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EFEITO DA DATA DE COLETA DE LODO DE ETA NAS PROPRIEDADES FÍSICAS DE CORPOS DE PROVA CERÂMICOS COM LODO INCORPORADO P. Aléssio, S. R. Teixeira Rua Roberto Simonsen, 305 – Presidente Prudente – SP, C. Postal 467, [email protected] Departamento de Física, Química e Biologia , Universidade Estadual Paulista - UNESP Campus de Presidente Prudente. RESUMO Foram avaliadas as propriedades de massas cerâmicas com lodo de ETA incorporado. Amostras de lodo foram coletadas mensalmente, durante um ano, na data da lavagem do decantador, junto com a medida da régua do nível do rio que alimenta a ETA/SABESP/Prudente. A distribuição granulométrica de cada amostra foi determinada para avaliar a influência da quantidade de chuva, na região à montante, na textura das amostras. Corpos de prova (CPs) foram conformados usando uma argila com 0, 10, 15 e 20% de lodo incorporado. Após a queima em cinco temperaturas diferentes foram submetidos aos seguintes ensaios tecnológicos: absorção de água , massa específica aparente, perda de massa ao fogo, porosidade aparente, resistência mecânica à flexão e retração linear. Os resultados mostram que a data da coleta do lodo influencia as propriedades cerâmicas dos CPs, como resultado da influência na distribuição granulométrica dele. Palavras-chave: lodo, ETA, cerâmica vermelha, granulometria, rain. INTRODUÇÃO O lodo gerado em Estações de Tratamento de Água - ETA são classificados como resíduos sólidos, devendo, portanto, ser devidamente tratado e disposto sem que provoquem danos ao meio ambiente. A crescente preocupação dos órgãos 1

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EFEITO DA DATA DE COLETA DE LODO DE ETA NAS PROPRIEDADES FÍSICAS DE CORPOS DE PROVA CERÂMICOS COM LODO INCORPORADO

P. Aléssio, S. R. Teixeira

Rua Roberto Simonsen, 305 – Presidente Prudente – SP, C. Postal 467,

[email protected]

Departamento de Física, Química e Biologia , Universidade Estadual Paulista -

UNESP Campus de Presidente Prudente.

RESUMO

Foram avaliadas as propriedades de massas cerâmicas com lodo de ETA

incorporado. Amostras de lodo foram coletadas mensalmente, durante um ano, na

data da lavagem do decantador, junto com a medida da régua do nível do rio que

alimenta a ETA/SABESP/Prudente. A distribuição granulométrica de cada amostra

foi determinada para avaliar a influência da quantidade de chuva, na região à

montante, na textura das amostras. Corpos de prova (CPs) foram conformados

usando uma argila com 0, 10, 15 e 20% de lodo incorporado. Após a queima em

cinco temperaturas diferentes foram submetidos aos seguintes ensaios tecnológicos:

absorção de água , massa específica aparente, perda de massa ao fogo, porosidade

aparente, resistência mecânica à flexão e retração linear. Os resultados mostram

que a data da coleta do lodo influencia as propriedades cerâmicas dos CPs, como

resultado da influência na distribuição granulométrica dele.

Palavras-chave: lodo, ETA, cerâmica vermelha, granulometria, rain.

INTRODUÇÃO

O lodo gerado em Estações de Tratamento de Água - ETA são classificados

como resíduos sólidos, devendo, portanto, ser devidamente tratado e disposto sem

que provoquem danos ao meio ambiente. A crescente preocupação dos órgãos

1

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ambientais, devido aos riscos à saúde e ao meio ambiente, tem restringido ou

proibido a disposição deste resíduo no ambiente (córregos, aterros, solo etc.).

Uma das técnicas aplicadas na preparação do lodo para disposição é a

desidratação, resultando numa torta com concentração de sólidos de 60 a 70%. Esta

torta pode ser destinada para: adubação, incineração, aterro sanitários de lixos

urbanos, compostagem com lixo urbano entre outras possibilidades. Dentre as

várias possibilidades de disposição destaca-se a sua incorporação em massas

cerâmicas para produção de tijolos e telhas (1 - 6).

A Indústria Cerâmica Vermelha (Olarias e Cerâmicas) é um setor muito

importante e disseminado por todo território nacional. Ela utiliza como matéria-prima

básica argilas comuns, totalizando um consumo superior a 80 milhões de

toneladas/ano (7). O lodo de ETA, principalmente o proveniente de tratamento de

água de superfície, pode ser incorporado à massa cerâmica, tendo em vista sua

composição mineralógica, sem alterar de forma significativa as propriedades físicas

das peças produzidas. O aspecto principal da incorporação do lodo à massa

cerâmica seria a contribuição na minimização de um problema ambiental,

considerando que, no momento, a argila representa uma parcela insignificante no

valor final do produto.

Em trabalho anterior (3,4) foi verificado que dependendo da época do ano, isto é,

da quantidade de chuva mensal, a distribuição granulométrica do lodo varia. Como a

argila é responsável pela plasticidade da massa cerâmica e a areia e o silte são

materiais não-plásticos, uma grande variação nas concentrações deles no lodo,

resultará em alterações significativas nas propriedades da massa cerâmica, na qual

ele for incorporado.

O objetivo deste trabalho é verificar as mudanças na textura do lodo, em função

do período e da quantidade de chuva na área da captação de água da ETA, e nas

propriedades cerâmicas de corpos de prova, com lodo incorporado.

MATERIAIS E MÉTODOS

As amostras foram coletadas mensalmente, no dia de limpeza do tanque de

decantação nº1, da ETA-SABESP de Presidente Prudente. Cada amostra (12 litros)

era coletada em seis locais diferentes (início, meio e fim), dois litros em cada ponto

(Figura 1). Para avaliar a quantidade de chuva durante a captação de água (período

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de acúmulo de lodo), foi utilizada a medida da régua que dá o nível do rio no ponto

de coleta.

Figura 1: Locais de coleta

As amostras foram secas

análise granulométrica, foram

misturadas.

Para a análise de textura

usando água oxigenada (8). Pa

de partículas) do material foi us

matéria orgânica, foi utilizado o

Os corpos de prova foram

20%) de lodo (coletados em

incorporado a uma argila usad

anterior (12). Corpos de prova

triplicatas, usando uma prens

mufla (Figura 2). As proprie

específica aparente (MEA), po

(MRF), retração linear (RL) e

acordo com a literatura (13,14).

3

1 2 3 4 5 6

do lodo dentro do tanque de decantação.

em estufa a 110°C, destorroadas, moídas e, após a

peneiradas (peneira # 40, abertura de 0,42 mm) e

foi oxidada a matéria orgânica presente nas amostras,

ra a determinação da textura (distribuição de tamanho

ado o método da pipeta (9,10). Para a determinação da

método Walkley-Black (11).

conformados com várias porcentagens (0, 10, 15 e

abril, junho, agosto, outubro, dezembro e janeiro),

a na produção de tijolo furado, analisada em trabalho

(~20g cada, 60 x 20 x ~5 mm) foram prensados, em

a hidráulica manual e queimados em um forno tipo

dades cerâmicas absorção de água (AA), massa

rosidade aparente (PA), módulo de ruptura à flexão

perda de massa ao fogo (PF), foram avaliadas de

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Figura 2: Corpos de prova (outubro) com 10, 15 e 20% de lodo incorporado

queimados em temperaturas de 850, 900, 1000, 1100 e 1150ºC

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Textura e Matéria Orgânica

A Figura 3 apresenta as porcentagens médias de areia, argila, silte e matéria

orgânica nas amostras da ETA, para três repetições. Estas amostras apresentam

concentrações de argila que dão uma plasticidade para a massa cerâmica, maior

que o valor ideal para fabricação de telhas e capas (15). As concentrações de areia e

silte, em alguns casos estão acima ou abaixo dos valores limites, respectivamente.

Ela também mostra a variação da granulometria e matéria orgânica em função do

mês de coleta das amostras.

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan --0

10

20

30

40

50

60

AREIA ARGILA MO SILTE

Méd

ias

Meses de coleta

Figura 3: Curva de variação mensal da distribuição de tamanho de grãos e

concentração de matéria orgânica (MO) do lodo.

A Figura 4 mostra o nível do rio (valor médio do mês), no ponto de coleta de

água. Nestes gráficos pode-se observar que: a argila acompanha a variação e a

areia varia inversamente com as mudanças do nível do rio, ou seja, quando o nível

sobe a concentração de argila aumenta e a de areia diminui.

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Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan --1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

MED.REGUA

Méd

ias

Meses de coleta

Figura 4: Medida da régua que dá o nível de água do rio no ponto de coleta em para

cada mês de coleta.

A concentração de argila parece não variar com pequenas variações no nível

do rio. Nos dez meses de coleta, o mês de agosto apresentou menor nível d’água no

rio e menor valor de concentração de argila com maior valor para areia. Com nível

mais baixo e, portanto menor turbidez (menos argila), a água aspirada pela bomba

de dentro da caixa de coleta arrasta a areia do fundo da caixa, resultando numa

concentração de areia maior do que a de argila.

Ensaios Tecnológicos

Foi observado que, em geral, a incorporação de lodo piora as propriedades das

peças cerâmicas. Os valores de referência usados para comparação foram retirados

das referências citadas no texto. Devido a grande quantidade de dados, a seguir

serão apresentados os gráficos para algumas amostras, embora a discussão inclua

todas as amostras.

Até 1000ºC a retração linear (< 5 %) está abaixo dos valores limites máximos

estabelecidos, para todas as amostras (Figura 5a). Para temperaturas maiores, a

RL é maior que o valor limite de 6%. Apesar da variação da granulometria das

amostras, com a quantidade de chuva, a retração linear é aproximadamente igual

para todas as amostras, inclusive para a massa cerâmica sem lodo. Portanto, não foi

observada uma influência da data de coleta do lodo na retração linear,

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provavelmente porque a incorporação de lodo não altera significativamente a

concentração de areia (quartzo) na amostra, ou seja, a retração é controlada pelo

“barro”. Pode-se observar também, que ocorre uma pequena variação na retração

entre 850 e 1000o C e, a partir daí, um aumento abrupto (~três vezes). Na primeira

parte a variação é pequena porque as principais reações na amostra já aconteceram

em temperaturas abaixo de 850o C. Na segunda faixa de temperaturas (>900o C)

está ocorrendo a formação de novas fases (cristalização) e, para temperaturas

maiores, a fusão de alguns minerais (por exemplo quartzo) acelera o processo de

sinterização com formação de fase líquida e vitrificação.

A absorção d’água (Figura 5.b) aumenta com a concentração de lodo, sendo

mais alta quanto maior for a concentração de resíduo incorporado. Por outro lado,

como era esperado, a AA diminui com a temperatura de queima e várias amostras

apresentam AA < 25 %, mesmo a 850o C, valor limite máximo para produção de

tijolos furados. Outras amostras apresentaram valores entre 25 e 29 %, podendo ser

usadas para produzir tijolos maciços. Para temperaturas maiores que 900o C alguns

valores de AA foram menores do que 20 %, que é o valor recomendado para

produção de telhas. Com relação ao mês de coleta, é observada uma pequena

variação mostrando que o lodo com mais areia tem maior absorção de água.

850 900 1000 1100 11500

2

4

6

8

10 barro abr10 abr15 abr20

Ret

raçã

o Li

near

Que

ima

(%)

Temperatura (ºC)

(a)

6

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850 900 950 1000 1050 1100 1150

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

barro out15 dez15 jan15

AA(%

)

Temperatura (ºC)

(b)

Figura 5: Gráfico (a) da retração linear do mês de abril nas porcentagens de lodo e

o barro puro e (b) da absorção de água nas amostras com 15 % de lodo

incorporado nos meses de coleta, em função das temperaturas de queima.

A massa específica aparente (Figura 6.a) e a porosidade aparente (Figura

6.b) pioram com a incorporação de lodo. A MEA obtida em 850o C é maior que o

limite mínimo estabelecido (>1,7 g/cm3) para as amostras com 10 % de lodo, exceto

para os meses de abril e agosto. As outras concentrações (15 e 20 %) passam do

valor limite a partir de 1000o C, exceto para os meses de abril, junho e agosto.

Nestes três meses, a concentração de areia no lodo foi maior que para os outros

meses considerados. A porosidade aparente apresenta um comportamento

condizente com o observado para a MEA, ou seja, quando a MEA cresce a PA

diminui. A 850o C, todas as amostras apresentam PA maior que o valor limite

máximo estabelecido (<35 %). Também, é observado que as amostras com maior

concentração de areia apresentam pequenas variações na PA quando queimadas

de 850 até 1000o C. É observada uma queda acentuada na PA de 1000 a 1100o C,

principalmente nas amostras com mais areia (abril, junho e agosto), provavelmente

associada a formação de fase líquida. Estes comportamentos da PA e MEA podem

estar associados a maior concentração de material não-plástico (areia e silte), no

lodo, que altera o comportamento dos corpos de prova durante a secagem e

queima.

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2,0

2,1

2,2

2,3

2,4 barro jun15 ago15 abr15

fica

Apar

ente

Figura 6

Tod

à flexão

MPa), se

8

(a)

850 900 950 1000 1050 1100 11501,5

1,6

1,7

1,8

1,9

Mas

sa E

spec

í

Temperatura (ºC)

850 900 950 1000 1050 1100 1150

10

15

20

25

30

35

40

barro out10 dez10 jan10

PA(%

)

Temperatura (ºC)

(b)

: Gráfico (a) da massa específica aparente e (b) da porosidade aparente,

nas amostras com 10 % de lodo incorporado nos meses de coleta em

função das temperaturas de queima.

as as amostras com mistura de lodo apresentam boa resistência mecânica

sempre (> 10 MPa), Figura 7, para produzir até telhas (valor limite > 6,5

ndo. O menor valor recomendado para tijolos maciços é de 2 MPa e para

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tijolo furado é de 5,5 Mpa. De 850 a 1000o a incorporação de lodo piorou a

resistência mecânica de todas as amostras, inclusive fazendo seu valor diminuir com

a temperatura de queima. De 1000 para 1150o C, todos os valores de MRF voltam a

crescer com a temperatura. Este comportamento diferente da resistência mecânica

em temperaturas próximas de 1000 e 1100o C, além do material não plástico do

lodo, pode estar associado à composição mineralógica das argilas e a concentração

dos argilominerais, que sofrem cristalização e mudanças de fases, próximo destas

temperaturas.

Como já mencionado, o comportamento dos corpos de prova durante a

secagem e queima está associado com a textura da amostra, ou seja com o mês de

coleta, pois quanto maior a concentração de areia e silte maior é a quantidade de

material não plástico na amostra. O quartzo vai influenciar a sinterização da amostra

(formação de pescoço, de fase líquida, vitrificação).

850 900 950 1000 1050 1100 115010

15

20

25

30

35

barro out10 out15 out20

MR

F(M

Pa)

Temperatura (ºC)

Figura 7: Gráfico da resistência mecânica à flexão nas amostras de outubro com 10,

15 e 20% de lodo incorporado em função das temperaturas de queima

CONCLUSÃO

- A textura do lodo varia com o nível do rio (quantidade de Chuva), quanto mais

baixo o nível do rio maior a concentração de areia no lodo. Portanto, o mês de

coleta do lodo vai alterar de forma diferente as propriedades dos corpos

cerâmicos.

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- As alterações na distribuição granulométrica ocorrem somente para variações

grandes no nível do rio.

- A incorporação de lodo sempre piora as propriedades cerâmicas dos corpos

de prova.

- Todos os corpos de prova com lodo incorporado apresentam resistência

mecânica à flexão adequada para produção de tijolos e telhas (> 10 MPa).

- Os resultados mostram que pode ser incorporado 10 % de lodo à massa

cerâmica, para temperatura de queima de 850o C, sem alterar de forma

significativa as propriedades do barro puro.

- Maiores concentrações de lodo podem ser incorporadas em amostras

queimadas em temperaturas maiores que 850o C.

- Esses resultados dependem das propriedades da massa cerâmica utilizada.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao CNPq pela bolsa de iniciação científica, concedida à

aluna Priscila Aléssio, à SABESP pelas amostras e dados fornecidos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Indústria Cerâmica, 46o Congresso Brasileiro de Cerâmica, São Paulo - SP,

26 a 29 de maio de 2002. CD-ROM, Associação Brasileira de Cerâmica -

ABC, p. 1658-1671.

5. SANTOS, Ivana Suely Soares dos et al. Reciclagem do resíduo (lodo) da

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Cerâmica, Florianópolis: Associação Brasileira de Cerâmica, 2001. p.0401201

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6. RAMIRES, Marcus Vinícius Valeda et al. Incorporação do resíduo (lodo) da

ETA de São Leopoldo-RS nas misturas de argilas para a fabricação de

componentes cerâmicos conformados por prensagem. In: CONGRESSO

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Congresso Brasileiro de Cerâmica. Florianópolis: Associação Brasileira de

Cerâmica, 2001. p.0401306 – 0401313.

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Methods Part 1, Second Edition, Soil Science Society of America Book Series,

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J. B. Quaggio, São Paulo, boletim no 81, 1983.

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15. PRACIDELLI, S. & F. G. MELCHIADES, Importância da Composição

Granulométrica de Massas para Cerâmica Vermelha, Cerâmica Industrial, 2

(1/2): 31-35, janeiro/abril 1997.

EFFECT OF THE SLUDGE COLLECT DATE FROM WATER TREATMENT PLANTS ON THE PHYSICAL PROPERTIES OF CERAMIC BODIES WITH

INCORPORATED SLUDGE

ABSTRACT

This work evaluated the properties of ceramic mass with sludge from water treatment

plant (WTP) incorporated. The samples were collected monthly, during the decanter

laundering, throughout 10 months, together with the water level in the river that feeds

the WTP SABESP/ Presidente Prudente. The distribution of the particles size, of

each sample, was determined in order to evaluate the influence of the amount of

rain, up stream, in the texture of the samples. Ceramic bodies for tests were pressed

uniaxially, in triplicates, using clay with 0, 10, 15 and 20% of sludge incorporated.

After burning in five different temperatures they were submitted to the following

technological tests: water absorption, apparent specific mass, loss of mass to the

fire, apparent porosity, mechanics resistance to the flexion and linear shrinkage. The

results show that the sludge collection date influences the ceramic properties of the

ceramic bodies, as resulted of the sludge grain size distribution.

Key – words: sludge, water treatment plant, red ceramic, texture, rain

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