua, durante todo ciclo da cultura,
aumentou significativamente a altura da planta de
arroz.
No Brasil, experimentos conduzidos por
AMARAL (1980), GOMES et ale (1981; 1983; 1985; 1986);
e por ALVES & MACHADO (1991), comparando di ferentes
períodos de inundação contínua do solo, sobre a
cul tura do arroz irrigado, obti ve ram melhores
14
rendimentos de arroz com o início da inundação, a 30
dias após a emergência das plântulas de arroz. A
inundação pode ser suprimida a partir de 15 a 20 dias
após a floração da cultura (GUIMARÃES et aI., 1974a;
AMARAL, 198 O; PAULETO et aI., 1981; GOMES et aI.,
1981; 1985 e AMARAL & RIBEIRO, 1983). Conforme ALVES
& MACHADO (1991), a submersão do solo no início do
perfilhamento resultou em maior rendimento devido ao
aumento obtido no número de panículas e grãos por
panícula, em relação à inundação iniciada na
diferenciação dos primórdios florais.
FIETZ & HECKLER (1993), avaliando o
efeito de diferentes épocas de início da submersão do
solo, em três cultivares de arroz no Mato Grosso do
Sul, não constataram diferenças significativas no
rendimento de grãos, altura de planta e duração do
ciclo dos cultivares testados, sob inundação do solo,
iniciada aos 10, 20, 30 ou 40 dias após a emergência
das plântulas de arroz. A inundação iniciada aos 40
dias da emergência proporcionou redução de 34% do
período de rega, comparada a iniciada aos 10 dias.
STONE et aI. (1990) I comparando
diferentes formas de manejo de água para as várzeas
da região Centro-Oeste constataram que a combinação
da inundação intermitente na fase vegetativa com
inundação contínua na fase reprodutiva propicia maior
rendimento de arroz por favorecer o perfilhamento e a
15
obtenção de um maior número de grãos por panículas e
peso de grãos. Sendo que a inundação contínua reduziu
a ocorrência de plantas daninhas.
Em experimento conduzido por MEDEIROS
et aI.
autores
água na
contínua,
( 1994 ), em várzea no Estado de Roraima, os
compararam diversas práticas de manejo de
cultura do arroz irrigado por inundação
inundação intermitente durante todo ciclo
da cultura e inundação intermitente na fase
vegetativa seguida de inundação contínua até o final
ciclo da cul tura. Não constataram efei tos
significativos destas práticas de manejo sobre o
rendimento do arroz nem nos seus componentes de
produção.
2.3. Controle de plantas daninhas.
A incidência de plantas daninhas se
consti tui num dos principais fatores limitantes do
rendimento do arroz. Diminui seu rendimento, aumenta
os custos de produção, dificulta a colheita e afeta a
qualidade dos grãos (MACHADO, 1991 e GONZALES, 1985).
No caso de altas infestações em condições de sequeiro
a produção de arroz pode ser totalmente nula (MOODY &
MIAN, 1979).
Estudos em vários países sobre a
16
competição entre plantas daninhas e o cultivo de
arroz indicam que as perdas causadas pelas invasoras
flutuam entre 16% a 77% (CALEGARO & BAUER, 1983;
GOLZÁLES et ai., 1985).
Os gastos com o controle
daninhas aumentam consideravelmente o
de plantas
custo de
produção. No Brasil, em várzeas com altas
infestações, 30% de toda a mão-de-obra na lavoura é
destinada ao controle de plantas daninhas (CARVALHO &
ALCANTRA, 1982). Em El Salvador os custos com
controle destas invasoras oscilam entre 20% e 40% dos
custos variáveis (CRUZ et ai., 1991) e na Colômbia
este custo varia em torno de 400 a 500 kg de arroz em
casca por hectare (VARGAS, 1990).
Os prejuízos causados pelas plantas
daninhas estão relacionados a diversos fatores, entre
os quais a sua ocorrência no período crítico de
competição, durante 20 a 45 dias após a emergência
das plântulas de arroz MOODY & JANIYA, 1987;
COLASANTE, 1994; STONE, 1994,).0 controle após este
período, geralmente é antieconômico, pois os danos
causados pela competição são irreversíveis (DARIO,
1992) .
17
2.3.1. Métodos de controle
o controle
fundamenta-se no princípio
de plantas daninhas
de criar condições
cultura, limitando a ambientes favoráveis à
infestação e o desenvolvimento das plantas daninhas
através de diferentes métodos cultural, mecânico e
químico, ()s quais podem ser utilizados isoladamente
ou integrados entre si (GONZÁLEZ, 1985; XAVIER &
,~DRADE, 1985; SALIVE, 1987 e VARGAS, 1990).
2.3.1.1. Método cultural
práticas de
o método
cultivos
desenvolvimento à
favoravelmente com as
cultural inclui todas as
que assegurem um vigoroso
cultura para competir
invasoras. Entre estas
práticas destacam-se o uso de sementes
cultivares melhorados, densidade e
selecionadas,
sistema de
semeadura, rotação de culturas, aplicação de
f ert i 1 i zantes I preparo do solo e manej o adequado da
água (RAMOS et al., 1985; SALIVE,.1987).
A inundação contínua, com profundidade
da lâmina de água a partir de 10 em, propicia um bom
controle de plantas daninhas (BARROS & PORTO, 1979;
STONE et al., 1990), reduzindo de cinco para duas, o
18
número de capinas necessárias para o controle das
invasoras na cultura do arroz irrigado (SILVA &
ARAÚJO, 1975). Recomenda-se sua utilização a partir
de 10 dias após a emergência das plântulas de arroz,
a fim de se evitar capinas (GUIMARÃES et al., 1974b)
e/ ou, melhorar a eficiência do controle das plantas
daninhas através da aplicação de herbicidas.
No Rio Grande do Sul foi constatado um
eficiente controle do arroz daninho, através da
adoção do sistema de plantio com sementes pré-
germinadas, mantendo-se o solo sub-inundado ou
(estabelecimento das
a 1 âmina de água em
saturado na fase inicial
plântulas de arroz) , voltando
torno de 5 em de altura, após
cultura (SOUSA et al., 1994).
o estabelecimento da
Outra forma de controle cultural é
através da rotação de culturas, cujos resultados
constatam que a utilização das culturas da soja,
milho e sorgo, associadas ao emprego de herbicidas
adequados, por um período de três anos consecutivos,
foi suficiente para reduzir uma população inicial de
50 plantas de arroz vermelho por metro quadrado a
níveis insignificantes. Isso tornou possível a
reutilização da área com a cultura do arroz irrigado,
semeado pelo sistema convencional (XAVIER et al.,
1993).
19
2.3.1.2. Mecânico e manual
o método mecânico e o manual
compreendem a utilização de ferramentas manuais e
equipamentos a tração animal ou motorizados,
tradicionalmente utilizados para eliminar as plantas
daninhas do arroz irrigado ou de sequeiro. É um dos
métodos mais utilizados em pequenas lavouras sem
restrições de mão-de-obra. Suas limitações são: não
proporcionar efeito residual, restringe-se ao modo de
semeadura em linhas e requer muita mão-de-obra (RAMOS
et alo f 1985). No caso do arroz irrigado, torna-se
pouco viável ou até impraticável devido às
peculiaridades do sistema de irrigação por inundação.
(XAVIER & ANDRADE, 1985).
2.3.1.3. Método quimico
Dentre os métodos existentes para o
controle de plantas daninhas no arroz irrigado, o
método químico através do uso de herbicidas tem sido
o mais aceito pelos produtores (MACHADO, 1991), tendo
em vista a pequena necessidade de mão-de-obra e a
dificuldade, muitas vezes, de consegui-la na época
desejada (SOUSA & ALCANTRA, 1994).
Os herbicidas devem ser selecionados
20
conforme sua disponibilidade e custos, devendo serem
utilizados conforme as espécies e estádio de
desenvol vimento das plantas daninhas predominantes,
através de doses adequadas, aplicadas na fórmula e
época oportuna (RODAS et al., 1989; VARGAS, 1990 e
LINARES et al., 1992).
emergência
Os herbicidas aplicados
oferecem a vantagem de
em pré
impedir a
competição inicial do arroz com as plantas daninhas.
° bom controle propiciado por estes herbicidas
depende da sua aplicação na época oportuna em solos
bem preparados, apresentando boas condições de
umidade (próxima à capacidade de campo) e temperatura
favorável a gemi nação das sementes no solo (MACHADO,
1991). Embora apresentem um bom controle inicial das
plantas daninhas, geralmente é necessário um controle
complementar aos 45 dias após a emergência (MOODY &
MIAN, 197 9) .
Quanto aos herbicidas aplicados em
pós-emergência, sua principal vantagem diz respeito à
decisão de aplicá-los ou não, conforme a densidade e
espécies das plantas daninhas
escolha do produto e a dose
presentes. Facilita a
a ser aplicada com
eficiência, na época certa, com as invasoras
apresentando de 1 a 4 folhas (SALIVE, 1987 & MACHADO,
1991). À medida que as plantas daninhas crescem,
diminui a eficiência do controle com herbicidas
21
(VARGAS, 1990) . Para se obter melhor eficiência
destes herbicidas é importante que os mesmos sej am
aplicados sobre as ervas em condições favoráveis ao
pleno crescimento, sem restrições de água e
temperatura (MOODY & JANIYA, 1987). Após 48 ou 72
horas da sua aplicação, inunda-se a área para evitar
a brotação dos inços. (MACHADO, 1992).
e utilizados
Di versos herbicidas
com sucesso na
têm sido testados
cultura do arroz
irrigado. Entre estes destacam-se o oxadiazon (pré-
emergente), o
São produtos
controle das
propanil e o 2,4-D (pós-emergentes).
seletivos amplamente difundidos no
plantas daninhas associadas ao arroz,
aplicados isoladamente ou em misturas (IRRI, 1987;
STONE, 1994).
A combinação de herbicidas propicia
maior duração de controle, combate maior número de
espécies de plantas daninhas e permite o uso de doses
menores do que quando usados isoladamente (SOUZA &
ALCANTRA, 1984). A mistura de herbicidas à base de
propanil com aqueles à base de 2,4-D, utilizando
baixas doses de 2,4-D e doses normais de propanil,
torna-os mais efetivos para o controle das gramineas
e latifoliadas (XAVIER & ANDRADE, 1985). A utilização
de doses normais de 2,4-D só deve ser empregada no
periodo entre o pleno perfilhamento e a diferenciação
dos primórdios florais do arroz (SOUSA et ai., 1994).
22
Diversas pesquisas têm constatado a
eficiência do oxadiazon, bem como da mistura de
propanil + 2,4-0 no controle das plantas daninhas do
arroz irrigado ou de sequeiro (SILVEIRA FILHO &
AQUINO, 1983; ALMEIDA et al., 1988; CRUZ et al.,
1991; DARIO et al., 1993a e DARIO et alo 1993b).
Em experimentos conduzidos com arroz
de sequeiro no Estado de São Paulo, VICTORIA FILHO &
CARVALHO (1981) I testando os herbicidas oxadiazon,
aplicado em pré-emergência na dose de 1, O kg por
aplicada em
0,36 kg/ha,
eficiente no
hectare e a mistura de propanil + 2,4-0,
pós-emergência na dose de 2,88 +
constataram que o oxadiazon foi mais
controle da beldroega (Portulacca oleracea L) ,
enquanto a mistura de propanil + 2,4-0 foi superior
no controle do carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum
hespidum D.C) e falsa-dormideira (Cassia patellaria
D.C.). Ambos, porém, proporcionaram rendimento de
grãos, estatisticamente iguais e 80% superiores, em
relação a obtida com a testemunha (sem capina).
Em pesquisas conduzidas na Índia com a
cultura do arroz irrigado, BHOL & SING (1987),
verificaram um eficiente controle do oxadiazon,
aplicado 4 a 5 dias após a semeadura do arroz, na
dose de 0,6 kg/ha, sobre o capim arroz (Echinochloa
colonun e Echinochloa cruz-galli), proporcionando
maior rendimento de grãos. Conforme MACHADO (1988), o
23
oxadiazon aplicado em pré-emergência, na dosagem de
1 f O kg/ha, propicia um índice de controle acima de
93% sobre o papuã-do- brej o (Brachiaria platyphylla
Griseb) e capim arroz (Echinochloa spp).
Na Nigéria o oxadiazon aplicado em
pré-emergência, na dosagem de 1,0 kg/ha tem
apresentado urna excelente perfórmance no controle das
plantas daninhas da cultura do arroz irrigado,
proporcionando um rendimento superior ao obtido com o
controle manual (fei to com 2 capinas: realizadas na
tercei ra e oitava semanas após o transplante). Não
foram verificados problemas de fitotoxidade à cultura
(ENYINNIA, 1993).
Trabalhos de pesquisa conduzidos por
OSIPE et alo (1988) no Paraná, envolvendo os
produtos: propanil + 2,4-D és ter a 2,040 + 0,168 e
2,72 + 0,224 kg/ha e a mistura pronta de propanil +
pendimentalim a 2,80 + 1,36 kg/ha, todos aplicados em
pós-emergência, com as plantas daninhas, apresentando
de 1 a 5 folhas e a cultura no estádio de 3 a 5
folhas. Os autores verificaram que todos os
herbicidas foram eficientes no controle do capim
arroz (Echinochloa spp), capim-colchão (Digitaria
horizontalisl, Junquinho (Cyperus esculentus),
mentrasto (Ageratum conyzoides) , erva-de-bicho
(polygonum persicaria) e caruru-rasteiro (Amaranthus
deflexus). A exceção foi a corda-de-viola (Ipomea
24
aristolochiaefolial, para a qual somente a mistura de
propanil + 2,4-D éster controlou eficientemente,
apresentando boa seletividade para a cul tura e não
comprometeu a produção de grãos.
Em Minas Gerais LACA-BUENDIA (1988),
verificou que a mistura de propanil + 2,4-D
(aplicada em pós-emergência, na dosagem de 3600+ 355
g/ha) foi eficiente no controle das seguintes
espécies: erva-de-Santa-Maria (Eclipta alba),
tiririca (cyperus spp) ; capim fino (Eragrostis
ciliaris) e capim arroz (echinochloa colonum). A
mistura proporcionou um controle médio de 81,5% sobre
todas as espécies infestantes. Não foram encontradas
diferenças signi ficati vas para o "stand" final,
rendimento de grãos, altura da planta, peso de 100
grãos, número de perfilhos, número de panículas e
número de grãos cheios por panicula. Apenas o número
de grãos chochos por 20 panículas foi superior em
relação à testemunha (capinada manualmente) .
SILVEIRA FILHO (1992) estudando
diferentes métodos de controle de plantas daninhas no
arroz irrigado por submerssão e em várzea úmida,
verificou que o controle inicial das plantas daninhas
é imprescindível para se obter altos rendimentos. O
oxadiazon aplicado na dose de 0,75 kg/ha, em
condições de várzea úmida, proporcionou eficiente
controle das invasoras. O seu efeito residual
25
entretanto, não foi suficiente para controlar as
infestações tardias de algumas espécies. Outrossim, a
manutenção da lâmina de água contínua no sistema por
submersão, contribuiu significativamente para a
complementação dos controles manual ou químico das
plantas daninhas.
Considerando o que foi exposto,
observa-se que, para a obtenção de altos rendimentos
na cultura do arroz irrigado f é essencial que se
adote um manej o de água e sistema de controle de
plantas daninhas adequados às condições
edafoclimáticas de cada região. A extrapolação de
resultados de pesquisa de uma região para outra deve
ser feita com muita cautela.
26
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Local
o experimento foi realizado no período
de agosto/93 a março/94, em área de várzea,
pertencente ao Departamento de Agricultura da Escola
Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da
Universidade de São Paulo, Piracicaba SP, de
coordenadas geográficas: 22°12' LS, 47°38' LW e 550m
de altitude.
3.2. Solo
o solo foi classificado por TORRAD01,
como Glei Pouco Húmico, Eutrófico, T8, A moderado,
textura argilosa, apresentando camada compactada a
0,30 m da superfície.
As características químicas e físicas
do solo, cujas amostras foram coletas na camada de O
20 cm de profundidade, antes da instalação do
experimento, são apresentadas nas Tabelas 1 e 2.
1 TORRADO, P. V. (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"/USP, Piracicaba-SP) Comunicação pessoal, 1993.
27
Tabela 1 Características químicas do solo na
profundidade de O a 20 em, Piracicaba-
SP, 1993.*
j::·:~:~·:·:::~~~W~·~j:·:l·::1:1~1~~a1:.1m·.:j:~:~j:l:l:l:j·~:j·l:j~~:j:g·~·:j·j~:·l~~:j:ljl:~j~~~~~::::~::::··~~::::·:~::~8.~%.::~~~~~<~:B.~~l~::~:·:·~:~@iÃf:lnj·~:jl::$.~Z~:~:~~::~:~~::~j:·:~···l:l· :~j·j·(t.~:t.i:!:~::·::·lt·:.~l~l:l:·:·:··m~~:~{Mªíl6.~;·~::.[~:::j.:[j[>~:.jl·····:::[[:··::··[·:·n~~~::~::·:::{::~~@íji.~~~6.~~·:i:::[:·2:::::~::~:::jjl:::::[:[.··::::·:U·.[·[lt
3,0 1,9 7,0 0,1 0,4 0,2 15,0 0,7 15,7
*Análise realizada no Laboratório de Solos do Departamento de Ciência
do Solo da ESALQ/USP .
Tabela 2 - Resultados da análise física do solo na
profundidade de O a 20 em, Piracicaba-Sp,
1993.*
~f~6iji@@iii~\~~~~~~~~~i~~~~~~~~$;#~~B~i~Ji1~I areia sil te argila ··>}m?\\rl~lpffi1:1t}}tt:>:: franco argilo
52,95 24,35 22,70 1,6 arenoso
*Análise realizada no Laboratório de Fisica de Solos do Departamento
de Engenharia Rural da ESALQ/USP
3.3. CUltivar
o cultivar utilizado foi o IAC 102,
indicado para áreas irrigadas do Estado de São Paulo.
Apresenta porte baixo ou intermediário com altura
média de 96cm, sendo comuns variações em torno de 10
28
em. Seu ciclo varia de 120 a 130 dias, a floração
ocorre entre 88 e 96 dias pós-plantio. O número médio
de grãos por panículas
rendimento médio de
é de aproximadamente 135 e o
grãos é de 6.300 kg/ha. É
resistente ao acamamento e à bruzone, moderadamente
resistente à mancha parda e a mancha estreita e
moderadamente susceptível à escaldadura e à queima da
baínha (Instituto Agronômico, 1993).
precipitação
Os dados
pluvial,
climatológicos de
umidade relativa
insolação,
do ar,
temperatura do ar e evaporação, ocorridos durante o
período do plantio à colheita do arroz (outubro/93 a
fevereiro/94), encontram-se no apêndice.
3.4. Tratamentos e delineamento experimental
Foram utilizados cinco diferentes
regimes de manejo da água de irrigação, combinados
com três sistemas de controle de plantas daninhas na
cultura do arroz. Os tratamentos com manejo de água
constaram de:
Ml:Inundação contínua, dos 18 dias após a emergência
das plantas até o final do ciclo da cultura;
M2:Inundacão contínua, dos 36 dias da emergência das
plantas até o final do ciclo da cultura;
M3: Inundação intermitente, mantendo-se o solo sempre
29
saturado, durante todo ciclo da cultura;
M4:Inundaçào in~ermitente, durante a fase vegetativa,
seguida por inundaçào continua na fase reprodutiva
(da di ferenciaçào dos primórdios florais a emissão
das paniculas), voltando a inundação intermitente até
o final do ciclo da cultura e
M5:Inundaçào intermitente até o início da
diferenciação dos primórdios florais, seguida da
inundação continua até o final do ciclo da cultura.
Cada parcela foi subdividida em três
subparcelas onde foram praticados os seguintes
sistemas de controle de plantas daninhas:
Cl: Controle em pré-emergência das plantas daninhas
com o herbicida oxadiazon, utilizando-se a dosagem
equi valente a 1, O kg/ha., aplicado 2 dias após a
semeadura do arroz;
C2:Controle em pós-emergência, utilizando-se a
mistura dos herbicidas a base de propanil + 2,4-D com
dosagens equivalentes a 4,8 e 0,806 kg/ha. dos
respectivos produtos, aplicada aos 33 d.a.e. com as
plantas daninhas, contendo de a 4 folhas e a
cultura em pleno perfilhamento;
C3: Contrcle:::om cxadiazon (1, O kg/ha.) aplicado em
pré-emergência das plantas daninhas, seguido da
mistura de propanil + 2,4-D (4,8 + 0,806 kg/ha)
aplicada aos 33 d.a.e., com as plantas daninhas
contendo de 1 a 3 folhas.
30
o delineamento experimental utilizado
foi o de blocos ao acaso, no esquema de parcelas
subdivididas com 3 subparcelas e 4 repetições. A área
total de cada parcela foi de 32,4 m2 (2,4 m x 13,5
ml, constituídas por quadras delimitadas entre si por
camalhões, nas quais foram casualizados os
tratamentos de manej o de água e nas subparcelas os
sistemas de controle de plantas daninhas (Cl, C2 e
'" C3 ) . A á.rea Lotal de cada subDarcela foi :::i e 10,8 mL
" (2,4 m ~{ 4 r::; , J ml com área útil de 5, 4 m.é.. (1,8 m x 3,0
ml, const::ando de 6 linhas de arroz espaçadas de 0,3 m
com 3,0 m de comprimento (vide esquema no apêndice).
3.5. Instalaçao e condução do ensaio
3.5.1. Preparo do solo
o preparo do solo constou de uma
aração e duas gradagens a 0,20 m de profundidade, 40
dias antes da semeadura, utilizando-se de implementos
de discos. Após estas operações foi realizado a
confecção das taipas, separando as quadras, bem como
o nivelamento destas quadras, utilizando-se de enxada
rotativa e seu acabamento final feito manualmente com
o solo inundado.
Dois dias antes da semeadura realizou-
31
se uma capina quimica em toda área experimental, para
eliminar as plantas já incidentes, aplicando-se o
herbicida gliphosate na dosagem equivalente a 2,4
kg/ha. através de um pulverizador costal munido de um
bico tipo leque, gastando-se o equivalente a 700
litros de calda/ha.
3.5.2. Calagem
Com base na análise quimica do solo
foram aplicadas o equivalente a 4 t. de calcáreo
dolomitico/ha, apresentando 65% de PRNT, conforme
recomendações do Laboratório de Solos do Departamento
de Ciência de Solos da ESALQ/USP. ° produto foi
distribuido a lanço e incorporado manualmente, 18
dias antes da semeadura do arroz.
3.5.3. Adubação
Foram realizadas manualmente, uma
adubação no plantio e duas em cobertura conforme
recomendações do Laboratório de Solos do Departamento
de Ciência do Solo da ESALQ/USP.
Na adubação de plantio foram aplicados
o equivalente a 10 kg de N, 40 kg de P205, 40 kg de
32
K20 e 4 kg de Zn/ha, utilizando-se sulfato de amônio,
superfosfato simples, cloreto de potássio e sulfato
de zinco como fontes. Os adubos foram incorporados ao
solo nos sulcos de plantio, no mesmo dia da
semeadura.
Na adubação em cobertura foram
realizadas 2 aplicações, aos 40 e 72 d.a.e.
(perfilhamento pleno e início da diferenciação dos
primórdios florais), aplicando-se a lanço o
equivalente a 35 kg de N/ha em cada cobertura,
utilizando-se uréia como fonte. O adubo foi
distribuído nas parcelas com o solo saturado ou
inundado, dependendo do tratamento adotado.
3.5.4. Semeadura
Realizada no dia 11 de outubro de
1993, as sementes foram distribuídas diretamente nos
sulcos de plantio, com o solo drenado, na densidade
de 110 a 120 sementes viáveis por metro, espaçados de
0,3 m entre linhas, de acordo com DARIO (1993). Todas
operações de abertura, semeadura e fechamento dos
sulcos foram realizados manualmente.
33
3.5.5. Irrigação
o método de irrigação utilizado foi
por inundação, mantendo-se o solo sempre saturado ou
inundado, nas diferentes fases do ciclo da cultura,
dependendo dos tratamentos de manejo de água em
estudo. Nos tratamentos <:::om i rrigação por inundação
contínua, foi mantida uma lâmina de água com altura
de 5 a 10 cm e suprimida 15 dias após a floração. Nos
demais tra"Camentos, com inundação intermitente,
aplicava-se pequenas lâminas de água (em torno de 2
cm. de altura através de banhos: de ') L em 2 dias) ,
suficiente apenas para manter o solo sempre saturado.
A água foi captada do ribeirão
Piracicamirim afluente da margem esquerda do rio
Piracicaba e conduzida por ';rravidade até o ensaio,
cuj c sistema de irrigação ':::onstou de ~Jm :::anal de
irrigação para adução da água e uma tubulação em PVC
com engate rápido de 3" de diâmetro, na qual foram
acoplados 5 tubos de polieLileno flexíveis com 1 1/2"
,je diâmetros e 5m de comprimento, utilizados para a
distribuição da água nas parcelas.
A qualidade da água foi analisada pelo
Labor3tóri<:) de }':'málises de 3010 do Departamentc, de
Ciência do Solo da ES]\LQ/USP. A amostra roi coletada
no dia 16/01/94, que coincidiu com o período de baixa
vazão do ribeirão Piracicamirim. Os resultados estão
34
expressos na Tabela 3. Conforme classificação de
AYERS & WESTCOT (1991), essa água pode ser utilizada
sem problemas para a irrigação.
Tabela 3 Características químicas da água de
irrigação, Piracicaba-SP, 1993.*
pH
Condutividade elétrica(dS/m) 25°C
Cálcio(meq/l)
Magnésio(meq/l)
SÓdio(meq/l)
Potásio(meq/l)
Cloreto(meq/l)
Sulfato(meq/l)
Bicarbonato (meq/l)
Boro(mg/l)
Sólidos dissolvidos totais (mg/l)
Relação de adsorção de sódio "ajustada ll
Classe**
7,4
0,172
0,76
0,77
0,32
0,02
0,43
0,29
1,08
0,2
110,0
0,30
C1S3T1*** *Análise realizada no Laboratório de Solos do Departamento de Ciência do Solo da ESALQ/USP . **Classificação com base em preposição do comitê de consultores da Universidade da Califórnia (UCCC-1972) I modificada por HOLANDA et alo 1994 2 •
***C1S3Tl áaua de baixa salinidade alta sodicidade e sem problemas de toxidade de sódio cloro e boro.
2 HOLANDA, J .S; VI1TI, G.C.; NAKA Y AMA, L.H.I. Classes de água para irrigação: Palestra apresentada no 1.0 curso de análises de água-solo-planta. Centro de Estudos de Solos, ESALQIUSP, Piracicaba, 03/94.
35
3.5.6. Aplicação dos herbicidas
A aplicação do herbicida em pré-
emergência das plantas daninhas foi realizada 2 dias
após a semeadura do arroz, aplicando-se o equivalente
a uma dose de 1, O kg/ha. de oxadiazon na forma de
pulverização no solo com umidade próxima a saturação,
utilizando um pulverizador costal com pressão
constante (C02) contendo uma barra com 4 bicos TEEJET
8003, espaçados de 0,5m, a uma pressão de 4,2 kg/cm2 ,
gastando-se 500 litros de calda por hectare, de
acordo com DARIO.
Aos 33 dias após a emergência do arroz
foi aplicada a mistura de propanil + 2,4-D na dosagem
de 4,8 + 0.806 kg/ha, utilizado-se do mesmo
equipamento mas com pressão de 3,0 kg/cm2 , gastando-
se 300 litros de calda por hectare, de acodo com
VICTÓRIA FILH04. As parcelas foram drenadas durante
72 horas (24 horas antes e 48 horas após aplicação
dos herbicidas).
DARIO, G. J .A. (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"/ USP, Piracicaba-SP). Comunicação pessoal f 1993
.. VICTÓRIA FILHO, R. (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"/ USP, Piracicaba-SP). Comunicação pessoal f 1993
36
3.5.7. Colheita
A colheita foi realizada no período de
24 a 28 de fevereiro de 1994, quando os grãos
apresentavam de 20 a 23% de umidade. Todas as
operações de corte, trilhagem e limpeza do material
colhido foram feitas manualmente.
A duração do ciclo agronômico da
cultura e dos seus estádios fenológicos se encontram
na Tabela 4 • Não sendo verificado, portanto,
difereças do seu ciclo em função dos tratamentos
testados.
Tabela 4 - Duração dos estádios fenológicos, em dias,
observados no cultivar IAC 102, conduzido
no período de outubro de 1993 a fevereiro
de 1994, Piracicaba-SP .
......... -......... . ........... - ..................... - .... -.................... ............... .. .
~·l:~Wf*&.~l~$.[[::::f:~~~i~gt[8.~$.[r:~:lm~[~~l[:}:~m:~~:.:.:~:.:::f::~:~:~:·<::[·:·:[:·l[m·[·:~:::.:.mt:[[:::::~:::.<:·::~~m:[·:~::[·:[:~:::·:::·:::m-[~PtÃ$:·::·:: 1. Fase vegetativa - Emergência das plântulas
ao início da formação do primórdio floral; 72
2 . Fase reprodu ti va Início da formação do
primórdio floral ao florescimento pleno; 28
3. Maturação - Florescimento pleno à colheita; 30
4. Ciclo - Emergência das plântulas à colheita 130
37
3.6. Parâmetros avaliados
Foram avaliados os seguintes
parâmetros: altura de plantas, número de perfi lhos e
de paniculas por metro quadrado, número de gra6s por
paniculas, peso de 1000 gra6s e rendimento de gra6s.
3.6.1. Altura de plantas
A altura de plantas foi obtida pela
média das alturas de 10 plantas de arroz, medidas ao
acaso na área útil de cada subparcela, 5 dias antes
da colhei ta. Foi efetuada com uma régua graduada,
medindo-se o comprimento, em centímetros, da base da
planta até a extremidade apical da panicula.
3.6.2. Número de perfilhos por metro quadrado
Para verificação do perfilhamento do
arroz, demarcou-se 3 linhas de 1,0 metro na área útil
de cada subparcela. Onde foi determinada a média do
número de plântulas de arroz (80 plântulas por metro
linear), através da contagem feita em 60 amostras de
1, O metro de 1 inha de arroz, observadas aos 8 dias
após a emergência das plântulas.
38
Em cada linha, previamente demarcada
,deixou-se 80 plântulas de arroz por metro. Nas que
continham mais de 80 plântulas foi fei to desbaste e
nas que apresentavam menos de 80 foram complementadas
através de transplantio, realizados no período de 9 a
10 d.a.e.
o número de perfilhos foi avaliado
nestas linhas de arroz através da diferença entre o
número total de colmos de arroz contados por ocasião
da colheita e o número de plântulas de arroz deixadas
após o desbaste ou transplantio (80 plântulas). Os
resul tados obtidos foram convertidos para número de
perfilhos por metro quadrado.
3. 6 . 3. Número de panícul.as por metro quadrado
finalidade de
Este parâmetro
obter o número
foi
de
avaliado com
colmos férteis.
a
As
contagens foram efetuadas na ocasião da colheita, nos
3 locais demarcados, previamente, para avaliar o
número de perfilhos. Os dados foram convertidos para
número de panículas por metro quadrado.
39
3.6.4. Número de graõs por panicula
Refere-se ao número médio de graõs
cheios obtidos na contagem do número de grãos de dez
panículas, colhidas ao acaso, na área útil de cada
subparcela, por ocasião da colheita.
3.6.5. Peso de 1000 graõs.
Determinado em oito subamostras de 100
sementes, seguindo-se as prescrições das regras para
Análise de Sementes (BRASIL, 1992). As pesagens foram
efetuadas em balança eletrônica com precisão de 0,1 g
e o peso corrigido para 13% de umidade, de acordo com
a equação empregada por SILVEIRA FILHO (1992)
onde:
P.g.c.= {[P.g.o. x (100 - U%)]./ (100 - U.P%)}
P.g.c.= peso de grãos corrigido (g)
P.g.o.= peso de grãos observado (g)
U%
U.p%
umidade observada na amostra
umidade padrão (no caso, 13%)
3.6.6. Rendimento de grãos
Para se avaliar o rendimento de grãos
foram colhidas todas as plantas contidas na área útil
de cada subparcela. Os grãos foram pesados em balança
eletrônica com precisão de 0,1 g e o peso obtido foi
ajustado a 13% de umidade, utilizando-se a mesma
equação empregada para determinar o peso de mil
grãos, e expresso em kg/ha.
3.6.7. Análises estatisticas
As análises estatísticas foram
efetuadas através do teste F e do teste de Tukey para
comparações entre as médias dos tratamentos,
utilizando-se o pacote estatístico SANEST.
O esquema da análise da variância
empregado para analisar todas as variáveis encontra
se na Tabela 5.
41
Tabela 5 - Esquema da análise de variância utilizado
para avaliação dos parâmetros estudados.
:··~·1·~·~·l·;~~·~\l-::L~:[:\:\\:~r:::~[~ri[\·[::ml\:8~B:~I:[:::~~:~\i~.@&q~9:1:;\:\::1\:\:1:\::~:~\1:~:~:::::l:::::l:::::~::\:r~::l:l::l:::ll::\:;®I~@:i:\;R~\::l :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::j:j:::::::::::::::::::::::::::::::::j:::j:::::::::::::::j:j:::jtfêEiRPipE}::::
Blocos 3
Manejo de água (MA) 4
Res íduo (A) 12
Parcelas 19
Sistemas controle plantas daninhas (SCPD) 2
Interação: MA x SCPD 8
Resíduo (8) 30
Total 59
42
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. A1tura de plantas
A análise de variância com aplicação
do teste F revelou um efeito altamente significativo,
ao nível de 1% de probabilidade, dos diferentes
manejos de água sobre a altura das plantas de arroz.
Não foi verificado no entanto, efeito significativo,
ao nível de 5% de probabilidade, dos diferentes
sistemas de controle de plantas daninhas sobre altura
de plantas nem tampouco de sua interação com os
manejos de água (Tabela 6), não detectando
dependência entre essas variáveis.
Na Tabela 7, são
médias das alturas de plantas, em
dos manejos de água e sistemas
plantas daninhas.
apresentadas as
função do efeito
de controle das
Verifica-se que os manejos de água com
inundação contínua iniciada aos 18 e aos 36 d. a. e.
(M1 e M2) proporcionaram efeito estatisticamente
iguais, com aumento significativo da altura de
plantas de arroz, em relação as médias obtidas pelos
demais manej os de água (M3, M4 e tv15) os quais não
43
diferem entre si, ao nível de 5% de probabilidade
pelo teste de TUKEY.
Tabela 6 Resumo dos resultados da análise da
variância com aplicação do teste F e os
valores dos coeficientes de variação
para as variáveis investigadas,
Piracicaba-SP, 1994.
Altura planta (cm) 96,37 34,5-u 1,0 1,0
Perfilho/m2 243,6 0,8 6,6** 2,4*
Paniculas/m2 429,6 1,8 11,0** 2,6*
Grãos/panicula 86,94 4,7* 3,4* 1,6
Peso mil grão ( g) 30,52 1,3 1,3 0,4
Rend. grão (kg/ha) 7048 19,9* 0,3 0,6
* F significativo, ao nível de 5% de probabilidade. ** F significativo, ao nivvel de 1% de probabilidade.
3,6 5,1
25,4 21,6
9.5 11,2
11,6 14,5
1,6 1,3
5,8 12,7
MA: Manejos de água; SCPD: sistemas de controle de plantas daninhas.
A maior aI tura das plantas, observada
~os manejos de água com a inundação iniciada aos 18 e
e aos 36 d.a.e., em relação as médias obtidas sob os
demais manej os de água é j usti ficada, conforme (DE
DATTA, et alo 197 O) , pelo aumento da absorção de
44
nutrientes. Pois a submersão contínua aumenta a
disponibilidade de nutrientes às plantas, favorece a
fixação de nitrogênio atmosférico pelas algas verdes-
azuis, aumenta a fotossíntese nas folhas mais baixas
devido o reflexo da luz na água e controla a
temperatura do solo, mantendo-a mais estável
(TSUTSUI, 1972), bem como favorece o controle das
plantas daninhas (DREYER, 1972; STONE et aI., 1990).
Tabela 7 Médias da altura de Plantas de arroz
irrigado sob diferentes manejos de água
e sistemas de controle das plantas
daninhas, Piracicaba-SP T 1994.
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::-:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:-:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:::.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:::::.:::::::::.:::::::::::::::::::::.:.:.::::::::::
::~~:::~:::~::~~:~~~~:~:y..1.frdAvtl~$:::~:&:t:$fÀp.Â$:~:~:~:~:~:::::~:::::::~:~:~::::::Aii.Wf:~~~:::BM:~:~Êi:~Bi.@~~~:~~~:~{:8m:~~~::::::~:::
Manej os de água:
1vIl
M2
M3
M4
M5
Sistemas controle.plantas:
Cl
C2
C3
108,36A
105,80A
85,10 B
89,70 B
92,80 B
95,62A
95,82A
97,66A Valores seguidos pela mesma letra não diferem, significativamente, ao nível de 5% pelo teste de Tukey
45
Esse resultado está de acordo com
SCALCO (1983), o qual mostra que o alto teor de água
no solo propicia aumentos na altura de plantas e
maior absorçao de ni trogênio, potássio e ferro, em
relação aos valores observados sob as condições do
solo saturado a cada 4 dias.
Resultados semelhantes foram obtidos
por BARRETO & ROJAS (1987), os quais verificaram que
a inundação contínua durante todo ciclo da cul tura
aumentou, significativamente a altura de plantas, em
relação a altura observada sob o solo saturado.
Quanto aos di ferentes sistemas de
controle químico das plantas daninhas, estes não
afetaram, significativamente, a altura das plantas de
arroz, pois a cultura
normal durante todo o
apresentou um crescimento
ciclo, alcançando valores
médios semelhantes a sua altura média normal que é de
96,0 em. Isso evidencia que todos sistemas de
controle foram igualmente eficientes na manuntenção
desta característica do cultivar.
Resultados semelhantes foram obtidos
por LACA-BUENDIA (1988) ao avaliar o comportamento do
arroz i rrigado I cul ti var MG-l f no município de
Porteirinhas-MG e por SILVEIRA FILHO (1992),
aval iando o comportamento de 2 cul ti vares de arroz
(CICA 8 e o IAC 120) irrigados por submersão e em
condições de várzea úmida no município de
46
Brazabrantes-GO. Os mesmos não encontraram diferenças
na altura de plantas de arroz cultivados sob
diferentes sistemas de controle químico das plantas
daninhas, utilizando propanil + 2,4-D (3,60 + 0,355
kg/ha); oxadiazon (0,75 kg/ha) em relação a altura
média obtida com 3 capinas manuais.
4.2. Número de perfilhos e de paniculas
A análise da variância dos resultados
obtidos para o número de perfi lhos e de panículas por
metro quadrado (Tabela 6) mostra valor de F não
significativo, ao nível de 5% de probabilidade, para
os di ferentes manej os de água e signi ficati vos, aos
níveis de 1% de probabilidade, para os sistemas de
controle de plantas daninhas e a 5% de probabilidade
para o efeito da interação entre manej os de água x
sistemas de controle das plantas daninhas.
Isto indica que os efeitos das
variáveis sobre o número de perfi lhos e de panículas
foram dependentes das interelações ocorridas entre os
manejos de água e os sistemas de controle das plantas
daninhas. Os valores médios para o número de
perfilhos e de panículas por metro quadrado de arroz,
em função do efeito desta interação se encontram na
Tabela 8.
41
Desdobrando-se o efeito da interação
entre os sistemas de controle de plantas daninhas
dentro de cada manejo de água (tabela 8), verifica-se
que para os manej os de água com inundação a partir
dos 18, 36 e 72 d.a.e. (início da diferenciação dos
primórdios florais) até o final do ciclo da cultura,
não houve diferença significativa entre os efeitos
dos sistemas de controle de plantas daninhas sobre o
número de perfilhos e de panículas por metro
quadrado. Nos outros dois manejos de água (solo
saturado durante todo ciclo da cultura, ou inundado
apenas no estádio reprodutivo: dos 72 a 100 d.a.e. e
saturado nas demais fases), constatou-se um aumento
signi ficati vo do número de perfilhos e de panículas
de arroz, desenvolvidas sob o sistema de controle de
plantas daninhas em pré-emergência (C1), em relação
as médias obtidas sob os demais tratamentos (C2 e
C3), os quais não diferem entre si pelo teste de
TUKEY, a 5% de probabilidade.
Isto evidencia o efeito negativo da
mistura dos herbicidas propanil + 2.4-0, reduzindo o
perfilhamento das plantas de arroz sob o solo não
inundado. Isso mostra que para
foi conduzido o experimento,
herbicidas propanil + 2,4-0,
as condições em que
a utilização dos
aplicados após o
oxadiazon foi inoportuna, por reduzir o número de
perfi lhos e o número de panículas por unidade de área
48
bem corno, onerar os custos de produção.
Tabela 8 Médias do número de perfilhos e de
panículas de arroz em função da
interação: sistemas de controle de
plantas daninhas, dentro de cada manejo
de água, Piracicaba-SP, 1994.
",' ..... " .......... .. .. . ... <:. ............. -.' --.'.'" -. -" .... ". '.:.' ........ .. -. .. . .. :::::::::~ ::::::::::::::::::::: ::~ ::::::::::: -':: >::::::::':::":':::: ::::: :::::::: ...... .:.:.: _ ... .:.:.:
·\~:~~ª~:j@#.?#~·:::{:~:::·~:~:~~·Xl·l:l:f:ô?:l~·F!:~;~/Ht\P:~###@:h8~:}n··:~·:·f~:,~:9\jW~·§t::~ ::)rrrfá5Ú~j,Ú:»::>:::::»»(i?i~d{e~;$H ......... H··~@}#illI?lU}:}·)f6}9Xffig:F:}
C1 217,6A 397,2A
Ml C2 196,OA 408,5A
C3 208,9A 406,9A
C1 280,8A 468,5A
t-12 C2 255,5A 417,5A
C3 199,7A 408,3A
Cl 300,4A 494,9A
M3 C2 192,78 246,68
C3 230,88 367,58
Cl 374,OA 544,9A
jv14 C2 248,88 425,88
C3 231,38 433,58
C1 219,9A 447,5A
M5 C2 241,9A 453,8A
C3 255,6A 421,4A Valores seguidos pela mesma letra no sentido vertical não diferem significativamente, ao nivel de 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.
49
Este efeito está relacionado ao
período de perfilhamento do arroz que, em condições
de solo saturado, prolonga-se por mais tempo em
relação a submersão contínua, tornando a cultura mais
susceptível à ação do 2,4-D, uma vez que a
seletividade deste herbicida ao arroz depende do seu
estádio de crescimento.
De acordo com SMITH, et alo (1977), a
aplicação do 2,4-D até
das plântulas de arroz
3 semanas após a emergência
pode afetar severamente a
cultura, pelos efeitos desse herbicida nas doses
requeridas para controlar as plantas daninhas.
Normalmente, o arroz não é afetado por este herbicida
quando aplicado na fase final do perfilhamento até o
início da diferenciação dos primórdios florais.
Resultados semelhantes foram
observados por PESSOA (1984) e por SILVEIRA FILHO
(1992), testando estes herbicidas no controle de
plantas daninhas no arroz irrigado por submersão
contínua e em condições de várzea úmida.
4.3. Número de grãos por paniculas
A análise da variância dos resultados
obtidos para o número de grãos por panículas (Tabela
6) mostra valores de F significativos, ao nível de 5%
50
de probabilidade, para os efeitos dos manejos de água
e sistemas de controle de plantas daninhas sobre o
parâmetro avaliado. Não foi verificado efeito
significativo, ao nível de 5%, para a interação entre
os manej os de água e os sistemas de controle das
plantas daninhas, sobre este parâmetro.
Os valores médios obtidos para o
número de grãos por panícula em função dos efei tos
dos manejos de água e sistemas de controle das
plantas daninhas se encontram na Tabela 9.
obtido
partir
no
dos
O número de grãos por panículas,
tratamento com
18 d. a . e. (Ml)
a inundação, iniciada a
foi significativamente
superior aos obtidos nos tratamentos com inundação
intermi tente, mantendo o solo saturado durante todo
ciclo da cultura (M3) ou inundado apenas na fase
reprodutiva (M4), mas não diferiu dos observados nos
tratamentos com inundação contínua iniciada aos 36
d.a.e. (M2), ou iniciada a partir do início da
diferenciação dos primórdios florais (M5) os quais,
não diferem estatisticamente das médias obtidas nos
tratamentos (M3 e M4).
Esse resultado mostra a importância da
submersão do solo para a maximização deste e de
outros componentes de produção do arroz, conforme já
mencionado no ítem altura de plantas.
51
Tabela 9 - Médias do número de grãos por panícula e
peso de mil grãos obtidos sob diferentes
manej os de água e sistemas de controle
das plantas daninhas, Piracicaba-SP,1994 .
................ -....... . ...... - .... - .... -.- .. - ......................................... -.... ......... . ..
~::l!1·~1111[1111~l~ll~1~lx.y~~f·!~·~I~f~.1···:·[lll~1llllll~I:I~lll:ll~l~llllllllll[llllll®lf·~~~ll:lll.l\1l.\l\l:.:.I.I.III.!.:.~~f~.I:I:I·~I.I.II:.1 ::f((tt:tmf:::?)}}}}:tf)f)f:r:ttfff)f}tff::r::~fnm@IP*hiBm}ftr:gi~~s.$::)tQj:r:
Manejos de água:
Ml
M2
M3
M4
MS
Sistemas controle.plantas:
Cl
C2
C3
104,4A
90,7AB
79,5 B
77,3 B
82,6AB
80,8A
90,3A
89,6A
33,3A
33,8A
32,6A
33, lA
33, lA
33,OA
33, lA
33,9A Valores seguidos pela mesma letra no sentido vertical não diferem significativamente, ao nivel de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Verifica-se que o número de grãos por
panículas decresceu a medida que se reduziu o período
de inundação contínua do solo. Esse comportamento se
assemelha aos resultados obtidos por PANDE & MITTRA,
(1970); GOMES et alo (1985), ALVES & MACHADO (1991)
os quais veri ficaram que submersão do solo é
imprescindível para obtenção de elevados rendimentos
de grãos de arroz, principalmente durante a fase
52
reprodutiva da cultura (STONE et al., 1979,1990;
FORNASIERI FILHO & FORNASIERI, 1993).
Com relação aos efeitos dos sistemas
de controle das plantas daninhas sobre o número de
grãos por
TUKEY, ao
panícula,
ní vel de
comparados através
5% de probabilidade
do teste de
(Tabela 9),
verifica-se que estes não afetaram significativamente
suas médias; embora tenha um acréscimo de 11% do
número de grãos por panícula propiciado pela mistura
de propanil + 2,4-D.
Este acréscimo está relacionado a um
efeito de
propanil +
redução no
compensação, uma vez
2,4-D (4,8 + 0,806
número de perfi lhos
metro quadrado.
que
kg/ha)
e de
a mistura
causaram
panículas
de
uma
por
Resultados semelhantes foram obtidos
por PESSOA (1984); LACA-BUENDIA (1988); MARCONDES et
alo (1991) e por SILVEIRA FILHO (1992) ao avaliarem o
comportamento de diferentes cultivares de arroz
irrigados por submersão e em condições de várzea
úmida, submetidos aos diferentes métodos de controle
de plantas daninhas, utilizando os herbicidas a base
de oxadiazon, propanil e 2,4-D bem como, capinas
manuais.
53
3.5. Peso de 1000 grãos.
A análise da variância dos resultados
referentes ao peso de 1000 grãos (Tabela 6) não
cevelou valores de F significativos, ao nível de 5%,
para nenhum dos tratamentos testados, nem para a
intecação entce estes.
Os valores médios do peso de mil grãos
obtidos sob os manejos de água e sistemas de controle
das plantas daninhas se encontram na Tabela 9. Pela
qual se verifica que não houve efeitos
significativos, dos tratamentos testados sobre este
componente de produção. Tendo o mesmo se mantido
estável, conforme foi observado por JHA et aI.
(1981) I BARRETO & ROJAS (1987) I MASCARENHAS (1987) I
LACA-BUENDIA (1988), SILVEIRA FILHO (1992) e ENYINNIA
(1993) ao avaliarem o comportamento do arroz sob
diferentes manejos de água e métodos de controle de
plantas daninhas.
O peso de mil grãos é uma
característica varietal muito estável. Entretanto, de
acordo com YOSHIDA (1981), este pode apresentar
pequenas variações em
limita o tamanho do
função do tamanho da casca que
grão e é muito afetado pela
atividade fotossintética da planta durante os 14 dias
que antecedem o florescimento.
54
4.6. Rendimento de grãos
A análise da variância dos resultados
referentes ao rendimento de grãos de arroz, expressos
em kg/ha (Tabela 6) revelou valores de F altamente
significativos, ao nível de 1% de probabilidade, para
os efeitos dos manejos de água sobre o rendimento do
arroz. Não se verificou no entanto, efeitos
significativos ao nível de 5% de probabilidade, dos
sistemas de controle das plantas daninhas, nem
tampouco de sua interação com os manejos de água.
Os valores médios referentes ao
rendimento de arroz, obtidos em função do efeito dos
manej os de água e sistemas de controle das plantas
daninhas se encontram na Tabela 10.
O rendimento de grãos obtidos no
tratamento com inundação contínua, iniciada aos 18
d.a.e. (M1) foi significativamente superior aos
rendimentos obtidos nos tratamentos com inundação
intermitente até a diferenciação dos primórdios
florais (72 d.a.e.) e inundação contínua até o final
do ciclo (M5) ou com a inundação contínua durante a
fase reprodutiva e o solo saturado nos demais
estádios fenológicos da cultura (M4) e nos
tratamentos com inundação
solo saturado durante todo
intermitente, mantendo o
ciclo da cul t ura (M3).
Todavia, não diferiu do rendimento proporcionado pela
55
inundação contínua iniciada a partir dos 36 d. a. e.
(M2) . o qual foi significativamente superior ao
rendimento obtido no tratamento (M3 ) porem, nào
diferiu dos rendimentos observados nos tratamentos M4
e M5, os quais foram estatisticamente iguais ao
obtido no tratamento M3.
Tabela 10 - Médias do rendimento de gràos obtido sob
diferentes manejos de água e sistemas de
controle das plantas daninhas,
Piracicaba-SP, 1994.
i:l<~:~i~l~~:@··~l:~::~:tÂ;:t~:~~:@t~;w.6.Â@:::U~·CUC·:X::[~~~:~Bâim~h~@:::~lf~B[[:~[::{:kfiíB:~~~J.:E:· Manej os de água:
M1
M2
M3
M4
M5
8.328A
7.489AB
5.933 C
6.674 BC
6.804 BC
Sistemas controle.plantas:
Valores
C1
C2
C3 seguidos
significativamente, teste de Tukey
7.152A
6.931A
7.061A pela mesma letra não diferem,
ao nível de 5% de probabilidade pelo
Verifica-se uma queda no rendimento de
56
grãos de 10,0; 18,3; 20,0 e 28,7%, ocorrida sob os
manejos M2, M5, M4 e M3 respectivamente, em relação
ao rendimento obtido sob o tratamento com inundação
contínua iniciada aos 18 d.a.e. (M1).
O rendimento de grãos é definido pelo
produto dos seus componentes: panículas por metro
quadrado x grãos cheios por panícula x peso de 1000
grãos (YOSHIDA, 1981).
Pelos dados da análise de variância
(Tabela 6) verifica-se que o número de perfilhos e o
número de panículas por metro quadrado, bem como o
peso de 1000 grãos não foram afetados,
significativamente pelos diferentes manejos de água.
Mas, pelas médias do número de grãos por panícula
(Tabela 9), verifica-se que o mesmo aumentou a medida
que a inundação foi iniciada mais cedo. Portanto é
evidente que o componente de produção que pode
explicar este aumento de rendimento obtido com a
inundação iniciada a partir dos 18 e 36 d.a.e., neste
experimento, é o número de grãos por panícula.
Resultados semelhantes foram obtidos
po r AMARAL ( 1 980 ), GOME S e tal. ( 1 981 , 1 983, 1 985 ,
1986) e por ALVES & MACHADO (1991) os quais obtiveram
taniliém melhores rendimentos de grãos do arroz
irrigado por inundação contínua iniciada até aos 30
d.a.e.
Com relação aos efei tos dos sistemas
57
de controle das plantas daninhas estes não afetaram
significativamente o rendimento de grãos de arroz.
Este resul tado era esperado pois,
embora a mistura dos herbicidas à base de propanil e
2,4-D tenham reduzido o número de perfilhos e o
número de
compensado
panículas de
pelo aumento
a 5%)
arroz,
(embora
este efeito foi
não
do número
significativo
de grãos por estatisticamente
panícula obtido
herbicidas, em
nos tratamentos que utilizaram estes
relação às medias observadas com a
utilização do oxadiazon em pré-emergência.
Todos os herbicidas utilizados nos
sistemas (C1, C2 e C3) controlaram satisfatoriamente
as plantas daninhas, resultando em bons rendimentos.
Os resultados estão de acordo com os
obtidos por VICTÓRIA FILHO & CARVALHO, (1981) ;
SILVEIRA FILHO & AQUINO, (1983); ALMEIDA et aI.,
(1988); OSIP et aI., (1988); LACA-BUENDIA, (1988);
CRUZ et aI., (1991); SILVEIRA FILHO, (1992); ENYINNIA,
(1993) e por DARIO et aI. (1993a, 1993b). Os mesmos
não encontraram
rendimento do
diferenças significativas, no
arroz, cultivado sob diferentes
sistemas de controle de plantas daninhas, feitos
através de capinas manuais ou através do emprego dos
herbicidas à base de oxadiazon, propanil e 2,4-D,
aplicados isoladamente ou em mistura de tanque, em
pré e/ou em pós-emergência das plantas daninhas.
58
5. CONCLUSÕES
Considerando as condições em que foi
conduzido o experimento e com base nos resultados
obtidos conclui-se:
-Independentemente dos sistemas de controle das
plantas daninhas,
18 e aos 36 dias
arroz, propicia
número de grãos
grãos.
a inundação contínua iniciada aos
após a emergência das plântulas de
aumentos na altura de plantas, no
por panícula e no rendimento de
-A aplicação única dos herbicidas oxadiazon em pré
emergência ou a mistura de propanil + 2,4-D em pós-
emergência é tecnicamente viável para o controle das
plantas daninhas do arroz irrigado sob os manejos de
água testados, não sendo necessário aplicações em pré
e pós-emergência.
-o herbicida oxadiazon aplicado em pré-emergência das
plantas daninhas não afeta os componentes de produção
nem o rendimento de grãos;
herbicidas propanil +
emergência reduz o número
enquanto que a mistura dos
2,4-D, aplicada em pós
de perfilhos e de panícula
de arroz, mas não afeta os outros <::omponentes de
produção nem o rendimento de grãos.
59
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7S
Quadro 1 - Dados agrometeorológicos observados no mês
de outubro de 1993, Piracicaba-SP.
DIAS INSOLAÇÃO PRECIPITA U. RELATIVA TEMP. MÉDIA ECA
(h/d) çÃO (mm) AR (%) (Co) (mm)
01 1,00 2,40 91,00 22,90 1,80 02 5,60 0,00 88,00 23,25 3,84 03 9,60 0,00 82,00 24,25 6,08 04 6,80 6,00 83,00 24,70 5,62 05 1,50 9,90 92,00 22,95 4,88 06 7,50 0,00 82,00 19,80 5,66 07 10,30 0,00 78,00 16,30 5,56 08 11,00 0,00 .74,00 19,90 5,24 09 9,70 0,00 66,00 21,55 6,34 10 9,80 0,00 62,00 24,00 6,58 11 10,70 0,00 62,00 24,45 7,50 12 10,20 0,00 62,00 24,75 7,26 13 10,00 0,00 65,00 25,75 7,18 14 9,00 0,00 62,00 25,50 7,23 15 3,00 0,00 77,00 25,20 5,04 16 0,00 0,60 85,00 23,30 2,00 17 2,90 0,00 80,00 24,35 4,00 18 6,00 0,30 78,00 24,25 5,12 19 9,00 29,30 83,00 25,05 8,26 20 9,30 1,10 79,00 25,40 6,14 21 8,50 0,00 72,00 26,40 7,02 22 8,90 11,90 70,00 27,40 7,60 23 1,00 0,30 85,00 23,80 3,02 24 0,80 0,40 88,00 23,30 3,42 25 5,40 0,80 88,00 23,45 3,39 26 0,50 0,40 89,00 23,45 3,65 27 7,10 0,00 77,00 21,80 6,61 28 7,30 0,00 76,00 22,30 7,15 29 11,40 ° 00 74,00 23,50 6,76 30 10,50 0,00 69,00 24,85 6,66 31 10,90 0,00 62,00 25,95 7,79
MÉDIA 9,95 ') '::(, ~ ,-' : 76,74 23,67 5,59
ECA - Evaporação do tanque "classe Ali
FONTE: Departamento de Física e Meteorologia - ESALQ/USP.
76
Quadro 2 Dados agrometeorológicos observados no mês
de novembro de 1993, Piracicaba-SP.
DIAS
01 02 03 04 05 06 07 08 09 ~O
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 "1 L.L
00 LL
23 24 25 26 27 28 29 30
MÉDIA
INSOLAÇÃO
(h/d)
9,80 2,10
11,40 11,30
9,10 3,00 0,60 3,50
11,00 10,50
9,30 11,50 10,30 10,00
9,90 8,40 6,30 5;70 7,70
12,00 11,50
7 f 7 O 10,30
6,90 3,20 7,10 8,90
12,10 12,40 11,90
8,51
PRECIPITA
çÃO (mm)
.6,90
.0,00
.0,00
.0,00
.0,00 12,00 .8,10 .0,00 .0,00 .0,00 .0,00 .0,00 .0,00 .0,00 .0,00 .1,80 .2,20 .1,20 .0,00 .0,00 .0,00 25,00 .2,50 .3,50 .3,30 25,10 .0,00 .0,00 .0,00 .0,33 .3,05
U. RELATIVA
AR (%)
74,00 84,00 70,00 72,00 62,00 78,00 95,00 84,00 80,00 76,00 73,00 64,00 61,00 60,00 62,00 62,00 77,00 89,00 81,00 69,00 75,00 80,00 76,00 77,00 81,00 87,00 79,00 63,00 62,00 63,00 7 3,87
ECA - Evaporação do tanque "çlasse l\."
TEMP. MÉDIA
(Co)
27,75 24,15 23,95 22,80 25,25 25,75 21,90 23,75 24,05 24,15 24,55 23,00 26,15 26,55 27,15 27,95 28,55 25,35 26,15 25,90 24,45 25,20 25,65 26,65 25,30 25,55 25,25 24,60 24,60 25,30 25,25
ECA
(mm)
9,29 4,98 8,92 7,56 7,96 6,3.2 0,84 5,32 7,70 7, 97 6,31 7,10 7,38 7,11 8,31 6,84 7,73 2,93 7,70
10,16 7,84 7,11 7,92 7,32 4,28 7,11 7,38
10,36 7,30 9,14 7,11
FONTE: Departamento de Física e Meteorologia - ESALQ/USP.
n
Quadro Dados agrometeoro1ógicos observados no mês
de dezembro de 1993, Piracicaba-SP.
DIAS
01 02 03 04 05 06 07 ~) 8 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
INSOLAÇÃO
(h/d)
8,80 9,10 8,90
12,00 4,30 6,10 8,50 7,20 6,10 1,50 0,30
11, '70 11,70 10,50 7,20 5,50 0,00 4,40 2,70 2,00
10,90 8,40 6,80 0,00 0,00 4,10 9,20 2,30 1,90 0,60
PRECIPITA
çÃO (rum)
0,50 6 ,80 9,50 9,30 0,00 0,00 0,00 4,80 0,00
20,00 0,30 0,00 0,00 0,00 4,50 8,30 8,10 0,00
12,90 0,80 0,00 0,00 3,10 0,00
15,60 0,70 0,30
28,90 3,80 8,10 0,00
U. RELATIVA
AR (%)
71,00 80,00 79,00 78,00 80,00 77,00 76,00 83,00 78,00 91,00 97,00 77,00 74,00 73,00 81,00 87,00 91,00 82,00 92,00 92,00 74,00 75,00 80,00 89,00 97,00 86,00 80,00 90,00 90,00 92,00 79,00
MÉDIA S, 94 4 , 7 2 '3 2 f Ó 1 ECA - E\laporação do 1:.anque "classe Ali
TEMP. HÉDIA
27,35 27,50 28,00 27,05 25,45 27,30 27,00 28,20 26,85 24,55 23,50 24,35 25,90 27,20 27,45 26,70 22,30 22,85 23,50 24,95 22,50 22,20 22,75 21,30 21,10 23,50 25,85 24,00 23,70 21,70
") L1 c,.;') "-"'f"-"-
ECA
(mm)
8,42 10,06
8,18 9,64 5,46 6,09 ."" " I <:), i I
6,97 7,12 2,.39 4,33 7,10 7,64 7,70 7,54 5,20 1,78 5,80 3,92 3,84 8,70 7,84 5,24 2,64 0,62 3,32 7,96 7,50 3,70 2,14
FONTE: Departamento de Física e Meteorología - ESALQ/USP.
78
Quadro 4 - Dados agrometeorológicos observados no mês
de janeiro de 1994, 2iracicaba-SP.
DIAS INSOLAÇÃO PRECIPITA U. RELATIVA TEMP. MÉDIA ECA
(h/dl çÃO (mm) AR (%) (CO) (mm)
01 3,40 0,00 91,00 22,95 3,22 02 10,50 0,00 73,00 25,45 7, 94 03 0,20 2,90 88,00 22,85 2,82 04 6,80 0,00 79,00 23,40 6,61 05 3,80 0,00 80,00 22,35 6,93 06 7,50 0,00 81,00 23,90 6,06 O"" ' I 8,10 0,90 83,00 24,70 5,12 08 5,30 25,10 81,00 25,00 8,44 09 1,20 25,90 94,00 23,90 3,24 10 11,80 0,00 73,00 22,50 6,74 11 10,30 0,00 72,00 23,10 7,88 12 3,60 0,00 83,00 23,50 6,12 13 1,30 1,50 91,00 23,80 2,29 14 4,60 0,00 82,00 23,70 5,81 15 5,40 0,00 81,00 23,90 5,17 16 10,90 0,00 76,00 24,50 7,29 17 9,20 0,00 78,00 26,25 6,26 18 9,90 4,00 77,00 26,90 7,42 19 5,00 0,30 84,00 26,20 5,50 20 0,80 0,00 82,00 25,55 4,40 21 8,70 0,00 84,00 26,05 6,28 22 7,20 2,30 87,00 26,75 7,45 23 4,40 0,00 88,00 26,35 4,32 24 4,90 2,00 89,00 26,00 5,11 25 4,00 6,40 92,00 25,20 3,28 26 4,00 11,90 90,00 26,15 4,79 27 0,30 42,50 95,00 24,65 7,29 28 0,20 7,50 96,00 24,35 2,66 29 5,10 0,00 85,00 25,90 5,60 30 8,60 0,00 78,00 25,95 6,42 ~1 5 .....
....., ,-- Ê\ I, ou 1,60 82,00 26,30 6,00 MÉDIA S ,,~
~,o~ d ~s . , ~ ~ 83,71 ')4 7R - ., ,- 5,60 ECA - Evaporação do tanque "classe A"
FONTE: Departamento de Física e Meteorologia - ESALQ/USP.
79
Quadro 5 - Dados agrometeorológicos observados no mês
de fevereiro de 1994, Piracicaba-SP.
DIAS INSOLAçÃo PRECIPITA U. RELATIVA TEMP. MÉDIA ECA
(h/d) çÃO (mm) AR (%) (CO) (mm)
01 7,70 0,00 78,00 26,65 6,00 02 7,70 0,00 76,00 28,00 6,76 03 10,30 0,00 72,00 28,55 8,30 04 7,90 0,00 78,00 27,70 7,33 05 8,70 0,00 84,00 28,50 6,22 06 3,40 39,30 87,00 24,50 3,55 07 8,00 18,00 91,00 25,75 5,04 08 6,60 0,00 86,00 25,20 6,00 09 9,90 9,50 82,00 25,25 5,81 10 7,90 0,00 82,00 26,55 6,91 11 7,90 0,00 83,00 26,50 3,36 12 8,80 3,30 85,00 27,00 11,72 13 5,40 15,80 86,00 25,20 5,33 14 7,60 0,00 87,00 26,50 5,79 15 5,90 0,30 88,00 26,75 6,26 16 10,60 0,30 85,00 27,50 4,72 17 11,20 0,00 81,00 27,30 9,09 18 6,00 0,00 82,00 26,60 5,69 19 8,30 12,30 78,00 27,75 5,96 20 6,90 32,60 81,00 27,55 12,08 21 10,10 0,00 80,00 26,60 5,28 22 10,10 8,30 73,00 26,70 7,62 23 8,80 0,00 82,00 25,50 8,55 24 8,20 0,00 80,00 26,60 4,42 25 2,40 0,00 88,00 26,70 2,98 26 3,40 1,10 90,00 25,60 2,66 27 7,90 5,70 84,00 25,20 6,32 28 5,90 7,90 87,00 26,10 4,44
MÉDIA 7,63 5,51 82,71 26,58 6,22 ECA - Evaporação do tanque "classe A"
FONTE: Departamento de Física e Meteorologia - ESALQ/USP.
80
BLOCO 2 BLOCO 3
I I I
M2C3 M3C2 MIC3,M5CI M4C3 M3CI I I
M5C2 MIC3 M2CI M4C3
M2CI M3C3 MICI M5C3 M4Cl M3C2 M5C1 MIC21
M2C3 M4C1
M2C2 M3Clj MlC2 M5C2 M4C2 M3C3 M5C3 MIC1 M2C2 M4C2
I I ! DRENO COLETOR
MlC2 M4C3 M5Cl M2C2 M3Cl M4C3 MlC1 M2C1 M3C2 M5C2
I MlC1 M4C2 M5C3 M2C3 M3C2 M4C11MlC3 M2C2 M3C3 M5C1
i I
j I MlC3 M4C1 M5C2 M2CI M3C3 M4C2 MlC2 M2C31M3Cl M5C3
I
BLOCO 4 BLOCO 1
Legenda: M- Manejos de água; C- Sistemas de controle de plantas daninhas.
Figura 01 - Esquema do delineamento experimental.