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SEXTA-FEIRA, 4 MAIO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXX, N o 1567 (II Série) | Preço: 0,90 75,9 por cento dos alentejanos são católicos Estudo da Universidade Católica sobre as identidades religiosas em Portugal revela que quase 76 por cento dos alentejanos são católicos, embora grande parte pratique apenas ocasionalmente. Resultado próximo da média nacional: 79,5 por cento. pág. 8 Turismo e inovação em debate no IPBeja Cumpre-se hoje o segundo dia da conferên- cia internacional sobre turismo e inovação – USUS 2012. Uma iniciativa do Observatório do Turismo do Alentejo que pretende alar- gar o debate sobre o turismo enquanto fator de desenvolvimento regional. pág. 7 Alfundão no coração de um grande olival O roteiro das aldeias do “Diário do Alentejo” foi esta semana visitar Alfundão, no concelho de Ferreira do Alentejo. Uma localidade tocada pelo regadio, cercada por olivais e vinhedos, sem médico e cujos no- vos habitantes são tailandeses. págs. 4/5 Primeiro-ministro garante que as obras de Alqueva estão concluídas em 2015 Passos Coelho visitou a Ovibeja na companhia da ministra da Agricultura pág. 6 JOSÉ FERROLHO FIRMINO PAIXÃO PUB PUB A 29.ª Ovibeja, que terminou na passada terça-feira, voltou a juntar em Beja milhares de visitantes. Apesar da crise, da chuva e do frio, a grande feira do Sul tornou a mostrar que é a grande montra do Alentejo. Fotorreportagem nas páginas centrais do jornal e reportagem fotográfica alargada na página do Facebook do “Diário do Alentejo”. págs. 16/17 Futebol Clube Castrense Regresso merecido à 3.ª divisão nacional pág. 19 Uma festinha para fazer as pazes

Edoçao N.º 1667

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Diario do Alentejo

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SEXTA-FEIRA, 4 MAIO 2012 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXX, No 1567 (II Série) | Preço: € 0,90

75,9 por cento dos alentejanos são católicosEstudo da Universidade Católica sobre as identidades religiosas em Portugal revela que quase 76 por cento dos alentejanos são católicos, embora grande parte pratique apenas ocasionalmente. Resultado próximo da média nacional: 79,5 por cento. pág. 8

Turismo e inovação em debate no IPBejaCumpre-se hoje o segundo dia da conferên-cia internacional sobre turismo e inovação – USUS 2012. Uma iniciativa do Observatório do Turismo do Alentejo que pretende alar-gar o debate sobre o turismo enquanto fator de desenvolvimento regional. pág. 7

Alfundão no coração de um grande olivalO roteiro das aldeias do “Diário do Alentejo” foi esta semana visitar Alfundão, no concelho de Ferreira do Alentejo. Uma localidade tocada pelo regadio, cercada por olivais e vinhedos, sem médico e cujos no-vos habitantes são tailandeses. págs. 4/5

Primeiro-ministro garante que as obras de Alqueva estão concluídas em 2015

Passos Coelho visitou a Ovibeja na companhia da ministra da Agricultura

pág. 6

JOSÉ

FER

ROLH

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A 29.ª Ovibeja, que terminou

na passada terça-feira, voltou

a juntar em Beja milhares de

visitantes. Apesar da crise, da

chuva e do frio, a grande feira

do Sul tornou a mostrar que é

a grande montra do Alentejo.

Fotorreportagem nas páginas

centrais do jornal e reportagem

fotográfi ca alargada na página

do Facebook do “Diário do

Alentejo”. págs. 16/17

Futebol Clube CastrenseRegresso merecido à 3.ª divisão nacional

pág. 19

Uma festinha

para fazer as pazes

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EditorialNabalPaulo Barriga

Não se pode ter sol na eira e água do nabal. Ao mesmo tempo. Diz

o povo. Debaixo da sua inaba-lável sabedoria. Locução antiga, comprovada pela passagem do tempo. Dos tempos. Pelos ciclos da vida. Mas que não se aplica à Ovibeja, esse fenómeno pa-ranormal que há 29 anos a esta parte assola a cidade de Beja. Nem se aplica o velho ditado, nem se aplicam as novenas pela chuva. Por muito bem canta-das e consumadas que elas se-jam. As novenas. Os agricultores do Alentejo já se deveriam ter apercebido desse admirável de-talhe. Há muito tempo. Sempre que lhes falta a água nos seus nabais, em vez de mendigarem subsídios e preces, deviam an-tes organizar uma Ovibeja. Que é a única fórmula comprovada, repetidamente demonstrada, de trazer chuva ao Alentejo. Em abundância. Ainda que os tem-pos sejam de seca. Como este ano aconteceu. Como sempre costuma acontecer. A Ovibeja girou já por várias datas dife-rentes. Entre março e maio. E a única participação na feira que sempre esteve assegurada de um ano para o outro foi a da chuva. Água no nabal. Mas o curioso é que, ao contrário do que seria de prever, a chuva parece não afas-tar o sol da eira. Em ano de pro-funda depressão económica, fi-nanceira e social, a Ovibeja voltou a brilhar resplandecen-temente. Milhares e milhares de visitantes acorreram à cidade como se não houvesse amanhã. Aliás, esta foi, por certo, uma das mais concorridas edições do certame. Demonstrando que Beja necessita de iniciativas que lhe levantem a autoestima. E a Ovibeja, muito mais do que uma feira de atividades económicas, muito mais do que a velha feira da bota caneleira, é hoje uma feira de afetos. Uma feira de re-encontros. Uma feira de amiza-des. O grande largo do Alentejo. Sempre solarengo. Ainda que possa estar a chover água a cân-taros.

“Não alimentamos bluffs de incumprimento de acordos, porque o que o acordo de pior tem, está a ser cumprido de forma acelerada”.

Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, 1 de maio de 2012

Maria Santos,

17 anos, estudanteComemoramos sim. Somos uma família numerosa. Somos seis lá em casa, o que hoje em dia já é um pouco estra-nho. Temos uma relação afe-tiva muito forte. Costumamos oferecer presentes à mi-nha mãe e vamos todos jan-tar fora. O mais importante é nesse dia estarmos todos jun-tos. Agradeço à minha mãe a paciência que tem tido comigo.

João Burrica,

16 anos, estudanteSim. Vamos jantar fora. A fa-mília toda lá de casa, que sou eu, o meu irmão, o meu pai e a minha mãe. Quero dizer à mi-nha mãe que a amo, que gosto muito dela. Essas coisas.

Cláudio Rodrigues,

14 anos, estudanteCostumo comemorar sim. Nesse dia ofereço-lhe uma prenda e também a ajudo nas tarefas domésticas: ar-rumo a casa, lavo a loiça, as-piro o chão. O que for pre-ciso. Um beijinho muito grande para a minha mãe.

Margarida Pires,

16 anos, estudanteSim. Nesse dia eu e a minha mãe vamos sempre dar um pas-seio. Depois recito-lhe um po-ema que eu própria escrevo. Ela gosta imenso, fica muito con-tente. A minha mãe foi sem-pre muito importante para mim. Adoro a minha mãe.

Voz do povo Comemoras o Dia da Mãe? Inquérito de José Serrano

Vice-versa“Neste dia, a UGT exige que o Governo cumpra a palavra dada e o acordo assinado. A UGT exige mais eficácia e rapidez de todo o Governo na implementação do acordo. Neste dia, mais uma vez, a UGT afirma a sua firme determinação em exigir o cumprimento do acordo de concertação, sob pena de o mesmo ser denunciado pela UGT, por incumprimento do Governo”.

João de Deus, presidente da UGT, 1 de maio de 2012

Fotonotícia Canta bem, mas será que alegra? Passos Coelho não perdeu a oportunidade para mostrar os seus dotes vo-

cais. Na Ovibeja, juntou a sua voz, bem redonda, às várias vozes dos cantadores de Ferreira do Alentejo. Mas a moda que os agricultores

queriam ouvir da boca do primeiro-ministro já a tinham escutado momentos antes. Coelho prometeu, não para 2013, como inicialmente

estava previsto, mas para 2015 a conclusão do regadio de Alqueva. Resta saber é se este governo, que respira com os três balões de oxigénio

que a troika lhe empresta, poderá cumprir a promessa. E onde irá buscar o dinheiro que falta para trazer a água para as melhores terras da

zona do perímetro de rega do “grande lago”. PB Foto de José Ferrolho

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Rede social

Qual é atualmente o papel da Cruz

Vermelha Portuguesa, cujo dia interna-

cional se assinala no dia 8?

O papel atual da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) é muito mais do que aquele aquando da sua criação em 1835, altura que foi criada a Comissão Provisória de Socorros a Feridos e Doentes em Tempo de Guerra. Atualmente exerce a sua atividade em todo o território por-tuguês, com uma única sede, e fora de Portugal no quadro de ação do seu mo-vimento internacional. Devido à evolu-ção da sociedade, e consequentemente ao aparecimento de problemáticas da mais diversa ordem, a CVP ampliou as suas ati-vidades e serviços humanitários que vão de respostas em situações de emergência, social e de saúde, à educação/formação e a uma panóplia de respostas sociais, abran-gendo as mais diversas camadas sociais e etárias da população. Apraz-nos referir que na área da saúde a CVP tem distribu-ído por todo o País diversas respostas, des-tacando-se como referência de nível in-ternacional o Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa. A delegação de Beja, fun-dada a 1 de janeiro de 1915, tem vindo a diversificar a sua atuação, mas sempre li-gada ao socorro a pessoas desfavorecidas. Atualmente possui várias respostas nas áreas dos idosos, socorro e saúde. A estru-tura operacional de emergência da delega-ção dispõe de meios humanos e materiais para dar resposta a situações de emergên-cia. A delegação mostra-se motivada e empenhada em abraçar novos projetos e desafios que visem a ampliação e fortale-cimento da mesma. Surgem ideias quase diariamente, que só são invalidadas, por vezes, pela falta de financiamento. No en-tanto, muitos destes projetos tornam-se possíveis graças ao esforço do trabalho vo-luntário na instituição.

A delegação de Beja tem registado um

aumento de procura de serviços ou de

pedidos de auxílio, motivado pelo atual

contexto de crise?

Sim, tem registado um aumento signi-ficativo nos pedidos de auxílio a pessoas e famílias em situação vulnerável e ca-rência socioeconómica, sendo constan-temente procurada no apoio em géne-ros alimentícios e roupas. Notou-se ainda uma grande procura no apoio para enca-minhamento a serviços públicos de apoio social e de saúde.

Em que fase está o projeto de constru-

ção de novas instalações da CVP de

Beja na Colina do Carmo, uma aspiração

antiga?

O projeto encontra-se aprovado tendo to-dos os requisitos técnicos para se iniciar a construção. No entanto, devido à situação económica do País, tornou-se inviável a médio prazo. Para combater esta situação está idealizada a mudança de instalações para um edifício existente na cidade. NP

3 perguntasa José Tadeu

Freitas Presidente da delegação de Beja

da Cruz Vermelha Portuguesa

Semana passada

TERÇA-FEIRA, DIA 24

SERPA GNR DETÉM SUSPEITO DE TRÁFICO DE DROGA

Um homem, de 42 anos, foi detido pela GNR, em Pias (Serpa), por suspeita de tráfico de droga, tendo-lhe sido apreendidos seis pés de cannabis e 12 doses de haxixe, revelou a força de segurança. Os militares do Núcleo de Investigação Criminal de Moura da GNR apreenderam ainda a viatura automóvel em que o suspeito circulava. Por decisão do Tribunal de Serpa, o homem foi constituído arguido e ficou em liberdade, sob Termo de Identidade e Residência.

QUINTA-FEIRA, DIA 26

SANTIAGO DO CACÉM CÂMARA CEDE À CERCISIAGO BANCA NO MERCADO MUNICIPAL

A Câmara de Santiago do Cacém cedeu, a título gratuito, uma banca do mercado municipal à Cercisiago – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Sines e Santiago do Cacém para ocupação diária, às primeiras sextas-feiras de cada mês e sábado seguinte, no período de abril a dezembro deste ano. A banca vai servir como ponto de venda de bolos, bem como para expor e vender os trabalhos que os utentes fazem no Centro de Atividades Ocupacionais da Cercisiago.

SEXTA-FEIRA, DIA 27

BEJA EDIA ASSOCIA-SE AO PROJETO MYFARM.COM

A empresa gestora do Alqueva, a EDIA, associou-se ao projeto MyFarm.com, através da celebração de um protocolo de cooperação para a concretização da experiência piloto desta iniciativa. O projeto MyFarm.com tem por objetivo disponibilizar pequenas hortas, com cerca de 49 metros quadrados, que serão geridas pelos utilizadores a partir de casa, pela Internet. “É uma horta real, gerida virtualmente, em que os produtos nela cultivados serão entregues na casa ou no local de trabalho dos que aderirem a este projeto”, resumiu a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA). “Ao associar-se a este projeto, que se cinge à cidade de Beja na fase inicial, a EDIA pretende potenciar o seu desenvolvimento e desejável alargamento a outras regiões na zona de influência” do Alqueva, “em terrenos agrícolas administrados pela empresa”, justifica.

BEJA ALUNOS DA D.MANUEL I ENTREGAM PANFLETOS NA OVIBEJA

Alguns alunos do 9.º B da Escola Secundária com 3.º Ciclo D. Manuel I, de Beja, estiveram na Ovibeja a entregar panfletos subordinados ao tema “Prevenção de Consumo de Substâncias Psicoativas: Álcool”, elaborados pelos mesmos no âmbito das sessões que estão a frequentar na disciplina de Formação Cívica, lecionadas pela docente Teresa Tavares. De acordo com a professora responsável, “os alunos revelaram bastante interesse e empenho na atividade, não só na realização do panfleto, como também na sua divulgação na Ovibeja”. A atividade foi proposta aos alunos, “que a acolheram de bom grado, por considerarem que a Ovibeja é um contexto festivo e de grande convívio entre jovens de diversas idades, mas onde, por vezes, se verificam alguns consumos nocivos e excessivos”.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 30,

BEJA FALECEU CARLOS MARTINS

Faleceu Carlos Alberto Soares Martins, de 83 anos, natural da freguesia de Salvador, Beja. Carlos Martins foi compositor manual e tipógrafo do “Diário do Alentejo”, tal como o seu pai, e onde trabalhou durante 50 anos. À família enlutada o “Diário do Alentejo” apesenta sentidas condolências.

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Já há muitos anos que não se faz o enterro do bacalhauE talvez por isso mesmo, saudosistas, os agentes culturais de Beja resolveram, na semana passada, fazer um velório à porta da câmara. Não foi propriamente o enterro do bacalhau mas, a julgar pela foto, também não tiveram direito a um simples bacalhau.

A chuva não permitiu grandes petiscadas em Vila NovaVila Nova de São Bento celebrou, esta semana, as festas em honra do santo padroeiro. E, tal como acontece na sede do concelho, também gostam de rumar ao “altinho” para lá depositar o santo e para o homenagearem com um belo piquenique.

Não são as noivas de Santo António, mas estão bem girasO Beja Parque Hotel recebeu a 21 e 22 de abril a iniciativa “Casamentos a Sul”. Várias empresas da especialidade mostraram aqui os últimos gritos em vestidos de noiva e, no final, houve direito a passagem de modelos e tudo.

João Ludovico é o presidente da mesa do ensino secundárioNo passado dia 14 de abril, o jovem alentejano João Ludovico, aluno do Colégio de Milfontes, foi eleito presidente da Mesa da Sessão Nacional do Ensino Secundário. A primeira sessão plenária na AR decorre a 29 de maio.

Um dia inteiro com o executivo municipal de BejaInserido nas comemorações do 25 de Abril, o executivo de Beja realizou este ano uma iniciativa muito peculiar destinada aos jovens. Onde estes acompanharam os diferentes eleitos em todas as ações que nesse dia decorreram.

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AlfundãoCerca de mil pessoas vivem em Alfundão

Terra de rega e cultivo

A lfundão, no concelho de Ferreira do Alentejo, quase que se colam os oli-vais que se alinham planície fora.

De um e de outro lado da estrada são olivei-ras que essencialmente se avistam. Mas o casario branco, mais branco que as nuvens que se avistam no céu, uma vez que o tempo se encarregou de as pintar de tons escuros, sobressai.

Nas ruas avistam-se maioritariamente os que há muito deixaram de trabalhar. No poial de cimento, comprido como a rua que o escolhe, sentam-se vários homens. Outros preferem os selins das bicicletas que os trou-xeram ao largo, que para além deles, abriga a igreja da terra.

As conversas atropelam-se. Umas por cima das outras. E aqui só se faz silên-cio para ouvir cantar a moda. Os homens apressam-se a apresentar aquele que dizem ser o “cantor número um da terra”. Trata-se de Joaquim Santinhos e é ele que começa a conversa. “Não sei se chegará a mil pessoas que vivem aqui. Muita gente tem emigrado para a França, para a Alemanha e para a Suíça. Há aí mais pessoal por causa dos tai-landeses que trabalham na vinha”. Na ver-dade, há já algum tempo que a mão de obra estrangeira chegou à terra e a população já se habituou à sua presença.

Perguntamos se os emigrantes tailande-ses estão integrados na vida da comunidade. Os homens fazem um gesto afirmativo com a cabeça. Mas Adriano Gamito explica me-lhor: “Dão-se bem com as pessoas, mas li-dam pouco com a gente. Fazem aquela vida de trabalho e casa. Ao fim de semana vão à pesca. Fazem uma vida muito sossegada”.

São as herdades agrícolas que trazem os cidadãos estrangeiros a Alfundão. “Há aí várias casas agrícolas próximas, como

Alfundão, no concelho de Ferreira do Alentejo, continua a ser uma terra

agrícola. A vinha e o olival assumem papel de destaque e dão emprego a

muitas das pessoas da terra. À população ainda se juntam os emigrantes

tailandeses, que, como não poderia deixar de ser, chegam para trabalhar

nos campos do concelho. A escola ainda tem alunos suficientes e jovens

até os há, mas falta o médico no posto de saúde.

Texto Bruna Soares Fotos José Ferrolho

tudo em miniatura”. Em Alfundão a esta hora não se avistam

nem crianças, nem jovens. Mas aqui até os há. “Muitos dos jovens frequentam as aulas em Alvito, Beja, Beringel. A escola primária também ainda funciona. Ainda há muitos alunos. Há terras ondem dizem que podem fechar escolas por falta de alunos, mas aqui não”, afirma Adelina Carvalho, enquanto passa apressada para o seu comércio.

À porta a ver quem passa está Manuela Capoto. Afasta as fitas que lhe cobrem a en-trada e afirma: “Esta terra está muito di-ferente. Está mais evoluída. Está melhor”. Manuela tem um comércio em Alfundão. A crise, porém, também o “está a afetar” e garante que até já há “quem tenha de sair da terra” em busca de melhores “condi-ções de vida”. Para a mulher, o que faz falta a Alfundão “são mais postos de trabalho”. Ana Custódia, outra das mulheres que se avista pela rua, concorda, lembrando, po-rém, que “o médico também faz muita falta” às gentes da terra.

Os ponteiros do relógio avançam e os homens aos poucos começam a dispersar. Manuel Jacinto ainda é um dos poucos que permanece na sua bicicleta. Está reformado e não se preocupa com o avanço das horas. “Estive muitos anos na Alemanha. Mas a minha terra é sempre a minha terra. Lá, por muito bem que estivesse, tinha sempre uma vida de segunda classe. Vivi 40 anos noutra sociedade, com uma mentalidade mais aberta ainda do que esta, e quando regressei estranhei muita coisa. Mas já me habituei”. Faz uma pausa. Agarra o guia-dor e conclui. “Isto evoluiu. Alfundão evo-luiu”. Vai estrada fora. À tarde os homens marcam encontro no centro cultural para jogar à carta.

a herdade do Pinheiro e a herdade de Vale da Rosa, e os tailandeses chegam para tra-balhar na agricultura”, garante Joaquim Santinhos. E as gentes da terra onde se em-pregam? Insistimos. “A maioria nos olivais e na vinha”, dizem os homens, quase em uníssono. Alqueva e os seus canais de rega, asseguram, “também trouxeram trabalho e vida a estas paragens”.

À conversa junta-se José dos Santos e com ele chegam finalmente as modas alen-tejanas. Joaquim Santinhos, o famoso “can-tor número um”, acompanha-o. E no largo, junto ao banco de cimento comprido, ouve--se: “Eu hei de ir ao Alentejo buscar uma alentejana/ que tenha os cabelos pretos/ e no cantar tenha fama. E no cantar tenha fama/ é isso que eu mais invejo/ buscar uma alentejana/ eu hei de ir ao Alentejo”.

José dos Santos veio a Alfundão buscar a sua alentejana e por estas paragens ficou. “Gosto de viver aqui”, diz, embora o seu co-ração esteja dividido. “O lugar onde a gente nasce [Faro do Alentejo] deixa sempre uma saudade”. Não se imagina, porém, a deixar Alfundão. “Estou reformado. Já tenho 72 anos e o que é que eu vou fazer para fora daqui”?

Em tempos foi pastor e garante que as paisagens, embora agora exista mais oli-val, “não são muito diferentes das de antiga-mente”. Para José dos Santos, o que mudou “foi a maneira de fazer agricultura”.

Adriano Gamito, por sua vez, lembra: “O Alentejo antes tinha trigo, cevada, mi-lho. Havia de tudo. Agora, praticamente o que há é uva, azeitona e milho. O resto é

“O Alentejo antes tinha trigo, cevada, milho. Havia de tudo. Agora, praticamente o que há é uva, azeitona e milho. O resto é tudo em miniatura”.

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Quantas pessoas habitam Alfundão?

Neste momento cerca de mil pessoas.

A comunidade tailandesa que chega ao conce-

lho para trabalhar essencialmente na agricultura

contribuiu para este número?

Sim, contribui. Existem vários cidadãos estran-geiros em Alfundão que chegam para trabalhar no campo, nomeadamente em herdades agríco-las. Estão bem integrados. Fazem a sua vida. São pessoas pacíficas que vieram para trabalhar e em busca de melhores condições de vida.

Alfundão continua a ser uma terra essencial-

mente agrícola?

Sim, sem dúvida. Esta é uma freguesia principal-mente agrícola. Existem setores que se destacam mais do que outros; no entanto, em Alfundão te-mos zonas de vinha, de olival, de cereais, entre ou-tros. Destaque ainda para os citrinos.

Estão previstos novos projetos e investimentos

para a freguesia?

Estão. A junta de freguesia, por exemplo, vai avan-çar agora com a construção de um skatepark. Era uma obra que já tínhamos prevista. Mas este é ape-nas um exemplo. Há mais projetos e investimen-tos em carteira, que realizar-se-ão quando todas as condições estiverem reunidas.

A junta de freguesia mantém, apesar das dificul-

dades, o incentivo à natalidade?

Sim. Achamos que é um bom incentivo e que esta medida deve ser mantida, ainda mais nesta altura difícil que o país atravessa. Não é muito, mas é uma ajuda. É um contributo. Queremos que nasçam e cresçam muitas mais crianças nesta freguesia.

A falta de médico no posto de saúde tem preocu-

pado a freguesia…

Sim, é do conhecimento de todos, até porque este as-sunto já mereceu destaque em vários órgãos de co-municação social. Temos reivindicado e já tivemos, inclusive, uma reunião com a administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba) para encontrar uma solução para este problema. Foi--nos dito que em maio o assunto estaria resolvido. Temos de confiar no que nos foi dito. Julgo que bre-vemente deixaremos de ter essa preocupação, que tanto tem atormentado o povo da freguesia.

O que é melhorou ao longo dos tempos em

Alfundão?

A qualidade de vida. Temos várias valências e in-fraestruturas. É uma freguesia bem apetrechada e, dentro da nossa dimensão, julgo que temos boas condições. Contamos com um centro cultural, com novas iluminações, com arruamentos melhorados, com parques infantis, entre tantos outros. A junta de freguesia auxilia ainda os cidadãos disponibi-lizando vários serviços, apoiando, por exemplo, os reformados na resolução de vários problemas. E auxiliando no transporte de doentes em caso de ausência de médico, nos serviços de payshop, no preenchimento de declarações/certidões, no paga-mento de vales, entre tantas outras coisas.

Festas em Honra de Nossa Senhora da Conceição

E m a g o s t o r e a l i z a - s e e m Alfundão uma das principais romarias da terra. As festas em Honra de Nossa Senhora da Conceição atraem locais e foras-teiros e esta tradição continua a marcar a agenda cultural da terra e do concelho de Ferreira do Alentejo. Todos os anos não falta a animação e a organiza-ção oferece à população diver-sos momentos musicais. A orga-nização disponibiliza ainda um bar e espaço para quermesse. As festas acabam por ser um ponto de encontro e de convívio.

Incentivo à natalidade

A Junta de Alfundão está empenhada em ajudar a fomentar a natalidade e, neste sentido, apoio os casais jovens da freguesia com a entrega de pa-cotes com bens essenciais para os recém-nascidos. O pacote tem um valor aproximado de 100 euros e destina-se a todos os recém-nascidos da fre-guesia. O incentivo, de acordo com a junta, “pretende também incentivar a natalidade no concelho de Ferreira do Alentejo, um concelho que tem registado poucos nascimentos”.

Ponte romana

A ponte romana fica a cerca de 100 metros de Alfundão. A ponte marca a importância que o povo romano auferiu à região. De acordo com a junta de fregue-sia, “sem confirmações oficiais o povo chama a esta edif ica-ção ponte romana”, no entanto, “pode ter sido edificada poste-riormente aos tempos de ocupa-ção romana, mas construída com materiais dela contemporâneos ou sobre uma anterior edifica-ção”. Para a freguesia, “de facto o próprio topónimo da fregue-sia está associado à presença ro-mana no lugar, derivando da palavra latina ‘Fundana’, uma família da época, tendo prova-velmente a ocupação árabe do território acrescentado ‘al’”.

Carlos Raposo Presidente da Juntade Freguesia de Alfundão

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Atual

Primeiro-ministro em visita à 29.ª Ovibeja

Alqueva concluído em 2015 D

evido à situação económica e financeira do País, os investi-mentos “não puderam ocorrer

como planeado” e o Governo teve que “fazer a reprogramação do investi-mento do Alqueva” e, “por essa razão, em vez de o próximo ano ser o ano de referência para a conclusão das obras, esse ano está referenciado para 2015”, disse Pedro Passos Coelho.

O chefe do Governo falava aos jor-nalistas em Beja, durante uma visita à Ovibeja, onde, entre beijos e apertos de mão a visitantes da feira, provou vi-nhos, azeites e presunto da região e ou-viu modas alentejanas, tendo, inclu-sive, cantado uma delas.

Questionado pelos jornalistas so-bre se a conclusão do projeto global do Alqueva em 2015 é um compromisso do Governo, Pedro Passos Coelho res-pondeu: “Foi o compromisso que nós assumimos, não é verdade?”.

Segundo Pedro Passos Coelho, “a afetação dos recursos necessários, quer por via do POVT [Programa

Operacional Valorização do Território], quer por via do Proder [Programa de Desenvolvimento Rural], estão assegurados”.

Por isso, “independentemente” de o Governo conseguir ou não “encontrar forma de os fundos de coesão poderem vir ser drenados para esta obra tão im-portante, a verdade é que ela está asse-gurada”, garantiu.

“E, portanto, conseguiremos levar a água do Alqueva a mais utilizado-res, em particular através da extensão da sua rede secundária e também atra-vés de contratos de abastecimento com outras entidades que garantam tam-bém receitas próprias que possam ser reinvestidas no projeto”, disse.

Pedro Passos Coelho disse que o Governo está “convencido” de que o Alqueva “será bem-sucedido e é deter-minante” para que as culturas de re-gadio possam “progredir, como tem vindo a conhecer”, mas também pos-sam ter “uma expansão ainda mais favorável”.

“O Alqueva não tem nenhum atraso em termos de obras”, as quais “estão a decorrer como o normal”, garantiu, in-sistindo na necessidade que o Governo teve de reprogramar “um conjunto de futuras” empreitadas, que estavam previstas terminar em 2013, porque “não há recursos financeiros para as concluir dentro desse prazo”.

Durante a visita à Ovibeja, Pedro Passos Coelho também assistiu a uma atuação da Tuna Académica da Escola Superior de Saúde de Beja na altura em que alunos de Enfermagem can-tavam uma música, cujo refrão dizia: “Vou-me embora, vou partir, mas te-nho esperança”.

Após ouvir a música, o pri-meiro-ministro dirigiu-se a alguns dos alunos e disse: “Há um espaço grande para progressão profissio-nal nesta área, de maneira que só vos posso desejar muito sucesso (…), porque em todo o mundo ainda há um défice” de profissionais de enfermagem.

06 Remodelaçãoda rede de águasde Beja entregue

a novo empreiteiro

A Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja (EMAS) assinou contrato com outro empreiteiro

para continuar a remodelação da rede de águas da cidade, após dificuldades “sentidas” pelo

primeiro empreiteiro ao qual foi adjudicada a obra. “Apesar deste constrangimento, parte da

infraestrutura entretanto construída já se encontra em serviço, integrada no abastecimento aos

bairros dos Moinhos e Moinhos de Santa Maria e zonas envolventes”, frisa a EMAS. A empresa

explica que aguarda agora que o contrato com o novo empreiteiro seja “visado pelo Tribunal

de Contas” para que os trabalhos da empreitada “possam ser rapidamente retomados”.

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Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) e a Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (Faaba), face “às indefinições do Governo sobre

Alqueva e a declarações de responsáveis governamentais admi-tindo que a conclusão das obras do regadio na zona será adiada mais alguns anos”, exortam o Governo “a adotar as medidas in-dispensáveis à rápida conclusão do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), nomeadamente as obras liga-das ao regadio, de acordo com as aspirações das populações do Alentejo, os compromissos assumidos pelo Estado, as necessida-des da agricultura nacional e os interesses do País”.

As estruturas representativas dos municípios e dos agricul-tores do Baixo Alentejo adiantam, em comunicado de imprensa, que “a rápida conclusão de Alqueva é um imperativo nacional e não há justificação razoável para mais adiamentos nesta última fase do empreendimento” e dizem não compreender nem acei-tar, “tal como a generalidade dos cidadãos, que o Governo, que afirma precisar o País de aumentar a produção para diminuir a dependência do exterior, não queira agora assumir a conclu-são de Alqueva nos prazos previstos, agravando com tal opção a grave situação da agricultura e os problemas económicos e so-ciais, nomeadamente o desemprego”.

No mesmo documento lembram ainda que o Estado, ao longo de vários anos, “deu garantias em relação à conclusão dos proje-tos na área do regadio em Alqueva, nomeadamente aos agricul-tores, que fizeram avultados investimentos em função de um ca-lendário que agora o Governo se recusa a cumprir”.

O primeiro-ministro assu-miu na segunda-feira o com-promisso do Governo de con-cluir as obras do Alqueva em 2015, defendendo que o pro-jeto é “essencial” para pro-mover o regadio e outras atividades “essenciais à re-cuperação económica” do Alentejo e do País.

Carta ao primeiro-ministro

Em defesado aeroporto de Beja

Um conjunto de entidades representativas de diversos se-tores do Baixo Alentejo, que defende o aeroporto de Beja como alternativa a considerar para complemento ao ae-

roporto de Lisboa, entregou na segunda-feira ao primeiro-mi-nistro, durante a sua visita à Ovibeja, uma carta onde funda-menta a solução “Portela+1” passando por Beja.

O documento será ainda enviado ao secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, por organizações regionais dos empresários, dos agricultores, dos comerciantes, dos municípios e do setor do Turismo e pelo Instituto Politécnico de Beja.

Os subscritores do documento explicam que o aeroporto de Beja “reúne as condições necessárias para complementar o ae-roporto de Lisboa e que é a hipótese que apresenta mais vanta-gens para o País, sobretudo no atual contexto de escassez de re-cursos financeiros”.

Entre os fatores que aconselham a escolha de Beja “são in-dicados a localização geográfica e as acessibilidades; a atrativi-dade do destino e potencial de contribuição para o desenvolvi-mento da região em termos de turismo; a inexistência de fatores ambientais que inviabilizem a conversão do aeroporto; a capaci-dade instalada; os reduzidos investimentos complementares a realizar; e as oportunidades para o desenvolvimento de uma re-gião do interior e consequente diminuição de assimetrias regio-nais, como contributo para o desenvolvimento geral do País”.

Cimbal e Faaba exigem

“Rápida conclusão de Alqueva”

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Investigadores nacionais e estran-geiros participam no USUS 2012 – Conferência Internacional sobre Turismo & Inovação, a decorrer no Instituto Politécnico de Beja e que tem como principal objetivo divulgar o Observatório de Turismo do Alentejo, assim “como todo o trabalho realizado de 2010 até agora”.

Cumpre-se hoje, sexta-feira, o segundo dia do USUS 2012 – Conferência Internacional sobre Turismo &

Inovação, que está a decorrer no Instituto Politécnico de Beja e cuja realização se en-quadra “no conjunto de atividades propos-tas no projeto do Observatório de Turismo do Alentejo (ORTA)”.

O observatório tem como promotor prin-cipal a Turismo do Alentejo, ERT, e como par-ceiros os institutos politécnicos de Beja e de Portalegre, a Universidade de Évora e os três núcleos empresariais do Alentejo – Nerbe/Aebal, NERE e Nerpor. No âmbito da co-ordenação das diversas atividades, fi-cou atribuído ao Politécnico de Beja “o planeamento e execu-ção” da conferência, através da sua equipa de docentes que colabora no projeto.

Victor Figueira, um dos doentes do IPBeja que in-tegra a comissão organi-zadora, explicou, em de-clarações ao “Diário do Alentejo”, que o evento tem como “princi-pal objetivo divul-gar o Observatório de Turismo do Alentejo,

assim como todo o trabalho realizado de 2010 até agora”. Além disso, e dado o nome genérico atribuído, “USUS 2012 – Turismo&Inovação”, pretende-se, acrescentou o responsável, “par-tilhar experiências na área do turismo, enfati-zando a vertente da inovação”. “É uma confe-rência muito relevante dado que pretende fazer um balanço dos trabalhos realizados no âmbito deste projeto [ORTA] e que deve servir para, em conjunto, apontar caminhos para a sua consoli-dação e posterior continuação”, disse.

Em termos da organização da confe-rência, procurou-se, como salientou Vítor Figueira, “envolver variadas organizações re-gionais que têm à sua responsabilidade ativi-dades paralelas, assim como os alunos fina-listas do Curso de Turismo da Estig/IPBeja”. E quanto à sua realização nas instalações do

Politécinco de Beja, o docente considera que “qualquer evento que se realize no IPBeja é importante porque estabelece de imediato não apenas os laços com a comunidade en-volvente mas também porque permite mos-trar o trabalho que se vem a realizar nesta instituição de ensino superior da região”.

O USUS 2012, que conta com a participa-ção de três centenas de participantes oriun-dos maioritariamente do território nacional, mas também do Brasil, Cabo Verde, Ilhas Baleares e Barcelona, destina-se “ao público em geral mas sobretudo a empresários do se-tor do turismo, investigadores, alunos e to-dos aqueles que, de algum modo, são empre-endedores e têm interesse por novas ideias e projetos”, esclarece Victor Figueira.

Os trabalhos deste segundo dia têm iní-cio pelas 10 horas, com uma sessão subor-dinada ao tema “Turismo e Inovação: ex-

periências internacionais”, que contará com as intervenções de Miguel Payeras (presidente da Balears.t – Cluster de Inovação

Tecnológica em Turismo nas Ilhas Baleares) e de Ana Moll (Gestió i Serveis Trade Center, Barcelona). Depois do almoço estará em debate o tema “Turismo e inovação: experiências portugueses”, que tem como oradores Abílio Silveira (Bioria, Câmara Municipal de Estarreja), Luís de Barros (Enoteca Interactiva do Douro), Margarida Vasconcelos (Grupo Evidência) e Luís Teixeira (Herdade da Cortesia). A sessão solene de en-cerramento, que deverá contar com as parti-cipações do presidente da Comissão Nacional do Centenário do Turismo em Portugal, Jorge Mangorrinha, e da secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, está agendada para as 17 horas. O programa para hoje reserva

ainda um jantar de gala, com iní-cio pelas 20 horas, e cujo entreteni-mento estará a cargo do grupo coral

Os Ceifeiros de Cuba e da banda lis-boeta Ana & Goodfellas. O dia de amanhã, sá-bado, vai ser preenchido com uma visita “a al-guns dos muitos locais emblemáticos de Beja”.

No hall do edifício dos serviços comuns está ainda patente uma exposição de li-vros técnicos da responsabilidade da Escolar Editora e no espaço de exposições Galeria ao Lado uma mostra de produtos tradicionais, intitulada “Ao Sabor do Alentejo”, organi-zada pelos alunos dos cursos profissionais de Turismo do Agrupamento Vertical de Ferreira do Alentejo e Escola Secundária de Castro Verde. Os coffee-breaks são servidos pelos alunos do curso de Serviço de Mesa da Escola EB 2,3 de Santiago Maior, de Beja.

Nélia Pedrosa

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dia do USUS 2012 – ConferênciaInternacional sobre Turismo &

Inovação, que está a decorrer no InstitutoPolitécnico de Beja e cuja realização se en-quadra “no conjunto de atividades propos-tas no projeto do Observatório de Turismo doAlentejo (ORTA)”.

O observatório tem como promotor prin-cipal a Turismo do Alentejo, ERT, e como par-ceiros os institutos politécnicos de Beja e dePortalegre, a Universidade de Évora e os trêêsnúcleos empresariais do Alentejo – Nerbe/Aebal, NERE e Nerpor. No âmbito da co-ordenação das diversas atividades, fi-cou atribuído ao Politécnico deBeja “o planeamento e execu-ção” da conferência, atravésda sua equipa de docentesque colabora no projeto.

Victor Figueira, um dosdoentes do IPBeja que in-tegra a comissão organi-zadora, explicou, em de-clarações ao “Diárárrrrário do Alenteejoj ”, que o evento tem como “prinncic -pal objetivo divuluu -gagg r o Observatório de Turismo do ooAlllllentejo,

Em termos da organização da confe-rência, procurou-se, como salientou VítorFigueira, “envolver variadas organiziii ações re-gionais que têm à sua responsabilidade ativi-dades paralelas, assim como os alunos fina-listas do Curso de Turismo da Estig/IPBeja”.”””” E quanto à sua realizaação nas instalações do

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Conferência internacional divulga Observatório de Turismo

Investigadores debatem em Beja turismo e inovação

A origem do Observatório Regional de Turismo do Alentejo O Observatório Regional de Turismo do Alentejo nasceu “da vontade de criar um instrumento de apoio ao planeamento e prospetiva do setor turístico no Alentejo, capaz de produzir informação fiável e adaptada às necessidades regionais, direcionado para a promoção, qualificação, diferenciação, sustentabilidade e inovação do seu tecido empresarial”. O projeto é financiado de acordo com os objetivos do InAlentejo, em particular com o Sistema de Apoio às Ações Coletivas para o período de 2010-2012, que corresponde à sua fase de arranque.

Visitante é essencialmente português, com idade entre os

35 e os 44anos e casado

Segundo as conclusões do se-gundo relatório do Estudo do Perfil do Visitante e

Turista do Alentejo (relativo aos dados recolhidos no Verão de 2011) assim como os resultados finais de dois inquéritos realizados ao longo de 2011, dados apresentadas em março pela Turismo do Alentejo, ERT, regista-se uma “ténue supre-macia do género masculino (53,2 por cento), uma supremacia de vi-sitantes com idades compreendi-das entre os 35 e os 44 anos (28,4 por cento) e uma grande superiori-dade do grupo dos visitantes casa-dos (73,1 por cento)”.

O relatório do Observatório Regional de Turismo do Alentejo re-fere ainda que houve uma “elevada preponderância dos visitantes resi-dentes em Portugal, nomeadamente dos distritos de Lisboa e de Setúbal (mais de 35 por cento), sendo que Espanha “liderou amplamente no caso dos visitantes residentes no es-trangeiro (13,8 por cento), notando-se uma dispersão marcante pelos restantes mercados”. A permanên-cia média na região, ao longo do ano, foi de 3,9 noites, “sendo ligei-ramente mais alta no verão (4,5 noi-tes) do que no inverno (3,2 noites), e o gasto médio por pessoa/dia situou-se nos 56,9 euros.

Ainda de acordo com os da-dos, “as expetativas dos visitan-tes chegados ao Alentejo eram moderadas (49,4 por cento), mas a avaliação final foi amplamente favorável, com 97 por cento dos inquiridos a referirem satisfação com o destino, sendo que 55,5 por cento indicaram mesmo que estavam muito ou extrema-mente satisfeitos”. A intenção de regresso ao destino “teve uma cotação elevada (89,1 por cento), bem como o desígnio de reco-mendar o destino a familiares ou amigos (78,8 por cento)”. As atividades mais praticadas pe-los visitantes do Alentejo centra-ram-se sobretudo no descanso (17,1 por cento), nas visitas cul-turais (16,9 por cento), nas expe-riências gastronómicas (13 por cento), nas visitas ao património natural (9,6 por cento), nos pas-seios pedestres (8,7 por cento) e na frequência das praias (7,3 por cento). “A segurança, a experi-ência com os vinhos, a autenti-cidade do destino, e experiên-cia gastronómica, assim como as acessibilidades, a hospitali-dade e a tranquilidade, foram os atributos do destino com os quais os turistas e visitantes do dia ficaram mais satisfeitos”. No plano inverso, “surgiu a menção a falta de eventos atrativos e de animação noturna”, conclui o relatório.

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OD. Manuel I na final do

Concurso Jovens Jornalistas da Ciência

Uma equipa da Escola Secundária D. Manuel I, de Beja, conseguiu ficar entre os primeiros cinco lugares do

concurso Jovens Jornalistas da Ciência “JJC”, cuja organização está a cargo do jornal on line Ciência Hoje e da

Agência Nacional para a Cultura Cientifica e Tecnológica. Neste concurso participaram cerca de 150 escolas,

de norte a sul do País. Ultrapassadas as três provas eliminatórias de jornalismo de ciência, a equipa Geopaper

(constituída por três alunos de 12.º ano de geologia) ruma no dia 25 de maio para a Figueira da Foz para a última

das provas. Os prémios, entre os quais uma viagem a Nove Iorque, serão entregues na V Gala da Ciência, promovida

pelo Jornal Ciência Hoje, que decorre no dia seguinte no casino da Figueira da Foz.

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Estudo da Universidade Católica Portuguesa revela

75,9 por cento de alentejanos católicos

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IGAL satisfeita com Ourique A Inspeção Geral da Administração Interna (IGAL) procedeu “a uma análise exaus-tiva ao funcionamento” do município de Ourique, não tendo “encontrado, na conduta dos eleitos, uma única causa de re-paro ou censura”, divulgou a autarquia através de uma nota de imprensa. Ainda segundo a mesma nota, “as sugestões

provenientes desta inspeção, normais nestas situações, indi-cando a necessidade de melhoria do funcionamento municipal enquadram-se nas medidas já em execução ou em plano, pro-curando promover a melhoria dos serviços prestados aos cida-dãos, de estímulo à cidadania e de acesso à informação”. O re-sumo do relatório da IGAL encontra-se disponível para consulta

no sítio da Câmara de Ourique na Internet. Entretanto, o execu-tivo municipal ouriquense, no âmbito da “consolidação no com-bate as dividas herdadas”, apresentou à Assembleia Municipal o relatório de gestão, tendo este sido aprovado por unanimi-dade, “apesar das dificuldades conhecidas, em reduzir a dívida e promover uma gestão de rigor”, lê-se no documento.

Pedro do Carmo, presidente da Câmara Municipal de Ourique, apresenta

amanhã, sábado, pelas 18 horas, no Beja Parque Hotel, a sua candidatura

à presidência da Federação do Baixo Alentejo do PS. Pedro do Carmo é o

primeiro subscritor da Moção de Orientação Política “Força PS! Somos o

Baixo Alentejo!”. Nesta apresentação Pedro do Carmo apresentará as linhas

gerais da moção de orientação política. As eleições realizam-se em junho.

Pedro Carmo apresenta

candidatura à Federação do PS

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Os dados revelados pelo estudo “Identidades Religiosas em Portugal: representações, valo-

res e práticas”, realizado pelo Centro de Estudos de Religiões e Culturas (CERC), da Universidade Católica Portuguesa, as-seguram que 75,9 dos alentejanos são ca-tólicos, embora uma grande parte seja praticante ocasional. Na verdade, de acordo com este estudo, “27,8 por cento raramente vão à missa”.

Segundo a mesma análise, “17,9 por cento vão uma vez por semana à missa”, sendo que “16,6 por cento vão menos de uma vez por mês”. Já os praticantes regu-lares (uma a duas vezes por mês) situam-se nos “15,9 por cento”. “11,9 por cento” nunca vão. Os militantes (atividades paroquiais ou pertencentes a movimentos católicos), por sua vez, situam-se nos “9,9 por cento”.

A religiosidade dos alentejanos, bem como dos portugueses, foi alvo de estudo e,

segundo os dados apurados, o catolicismo no Alentejo (75,9 por cento) vai ao encontro da média nacional (79,5 por cento).

E que expressão têm as outras religiões no Alentejo? As testemunhas de Jeová, no Alentejo, de acordo com o estudo em ques-tão, apresentam uma percentagem de 1,0. Já os protestantes têm uma expressão mais diminuta (0,5 por cento). Outras religiões representam cerca de “0,5 por cento”.

O estudo analisou ainda os não crentes

e os crentes sem religião. No Alentejo, tendo em conta os dados apurados, “9,5 por cento são não crentes” e “9,0 por cento são crentes sem religião”. Existindo ainda outros cristãos (3,5 por cento).

Este é o mais vasto estudo sobre iden-tidade religiosa realizado em 12 anos e, de acordo com a descrição técnica do mesmo, “o universo foi constituído pelos residen-tes em Portugal continental, com 15 ou mais anos”. Bruna Soares

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Uma dezena de idosos carenciados com acesso à Televisão Digital Terrestre

Freguesia de Moura promove instalação gratuita de TDT

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EMAS de Beja diminui número de intervenções na rede de abastecimento A EMAS – Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja sublinha “a melhoria do seu de-sempenho na área da operação e manutenção em redes de abas-tecimento de água”, atendendo “a uma diminuição no número de roturas, situação que se vem observando desde 2010”. Trata-se,

segundo os responsáveis, “de um resultado bastante positivo, ainda mais significativo se ponderado com a idade e estado de con-servação das redes, expressando bem a importância da manuten-ção preventiva e a adequada operação dos sistemas de abasteci-mento. Refira-se que de 2010 para 2011, a diminuição registada foi de 16,5 por cento”. A EMAS adianta, ainda, em comunicado de

imprensa, que “tal como a diminuição do volume de água perdida, a diminuição do número de intervenções na rede de águas devido a avarias será cada vez mais um objetivo consolidado na empresa, que se alcançará pelo reforço do trabalho que tem vindo a ser de-senvolvido, paralelamente com a criação de equipas dedicadas à deteção e reparação de fugas não visíveis”.

“Todos os procedimentos e autorizações da administração central referentes ao funcionamento da Unidade de

Cuidados Continuados de Garvão foram aprovados”, anunciou a Câmara Municipal de Ourique. A par desta

aprovação, salienta a autarquia, “já haviam sido registados todos os procedimentos no âmbito das competências

do município, visando a entrada em funcionamento desta unidade de cuidados médicos”. A câmara

congratula-se com “a entrada em funcionamento desta unidade”, que considera “de relevante importância”, “não

só para os potenciais utentes, mas também do ponto de vista da criação de postos de trabalhos”. “Este município

continuará a prestar o seu apoio, como o tem feito desde o início do projeto”, conclui.

Unidadede Cuidados

Continuados de Garvão aprovada

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Um total de 10 idosos carenciados da freguesia de Santo Agostinho, na ci-dade de Moura, vai ter Televisão

Digital Terrestre (TDT) instalada, de forma gratuita, nas suas casas, mas só no início de junho. A instalação gratuita, que inclui o for-necimento do equipamento de TDT e, caso seja necessário, a mudança de cabos e da an-tena, é uma iniciativa promovida pela Junta de Freguesia de Santo Agostinho.

“Queremos beneficiar estes 10 idosos, com a TDT ‘chave na mão’”, mas também “vamos canalizar para a Segurança Social agregados familiares que não forem contem-plados e que necessitem de apoio”, asseverou o presidente da junta, Álvaro Azedo.

O autarca explicou à Lusa que a inicia-tiva pretende ainda “moralizar um bocadi-nho toda a situação” ligada à introdução da TDT e ao desligamento do sinal analógico de televisão.“Temos tomado contacto com si-tuações de pessoas que estão a ser burladas. Isto é uma pouca-vergonha”, afiançou, refe-rindo conhecer casos “de pessoas que paga-ram à volta de 300 euros para lhes mudarem a antena e instalarem a TDT”.

Com esse montante e no âmbito da inicia-tiva promovida pela junta de freguesia, “con-segue-se instalar a TDT em três agregados fa-miliares”, alertou, sensibilizando os habitantes para que “se informem e evitem as burlas”.

Em relação à iniciativa da autarquia,

Álvaro Azedo explicou que os idosos po-dem candidatar-se até ao próximo dia 31 e que, depois, “no início de junho”, vão decor-rer as instalações em casa dos 10 agregados selecionados.

As últimas transmissões televisivas em sinal analógico terminam em Portugal na quinta-feira, mais de três meses depois do ar-ranque do desligamento, sendo esta a última etapa do processo de migração da TDT.

“Atrasámo-nos um bocadinho com a nossa iniciativa porque, vamos ser sinceros, quem pode comprar o equipamento e pagar a mudança da antena, compra na mesma, as-sim que cair o sinal analógico”, justificou, sobre o facto de a iniciativa apenas “partir”

para o terreno em junho.Desta forma, “apertando o ‘crivo’, tentá-

mos ser justos e beneficiar as pessoas que, efetivamente, mais necessitam, para que lhes cheguem os meios e apoios que vamos dispo-nibilizar e que são os possíveis em tempo de contenção orçamental”, disse.

Os candidatos à iniciativa promovida pela Junta de Freguesia de Santo Agostinho têm que ser aposentados com 65 ou mais anos ou estarem aposentados por invalidez e o valor mensal da sua reforma tem de ser igual ou inferior a 419,22 euros.

Além disso, os interessados não podem ter televisão por subscrição, nem o recetor de TDT, podendo inscrever-se na junta de freguesia.

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IV Congresso do Ensino Superior Politécnico

“Sem o IPBejaa cidade terminaria”

10 Joaquim da Conceição Barão Rato, de Beja, foi o grande vencedor dos X Jogos Florais

do Concelho de Avis, arrebatando dois primeiros prémios (conto e poesia livre),

um segundo (poesia obrigada a mote) e várias menções honrosas. Na quadra foi

distinguido Gabriel Raminhos, de Carcavelos. No próximo dia 19 terá lugar a sessão

de entrega de prémios desta iniciativa, organizada pela Associação Cultural Amigos

do Concelho de Avis, com o apoio do município e junta de freguesia locais.

Escritorde Beja

vence Jogos Florais em Avis

Projeto Escola Eletrão premeia quatro escolasdo distrito de Beja A Amb3E – Associação Portuguesa de

Gestão de Resíduos premiou, no âmbito

da 4ª Edição do Projeto Escola Eletrão,

33 escolas com mais de 35 000 euros em

equipamentos elétricos. Ao distrito de Beja

couberam três grandes prémios per capita

atribuídos à Escola Básica n.º 1 de Saboia,

à Escola Profissional Fialho de Almeida e à

EBI de Barrancos “por terem recolhido 70,77

quilos/per capita, 30,07 quilos/per capita

e 28,61 quilos/per capita respetivamente”.

O Agrupamento de Escolas de Mértola

ganhou também um prémio de incentivo

por ter recolhido 5 028 Kg de resíduos. A

distinção como campeã nacional coube

à Escola Profissional de Coruche, por ter

recolhido 35 613 quilos. O desafio lançado

às escolas do ensino básico e secundário “foi

o de recolherem o máximo de resíduos de

equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE)

e resíduos de pilhas & acumuladores (RPA)

num período de 15 dias úteis”.

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A relação dos politécnicos com o de-senvolvimento das regiões do inte-rior e a aposta na internacionalização deste subsistema de ensino foram dois dos temas fortes do IV Congresso do Ensino Superior Politécnico que teve lugar na semana passada, no Porto. Vito Carioca, presidente do Instituto Politécnico de Beja (IPB), esteve presente e fez o balanço do en-contro para o “Diário do Alentejo”.

Texto Aníbal Fernandes Foto José Serrano

Cerca de 113 milhões de euros, 3 380 empregos criados e 2,33 por cada euro investido pelo Estado é o saldo

mais que positivo revelado num estudo sobre o impacto económico do Instituto Politécnico de Bragança na comunidade envolvente, apresentado durante o con-gresso.

Em Beja, aproveitando uma série de variáveis deste trabalho, o estudo “vai ser replicado”, disse ao “Diário do Alentejo” Vito Carioca, acrescentado que o Serviço de Planeamento e Desenvolvimento Estratégico do IPB já se encontra a traba-lhar nesse sentido.

No entanto, o presidente do IPB, tem para ele que os dados a apurar dificil-mente fugirão dum resultado semelhante ao da escola de Trás-os-Montes. “Sem o IPB a cidade terminaria”, diz, acrescen-tando que os cerca de “200 funcionários, 250 professores e mais de 3 000 alunos” são um forte incentivo à economia local.

Se juntarmos a isso “as parcerias que a escola de Beja mantém, quer com outras instituições de ensino superior nacionais e internacionais, quer com empresas e as-sociações da região”, (por exemplo Cebal,

ACOS, EDIA ou autarquias), é fácil perce-ber “a importância do IPB para o desen-volvimento da região”.

A agricultura é uma área prioritária para o IPB. Nesse sentido, de 23 a 29 de ju-lho, terá lugar a “AgroWeek – Tanta Terra, Tanto Tempo”, uma iniciativa promovida pela Forum Estudante, em parceria com o IPB, destinado a meia centena de alunos do ensino secundário de todo o País.

Mas a internacionalização do ensino su-perior politécnico também esteve em discus-são no encontro do Porto. Neste momento o IPB acolhe alguns alunos dos Palops, e, no Brasil, ao abrigo do programa Vasco da Gama, estão estudantes originários de Beja.

No congresso foram assinados pro-tocolos de cooperação com o Estado de Pernanbuco e com a associação dos ins-titutos federais brasileiros, o que permi-tirá trazer às escolas politécnicas portu-guesas algumas centenas de estudantes e professores daquele país nos próximos anos, sendo de esperar que alguns ve-nham a rumar a Beja. Para Vito Carioca, este acordo é “o reconhecimento da qua-lidade do ensino superior politécnico”. Em outubro, os Encontros de Cultural or-ganizados pelo IPB vão ser dedicados aos Palops e ao Brasil, numa clara aposta na internacionalização.

Os politécnicos, em Portugal, abran-gem todos os distritos do continente, num total de 41 concelhos e, segundo João Sobrinho Teixeira, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, para além de as-segurarem a “democraticidade do acesso ao ensino superior”, têm “um impacto as-sinalável no desenvolvimento económico, social e cultural e na afirmação das regi-ões do interior”.

Capricho Bejense promove sessões de animaçãopara crianças A Sociedade Filarmónica Capricho

Bejense, instituição que visa a promoção

da cultura na cidade de Beja, vai

promover durante o mês um programa

de animação para a primeira infância

denominado Capricharte, destinado

ao público infantil (dos zero aos seis

anos de idade). As sessões, que têm

lugar ao sábado, têm início agendado

para as 16 horas e são dirigidas a

bebés/crianças acompanhados por um

adulto. O programa integra sessões de

música (“Na tribo do som”, no dia 5,

para bebés dos quatro aos 36 meses), de

dança (“Dançaricando”, no dia 12, para

crianças dos quatro aos seis anos), de

construção de histórias com fantoches

(“História de enfiar nos dedos”, no

dia 19 de maio, para crianças dos três

aos cinco anos) e de música e dança

(“Girofléfléflá”, para crianças dos zero

aos seis anos).

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Mértola recebe 16.ª Iberovespa O concelho de Mértola recebe entre hoje, sexta-feira, e domingo, dia 6, a 16.ª Iberovespa. Durante três dias os participantes irão percorrer as estradas do concelho e visitar alguns dos locais mais em-blemáticos, como a Tapada Grande, o complexo mineiro da Mina de São Domingos e o Pulo do Lobo, adianta a Câmara Municipal de Mértola. O Iberovespa é um encontro anual que conta com a participação de “vespistas” de Portugal e Espanha. Todos os anos “a organização escolhe um local diferente para o encontro, proporcionando aos amantes das ves-pas a visita à região e o convívio entre todos os participantes”. A atividade conta com o apoio da autarquia

A Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense (Smfog), de Grândola, também

conhecida por Música Velha, assinala este mês o seu centenário com a realização de uma sessão

solene comemorativa e dois concertos. A sessão solene comemorativa do 100.º aniversário

da Smfog está marcada para amanhã, sábado, às 16 horas, no Cineteatro Grandolense, em

Grândola, enquanto os dois concertos estão previstos para os próximos dias 11 e 19. Fundada a

1 de maio de 1912, a Smfog, cuja banda é composta por cerca de 50 elementos, é a coletividade

mais antiga e a única do concelho vocacionada para a cultura e educação musical.

Sociedade Fraternidade

Operária Grandolense

comemora 100 anos

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Três azeites de Portugal, Grécia e Espanha receberam as medalhas de ouro do 2.º

Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio Ovibeja, cujos prémios foram entregues na segunda-feira na maior feira agro-pecuária do Sul do País. As meda-lhas de ouro foram atribuídas a azei-tes da Enoleia – Sociedade Agrícola (Entroncamento), da Ktimata Kyklopas (Grécia) e da Potosi 10 (Espanha), respetivamente, nas ca-tegorias de frutado maduro, frutado verde médio e frutado verde intenso.

As medalhas de prata foram

todas para azeites portugueses, um da Elaia Lagar (Ferreira do Alentejo), outro da Sovena Portugal (Miraflores) e outro da Sociedade Agrícola Vale do Ouro (Ferreira do Alentejo), respetivamente, nas ca-tegorias de frutado maduro, fru-tado verde médio e frutado verde intenso. As medalhas de bronze fo-ram para azeites da Agroindustrial y Olivicola Rute del Sol (Chile) e das empresas espanholas Aroden S.A.T. e Agrícola Roda, respetiva-mente, nas categorias de frutado maduro, frutado verde médio e frutado verde intenso.

Os prémios incluiram ainda menções honrosas para nove azei-tes, cinco espanhóis e quatro portugueses.

O concurso foi promovido pela ACOS – Agricultores do Sul, a or-ganizadora da Ovibeja, e a Casa do Azeite – Associação do Azeite de Portugal. Segundo a ACOS, o júri do concurso “foi unânime quanto à ele-vada qualidade dos azeites” parti-cipantes na 2.ª edição do concurso, que visa “contribuir para a promo-ção da qualidade do azeite nacio-nal” e “promover” além-fronteiras os azeites portugueses.

A Câmara Municipal de Moura promove entre os próximos dias 10 e 13,

no Parque Municipal de Feiras e Exposições, a XII Olivomoura – Feira Nacional de Olivicultura e o I Salão de Caça e Pesca, integra-dos na tradicional Feira de Maio. A sessão oficial de abertura está marcada para as 19 horas do dia 10 e deverá contar com a presença da ministra da Agricultura do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas. Este ano o certame contará com três pa-vilhões de exposições e 100 exposi-

tores distribuídos por 150 stands, “sendo esperados, como habitu-almente, milhares de visitantes”, adianta a autarquia.

O vasto programa integra, en-tre outros destaques, colóquios sobre olivicultura, o II Fórum de Caça, Pesca e Biodiversidade, ofi-cinas de sabão de azeite, a assina-tura de protocolos no âmbito da Escola Nacional de Caça, corrida de toiros, provas de azeite e sho-wcookings com os chefes António Melgão e Chakall. No plano musi-cal estão previstas animações com vários grupos corais e populares.

Feira decorre entre 10 e 13 de maio

Moura recebe XII Olivomoura

Concurso Internacional de Azeites da Ovibeja

Portugal, Grécia e Espanha de ouro

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Um grupo de cidadãos concentrou-se ontem, quinta-feira, no evento “Em defesa do Museu Regional de Beja”,

instituição que atravessa sérias dificulda-des financeiras, ao ponto de estar em causa a manutenção da sua abertura ao público. A concentração teve por base um manifesto as-sinado por mais de 60 figuras, entre elas o historiador António Borges Coelho e os ar-queólogos Cláudio Torres e Santiago Macias.

Diz o documento que o Museu Regional de Beja” é uma das instituições mais re-presentativas da nossa região”, não só pe-los edifícios em que se encontra instalado – Convento de Nossa Senhora da Conceição e Igreja de Santo Amaro – e pelo seu riquís-simo acervo, como também pela capacidade

de atração turística que tem revelado, ao re-gistar uma média de 16 mil entradas por ano, “o que o situa acima de alguns museus nacionais” e faz dele “um importante con-tributo para o estímulo da economia local relacionada com o turismo”.

Por outro lado, e não menos importante, sublinha-se o facto de o Museu Regional de Beja ocupar “um lugar especial no imaginá-rio dos habitantes da cidade, que nele en-contram uma das principais referências em termos de memória e de identidade”.

Não obstante estes dados, a sala de vi-sitas de Beja por excelência atravessa “um dos períodos mais negros” da sua histó-ria centenária, acrescenta o documento, que dá como exemplos o facto de estarem

em causa os salários dos trabalhadores e a conservação dos edifícios onde se encon-tra instalado, assim como a cobertura de despesas básicas, como eletricidade, servi-ços de limpeza e água, o que faz com que corra “mesmo o risco de ter que fechar as suas portas”.

Recorde-se que, ao longo das últimas décadas, o equipamento tem vindo a ser suportado financeiramente pelas autar-quias do distrito no âmbito da Assembleia Distrital de Beja, conjuntura que tem so-frido agravamentos por dois fatores que são destacados no manifesto. Por um lado, o facto de o poder central se ter “demitido das suas responsabilidades no que toca à conservação dos edifícios”; por outro, a

“diminuição drástica” da comparticipação da Câmara Municipal de Beja (60 por cento do orçamento de funcionamento do museu) ao longo dos últimos dois anos.

Os subscritores do manifesto “Em de-fesa do Museu Regional de Beja” conside-ram assim “inadmissível” que se coloque a possibilidade de encerramento, e apelam “à rápida resolução do problema, através da as-sunção das responsabilidades que cabem a cada instituição envolvida no processo, com destaque para a Câmara Municipal de Beja, cujo concelho é o principal beneficiário da existência deste equipamento”. É ao muni-cípio de Beja, concluem, que cabe o papel de “garante do funcionamento e do financia-mento do Museu Regional”.

Manifesto conta com mais de 60 subscritores

Defensores do Museu de Bejasaem à rua

Manifesto “Em defesa do Museu Regional de Beja”, com mais de 60 subscritores, saiu ontem à rua. O documento considera “inadmissí-vel” que se coloque a possibilidade de encerramento do equipamento e apela “à rápida resolução do pro-blema, através da assunção das res-ponsabilidades que cabem a cada instituição envolvida no processo”. O município de Beja, que mais be-neficia da existência do museu, deve, por isso, ser “o garante do seu funcionamento e financiamento”, defende.

Texto Carla Ferreira Foto José Ferrolho

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A galeria de exposições da EDIA tem, até ao próximo dia 29 de junho, um novo e importante motivo de visitas. Trata-se

da figura de um touro com cerca de três mil anos (séculos VII/VI a.C.), recuperada de uma das cerca de 1 300 intervenções arqueológicas promovidas até à data por esta empresa.

A escultura, em cerâmica, representa um touro, “em posição natural de repouso, dei-tado sobre o ventre e com a parte traseira li-geiramente recostada sobre a perna esquerda”, explica a empresa, detalhando as medidas: 23 centímetros de altura, 17 de largura e 45 de comprimento.

Uma peça que “pela sua raridade, particular relevância científica e valor iconográfico” passa agora a ser objeto de mostra pública, após a sua descoberta no sítio arqueológico “Cinco Reis 8”, intervencionado no âmbito da empreitada de

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Em exposição até 29 de junho

Figura de touro milenar na EDIAexecução do Troço de Ligação Pisão-Beja, in-fraestrutura da rede primária do Subsistema de Rega de Alqueva.

As escavações revelaram uma necrópole da 1.ª Idade do Ferro, constituída por recintos limi-tados por fossos de planta retangular, no centro dos quais se situam sepulturas individuais.

As intervenções arqueológicas de minimi-zação de impactes que a EDIA tem vindo a pro-mover ao longo do processo de implantação do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva têm permitido, segundo a empresa, “conhecer em concreto os espaços de ocupação inseridos nas mais diversas cronologias (da pré-história aos tempos modernos) e tipologias (necrópo-les, habitações, povoados, etc.)”. Conhecimento que, conclui, “vem trazer novas luzes sobre o passado e contribuir para uma revisão do atual estado do conhecimento científico”.

Feira de Garvão entre os dias 11 e 13 Entre os próximos dias 11 e 13 de-corre mais uma edição da secular Feira de Garvão, no concelho de Ourique. O certame, que conta com a XVIII Exposição Agropecuária, volta a ter vários pontos de interesse, com o evento a ser organizado numa parceria da Câmara Municipal de Ourique com a Associação de Criadores de Porco Alentejano.

Pelo terceiro ano consecutivo, o restaurante

Degust AR do hotel M AR De AR Aqueduto, em

Évora, e cujo chefe executivo de cozinha é o bejense

António Nobre, recebeu o “Garfo de Ouro” no

guia do “Expresso” “Boa Cama Boa Mesa 2012”.

Restaurante do hotel M´AR De AR Aqueduto recebe

“Garfo de Ouro”

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OpiniãoToponímia, um espelho da sociedadeRuy Ventura Poeta e ensaísta

Desde meados do século XIX que a nomeação das ruas e de outros lugares tem sido utilizada para difundir ide-ais políticos, para afirmar os poderes vigentes ou para re-produzir a sociedade, os seus valores e as suas clivagens. Paralelamente, tem constitu-ído uma maneira de homena-

gear quantos pugnaram por uma comunidade ou dignifi-caram a identidade local ou nacional. De um lado, temos o caciquismo, o imobilismo e a estratificação sociais, a pro-paganda a regimes e a políticas. Do outro, os valores uni-versais da solidariedade, da doação e da dignificação do Homem, ao lado do interesse coletivo e dos laços de agrega-ção identitária.

Não conhecemos qualquer aldeia, vila ou cidade que tenha passado ao lado deste modo de fabricar topónimos. Ao lado de valores incontestáveis da litera-tura e da arte, da doação aos ou-tros, do desporto, da identidade nacional, da luta pela dignifica-ção social da espécie humana e de marcos de inegável impor-tância na História local, nacio-nal e internacional, vemos por esse país fora a imposição de caciques e figurões locais, a ho-menagem a agentes económicos duvidosos e a propaganda aos mais diversos regimes e parti-dos, ao lado da apologia de ati-tudes, datas e figuras de que há muito nos deveríamos enver-gonhar. Em bastantes localida-des chega-se ao esquecimento (verdadeiro ou fabricado) de fi-guras cimeiras e de efemérides importantes, substituídos pelos nomes de personalidades com relevo discutível ou até mesmo improvável.

Estamos ainda a tempo de remediar os erros do passado, assim haja vontade para tal.

Uma ideia exequível seria inaugurar por esse país fora um processo inédito de seleção dos topónimos a atribuir a no-vos arruamentos. Um processo realmente democrático: ouvir os cidadãos, as suas propos-tas, as suas opiniões. E deixar de ouvir apenas os membros das Comissões Municipais de Toponímia, cuja atividade mui-tas vezes se situa entre a passi-vidade e a ignorância, nomea-damente quando autorizam a substituição em centros histó-ricos da toponímia funcional e

antiga (a única verdadeira), por homenagens quantas vezes contingentes ou ridículas.

Aliada a esta, outra medida para tornar completamente transparente este processo de “canonização civil” seria ado-tar procedimentos similares aos da canonização religiosa: instituir um “advogado do diabo” que exigisse provas da relevância da personalidade a homenagear, sem as buscar apenas junto de sabichões, que apenas sabem orientar os seus interesses, ou junto daqueles que em vida, por esta ou por aquela razão de proximidade, dependeram do visado. As precauções são necessárias. A História já nos provou ve-zes suficientes que o ditado popular é verdadeiro: as aparên-cias iludem e aquilo que parece ouro por vezes nem prata é!

Verdade seja dita que não concordo com o método de no-meação que, nos últimos 150 anos, tem multiplicado desig-nações artificiais e arbitrárias por esse país fora. Tais no-mes, por mais dignas que sejam as personalidades ou as datas, nunca serão topónimos, além das suas circunstân-cias passageiras. Têm tanto valor quanto aqueles que lemos nas lápides dos cemitérios. Ao longo de muitos séculos a de-nominação dos lugares nasceu sempre da sua interpretação, da leitura das suas características, das suas evidências ma-teriais ou sociais, permanentes ou prolongadas. Os nossos antepassados sempre o fizeram com sabedoria. Saibamos nós, hoje e no futuro, aprender com eles.

Memórias...Domitília Diogo Soares Investigadora

Li no “nosso jornal” (como lhe cha-mava o meu pai), ou seja, no “Diário do Alentejo”, que morreu o mes-tre Chico, sapateiro da minha infân-cia, em Baleizão, nos anos de 1950 e 1960.

As minhas visitas a sua casa tor-naram-se, a partir de determinado momento, num verdadeiro fascí-nio! Não só pela novidade e multipli-

cidade de objetos que a sua mesa de trabalho continha (te-souras, agulhas, fivelas, martelos, formas de sapatos, etc.) como pela destreza das suas mãos, nas várias etapas de uti-lização dos materiais, na reconstrução dos sapatos, botas, sandálias, etc., já gastos. Desmanchava, cortava, colava, co-zia, engraxava os materiais até estes alcançarem uma forma e um brilho muito próximo do original.

A este encantamento de ver transformar o calçado “ve-lho” em “novo” veio juntar-se um outro. Ali mesmo à en-trada, da casa do mestre Chico, havia uma cabine telefónica de madeira… Gigantesca! (se comparada com a minha al-tura de então). Lá dentro havia um objeto quase raro – um telefone preto – comandado de uma sala ao lado, através de um complexo aparelho, manuseado por uma das irmãs do mestre Chico, a “Ferreirinha”, como carinhosamente era chamada. Nessas décadas, as comunicações entre Baleizão e o resto do mundo faziam-se por duas vias, ou por telefone, ou por carta. As cartas, na Aldeia Nova, eram entregues na mercearia do Sr. Antonico da Loja, na Rua do Vinho. Era através de uma estafeta, a “Nena”, que, com recurso à utili-zação de um pequeno burro, transportava encomendas, pos-tais, cartas (para os emigrantes na Alemanha e em França); ou para aqueles que, duramente, sofriam nas prisões da di-tadura; ou ainda os aerogramas (nos tempos das guerras co-loniais, na Guiné, Angola e Moçambique), fazendo a ligação entre a “aldeia” e a estação de caminho de ferro (hoje desati-vada). A estação do comboio era então o ponto de encontro para os que partiam e para os que chegavam. No regresso da estação as conversas sucediam-se, parecendo quase sempre

intermináveis, ainda que, no verão, debaixo de um calor abrasador e, no inverno, de um frio gélido… Era neste quo-tidiano aparentemente calmo, mas de grandes inquieta-ções, que a vida do mestre Chico e as conversas dele com o meu pai ocorriam, enquanto este aguardava pela ligação te-lefónica a qualquer parte do País. No percurso agitado que foi a da minha infância, ia presenciando a vida destes e de outros homens e mulheres que, na sua simplicidade, mas com sabedoria, procuravam saídas para o inconformismo que então se vivia, na tentativa de mudar as suas vidas e, se possível, o mundo. Defendiam então a chegada de um novo futuro, num país em que as palavras Igualdade, Liberdade e Fraternidade, fossem o elemento central e orientador das nossas vidas.

Por ter vivido, sofrido e partilhado intensamente todos estes sentimentos de revolta, amor e esperança de um povo, que é o meu, expresso a minha singela homenagem ao mes-tre Chico e a tantos outros que, anonimamente, abriram ár-duos caminhos para que hoje possamos pronunciar uma das mais belas palavras chamada Liberdade.

Laços inquebráveisAna Paula Figueira Docente do ensino superior

Hoje quero escrever apenas duas breves notas sobre dois acontecimentos muito recen-tes.

Primeiro: na véspera do dia 25 de Abril faleceu Miguel Portas. Chocou-me a notícia! Não o conhecia, não sei se era um homem de tan-tas qualidades quantas as

que ouvi serem-lhe atribuídas por personalidades da vida pública, em jeito de clichés de despedida. Sei que perten-cia a uma geração um pouco mais velha do que a minha, separada por menos de uma dezena de anos, que era um activista político e defensor de uma corrente de esquerda, em oposição às ideias preconizadas pelo seu irmão, o ac-tual ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas; sei também que esta circunstância espicaçava a curiosidade dos portugueses, e alimentava um certo voyeurismo que, à força de não ser correspondido pelos próprios, acabou por se tornar numa situação, indubitavelmente aceite pela opinião pública, e que perdeu importância para explora-ção mediática. Recordo ter pensado nisso em várias ocasi-ões e ter interpretado a postura dos irmãos como um acto de amor e de respeito pelas suas diferenças que, em vez de os separar, os unia. Esta forma de amar que aqui e agora quero homenagear – “de desatar os nós que nos impedem de ser felizes e apertar os laços que nos unem” – trans-pira na escrita de Helena Sacadura Cabral, a Mãe, e pa-rece ter sido um seu perene legado. Para ela, nesta hora em que perdeu “uma parcela de Deus”, deixo-lhe aquele mal-mequer do jardim, aquela f lor, que num dos seus “ensaios de prosar de forma diferente” lhe terá sido oferecida pelos seus filhos.

Segundo: pela primeira vez, notáveis e históricos do 25 de Abril entenderam não marcar presença nas cerimónias oficiais. Afirmam que a sua “atitude não é em relação ao Governo” mas contra a “linha política que está no poder”. Nasci em 1965! Orgulho-me de ter vivido o dia 25 de Abril de 1974 e tudo o que ele significou! Hoje, fico triste! Tanto a aprender com o exemplo Portas!

Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico

14 A 29ª edição da OVIBEJA foi uma das mais participadas dos últimos anos. Quer em número de expositores quer,

essencialmente, em número de visitantes. A organização ainda não libertou os dados oficiais relativos à feira, mas quem a visitou, em qualquer um dos seus cinco dias de existência, pode constatar que, de facto, a Ovibeja é a principal feira do Alentejo e é o grande ponto de encontro e de troca de experiências de toda a região. PB

(...) outra medida para tornar completamente transparente este processo de “canonização civil” seria adotar procedimentos similares aos da canonização religiosa: instituir um “advogado do diabo” que exigisse provas da relevância da personalidade a homenagear, sem as buscar apenas junto de sabichões, que apenas sabem orientar os seus interesses, ou junto daqueles que em vida, por esta ou por aquela razão de proximidade, dependeram do visado. As precauções são necessárias. A História já nos provou vezes suficientes que o ditado popular é verdadeiro: as aparências iludem e aquilo que parece ouro por vezes nem prata é!

A Ovibeja continua a ser uma das principais montras para os políticos se mostrarem ao País. Este ano, apesar da ausência do

Presidente da República, repetiram-se as visitas oficiais de partidos e personalidades políticas. PASSOS COELHO também esteve em Beja, acompanhado pela ministra da Agricultura, para anunciar a conclusão de Alqueva até 2015. Uma boa notícia para a agricultura e para o Alentejo em geral. Resta agora saber de onde provirá o dinheiro. PB

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Há 50 anos1.º de Maiocom “motins” em Aljustrele em Lisboa

Em plena ditadura salazarista, em 1962, o 1.º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, foi comemorado

em Portugal por milhares de pessoas, mo-bilizadas pelo clandestino PCP na sua es-tratégia de resistência e combate ao fas-cismo. Álvaro Cunhal escreveu mais tarde, no Rumo à Vitória, que se tratou de “uma das maiores, se não a maior jornada de luta antifascista desde o advento da dita-dura e a maior vitória de sempre do Partido Comunista Português na mobilização das massas populares para uma jornada polí-tica”.

Na primeira página da edição de 3 de maio, o “Diário do Alentejo” “noticiava” os acontecimentos através de “uma nota ofi-ciosa do Ministério do Interior sobre os mo-tins verificados em Aljustrel e em Lisboa e alguns noutros pontos do País”:

“Desde há tempos que o Governo tinha conhecimento de um vasto plano de pertur-bações da ordem pública, a desenvolver no País sob pretexto de comemoração do 1.º de Maio, procurando o chamado partido co-munista [sic] tentar sublevar as classes tra-balhadoras pelo abandono do trabalho e pela realização de manifestações subversi-vas. (…)

Numa desesperada tentativa de suble-vação, registaram-se, porém, algumas ma-nifestações que, embora dominadas pelas forças da ordem, são clara expressão dos in-tuitos criminosos de elementos desafectos do Regime.

Assim, no passado dia 29, houve na vila mineira de Aljustrel, no distrito de Beja, um motim com ataque ao posto da Guarda Nacional Republicana. A reduzida guarni-ção deste, dando provas de coragem, pon-deração e serenidade dignas do maior lou-vor, viu-se forçada a usar das suas armas, registando-se duas mortes e quatro feridos – um dos quais com gravidade, mas neste momento livre de perigo. É de salientar o facto de os elementos amotinados serem portadores de armas de fogo e, ainda, a cir-cunstância de um destes elementos ter sido ferido com projécteis de chumbo desfecha-dos por arma caçadeira.

Também ontem, ao fim da tarde, alguns díscolos provocaram distúrbios em Lisboa (no Terreiro do Paço e algumas ruas da Baixa), causando danos nas montras de es-tabelecimentos comerciais e nos postes de sinalização do trânsito. (…)

Também no centro da cidade do Porto e à mesma hora se pretendeu organizar por duas vezes manifestações subversivas que a P.S.P. impediu sem dificuldades” (…).

Breve nota final: ontem como hoje, a re-pressão e as mentiras dos opressores não conseguem ocultar as lutas dos trabalhado-res nem impedir os avanços da História…

Carlos Lopes Pereira

Histórias de Abril (5)

Aquela triste(e não leda) madrugada

Santa Vitória, novembro de 1975. Tinha sido um ano e meio frenético, depois de 48 de quietude opressora. Nesse curto pe-ríodo de tempo de um país tão antigo, a história fez-se a uma

velocidade estonteante, que contrastou com a letargia em que o sala-zarismo propositadamente mergulhara os portugueses.

Dezanove meses durou o PREC, período vivido por muitos com paixão e esperança e referido por outros de uma forma acintosa. Esperança que chegou ao outro lado do oceano e que levou o Chico a cantar “Eu queria estar na festa, pá”. Mas, lá como cá, ditadura era di-tadura e a canção foi censurada.

A revolução que dos cravos foi chamada teve também, ao longo desses meses, cenas de violência que fizeram mártires, como o padre Max, cujo lema de vida era “servir o povo e nunca se servir dele”. E foi palco, principalmente, de outros episódios, como o “28 de setembro” ou o “11 de março”, que ficaram na memória como tentativas de in-terromper a revolução em curso.

E, se o primeiro não passou de um golpe palaciano, em nome de uma tal “maioria silenciosa”, que terminou com a substituição de Spínola por Costa Gomes, como Presidente da República, o segundo já foi mais violento, dado que incluiu o bombardeamento aéreo de um quartel (o Ralis) e a morte de um soldado e ferimentos em ou-tros. Foi a derradeira tentativa dos chamados “spinolistas”, que re-sultou numa viragem à esquerda, com a formação do Conselho da Revolução e a nacionalização de bancos e seguros.

Entre março e novembro acentuam-se, entretanto, as diver-gências entre os próprios “vencedores” deste último golpe, divisões profundas que se abrem, que criam feridas jamais cicatrizadas, en-tre partidos políticos e, sobretudo, entre militares que estavam do mesmo lado no 25 de Abril e que agora estão dos dois lados da barricada.

Vivem-se momentos históricos, como, por exemplo, a manifes-tação do dia 16 de novembro, que encheu o Terreiro do Paço, onde, soldados e povo, lado a lado, gritam a sua fidelidade à revolução so-cialista, que seria irreversível em Portugal. Essa mesma revolução que trazia ao nosso país revolucionários de toda a Europa, para ve-rem com os seus próprios olhos, como era possível, neste cantinho à beira mar plantado, semear e colher todos os seus sonhos mais lin-dos, de uma sociedade mais justa e igualitária.

Em setembro e em março, como em todo o País, também nas nossas aldeias foram feitas barricadas, para evitar a passagem dos contra revolucionários, parando e revistando carros, num misto de vigilância, mas também de festa, onde se confraternizava à volta de uma bebida e de um petisco. Onde se misturava a alegria e o senti-mento de dever cumprido, a lutar por uma causa justa.

Nesse dia de novembro as coisas não correram da mesma ma-neira. Porque uma imagem da televisão teve um simbolismo e trans-mitiu uma mensagem que iria marcar todos os que se juntaram na Casa do Povo de Santa Vitória para, mais uma vez, defender a sua re-volução. No écran, onde um dos “nossos”, Duran Clemente, capitão de Abril, estava a falar, surge, em seu lugar, uma comédia do Danny Kaye. Nesse momento, de angústia e de revolta, ninguém sabia que a emissão passara de Lisboa para o Porto.

Nessa noite e madrugada a dúvida instalou-se: que se passara, quem iniciara as hostilidades, a esquerda ou a direita? Como estava a evoluir a situação, quem iria sair vencedor? Perguntas que nunca ob-tiveram resposta, ficando em todos um sentimento de orfandade e de abandono à sua sorte. Todos os que ali estavam, para defender a sua revolução, recolhiam a suas casas sem saber o dia seguinte, longe da euforia de setembro e de março. O próprio Chico cantava agora “Foi bonita a festa, pá”.

Afinal, como muitos chegaram a vaticinar, essa noite não foi o “fim da História”, que um tal Fukuyama anos mais tarde (errada-mente) anunciou. É claro que, a partir dessa data, com a “normali-zação” democrática, abrandou significativamente a velocidade que marcou esses 19 meses, mas foi possível levar à prática muito por que se lutava então: democratizar o acesso à Educação e à Saúde, melhorar as condições de vida e de trabalho, promover a Cultura dos cidadãos, etc..

Nesse dia de novembro perderam-se, certamente, muitas ilu-sões, mas ficaram os ideais, que perduram para além dos contratem-pos da História. Porque, como diz o “alentejano” José Mattoso, “…os ideais propõem-nos um horizonte que nunca conseguiremos alcan-çar: o ideal da pureza, da beleza, da abnegação – nunca lá chegare-mos suficientemente…” (Público, 29 de abril).

(Esta última “História de Abril” é dedicada à memória de Miguel Portas)

José Filipe Murteira

A futuro do MUSEU REGIONAL DE BEJA continua comprometido. E parece que não quer aparecer uma solução definitiva para um dos mais interessantes

e emblemáticos monumentos do País. Enquanto há autarquias que se esquivam a pagar as suas legítimas dotações à Assembleia Distrital de Beja, outras estão a fazer adiantamentos para assegurar o pagamento de ordenados aos funcionários. Isto enquanto a sociedade civil se agita em torno do museu, organizando manifestações, manifestos e abaixo-assinados. PB

Iconografia pacense

O diploma da “Ovibeja” de 1917

Desconhecia este documento ilustrado por Rocha Vieira (Angra do Heroísmo, 1883 – Lisboa, 1947), um dos melhores ilustradores do jornal

“O Século” e de muitos outros periódicos e livros. Artista exímio no desenho e na aguarela, realizou centenas de reconstituições dos acontecimentos da I Grande Guerra, aliás, como de certo modo, têm feito quase todos os artis-tas desde os primórdios da arte de ”reportagem” – o fotó-grafo não estava lá, mas havia sempre quem reconstitu-ísse a cena visualmente, como o fazia e muito bem, para o “Diário Popular”, o nosso já falecido amigo, e grande artista naturalista, Carlos Marques.

Este certificado, da participação na “Exposição Rejional de Ovinos”, realizada em Beja, organizada pelo Sindicato Agrícola da cidade, datada de 6 de maio de 1917, foi atribuído ao senhor João Manuel Palma, de Serpa, como corolário do 1.º prémio pecuniário corres-pondente à 1.ª classe do 1.º grupo (carneiros sementais isolados de raças nacionais para produção de carne e lã); da direção do sindicato, assinam Marcos Adriano da Silva Bentes, João Mendes Lança da Fonseca e Francisco Fragoso Crujo. É de salientar que só tive-mos conhecimento deste diploma através do neto do premiado, o nosso amigo Guakim Di Palma, de Serpa, cujos familiares, a quem também agradeço, permiti-ram a sua reprodução nesta crónica.

Trata-se, portanto, de um testemunho iconográ-fico pormenorizado, de valor histórico, social, eco-nómico e, sobretudo, etnográfico muito interes-sante. Desde a vista da cidade, ainda, à direita do convento da Conceição, com os remates da torre si-neira e da cobertura oitavada da igreja de São João Batista (demolida em 1919), extremada pelos sím-bolos/selos da República Portuguesa e da Câmara Municipal de Beja, a oficializar o documento, até aos aspetos mais monumentais da cidade, reproduzidos à esquerda, como o do Convento da Conceição, de-pois da demolição do Paço dos Infantes (1895), mas também uma vista do paço, ainda intacto, a par-tir do largo dos Duques (sinal evidente do provável desconhecimento do autor do estado em que se en-contravam os monumentos de Beja e, também, da conceção, à distância, através de fotografias); no se-guimento, mais duas reservas, uma circular e outra retangular, alojam, respetivamente, o castelo de Beja com a sua torre de menagem e a ermida de Santo André. Se, no cimo, a cidade domina a planície, em baixo, no primeiro plano, Rocha Vieira, optou por valorizar o certame no que respeita à atividade rural agropecuária, expondo as máquinas e instrumentos da lavoura de então, o advento da motorização a va-por, na debulha, assim como as tradicionais carra-das de palha puxadas pelas juntas de bois, enquanto no campo se espraia os gados bovino, suíno, caprino e ovino, tudo ligado, na envolvência do documento, por ramos de espigas e videiras. O artista assina no canto inferior esquerdo.

Leonel Borrela

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Fotorreportagem

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A grande reportagem fotográfica da Ovibeja está na página do Facebook do “Diário do Alentejo”.

Mas nesta primeira edição em papel posterior à grande feira do Alentejo não quisemos deixar

de parti lhar alguns dos mais espetaculares instantes da 29.ª Ovibeja. Certame que juntou em

Beja, durante cinco dias, milhares de v isitantes. E momentos verdadeiramente irrepetíveis.

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Fotos José Ferrolho (1 , 2, 4 e 5)José Serrano (3, 6, 7 e 8)

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Futebol juvenil

Nacional da 2.ª Divisão chegou ao fim

Moura fechou com empate

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Desporto

Campeonato Distrital de Juniores (18.ª jornada): Amarelejense-Moura, 0-1; Vasco da Gama-Almodôvar, 3-0; São Domingos-Castrense, 2-1; Desportivo de Beja-Piense, 0-1. Classificação final: 1.º Moura, 49 pontos. 2.º Odemirense, 39. 3.º Castrense, 38. 4.º Piense, 26. 5.º Desportivo de Beja, 25. 6.º São Domingos, 23. 7.º Vasco da Gama, 20. 8.º Aljustrelense, 18. 9.º Amarelejense, 12. 10.º Almodôvar, 10. O Moura é campeão distrital de juniores.

Campeonato Distrital de Iniciados (25.ª jornada): Amarelejense-Ourique, 3-0; Odemirense-Bairro da Conceição, 5-0; Desportivo de Beja-Ferreirense, 6-0; Despertar-Moura, 0-3; Almodôvar - -Gua diana, 2-1; Milfontes-Negrilhos, 1-1. Classificação: 1.º Desportivo de Beja, 67 pontos. 2.º Odemirense, 59. 3.º Moura, 53. 4.º Serpa, 45. 5.º Despertar, 39. 6.º Almodôvar, 32. 7.º Guadiana, 30. 8.º Amarelejense, 29. 9.º Milfontes, 24. 10.º Ferreirense, 19. 11.º Bairro da Conceição, 18. 12.º Ourique, oito. 13.º Negrilhos, sete. Próxima jornada (6/5): Ourique-Serpa; Bairro da Conceição--A ma relejense; Ferreirense -Ode-mirense; Moura-Desportivo de Beja; Guadiana-Despertar; Negrilhos-Almo-dôvar. O Desportivo de Beja é campeão distrital

Campeonato Distrital de Infantis (6.ª jornada): Despertar A-Moura, 3-3; Vasco da Gama-Odemirense, 2-6; Guadiana-Rio de Moinhos, 3-3. Classificação: 1.º Despertar, 14 pon-tos. 2.º Odemirense, 13. 3.º Moura, oito. 4.º Rio de Moinhos, seis. 5.º Guadiana, cinco. 6.º Vasco da Gama, três. Próxima jornada (5/5): Odemirense-Despertar A; Moura-Guadiana; Rio de Moinhos --Vasco da Gama.

Campeonato Distrital de Benjamins (6.ª jornada): Castrense-Aldenovense, 4-6; Ferreirense-Renascente, 9-0; Sporting de Cuba-Despertar B, 1-7. Classificação: 1.º Despertar, 16 pon-tos. 2.º Ferreirense, 13. 3.º Sporting de Cuba, 12. 4.º Aldenovense, nove. 5.º Castrense, três. 6.º Renascente, zero. Próxima jornada (5/5): Renascente-Cas-trense; Aldenovense-Sporting de Cuba; Despertar B-Ferreirense.

Taça Dr. Covas Lima – Infantis: Série A (6.ª jornada): Despertar B-Sporting de Cuba, 1-2; Aldenovense--Al vito, 3-5; Beringelense-Santo Aleixo, 1-9. Classificação: 1.º Santo Aleixo, 15 pontos. 2.º Núcleo Sportinguista de Beja, 15. 3.º Sporting de Cuba, nove. 4.º Despertar, nove. 5.º Alvito, três. 6.º Aldenovense, três. 7.º Beringelense, zero. Próxima jornada (5/5): Sporting de Cuba-Aldenovense; Alvito-Beringelense; Santo Aleixo-Núcleo Sportinguista Beja. Série B (5.ª jornada): Aljustrelense --Bairro da Conceição, 6-0; Milfontes-Al-modôvar, 3-3; Castrense-Ourique, 9-5. Classificação final: 1.º Castrense, 15 pon-tos. 2.º Almodôvar, 8. 3.º Aljustrelense, oito. 4.º Ourique, sete. 5.º Milfontes, quatro. 6.º Bairro da Conceição, zero.

Taça Joaquim Branco – Benjamins: Série A (6 .ª jornada) : Núcleo Sportinguista de Beja-Desportivo de Beja, 8-1; Casa Benfica Beja-Moura, 0-2; Beringelense-Alvito, 2-5; Vasco da Gama - -Serpa, 3-3. Classificação: 1.º Bairro da Conceição, 15 pontos. 2.º Núcleo Sportinguista de Beja, 15. 3.º Alvito, 15. 4.º Moura, 12. 5.º Vasco da Gama, sete. 6.º Serpa, quatro. 7.º Beringelense, três. 8.º Casa do Benfica de Beja, zero. 9.º Desportivo de Beja, zero. Próxima jor-nada (5/5): Serpa-Núcleo Sportinguista Beja; Desportivo de Beja-Casa do Benfica Beja; Moura-Beringelense. Série B (5.ª jornada): Almodôvar-Milfontes, 3-2; Aljustrelense-Figueirense, 11-2; Despertar A-Guadiana, 7-0; Ourique - -Ode mirense, 4-5. Classificação: 1.º Aljustrelense, 15 pontos. 2.º Despertar, 10. 3.º Odemirense, 10. 4.º Milfontes, nove. 5.º Almodôvar, seis. 6.º Guadiana, seis. 7.º Ourique, três. 8.º Figueirense, zero. Próxima jornada (5/5): Milfontes --Ode mirense; Figueirense-Almodôvar; Guadiana-Aljustrelense; Despertar A-Ourique.

Campeonato Distrital de Futsal (play off) 2.ª jornada: Politécnico de Beja-Al-mo dovarense, 4-2; Alcoforado-Núcleo Sportinguista de Moura, 2-2 (4-3 gp). Finalistas: Instituto Politécnico de Beja e G.D.C.Alcoforado.

Nacional 2.ª Divisão

30.ª jornada

Monsanto-At. Reguengos ................................................ 5-0Carregado-Louletano ....................................................... 3-0Sertanense-Fátima .............................................................0-1Torreense-Pinhalnovense ................................................ 1-0Tourizense-Juventude Évora ........................................... 3-0Oriental-Mafra .................................................................... 0-01.º Dezembro-Caldas......................................................... 2-0Moura-Est. Vendas Novas .................................................1-1

J V E D G P

Fátima 30 18 6 6 50-30 60

Torreense 30 15 11 4 47-27 56

Oriental 30 16 8 6 49-17 56

Carregado 30 15 8 7 57-38 53

Pinhalnovense 30 16 5 9 47-32 53

Louletano 30 13 7 10 28-33 46

Mafra 30 10 16 4 33-22 46

Sertanense 30 11 10 9 37-32 43

E. Vendas Novas 30 11 5 14 35-34 38

Tourizense 30 8 11 11 30-34 35

1.º Dezembro 30 8 10 12 28-29 34

Juventude Évora 30 9 5 16 29-42 32

Monsanto 30 6 11 13 28-41 29

At. Reguengos 30 5 11 14 31-53 26

Moura 30 6 7 17 28-57 25

Caldas 30 3 9 18 17-53 18

Nacional 3.ª Divisão – Subida

6.ª jornada

Quarteirense-Sesimbra .................................................... 1-0 Aljustrelense-Esp. Lagos .................................................. 1-0 Farense-Messinense ...........................................................2-1 J V E D G P

Farense 6 3 1 2 9-8 38

Quarteirense 6 4 1 1 10-4 31

Aljustrelense 6 3 2 1 9-4 28

Sesimbra 6 2 2 2 4-4 26

Esp. Lagos 6 1 3 2 5-6 25

Messinense 6 0 1 5 4-15 18

Próxima jornada (6/5/2012): Messinense-Quarteirense, Se-

simbra-Aljustrelense, Esp. Lagos-Farense.

Nacional 3.ª Divisão – Manutenção

6.ª jornada

Fabril Barreiro-U. Montemor ............................................3-2 Redondense-Despertar SC ...............................................2-3 Pescadores-Lagoa...............................................................2-1 J V E D G P

Fabril Barreiro 6 4 0 2 13-12 29

U. Montemor 6 3 2 1 12-7 26

Lagoa 6 3 1 2 11-8 25

Pescadores 6 3 1 2 11-8 22

Redondense 6 0 2 4 4-11 12

Despertar SC 6 2 0 4 9-14 8

Próxima jornada (6/5/2012): Lagoa-Fabril Barreiro, U. Monte-

mor-Redondense, Despertar-Pescadores.

Distrital 1.ª Divisão

25.ª jornada

Panoias-Odemirense ......................................................... 0-0FCSerpa-Sp.Cuba ................................................................ 3-0Guadiana-Ferreirense ........................................................1-3Castrense-Rosairense ........................................................1-1Almodôvar-S.Marcos ..........................................................3-1Milfontes-Aldenovense .....................................................3-1Vasco da Gama-Desp.Beja ................................................3-2 J V E D G P

Castrense 25 19 5 1 62-12 62

Milfontes 25 19 2 4 57-25 59

Ferreirense 25 14 5 6 46-39 47

Vasco da Gama 25 14 1 10 64-38 43

Almodôvar 25 11 5 9 51-37 38

Odemirense 25 11 4 10 37-35 37

Aldenovense 25 12 1 12 42-32 37

FCSerpa 25 10 6 9 33-34 36

Rosairense 25 9 7 9 42-40 34

Panoias 25 8 6 11 28-42 30

Desp.Beja 25 7 5 13 29-40 26

S.Marcos 25 6 4 15 31-71 22

Guadiana 25 5 3 17 24-60 18

Sp.Cuba 25 2 2 21 19-60 8

Próxima jornada (6/5/2012): Sp.Cuba-Castrense, Rosairense-

Panoias, Odemirense-Guadiana, Aldenovense-Almodôvar,

Desp.Beja-Milfontes, Ferreirense-Vasco da Gama, S.Marcos -

-FCSerpa.

O Mineiro Aljustrelense cumpre no pró-ximo domingo, dia 6, no Campo Vila Amália, em Sesimbra, mais uma etapa

da fase de subida do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão.

Tem sido uma caminhada bem suce-dida, um esforço compensador. O Mineiro Aljustrelense até pode “morrer na praia” mas por tudo o que já fez até aqui é credor do reco-nhecimento dos seus adeptos. No domingo, em Sesimbra, terá mais uma jornada difícil, onde uma derrota significará ver-se ultrapas-sado pelos sesimbrenses na tabela classificativa. Por isso, e por muito mais, se espera um resul-tado positivo, apesar da reconhecida valia do adversário.

No último domingo o Aljustrelense venceu o Esperança de Lagos, tangencialmente mas com justiça, afastando os algarvios, pelo me-nos temporariamente, dos lugares de topo deste campeonato a seis em que a sorte da promoção calhará apenas a dois, ou melhor, ao Farense, já suficientemente destacado para não se dei-xar surpreender, e a uma segunda equipa, que nesta altura do campeonato é o Quarteirense, mercê da sua, um tanto surpreendente, vitória em casa do vizinho de Faro.

A quatro jornadas do final desta fase com-plementar da prova, o Mineiro ainda jogará em casa com as equipas do Quarteirense e do Messinense, fechando a campanha no Estádio do Farense. Firmino Paixão

O Moura Atlético Clube despediu-se do Nacional da 2.ª Divisão com um empate a uma bola com o Estrela de Vendas Novas, única equipa alentejana que se manteve no escalão.

Texto Firmino Paixão

Já despromovido ao Nacional da 3.ª Divisão, o Moura despediu-se da tem-porada e dos seus adeptos com um

empate caseiro com a formação do Vendas Novas, cujo desfecho também já não in-

fluenciava a posição na tabela. O Moura foi uma das três equipas que

menos golos marcou (28) e a que mais so-freu (57), dados que, por si só, justificam o antepenúltimo lugar com que fechou a prova, depois de nas primeiras jornadas, e ainda sob o comando técnico de Fernando Piçarra (a quem sucederam primeiro Carlos Ventura e depois Joaquim Mendes), ter con-seguido alguns resultados prometedores que criaram algumas expectativas de uma hipotética manutenção, o que, infelizmente para os mourenses, não veio a acontecer.

Aljustrelense procura pontos em Sesimbra

Bom porto de abrigo

Nacional da 3.ª Divisão Aljustrelense venceu o Esperança de Lagos e ficou mais perto da subida

Os Jogos Municipais de Serpa 2012 vão decorrer

entre os dias 5 de maio e 23 de junho, envolvendo

clubes, associações e coletividades de todo o

concelho, esperando-se a mobilização de cerca de

700 atletas na prática de mais de 20 modalidades.

Jogos Municipais

de Serpa até 23 de junho

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Delmiro Palma

Com o campeonato a che-gar ao seu termo, concluí-mos esta rubrica com um

nome grande do jornalismo be-jense, já retirado destas lides. Aos 77 anos, traça aqui o seu percurso em discurso direto. “Iniciei a car-reira ainda muito jovem pela mão de um camarada de trabalho que ao tempo representava em Beja o extinto ‘Mundo Desportivo’ e o recém-criado ‘Record’. Em 1960 passei a ser o correspondente do ‘Record’, posição que mantive até 2000. Em 1981, num período de menos fulgor do futebol bejense, com a descida do Desportivo de Beja aos regionais, entendi que o desporto em Beja ficaria com um enorme vazio. Fundei então ‘O ÁS’, um projeto que todos ima-ginavam inviável, face a experi-ências anteriores mal sucedidas. Mantive ‘O ÁS’ cerca de 20 anos, com altos e baixos, procurando sempre o melhor. Excelentemente acompanhado por dois enormes jornalistas, a quem muito devo, Francisco Pratas e Firmino Paixão. Entretanto fui colaborador com regularidade no ‘Sul Desportivo’ e na ‘Gazeta dos Desportos’, am-bos já desaparecidos, ao mesmo tempo que colaborava no pro-grama ‘Desportivamente’ da Rádio Pax. No ano de 2000 entendi que a idade não perdoava e passei o tes-temunho de ‘O ÁS’ ao José Saúde, que o conseguiu equilibrar cerca de 10 anos”.

(2) SÃO MARCOS/SERPAJogo que se apresenta equilibrado e onde o fator casa pode ter o seu peso, mas os serpenses acabarão por vencer.

(1) ALDENOVENSE/ALMODÔVARCom mais ou menos dificuldades, a vi-tória acabará por sorrir aos homens de Vila Nova de São Bento.

(X) DESPORTIVO/MILFONTESUm Desportivo que ainda não con-seguiu encontrar-se frente a um Milfontes fortíssimo. Sem querer abu-sar de um certo bairrismo, vou pelo empate.

(X) FERREIRENSE/VASCO DA GAMAJogo onde vai imperar o equilíbrio, o empate será o resultado mais lógico.

(1) ODEMIRENSE/GUADIANAA vitória não fugirá aos homens do rio Mira.

(X) ROSAIRENSE/PANOIASOutro jogo de prognóstico difícil, em que o empate parece ser o desfecho mais adequado.

(2) SPORTING DE CUBA/CASTRENSEOs extremos tocam-se, com larga vantagem para os rapazes de Castro Verde. Qualquer resultado que não seja o triunfo do Castrense será um verdadeiro golpe de teatro.

Hoje palpito eu... 19

O Futebol Clube Castrense conquistou o título distrital da AFBeja e assegurou a promoção à 3.ª Divisão Nacional na próxima época desportiva.

Texto Firmino Paixão

O ponto que faltava ao Castrense para se sagrar campeão chegou na penúl-tima jornada do campeonato e os

adeptos puderam finalmente festejar. O tí-tulo estava prometido desde o apito inaugu-ral deste campeonato, jornada após jornada ia tomando forma, mas só ao minuto 22 do pe-

núltimo jogo Rui Pepe marcou, de grande pe-nalidade, o golo que valeu a conquista ante-cipada de mais um cetro para a formação de Castro Verde. A prova ainda não acabou mas o interesse na derradeira ronda é relativo, por-quanto também nesta jornada ficou senten-ciada a despromoção do Guadiana, juntando - -se ao Sporting de Cuba na descida ao escalão inferior. O pódio da prova também ficou de-senhado, com o Milfontes na segunda posi-ção e o Ferreirense em terceiro, aconteça o que acontecer na jornada 26.

A avalizar a inquestionável justiça do triunfo da formação do Campo Branco estão

os testemunhos de ter sofrido apenas uma derrota (em Odemira), de ser a equipa mais re-alizadora e de ter a defesa menos batida.

No próximo domingo o novo campeão mostra-se no terreno do último classificado; o Milfontes jogará em Beja; e o Ferreirense re-cebe o Vasco da Gama naquele que será o jogo mais atrativo da ronda que outros motivos de interesse já não tem porquanto, como atrás fi-cou dito, as grandes decisões estão integral-mente tomadas e, sublinham-se, o Castrense é o novo campeão. Cuba e Guadiana regressam à 2.ª Divisão, de onde saíram na época passada para um périplo de curta duração.

Despertar conseguiu segunda vitória

Um talismã em RedondoM

ais um triunfo para o Despertar, o segundo desta temporada, desta vez no reduto do Redondense,

equipa que já tinha perdido em Beja com os despertarianos.

A cumprir calendário, face à sua con-dição de despromovido aos campeonatos

regionais, o Despertar foi ao Redondo repe-tir o triunfo que já tinha conseguido em Beja frente à mesma equipa, também já afastada da manutenção no patamar nacional, mas desta vez por 3/2 (tinha ganho 1-0 em Beja).

No domingo os bejenses regressam ao seu terreno para receber a formação dos

Pescadores, que ainda se mantém em luta por um lugar na 3.ª Divisão, pelo que se adi-vinha uma partida renhida.

Os jogadores da Caparica vêm de um triunfo sobre o União de Montemor, equipa em zona de alguma tranquilidade, assim ganhe no pró-ximo domingo ao vizinho Redondense. FP

Cabeça Gorda e Piense na linha da frente

Posições quase definidasO

Cabeça Gorda, atual líder do Campeonato Distrital da 2.ª Divisão, e o Piense, segundo clas-

sificado, estão a consolidar as suas posições em lugares de promoção ao escalão supe-rior.

Faltam ainda quatro jornadas para terminar o Campeonato Distrital da 2.ª Divisão mas a posição das equipas começa a ficar clarificada. O líder tem cinco pontos de avanço, margem suficiente para suportar a jornada de folga que ainda tem pela frente. O Piense já cumpriu a ronda de descanso e está no segundo posto, à frente do Bairro da Conceição e do Amarelejense, ambos com

um jogo a mais que a turma da Margem Esquerda. Amanhã, sábado, os dois da frente jogam fora de casa, o Ferrobico em São Luís e o Piense em Ervidel. Correm ris-cos, é verdade, mas são favoritos. O Bairro e o Amarelejense jogam em casa e espreitam um deslize dos seus concorrentes diretos.

Da jornada anterior deixamos o registo do triunfo dos bejenses em São Teotónio e do Alvorada em Montes Velhos, únicas vitórias em terreno alheio. Os triunfos das equipas que jogaram em casa foram expressivos, to-dos eles com uma margem de três golos.

Resultados da 22.ª jornada: Barrancos - -San luizense, 3-0; Cabeça Gorda-Vale de

Vargo, 3-0; Saboia-Messejanense, 3-0; Ne-grilhos-Alvorada, 1-2; Piense-Ama relejense, 4-1; Renascente-Bairro da Conceição, 0-1. Folgou o Ourique.

Classificação: 1.º Cabeça Gorda, 48 pontos. 2.º Piense, 43. 3.º Bairro da Conceição, 42. 4.º Amarelejense, 41. 5.º Saboia, 39. 6.º Renascente, 32. 7.º Ourique, 27. 8.º Alvorada, 24. 9.º Vale de Vargo, 20. 10.º Sanluizense, 20. 11.º Barrancos, 19. 12.º Messejanense, 18. 13.º Negrilhos, quatro.

Próxima jornada (5/5): Sanluizense - -Ca beça Gorda; Vale de Vargo-Saboia; Messejanense-Negrilhos; Alvorada-Piense; Amarelejense-Renascente; Bairro da Con-ceição-Ourique. Firmino Paixão

Castrense conquistou o ponto que deu o título

Finalmente campeões

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A notícia correu célere pela urbe de Serpa: morreu o senhor João Diogo. O seu nome pouco pesa na atualidade futebolística no distrito de Beja, reconheço. Aliás, poucos serão aqueles que recordam os seus feitos como dirigente máximo na agremiação do seu coração: o FCSerpa. A sua eficaz entrega a um emblema que marcou, e marca, a história do futebol alentejano foi genuína. Com João Diogo na liderança do clube os serpenses escalaram barreiras inimagináveis e içaram as cores verdes e brancas no mastro supremo da III Divisão nacional, quando no dia 23 de junho de 1957 o FCSerpa se sagrou campeão nacional, batendo (2-0) o Vila Real de Trás-os-Montes, em Coimbra, com golos timbrados por Coureles e Teixeira da Silva. Eram os tempos áureos do Serpa e de João Diogo como líder diretivo. A sua escola deixou, indubitavelmente, ilustres seguidores. Sabe-se, também, que o presidente de então construiu um plantel na base de jogadores consagrados a nível nacional. Atletas de renome. Experientes. Serpa rejubilou e o Alentejo floriu perante a realidade futebolística que chegava da terra de Abade Correia da Serra. O FCSerpa ganhou direitos exequíveis como distinto figurante nos meios de comunicação social nacional (poucos à época) neste notável cantinho luso à beira-mar plantado. Os adeptos exultaram com as conquistas entretanto obtidas, bem como os feitos desportivos alcançados e, naturalmente, o trabalho desenvolvido pelo senhor João Diogo. Nacos de história do futebol alentejano onde, com inteira justiça, o nome do antigo dirigente merecerá um eterno lugar na tribuna de glória desportiva regional. Enobreço a sua longevidade (90 anos) e trago merecidamente à estampa a derradeira viagem sem regresso de um homem que marcou incontestavelmente a vida do FCSerpa. Até sempre, senhor João Diogo.

João DiogoJosé Saúde

O 1.º Encontro 2 CV Pax Julia e o 2CV Serpa 2012 foram duas iniciativas que reuniram, nas duas cidades cerca de meia centena de Faruks ce-lebrando os 30 anos do Club 2 CV/Dyane.

Texto e foto Firmino Paixão

Francisco Catalão, dirigente do Grupo Bicavalista Os Faruks de Beja, explicou os

objetivos do encontro: “Foi a pro-moção do espírito ‘bicavalista’, jun-tando todos aqueles que gostam destes carros míticos, nomeada-mente os 2 CV, porque há também muitos amigos com outros car-ros clássicos e populares que foram convidados para estarem presentes na nossa pequena e humilde festa,

porque todos juntos podemos fazer alguma coisa e sozinhos nunca fa-remos nada”.

E desmistificando esse espírito “bicavalista” revelou: “Significa ser-mos humildes, sermos solidários, sermos bons e tentarmos ser sem-pre um pouco melhores”, disse, lem-brando que “o 2 Cavalos era tam-bém um carro humilde, um carro virado para aqueles que tinham menos possibilidades financeiras, assim como o Mini, o Carocha, a 4 L, enfim, mas os 2 CV fazem parte dessa família”.

O dirigente acentuou ainda: “Conduzir estes carros é uma ma-neira de estar na vida, é uma paixão que temos nas nossas vidas”. E re-cordou: “É um carro que mobiliza a atenção dos mais jovens, as crianças gostam de ver o 2 CV. Este carro é

uma paixão, faz parte das nossas vi-das, posso dizer que durmo pratica-mente com o carro ao meu lado”.

Para os encontros que decor-reram entre os dias 27 e 29 de abril “vieram amigos de todos os pontos do País, do norte de Espanha, e de Beja esteve também muita gente pre-sente”, sustentou Francisco Ca talão, confessando: “Esta cidade diz-nos muito, gostamos de fazer algo por ela, ainda que coisas simples, mas é importante que o Grupo Faruks de Beja mantenha estas iniciativas, além de outras que fazemos, como a sardi-nhada e a festa do 3.º aniversário do clube no dia 19 de novembro”.

E lá foram cada um ao seu des-tino, um pouco pela berma da es-trada, abrindo alas ao topos de gama movidos pela força de muito mais do 2 Cavalos.

Seleção Nacional de Futsal prepara Mundial com jogos em Serpa e AljustrelA Seleção Nacional de Futsal estará no Baixo Alentejo nos próximos dias 15 e 16, período em que realizará, com a sua congénere da Bélgica, dois jogos que servem de preparação para a fase final do campeonato do mundo, que terá lugar ainda este ano na Tailândia. O primeiro teste, no dia 15, terá lugar no Pavilhão Municipal Carlos Pinhão, na cidade de Serpa. O segundo disputa-se no Pavilhão Municipal Armindo Peneque, em Aljustrel.

Ambos tês início às 20 e 15 horas.

Aljustrelense e CBCastro Verde disputam troféu Supertaça em VidigueiraAs equipas do Sport Clube Mineiro Aljustrel e da Casa do Benfica de Castro Verde disputam no próximo domingo, dia 6, a supertaça de seniores femininos. O jogo está marcado para o Estádio José António Guerreiro Pinto, em Vidigueira, com início às 16 horas. O Aljustrelense venceu o campeonato e a Taça Distrito de Beja e as benfiquistas de Castro Verde participam na qualidade de

equipa segunda classificada na taça.

Andebol Zona Azul em SandimA Zona Azul joga amanhã no

Pavilhão do Modicus, de Sandim

(Porto), a quarta jornada da 2.ª

Fase do Nacional da 3.ª Divisão

de Seniores Masculinos, depois

de ter conseguido a sua primeira

vitória nesta fase final da prova,

ganhando ao Samora Correia por

30/27. A equipa bejense subiu ao

quinto lugar da tabela deixando a

posição de lanterna vermelha ao

Samora Correia, ambos com seis

pontos, metade do que tem o Boa

Hora, líder da classificação. Na

fase de manutenção, o Andebol

Clube de Sines recebe amanhã

o Náutico do Guadiana, depois

de ter sido derrotado na vila de

Redondo (33/20), mantendo-se na

cauda da tabela. Outros resultados:

Nacional da 1.ª Divisão de Iniciados

Masculinos (9.ª jornada): CCP

Serpa-Passos Manuel, 30-36.

Próxima jornada (12/5): CCP

Serpa-Samora Correia (16 horas).

O Desporto na 29.ª Ovibeja

Horseball e obstáculosComo vem sendo tradição, o cavalo foi uma das figuras centrais do programa des-portivo da 29.ª Ovibeja, cer-tame que encerrou as portas na terça-feira.

Texto e foto Firmino Paixão

O picadeiro D. Diogo Bra-am camp Sobral come-çou por receber cerca

de meia centena de conjuntos que disputaram as várias provas do Concurso Nacional de Saltos de Obstáculos Especial, nas classes de escolas, iniciados, 1.00, 1.10 e 1.20 e grande prémio, provas que, ape-sar da instabilidade climatérica, decorreram com normalidade e com bastante público presente.

O programa de eventos des-portivos da feira incluiu ainda a realização da 5.ª e 6.ª jornadas

do Campeonato Nacional Trophy 2012 em Horseball, também no picadeiro principal, em que parti-ciparam as equipas do Horseball Clube Colégio Vasco da Gama (líder do Trophy 2.ª Divisão), o Horseball Team Vidinha Porto, o

Horseball Clube de Campo B e os Lobos do Monte da Lua.

O horseball ganhou a sua maior projeção no País quando em 2002 a Ovibeja recebeu a organização do europeu da modalidade.

Faruks passearam por Beja e Serpa

Uma forma de estar

Desporto na Ovibeja Concurso de saltos reuniu cerca de 50 conjuntos

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Fundado em 1996, o Núcleo de Atletismo e Recreio de Messejana (NARM), em rom-pimento com o futebol, de-pressa se afirmou como um clube de elite no atletismo regional.

Texto e foto Firmino Paixão

O rosto mais visível do Núcleo de Atletismo e Recreio de Messejana

é Luciano Conceição, dirigente, técnico, descobridor de talentos e modulador de campeões. Foi este o trajeto de Débora Encarnação, a antiga atleta do clube que con-quistou vários títulos nacionais e se revelou no maior símbolo do núcleo, mas é também o percurso desenhado para atuais atletas do clube que Luciano Conceição considera terem potencial para ultrapassar o prestígio de Débora. O técnico é o nosso guia nesta proposta para conhecermos um pouco melhor este clube do con-celho de Aljustrel.

Já lá vão muitos anos de ativi-

dade do NARM, sempre em prol

do desporto e da juventude da

freguesia...

O núcleo foi criado há quase 16 anos. Nesse ano nasceu uma nossa campeã, que é a Maria do Rosário Silva. Tem a mesma idade do NARM. O clube surgiu de algumas divergências como Clube Desportivo Messejanense. Criámos um clube próprio só para a modalidade de atletismo, começámos por angariar atletas em todo o concelho, um traba-lho que se tem repetido todos os anos, e treinamos em Messejana três vezes por semana.

Um percurso com altos e baixos...

Há sempre momentos melhores que outros, mas temos tido sem-pre atletas que “defendem a honra do convento”, temos tido sem-pre bons campeões, mas o nosso clube não olha só para os campe-ões, também valoriza os atletas com menos capacidades, sobre-tudo o convívio é importante en-tre os jovens destas idades.

Alguns atletas com potencial

para se evidenciarem?

Temos vários atletas que podem ter futuro na modalidade, mas isso dependerá sempre da von-tade deles, porque até ao esca-lão de juvenis eles dependem um pouco do trabalho de equipa, a partir daí o empenhamento in-dividual e a disponibilidade para os treinos são fatores essenciais para se valorizarem e conse-guirem os melhores resultados. Temos atletas com futuro, prin-cipalmente a Maria do Rosário Silva, o João Silva, que é um atleta dedicadíssimo, a Ana Capeta que, por acaso, também é uma boa futebolista.

A Débora Encarnação foi o maior

símbolo do NARM?

Foi realmente a melhor atleta que até hoje passou pelo nosso clube, mas, atualmente, também te-mos outros com muito valor, que ainda são jovens e que podem chegar onde a Débora chegou ou, quem sabe, irem um pouco mais além. São jovens, ainda têm muita margem para progredir. Se continuarem com a mesma dedi-cação à modalidade podem atin-gir o mesmo nível.

Como é que se descobrem estes

talentos?

O segredo é um pouco como co-lecionar cromos, ou figuras da banda desenhada, como eu fa-zia quando era miúdo. Temos que descobrir os atletas, guardá-los bem, segurá-los e incentivá-los a não partirem enquanto não ar-ranjamos outro que fique no seu lugar. É como fazer uma coleção, não abrirmos mão do que temos e irmos colecionando os bons que vamos descobrindo, porque eles não surgem todos de uma vez. É assim que se reúne um bom grupo de campeões.

O Luciano está no atletismo com

muito amor e paixão por aquilo

que faz...

Temos que gostar do que faze-mos. Se não for com gosto não se consegue chegar a lado algum. Isto dá muito trabalho, exige de nós muito tempo, muito esforço e muita disponibilidade. Temos que nos dedicar e termos orgulho em nos apresentarmos num sí-tio qualquer com a nossa equipa e vê-los brilhar, ver o resultado da nossa dedicação. É gratifi-cante darmos nome à nossa terra, representarmos bem a nossa

freguesia e o nosso concelho. Depois tenho curiosidade em ver que ponto pode atingir um atleta em que pego com seis ou sete anos. Eu não desisto e eles tam-bém não devem desistir.

As dificuldades são maiores que os

apoios?

As dificuldades são sempre enor-mes, debatemo-nos sempre com falta de recursos financeiros para su-portarmos a atividade desta equipa, porque as deslocações são constan-tes, e às vezes longas, e temos que ter disponibilidade financeira para suportarmos tudo isso. Passámos por uma fase mais difícil mas, feliz-mente, já garantimos a nossa ativi-dade até ao final da época.

Um desejo que o NARM gostasse

de ver satisfeito?

Temos algumas dificuldades com a deslocação de atletas, gostáva-mos que o município de Aljustrel pudesse facultar-nos esse apoio sempre que necessário, porque nem sempre tem sido possível, e às vezes temos que pagar a carros particulares para nos transpor-tarem os atletas. Precisávamos de uma maior disponibilidade de transportes.

Hóquei em Patins Grândola joga em ParedesRealiza-se na tarde de amanhã

a primeira jornada da fase de

apuramento de campeão nacional

da terceira divisão, competição

que agrupa os vencedores das

zonas Norte (Sobreira), Centro

(Alcobacense) e Sul (Hóquei de

Grândola). Nesta ronda inicial

a equipa grandolense, que joga

fora de casa nas duas primeiras

jornadas, desloca-se ao recinto

da Casa do Povo da Sobreira,

no concelho de Paredes. Folga

a formação de Alcobaça. A fase

regular do Campeonato Nacional

da 2.ª Divisão ainda está em

curso, jogando-se amanhã a

jornada 26, com a formação

do Hóquei Vasco da Gama, de

Sines, a jogar no pavilhão do

Sesimbra. Na jornada anterior

recebeu o Oeiras e perdeu por

duas bolas a uma, baixando

ao penúltimo lugar da tabela,

em perigo de despromoção.

Outros resultados de hóquei:Campeonato Nacional de

Infantis (9.ª jornada): Paço

d’Arcos-Oeiras, 6-1; Estremoz -

-Boliqueime, 7-7; Sporting-

Hóquei de Grândola, 18-3.

Classificação: 1.º Paço d’Arcos,

24 pontos. 2.º Sporting, 24. 3.º

Oeiras, 15. 4.º H.Grândola, 12. 5.º

Estremoz, quatro. 6.º Boliqueime,

1. Próxima jornada (5/5): Oeiras -

-Sporting; Boliqueime-Paço

d’Arcos; H.Grândola-Estremoz.

Campeonato Nacional de

Iniciados (8.ª jornada): Estremoz -

-Vasco da Gama, 6-2; Cascais -

-Paço d’Arcos, 1-4; Benfica -

-C.P.Beja, 7-3. Classificação:

1.º Benfica, 24 pontos. 2.º Paço

d’Arcos, 16. 3.º Estremoz, 13.

4.º H.Vasco da Gama, oito. 5.º

Cascais, três. 6.º CPBeja, três.

Próxima jornada (5/5): Benfica -

-Estremoz; Vasco da Gama -

-Cascais; C.P.Beja-Paço d’Arcos.

Campeonato Nacional de

Juvenis (9.ª jornada): Benfica-H.

Santiago, 19-1; CPBeja-Seixal,

11-2; Sesimbra-S.Carvalhais,

2-2. Classificação: 1.º Benfica,

27 pontos. 2.º S.Carvalhais, 19.

3.º CPBeja, 15. 4.º Seixal, nove.

5.º Sesimbra, sete. 6.º Hóquei

Santiago, três. Próxima jornada

(5/5): H.Santiago -Sesimbra; Seixal -

-Benfica; S.Carvalhais-C.P.Beja.

Núcleo de Atletismo de Messejana forma campeões

Coleção de cromos com enorme talento

NarMessejana A equipa do núcleo de atletismo

BTT Pelos trilhos

do Pisão em Trigaches

Realiza-se no próximo domingo, dia 6, em

Trigaches, o 4.º Passeio BTT Pelos trilhos

do Pisão, evento organizado pelo Clube BTT

Sempre a Abrir em parceira com a Câmara

Municipal de Beja. O passeio terá percursos de

20 e 50 quilómetros e insere-se no Circuito BTT e

Cicloturismo do programa Passeios da Natureza.

O XV Campeonato do Alentejo de Pista, organizado

pela Associação de Atletismo de Beja com o

apoio das suas congéneres de Évora e Portalegre,

realiza-se no próximo dia 12, na pista do Campelo

Desportivo Fernando Mamede, em Beja.

Campeonato do Alentejo

de Pista em Beja

Futsal O primeiro jogo da final do Campeonato Distrital de Futsal da AFBeja realiza-se amanhã, sábado, pelas 19 ho-ras, no pavilhão da Escola de Santa Maria, entre as equipas do Alcoforado e do Politécnico de Beja.

Taça Distrito de Beja A final da Taça Distrito de Beja na categoria de juniores realiza-se amanhã, pelas 16 horas, no Parque Desportivo de Vila Nova de São Bento, entre as equipas do Moura e do Piense.

Atletismo A juvenil Maria do Rosário Silva, do Núcleo de Atletismo e Recreio de Messejana, bateu o recorde dis-trital dos 2 000 m/obstáculos, com o tempo de 7.44,7’, no XII Grande Prémio de Pista do Beja Atlético Clube.

Page 22: Edoçao N.º 1667

Diário do Alentejo4 maio 2012

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Page 23: Edoçao N.º 1667

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Page 24: Edoçao N.º 1667

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Diário do Alentejo nº 1567 de 04/05/2012 1.ª Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE CUBASecção Única

ANÚNCIOProcesso: 164/10.5TBCUB

Ação de Processo Ordinário

N/Referência: 557208

Data: 24-04-2012

Autor: Etelvina Maria Correia Sacristão Guerra

Réu: Vítor Manuel Janeiro Guerra

Nos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, contados da

data da segunda e última publicação do anúncio, citando:

Réu: Vítor Manuel Janeiro Guerra, domicílio: Rua da Pereira, N° 4,

7920-039 Alvito com última residência conhecida na morada indicada para,

no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a

ação, com a cominação de que a falta de contestação importa a confi ssão

dos factos articulados pela autora e que em substância o pedido consiste:

– Se reconheça e declare que a Autora adquiriu por usucapião, ou seja,

por exercer a posse pública, pacífi ca e de boa fé durante mais de 15 anos o

direito de propriedade sobre o prédio urbano sito na Rua do Espírito Santo,

n° 13 em Alvito, descrito na Conservatória do Registo Predial de Alvito sob

o n° 00492/171290;

– Se condene o Réu a reconhecer o direito da Autora;

– Se condene e ordene o cancelamento no registo predial, com refe-

rência à descrição n° 00492/171290 da Conservatória do Registo Predial de

Alvito, dos registos referentes à inscrição/aquisição - G1-Ap.10/171290 por

Vítor Manuel Janeiro Guerra, lavrada em 17/12/90 e ao averbamento n° 1

a tal inscrição. tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que

se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.

O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais.

Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário

judicial.

A Juiz de Direito,

Dr(a). Celine Alves

A Ofi cial de Justiça,

Ana Maria N. Sota C. Ildefonso

Diário do Alentejo nº 1567 de 04/05/2012 Única Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE BEJA1° Juízo

ANÚNCIOProcesso: 453/12.4TBBJA

Interdição / Inabilitação

N/Referência: 2260353

Data: 27-04-2012

Requerente: Ministério Público

Requerido: Rodorico José Rodeia Galrito Lança

Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/

Inabilitação em que é requerido Rodorico José Rodeia Galrito Lança,

nascido a 15.01.1938, fi lho de José Pedro Galrito Lança e de Elvira da

Assunção Rodeia, natural da freguesia de Santa Maria, concelho de

Beja, com domicílio em: Rua General Teófi lo da Trindade, N° 60 - RIc

Dt°, Beja, 7800-000 Beja, para efeito de ser decretada a sua interdição

por anomalia psíquica.

A Juiz de Direito,

Dr(a). Ana Marta Crespo

O Ofi cial de Justiça,

Maria Helena Simenta

Diário do Alentejo nº 1567 de 04/05/2012 Única Publicação

CASA DO ESTUDANTE

ASSEMBLEIA GERAL

CONVOCATÓRIANos termos do art.º 39 e do art.º 40 nºs 1,2 e 3 dos Esta-

tutos da Associação Casa do Estudante, convocam-se todos os associados da Casa do Estudante para participarem na Assembleia Geral Extraordinária a realizar em Beja, no dia 20 de Maio de 2012 pelas 8h30m, nas instalações da sede, sito na rua de Moçambique nº10 em Beja, com um ponto único da ordem de trabalhos: Venda do Prédio Misto – Quinta de Santo António do Degebe – Évora.

Os trabalhos iniciar-se-ão uma hora mais tarde, com qual-quer número de associados, se à hora marcada não estiver reunido o quorum legalmente previsto.

Beja, 30 de Abril de 2012.O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Manuel Rebelo Lança Alves

Page 25: Edoçao N.º 1667

Diário do Alentejo4 maio 2012

necrologia diversos 25

EXPLICAÇÕES– Dou explicações de

Espanhol

– Faço traduções com

o p a r P o r t u g u ê s /

Espanhol

Contacto: 934047165

[email protected] * Madeira – FESTA DA FLOR – De 21 a 25 de Abril* Excursão ao Santuário de Fátima – Dia 22 de Abril* Barcelona – Capital do Mediterrâneo – De 25 a 29 de Abril – Autocarro* Feira de Sevilha – Dia 28 de Abril* Nordeste Transmontano, Lagos de Senábria com Cruzeiro Am-biental no Rio Douro – De 28/4 a 1/5* Arouca e São Macário – Dias 5 e 6 de Maio* Jóias da Beira – Arganil, Piódão, Coja, Góis, Lousã, Arouce, Candal, Castanheira de Pêra, Pedrógão, Sertã, Dormes – Dias 5 e 6 de Maio – Data alterada* Sintra Monumental – Com visita ao Palácio da Pena – Dia 6 de Maio* Turquia – Visitando: Istambul; Ankara, Capadócia, Pamukkale e Éfeso – De 6 a 13 de Maio* Lourdes, Andorra e Zaragoza – Por ocasião da Peregrinação Mili-tar – De 10 a 15 de Maio

* Feira do Cavalo de Jerez de La Frontera – Dias 12 e 13 de Maio* Celebração do 13 de Maio em Fátima – Dias 12 e 13 de Maio* Galiza – 17 a 20 de Maio - Visitando: Sanxenxo - Grove - La Toja - San-tiago de Compostela - Corunha - Pontevedra – Vigo* CRUZEIRO “FIORDES DO NORTE” – De 18 a 26 de Maio * Rota dos Judeus em Portugal – 19 a 20 de Maio - Visitando: Castelo de Vide - Sortelha - Sabugal - Serra da Malcata - Belmonte – Guarda* Cruzeiro no Alqueva – Dia 20 de Maio* Peñiscola e Gandia – De 26 a 31 de Maio - Visitando: Peñiscola – Mo-rella - Benicássim - Oropesa del Mar -Valência - Gândia – Denia* MONTE SELVAGEM E FLUVIÁRIO DE MORA – Dia 27 de Maio* Cruzeiros no Douro – VÁRIOS PROGRAMAS DISPONÍVEIS TODO O VERÃO!* MOSCOVO E SÃO PETERSBURGO – De 13 a 20 de Julho* CRUZEIRO “LENDAS DO MEDITERRÂNEO” – De 28 de Setembro a

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MOMBEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ FRANCISCO RUAS, de 83 anos, natural de São Matias - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 26 de Abril, da Casa Mortuária de Mombeja, para o cemitério local.

NOSSA SENHORA DAS NEVES

†. Faleceu a Exma. Sra. D. GERTRUDES MARIA ROSA, de 79 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, casada com o Exmo. Sr. Francisco António Cascalheira Júnior. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 27 de Abril, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.

FARO DO ALENTEJO / CUBA

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ DA CRUZ PAIXÃO, de 74 anos, natural de Corte do Pinto - Mértola, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 27 de Abril, da Casa Mortuária de Faro do Alentejo, para o cemitério local.

SANTA CLARA DE

LOUREDO

†. Faleceu o Exmo. Sr. CARLOS DA CONCEIÇÃO VENÂNCIO, de 75 anos, natural de Santa Clara de Louredo - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria do Nascimento Rosária Filipe Venâncio. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 28 de Abril, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério local.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO CARLOS DA CONCEIÇÃO GONÇALVES, de 61 anos, natural de Adão - Guarda, casado com a Exma. Sra. D. Maria Alice dos Santos Gonçalves. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 29 de Abril, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério local.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. CARLOS ALBERTO SOARES MARTINS, de 83 anos, natural de Salvador - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 02, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério local.

CABEÇA GORDA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. BÁRBARA TERESA LÚCIO, de 91 anos, natural de Cabeça Gorda – Beja. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 03, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras

condolências.

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MISSA

Esperança de Deus Catarino

9º Ano de Eterna Saudade

Seus fi lhos, netos, nora e gen-

ro participam a todas as pes-

soas de suas relações e ami-

zade que mandam celebrar

missa por alma da sua saudo-

sa extinta no dia 04/05/2012,

sexta-feira, pelas 18.30 horas

na Igreja do Carmo em Beja,

agradecendo desde já a todos

os que se dignarem assistir ao

piedoso acto.

Santa Clara de Louredo

PARTICIPAÇÃO,

AGRADECIMENTO

E MISSA 7º DIA

Carlos da Conceição Venâncio

Esposa, filhas, genro, netos

e restante família cumprem o

doloroso dever de participar o

falecimento do seu ente queri-

do ocorrido no dia 27/04/2012,

e na impossibilidade de o fazer

pessoalmente agradecem por

este meio a todas as pessoas

que o acompanharam à sua úl-

tima morada ou de outro modo

manifestaram o seu pesar.

Mais informam que será cele-

brada missa pelo seu eterno

descanso no dia 05/05/2012, sá-

bado, às 17.30 horas na Igreja de

santa Clara de Louredo, agrade-

cendo desde já a todos os que

se dignarem comparecer.

MISSA

Maria Helena Guerreiro Passarinho

Amaral2º Ano de Eterna Saudade

Pais, irmãos, avós e sobrinho

participam a todas as pessoas

de suas relações e amizade

que mandam celebrar missa

por alma da sua ente querida

no dia 08/05/2011, terça-feira,

pelas 18.30 horas na Igreja do

Carmo em Beja, agradecendo

desde já a todos os que se dig-

narem assistir.

MISSA

Filipe Miguel Marquito

Canelas

10º Ano de Eterna Saudade

Maria de Lurdes

da Silva Antunes

10º Ano de Eterna Saudade

Seus pais, irmã e cunhado

mandam celebrar missa por

alma do seu ente querido

no dia 4/5/2012, sexta-feira,

às 18.30 horas na Igreja do

Carmo, em Beja.

P.N.A. Maria

Sua fi lha, genro e neta man-

dam celebrar missa pela sua

alma no dia 4/5/2012, sexta-

feira, às 18.30 horas na Igreja

do Carmo, em Beja.

P.N.A. Maria

Se morremos com Cristo, com Ele viveremos

Vila de Frades

AGRADECIMENTO

Micaela Francisca

Amado Damas Nasceu 14.02.1926

Faleceu 22.04.2012

Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agra-decem por este meio a todas as pessoas que a acompanha-ram á sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.Agradecendo publicamente por este meio ao Lar da Santa Casa da Misericórdia de Vila de Frades pelo Empenho e Humanismo demonstrados durante o período que nesta instituição permaneceu.

Selmes

AGRADECIMENTO

Caetana Rosa

Guerreiro Nasceu 15.02.1914

Faleceu 28.04.2012

Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agra-decem por este meio a todas as pessoas que a acompanha-ram á sua última morada ou de outro modo manifestaram

o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA.

Rua das Graciosas, 7 7960-444 Vila de Frades/

VidigueiraTm.963044570 Tel. 284441108

Page 26: Edoçao N.º 1667

Diário do Alentejo4 maio 2012

26

um jornalpara todaa região

Onde estiver, quando quiseral

Siga-nos também no

www.diariodoalentejo.pt

SEXTA-FEIRA, 27 ABRIL 2012 | Diretor: Paulo Barriga

Ano LXXX, No 1566 (II Série) | Preço: € 0,90

Câmara não tem dinheiro

para a Vinipax

A Câmara de Beja está à procura de fontes

de fi nanciamento para a realização do

evento Experiências a Sul, que inclui, entre

outras iniciativas, a Vinipax, a Olivipax e a

Beja Gourmet. Caso não sejam encontradas

formas de fi nanciamento, nomeadamente

através de fundos comunitários, “a autar-

quia não tem capacidade para responder ao

investimento que requer a organização des-

se evento”, revelou ao “Diário do Alentejo”

o vereador Miguel Góis. pág. 6

Coral de Grândola leva Vila

Morena ao Parlamento

Assunção Esteves, presidente da Assembleia

da República, convidou o Grupo Coral e

Etnográfi co COOP de Grândola para estar

presente no fi nal da cerimónia ofi cial

comemorativa do 25 de Abril. Para entoar o

“Grândola Vila Morena”. No Parlamento. O

Grupo aceitou o convite e, na quarta-feira, lá

esteve a oferecer aos deputados e ao Governo

uma mensagem, que também dizem ser

“política”. Numa sessão sem militares de

Abril. pág. 9

Maria e António

há 50 anos atrás do balcão

Maria da Luz e António Palheira dividem o

mesmo balcão há 50 anos. A mesma idade

que tem o seu casamento. Juntos na vida

e no comércio. O casal do “Cortiço”, como

muita gente os reconhece em Beja, porém,

está prestes a reformar-se. O descanso

assusta-os. É que “quando se nasce para

o balcão, não se pode fazer outra coisa na

vida”. E já lá vai meio século entre o restau-

rante “A Floresta” e a tabacaria “Estrela da

Sorte”, passando, naturalmente, pelo típico

café “O Cortiço”. pág. 12

ACOS quer gerir

Parque de Feiras

Castro e Brito pretende extinguir ExpoBeja

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Page 27: Edoçao N.º 1667

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2012

27Começou no dia 26 de abril, e prolonga-se até domingo, dia 6, o Indie Lisboa’12, que conta já

com nove edições. Como já vem sendo hábito, a programação do festival volta a ter uma secção

dedicada ao público infanto-juvenil, o Indie Júnior, com curtas e longas metragens, e atividades

para os mais jovens. Um programa com “Galinhas à solta”, “O rapaz na bolha” e “O pássaro -

-baleia”, entre muitas outras personagens e histórias. http://www.indielisboa.com/indiejunior/

9º Festival de Cinema

Independente também para

os nais pequenos

Pais ...

Como o Dia da Mãe está mesmo a chegar, aproveita esta ideia e faz o retrato da tua mãe. Vais ver que vai adorar!

Depois das últimas duas dicas para os pais, esperamos que os teus lanches tenham ganho uma vida nova. Sabemos que ainda estamos longe do Natal, mas a verdade, é que é altura dos morangos e como diz o ditado “O Natal é quando um homem quiser” ou a mãe decidir fazer os morangos assim.

morangos, natas e sementes para os olhos

Dica da semanaA ideia de criares os teus cartões popup veio através do site minieco. Fácil, diferente e divertido. Podes seguir o tutorial ou inventares novos desenhos. Vais precisar de carto-lina, x-acto (pede ajuda a um adulto), régua, lápis e muita imaginação.

Já falámos de Shaun Tan, a propósito do livro A Árvore Vermelha, agora é a vez de Emigrantes,também editado pela Kalandraka.

Emigrantes é uma homenagem a todos que fizeram uma viagem definitiva nas suas vidas, física ou mesmo existencial.Durante quatro anos Shaun documentou-se com obras de outros autores sobre a vida dos emigrantes e no testemunho do seu próprio pai, que em 1960 emigrou para a Austrália vindo da Malásia.O protagonista deste livro deixa o seu lar e a sua família, uma cidade mergulhada na crise, e é acolhido por um país onde enfrenta uma língua desconhecida,

costumes diferentes e incertezas. O autor privilegia o desenho sobre a palavra, deixando as imagens falarem por si mesmas. Shaun Tan licenciou-se em Belas-Artes e em Literatura Inglesa e atualmente trabalha como artista plástico e autor. Participa em projetos de cenografia e cinema de animação. Conta com prémios como o “Fantasy Best Artist Award e o prestigiado Prémio ALMA.Vê mais em http://www.shaun-tan.net/

A páginas tantas ...

Page 28: Edoçao N.º 1667

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Boa vida

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Comer Costeletas de borrego de cebolada

Ingredientes:

1,2 kg. de costeletas de borrego,300 gr. de cebola em rodelas,4 alhos picados,1 folha de louro,0,5 dl. de vinagre de vinho branco,1 dl. de vinho branco,q.b. de sal,q.b. de pimenta branca moída.

Confeção:

Tempere as costeletas com sal e pimenta. Frite em azeite. Retire as costeletas. No molho junte a cebola e o vinho branco e deixe cozinhar lentamente. Lo- go que a cebola esteja quebrada, perfume com o vinagre. Junte as costeletas e deixe apurar.Retifique o tempero.Acompanhe com batata frita e salada. Bom apetite.

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

LetrasO teu rosto será o último

O romance de estreia de João Ricardo Pedro tornou-se notícia, an-

tes de mais, pela circunstân-cia que motivou a sua escrita – o desemprego de Pedro, en-genheiro de formação – e pela conquista do avultado Prémio Leya 2011 (100 mil euros). Uma situação adversa virada do avesso, portanto, dois anos de trabalho intenso premiados com o prémio de maior va-lor para um inédito em língua portuguesa são uma mais-va-lia para o marketing da obra.

O teu rosto será o último merece, porém, ser lido para além do barulho todo com que é anunciado. Calado o ruído, im-ponha-se um silêncio. Recomeço após os fait divers.

No dia em que, em Lisboa, uma coluna de militares faz uma revolução de cravos, um homem armado sai de casa numa madru-gada fria. Chamada para a morte? Não se sabe, tão cedo, o motivo. A história do doutor Augusto Mendes – que, outrora, ao dar ao homem um olho de vidro, lhe ofe-receu quarenta anos de vida – so-brepõe-se. Nesta história enleia- -se a do filho do médico, António, duas comissões na guerra em África. Acrescenta-se a história do neto, Duarte, prodígio musical...

As histórias, miniaturais, vão sendo desfiladas, autonoma-mente, sem que um fio de ação óbvio alinhave a narrativa. A es-crita de Pedro – límpida, despo-jada – é que constrói o prazer do texto. Alguns nexos se impõem, progressivamente, pontas há que ficam soltas, deixadas ao cuidado e ao trabalho pela imaginação do leitor. Os miasmas da história re-cente de Portugal, por exorcizar, libertam-se pelos tais buracos de que fala o poeta Leonard Cohen e é por aí que a luz entra. A não deixar de ler.

Maria do Carmo Piçarra

FilateliaA invasão de Goa, Damão e Diu, os carimbos dos campos de detenção (I)

Completam-se agora 50 anos da libertação dos militares portugueses aprisionados pe-

las forças da União Indiana aquando da invasão de Goa, Damão e Diu, na madrugada do dia 18 de dezembro de 1961.

Este lamentável episódio da História Pátria aconteceu devido à obstinação de Salazar em não que-rer negociar com Nehru uma solu-ção para o território administrado por Portugal.

Das intenções de Nehru, Salazar certamente não duvidada pois, re-corde-se, que já em 1954, Nehru, após prolongadas diligências a que o regime não atendeu, impediu o acesso a Dadrá e Nagar Aveli, dois pe-quenos enclaves isolados de Damão e a cujo distrito pertenciam, mas que para aceder-lhes era necessário pas-sar pelo território da União Indiana.

Para Salazar, uma solução nego-ciada para o então designado Estado da Índia era impensável. É célebre o telegrama que enviou, em vésperas da invasão, ao general Vassalo e Silva, co-mandante das forças portugueses em Goa: “(...) apenas pode haver soldados e marinheiros vitoriosos ou mortos”.

Após a sua rendição, as tropas portuguesas foram internadas em quatro campos de detenção: o Alfa Detenue Camp em Pondá; o “C” Charlie Paw Comª em Alparqueiros (Vasco da Gama); o Forte da Aguada; e a Fortaleza de Diu. A todos estes campos voltaremos a referirmo-nos.

Os primeiros prisioneiros come-çaram a ser libertados na segunda-feira dia 30 de abril de 1962; eram ci-vis e militares doentes. A evacuação propriamente dita começaria no do-mingo seguinte, dia 6 de maio, com a libertação de cerca de 400 militares.

Repare-se na coincidência de este ano, tal como em 1962, estas datas coin-cidirem no mesmo dia da semana.

Geada de Sousa

João Ricardo PedroLeyaPVP: 11,97 euros208 págs.

O mundo do vinho em 10 artigos

Mar e vinhos

7De acordo com a informação do Ipimar, os principais cons-tituintes do pescado são a água (50 a 85 por cento), as prote-ínas (12 a 24 por cento) e os lípidos (0,1 a 22,0 por cento). Os

restantes 2,0 por cento são constituídos por compostos minoritários entre os quais se salientam os sais minerais (0,8 a 2,0 por cento), os glúcidos (0,1 a 3,0 por cento) e as vitaminas. Nos moluscos bivalves encontram-se, normalmente, valores de proteína que oscilam entre 9 e 13 por cento e a água aumenta.

A maridagem do vinho com a comida de mar deve resolver os se-guintes aspetos: nivelar a leveza e a dominância aguada dos produ-tos marítimos, balancear a sua génese salgada e respeitar as compo-sições muito diferenciadas de proteínas e de gorduras ou lípidos.

De maneira simples podemos dizer que a fase sólida de um vinho deriva de todos os contributos da película da uva enquanto a fase líquida é diretamente proporcional aos contri-butos da polpa. Isto quer dizer que os vinhos mais encorpados, sólidos e rugosos são aque-les em cujo processo de vinificação entra a pe-lícula da uva – isto aplica-se aos vinhos tintos. Pelo contrário, os vinhos mais aguados e capa-zes para a combinação com comidas mais di-luídas, como são os produtos de mar, não de-vem contactar com as películas da uva durante a fermentação – os vinhos brancos – ou esse contacto deve ser muito breve e controlado para extrair apenas uma ligeira cor contida na película – os vinhos rosé ou rosados. A ma-ridagem mais consensual para os fantásticos pescados e mariscos da nossa costa é o vinho branco ou rosado, com ou sem efervescência.

A opção por vinhos secos (sem açúcares) é a ideal porque se relacionam melhor com a vo-cação salgada dos produtos de mar.

Devemos nivelar a força do vinho com a força da espécie de pescado eleita para a nossa mesa. No marisco, moluscos e pequenos pei-xes como a sardinha e o carapau, mas também a pescada, domina a água com cerca de 80 por cento da composição. Os brancos e rosados de regiões mais litorais (do Alentejo Vicentino e da vizinhança de Setúbal, desde Grândola a Montemor) são a escolha acertada.

Os peixes mais volumosos e com menor teor de humidade anseiam pela maridagem com os vinhos brancos e rosados do nosso interior, com destaque para as serras de Portalegre; de Sousel e d’Ossa e da bacia do Guadiana. Entre os produtos mais sólidos do mar destacam-se o bacalhau (sobretudo o nosso, de salga), o atum e os peixes de forno.

Para dimensões intermédias de pescado, como as douradas de aquacultura e as aro-máticas composições de peixe e marisco com arroz, legumes ou massas, os vinhos bran-cos e rosados das regiões vinhateiras da pla-nície dourada merecem primazia na sua mesa. Destas regiões também devem sair as opções de vinhos com taninos (a dimensão sólida do vinho) mais macios para aqueles leitores que não dispensam o fiel amigo com um tintinho.

Aníbal Coutinho

Vinho de Calendário

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estar no canil. Conseguiu-se arranjar uma família de acolhimento temporário para que

não estivesse tão infeliz, mas gostaríamos de encontrar uma família definitiva para este

doce menino, para que não tenha de voltar para o canil. Vai ser um excelente amigo e

companheiro para toda a família. Venham conhecê-lo ao Cantinho dos Animais de Beja.

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Petiscos

Venha daí um caldo

Desde que o homem é homem que utili-zou o mar e as águas f luviais para de lá extrair produtos com que se sustentar.

Peixe, moluscos, gastrópodes – marisco em ge-ral – e mesmo algas e outros vegetais. Ou melhor, vegetais quando nós andávamos a estudar, agora têm uma classificação independente, são algae.

Houve até comunidades que fizeram depen-der do mar, na sua totalidade, os proventos só-lidos de alimentação, por exemplo alguns povos do círculo polar ártico, Inuit, a quem nós euro-peus, o com jeitinho que temos para respeitar os outros povos, chamámos durante muito tempo “esquimós”.

Não é igual pescar ou caçar. E menos seria nos recuados tempos em que se não utilizavam ainda partes metálicas na composição dos instrumen-tos de caça e pesca. É que enquanto na caça pre-domina a aplicação da força bruta, na pesca é a imaginação e o trato com ardis e embustes – o que é um anzol senão uma manha aplicada a en-ganar um animal? – que predomina sobre o de-mais. Esta forma engenhosa de sobreviver à base do esforço cerebral teve consequências: os povos ribeirinhos ou os que viviam perto do mar, de-senvolveram-se socialmente mais depressa, com mais solidez e coordenação do que aqueles que vi-viam exclusivamente da carne.

Os relatos de captura de peixe para consumo são contemporâneos da primeira memória es-crita, portanto histórica. Esta atividade é sufi-cientemente provecta para surgir como referência

nos cânones mais antigos. Textos dos livros sa-grados do judaísmo induzem à proibição de con-sumo de animais marítimos que não tenham es-camas. O marisco em geral, lampreias e enguias, por exemplo, estão fora da prática gastronómica dos judeus, particularmente judeus ortodoxos.

Entre nós, descobertas arqueológicas recen-tes mostram que os peixes eram uma compo-nente importante na alimentação. Uma vertebra de sável – bem, o trabalho que não dará identifi-car uma vertebra de um tipo específico de peixe e não de outro – foi encontrada há pouco tempo nos restos antiquíssimos duma comunidade do Sul.

O peixe de rio não tem, no entanto, em termos médios e gerais, o gosto requintado do peixe de mar. Dir-se-á que o sável é um bom peixe, e mais um achigã escalado e grelhado, mas nada se com-para com o salmonete, o linguado, o cherne, a ga-roupa, o robalo e tantos outros peixes de mar.

Não deixe por isso de fazer um caldo de peixe de água doce. Se entender, no fim, não coma o peixe, coma só o caldo sobre fatias de pão, são umas excelentes sopas.

Uma panela grande, muito peixe, muito, de maneira que encha o recipiente. O peixe tem de ser acabado de pescar, se não se verificar esta si-tuação, então, nem vale a pena começar. Achigã, barbo e muge serão os mais importantes do con-junto. Cebola, cebolinho bravo, coentros, poejos, alho, hortelã da ribeira. Vai tudo em cru, assesso-rando as várias camadas de peixe. Água a tapar. Coze algum tempo. No fim verte-se sobre pão duro e fatiado fino.

Dizia um amigo meu, petisqueiro afamado, que o melhor do caldo de peixe era o barulho da água a correr. Faça ao pé do rio, palpita-me que ele tinha razão.

António Almodôvar

Entre nós, descobertas arqueológicas recentes mostram que os peixes eram uma componente importante na alimentação. Uma vertebra de sável – bem, o trabalho que não dará identificar uma vertebra de um tipo específico de peixe e não de outro – foi encontrada há pouco tempo nos restos antiquíssimos duma comunidade do Sul.

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História do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é mi-nistrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos de algodão a Nova Orleães”.

A bailarina Sílvia Real concebe, com Francisco Camacho, e dá corpo à coreografia “Lost Ride”,

que se apresenta amanhã, sábado, no Centro de Artes de Sines, a partir das 22 horas. Em “Lost

Ride”, como escreveu a crítica, Sílvia Real aparece no seu melhor, desdobrando-se em “hipóteses

de uma figura, submetida a diferentes vivências psíquicas, um ser com várias possibilidades

de existência”. O espetáculo decorre no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Dança e

da operação de animação musical e artística do Programa de Regeneração Urbana de Sines.

Sílvia Real dança

“Lost Ride” em Sines

30

Fim de semana

Escultor angolano expõe no Museu de Vidigueira Patente desde meados de março,

a exposição “Raízes Eternas”,

do artista plástico angolano

Melício, pode ainda ser visitada até

domingo, 6, na galeria do Museu

Municipal de Vidigueira. Melício

é tido como “atualmente um dos

melhores escultores angolanos

e do hiper-realismo mundial”,

sendo multifacetada a sua obra,

entre escultura, desenho, pintura,

artes do fogo, cerâmica, restauro,

vitrinismo e arquitetura de

interiores. Em Vidigueira, Melício

enaltece, e chega a usar como fonte

de inspiração, a coleção permanente

do Museu Municipal, que serve

de pano de fundo à sua mostra.

Amanhã, sábado, no Teatro Pax Julia, em Beja

“Em Tom de Fado” em formato CD

“Em Tom de Fado”, projeto e espetáculo musi-cal que nasceu em Beja entre dois amigos e vem pisando palcos desde 2008, toma agora

a forma de registo discográfico, cuja apresentação ao pú-blico bejense terá lugar amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, no Pax Julia Teatro Municipal. Carlos Filipe, em-presário na área da moda, e Ana Tareco, uma cliente a quem um dia descobriu o gosto comum de cantar fado, formam esta dupla cuja proposta é “um espetáculo musi-cal inteiramente traçado pelo carinho de quem o ouve”. Um alinhamento assente no repertório tradicional do fado, cantado “para os amigos”, que apela a sentimen-tos tão universais como “o amor, a saudade, o desgosto e o ciúme”. Ana Tareco estreou-se nos palcos a cantar fado com apenas 14 anos e desde então tem participado em vários projetos que lhe permitiram cruzar-se com no-mes como Mariza, Mafalda Arnaud, Kátia Guerreiro, António Zambujo ou Ana Sofia Varela. Oriundo de uma família de fadistas, Carlos Filipe chegou a ter um projeto próprio em Santarém, de onde é natural, após o que par-ticipou em várias noites de fado na zona de Leiria e na região do Ribatejo.

Quarteto Eva Cortés encerra Melodea 2012 em Évora O quarteto liderado pela

cantora de origem hondurenha

Eva Cortés, considerado a

“grande revelação do panorama

jazzístico espanhol”, vai estar

hoje à noite no Fórum Eugénio

de Almeida, em Évora, pelas

21 e 30 horas, encerrando a

temporada Melodea 2012. “Back

2 the Source”, o seu mais recente

trabalho discográfico, traduz o

olhar pessoal da cantora sobre a

essência do que considera ser o

pilar da sua influência musical,

o jazz. Trata-se de um disco de

standarts populares e clássicos

do American Songbook, onde

Eva Cortés utiliza, pela primeira

vez, o inglês como língua

principal nas suas gravações.

Primavera no Campo Branco cumpre último fim de semana

A Companhia de Dança de

Almada sobe hoje ao palco do

Cineteatro Municipal de Castro

Verde, a partir das 21 e 30 horas,

com o espetáculo “Casa do Rio”,

um bailado para nove intérpretes

inspirado no tema homónimo da

música popular portuguesa e na

“diversidade da cultura nacional”.

Coreografada por Benvindo

Fonseca, a peça de dança propõe

assim uma estilização das danças

tradicionais portuguesas – dos

pauliteiros de Miranda à chula,

do corridinho do Algarve ao

fandango e às danças do Minho –

marcando o arranque do último

fim de semana da Quinzena

Cultural Primavera no Campo

Branco. Até ao encerramento, a 6,

são ainda esperadas as atuações

do fadista Ricardo Ribeiro

(amanhã) e de João Pedro Pais

(domingo), que se apresenta com

o concerto acústico “Improviso”,

revelando o lado mais intimista

das suas canções de sempre,

como “Ninguém (é de ninguém)”

ou “Lembra-te de mim”.

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facebook.com/naoconfirmonemdesminto

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crise

cÂmara de beja

atribui medalhas

de mÉrito

feitas em cortiÇa

A polémica continua a ser uma nota predominante na questão da atribuição das medalhas de mérito pela Câmara Municipal de Beja. Ao que apurámos, a falta de dinheiro por parte da autarquia está a obrigar a reequacionar toda a cerimónia, incluindo as pró-prias medalhas que serão feitas de cortiça, pois, segundo nos disseram, “deste modo, aposta-se na reutilização de um material ba-rato, de fácil acesso e amigo do ambiente”. Esta escolha contraria, todavia, todas as hipóteses de materiais apontados anterior-mente: barro, caricas de coca-cola ou copos de plástico da McDonald’s. Segundo consta, já haverá na cave da câmara um funcionário a cortar rolhas de garrafas de vinho às rodelas para criar as famigeradas medalhas.

Compre uma embalagem de “Um bocado de Tony” – cada recipiente traz uma amostra de cabelos de Tony Carreira recolhidos nos melhores ralos de banheiras de hotéis deste país. Se for uma das primeiras 150 pessoas a l igar para o número a passar em rodapé ne s t a p á g i n a g a n h a “Um bocado de Tony – Ovibeja 2012 Deluxe Edition”. (Cada frasco pode conter pelos de Tony Carreira, lontras ou cadelas l a b r a d o r, c a b e l e i r a s d o s chineses e cascas de camarão. Em caso de ingestão, contacte o centro antivenenos).

Ofereça o relaxante CD “Best O f P o l í t i c a A l e n t e j a n a ”, remasterizado nos estúdios da Assembleia Distrital de Beja. Contém êxitos como “Não me trates por Chico”, da autoria de Francisco Santos, com direito à versão em inglês “Don’t call me Chico”; “Queres alguma coisa comigo? A gente logo se encontra aí…”, do duo Pulido & Soeiro; e a música “Aeroporto de Beja, ontem, hoje, amanhã talvez”, da autoria de Mário Si mõ e s . A pa r t i r de hoje poderá comprar este álbum nas melhores discotecas e talhos do Alentejo. Também poderá fazer o seu download no site castroebritoparapresidente.com.

Presenteie a sua mãe com um perfume. Agora à venda “Os melhores aromas da cidade de Beja”, com destaque para as fragrâncias empada do Luiz da Rocha (Eau de Poulet), cheiro pestilento que de vez em quando invade a cidade (Eau de Caca) e odor vindo dos lados do matadouro (Eau de Mer**). Já estão disponíveis em boiões de 200ml e em bidões de 180 litros nas perfurarias selecionadas e aterros sanitários premium mais perto de si.

Inquérito Visitou a Ovibeja?

LUCRÉCIA MERTOLENGA, 46 ANOS

Presidente da Liga de Amigos da Prisão de Ventre

Fui, mas acho que anda aqui um equívoco. É verdade que a Ovibeja

é uma grande feira, mas o mais importante foi o concerto do Tony

Carreira. Não foi a Ovibeja que recebeu o Tony, foi o Tony que re-

cebeu a Ovibeja! Já os filhos são talentosos como o pai: até sabem

assinar o apelido e cantam com o carisma de quem acabou de co-

mer colheres de sobremesa com maionese. Ele é o maior artista

que este país já viu desde a Dina e a Dulce Guimarães… Eu amo

o Tony com toda a minha força e com todo “o meu ser de pessoa

humana que sou”. Portugal ama o Tony, mesmo com os implan-

tes capilares.

PEDRO MACIEIRA, 60 ANOS

Pessoa que se gaba de ser o mentor do último golpe de estado na

Guiné-Bissau

Mas a Ovibeja já acabou? Não dei por nada. Deve ter sido de beber

aquele barril de cerveja sem nada no estômago. Se tivesse comido

uma bifana estava muito melhor… Agora fico à espera da Vinipax.

O quê? Pode não se realizar? Se cada um levar uma bebida, a coisa

faz-se. Eu levo um tinto de fabrico caseiro que é um vinho de pri-

meira ordem e também dá para polir cobres. Uma maravilha! Ok,

agora alguém pode apontar-me o caminho para casa? Precisava

mesmo de vestir umas calças. Obrigadinho.

DALILA POJADOURO, 20 ANOS

Animal que vive uma relação platónica com a estátua do touro à en-

trada de Barrancos

Fui, pela 18.ª vez consecutiva. Já faço parte da mobília. Até os presi-

dentes da República e primeiros-ministros metem conversa comigo.

Trato os líderes políticos por tu e eles até me mandam postais pelo

Natal. O meu favorito foi o Manuel Monteiro: aqueles óculos do ta-

manho de duas parabólicas e o seu antieuropeísmo convicto deixa-

vam-me ainda mais excitada e tresmalhada do que era habitual…

Por ele, renunciava a tudo e só produzia leite com chocolate. Volta

Manuel, estás perdoado!

O Governo continua com a intenção de extinguir feriados e já há mais um alvo na mira: ao que pa rece o executivo ba seia-se nu ma sonda gem c o n j u n t a N ã o c o n f i r m o , nem desminto/Quadratura do Círculo/revista “Maria”, realizada esta semana a quatro jovens alentejanos, que revela

a defesa da extinção do 1.º de Maio, celebrado esta semana. “A gente nunca teve grande interesse no 1.º de Maio, já que ainda não conseguimos arranjar trabalho, nem sequer um estágio não remunerado a ir buscar café a administradores ou a lavar escadas de institutos públicos. Mas somos favoráveis

à criação de novos feriados como o 23 de agosto – dia de jogar PlayStation em cuecas – ou o 5 de fevereiro – dia de dormir até às quatro da tarde –, ‘tás a ver? Sempre são dias mais especiais para a nossa geração...”, confidenciou-nos um jovem enquanto completava o 3.º nível do Call of Duty.

Sondagem revela Maioria dos jovens alentejanos defende extinção do 1.º de Maio pois nunca tiveram trabalho

Especial Dia da MãeEstá farto de oferecer caixas de bombons ou perfumes da “Dolce & Cabana” comprados nos ciganos? Quer oferecer algo memorável para ficar mais bem posicionado no testamento? Aproveitando o facto de neste domingo se celebrar mais um dia da mãe, a Não confirmo, nem desminto, na sua demanda por um serviço público de qualidade, apresenta algumas sugestões para que o prezado leitor possa presentear a sua progenitora com uma oferta que mistura requinte, glamour e sandice. (Sabe o que é “sandice”? Não? Então, veja no dicionário…). Deixamos aqui as nossas sugestões:

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Nº 1567 (II Série) | 4 maio 2012

RIbanho POR LUCA

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO

ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL | Presidente do Conselho Directivo José Maria Pós-de-Mina | Praceta Rainha D. Leonor, 1 – 7800-431 BEJA | Publicidade e

assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 E-mail [email protected] | Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 E-mail [email protected]

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Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) | Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro

Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas

Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Rute Reimão

Opinião Ana Paula Figueira, Bruno Ferreira, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso,

Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Martinho Marques, Nuno Figueiredo | Publicidade

e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha | Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação

([email protected]) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 | Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 | Tiragem semanal 6000 Exemplares

Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA | Distribuição VASP

www.diariodoalentejo.pt

Hoje, sexta-feira,esperam-se aguaceiros em toda a região. A temperatura vai oscilar entre os 11 e os 18 graus centígrados. Amanhã, sábado, também está prevista chuva e no domingo o céu deverá estar muito nublado.

Grândola recebe“Do Instante ao Infinito”

O Festival Terras Sem Sombra prossegue

amanhã, sábado, com um concerto na

igreja Matriz de Grândola, o terceiro da sua

oitava edição. Sob o título “Do Instante ao

Infinito”, o espetáculo é protagonizado pelo

Ensemble Odhecaton, que reúne algumas das

melhores vozes italianas especializadas na

interpretação de música antiga, sob a direção

do maestro Paolo da Col, também ele cantor,

organista e musicólogo que vem privilegiando

o repertório musical do Renascimento e do

Barroco. Tendo como ponto de partida Carlo

Gesualdo, príncipe de Venosa, o concerto

passa também por Arvo Pärt, Wolfgang Rihm

e Salvatore Sciarrino, oferecendo assim “uma

longa viagem entre um mestre genial da

polifonia renascentista e algumas das mais

belas páginas da criação contemporânea”,

refere a organização, a cargo do Departamento

do Património Histórico e Artístico (DPHA)

da Diocese de Beja. Considerado “um dos

momentos altos do festival”, “Do Instante ao

Infinito” tem como pano de fundo a paixão e

morte de Cristo, sem no entanto deixar de ser

uma oportunidade para uma ref lexão sobre o

momento atual. Segundo José António Falcão,

diretor do DPHA da Diocese de Beja, Paolo

Pinamonti, responsável artístico do Terras

Sem Sombra, propõe aqui “uma ref lexão séria

sobre o papel da crise na sociedade atual, uma

exfoliação que nos liberta da pele velha e nos

traz de novo à superfície, regenerados”. Desta

feita, no âmbito do programa de preservação

da natureza desenvolvido pelo festival, é a

própria ministra da Agricultura que se junta

como voluntária na ação de domingo, 6, a

ter lugar na herdade das Barradas da Serra,

centrada no sobreiro e tendo em conta a recente

aprovação no Parlamento desta árvore como

símbolo nacional. Assunção Cristas e família

vão juntar-se aos alunos da Eco-Escola das

Ameiras para a realização de várias atividades,

entre elas a colocação, em sobreiros, de ninhos

construídos com canudos de cortiça virgem e

a verificação das caixas-ninho instaladas em

2011 pelo FTSS.

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O conhecido jornalista desportivo José Saúde acaba de estrear-se nos domínios da ficção com o romance

O Trilho, que será lançado na Biblioteca Municipal de Beja, no próximo dia 10 de maio. Um relato da caminhada trilhada por uma família bem nossa conhecida – José, Maria e Jesus – desde o interior alentejano dos anos 50, ainda no século XX, até à ur-bana Bajú do ano de 2050. Um exercício de futurologia protagonizado por um Jesus con-temporâneo, “virado para a era das novas tecnologias”.

O romance O Trilho abarca um período de

um século, entre 1950 e 2050. Porquê este

exercício de futurologia para uma primeira

obra de ficção?

O Trilho cruza o virtual com a ficção. Jesus, não o mítico, é uma personagem que se de-bruça sobre os tempos da miséria nos anos 50 e 60 no interior do Alentejo, as carências sen-tidas numa sociedade débil, a fome, as brin-cadeiras de criança, a emigração, os trilhos do contrabando, o deambular dos pregoei-ros pela aldeia, no caso Aldeia Nova, a cidade na sua essência, os ecos de uma juventude es-tudantil que reclamava direitos. Enfim, um conjunto de circunstâncias que nos trans-portam para futurologia de 2050. Construo, então, uma sociedade onde proliferam no-vos desafios, com alterações das estações do ano a pontificarem, um estrato social diame-tralmente oposto ao do século passado, com a beleza de Bajú no seu auge, com os robots a executarem tarefas no campo, anteriormente impensáveis, a era tecnológica. Temas que, entre outros, se apresentam deveras atrativos para o leitor. É um desafio, reconheço. Que semelhanças há entre este Jesus con-

temporâneo, nascido no seio de uma famí-

lia do interior alentejano, e o Jesus fundador

José Saúde,61 anos, naturalde Vila Nova de São Bento

Futebolista desde a adolescência, com passagem pelo Sporting como juvenil, José Saúde acabaria por conciliar as paixões pelo desporto e pelo jornalismo através dos cargos que foi ocupando ao longo dos anos. Foi responsável pelo departamento desportivo da Rádio Voz da Planície, diretor do jornal “O Ás”, e é correspondente do jornal nacional “A Bola”, sendo atualmente também colunista do “Diário do Alentejo”. Publicou Glórias do Passado, onde relata a evolução da atividade futebolística no distrito de Beja ao longo do século XX, e o depoimento AVC na primeira pessoa.

do cristianismo?

As semelhanças, penso, estão implícitas no espírito da fraternidade. Da solidariedade e da humanidade no sentido lato. Ambos par-tilham ideais quiçá comuns. Os seus cami-nhos foram completamente distintos. Porém, analisam o mundo de uma forma real e não caem em tentações por vezes impostas. Jesus, o contemporâneo, assume-se também como uma figura virada para a era das novas tecno-logias e dos novos saberes. O amanhã, ainda que incerto, é um repto que Jesus, persona-gem principal do romance, deixa para o cida-dão comum analisar e tirar as suas ilações. A bandeira do Jesus do cristianismo tem, natu-ralmente, outros contornos. Nesta viagem, neste seu “trilho”, como

se apresentam as sociedades humanas à

medida que avançam na era do “enter”,

a tal tecla mágica que “acelerou o tempo

e reduziu o espaço”, como observa Moita

Flores, autor do prefácio?

As sociedades, a meu ver, tendem a evo-luir compassadamente no tempo. Têm que crescer, é verdade, mas ordenadamente. Ninguém é dono da razão. Há que sa-ber partilhar e dividir opiniões, no seio de uma sociedade onde a lei do mais forte pa-rece impor regras de conduta. O espaço, embora reduzido, será sempre um espaço onde os mais fracos usufruem plenos direi-tos numa sociedade livre. Este livro aborda, justamente, o tema da igualdade no ano de 2050. Trago à estampa, nesta obra, clãs ou-trora desajustados dos deveres sociais mas paulatinamente reajustados aos deveres cí-vicos de uma sociedade que cresceu com-pulsivamente no tempo. Do tempo do sa-ber ancestral do velho moleiro das margens do Memorial, o grande rio do sul, até ao se-nhor astronauta do ano de 2050, vão enor-mes distâncias. Carla Ferreira

José Saúde lança primeiro romance

Jesus rumo à era tecnológica

promotores

Feira de Garvão11.12.13 Maio 2012 Garvão

MOSTRA E DEGUSTAÇÃO DE PRODUTOS

CAPITAL DO PORCO ALENTEJANO

UNIÃO EUROPEIA

Fundo Europeude Desenvolvimento Regional

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