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O Bancário I 24 junho I 2014 | 1

Editorial pula e avança". E alguém, quem quer que seja, depois de ter uma ideia, um sonho, não volta a ser o mesmo… porque entretanto o mundo também deixou de o ser. 4 | O Bancário

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Editorial

RUI RISO

Tal como quandoos portugueses partirampara os Descobrimentos

se ouviu a voz do velhodo Restelo, já se vão

ouvindo vozessemelhantes que,

manipuladoras,procuram pôr em causa

tudo o que sejatransformação: no ACT,

no SAMS, no sindicatoúnico.

Transformação

Quando tudo se transforma à nossa volta, insistir em manter tudo como está, não provocando as alteraçõesnecessárias nas instituições para continuarem a desempenhar o seu papel na sociedade, é contribuir para

a criação de anacronismos castradores, despidos de sentido e de apagamento acelerado da sua importância edo seu historial.

Vem isto a respeito de três grandes temas que necessariamente vão dominar os próximos meses da vida doSBSI e que, na prática, poderíamos considerar um só: transformação. Todos eles de grande importância tambémpara a FEBASE e para os Sindicatos que a compõem – e, por maioria de razão, para todos os que representamosem particular e para os trabalhadores do setor financeiro em geral.

Vejamos: não podemos olhar para a transformação dos acordos coletivos de trabalho sem considerar aprofunda transformação do setor financeiro. Não pode ser ignorado o facto de o tronco do atual ACT ter sidocriado num momento particular da sociedade portuguesa, em que o Estado social estava quase todo porconstruir e num período em que a banca era praticamente toda nacionalizada. A transformação ocorrida desdeentão trouxe-nos até um momento em que além do aparecimento e desaparecimento de bancos, as instituiçõesfinanceiras evoluíram para modelos diferenciados, com níveis de identidade que as distingue profundamente.

Não podemos olhar para o setor da saúde em geral e para o SAMS em particular ignorando o momentoespecífico da assistência na doença aos bancários por parte do Estado, que levou o SBSI a ter a necessidadeimperiosa de criar condições para suprir uma falha grave da sociedade portuguesa, que só muito mais tarde foicorrigida. A criação dessas condições passou pela fundação de serviços de saúde próprios, de dimensão equalidade relevantes, que contribuíram de forma decisiva para a alteração do panorama da saúde em Portugal,nomeadamente na grande Lisboa.

A transformação ocorrida desde então trouxe-nos até um período em que, devido ao aparecimento quer desindicatos quer de unidades de saúde concorrentes – que disputam o universo cada vez menor dos trabalhado-res do setor e dos seus familiares –, se tornou absolutamente necessário alterar o modelo de gestão das nossasunidades prestadoras na grande Lisboa.

Não podemos olhar para o movimento sindical ignorando a época particular em que este se desenvolveu eafirmou, ignorando a história dos três Sindicatos verticais, ignorando a necessidade de responder à distribuiçãogeográfica de então dos serviços bancários e dos seus trabalhadores, hoje profundamente alterada pelaspossibilidades criadas a partir de sólidos sistemas de informação e comunicação, rápidos e eficientes, e que a parda competência e dedicação dos trabalhadores bancários contribuíram para que a banca portuguesa seja ummodelo de modernização.

Cabe ao movimento sindical adaptar-se também a estas transformações, que quando se geram sãoimparáveis – e não será de mais lembrar que está em marcha a transformação dos sindicatos da FEBASE, deforma a constituir um só sindicato.

Tal como quando os portugueses partiram para os Descobrimentos se ouviu a voz do velho do Restelo, já sevão ouvindo vozes semelhantes que, manipuladoras, procuram pôr em causa tudo o que seja transformação: noACT, no SAMS, no sindicato único. Só que nestes processos não pode nem deve haver dúvidas, não há forma dequerer mas não assim, não há forma de querer mas não agora.

Só há lugar para convicções. Estes objetivos não podem ficar-se por chavões que se utilizam porque e quandodá jeito, ou porque estão na moda.

Já agora, evocando Rómulo de Carvalho, sob o pseudónimo de António Gedeão: "Quando o homem sonha omundo pula e avança". E alguém, quem quer que seja, depois de ter uma ideia, um sonho, não volta a ser omesmo… porque entretanto o mundo também deixou de o ser.

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Índice

SindicaisIncluir no ACT conciliação entre trabalho e família | 5Empresas implementam medidas de apoio à família | 6

Entrevista Informação:"A diversificação de meios e conteúdos é essencial" | 8A pensar no Facebook | 8Ligue-se @ nós é objetivo cumprido | 9

SAMSHospital faz cirurgia da cataratasem encargos para os beneficiários | 11D. Manuel Martins visita Lar de Idosos | 12"O melhor de Portugal" | 13

GRAMO universo feminino em projeto multidisciplinar | 14Calendário dos cursos | 14

Tempos livresTiro: Miguel Penteado com pontaria mais afinada | 15Pesca de Mar: Clube GBES domina final do Sul e Ilhas | 15Golfe: João Sá e Noé Fontes campeões | 16Karting: Luís Simões e Carlos Gonçalves vencem as duas mangas | 16Bancária publica livro: Dor de mãe | 17

Talento à prova | 18

Livro do mêsO perigo da austeridade | 20

Necrologia | 21

Passatempo | 22

Ficha Técnica

Propriedade: Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas - NIF 500 825 556Correio eletrónico: [email protected]: Rui RisoDiretor-adjunto: Horácio OliveiraConselho editorial: Rui Riso, Horácio Oliveira,Delmiro Carreira e Rui Santos AlvesEditor: Elsa AndradeRedação e Produção:Rua de São José, 131 – 1169-046 LisboaTels.: 213 216 0 62/090 – Fax: 213 216 180Correio eletrónico: [email protected]: Ricardo NogueiraPré-impressão e Impressão: Xis e érre, [email protected] José Afonso,1, 2.º- Dto. – 2810-237 LaranjeiroRevisão: António CostaTiragem: 43.650 Exemplares (sendo 4.650 enviados por correio eletrónico)Periodicidade: MensalDepósito legal: 310954/10Registado na ERC: n.º 109.009

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Este cartoon, de autoria desconhecida, circula na internet através de email e também chegou aoSBSI. A ironia de os trabalhadores precisarem de ganchos para prender o sorriso e pareceremsatisfeitos no trabalho deve levar-nos a refletir.

Grande angular

CEO trabalham 10 dias para receberemsalário anual dos trabalhadores

Bastam pouco mais de dez dias e sete horas de trabalho para os presidentesexecutivos de 18 empresas do PSI 20 conseguirem ganhar o equivalente ao salário

médio anual dos trabalhadores. Pelos cálculos do PÚBLICO, feitos com base na informação prestadapelas empresas à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, em 2013 os CEO ganharam cerca de33,5 vezes mais do que os colaboradores.

A diferença é expressiva mas a distância encurtou-se em comparação com anos anteriores,nomeadamente, face a 2010 (quando era 37 vezes mais) e a 2011 (44 vezes mais). No ano passadoos salários dos presidentes executivos das 18 empresas analisadas caíram ligeiramente (-0,2%), emcomparação com 2012. No total, foram gastos mais de 13,7 milhões de euros com os ordenados dosCEO, valor que representa 0,26% das despesas totais com remunerações.

Num ano em que na banca não se pagaram retribuições variáveis, geralmente ligadas aos resulta-dos financeiros – que foram negativos para o setor –, os gestores receberam, em média, 762.324 eurospor ano (54.451 euros por mês), uma redução de 0,2%. Olhando para os gastos globais com remune-rações, isto significa que os trabalhadores destas empresas auferiram, em média, um vencimentomensal de 1626 euros, ou 22.764 euros por ano.

Assim, para ganharem o rendimento médio de um ano de um colaborador, os CEO só terão detrabalhar cerca de 10 dias e seis horas. O cálculo foi feito dividindo o salário anual dos presidentesexecutivos pelos 365 dias do ano e considerando oito horas de trabalho diárias. Contudo, há quesalientar que quatro empresas não divulgaram os gastos com remunerações e, nestes casos, foiconsiderado o valor dos custos com pessoal, que podem incluir outras rubricas, como indemnizações.

(…) Tal como em 2012, as duas empresas onde a diferença entre os salários dos presidentes émaior face aos trabalhadores são, por esta ordem, a Jerónimo Martins e a Sonae. Em terceiro está a PT,um lugar ocupado pela Galp Energia no ano anterior.

(…) Apesar da quase estagnação nos gastos anuais com os ordenados dos líderes, os custos globais comremunerações cresceram 2%, num ano em que as 18 cotadas analisadas aumentaram o seu quadro depessoal: há mais 7607 pessoas a trabalhar nestas empresas. Ainda assim, registou-se uma redução de 2% nosgastos médios anuais por colaborador. Os trabalhadores receberam em média 22.764 euros, menos 416 eurosdo que em 2012, o que indicia que as empresas estão a pagar menos aos novos funcionários.

Pagar para sorrir

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ELSA ANDRADE

SINDICAIS

Sindicatos querem incluir no ACTconciliação entre trabalho e família

Medidas de promoçãodo equilíbrio da vidaprofissional com a familiarpoderão vir a ser incluídasno ACT. Há consenso entrea Febase e as instituiçõesde crédito, estandoas entidades patronaisa ultimar uma propostanesse sentido. Uma questãoque adquire relevância faceà Declaração dos parceiroseuropeus da banca

No âmbito da revisão global do ACT do setorbancário que está a decorrer, os Sindicatos

da Febase e as instituições de crédito (IC) che-garam já a um consenso quanto à possibilidadede integrar na convenção coletiva algumas nor-mas que contribuam para promover a concilia-ção entre a vida profissional e a vida familiar,bem como a igualdade de oportunidades.

O grupo negociador das IC alvitrou apresentaruma proposta nesse sentido, que está a ser ulti-mada e brevemente deverá ser posta à discus-são, esperando a Febase que vá ao encontro dassuas reivindicações.

Há muito que os Sindicatos insistem neste as-sunto, mas as suas pretensões ganharam recente-mente maior acuidade face à Declaração conjuntados parceiros sociais europeus da banca.

A Declaração, sobre Responsabilidade Socialdas Empresas (RSE), revê e atualiza a que haviasido assinada em 2005, com o objetivo de res-ponder aos atuais desafios do setor após a crisefinanceira.

Entre as questões primordiais em que incidea Declaração contam-se o equilíbrio entre avida profissional e a vida familiar; normas fun-damentais do trabalho; igualdade de oportuni-dades; comunicação interna; informação e con-sulta dos trabalhadores de multinacionais; eformação, aprendizagem e desenvolvimento.

Relativamente à formação, as partes defen-dem a aposta educativa nos trabalhadores maisvelhos, de forma a dotá-los dos conhecimentosnecessários à manutenção dos seus postos detrabalho nos bancos.

Nível nacional

Os signatários da Declaração são a UNI Euro-pa-Finanças (em que os Sindicatos da Febaseestão filiados), a Associação Europeia de Ban-cos Cooperativos, a Associação Europeia de Pou-pança e da Banca de Retalho e a Federação

Europeia de Bancos (na qual a APB está repre-sentada).

As partes consideram o documento "um for-te sinal positivo" e esperam que o seu âmbitochegue aos parceiros sociais do setor bancário anível nacional.

Na Declaração, os parceiros europeus reco-nhecem que "o diálogo social europeu bancáriotem um papel importante a desempenhar noreforço da capacidade de atração e confiançano processo de crescimento da rentabilidadesustentável e do emprego no setor".

Face às difíceis negociações travadas, a UNIconsidera este documento "uma grande vitó-ria" para o setor bancário, destacando o reco-nhecimento, por parte dos empregadores, do"papel fundamental dos acordos-quadro, bemcomo da informação e consulta dos trabalhado-res nas empresas multinacionais".

Para os Sindicatos da Febase, a Declaraçãodos parceiros sociais europeus vem reforçar assuas pretensões, tanto mais que as IC subscrito-ras do ACT são membros da Associação Portu-guesa de Bancos (APB).

Refira-se que alguns bancos a operar emPortugal têm já em aplicação diversas normasinternas que promovem a conciliação e a igual-dade de oportunidades, como é o caso do San-tander Totta e do BES (ver páginas seguintes).

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INÊS F. NETO

Organização do trabalho e conciliação

Empresas implementammedidas de apoio à famíliaO GRAM sentou à mesa os diretores de recursos humanosdo BES e do BST, a presidente da CITE e a Direção do SBSI.O resultado foi um colóquio enriquecedor sobre comopequenas medidas podem fazer bastante pela conciliaçãoentre vida profissional e vida familiar. E ganham todos:empresas, trabalhadores e sociedade

Sob o lema "Tempo para ter tempo – conciliarvida profissional com vida familiar", o GRAM

está a promover um ciclo de colóquios em quepretende envolver todas as instituições de créditocom compromissos na área do equilíbrio entre otrabalho e a família.

A primeira sessão realizou-se no final de maioe juntou à mesma mesa Paulo Alexandre, daDireção do SBSI e coordenador do Pelouro daContratação; Sandra Ribeiro, presidente da CITE– Comissão para a Igualdade no Trabalho e noEmprego; Pedro Raposo, diretor de RecursosHumanos do BES; e Isabel Viegas, diretora deRecursos Humanos do Santander Totta (BST). Odebate foi moderado por Paula Viseu, coorde-nadora do GRAM.

Os dois responsáveis daqueles bancos – empre-sas certificadas como familiarmente responsáveis

– apresentaram as medidas implementadas noâmbito da promoção da igualdade de género e daconciliação entre trabalho e família.

O Código do Trabalho prevê já algumas medidasnesta área, como a flexibilidade de horário paratrabalhadores com filhos até aos 12 anos, ou asnormas relativas à parentalidade. No entanto, comofrisou Paulo Alexandre, a lei é ainda insuficiente, emuito mais poderia ser feito.

"No setor bancário há empresas que penalizamos trabalhadores pelas ausências ao abrigo da leida parentalidade, nomeadamente nos prémios enas promoções por mérito", criticou o diretor doSBSI, defendendo que estas situações não podemcontinuar.

Paulo Alexandre sublinhou que o interesse dasempresas pela responsabilidade social ainda estáagora a despertar, quando "esta nova filosofia de

gestão vai ao encontro das necessidades dos tra-balhadores e é importante para as empresas, poisaumenta o número de clientes".

"É preciso criar condições para que haja maiorconciliação entre a vida profissional e a vida familiar.O Sindicato está atento a esta questão", concluiu.

Ter tempo

Sandra Ribeiro trouxe ao debate a visão insti-tucional de uma organização tripartida que tempor missão promover a igualdade e pugnar pelocumprimento da lei nesta matéria. "Os pareceresda CITE são vinculativos", sublinhou.

Com uma importante experiência de árbitronesta questão, a presidente da CITE considerouque a conciliação nem sempre é possível, masmuitas vezes basta ponderar melhor a organiza-ção do trabalho. "Conciliar é dificílimo. Mas é pre-ciso percebermos que é uma necessidade funda-mental de homens e mulheres".

Referindo-se às prerrogativas da lei, SandraRibeiro salientou que a flexibilidade "não podeser vista como algo só benéfico para o trabalha-dor, é um instrumento de gestão".

A necessidade de sensibilizar as empresas paraas vantagens da conciliação levou a CITE a desen-

Os oradores (a partir daesquerda): Paulo Alexandre,

Sandra Ribeiro, Pedro Raposo,Isabel Viegas e Paula Viseu

SINDICAIS

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volver a campanha nacional "Tempo para ter tem-po". "A vida familiar não fica à porta da empresa,nem a profissional à porta de casa", frisou.

A presidente da CITE falou de algumas possibi-lidades de conciliação que não são utilizadas nasua totalidade, como a flexibilidade de horário, oteletrabalho ("a tecnologia traz-nos quase umafusão entre vida profissional e familiar, para obem e para o mal, mas pode ser uma poderosaarma"), o banco de horas ("pode ser terrível sefor utilizado para benefício de apenas um lado")ou o trabalho a tempo parcial ("é perigoso para aigualdade de género").

Promover carreiras

Isabel Viegas trouxe a experiência do SantanderTotta, a primeira empresa em Portugal a ser certi-ficada como familiarmente responsável. As medi-das em curso impressionaram a assistência, levan-do mesmo Pedro Raposo a corajosamente reco-nhecer que o banco está "muito mais avançado" doque o BES nesta matéria.

A aposta na conciliação no BST começou tendopor objetivo garantir a igualdade de oportunidadesentre géneros. "Analisando os números, verificá-mos que as mulheres não tinham a mesma evolu-ção dos homens. Quisemos criar condições paraque todos possam desenvolver carreiras de suces-so", explicou a diretora.

O posicionamento do banco foi simples. Em pri-meiro lugar tratou-se de uma questão de negócio:"As decisões de compra são tomadas por mulhe-res, mas quem está a decidir são homens. Temosde ser um espelho do mercado, tendo em lugaresde decisão homens e mulheres". E o banco nãopodia dar-se ao luxo de perder talentos.

"Quando começámos a tomar as primeiras me-didas de promoção da igualdade apercebemo-nosque a conciliação era necessária para as mulherespoderem aceitar lugares de maior responsabilida-de", revelou Isabel Viegas.

As medidas implementadas são auditadas, e aDRH preocupa-se em perceber por que razão algu-mas não são usufruídas pelos trabalhadores. Issoexige "um trabalho permanente junto das chefias",reconheceu Isabel Viegas. "Temos consciência deque isto é um processo, ainda há muito a fazer. Maseste é o caminho", concluiu.

Trabalhar por tarefas

O diretor de Recursos Humanos do BES referiupequenas grandes questões que ajudariam a solu-cionar o problema da conciliação entre a vida pro-fissional e a familiar. A começar pela mudança dementalidades.

"Custa-me imenso a aceitar a questão da pro-dutividade: em Portugal as reuniões são imensas elongas, faz-se e refaz-se o mesmo trabalho", exem-plificou Pedro Raposo, criticando a ideia tão nacio-nal de que o trabalhador é tão mais produtivo quantomais tempo estiver na empresa. "Na Holanda aspessoas estão em casa às 18h30. Eles não sãomelhores do que nós, são é mais organizados".

O diretor da DRH sublinhou ainda a necessidadede aproveitar o "mundo novo" aberto pelas tecno-logias e o teletrabalho, que pode ser muito impor-tante para a conciliação se as áreas cinzentas dalegislação forem preenchidas pelo ACT.

"A nossa formação é feita em e-learning. Aspessoas preferem fazê-la calmamente em casa, oque levanta problemas difíceis: se for feita às 23h00já é trabalho noturno. São questões que com inte-ligência temos de resolver na convenção coletiva",exemplificou.

Pedro Raposo aproveitou para abordar umamatéria em discussão nas negociações da revisãoglobal do ACT, a pretensão das IC de que o descan-so semanal complementar não seja obrigatoria-mente o sábado. "Não se pretende abrir balcões aosábado, mas aproveitar um bocado desse dia paraem casa desempenhar algumas tarefas, como for-mação em e-learning ou responder a e-mails de

serviço. Este é um problema central e temos deevoluir nesse sentido", sublinhou.

Dar o exemplo

Após as intervenções dos oradores, a palavrapassou para a assistência, com a maioria dos par-ticipantes a colocar a mesma questão: como secumpre a conciliação face ao posicionamento daschefias e o ritmo de trabalho exigido?

Paula Viseu resumiu as inquietações dos traba-lhadores numa interrogação: "Como podemostransformar a sociedade, construindo uma novaorganização do trabalho mais conciliadora parahomens e mulheres?"

A resposta não era obviamente fácil e nenhumdos oradores tinha a solução "na manga". PedroRaposo defendeu a necessidade de os responsáveisdarem o exemplo: "Ninguém me vê no banco demadrugada nem a horas tardias. Janto sempre emcasa e no meu departamento ninguém fica lá. Os diasem que isso é necessário são dois ou três por ano".

Já Isabel Viegas considerou que o mundo seriamelhor se as empresas fossem mais equilibradas ehouvesse homens e mulheres nos lugares de deci-são, pela pluralidade de pontos de vista. Diaria-mente, não tem dúvida de que "a satisfação dostrabalhadores não diminui a produtividade".

Santander e BES têm várias medidas de apoio social aos trabalha-dores. Eis algumas delas:– Crédito especial para habitação: estendido a todos os trabalhado-

res com avaliação positiva e alargado o prazo de cumprimento(BST);

– Seguro de saúde complementar ao SAMS, com garantia de partopara colaboradoras e mulheres de colaboradores (BST);

– Serviços de conveniência (BES e BST);– Kit nascimento: oferta de 100€ ao recém-nascido (BST);– Kit casamento (BST);– Dispensa ao trabalho na tarde do aniversário dos filhos (BST; no BES

apenas na DRH);– Dispensa ao trabalho no primeiro dia de escola dos filhos (BST);– Gabinete de Resolução de dívidas dos trabalhadores ao banco (BES);– Apoio a ex-trabalhadores na procura de novo emprego (BES);– Programa de férias para filhos dos colaboradores (BES e BST);– Evitar marcação de reuniões para as tardes de sexta-feira (BST);– Comparticipação no pagamento das propinas dos filhos (BST);– Prémio "melhores alunos" para filhos dos trabalhadores, no valor

de 3.000 € (BST);– Não transferir trabalhadoras durante o período de amamentação (BST).

Algumas decisões

Uma assistência muito atenta acompanhou as intervenções

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PEDRO GABRIEL

ENTREVISTA INFORMAÇÃO

"A diversificação de meios e Num mundo onde

as mudanças são cada vezmais rápidas, a informaçãoé basilar. Consciente disso,

o SBSI tem apostadofortemente em chegar aos

sócios de forma eficaz. Ocoordenador

do Pelouro tem umaestratégia bem delineada

e promete novidades.A primeira é uma

newsletter, a lançar muitoem breve

O Bancário – Qual o balanço que faz daatividade do Pelouro da Informação?

António Fonseca – É bastante positivo, porqueentrámos num processo fundamental: o lançamen-to do novo site. Investimos num há uma dezena deanos mas, como é lógico, ficou ultrapassado. Estemandato serviu para lançar um site mais intuitivo,mais apelativo, com mais informação.

P – Existe feedback por parte dos sóciosem relação à atividade do Pelouro?

R – O feedback que vamos tendo, falandocom as pessoas nos seus locais de trabalho e

nos Secretariados e através do Ligue-se @ nós,é que o site está mais apelativo, mais diversifi-cado. A vida, a família, o trabalho são de talforma absorventes que temos de encontrar ma-neiras fáceis de as pessoas obterem e consumi-rem a informação.

P – Deve apostar-se mais em que tipo deconteúdos?

R – Temos de diversificar. Somos um Sindi-cato muito grande que sempre deu aos seussócios vários tipos de conteúdos, da informa-ção estritamente sindical à saúde, mas res-pondendo também aos muitos associados queprocuram lazer, cultura, desporto.

Unir para conquistar

P – Numa altura de crise no setor bancárioe no próprio sindicalismo, as pessoas ade-rem às propostas do Sindicato?

R – A crise tem efeitos na vida das pessoas,com consequências na sua participação. O SBSItem de tentar passar a mensagem, dizer-lhes

que nos momentos difíceis devem continuar aorganizar-se em torno dos sindicatos, pois essaé a única forma de salvaguardarem os seus di-reitos.

P – Fala-se muito na criação de um sindi-cato único. Que desafios traz ao Pelouro daInformação?

R – Sou um grande defensor do sindicatoúnico, uma forma de diminuir despesas e con-centrar esforços. Dividir não é bom para a forçados sindicatos, a união é importantíssima. Eembora seja complicado quebrar todas as es-truturas e organizá-las numa só, estamos a tra-balhar nesse sentido.

Aposta no online

P – O que pretende o Pelouro fazer para adivulgação de toda a atividade do Sindicato?

R – O pelouro tem apostado especialmentena internet e no site. A revista deve manter-se,mas temos de diversificar a forma de difundir ainformação. Vamos apostar na criação de uma

P – Cada vez mais as redes sociais são ferramentasessenciais de divulgação da mensagem para diversospúblicos. O SBSI não pretende aproveitar essa via?

R – Não descartamos essa possibilidade. As redes sociaissão, sem dúvida, um bom veículo de difusão e de presençajunto de um público alargado, mas também têm um ladoperverso. Muitas pessoas aproveitam-se da anonimidadealcançada para, a coberto disso, denegrirem as organiza-ções e, até, passarem mensagens ofensivas. É tudo isto queestamos a ponderar.

A pensarno Facebook

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ANTÓNIO FONSECA

conteúdos é essencial"

newsletter, que será a compilação das notíciasde um determinado período. Mesmo aquelesque não estão tão atentos ao site terão oportu-nidade de ter uma newsletter no seu e-mail,para lerem quando quiserem. E teremos de en-trar no campo do áudio e do vídeo, meios queajudam a consumir e a absorver a informação.

P – Quando se afirma que a informação éuma aposta, o que significa isso em termospráticos?

R – A principal função de um sindicato é in-formar os sócios dos seus direitos e deveres.Qualquer investimento na área da informaçãoacaba por ser não uma despesa, mas um inves-timento.

P – Qual o tipo de conteúdos mais solici-tado pelos sócios?

R – Há duas grandes preocupações: a contra-tação coletiva, dadas as consequências práticasna vida das pessoas, e a saúde, ainda mais sen-sível. Depois há interesses próprios de cada um,na área das viagens, do lazer, do desporto.

P – Qual a estratégia de complementaridade entre osite e as revistas?

R – São coisas distintas, para pessoas distintas. O sitepermite uma informação mais rápida, as revistas uma infor-mação mais aprofundada. Por isso são complementares.

Aproveito para apelar aos sócios que leem a revista paraconsultarem também o site, de forma a estarem permanen-temente informados. Hoje a informação pode fazer o seupercurso rapidamente, chegando às pessoas de uma formaquase sem custos. Há que aproveitar essas vantagens dasnovas tecnologias.

P – Qual o objetivo do Ligue-se @ nós?R – Foi criado para ser uma porta de entrada dos sócios,

através do qual podem colocar qualquer questão, desaba-far, criticar, fazer propostas. É também uma forma rápida eeficaz de enviar e receber informação, quer da atividadesindical quer do SAMS (receber extratos, informação e aler-tas das consultas marcadas, por exemplo). E brevementeserá também o veículo da newsletter.

O Ligue-se @ nós revelou-se uma ferramenta essenciale, sem dúvida, é um objetivo plenamente cumprido.

P – O Sindicato utiliza todos os meios disponíveispara informar os sócios?

R – Nunca utilizamos todos os meios simultaneamente,tentamos diversificá-los e modernizá-los. É preciso acabarcom a informação em papel e utilizar mais ferramentascomo o sms, a internet, o site. Esse é o caminho.

Ligue-se @ nósé objetivo cumprido

Contra a corrente

P – Alguns sócios queixam-se de faltade informação relativamente ao que sepassa na revisão do ACT. Concorda com essacrítica?

R – A contratação tem estado quase conge-lada ao longo dos últimos anos, fruto da açãode vários governos que, de certa forma, anula-ram a contratação em Portugal. É natural queos sindicatos tenham alguma dificuldade eminformar, visto que não acontece muita coisanesta área. Espero que com a saída da troika acontratação volte a ser o que era.

P – Há uma corrente muito forte nos di-rigentes políticos e nos opinion maker deataque aos sindicatos. O que faz o SBSI,através dos seus meios de informação, paracontrariar essa corrente?

R – É uma luta difícil face a adversáriospoderosos – incluindo governos – que tentamdenegrir a imagem dos sindicatos. Tentamospassar a nossa mensagem junto dos órgãos decomunicação social, mas nem sempre é fácil.A Comunicação Social também faz um rastreiobastante grande sobre o que vende, e defen-der os trabalhadores vai contra a corrente. Porisso os nossos meios de informação são aindamais importantes neste momento, pois repre-sentam a única forma de os sócios terem aces-so a uma informação fidedigna e não deturpa-da. E no site, de acesso público, todos os inte-ressados têm disponível essa informação, fi-cando a conhecer outra versão dos aconteci-mentos.

P – O Sindicato segue a estratégia inter-nacional em termos de informação, nomea-damente da UNI?

R – Todos os anos participamos no UNI Com-municators Forum, acompanhando a forma decomunicar dos outros sindicatos e debatendoestratégias comunicacionais. É uma experiên-cia muito enriquecedora, que nos mostra prá-ticas inovadoras, embora muitas delas nãosejam diretamente transponíveis, têm de seradaptadas à cultura e forma de pensar dosportugueses.

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JUVENTUDEINÊS F. NETO

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SAMSINÊS F. NETO

Hospital faz cirurgia da cataratasem encargos para os beneficiários

O SAMS – Prestação Integrada de Cuida-dos de Saúde tem desenvolvido um plano demelhoria global do acesso à prestação decuidados de saúde através da introdução dediversas medidas:

– Alargamento dos Pontos de Atendimentona Rede SAMS, com a modernização eabertura de novas Clínicas SAMS e novosserviços;

– Alargamento e flexibilização dos horáriosdos serviços, com a abertura aos sábadosdo Centro Clínico de Lisboa para atividadeprogramada, e aos domingos no Atendi-mento Permanente;

– Alargamento do corpo clínico, através doreforço das equipas nas diferentes espe-cialidades médicas e cirúrgicas;

– Disponibilização de Psicologia Clínica nosserviços internos;

– Requalificação e melhoria dos espaços deacolhimento e das condições infraestru-turais e tecnológicas;

– Redução sistemática dos encargos com osserviços prestados (consultas e exames)para os beneficiários.

Desde o início de junho, o procedimento cirúr-gico facoemulsificação do cristalino com

introdução de lente intraocular – comummenteconhecido como cirurgia da catarata – não com-porta qualquer encargo direto para os beneficiá-rios, desde que realizado no Hospital do SAMS.

Esta medida do Conselho de Gerência e daComissão Executiva da Prestação Integrada deCuidados de Saúde (SAMS - PICS) insere-se noobjetivo global de progressivamente reforçar aoferta interna de cuidados de saúde, apostando

beneficiárias com processo de Assistência Ma-terno Infantil –, o Conselho de Gerência avançaagora com a cobertura das despesas diretas dacirurgia da catarata.

Esta patologia do foro oftalmológico é consi-derada a maior causa de cegueira evitável e atin-ge uma enorme percentagem da população commais de 65 anos, o que justifica plenamente oapoio ao seu tratamento decidido pelo SAMS.

Estas medidas, a que se junta a diminuição dopreço das consultas e de muitos outros serviços jáem vigor, dão cumprimento à promessa do Con-selho de Gerência de repartir com os beneficiários,sempre que possível, os ganhos de eficiência ob-tidos coma a ação da Comissão Executiva.

Uma estratégia que vai prosseguir.

Depois do sucesso da iniciativa "cheque-parto", a apostado SAMS no reforço da oferta de serviços prossegue como novo regime para a cirurgia da catarata

na sua melhoria em termos de quantidade e,sobretudo, de qualidade.

Com a maior e melhor oferta disponibilizadanos serviços internos, pretende-se que os bene-ficiários optem pela utilização da rede SAMS, aoinvés dos convencionados ou do regime livre.

Neste sentido, e depois da excelente respostados beneficiários ao novo regime relativo à rea-lização de partos no Hospital SAMS – o chama-do "cheque-parto", um apoio complementartraduzido na cobertura total das despesas das

Melhoriaglobal

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PEDRO GABRIEL

SAMS

D. Manuel Martins visita Lar de O Bispo Emérito de Setúbal

regressou à casa que,há 21 anos, benzeu pela

primeira vez – e mostrou-seimpressionado com o que viu

O dia 3 de junho tão cedo não será esquecidopor direção, funcionários e residentes do

Lar de Idosos do SBSI, em Brejos de Azeitão.Eram 11h00 em ponto quando D. Manuel Mar-tins, Bispo Emérito de Setúbal, chegou às ins-talações do Lar onde foi recebido, entre ou-tros, por Rui Fontes, coordenador da institui-ção, e por Palmira Carvalho, Vítor Ferreira e

Nuno Ferrão, membros do Conselho de Gerên-cia do SAMS. Logo ali, D. Manuel Martins mos-trou o seu entusiasmo ao reparar no jardim àentrada do Lar, ornamentado por aqueles diascom uma exposição de espantalhos.

No entanto, a maior receção acabaria porser feita pelos próprios residentes do Lar, quebrindaram o Bispo com uma enorme salva depalmas e cumprimentos.

Esta visita revestiu-se de uma importânciaparticular uma vez que, há 21 anos, foi o pró-prio D. Manuel Martins que benzeu pela pri-meira vez o Lar de Idosos, aquando da suainauguração.

Alguns artefactos dessa altura encontram-seguardados numa vitrina no hall de entrada do

Precisamente um dia após a sua visita, D. Manuel Martins enviouuma mensagem de agradecimento ao coordenador do Lar, que

transcrevemos na íntegra: "Mando hoje em Correio Azul, um pouqui-nho do tanto e tanto que vi e que me encantou. Felicito-os de todo ocoração. Nunca me passou pela cabeça – tantas vezes que por aípassei! – que aí se escondesse tal tesouro. Foi para mim umarevelação que jamais esquecerei. Dou graças a Deus pelas maravi-lhas que operais e dou parabéns aos afortunados utentes e aocarinhoso pessoal. Continuaremos.

O que me fizeram não nasceria da imaginação mais fértil. Muitoobrigado. Continuaremos. Um fraterno abraço."

Lar e foram mostrados a D. Manuel Martins,visivelmente satisfeito pelas recordações.

O Bispo Emérito, juntamente com PalmiraCarvalho, descerrou então uma placa à entra-da do Lar que assinala este seu emocionanteregresso.

Celebração eucarísticaao ar livre

Rui Fontes foi o cicerone desta visita e guiouD. Manuel Martins pelas instalações, expli-cando a forma de funcionamento da institui-ção. O Bispo teve oportunidade de conversarcom alguns dos funcionários e residentes doLar, tendo sempre o cuidado de saber como

Agradecimento sentido

Rui Riso com o Bispo Emérito de Setúbal

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LAR DE IDOSOS

Idosos

De todas as pessoas presentes neste re-gresso do Bispo havia uma que se desta-

cava, quer pela boa disposição contagiante,quer pela história pessoal.

Maria Helena Pina Manique esteve pre-sente na bênção feita há 21 anos, tendo guar-dado o cálice ornamentado com uma flor quefoi usado na altura – e que agora mostrou aD. Manuel Martins.

Esta também escritora de poemas revelouque a visita do Bispo era há muito esperada."É uma pessoa que admiro muito", confes-sou, sempre de sorriso na face. A ocasião nãoera para menos.

se encontravam e deixando palavras de en-corajamento.

O contínuo interesse de D. Manuel Martins portudo quanto o rodeava foi bastante visível. Provadisso foi a sua atenção à nossa reportagem, per-

Recordaçãoespecial

Rui Fontes sobre a instituição

"O melhor de Portugal"O coordenador fala coma convicção de quem sabeque o trabalho feito é bastanteimportante.E deixa o apelo: "Venhamconhecer o Lar"

O Bancário - O que representa a vinda do Bispo?Rui Fontes - É importante, pois como foi ele quem inau-

gurou o Lar, pode perceber a evolução que tivemos, quer naestrutura física quer nos cuidados aos residentes. No entan-to, o Sr. Bispo tem a perceção que, há 21 anos, esta já erauma unidade que se distinguia no País.

P - Quantas pessoas estão instaladas no Lar?R - Neste momento 87 pessoas, porque temos uma zona

em obras, que são cerca de 16/20 quartos. Estamos a remo-delar área a área, para não interferir com a garantia desustentabilidade da atividade.

P - O projeto, no imediato, passar por fazer essaremodelação…

R - Sim, o Lar estará todo remodelado no final deste ano,com quartos completamente diferentes, mais funcionais ecasas de banho já adaptadas às novas necessidades daspessoas idosas. Estará concluído sem quase se dar por isso,porque o Lar não fechou, tivemos sempre em atividade.

P - Houve alguma mudança, nomeadamente emtermos de cuidados?

R - Temos mantido um modelo de trabalho e organizaçãoque se distingue, com uma qualidade muito elevada. Digo, commuito orgulho, que esta instituição permitiu-me ser o coordena-dor do melhor lar de Portugal, porque não há comparação comninguém. Temos uma equipa de enfermeiros 24 horas, monito-rizamos todas as situações de saúde e acontecimentos críticose esses indicadores são visíveis a nível nacional e internacional.Temos melhorado e conseguido manter essa evolução.

guntando de onde éramos e mostrando-se inte-ressado em saber mais sobre a revista.

D. Manuel Martins ajudou a celebrar, naspalavras do próprio, uma espécie de missacampal, já que foi realizada no exterior do Lar.Na homília, o Bispo Emérito mostrou-se orgu-lhoso pela receção de que foi alvo e apelou aque o caminho a ser seguido seja sempre o dorespeito pelo próximo.

Após a celebração, D. Manuel Martins tevea oportunidade de trocar algumas impressõescom Rui Riso, presidente do SBSI e do Conselhode Gerência do SAMS, tendo, já depois do al-moço, prosseguido a sua visita pelas instala-ções do Lar, ficando a conhecer uma das áreasrecuperadas, como a zona do ginásio e da la-vandaria.

Mostrando-se sempre bastante interventi-vo, teve ainda oportunidade de conhecer a ofi-cina de trabalhos manuais e de conversar comalgumas residentes que ali operavam.

Ao descerrar a placa alusiva

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INÊS F. NETO

GRAM

Nova proposta de formação

O universo femininoem projeto multidisciplinar

Chama-se "O papelda mulher na sociedade"

e é um convite aos sóciospara revelarem o universo

feminino em qualquer áreaartística. A nova formação

promovida pelo GRAM seráiniciada em outubro mas

tem uma apresentaçãopública já em julho

O próximo ano letivo dos cursos de formaçãoartística do GRAM traz uma proposta ali-

ciante: um projeto multidisciplinar que alia umabase teórica a uma base prática em torno de umtema comum: o universo feminino.

Chama-se "O papel da mulher na sociedade"e tem por objetivo criar peças artísticas sob di-versas formas de expressão plástica e registovisual. Como aposta na pluridisciplinaridade ar-tística, o projeto terá conexão com os restantescursos do GRAM, pois o tema pode ser explora-do através da utilização ou realização de ima-gens (fotografia, vídeo, pintura, desenho, etc.),registos gráficos, textos, som, reciclagem, bor-dados, tapeçaria…

A liberdade de escolha é total, não estandocondicionada sequer temporalmente: os forma-dos radicam o seu objeto na história, captam aatualidade ou projetam-no para o futuro. Domesmo modo, selecionam o ângulo de aborda-gem de acordo com a sua sensibilidade pessoal:a mulher na sociedade, na arte, no sindicalismoou em qualquer outro campo.

Ou seja, os projetos artísticos a desenvol-ver pelos formandos integram todo o tipo depropostas, independentemente dos equipa-mentos, suportes ou tipo de registo, que podeir do diarístico ao álbum de família, efetivoou ficcionado.

Exposição e livro

O curso terá a duração de seis meses, emsessões semanais de duas horas e meia – cominício em outubro, na sede do SBSI – e seráministrado em três fases. A primeira será dedi-cada à identificação das linhas – mestras doprojeto; a segunda ao acompanhamento dosprojetos artísticos acordados, em tutoriais degrupo e individuais; e a terceira à sua conclusão,com a realização de uma exposição e apresen-tação de um livro-objeto. O preço é de 40 € pormês e inclui as aulas e os materiais necessários.

Ao longo destes seis meses serão realizadas váriastertúlias sobre mulheres cuja relevância do desempe-nho em várias áreas de intervenção o justifique.

Esta formação multidisciplinar será ministra-da pelo artista plástico Carlos Carvalho (quemuitos já conhecem das aulas de fotografia di-gital) e pela socióloga Manuela Rodrigues, res-ponsáveis, respetivamente, pelas fases práticae teórica do curso.

Dado o seu caráter inovador, este projeto seráapresentado em duas sessões públicas, a reali-zar no Sindicato em julho e em setembro.

A proposta formativa do GRAM – com orespetivo calendário de ações – será publi-cada na revista O Bancário de setembro, masbrevemente estará disponível no sítio online(www.sbsi.pt , atividade sindical – Institucio-nal – Órgãos – GRAM).

Como sempre, as inscrições iniciam-seem setembro.

Calendáriodos cursos

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TEMPOS LIVRESPEDRO GABRIEL

Tiro

Miguel Penteado com pontaria mais afinadaNa quarta e última prova,

o atirador do Clube GBES superoua concorrência ao acertar

no maior número de pratos

Pegões acolheu a última contagem do 17.º Cam-peonato Interbancário de Tiro, no dia 24 de maio.

Oitenta e oito concorrentes provaram que esta com-petição continua a ser das mais procuradas.

Com um total de 71 pratos atingidos em trêspranchadas (25-23-23), Miguel Penteado, doClube GBES, foi o vencedor da prova.

Pedro Borralho, igualmente do Clube GBES, fi-cou em segundo lugar, com 70 pratos (21-25-24)enquanto Rui Martins, do GD Santander Totta, eJosé Confraria, pelo GDBBPI, alcançaram a marcados 68 pratos. António Costa (GDBBPI), com 66pratos atingidos, completou o lote dos cinco pri-meiros.

Para a final do Sul e Ilhas, que se realizou nodia 14, na Ota, qualificaram-se os seguintes con-correntes:

Seniores – Miguel Penteado (Clube GBES),João Gouveia (Clube GBES), Pedro Borralho (Clu-

be GBES), Ventura Ferreira (GDBP), Salvador Ri-beirinha (CMBCP) e Jorge Picanço (GDST);

Veteranos – José Confraria (GDBBPI), Da-vid Ferreira (GDST), José Calixto (GDBBPI),Custódio Pereira (GDST), Fernando Moreira(GDST), Fernando Guedes (GDBBPI), OliveiraCosta (GDBP), António Costa (GDBBPI), JoãoCardoso (CMBCP), Aires Almeida (GDBP),Ademar Madaleno (GDBBPI) e José Malveira(GDBP);

Super Veteranos – Manuel Matos (ClubeGBES), António Barreiros (CMBCP), MiguelBruno (Clube GBES), Agnelo Santos (GDST),António Anacleto (Clube GBES), António Mou-ra (CMBCP), Sousa Ferrão (SSCGD), CarlosSantos (GDST), Silvano Picanço (GDBBPI), RuiValente (CMBCP) e Manuel Pereira (GDST);

Senhoras – Elisa Mealha (CMBCP).Daremos conta dos resultados da final em

futuras publicações.

Pesca de Mar

Clube GBES domina final do Sul e IlhasOs pescadores da instituição

bancária estiveramimparáveis. Alberto Costa

venceu a última prova e naclassificação geral foi José

Azevedo a conseguirterminar em primeiro

A3.ª prova dos Encontros Interbancários dePesca de Mar, que conta como final do Sul e

Ilhas, realizou-se no dia 24 de maio, em Peni-che. Foram 54 os concorrentes que lançaram acana à água na esperança de que a capturaestivesse de feição.

Esta última prova foi dominada pelo ClubeGBES, que colocou concorrentes nos três pri-meiros lugares. Alberto Costa foi quem maispescou, com 28.980 gramas, imediatamenteseguido por José Azevedo, com 28.900, e JoséDias, com 25.990.

A boa prestação dos seus pescadores permitiuao Clube GBES triunfar a nível coletivo. Alberto Cos-ta, José Azevedo, José Fernandes Dias e RicardoPernes conquistaram 13 pontos, o que lhes valeu oprimeiro lugar. A equipa CMBCP B, de Mário Pereira,Jorge Serra, João Varão e Joaquim Sousa, terminouna segunda posição, com 46 pontos. Já o conjuntoCMBCP A, composto por Francisco Garcia, AntónioAbreu, António Marques e José Bernardino, ficouno terceiro posto, com 60 pontos.

Destaque para o maior exemplar da prova, umatainha de 1.540 gramas, capturada por José Duarte,do GDBPI.

Regularidadepremeia José Azevedo

No entanto, o grande vencedor acabou porser José Azevedo, mercê das boas prestaçõesalcançadas nas provas anteriores. Assim, noconjunto, o concorrente do Clube GBES conse-guiu alcançar 41.760 gramas, o que equivaleua 21 pontos. Na segunda posição terminou

João Silva (Clube Banif), com 23 pontos. Antó-nio Marques, com 25 pontos, alcançou o ter-ceiro posto.

A nível coletivo, a vitória sorriu ao Clube GBES,com 145 pontos. O GDBPI, de Artur Silva, JoséDuarte, Carlos Silva e Manuel Carvalho, termi-nou em 2.º lugar, com 181 pontos, ao passo quea equipa CMBCP A chegou aos 186 pontos, o quelhe valeu a terceira posição.

A final nacional está agendada para 11 deoutubro, novamente em Peniche.

A equipa vencedora e o campeão exibem a taça

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TEMPOS LIVRESPEDRO GABRIEL

Golfe

João Sá e Noé Fontes campeões

Não venceram a últimajornada, mas os dois golfistasforam os mais fortes na somade todas as provas realizadas

e levantaram osambicionados troféus

A4.ª prova do 11.º Torneio da Ordem de Mé-rito realizou-se no dia 7 de junho, no Lisbon

Sports Club, tendo respondido à chamada 24concorrentes.

Na jornada de todas as decisões, José Vaz deCarvalho (GDBPI) terminou em primeiro na ca-tegoria Stableford Net, com 35 pontos. Fernan-do Costa (BdP) foi segundo, com 32 pontos, osmesmos que Vasco Valente (G.D. SantanderTotta) e Pedro Taborda (B. Popular), que assimficaram em terceiro e quarto, respetivamente.

Pedro Taborda viria a ser mais feliz em Sta-bleford Gross, vencendo com 25 pontos, maistrês que o segundo classificado, José Mendes(BES Açores). João Sá (GDBdP) conseguiu 22pontos, o que lhe valeu o terceiro lugar.

Na classificação geral, Noé Fontes (G.D. San-tander Totta) sagrou-se campeão da categoriaNet, ao totalizar 41 pontos no conjunto das qua-tro provas e superando Fernando Costa (BdP) eVasco Valente, ambos com 39 pontos.

Já na categoria Gross, o triunfo final foi pararàs mãos de João Sá, com um total de 54 pontos.O golfista do BdP teve a forte concorrência dePedro Taborda, que terminou em segundo, com52 pontos. José Mendes, com 47 pontos, finali-zou na terceira posição.

Destaque ainda para os prémios Longest Dri-ve, atribuído a José Fernandes (GDBdP) no bu-

raco 5, e Nearest the Pin, para Carlos Eufrásio(G.D. Santander Totta), no buraco 17.

A final nacional da competição está marcadapara 25 de outubro, no Montado.

Vitórias na Aroeira

Antes da final do Sul e Ilhas realizou-se a 3.ªprova, no dia 31 de maio, na Aroeira I.

Na categoria Stableford Gross, o vencedor foiCarlos Felício (CMBCP), com 21 pontos, enquantona Stableford Net, o destaque recaiu em AntónioMatos (CMBCP), que venceu com 39 pontos.

João Sá venceuna categoriaGross

Karting

Luís Simões e Carlos Gonçalvesvencem as duas mangas

O piloto do Banco Popular foio primeiro a cortar a meta na 1.ªmanga, tendo o do Banif ganho

a 2.ª. Carlos Atalaia Gonçalvesmantém-se assim na frente

da classificação geral. Bólidesvoltam à pista em setembro

Noé Fontessagrou-secampeão nacategoria Net

Aquinta e última prova do XVII Campeonato Inter-bancário de Karting realizou-se no dia 31 de maio,

no kartódromo de Palmela, e contou com a participa-ção de 24 concorrentes.

Numa prova bem disputada, o primeiro a ver agi-tada a bandeira xadrez foi Luís Nascimento Simões(Banco Popular), que assim arrecadou os 15 pontosda vitória, a que ainda acrescentou mais dois referen-tes à melhor recuperação feita ao longo da corrida.

Na segunda manga terminou na frente Carlos Ata-laia Gonçalves (Banif), com o que amealhou os corres-pondentes 15 pontos. Luís Duarte (Millennium BCP),Luís Mendes (Banif), José Feliciano (Unicre), e SérgioMonteiro (Banif) foram os senhores que se seguiram.

Com a realização desta prova ficou concluída aprimeira fase do campeonato. Na classificaçãogeral, Carlos Atalaia Gonçalves terminou em pri-meiro, com um total de 77 pontos, deixando aalguma distância José Silva Feliciano, com 65pontos. Já Luís Nascimento Simões aproveitou otriunfo em Palmela para ascender ao terceirolugar, com 57 pontos.

A segunda fase do campeonato (meia-final)realiza-se no dia 27 de setembro, no Bombarral,onde serão apurados os pilotos que disputarão afinal do Sul e Ilhas. Os concorrentes qualificadosnesta primeira fase transitam para a próxima, commetade dos pontos obtidos.

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Vantagens aos sócios

O Sindicato acaba de celebrar protocolos com empresas que garantem aos nossosassociados e seus familiares, beneficiários do SAMS, condições mais favoráveis:

M a i s i n f o r m a ç õ e s s o b r e d e s c o n t o s a o s s ó c i o s e m w w w . s b s i .pt

TEMPOS LIVRESINÊS F. NETO

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Serviços – Acompanhamento de pes-soas idosas durante a noite e aos fins desemana. T: 914797939

Classificados

Diversos

Vendem-se casas

Aos 44 anos, Cristina Costa publica o seu pri-meiro livro, testemunho de uma experiên-

cia que preferiria nunca ter vivenciado: a perdagestacional. E sofreu-a duas vezes.

Bancária desde 1993, atualmente no Banco San-tander Totta, e sócia do SBSI, Cristina Costa define-secomo "mãe de quatro filhos, dois na terra e dois no céu".

O sofrimento por que passou levou-a a partilhara dor com outros pais porque, explica, "a perdagestacional continua a ser tabu. A sociedade ignorao tema e os pais sofrem em silêncio, incompreen-didos e sem apoio".

"A sensibilização da sociedade para este tema ea ajuda dos profissionais de saúde são de extremaimportância para ultrapassar o luto", acrescenta.

Escrito na primeira pessoa, Proibido Compararsurge com o objetivo de "dar voz ao silêncio ensur-decedor de todas as mães e pais que passam pelavivência atroz de perder um filho 'in útero'". O livroé simultaneamente uma história de morte e de

ESAI - Escola Superior de AtividadesImobiliárias

SPESI – Sociedade de Ensino Superior Imobiliário, SA, na Praça EduardoMondlane, 7-C, em Lisboa, concede: oferta do valor da inscrição do 1.ºano e inscrição para exames (excetuando exames de melhoria de no-tas) no valor de 45€ na Licenciatura em Gestão Imobiliária; 20% dedesconto em MBA´s, pós-graduações e cursos de especialização; 15%de desconto em ações de formação, eventos e seminários.

Os cônjuges e descendentes poderão usufruir dos mesmos descontosna Licenciatura e 60% do desconto nas restantes formações. Para queos candidatos e alunos possam beneficiar dos descontos deverão efetuaro respetivo requerimento e apresentar na secretaria da ESAI declaraçãopara o efeito emitida pelo SBSI.

Bancária publica livro

Dor de mãeCristina Costa perdeu

dois filhos "in útero". EmProibido Comparar conta na

primeira pessoa a experiênciade um luto muitas vezes

incompreendido

consecutivos lutos, mas também uma história devida, de relações criadas e amplificadas.

Sem receio de se expor, Cristina Costa relata o seupercurso e revela a mescla de sentimentos de umamãe que sofre uma experiência demasiado difícil. Oseu testemunho é assim uma chamada de atençãopara a árdua vivência dos pais que são assolados poruma ou mais situações de morte fetal.

"Perder um filho é perder os nossos sonhos, osnossos projetos o nosso futuro", conclui.

Proibido Comparar custa 10 € e é publicadopela Edições Vieira da Silva. Os direitos de autor dolivro (10% do preço de venda ao público) revertepara a Associação Ajuda de Berço.

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Cristina Costa no lançamentode Proibido Comparar

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TALENTO À PROVA

A imaginaçãoé o limite

Os associados do SBSI têm nesta página oportunidadede publicar poemas, pequenos contos e desenhosda sua autoria.A seleção das obras enviadas rege-se por critérioseditoriais. Os textos para publicação não podemexceder os dois mil carateres

Apetecem-meos teus olhos

A negra e tórrida ÁfricaPor ódios e guerras, atravessadaEm chamas e raptos, lançadaNinguém consegue viver sem pão e esperançaCom a vida, sempre, na ponta da lança

Todo o Continente foge e avançaEm direção ao condomínio fechadoQue está em perigo, mesmo estando, por água, guar-dadoE em Mellila, colónia espanhola, por arame farpado

Apenas me apetece desbravarOs teus olhos: eles são campos que desejoAbraçarDepois de por ti ter esperado.

Em ternura mergulhado me entregariaAo êxtase do gostar: sei que dos ramos viriamPássarosCantando o florir de um amor sublimado.

E então dos nossos corpos brotariam silvestresFloresQue nos enfeitariam os mais lindos e campestresAmores…

Severino MoreiraSócio n.º 30836

Sou pequena, bem jeitosa,Visto o prateado, sou vaidosa,Muito popular, bem gostosa,Só atributos, sou poderosa.

Muito procurada no verãoPelo turista, ricaço e aldeão,Fico "derretida", pingo no pãoE logo oiço uma ovação.

Sardina Pilchardus

O último continente

Tu és a flor do rosmaninhoEntre a urze e a carquejeira!

Na encosta do monteUm pequeno fio de água,Mais além, outro riacho como tuE ambos, sendo agora em duplicado,Transportam consigo,Nas suas frescas águas,O teu perfume, queDesagua no mar!...

António Jorge RamosSócio n.º 3487

A minha Beira

Mais apreciada por ser tesa,Bem próprio da minha natureza.

Com muito orgulho e certezaSou uma bela sardinha portuguesa.

Maria Otília MartinsSócia n.º 48569

É mais que tempo de fazer qualquer coisa, com agradoJá chega de assistir a tantas mortes e olhar para o ladoComo se as vidas dos outros não tivesse omesmo valorDas dos que vivem no Continente desejado!

Oxalá a Primavera Árabe traga sementes de progres-so, igualdade, fraternidadeQue podem levar muitos anos a germinarMas, quando há uma mudançaQuase sempre renasce a esperança.

José Silva CostaSócio n.º 17296

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ELSA ANDRADE

LIVRO DO MÊS

Ficha

Austeridade- A História de Uma Ideia Perigosa

Mark BlythQuetzal, 18,80 €

O perigo da austeridadeA austeridade pode

salvar-nos? Mark Blythnão acredita e explica

porquê. Um discursoem contraciclo com

o politicamente correto

Que a austeridade é uma ideia perigosa sa-bem-no praticamente todos os cidadãos,

especialmente os do sul da Europa – Portugalincluído. Sabem-no da forma mais dolorosa:sentem na pele a pobreza, a exclusão, o desem-prego, a precariedade, as arbitrariedades de go-vernos e patrões.

Mas muitos, na angústia da sobrevivência ena confusão de não perceberem o que de re-pente aconteceu às suas vidas, ignoram as cau-sas por detrás das justificações ideológicas edos interesses económicos da austeridade. Pou-co conseguem perceber além da argumentaçãode políticos e opinadores do regime com quesão bombardeados diariamente.

É por isso que o livro de Mark Blyth "Austeri-dade - A história de uma ideia perigosa" é tãoimportante na desmistificação das ideias domi-nantes, demonstrando de forma clara como umacrise bancária se transformou numa crise eco-nómica com efeitos sociais devastadores. "Arazão disso é, em parte, ideológica. Mas, poroutro lado, a razão por que essas ideias são tãopoderosas é muito material", defende o autorlogo no prefácio.

Professor de Economia Política no Departa-mento de Ciência Política da Universidade deBrown, uma das universidades da Ivy Leaguenorte-americana, Mark Blyth é um acérrimo de-fensor do Estado social, assumindo-se comoproduto da Providência: nunca passou fome gra-ças às refeições gratuitas da escola e nunca lhefaltou abrigo devido à habitação social. "O quepossibilitou que me tornasse o homem que souhoje foi exatamente aquilo a que hoje se atribuia culpa de ter criado a crise: o Estado, maisespecificamente, o chamado Estado-Providên-cia irrealista, demasiado grande, paternalista efora do controlo".

Para este professor, as políticas que têm sidoseguidas por toda a Europa tornam a sociedadeprofundamente desigual, sendo os que obtêmmenores rendimentos e se encontram no fundoda tabela os primeiros – e únicos – a pagar acrise.

Ao longo de cerca de três centenas e meia depáginas, Mark Blyth desfia a história da austeri-dade, de 1692 à atualidade. O livro pode ser lidopor módulos consoante o interesse de cada um:o primeiro capítulo traça uma visão geral do queestá a acontecer; os dois seguintes explicam orebentar da crise nos EUA e as consequênciasna Europa; os capítulos quatro e cinco debru-çam-se sobre o conceito de austeridade, uma"boa ideia" para uma certa linhagem intelectual,e o último esclarece por que a austeridade éuma ideia perigosa.

São três as razões que explicam por que aausteridade se torna uma ideia tão perigosa. Aprimeira é porque "pura e simplesmente, não

funciona", nas palavras do autor galês. Portu-gal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha lançarampacotes de austeridade desde que a crise osatingiu, em 2008, confiantes de que os cortesorçamentais trariam a confiança dos mercadose, consequentemente, o crescimento económi-co. Como todos sabemos, o resultado foi inver-so: a dívida aumentou e os juros dispararam.

Este tipo de políticas faz com que os maispobres da sociedade paguem pelos erros dosmais ricos, sendo uma forma de dar maior podere riqueza a estes últimos – e essa é a segundarazão.

No início de 2010, o G20 apelou à chamada"consolidação fiscal amiga do crescimento",teoria que Mark Blyth considera uma enormeficção, pois retira serviços públicos a quem maisdeles precisa, ao mesmo tempo que os obriga apagar a crise que não criaram – isentando desacrifícios os do topo dos rendimentos.

Em termos globais, o problema torna-se maisgrave quando todos os Estados aplicam em si-multâneo medidas de austeridade, contraindoa economia: o PIB diminui, aumentando a dife-rença para a dívida. Eis o terceiro problema quetorna a austeridade uma ideia perigosa.

Mark Blyth defende que a origem da crise foio sistema bancário dos EUA, considerado pelogoverno norte-americano "demasiado grandepara falir" e por isso resgatado pela Fed, trans-formada num "banco tóxico" enquanto as fi-nanças públicas afundavam devido às receitasperdidas em resultado do crash com despesadeficitária e emissão de dívida.

Num mundo global, a crise rapidamente che-gou à Europa, onde os maiores bancos dos paísescentrais tinham comprado enormes quantida-des de dívida soberana periférica, alavancando-se– e tornando-se "demasiado grandes para res-gatar".

Ao problema criado pelos bancos juntou-se omoralismo ideológico dos políticos, dando ori-gem à "falácia da crise da dívida soberana".

Ou seja, os bancos acumularam dívidas as-tronómicas e forçaram os respetivos países aacorrerem em seu auxílio: o resgate fomentou adívida e esta a austeridade. O autor sustentaassim que a atual crise não foi gerada por gas-tos excessivos, é sim o preço da salvação dosbancos.

Por isso, afiança Mark Blyth, grande parte dasolução da crise passa pelo investimento e nãopela redução da despesa pública a todo o custo.

O Bancário I 24 junho I 2014 | 21

NECROLOGIA

Os que nos deixaram no 1.º semestre de 2013Banco BPIAlberto Teixeira Costa PortoAntónio Augusto Vale CanongiaAntónio José Oliveira NevesAntónio Miguel Castro HermínioArlindo Licínio P. Vasconcelos ReisArlindo Marques RoloArtur Manuel Rodrigues OliveiraCarlos Alberto Santos FerreiraCarlos Fernando Ribeiro SantosCarlos José Lopes RodriguesCarlos José Santos ReisCarlos Manuel RamosCarlos Pereira Pinho GomesCustódio José AlexandreEugénio Diógenes AntónioFernanda Maria E. F. Lopes SantosHonório João RousseauJoão Assunção FigueiraJoão Carlos QueijoJorge Ribeiro PintoJosé Fernando Lopes SantanaJosé Manuel Moreira ReisJosé Manuel Tomás RomãoJosé Ribeiro SantosJúlio Duarte Nogueira NevesLuís Miguel AlmeidaMargarida Maria M. P. RibeirinhoMaria Arlete LealMaria Beatriz M. F. MarcelianoMaria Emília Jesus Barros GouveiaMaria Lurdes G. P. Cavalheiro AscencoMaria Piedade R. Santos GomesPedro Fernandes David JúniorPorfírio Ramos Alves SousaRogério Rocha SilvaRui Cruz EncarnaçãoVítor Manuel Marques Brito

Banco de PortugalÂngelo Sereno D' Almeida RibeiroAntónio Martins CaetanoCarlos Manuel Ferreira CarvalhoCelestino Luís Lopes SilvaFernando Silva ZenhaFrancisco Pereira DuarteJoão Maria Guilherme VeigaJoaquim Manuel Sabugueiro AntónioJosé DiasLuís Daniel Sousa Gomes AraújoManuel Santos MartinsManuel Santos QuaresmaMaria Amália P. Moreira PimenteiraMaria Helena Santos M. Brasão PelayoMaria Lourdes S. Martins BonançaMaria Teresa Almeida MartinsNarciso Martins PeresÓscar Jesus Ramos

Banco Espírito SantoAldiro Mira RussoAldrico Duarte SalesAntónio Joaquim F. Pereira NunesAntónio Joaquim Gaiola PeladoAntónio Joaquim Saramago GraveAntónio Santos BarbosaAntónio Silva MotaDeodato Dias FerreiraDeolinda Ventura Marques Núncio

Desiderio Miguez GomezEduardo Francisco CarvalhoFernando Godinho CruzFernando Luís Bento MaurícioFernando Mendes Marques SabinoFilberto Silva Gomes BarquinhaFrancisco A. Costa FernandesFrancisco João Linhas CelestinoGuiomar Felícia FernandesJoão António Garcia Nicolau SantosJoaquim Pedro ClaroJosé Costa CorreiaJosé Manuel Heitor Loureiro NazaréJosé Maria Prates PintoJosé Maria RodriguesJosé Santos TeixeiraLeopoldo Augusto Ferreira CarvalhoManuel Pires Moura SantosMargarida Maria T. Simões CortezMaria Alice Marques CostaMaria Edviges S. Figueiredo CotaMaria Rita Flores Sequeira RaçõesMaria Zulmira M. Melo Castro NunesRogério Paulo Silva PaivaRogério Pontes Carvalho

Banco Internacional do FunchalJosé Fernando Costa Xavier

Millennium BCPAdão Ventura Estevam RodriguesAfonso Augusto C. Pereira PachecoAntónio Augusto CamposAntónio Correia SáAntónio Henrique Duarte GuimarãesAntónio José Afonso DominguesAntónio José H. Pires PereiraAntónio Pala RodriguesAntónio Pedro O. Fonseca BorgesArlindo Tavares SantosArmando Henrique R. Gonçalves PiresAugusto Henriques Moreira OliveiraAurora Conceição Duarte MarquesBelmiro Augusto SimõesCarlos Alberto Monteiro GonçalvesCarlos João Crespo Ferraz GuerraCarlos Manuel Marques Cruz AlmeidaCipriano Dias CorreiaCristóvão João Capela EnguiçaDaniel Silva Fernandes FreireErnesto Teixeira FonsecaEstevão José Batista ReisEtelvina Júlia Mira MurteiraFernando Elias SilvaFernando Manuel FortunatoFernando Tomaz Melo S. AlbuquerqueFernando Veras RodriguesFilipe Batista Marques BeliãoFrancelina Maia MartinsGiorgio Carlo Maria RobertoHélder Luis Pott Nunes GarruchoHelena Rosário T. Pinto VultosJoão Fernandes BritesJoão Inácio Espada AzevedoJoão Jacinto Barata Antunes PretoJorge Manuel A. Sanches FurtadoJorge Manuel Carvalho Paiva MorãoJosé António Almeida MenanoJosé Augusto Morais

José Carlos Matos Sequeira DuqueJosé Cruz CorreiaJosé Francisco Moral JúniorJosé Jorge Branco Camacho MalheiroJosé Luís MarcosJosé Manuel Dias BravoJosé Manuel Medeiros FrancoJosé Marques LopesJosé Miquelino GomesJosé Serra DiasJosé Silva DuarteJúlio José Oliveira FerreiraLicínio Nascimento RochaLuís Nascimento DiasManuel Caeiro LopesManuel Joaquim Nico SalgueiroManuel Jorge MoucoMaria Amélia AlvesMaria Glória Elvas Martins MarquesMaria Isabel Santos Reis HipólitoMaria Lourdes FigueiredoMaria Lurdes Piedade GonçalvesMaria Manuela Camacho Gomes VieiraMário Jorge Mendes MadeiraMário Martins AndradePaulo Jorge Alberto MachadoPedro Fernandes RibeiroRafael Conceição Nunes MendesRosa Rocha PereiraTeresa Isabel Rocha Sousa TeixeiraVasco Caetano M. P. Barbosa SerranoVirgolino Hermínio Faustino Almeida

Banco Santander TottaAbel Maria Antunes MarquesAlberto José M. Cardoso SequeiraAlexandre Jaime Van Der KellenAmérico Jorge Canuto MatosAngelina Augusta AlmeidaAntónio Carvalhido VianaAntónio José Oliveira NarcisoAntónio Manuel Goulão AntunesAntónio Manuel Marques CorreiaAntónio Manuel Peixinho CordeiroAntónio Simões SousaArtur Guerreiro CarmoArtur Manuel Pereira MansoCarlos Soares Mendes SilvaCésar Luís Pires WilsonCustódio SilvestreEduardo CerqueiraFelismina Oliveira GomesFernando Nélson Godinho SoaresFrancisco Maia CabritaGregório Nunes RodriguesJoana Rosa Ferreira NunesJoaquim Cabaço BarrelasJoaquim DiasJosé Arménio PerestreloJosé Branco SantosJúlio GonçalvesLaurinda Jesus VicenteLucínio Manuel Leal MonteiroLuís Azinheirinha CarreirasMargarida Manta PereiraMaria Antónia Moreira Silva AlvesRita Nazário Correia RochaVasco Nunes AbreuVítor Gomes Narciso

BES AçoresMaria Carmo Lima Vicente

Caixa Geral de DepósitosAcácio Caetano DiasAlbino RodriguesAlfredo Pina GarciaÁlvaro Henriques ValentimAmílcar Ferreira Vieira PereiraÂngelo Guerreiro PeixinhoÁurea Guerreiro R. Miranda BragaCarlos Fernando Vila Verde MarquesCarlos Pedro Pontes BritoEurico Reis BarrosFrancisco Neves Mota PinheiroGraça Maria Franca FerreiraIrene ConceiçãoIsmail MussaJoão Gonçalves CarvalhoJoão Lopes Almeida MeloJosé Alberto Figueira GuerreiroJosé Alberto Lopes PereiraJosé Luís Freitas CardosoJosé Prates Nunes RamalhoJosé Teixeira CastroLúcio Manuel Trindade MalacaLuís Manuel Valente Cunha FerreiraManuel António Costa SantosManuel GonçalvesMaria Helena A. B. Santos MonteiroMaria Helena M. T. Leal Silva RochaMaria Isabel Jesus CabritaMaria Rosário Forjo MarçalMaria Virgínia P. Duarte SantosMário Serafim Abrantes FigueiredoRolando Vasconcelos BorgesRui Figueiras BarradasSilvério Jesus Martins

Credit Lyonnais PortugalJosé Alberto Nave Real

BBVAAntónio Augusto M. César MachadoCarlos Alberto Mendonça GuimarãesCarlos Manuel Paulo SantosManuel Cruz Almeida

Montepio GeralAntónio Manuel Martinho FigueiredoUrbano César Fernandes

C.C. Agr. Mútuo AzambujaAntónio Santos Marques

C.C. Agr. Mútuo Ribatejo NorteAna Paula Leitão Farinha Gomes

C.C. Agr. Mútuo Alentejo CentralEduardo Coelho Sona

C.C. Agr. Mútuo AçoresJosé Manuel Viveiros Freitas

C.Econ. Mis. Angra HeroísmoIvo Reis Homem

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«Tempo Livre» 365

Palavras-cruzadas

Ano XX Prazo para respostas: 31 . julho . 2014

HORIZONTAIS: 1 - Época; Membro de umatribo de Angola, que vive próximo do rio Cassai.2 - Porém; Rãs pequenas. 3 - Néon (símb.); Panopara cobrir a sela do cavalo; Medida itineráriachinesa. 4 - Parreiras. 5 - Fios metálicos; Aguar-dente obtida da destilação do melaço depois defermentado. 6 - Variedade de maçã. 7 - No entanto;Amassadeira. 8 - Dividir em aréolas. 9 - Acontece;Epiderme; Rádon (símb.). 10 - Trouxas; Através de.11 - Tiveras por costume; quantidades consideráveis.

VERTICAIS: 1 - Distinguem com confiança;Chegas. 2 - Arejaram; Período de doze meses.

África

Enigma figurado

Dicionários adotados: da Língua Portuguesa 2010 e dos Verbos Portugueses, da Porto Editora.

Problema 365

Fernando de Jesus Almeida, póstumoA sortear: O Primo Basílio de Eça de Queiroz,

edição Porto Editora.

PassatempoEMANUEL MAGNO CORREIA

Faça corresponder os antigos nomes das Colónias Africanascom as designações dos atuais países independentes.

Criptograma

3 - Rádio (símb.); Patife; Bata. 4 - Peneira de fio de seda; Carácter. 5 - Direção; Favor público. 6 - Coisas malfeitas. 7 - Planta herbácea, da família das Umbelíferas...; Rebanhos de gado miúdo. 8 - Vela; Maltrapilhos.9 - O resto; Licor de cominhos; Reparei em. 10 - Nome vulgar do óxido de cálcio; Membro de uma mesa deuma confraria. 11 - Agarrar; Pessoas impertinentes.

"É na idade da ambição que se prova a têmpera dos homens"José de Alencar, escritor brasileiro (1829-1877)

Foi primavera...

Cada número equivale sempre a uma mesma letra. Re-solva o problema a partir dos números das letras da pala-vra-chave. Vinícius, Peniche

A sortear: Prémio SBSI.

Resultados do «Tempo Livre» 363

Palavras-cruzadas: Premiado: António Couto Cabral(Queluz).Fazer...: 1 - Tolerar. 2 - Escacar. 3 - Matinar 4 - Passear.5 - Ofender. 6 - Lavorar. 7 - Inervar. 8 - Retirar. 9 - Estacar.Premiado: Virgílio Atalaya (Lisboa).

São 20 os nomes de flores que se encontram neste texto:

(Expressão corrente)

A sortear: Dicionário de Sinónimos e Antónimos,edição Porto Editora.

Maria Adriana F. e Silva, FunchalA sortear: Prémio SBSI.

A sortear: A Intérprete de Sydney Pollack (DVD).

Especial

"É TEMPO DE DESEJAR ROSAS. TU, MARGARIDA, TANTO DESEJAS MIMOS, MAS OLHA QUE AVIDA NÃO É SEMPRE MAR DE ROSAS, TEM CAMPAINHAS DE ALARME, ABRE CHAGAS E ATÉ FAZESCRAVOS... TIRA DEPOIS O QUE ANTES DÁ.

LI A TUA LISTA DOS DESEJOS E VI O QUE PARA TI MAIS VALE. LI O QUE JULGAS SER UM AMORPERFEITO... LI LÁ, SIM, O QUE PENSAS DO NARCISO, DO JACINTO E DO TEU AMIGO IVO, QUE TANTOMAL ME QUER... DIZES COISAS GIRAS, SOLTAS EMOÇÕES QUE TAMBÉM ME TOCAM. O MILAGRE,QUE É TAMBÉM A VIDA, HÁ DE LIVRAR-TE DE DELÍRIOS LOUCOS. MODERA-TE!"

Enigma figurado: "Com a boca na torneira". Premiado: Carlos Alberto Coelho (Évora).Crucigrama: (Vd. anexo). Premiado: Elisabeth Pereira Palma (Mem Martins).Duas palavras: OFÉLIA/PESSOA. Premiado: Luísa Almeida Rodrigues (Amadora).Master mind especial: GIESTA. Premiado: Joaquim Fernandes Pombo (S. Domingos de Rana).

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Correspondência: Praceta Palmira Bastos, 2 - 1.º F • 2650-153 AmadoraTel.: 21 474 11 21 • [email protected]

Sudoku

As casas vazias devem ser preenchidas com os algarismos de 1 a 9 mas de forma a que cada um dos algarismos surja somente uma vez em cadalinha, em cada coluna e em cada quadrado.

Difícil 248Médio 248Fácil 248

Difícil 249Médio 249Fácil 249

Soluções

Fácil 248Médio 248Difícil 248

Fácil 249Médio 249Difícil 249

Retire do quadro superior as sílabas dos sinónimos pedidos no enunciado.Com as sílabas sobrantes, formará, na linha S, um sinónimo da palavra daprimeira coluna.

Cata-sílabas

Enunciado:1 - Palrava;2 - Estruturado;3 - Vulgariza;4 - Pronunciada;5 - Defumação;6 - Dor aguda.

Horácio de Abreu Gomes, FunchalA sortear: Guia de Conversação | Francês, edição Porto Editora.

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