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Educação Ambiental Módulo I Parabéns por participar de um curso dos Cursos 24 Horas. Você está investindo no seu futuro! Esperamos que este seja o começo de um grande sucesso em sua carreira. Desejamos boa sorte e bom estudo! Em caso de dúvidas, contate-nos pelo site www.Cursos24Horas.com.br Atenciosamente Equipe Cursos 24 Horas

Educação Ambiental - cursos24horas.com.br · água, destruição da biodiversidade animal e vegetal e ao rápido esgotamento das reservas minerais e demais recursos não renováveis

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EEdduuccaaççããoo AAmmbbiieennttaall

Módulo I

Parabéns por participar de um curso dos

Cursos 24 Horas.

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Esperamos que este seja o começo de um

grande sucesso em sua carreira.

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Equipe Cursos 24 Horas

Sumário

Introdução.....................................................................................................................3

Unidade 1 – Abordagem Inicial.....................................................................................5

1.1. Modelo de Desenvolvimento ..............................................................................5

1.2. Objetivos da Educação Ambiental ......................................................................7

1.3. Características da Educação Ambiental ..............................................................7

1.4. Princípios da Educação Ambiental .....................................................................9

1.5. Extensão Ambiental ......................................................................................... 10

1.6. Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável.............................................. 11

1.7. Legislação Brasileira sobre Educação Ambiental.............................................. 12

1.8. A Política Nacional de Educação Ambiental..................................................... 13

1.9. Agenda 21 ........................................................................................................ 15

Unidade 2 – A água, o ar e a energia ........................................................................... 18

2.1. A Água............................................................................................................. 18

2.2. A Poluição da Água.......................................................................................... 20

2.3. Saneamento Básico........................................................................................... 22

2.4. O Tratamento da Água ..................................................................................... 22

2.5. Economia de Água ........................................................................................... 23

2.6. O ar .................................................................................................................. 31

2.7. Efeito Estufa..................................................................................................... 31

2.8. Os Maiores Poluidores ..................................................................................... 33

2.9. Como evitar a poluição do ar ............................................................................ 36

2.10. A Energia ....................................................................................................... 39

2.11. As fontes de energias renováveis .................................................................... 42

2.12. As fontes de energias não-renováveis ............................................................. 44

2.13. Economia de Energia Elétrica......................................................................... 46

2.14. Cálculo de Consumo....................................................................................... 51

2.15. Consumo e Desenvolvimento Sustentável....................................................... 56

Conclusão do Módulo I............................................................................................... 59

3

Introdução

Educação ambiental é um ramo da

educação cujo objetivo é a disseminação do

conhecimento sobre o ambiente, com a intenção

de ajudar em sua preservação e utilização

sustentável dos seus recursos. É uma

metodologia de análise que surge a partir do

crescente interesse do homem em assuntos como

o ambiente devido às grandes catástrofes naturais

que têm assolado o mundo nas últimas décadas.

No Brasil a Educação Ambiental assume

uma perspectiva mais abrangente, não

restringindo seu olhar à proteção e ao uso sustentável de recursos naturais, mas

incorporando fortemente a proposta de construção de sociedades sustentáveis.

A educação ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1999. A Lei N° 9.795 –

Lei da Educação Ambiental, em seu Art. 2° afirma: "A educação ambiental é um

componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de

forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter

formal e não-formal.”

A educação ambiental tenta despertar em todos à consciência de que o ser

humano é parte do meio ambiente. Ela tenta superar a visão antropocêntrica, que fez

com que o homem se sentisse sempre o centro de tudo, esquecendo a importância da

natureza, da qual é parte integrante.

Nas últimas duas décadas, temos presenciado um significativo crescimento dos

movimentos ambientalistas e do interesse pela preservação ambiental. A população

mundial tem mostrado que está cada vez mais consciente de que o modelo atual de

desenvolvimento econômico, tanto em países desenvolvidos, como naqueles em vias

4

de desenvolvimento, está intimamente associado à degradação do meio ambiente,

com impactos diretos na qualidade de vida e na própria sobrevivência da espécie

humana.

5

Unidade 1 – Abordagem Inicial

1.1. Modelo de Desenvolvimento

Os efeitos do modelo dominante

de desenvolvimento, que visam lucro e

produção de bens de consumo, têm

resultado na concentração de poder com

desigualdades sociais sem precedentes,

além da perda acelerada das riquezas

culturais e naturais que se formaram ao

longo dos tempos. Os problemas

decorrentes desse modelo são inúmeros

e o resultado é que o ser humano

parece assolado em negatividade, muitas vezes acuado e com sensações de

impotência à ação. A educação ambiental vem exatamente mostrar que o ser humano

é capaz de gerar mudanças significativas ao trilhar caminhos que levam a um mundo

socialmente mais justo e ecologicamente mais sustentável.

A educação ambiental deve sempre trabalhar o lado racional e estruturado

juntamente com o sensível e de valores, a fim de propiciar oportunidades mais

significativas que possam ampliar o interesse, a autoconfiança o engajamento e a

participação de indivíduos em promover benefícios sócio-ambientais. Entre

conhecimento e ação, ou, ainda mais importante, entre conhecimento e

comportamento harmônico com a natureza, existe uma grande distância que precisa

ser compreendida para que as mudanças almejadas possam ser alcançadas.

O caminho da teoria à prática também requer uma série de posturas do ser

humano, que por sua vez dependem de autoconfiança, orgulho, realização e

dignidade. Meios de levar o indivíduo por essas etapas de crescimento pessoal

também fazem parte da educação ambiental.

6

O modelo de desenvolvimento, atual, desigual, excludente e esgotante dos

recursos naturais, tem levado à produção de níveis alarmantes de poluição do solo, ar e

água, destruição da biodiversidade animal e vegetal e ao rápido esgotamento das

reservas minerais e demais recursos não renováveis em praticamente todas as

regiões do globo. Esses processos de degradação têm suas origens em um modelo

complexo e predatório, de exploração e uso dos recursos disponíveis, onde conceitos

como preservação, desenvolvimento sustentável, igualdade de acesso aos recursos

naturais e manutenção da diversidade das espécies vegetais e animais estão longe de

serem realmente assumidos como princípios básicos norteadores das atividades

humanas.

7

1.2. Objetivos da Educação Ambiental

� Ajudar a compreender com clareza a existência e a importância da

dependência econômica, social, política e ecológica nas zonas urbanas e rurais.

� Proporcionar a todas as pessoas a possibilidade de adquirir os

conhecimentos, o sentido dos valores, as atitudes, o interesse ativo e as aptidões

necessárias para proteger e melhorar o ambiente.

� Induzir novas formas de conduta relativa ao ambiente nos

indivíduos, grupos sociais e sociedade no seu conjunto.

1.3. Características da Educação Ambiental

A Educação Ambiental tem como

principais características ser um processo:

Dinâmico integrativo - é um processo

permanente no qual os indivíduos e a

comunidade tomam consciência do seu meio

ambiente e adquirem o conhecimento, os

valores, as habilidades, as experiências e a determinação que os tornam aptos a agir,

individual e coletivamente e resolver os problemas ambientais.

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- Transformador - possibilita a aquisição de conhecimentos e habilidades

capazes de induzir mudanças de atitudes. Objetiva a construção de uma nova visão das

relações do ser humano com o seu meio e a adoção de novas posturas individuais e

coletivas em relação ao meio ambiente. A consolidação de novos valores,

conhecimentos, competências, habilidades e atitudes refletirá na implantação de

uma nova ordem ambientalmente sustentável.

- Participativo - atua na sensibilização e na conscientização do cidadão,

estimulando-o a participar dos processos coletivos.

- Abrangente - extrapola as atividades internas da escola tradicional,

deve ser oferecida continuamente em todas as fases do ensino formal, envolvendo a

família e toda a coletividade. A eficácia virá na medida em que sua abrangência

atingir a totalidade dos grupos sociais.

- Globalizador - considera o ambiente em seus múltiplos aspectos:

natural, tecnológico, social, econômico, político, histórico, cultural, moral, ético e

estético. Deve atuar com visão ampla de alcance local, regional e global.

- Permanente - tem um caráter permanente, pois a evolução do senso

crítico e a compreensão da complexidade dos aspectos que envolvem as questões

ambientais se dão de um modo crescente e contínuo, não justificando sua

interrupção. Despertada a consciência, se ganha um aliado para a melhoria das

condições de vida do planeta.

- Contextualizador - atua diretamente na realidade de cada comunidade, sem

perder de vista a sua dimensão planetária (baseado no documento Educação Ambiental

da Coordenação Ambiental do Ministério da Educação e Cultura).

- Transversal - propõe-se que as questões ambientais não sejam tratadas como

uma disciplina específica, mas sim que permeie os conteúdos, objetivos e

orientações didáticas em todas as disciplinas. A educação ambiental é um dos temas

9

transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação e

Cultura.

1.4. Princípios da Educação Ambiental

- Considerar o ambiente em sua totalidade, ou seja, em seus aspectos

naturais e artificiais, tecnológicos e sociais (econômico, político, técnico,

histórico-cultural e estético);

- Construir-se num processo contínuo e permanente, iniciando na

educação infantil e continuando em todas as fases do ensino formal e não formal;

- Empregar o enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo

específico de cada disciplina, para que se adquira uma perspectiva global e

equilibrada;

- Examinar as principais questões ambientais em escala pessoal, local,

regional, nacional, internacional, de modo que os educandos tomem

conhecimento das condições ambientais de outras regiões geográficas;

- Concentrar-se nas situações ambientais atuais e futuras, tendo em conta

também a perspectiva histórica;

- Insistir no valor e na necessidade de cooperação local, nacional e

internacional, para prevenir e resolver os problemas ambientais;

- Considerar, de maneira clara, os aspectos ambientais nos planos de

desenvolvimento e crescimento;

- Fazer com que os alunos participem na organização de suas experiências

de aprendizagem, proporcionando-lhes oportunidade de tomar decisões e de

acatar suas consequências;

10

- Estabelecer uma relação com os alunos de todas as idades, entre a

sensibilização pelo ambiente, a aquisição de conhecimentos, a capacidade de

resolver problemas e o esclarecimento dos valores, insistindo especialmente

em sensibilizar os mais jovens sobre os problemas ambientais existentes em sua

própria comunidade;

- Contribuir para que os alunos descubram os efeitos e as causas reais

dos problemas ambientais;

- Salientar a complexidade dos problemas ambientais e,

consequentemente a necessidade de desenvolver o sentido crítico e as aptidões

necessárias para resolvê-los;

- Utilizar diferentes ambientes educativos e uma ampla gama de métodos

para comunicar e adquirir conhecimentos sobre o meio ambiente, privilegiando

as atividades práticas e as experiências pessoais.

1.5. Extensão Ambiental

Extensão Ambiental é o segmento da Educação Ambiental que atua no sentido

de difundir informações sobre preservação e recuperação do meio ambiente e na

adaptação de técnicas, leis e normas de controle de atividades potencialmente

poluidoras.

A Extensão Ambiental procura levar conhecimentos e experiências acumuladas

nos organismos de pesquisa, de controle e de promoção ambiental para os diversos

setores econômicos e sociais, como forma de disseminar metodologias e técnicas

ambientalmente limpas e socialmente justas.

O público preferencial da Extensão Ambiental envolve Prefeituras, Câmaras

Municipais, Conselhos e Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Organizações

Não-Governamentais e Empresas.

11

O objetivo central de Extensão Ambiental é o de apoiar os municípios e os

demais organismos que atuam em nível regional a capacitarem-se e estruturarem-se para

poderem efetivamente contribuir no processo de gerenciamento, controle e

fiscalização das atividades potencialmente poluidoras do meio ambiente em nível

local. Esse conceito se insere dentro da proposta de democratização, descentralização

e divisão de responsabilidades entre a União, o Estado e o município no processo de

controle e preservação ambiental.

1.6. Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável

Os conceitos Desenvolvimento

Sustentável e Sustentabilidade envolvem o

crescimento econômico contínuo utilizando o

tempo, um crescimento benigno ao ambiente

e que contemple, ao mesmo tempo, dimensões

culturais e sociais. Existem várias tentativas de

definir sustentabilidade, apresentamos uma

delas:

“Sustentabilidade concilia as

necessidades econômicas, sociais e ambientais de modo a garantir seu atendimento por

tempo indeterminado e a promover a inclusão social, o bem-estar econômico e a

preservação dos recursos naturais”.

Já o conceito Desenvolvimento Sustentável foi utilizado pela primeira vez no

documento Estratégia de Conservação Global (World Conservation Strategy),

publicado pela World Conservation Union, em 1980. Foi, porém a partir da publicação

do Relatório: “Nosso Futuro Comum” em 1987, também conhecido como Relatório

Bruntland, que o termo passou a ser mundialmente conhecido. De acordo com este:

O Desenvolvimento Sustentável é aquele que “atende às

necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de gerações

futuras atenderem às suas próprias necessidades” (World Commission

12

on Environment and Development, 1987).

A Agenda 21, documento operacional da Conferência das Nações Unidas sobre

Meio Ambiente e Desenvolvimento - Rio 92 define desenvolvimento sustentável

como sendo:

“Um desenvolvimento com vistas a uma ordem econômica

internacional mais justa, incorporando as mais recentes preocupações

ambientais, sociais, culturais e econômicas.”

1.7. Legislação Brasileira sobre Educação Ambiental

Existem vários artigos, capítulos e leis brasileiras com importância

para a educação ambiental. Uma das primeiras leis que cita a educação

ambiental é a Lei Federal Nº. 6938, de 1981, que institui a “Política Nacional do

Meio Ambiente”. A lei aponta a necessidade de que a Educação Ambiental seja

oferecida em todos os níveis de ensino.

A Constituição Federal do Brasil, promulgada no ano de 1988, estabelece,

em seu artigo 225, que:

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de

uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder

Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes

e futuras gerações”; cabendo ao Poder Público “promover à educação ambiental

em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio

ambiente”.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei Nº. 9394, de dezembro de

1996, reafirma os princípios definidos na Constituição com relação à Educação

Ambiental:

13

“A Educação Ambiental será considerada na concepção dos conteúdos

curriculares de todos os níveis de ensino, sem constituir disciplina específica,

implicando desenvolvimento de hábitos e atitudes sadias de conservação ambiental

e respeito à natureza, a partir do cotidiano da vida, da escola e da sociedade.”

No ano de 1997, foram divulgados os novos Parâmetros Curriculares

Nacionais - PCN. Os PCN foram desenvolvidos pelo MEC com o objetivo de

fornecer orientação para os professores. A proposta é que eles sejam utilizados

como “instrumento de apoio às discussões pedagógicas na escola, na

elaboração de projetos educativos, no planejamento de aulas e na reflexão sobre a

prática educativa e na análise do material didático”.

Os PCN enfatizam a interdisciplinaridade e o desenvolvimento da

cidadania entre os educandos. Os PCN estabelecem que alguns temas especiais

devem ser discutidos pelo conjunto das disciplinas da escola, não constituindo-se

em disciplinas específicas. São os chamados temas transversais.

Temas transversais definidos pelos PCN: ética, saúde, meio ambiente,

orientação sexual e pluralidade cultural.

1.8. A Política Nacional de Educação Ambiental

A Lei Federal Nº. 9.795, sancionada em

27 de abril de 1999, institui a “Política Nacional

de Educação Ambiental”. Essa é a mais recente

e a mais importante lei para a Educação

Ambiental. Nela são definidos os princípios

relativos à Educação Ambiental que deverão ser

seguidos em todo o País. Essa Lei foi

regulamentada em 25 de junho de 2002, pelo

Decreto N.º 4.281.

14

A lei estabelece que todos têm direito à educação ambiental. A

Educação Ambiental como um “componente essencial e permanente da

educação nacional, devendo estar presente em todos os níveis e modalidades do

processo educativo, em caráter formal e não formal”.

Nas escolas, a educação ambiental deverá estar presente em todos os níveis

de ensino, como tema transversal, sem constituir disciplina específica, como uma

prática educativa integrada, envolvendo todos os professores, que deverão ser

treinados para incluir o tema nos diversos assuntos tratados em sala de aula.

A dimensão ambiental deve ser incluída em todos os currículos de formação

dos professores. Os professores em atividade deverão receber formação

complementar.

De acordo com a lei que institui a “Política Nacional de Educação

Ambiental”, fazem parte dos princípios básicos da educação ambiental:

- O enfoque holístico, democrático e participativo;

- A concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a

interdependência entre o meio natural, sócio-econômico e o cultural, sob o

enfoque da sustentabilidade;

- O pluralismo de idéias e concepções pedagógicas;

- A permanente avaliação crítica do processo educativo;

- A abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais,

nacionais e globais;

- A vinculação entre a ética, educação, trabalho e as práticas sociais;

- O reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e

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cultural.

São objetivos fundamentais da educação ambiental definidos na

referida lei (entre outros):

- Democratização das informações;

- Fortalecimento da consciência crítica sobre a problemática social e

ambiental;

- Incentivo à participação individual e coletiva, de forma permanente e

responsável na preservação do meio ambiente;

- O fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade;

- O desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente

em suas múltiplas e complexas relações.

1.9. Agenda 21

A Agenda 21 é um instrumento de planejamento para a construção de sociedades

sustentáveis, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência

econômica.

A Agenda 21 pode ser global, nacional e local, agora veremos a diferença e em

que consiste cada uma.

Agenda 21 Global

Esta Agenda foi elaborada a partir de uma Conferência das Nações Unidas sobre

o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada pela ONU (Organização das Nações

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Unidas) em 1992 no Rio de Janeiro.

Os países que participaram desta Conferência, assinaram a Agenda 21 – Global

– um programa de ação, baseado em um documento de 40 capítulos a fim de promover

uma tentativa para realizar um padrão de desenvolvimento sustentável.

O termo Agenda 21 foi utilizado no sentido de promover mudanças para o século XXI.

O objetivo da Agenda 21 é promover o desenvolvimento sustentável, visando à

melhoria da qualidade de vida do futuro, para atender as necessidades humanas,

planejando o uso consciente dos recursos naturais, para possibilitar o mesmo direito às

gerações futuras.

Agenda 21 Nacional/Brasileira

Baseados na Agenda 21 – Global, todos os países que participaram da

Conferência devem elaborar a Agenda 21 de acordo com suas necessidades,

considerando as diferenças socioeconômicas e socioambientais.

A Agenda 21 Brasileira é resultante de uma extensa consulta à população

brasileira, é um instrumento fundamental para a construção da democracia e da

cidadania ativa no país.

A construção da Agenda 21 Brasileira ocorreu de 1996 a 2002, coordenada pela

Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional com

atribuições a fim de propor estratégias de desenvolvimento sustentável e coordenar,

elaborar e acompanhar a implementação da mesma.

Desta forma, a Agenda 21 funciona como um guia eficiente para processos de

união da sociedade, hoje é um dos grandes instrumentos de formação de políticas

públicas no Brasil.

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Agenda 21 Local

Consiste em um instrumento de planejamento de políticas públicas que

envolvem a sociedade civil e o governo em um processo extenso e participativo que

consulta os problemas ambientais, sociais e econômicos locais, a fim de promover um

debate que encontre soluções para estes problemas.

Cada cidade deve criar sua Agenda 21 de acordo com suas realidades e as

diferentes situações e condições, sempre considerando os seguintes princípios gerais:

� Participação e cidadania;

� Respeito às comunidades e às diferenças culturais;

� Integração;

� Melhoria do padrão de vida das comunidades;

� Diminuição das desigualdades sociais;

� Mudança de mentalidades.

Os principais desafios desta Agenda é desenvolver um planejamento voltado à

ação compartilhada para uma visão de futuro entre todos os envolvidos a fim de

estabelecer políticas públicas sustentáveis orientadas para harmonizar desenvolvimento

econômico, justiça social e equilíbrio ambiental.

18

Unidade 2 – A água, o ar e a energia

2.1. A Água

A água é um bem finito que vem causando

sérias preocupações no mundo todo, uma vez que

suas fontes estão cada vez mais escassas. A maior

parte de toda a água doce do planeta encontra-se

na América do Sul, mais precisamente no Brasil.

E, infelizmente, nossos governos e o próprio povo

não têm respeito por este patrimônio tão

indispensável ao homem e a todos os seres vivos.

Eis a proporção da água, segundo o Ministério do Meio Ambiente:

• Água salgada: aproximadamente 97% (da massa líquida);

• Água doce: aproximadamente 3% (do total);

• Água potável: aproximadamente 0,7% (pronta para o consumo).

Segundo o RDH - Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU:

- Cerca de 1,1 bilhão de pessoas não têm acesso à água tratada no mundo;

- Por volta de 2,6 bilhões não têm instalações básicas de saneamento (a maioria

dessa população vivendo na África e na Ásia);

- Metade dos leitos hospitalares é ocupado por doenças causadas pelo uso de

água imprópria;

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- A diarreia tira a vida de 4.900 crianças menores de 5 anos por dia.

Enquanto um habitante de Moçambique usa em média menos de 10 litros de

água por dia, um europeu consome entre 200 e 300, e um norte-americano, 575 (50

litros só nas descargas). Cada pessoa deveria ter disponíveis ao menos 20 litros de água

para consumo, por dia.

- A água está distribuída pelo planeta de forma desigual.

- Vários países da África e Oriente Médio já não tem água.

- De toda a água doce disponível no planeta, aproximadamente 13,7 % está no

Brasil.

- A Bacia Amazônica concentra 73% do volume de água doce do país.

- Os 27% restantes distribuem-se desigualmente pelo Brasil, para atender a 93%

da população.

- O Nordeste com 28% da população possui menos de 5% das reservas.

- O acesso à água atinge 90% da população brasileira. Dos municípios

brasileiros com rede de distribuição de água, muitos convivem com racionamento.

- Em relação ao saneamento básico, 75% da população brasileira tem coleta de

esgoto, o que exclui cerca de 43 milhões de pessoas.

- Apenas 32% dos esgotos produzidos no país recebem tratamento, segundo

diagnóstico do Ministério das Cidades.

- O lançamento de esgotos não tratados em rios, córregos e mares é uma grande

ameaça à saúde pública.

20

O Brasil é o país que detém a maior parte da água do mundo, cerca de 13,7%, e

grande parte desse volume encontra-se na região Norte do país, mas infelizmente a

população não sabe utilizar essa grande riqueza, vide o desperdício e o descaso dos

governantes quanto aos rios poluídos etc.

A utilização da água na agricultura corresponde a um percentual de 67%, na

indústria, cerca de 23% e, o uso doméstico, 10%. Quanto a este último, vale atentar para

as informações abaixo:

• Vaso sanitário: 41%;

• Banho: 37%;

• Cozinha: 6%;

• Bebida: 5%;

• Lavanderia: 4%;

• Limpeza da casa: 3%;

• Jardim: 2%;

• Lavagem do carro: 1%.

2.2. A Poluição da Água

A poluição ambiental é um dos principais fatores que

colaboram com a degradação dos recursos hídricos do país.

Os rios são poluídos por agrotóxicos, resíduos industriais,

resíduos de lixões e lançamento de esgoto doméstico sem

tratamento.

O desmatamento das margens dos rios faz com que o solo fique desprotegido e

sem árvores, a água das chuvas escoa rapidamente para os rios, causando enchentes e

arrastando detritos que podem obstruir o leito dos rios. Favelas e loteamentos

clandestinos crescem às margens dos rios e represas, poluindo os reservatórios e

ameaçando a saúde de todos.

21

A irrigação para cultivos agrícolas, atualmente responde por mais de dois terços

de toda a água retirada de lagos, rios e reservatórios subterrâneos, segundo a FAO-ONU

(Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação).

Ao desperdiçar comida, desperdiça também a água usada para produzi-la. Nas

lavouras são utilizados métodos de irrigação pouco eficientes que desperdiçam muita

água.

Os agrotóxicos utilizados na agricultura são compostos químicos venenosos,

cujos resíduos podem provocar várias doenças. Alguns não se degradam, contaminando

por muito tempo a água, o subsolo e o ar.

A pecuária demanda grandes quantidades de água, com a manutenção do

rebanho, na fase do abate, no preparo agroindustrial dos cortes e na oferta de produtos

derivados, tais como leite e ovos, segundo o CNRH - Conselho Nacional de Recursos

Hídricos.

A indústria é a segunda maior

consumidora da água doce

disponível. Além do desperdício e da

falta de técnicas modernas de reuso

de água, o lançamento de efluentes

industriais não tratados nos rios

compromete a vida dos peixes e

outras formas de vida.

Precificação da água: cobrar pela água em si e não só pela distribuição, como

se vinha fazendo, incentiva agricultores e industriais a não desperdiçar.

O alto consumo doméstico de água acaba gerando muito esgoto, que quando não

tratado, contamina os rios.

22

2.3. Saneamento Básico

O primeiro grande passo para o tratamento da

água é o saneamento básico, que nos países do

terceiro mundo ainda deixa muito a desejar.

Saneamento básico é a atividade

responsável pelo abastecimento de água

potável, que é encanada e distribuída à

população. Depois de consu

mida, essa água é coletada e tratada pelo sistema de esgoto.

Se bem estruturado, o sistema de saneamento básico propiciará a prevenção de

diversas verminoses presentes no quadro patológico de nosso país, por isso a

importância de tratar a água e os esgotos.

Uma pesquisa recente mostrou que a cada R$ 1,00 investido em saneamento

básico, o país economiza R$ 4,00 em saúde pública.

2.4. O Tratamento da Água

O tratamento de água é realizado por meio de

diversos processos:

• Pré-cloração: a água passa pela

cloração, eliminando assim os primeiros resíduos

de metais e restos orgânicos.

• Coagulação: a água, ao chegar à

estação de tratamento, recebe uma dosagem de

sulfato de alumínio, produto com o qual as

partículas de sujeira se unirão.

23

• Floculação: a água é movimentada de modo que ocorra a junção dos

flocos, adquirindo volume, consistência e peso.

• Decantação: com a ação da gravidade, os flocos se fixam no fundo do

tanque.

• Filtração: a água é encaminhada para grandes filtros, nos quais as

impurezas ficarão retidas.

• Desinfecção: é a fase em que ocorre a cloração, para matar germes que

fazem mal a saúde, garantindo a qualidade da água.

• Fluoretação: fase em que se adiciona fluossilicato de sódio, ou ácido

fluorssilícico, para ajudar a prevenir a cárie dental.

• Correção de PH: neutralização adequada à proteção da tubulação.

2.5. Economia de Água

Nem sempre as causas da escassez de recursos

naturais no planeta têm origem em decisões perversas da

política e em interesses financeiros. Cada um de nós

também tem sua parcela de culpa. E quando o assunto é o

uso da água como recurso natural, essa culpa é bem grande.

Veja algumas curiosidades sobre Água:

• Dia 22 de março é o Dia Mundial da Água.

• As algas marinhas produzem a maior parte do oxigênio da Terra.

• O corpo humano possui na sua composição 3/4 de água.

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• O homem pode passar até 28 dias sem comer, mas apenas 3 dias

sem água.

• Na água originaram os primeiros organismos vivos que surgiram

na Terra, há mais de 3 bilhões de anos.

• São exemplos de doenças relacionadas com água: febre,

disenteria, cólera, hepatite, poliomielite, malária, dengue, etc.

• O gotejamento de uma torneira desperdiça 46 litros por dia. Isto é,

1.380 litros por mês.

• Um filete de 2 milímetros totaliza 4.140 litros num mês. E um

filete de 4 milímetros, 13.260 litros por mês de desperdício.

• Um buraco de 2 milímetros no encanamento pode causar um

desperdício de 3.200 litros por dia, isto é, mais de três caixas d'água.

Pequenas economias somadas dão grandes resultados.

Veja algumas dicas de como não desperdiçar um bem tão precioso nas diversas

atividades dentro da própria casa.

No banheiro:

• É o lugar onde mais se consome água em uma residência.

• Feche a torneira enquanto escova os dentes, faz a barba ou

ensaboa as mãos.

25

• Não tome banhos demorados. Tente limitar em 6 minutos.

Desligue o chuveiro enquanto se ensaboa. Só ligue o chuveiro depois de tirar

toda a roupa.

• Uma válvula de privada gasta muita água em um único aperto.

Não acione à toa e aperte somente o tempo necessário. Mantenha a válvula

regulada.

Não jogue lixo no vaso sanitário (fio dental, cabelos...). Evite entupimento.

• Na hora da compra, dê preferência às caixas de descarga no lugar

das válvulas. Adquira modelos de baixo consumo de água.

• Em banheiros públicos use a água de torneira também com

moderação. Vários centros comerciais já instalaram sensores ou torneiras que

fecham automaticamente a fim de evitar o desperdício deste importante recurso

natural.

Na lavanderia:

• Deixe a roupa acumular e lave tudo de uma vez.

• Se for lavar a roupa na mão, feche o tanque, coloque as roupas de

molho em água e sabão e só use água corrente para enxaguar.

• Feche a torneira enquanto ensaboa e esfrega a roupa.

• Não use sabão em excesso para evitar maior número de enxágues.

• Só use a máquina de lavar com a carga máxima de roupas.

26

• Reaproveite a água da máquina de lavar roupas para lavar o

quintal.

• Instale aerador (peneirinha) nas torneiras da casa para reduzir a

vazão.

• Não exagere no uso de produtos de limpeza, como a água

sanitária que contém cloro. Use com moderação, de acordo com as

recomendações dos fabricantes.

Na cozinha:

• Antes de lavar a louça, limpe pratos e panelas e deixe-os de

molho.

• Feche a torneira enquanto ensaboa a louça.

• Se usar máquina de lavar louça, só ligue quando estiver cheia.

• Deixe as verduras em água com um pouco de vinagre por alguns

minutos antes de lavar.

• Utilize sabão ou detergente biodegradáveis, que não poluem os

rios porque se decompõe mais facilmente.

• Ao comprar máquina de lavar roupas ou lavar pratos, verifique no

manual o consumo de água do produto.

• Não jogue óleo de frituras ou restos de comida em pias ou na

privada, pois pode causar entupimentos e dificulta o tratamento do esgoto. A

companhia de água geralmente orienta para colocar o óleo em um recipiente

bem fechado para não vazar (garrafa) e depositar no lixo comum (orgânico).

Outros especialistas afirmam que o ideal é procurar um posto de coleta próximo.

27

• Encontre receita de sabão de óleo de cozinha no site

www.triangulo.org.br. Segundo a ONG Ação Triângulo que recolhe óleo vegetal

em casas e empresas, um litro de óleo contamina 1 milhão de litros de água -

o suficiente para uma pessoa usar durante 14 anos. Isso acontece porque o óleo

impede a troca de oxigênio e mata todos os seres vivos como plantas, peixes e

microorganismos. O óleo também impermeabiliza o solo contribuindo para as

enchentes.

Você sabia que muitos sabonetes e sabões de roupa (em barra) são feitos de sebo

de boi?

No jardim, no quintal, na calçada:

• Ao lavar o carro use o balde com pano em vez de mangueira.

Procure lavar menos o carro, principalmente na época de falta de chuvas.

• Não regue as plantas em excesso ou com mangueira. Use um

balde ou um regador. Não regue nas horas mais quentes do dia ou quando estiver

ventando muito para evitar a perda de água pela rápida evaporação.

• Molhe a base das plantas e não as folhas.

• Não use mangueira para limpar a calçada e sim uma vassoura.

Quando necessário, use um balde no final da limpeza.

• Procure aproveitar a água das chuvas. Capte-a na saída das calhas.

Use para regar o jardim ou limpar a casa.

• Em vez de cimentar todo o quintal, deixe um espaço para o jardim

e ajude a água da chuva a infiltrar-se na terra.

28

• Mantenha a caixa d’ água limpa. Ela deve ser lavada pelo menos a

cada 6 meses.

Verifique os vazamentos:

• Torneira pingando desperdiça muita água. Sempre que necessário

troque o "courinho".

• Verifique o vaso sanitário jogando cinzas no fundo da privada. Se

houver movimentação é porque há vazamento na válvula ou na caixa de

descarga.

• Para detectar vazamentos como canos furados, mantenha os

registros abertos e feche todas as torneiras e saídas de água do imóvel, não

use o sanitário e observe se o relógio de água (hidrômetro) se altera depois

de uma hora sem uso de água.

• Observe se não há manchas de umidade nas paredes.

• Conserte os vazamentos de imediato, assim que forem notados.

Quanto desperdiça:

• Escovar dentes com torneira aberta = 80 litros;

• Lavar louça com torneira aberta = 100 litros;

• Lavar carro com mangueira em meia hora = 560 litros;

• Lavar calçada com mangueira = 280 litros;

• Banhos longos = 95 a 180 litros.

29

Feche bem as torneiras para que não pinguem.

Outras dicas para preservar a água:

• Não jogue lixo nos lagos, córregos, rios e mares.

• Novos edifícios com hidrômetros individuais por apartamento,

estimulam a economia de água e a conta é mais justa, pois cada família só paga

o quanto consome.

• Adote a idéia do reuso da água sempre que possível.

• Organize um grupo para plantar árvores ao longo das margens de

um córrego ou para limpar, recuperar e conservar um pedaço de terra degradada.

• Recolher plásticos na praia ajuda a salvar animais marinhos.

Como cidadão e consumidor:

• Informar às distribuidoras sobre vazamentos de água e exigir do

governo um órgão regulador forte e presente para fiscalizar a eficiência das

distribuidoras.

Exigir da prefeitura e governantes:

- Políticas públicas que impeçam a ocupação de áreas de preservação de

mananciais. Combater a destruição das matas ciliares que protegem os

cursos d`água e exigir o replantio de onde foram extintas.

- Investimentos em distribuição de água tratada e tratamento de esgoto.

Além de poupar vidas, irão diminuir os gastos com saúde no país.

30

- No nordeste brasileiro: obras de melhoria na infraestrutura de

distribuição (modernizar e ampliar), perfuração de poços de água, uso de

cisternas para armazenamento e revitalização do Rio São Francisco.

- Adotar um manejo adequado dos resíduos como: sistemas de coleta

seletiva e reciclagem, aterros sanitários, estações de recebimento de resíduos

tóxicos como restos de tinta e solventes.

- Os consumidores podem organizar-se e exigir que as indústrias se

responsabilizem pelo manejo de seus resíduos tóxicos. Cobrar

isto dos órgãos de controle ambiental.

• Pressionar as empresas para que produzam detergentes, produtos

de limpeza e embalagens que causem menores impactos ambientais.

• Na indústria introduzir técnicas de reuso da água, tratamento de

efluentes e reduzir o desperdício nos processos industriais.

• Na agricultura, armazenar mais água da chuva e reduzir o

desperdício ao irrigar as plantações. Utilizar métodos e equipamentos de

irrigação poupadores de água. Reduzir o uso de fertilizantes e agrotóxicos.

Implantar medidas de controle de erosão do solo.

• No campo ou na cidade evitar a obstrução dos rios. Fazer o

descarte adequado de embalagens de agrotóxicos (consulte

www.inpev.org.br).

• Prefira produtos orgânicos para estimular o cultivo de alimentos

livres de agrotóxicos que poluem os recursos hídricos e podem prejudicar a

sua saúde.

31

2.6. O ar

A poluição do ar nos grandes centros vem sendo muito

discutida nos últimos tempos, devido ao aumento da temperatura da

Terra, o descongelamento desproporcional das calotas polares e o

efeito estufa. Sendo assim, este tema é de grande relevância, pois

muitas doenças podem ser desencadeadas devido ao acúmulo de

poluição no ar, dentre elas: alergias, bronquites, sinusite, renites,

pneumonias e câncer de pulmão.

2.7. Efeito Estufa

As Mudanças Climáticas Globais

representam um dos maiores desafios da

humanidade.

O efeito estufa é um fenômeno natural

indispensável para manter a superfície do

planeta aquecida. Sem ele, a Terra seria muito

fria, cerca de -19ºC. Os gases do efeito estufa são capazes de reter o calor do Sol na

atmosfera, formando uma espécie de cobertor em torno do planeta, impedindo que ele

escape de volta para o espaço.

Este fenômeno se torna um problema ambiental, quando a emissão de gases do

efeito estufa (como o gás carbônico, o metano e o óxido nitroso), é intensificada pelas

atividades humanas, causando um acréscimo da temperatura média da Terra, conhecido

como Aquecimento Global.

O frágil equilíbrio natural do clima foi rompido com a Revolução Industrial. A

temperatura global média aumentou 0,94ºC entre 1906 e 2009. Os anos mais quentes

ocorreram de 1995 para cá. Segundo o relatório de pesquisas dos cientistas do IPCC -

Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas:

32

- não restam dúvidas de que o aquecimento do planeta está sendo provocado pela

ação humana;

- a temperatura média do planeta subirá de 1,8ºC a 4ºC até 2100 (3ºC em média);

- furacões e ciclones terão mais força;

- as áreas de seca devem se expandir;

- teremos ondas de calor mais intensas, mais inundações;

- o nível do mar deve aumentar entre 20 e 60 centímetros até o fim do século,

sem levar em conta os efeitos prováveis do degelo dos pólos;

- metade de todas as espécies animais estará sob risco de extinção no fim do

século 21.

O possível impacto do aquecimento global no Brasil previsto por

pesquisadores brasileiros do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais):

- Nos próximos anos, as regiões Sul e Sudeste vão sofrer com chuvas e

inundações cada vez mais frequentes.

- A floresta Amazônica pode perder 30% da vegetação, por causa de um

aumento na temperatura de vai de 1,8ºC a 4ºC até 2100.

- No Nordeste brasileiro, até o fim do século, a variação deve ficar entre 2ºC e

4ºC.

- O nível do mar deve subir 0,5 metro nas próximas décadas e 42 milhões de

pessoas podem ser afetadas.

33

- O aumento na temperatura no Centro-Sul do país deve ser de 2ºC a 3ºC,

aumentando a força das tempestades.

- O Brasil precisa de um plano nacional de mudanças climáticas englobando

vulnerabilidade, impactos e adaptação.

- A concentração de gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2) na atmosfera

cresceu principalmente pelo uso de combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás natural)

em termelétricas, indústrias, automóveis e também pela devastação e queima de

florestas.

- O CO2 é o gás que mais contribui para o aquecimento global. O gás carbônico

emitido hoje permanece na atmosfera por um longo relativo tempo (cerca de 100 anos).

2.8. Os Maiores Poluidores

Os países industrializados são

os maiores responsáveis pela emissão

de gás carbônico na atmosfera. A maior

parte da degradação foi causada

(historicamente) pelos países

desenvolvidos.

Os EUA com 4% da população

mundial, são os responsáveis por mais de 20% de todas as emissões globais de gases do

efeito estufa.

De acordo com o Protocolo de Kyoto, acordo internacional promovido pela

ONU, em vigor desde fevereiro de 2005, vários países industrializados se

comprometeram a reduzir em 5% as emissões de gases do efeito estufa até 2012 em

relação aos níveis de 1990. Os EUA se recusaram a assinar o tratado. Contrários a esta

34

decisão, prefeitos de centenas de cidades americanas assumiram compromissos para

reduzir suas emissões.

Para atingir suas metas, os países ricos podem contar com o Mecanismo de

Desenvolvimento Limpo (MDL), que permite a compra de “créditos de carbono” dos

países em desenvolvimento, como o Brasil, adotando projetos que comprovadamente

reduzam as emissões de gases de efeito estufa nos setores energético, de transporte e

florestal (contempla o plantio de árvores, mas não a conservação de florestas já

existentes).

Os países desenvolvidos que mais emitiram gás carbônico em 2008 foram nesta

ordem: EUA, Japão, Alemanha, Canadá, Reino Unido, Austrália, Itália, França,

Espanha e Polônia. Os dados são do documento oficial da Convenção de Clima das

Nações Unidas (UNFCCC).

Considerando todos os países, os que mais contribuem para o efeito estufa são:

EUA (20%), China (15%), União Européia (14%), Rússia (6%), Índia (5,6%), Japão

(4%), Alemanha (3%), Brasil (2,5%), Canadá (2,1%) e Inglaterra (2%). Fonte: World

Resources Institute.

A demanda global por energia subirá muito nas próximas décadas devido à

ascensão econômica da China e da Índia, países que reúnem 40% da população

mundial. As duas nações têm como principais fontes o

carvão mineral (energia "suja"). Uma alternativa é o

desenvolvimento de novas tecnologias que utilizam a

biomassa.

O Brasil se baseia principalmente nas

hidrelétricas para gerar energia (limpa), mas

consideradas as emissões totais de gases do efeito estufa liberados pelas queimadas e

pela agropecuária, o Brasil é um dos maiores poluidores.

35

O país necessita conter desmatamentos e queimadas. Uma das funções das

florestas é absorver gás carbônico da atmosfera por meio da fotossíntese, promovendo o

sequestro de carbono. No Brasil, as queimadas na Amazônia respondem pela maior

parte das emissões de gases que produzem o efeito estufa. Esta gigantesca região

necessita de medidas de conservação. Quando se derruba uma árvore, o gás carbônico

que estava estocado nela vai para a atmosfera.

Embora tenha 45% da energia originada de fontes não-poluentes e da produção

de biocombustíveis, o Brasil precisa de uma política pública eficaz contra o

desmatamento para impedir o aumento das emissões de gás carbônico. Atualmente, o

Brasil despeja cerca de um bilhão de toneladas de CO2 por ano, segundo o Ministério

de Ciência e Tecnologia. As razões desse volume não estão nos veículos ou nas

chaminés das fábricas. Isso porque 75% das emissões do principal gás causador do

efeito estufa são provocadas pelas derrubadas de árvores e queimadas.

No setor de energia, o Brasil teve importantes iniciativas ao desenvolver o

programa do álcool e biodiesel, além de possuir grande potencial para a implementação

de sistemas de energia solar, eólica e de aproveitamento de biomassa.

A queima de

combustíveis fósseis é a principal

causa do aumento da

concentração de gases de efeito

estufa na atmosfera e os impactos

do aquecimento global ameaçam

as florestas. O ambiente quente e

seco fica mais vulnerável ao

fogo. Se o mundo não for capaz

de controlar a emissão de gases

poluentes, a floresta

Amazônica entrará em

colapso. Grandes porções da

36

floresta se tornarão área de cerrado (processo de savanização) e causará uma grande

perda de biodiversidade.

Segundo o WWF, "o motor hidrológico da Amazônia tem um grande papel na

manutenção do clima global e regional. A água liberada por plantas na atmosfera e por

rios no oceano influencia o clima mundial e a circulação das correntes oceânicas".

Veja este dado interessante: em média, cada americano é responsável pela

emissão de cerca de 22 toneladas de dióxido de carbono por ano, de acordo com as

estatísticas das Nações Unidas, um número per capita muito maior do que em qualquer

outra nação industrializada, onde a média de emissão é de 6 toneladas de dióxido de

carbono por pessoa.

2.9. Como evitar a poluição do ar

Assim como a economia da água, é

obrigação de todos contribuir para evitar a

poluição do ar. Veja algumas dicas úteis:

- Caminhe quando as distâncias

forem curtas.

- Vá de bicicleta, sempre que for

possível e seguro.

- Exija a construção de ciclovias e estacionamentos para bicicletas.

- Combine carona com os amigos e colegas de trabalho ou escola (revezamento).

- Racionalize as viagens.

- Opte pelo transporte coletivo. Exija um transporte público de qualidade.

37

- Deixe o carro na garagem alguns dias por semana.

- Se possível trabalhe em casa um dia da semana.

- Prefira veículos movidos a álcool, biodiesel ou modelos biocombustíveis

(híbridos / flex).

- Escolha um modelo de veículo que gaste menos combustível por km rodado

(mais eficiente).

- Calibre os pneus do seu carro ao menos uma vez por mês.

- Faça revisões periódicas no seu veículo para reduzir as emissões de poluentes.

- Abasteça o veículo em postos de sua confiança (evite gasolina adulterada).

- Encoraje os seus familiares a usar menos o carro.

- No trabalho utilize videoconferências para evitar viagens.

- O congestionamento ou a redução da velocidade média aumentam muito a

emissão de cada veículo.

- Deixe para fazer passeios mais distantes aos finais de semana.

- Não desperdice energia elétrica.

- Procure adquirir eletrodomésticos com maior eficiência energética.

- Quando possível, prefira o ventilador ao ar condicionado.

38

- Empresas e chefes devem liberar os funcionários de usar ternos em dias de

calor no verão.

- Consuma menos água quente. Gasta-se muita energia para aquecer a água.

Opte por lavar roupas na máquina a frio.

- Compre alimentos frescos em vez de congelados. Dê preferência aos

produzidos localmente.

- Prefira alimentos orgânicos, pois os solos deste tipo de cultivo absorvem mais

gás carbônico que os solos das plantações convencionais.

- Economize gás de cozinha. Abaixe a chama do fogão assim que ferver,

mantenha a panela centralizada, use somente a quantidade de água

necessária, coloque alimentos duros de molho na água antes do

cozimento (feijão), use a panela de pressão e evite ficar abrindo a

porta do forno a todo instante para ver o assado.

- Chame só um elevador e não dois ao mesmo tempo. Desça

de escadas se o andar for baixo.

- Recicle sempre. Separe o material reciclável do seu lixo. Isto faz muita

diferença.

- Evite produtos muito embalados.

- Prefira papel reciclado.

Utilize o mínimo necessário de papel (ex. guardanapos). Evite imprimir sem

necessidade.

39

- Em banheiros públicos, dispense o uso de papel para secar as mãos, sempre

que tiver outras alternativas.

- Não queime lixo doméstico.

- Plante árvores nativas e cuide delas. Elas são

aspiradores naturais de gás carbônico.

- Participe de ações contra a destruição de nossas

florestas. Denuncie queimadas ilegais.

- Não compre móveis feitos de madeira de desmatamento. Exija certificado de

origem.

- Consuma menos carne. A criação de gado exala metano (gás do efeito estufa).

- Incentive sua escola ou local de trabalho a reduzir as emissões.

Exija responsabilidade ambiental das indústrias.

2.10. A Energia

As usinas hidrelétricas

produzem mais de 90% da energia

elétrica consumida no Brasil.

Elas dependem da água dos

rios em níveis adequados em seus

reservatórios para gerar energia.

A falta de chuvas, de investimentos e o aumento do consumo resultaram em

racionamento de energia elétrica, conhecido como apagão, nos anos de 2001 e 2002. A

construção de novas hidrelétricas significa impactos ambientais, pois tendem a alagar

áreas extensas, alterando o ecossistema. Procurar não consumir muita energia no horário

40

de maior consumo entre 18h e 21h é necessário para evitar a construção de novas

usinas e linhas de transmissão só para atender este horário de pico. Novas barragens

trazem custos sociais e ambientais elevadíssimos, como a inundação de terras e a

destruição do hábitat de animais, plantas e de comunidades inteiras que muitas vezes

não recebem compensação (reassentamento ou indenização). As grandes hidrelétricas

que inundam imensas áreas de florestas, emitem grandes quantidades de gás metano

para a atmosfera.

Gasta-se muita energia para produzir alumínio e papel. Reciclar também é uma

forma de colaborar e reduz a necessidade de construção de novas barragens.

No Brasil, a participação do petróleo na matriz energética é de 45%, seguido

pelas fontes hidrelétricas em 39%.

O petróleo é uma fonte de energia não-renovável, assim como outros

combustíveis fósseis como o carvão mineral e o gás natural.

Outra energia não renovável é a nuclear ou atômica. Além de cara, gera lixo

radioativo que precisa ser isolado e riscos inaceitáveis para o meio ambiente e a saúde

humana. Há o risco de acidentes e um vazamento pode causar câncer e mutações nos

seres vivos.

Só há desenvolvimento sustentável com energia vinda de novas fontes

renováveis.

Pequenas hidrelétricas podem produzir energia elétrica de maneira

descentralizada e com pequeno impacto ambiental. Esta opção pode ser implantada

em várias regiões do país aproveitando quedas-d`água naturais.

A energia do sol e a do vento podem ser transformadas em energia elétrica.

A energia solar pode ser uma alternativa para evitar as inundações causadas pelas usinas

hidrelétricas e a poluição provocada pelo petróleo.

41

A energia eólica (dos ventos) também não libera gases tóxicos e não se esgota,

como o petróleo (gasolina, diesel) e o carvão. O nordeste é a região com maior potencial

eólico. Esta energia é uma alternativa para complementar a hidroeletricidade, já que o

período com mais ventos ocorre quando há menos chuvas na região.

A biomassa é uma fonte limpa de energia. Reduz a poluição ambiental, pois

utiliza lixo orgânico, restos agrícolas, aparas de madeira ou óleos vegetais. O bagaço da

cana, que tem um alto valor energético, vem sendo utilizado para produzir eletricidade.

As condições naturais do país são favoráveis para o investimento em um cenário

elétrico sustentável utilizando a energia do sol, dos ventos, da biomassa e da água

(pequenas hidrelétricas). As energias renováveis não requerem importação.

A maior utilização de energias renováveis traz muitos benefícios, como:

- aumenta a diversidade da oferta de energia;

- maior geração de empregos no setor energético e novas oportunidades nas

regiões rurais;

- evita o alagamento de novas grandes áreas (florestas) preservando a

biodiversidade;

- reduz a poluição e a emissão de gases de efeito

estufa;

- representa economia para os consumidores;

- assegura a geração de energia sustentável a longo

prazo;

- afasta o risco de novos apagões.

42

Os biocombustíveis são alternativas que podem gerar uma enorme quantidade

de energia com menor impacto ambiental.

O mais conhecido, desenvolvido pelo Brasil, é o álcool - ou etanol - extraído da

cana-de-açúcar. A mecanização da colheita é fundamental para evitar a queima da palha

no campo e a emissão de dióxido de carbono para o meio ambiente.

No Brasil há um grande número de oleaginosas que podem ser usadas para

produzir biodiesel como o dendê, mamona, buriti e o babaçu gerando renda para

pequenos produtores. Dispomos de solo e clima adequados ao cultivo. O biodiesel é

não-tóxico e uma grande oportunidade comercial para o país.

Com o aumento da demanda pelo etanol, é importante que a expansão do plantio

da cana não avance sobre as matas e que os direitos dos trabalhadores sejam

respeitados.

Uma alternativa de energia limpa promissora é o hidrogênio, que quando usado

como combustível produz como resíduo apenas vapor de água.

2.11. As fontes de energias renováveis

As energias renováveis são provenientes de ciclos naturais de conversão da

radiação solar, que é a fonte primária de quase toda energia disponível na terra. Por isso,

são praticamente inesgotáveis e não alteram o balanço térmico do

planeta. As formas ou manifestações mais conhecidas são: a

energia solar, a energia eólica, a biomassa e a hidroenergia, mas há

outras menos conhecidas também, como geotérmica, energia das

marés, entre outras. As principais características por tipo são:

Energia Solar – energia da radiação solar direta, que pode

ser aproveitada de várias formas por meio de diversos tipos de

43

conversão, permitindo seu uso em aplicações térmicas em geral, obtenção de força

motriz diversa, obtenção de eletricidade e de energia química.

Energia Eólica - energia cinética das massas de ar provocadas pelo aquecimento

desigual na superfície do planeta. Além da radiação solar também têm participação na

sua formação fenômenos geofísicos como: rotação da terra, marés atmosféricas e outros.

Os cata-ventos e embarcações à vela são formas bastante antigas de seu

aproveitamento. Os aerogeradores modernos de tecnologia recente têm se firmado como

uma forte alternativa na composição da matriz energética de diversos países.

Biomassa - a energia química, produzida pelas plantas na forma de hidratos de

carbono por meio da fotossíntese - processo que utiliza a radiação

solar como fonte energética - é distribuída e armazenada nos

corpos dos seres vivos em função da grande cadeia alimentar, onde

a base primária são os vegetais. Plantas, animais e seus derivados

são biomassa. Sua utilização como combustível pode ser feita das

suas formas primárias ou derivados: madeira bruta, resíduos florestais, excrementos

animais, carvão vegetal, álcool, óleos animal ou vegetal, gaseificação de madeira,

biogás etc.

A Energia das Ondas e Marés - As ondas do mar possuem energia cinética

devido ao movimento da água e energia potencial devido a sua altura. A energia elétrica

pode ser obtida se for utilizado o movimento oscilatório das ondas.

O aproveitamento é feito nos dois sentidos: na maré alta a água

enche o reservatório, passando pela turbina e produzindo energia

elétrica, na maré baixa a água esvazia o reservatório, passando

novamente pela turbina, agora em sentido contrário ao do enchimento, e produzindo

energia elétrica.

Hidrelétrica - energia cinética das massas de água dos

rios, que fluem de altitudes elevadas para os mares e oceanos

44

devido à força gravitacional. Este fluxo é alimentado em ciclo reverso graças à

evaporação da água, a elevação e o transporte do vapor em forma de nuvens,

naturalmente realizados pela radiação solar e pelos ventos. A fase se completa com a

precipitação das chuvas nos locais de maior altitude. Sua utilização é bastante antiga e

uma das formas mais primitiva é o monjolo e a roda d’ água. A hidroenergia também

pode ser vista como forma de energia potencial; volume de água armazenada nas

barragens rio acima. As grandes hidrelétricas se valem das barragens para compensar as

variações sazonais do fluxo dos rios e, por meio do controle por comportas, permitir

modulação da potência instantânea gerada nas turbinas.

Energia do Hidrogênio - A energia do hidrogênio é a

energia que se obtém da combinação do hidrogênio com o

oxigênio produzindo vapor de água e libertando energia que é

convertida em eletricidade. Existem alguns veículos que são

movidos a hidrogênio.

Geotérmica - A energia geotérmica é a energia do interior da Terra. A

geotermia consiste no aproveitamento de águas quentes e vapores para

a produção de eletricidade e calor. Parte do calor interno da Terra

(5.000 °C) chega à crosta terrestre. Em algumas áreas do planeta,

próximas à superfície, as águas subterrâneas podem atingir

temperaturas de ebulição, e dessa forma, servir para impulsionar turbinas para

eletricidade ou aquecimento. A energia geotérmica é aquela que pode ser obtida pelo

homem utilizando o calor de dentro da terra.

Biocombustíveis - Biocombustível é qualquer combustível de

origem biológica, desde que não seja de origem fóssil. É originado de

mistura de uma ou mais plantas como: cana-de-açúcar, mamona, soja,

cânhamo, canola, babaçu, lixo orgânico, dentre outros tipos.

2.12. As fontes de energias não-renováveis

45

As fontes de energias não-renováveis têm a capacidade de renovação muito

reduzida devido à utilização que fazemos delas. Atualmente essas fontes são mais

utilizadas, por exemplo, os combustíveis fósseis – petróleo, carvão e gás natural e os

nucleares, são altamente poluidoras, pois liberam dióxido de carbono quando

queimados, um gás que contribui para o aumento da temperatura da atmosfera,

causando chuvas ácidas, poluindo solos e água.

As principais características por tipo são:

Carvão – é uma rocha orgânica constituída por carbono. Inicialmente o carvão

era utilizado em todos os processos industriais e ao nível

doméstico, foi o primeiro combustível fóssil utilizado para a

produção de energia elétrica nas centrais térmicas. O

principal problema da utilização do carvão prende-se com os

poluentes resultantes da sua combustão, pois a sua queima

conduz à formação de cinzas, dióxido de carbono, dióxidos

de enxofre e óxidos de azoto, em maiores quantidades do que

os produzidos na combustão dos restantes combustíveis fósseis.

Petróleo – é um óleo mineral de cor escura e cheiro forte, constituído

basicamente por hidrocarbonetos. A refinação do petróleo bruto consiste na sua

separação em diversos componentes e permite obter os mais variados combustíveis e

matérias-primas. Um dos principais objetivos das refinarias é obter a maior quantidade

possível de gasolina. Esta é a fração mais utilizada do petróleo e a mais rentável, tanto

para a indústria de refinação quanto para o Estado,

visto que todos os transportes a nível mundial

dependem da gasolina e do gasóleo, por este

motivo, as refinarias desenvolvem cada vez mais

processos de transformação das frações mais

pesadas do petróleo bruto em gasolina e gasóleo.

Devido ao atual ritmo de consumo, as reservas

46

planetárias de petróleo é provável que as reservas planetárias de petróleo se esgotem nos

próximos 30 ou 40 anos.

Gás Natural – é um combustível fóssil semelhante ao petróleo, porem pode ser

utilizado conforme é extraído na origem, sem necessidade de

refinação. Este gás é constituído por pequenas moléculas

apenas com carbono e hidrogênio, o gás natural apresenta

uma combustão mais limpa do que qualquer outro derivado

do petróleo. Acresce também, que no que respeita à emissão

de gases com efeito de estufa (dióxido de carbono, dióxido de enxofre e óxidos de

nitrogênio), a combustão do gás natural apenas origina dióxido de carbono e uma

quantidade de óxidos de nitrogênio muito inferior à que resulta da combustão da

gasolina ou do fuelóleo.

Energia Nuclear – é produzida por meio de reações de fissão ou fusão dos

átomos, durante as quais são libertadas grandes quantidades de energia que podem ser

utilizadas para produzir energia elétrica. Atualmente esta fonte de energia se encontra

ainda numa fase experimental, pois enquanto não se conseguir encontrar uma fonte

segura para utilizar a energia nuclear e proceder ao tratamento eficiente e durável dos

resíduos resultantes desta atividade, esta continuará a ser encarada como um risco

desaconselhável.

2.13. Economia de Energia Elétrica

Conforme já pudemos ver, tão importante quanto economizar água e manter o ar

limpo, é a economia de energia. Além de aliviar nosso bolso, a economia de energia

diminui a poluição e contribui com o planeta Terra. Aqui vão algumas dicas:

Chuveiro Elétrico:

- É um dos equipamentos que mais consome energia.

47

- Evite seu uso no horário de pico (18 às 21h).

- Nos dias quentes, deixe a chave na posição “verão”.

- Feche a torneira ao se ensaboar.

- Limpe periodicamente os orifícios de saída de água.

- Use somente resistências originais. Evite adaptações.

Geladeira / Freezer:

- Veja sempre o selo de Consumo de Energia e verifique a eficiência antes de

comprar.

- Coloque o aparelho em local ventilado, desencostado de paredes (mínimo 15

cm), longe do fogão, aquecedores ou áreas expostas ao sol.

- Guarde ou retire alimentos e bebidas de uma só vez. Evite abrir a porta por

tempo prolongado. A entrada de ar quente faz o motor trabalhar mais e gastar

mais energia.

- Arrume os alimentos de forma que você possa encontrá-los rapidamente.

- Não forre as prateleiras da geladeira com vidros ou plásticos. Isto dificulta a

circulação interna de ar.

- Não guarde alimentos ou líquidos quentes.

- Descongele o freezer periodicamente para evitar que se forme camada de gelo

com mais de meio centímetro.

48

- Conserve limpas as serpentinas (grades) de trás do aparelho e não as use para

secar panos ou roupas.

- Quando se ausentar de casa por tempo prolongado, o ideal é esvaziar a

geladeira e o freezer e desligar da tomada.

- Mantenha as borrachas de vedação da porta em perfeito estado, evitando fuga

de ar frio.

- Durante o inverno, regule o termostato para uma posição mínima.

- Cuidado com geladeiras muito velhas, pois o gás CFC pode vazar, ameaçando

a camada de ozônio.

Lâmpadas:

- Evite acender lâmpadas durante o dia. Abra janelas, cortinas, persianas e deixe

a luz do sol iluminar a casa.

- Na hora de comprar, dê preferência às lâmpadas fluorescentes compactas ou

circulares. Elas iluminam melhor, duram de 5 a 10 vezes mais e gastam menos energia.

- Instale-as na cozinha, lavanderia e garagem e qualquer outro local que fique

com as luzes acesas por mais de 4 horas por dia.

- Apague sempre as luzes ao sair de um cômodo.

- Paredes e tetos de cores claras refletem melhor a luz, reduzindo a necessidade

de luz artificial.

- Utilize iluminação dirigida para leitura e trabalhos manuais.

- Tire o pó das lâmpadas elétricas.

49

Televisão:

-Desligue a TV se não tiver ninguém assistindo.

- Evite dormir com a televisão ligada. Uma opção é programar o aparelho para

desligar sozinho (timer).

Ferro Elétrico:

- Acumule sempre a maior quantidade de peças de roupa possível, para ligar o

ferro o mínimo de vezes.

- Antes de ligar o ferro, retire as roupas do varal e separe as peças que não

precisam ser passadas, como tecidos que não amassam.

- Passe primeiro as roupas delicadas que precisam de menos calor. No final,

depois de desligar o ferro, aproveite ainda o seu calor para passar algumas roupas leves.

- Evite utilizar o ferro elétrico quando vários aparelhos estiverem ligados para

evitar que a rede elétrica fique sobrecarregada.

- Não deixe o ferro ligado sem necessidade.

Máquina de Lavar Roupa:

- Só ligue a máquina com a capacidade máxima de roupas indicada pelo

fabricante.

- Economize água e energia.

- Mantenha o filtro sempre limpo.

50

- Use somente a dosagem correta de sabão, para não repetir o enxágue.

- Secar as roupas no varal e não na secadora.

Ar Condicionado:

- Ao instalar, proteja a parte externa do aparelho da incidência do sol, sem

bloquear as grades de ventilação.

- Instale-o em local com boa circulação de ar.

- Mantenha portas e janelas fechadas quando o aparelho estiver funcionando.

- Não tape a saída de ar do aparelho.

- Evite o frio excessivo, regulando o termostato.

- Limpe sempre os filtros para não prejudicar a circulação de ar.

- Antes de comprar, avalie a opção do ventilador de teto para atender sua

necessidade.

Computador

- Não deixe impressoras e outros acessórios ligados sem necessidade.

- Configure o computador para que a tela do monitor seja desligada depois de

um tempo de inatividade. Se não souber como fazer isso, peça ajuda a um técnico de

informática.

51

Aquecedor Solar:

- Uma excelente alternativa para economizar energia é o coletor solar utilizado

para o aquecimento de água, geralmente colocado sobre o telhado das casas ou

edifícios. A longo prazo, você poupará energia e dinheiro.

No ato da compra:

Verifique se o produto tem o SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA

que tem por objetivo orientar o consumidor, indicando os produtos que apresentam os

melhores níveis de eficiência energética dentro de cada categoria como: geladeira,

freezer, ar-condicionado, coletor solar, lâmpada fluorescente compacta e circular.

O PROCEL - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, também

objetiva estimular a fabricação de produtos mais eficientes, contribuindo para a redução

de impactos ambientais.

Dica de Segurança:

Lembre-se: mantenha os aparelhos elétricos longe de áreas como pias, banheiras,

superfícies molhadas ou úmidas, para evitar choques.

Energia é dinheiro. Não desperdice.

2.14. Cálculo de Consumo

Saiba quanto cada aparelho gasta de energia conforme dados da Eletrobrás

abaixo.

O valor exato do consumo dos equipamentos de uma residência está na placa (ou

deveria estar) atrás de cada aparelho.

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Aparelhos Elétricos

Potência

Média

Watts

Dias

estimados

Uso/Mês

Média

Utilização/Dia

Consumo

Médio

Mensal

(Kwh)

ABRIDOR/AFIADOR 135 10 5 min 0,11

AFIADOR DE FACAS 20 5 30 min 0,05

APARELHO DE SOM

3 EM 1 80 20 3 h 4,8

APARELHO DE SOM PEQUENO 20 30 4 h 2,4

AQUECEDOR DE AMBIENTE 1550 15 8 h 186,0

AQUECEDOR DE MAMADEIRA 100 30 15 min 0,75

AR-CONDICIONADO 7.500 BTU 1000 30 8 h 120

AR-CONDICIONADO 10.000 BTU 1350 30 8 h 162

AR-CONDICIONADO 12.000 BTU 1450 30 8 h 174

AR-CONDICIONADO 15.000 BTU 2000 30 8 h 240

AR-CONDICIONADO 18.000 BTU 2100 30 8 h 252

ASPIRADOR DE PÓ 100 30 20 min 10,0

BARBEADOR/DEPILADOR/MASSAGEADOR 10 30 30 min 0,15

BATEDEIRA 120 8 30 h 0,48

BOILER 50 e 60 L 1500 30 6 h 270,0

BOILER 100 L 2030 30 6 h 365,4

BOILER 200 a 500 L 3000 30 6 h 540,0

BOMBA D'ÁGUA 1/4 CV 335 30 30 min 5,02

BOMBA D'ÁGUA 1/2 CV 613 30 30 min 9,20

BOMBA D'ÁGUA 3/4 CV 849 30 30 min 12,74

BOMBA D'ÁGUA 1 CV 1051 30 30 min 15,77

BOMBA AQUÁRIO GRANDE 10 30 24 h 7,2

BOMBA AQUÁRIO PEQUENO 5 30 24 h 3,6

CAFETEIRA ELÉTRICA 600 30 1 h 18,0

53

CHURRASQUEIRA 3800 5 4 h 76,0

CHUVEIRO ELÉTRICO 3500 30 40 min 70,0

CIRCULADOR AR GRANDE 200 30 8 h 48,0

CIRCULADOR AR PEQUENO/MÉDIO 90 30 8 h 21,6

COMPUTADOR/

IMPRESSORA/

ESTABILIZADOR

180 30 3 h 16,2

CORTADOR DE GRAMA

GRANDE 1140 2 2 h 4,5

CORTADOR DE GRAMA

PEQUENO 500 2 2 h 2,0

ENCERADEIRA 500 2 2 h 2,0

ESCOVA DE DENTES

ELÉTRICA 50 30 10 min 0,2

ESPREMEDOR DE FRUTAS 65 20 10 min 0,22

EXAUSTOR FOGÃO 170 30 4 h 20,4

EXAUSTOR PAREDE 110 30 4 h 13,2

FACA ELÉTRICA 220 5 10 min 0,18

FERRO ELÉTRICO AUTOMÁTICO 1000 12 1 h 12,0

FOGÃO COMUM 60 30 5 min 0,15

FOGÃO ELÉTRICO

4 CHAPAS 9120 30 4 h 1094,4

FORNO

À RESISTÊNCIA GRANDE 1500 30 1 h 45,0

FORNO À RESISTÊNCIA

PEQUENO 800 20 1 h 16,0

FORNO MICROONDAS 1200 30 2O min 12,0

FREEZER

VERTICAL/HORIZONTAL 130 - - 50

54

FRIGOBAR 70 - - 25,0

FRITADEIRA ELÉTRICA 1000 15 30 min 7,5

GELADEIRA

1 PORTA 90 - - 30

GELADEIRA

2 PORTAS 130 - - 55

GRILL 900 10 30 min 4,5

IOGURTEIRA 26 10 30 min 0,1

LÂMPADA FLUORESCENTE

COMPACTA - 11W 11 30 5 h 1,65

LÂMPADA FLUORESCENTE

COMPACTA - 15 W 15 30 5 h 2,2

LÂMPADA FLUORESCENTE

COMPACTA - 23 W 23 30 5 h 3,5

LÂMPADA INCANDESCENTE - 40 W 40 30 5 h 6,0

LÂMPADA INCANDESCENTE - 60 W 60 30 5 h 9,0

LÂMPADA INCANDESCENTE -100 W 100 30 5 h 15,0

LAVADORA DE LOUÇAS 1500 30 40 min 30,0

LAVADORA DE ROUPAS 500 12 1 h 6,0

LIQUIDIFICADOR 300 15 15 min 1,1

MÁQUINA DE COSTURA 100 10 3 h 3,9

MÁQUINA DE FURAR 350 1 1 h 0,35

MICROCOMPUTADOR 120 30 3 h 10,8

MOEDOR DE CARNES 320 20 20 min 1,2

MULTIPROCESSADOR 420 20 1 h 8,4

NEBULIZADOR 40 5 8 h 1,6

OZONIZADOR 100 30 10 h 30,0

PANELA ELÉTRICA 1100 20 2 h 44,0

PIPOQUEIRA 1100 10 15 min 2,75

55

RÁDIO ELÉTRICO GRANDE 45 30 10 h 13,5

RÁDIO ELÉTRICO PEQUENO 10 30 10 h 3,0

RÁDIO RELÓGIO 5 30 24 h 3,6

SAUNA 5000 5 1 h 25,0

SECADOR DE CABELO GRANDE 1400 30 10 min 7,0

SECADOR DE CABELOS PEQUENO 600 30 15 h 4,5

SECADORA DE ROUPA GRANDE 3500 12 1 h 42,0

SECADORA DE ROUPA PEQUENA 1000 8 1 h 8

SECRETÁRIA ELETRÔNICA 20 30 24 h 14,4

SORVETEIRA 15 5 2 h 0,1

TORNEIRA ELÉTRICA 3500 30 30 min 52,5

TORRADEIRA 800 30 10 min 4,0

TV EM CORES - 14" 60 30 5 h 9,0

TV EM CORES - 18" 70 30 5 h 10,5

TV EM CORES - 20" 90 30 5 h 13,5

TV EM CORES - 29" 110 30 5 h 16,5

TV EM PRETO E BRANCO 40 30 5 h 6,0

TV PORTÁTIL 40 30 5 h 6,0

VENTILADOR DE TETO 120 30 8 h 28,8

VENTILADOR PEQUENO 65 30 8 h 15,6

VÍDEOCASSETE 10 8 2 h 0,16

VÍDEOGAME 15 15 4 h 0,9

Como calcular o custo mensal de um equipamento em meu orçamento

doméstico?

Antes de mais nada, é preciso conhecer a potência do equipamento. Procure no

manual do fabricante esta informação. Em seguida, faça o cálculo da seguinte forma:

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Potência do Equipamento (medida em W) x Número de horas utilizadas por

dia x Número de dias de uso mês, dividido por 1000.

Então você chegará ao consumo do aparelho em Kwh. Se quiser descobrir

quanto gastará em reais, multiplique pelo valor cobrado por cada Kwh de sua

distribuidora de energia.

Exemplo (consultando a tabela de consumo nas páginas anteriores):

Consumo médio mensal de uma Geladeira de 2 portas – 55 Kwh.

Valor cobrado por cada Kwh pela distribuidora de energia: R$ 0,30.

Gasto da geladeira = 55 Kwh x 0,30.

Total: R$ 16,50.

Ou seja, a geladeira é responsável por R$ 16,50 a cada mês na conta de luz.

Atenção: O valor pode variar em função do valor cobrado por cada Kwh pela

distribuidora de Energia. Consulte sua conta de luz e verifique qual a tarifa cobrada.

2.15. Consumo e Desenvolvimento Sustentável

O ritmo de consumo dos recursos naturais disponíveis supera a capacidade de

recuperação da Terra.

É o que mostra o Planeta Vivo, relatório

bianual divulgado pela WWF.

Os números gerais indicam uma acentuada perda de

recursos naturais.

57

Os dados mostram que o consumo é mais acentuado nos países desenvolvidos.

Porém as maiores perdas (biodiversidade, biomas) encontram-se em áreas em

desenvolvimento. Em 30 anos, 55% das populações de espécies tropicais desapareceram

por causa da conversão de habitats naturais em lavouras e pastagens. No mesmo

período, as populações de espécies de água doce analisadas sofreram redução de 30%.

Em apenas dez anos, metade dos manguezais da América Latina foi destruída.

A “pegada ecológica” mede a demanda da humanidade sobre a biosfera (ex.:

quantos hectares uma pessoa necessita para produzir o que consome por ano). De

acordo com o relatório, os maiores consumos per capita de recursos são nessa ordem:

Emirados Árabes, EUA, Finlândia, Canadá, Kuait, Austrália, Estônia, Suécia, Nova

Zelândia, Noruega, Dinamarca, França, Bélgica, Reino Unido, Espanha, Suíça, Grécia,

Irlanda, Áustria.

A demanda da humanidade é 25% maior do que a oferta de recursos naturais, a

ponto de ameaçar a capacidade de regeneração do planeta.

Além da redução do uso de combustíveis fósseis, no relatório são sugeridas

várias medidas urgentes como:

- planejamento familiar, oferecendo à mulher melhoras no acesso à educação, saúde e

oportunidades econômicas;

- redução do consumo em países desenvolvidos;

- redução dos recursos usados na produção de bens e serviços;

- aumento das áreas produtivas com a recuperação de áreas degradadas e incremento na

produtividade por hectare, levando em consideração aspectos tecnológicos e de

degradação.

58

O desafio é desenvolver sem destruir

Receber influências e repetir o padrão de consumo americano é absolutamente

insustentável para o planeta.

Muitas mensagens publicitárias pregam a cultura do consumismo e dos bens

descartáveis. Isto resulta em mais poluição e lixo.

A população mundial será de 9 bilhões de habitantes em 2050 segundo projeções

da ONU. O crescimento econômico (aumento do consumo, da demanda por água, terra,

alimentos, energia, produtos.) é uma grande ameaça para a biodiversidade e para a

qualidade de vida no planeta em que vivemos.

Procure comprar somente produtos que realmente necessita, de boa

qualidade e que não agridam a natureza desde a fabricação até o descarte. Reduza o

desperdício, reutilize, compartilhe, repasse e recicle. Prestigie empresas com

responsabilidade ambiental e social.

Adotar um estilo de vida mais simples, evitando supérfluos é uma opção

consciente.

Lembre-se: O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir

as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as

necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para

o futuro.

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Conclusão do Módulo I

Parabéns por ter chegado até aqui!

Espero que tenha compreendido o básico sobre a Educação Ambiental e

entendido a importância de preservar a água, evitar poluição e reduzir o consumo de

energia

.

No próximo módulo estudaremos a importância da reciclagem, os alimentos e a

fauna e a flora.

Para dar continuidade ao seu curso, faça a avaliação referente ao Módulo I em

seguida você terá acesso ao material do Módulo II.

Boa sorte!