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Sociedade Adega Records: Há uma editora a criar música em Rio Tinto > P.10 Plano Diretor Municipal discussão pública começou a 21 de maio e termina a 19 de junho > P.30 Política Desporto Rio Tinto vai estar em festa de 5 a 10 de junho > P.20 D’Ouro Run regressa à marginal gondomarense com meia maratona > P.35 Condenação de 11 milhões de euros: Ex-vice-presidente da Câmara tem outra opinião sobre o processo > P.29 > P.8 e 9 Centro Social de Soutelo: há 40 anos a cuidar de Rio Tinto EI!!! Encontro Internacional de Marionetas em destaque de 4 a 7 de junho em Gondomar > P.25

Edição de maio de 2015

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Nesta edição divulgamos o programa do 'Rio Tinto em Festa' que sucede à tradicional Festa da Cerveja. Apresentamos também a Reportagem Vivacidade deste mês, com um olhar sobre a história do Centro Social de Soutelo que comemora em maio 40 anos de existência. EI!!!, O Encontro Internacional de Marionetas chegou a Gondomar. Leia também a reportagem de Ricardo Vieira Caldas. Ao concelho, regressa também a D'Ouro Run, este ano com a vertente de Meia Maratona. Em Rio Tinto, visitamos uma editora a criar música na zona da Venda Nova: a reportagem de Pedro Santos Ferreira para ler. Sobre a condenação da Câmara Municipal de Gondomar no valor de 11 milhões de euros, o ex-vice-presidente do Município apresenta ao Vivacidade, nesta edição, uma versão diferente do processo. Fique ainda a saber que o Plano Diretor Municipal de Gondomar já está aberto a discussão pública, até 19 de junho.

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Sociedade

Adega Records:Há uma editoraa criar músicaem Rio Tinto

> P.10

Plano Diretor Municipaldiscussão públicacomeçou a 21 de maioe termina a 19 de junho

> P.30

Política

Desporto

Rio Tinto vai estar em festade 5 a 10 de junho > P.20

D’Ouro Run regressa à marginal gondomarense com meia maratona

> P.35

Condenação de11 milhões de euros:Ex-vice-presidente da Câmara tem outra opinião sobre o processo

> P.29

> P.8 e 9

Centro Social de Soutelo: há 40 anos a cuidar de Rio Tinto

EI!!!Encontro Internacionalde Marionetasem destaque de 4 a 7de junho emGondomar

> P.25

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2 VIVACIDADE MAIO 2015

Editorial

Caros Leitores,

Este mês o Vivacidade atinge diversos objetivos e concretiza uma parceria par-ticularmente útil para os nossos leitores.

Atingimos 4.000 “gostos” na nossa pá-gina do Facebook, o que quer dizer que as publicações que fazemos nessa platafor-ma social são vistas pelo menos por 4.000 pessoas, o que é um valor impressionante.

O novo website que lançamos há al-guns meses continua a bater recordes de visitas.

O jornal impresso é disputado nos pontos de distribuição, sendo difícil en-contrar um exemplar depois de alguns dias da distribuição. A edição em PDF tem também um grande impacto!

Prosseguimos o caminho de inves-tigação e de rigor jornalístico, como se pode constatar em diversos trabalhos pu-blicados nesta edição, em que o contra-ditório e a divergência de opiniões, mais uma vez, são o predicado do trabalho da nossa equipa.

Finalmente, este mês, concretiza-se um dos nossos objetivos iniciais, que é a entrada no mundo da rádio. Este objetivo é resultado de uma parceria com a rádio “GondomarFM”. Esta parceria consiste em produzirmos para esta rádio as notí-cias Vivacidade da semana, e esta as emi-tir na sua edição todos os dias ao longo de cada semana.

Aproveitamos a produção para tam-bém emitir as notícias da semana em Podcast. Para encontrar e subscrever bas-ta pesquisar Vivacidade no seu dispositi-vo móvel.

Como disse, um mês muito bom para o Vivacidade!

E no mês de junho teremos ainda mais! n

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal:250931/06

Diretor:Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873)Redação:Ricardo Vieira Caldas (CP-9828)Pedro Santos Ferreira (CP-10017)Departamento comercial:Serafim RibeiroTel.: 910 600 079Paginação:José VazAdministração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 1974435-778 Baguim do MonteAdministrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redação: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTOTel.: 910 600 078 / 919 275 934Colaboradores: Alcina Cunha, Ana Gomes, Ana Portela, André Campos, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Catarina Martins, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Elisabete Castro, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, João Pedro Sousa, José António Ferreira, José Luís Ferreira, José Pedro Oliveira, Luís Alves, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Salomé Ferreira e Sandra Neves.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgFacebook: www.facebook.com/vivacidadegondomarE-mail: [email protected]: [email protected]

Sumário:

BrevesPágina 4

SociedadePáginas 6 a 21

Reportagem VivacidadePáginas 8 e 9

CulturaPáginas 22 a 28

PolíticaPáginas 29 a 34

DesportoPáginas 35 a 39

OpiniãoPáginas 40 a 42

Empresas & NegóciosPágina 43

LazerPáginas 44 e 45

EmpregoPágina 46

Próxima Edição 18 de junho

Quando o executivo de Valentim Loureiro decidiu privatizar o abastecimento de água no concelho de Gondo-mar, os partidos da oposição clamaram insistentemente contra uma tal decisão, pro-fetizando que as maiores víti-mas daquele processo seriam os cidadãos.

Ao tempo, parecia exa-gerada tanta preocupação, e muita gente não valorizou aqueles clamores, conside-rando-os como fazendo par-te da retórica política a que os cidadãos já estão, infeliz-mente, sobejamente habitua-dos.

Não foi preciso muito tempo e os gondomarenses começaram a sentir na pele o custo daquela privatização. Os preços subiram significa-tivamente, e o serviço foi-se deteriorando a olhos vistos.

Passados todos estes anos de agravamento da qualidade do serviço, já ninguém tem dúvidas do estado miserável

a que o concelho de Gondo-mar chegou no que respeita à sua rede de abastecimento de água domiciliária.

A rede está podre, e re-benta por todos os lados. Basta olhar para as cente-nas de remendos feitos nos pisos de tudo quanto é rua para testemunhar o estado em que se encontram as in-fraestruturas subterrâneas. Os serviços remendam num lado, para logo de seguida aparecer uma nova rutura, por vezes a escassos metros da anterior.

Os cortes de água são sucessivos, e sempre pelas mesmas razões: rebenta-mentos de ramais ou con-dutas, de maior ou menor dimensão… E as reparações, essas são um verdadeiro atentado à própria seguran-ça dos automobilistas. Tudo fica esburacado, desnivela-do, enfim, uma verdadeira manta de retalhos, seja no asfalto, seja nos pisos de pa-ralelos.

Resta um dado ainda desconhecido dos cidadãos: conhecer as perdas de água ao longo do ano, por toda a rede. Este indicador seria

interessante para ficarmos a saber os milhões de litros de água que se perdem no sub-solo.

A Câmara Municipal não tem grande campo de mano-bra para atuar sobre um con-trato ruinoso para os gondo-marenses. Mas ao menos tem o poder de se tornar uma voz incómoda, e um fiscal impla-cável contra uma empresa que parece não ter respeito por ninguém.

Não é justo que os gon-domarenses fiquem conde-nados a tanto desvario e in-competência, quando, ainda por cima, pagam a água muito mais cara que os por-tuenses. Por alguma razão a Câmara do Porto sempre resistiu a privatizar a água. E, todavia, a empresa for-necedora, em alta, ou seja, a empresa que capta e trata a água do Grande Porto, é a mesma – a “Águas do Por-to”, de resto, uma empresa exemplar. O que prova que o problema não está na fonte, está na distribuição e na ges-tão da rede, em baixa, esta sim, privatizada em Gondo-mar e outros concelhos limí-trofes... n

Rede de água rebenta pelas costuras

Bisturi

Henrique Villalva

POSITIVOA Polícia Municipal de Gondomar recebeu, no dia 20 de maio, 17 novos fardamentos e divisas numa cerimónia realiza-da à porta do edifício da Câmara Municipal.

NEGATIVO

O proprietário do ter-reno junto ao infantário da rua Padre Camilo Luís Morais Bessa, em Baguim do Monte, aco-lhe um matagal com cer-ca de quatro metros de altura e que já acumula lixos de várias naturezas. As autoridades já foram alertadas mas nada foi feito.

Ema Esteves – leitora do Jornal Vivacidade

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]

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4 VIVACIDADE MAIO 2015

Breves

No âmbito do 30.º aniversário do Centro Social da Lomba (CSL), realizou-se, a 20 de

maio, o Workshop “Beleza sem Idade”, inseri-do nas Jornadas da Saúde e Bem-Estar do CSL.

A Câmara Municipal de Gondomar aprovou a 13 de maio, na reunião pública realizada na Junta de Freguesia de Fânze-res, o Plano Estratégico Municipal para a Educação Especial. O documento intitulado “Inclusão com sustentabilidade” será imple-

mentado entre 2015 e 2017. Segundo o diag-nóstico feito a Gondomar, estão inscritos no concelho um total de 18.353 alunos que frequentam escolas públicas, 864 crianças e jovens com NEE (necessidades educativas especiais).

No dia 1 de maio, realizou-se nas ruas de Fânzeres, a Corrida da Liberdade. A prova, inserida no programa das Comemorações de 25 de Abril, organizadas pela Junta da União

das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, com a colaboração dos Alunos Meirim FC contou com um traçado de seis quilóme-tros.

A Universidade Sénior de Gondomar ven-ceu o concurso Blog Senior da Fundação Por-tugal Telecom (PT). Em segundo lugar, ficou a Universidade Grande Idade de Rio Tinto. A

entidade organizadora do concurso elogiou a “criatividade e dinamismo” dos trabalhos ven-cedores na entrega dos prémios, a 21 de maio, Dia Nacional das Universidades Seniores.

A Câmara Municipal de Gondomar con-cluiu a colocação da sinalização dos lugares de estacionamento de táxis no concelho. Ao todo são 66 os táxis que constituem o con-tingente municipal, para 75 lugares distri-

buídos por todas as freguesias do concelho, que dispõe de um novo Regulamento de Transporte Público de Aluguer em Veículos Automóveis Ligeiros de Passageiros – Trans-porte em Táxi.

O Grupo Amigos dos Animais de Fânze-res (GAAF), formado por Pedro Barbosa, Sofia Macedo e Ana Sofia Carvalho, apresentou-se publicamente a 15 de maio no salão nobre da Junta de Freguesia de Fânzeres. Durante a apre-sentação os fundadores destacaram a necessida-de de “apoiar os animais abandonados através e os que abdicam de si para ajudar os animais”.

O parque de estacionamento privado da rua 25 de Abril, em Gondomar (São Cosme), recebe a 10 de junho a 1ª edição do Bazar Bai--me à Loja. A iniciativa de venda de garagem

de produtos em 2ª mão, artesanato ou produ-tos novos (produzidos pelos próprios vende-dores) vai estar aberta ao público das 10h às 18h e tem entrada livre.

Foi inaugurada no dia 9 de maio a Expo-sição Evocativa do Centenário do Nascimento de Virgínia de Moura, destacada resistente an-tifascista, construtora do regime democrático,

defensora dos direitos das mulheres e lutado-ra pela paz. A exposição estará patente até ao próximo dia 23 de maio, no Centro Cultural de Rio Tinto.

“Beleza sem Idade” no Centro Social da Lomba

Câmara de Gondomar aprova Plano Estratégicopara a Educação EspecialCorrida da Liberdade percorreu ruas de Fânzeres

Universidade Sénior de Gondomar e UGIRTarrecadam prémios em concurso da PT

Município conclui sinalização de estacionamento de táxis

Grupo Amigos dos Animais de Fânzeresapresentado na Junta de Freguesia

Bazar Bai-me à Loja estreia-se a 10 de junho

Virgínia de Moura homenageadano Centro Cultural de Rio Tinto

Portugal venceu a organização da Taça da Europa – Top´16 Europeu de Ténis de Mesa de 2016. A prova vai realizar-se de 5 a 7 de feve-reiro no Multiusos de Gondomar e conta com

os 16 melhores jogadores masculinos e femi-ninos da Europa. Portugal terá assim direito a apresentar um atleta em cada competição, no caso de não ter qualificado nenhum.

Gondomar recebe Taça da Europa de ténis de mesa em 2016

O Multiusos de Gondomar encheu a 25 de abril para receber mais uma edição do Gondo-mar Solidário, iniciativa organizada pela Asso-ciação Social Recreativa Bem Fazer Vai Avante, que recolheu um donativo de quatro mil eu-

ros. Segundo Fernando Duarte, presidente da direção do Vai Avante, o valor arrecadado vai servir para a compra de camas articuladas para “dar resposta às necessidades do apoio domi-ciliário”.

Gondomar Solidário lotou Multiusos por uma boa causa

A Associação Mutualista dos Trabalha-dores da Câmara Municipal de Gondomar (AMUT) inaugurou, a 30 de abril, um novo espaço sede na rua 5 de Outubro, em Gondo-

mar (S. Cosme). Segundo a direção da AMUT, o novo espaço “permitirá melhorar os serviços através de um atendimento mais acessível e próximos dos associados”.

AMUT tem nova sede

A equipa de ténis de mesa da Ala Nun´Álvares de Gondomar foi derrotada, em casa, pelo Clube Ténis de Mesa de Mirandela por 3-2, após ter perdido a 1ª mão por 3-0. Em comunicado, a equipa gondomarense agradece

o apoio de “todos os que lutaram e acreditaram até ao fim, mesmo tendo consciência do árduo desafio que é ter como adversário uma super equipa (talvez o melhor plantel da história do ténis de mesa português)”.

Ala de Gondomar derrotada na final do playoff feminino

Os militantes da Coligação Democrática Unitária (CDU) de Gondomar reuniram-se a 8 de maio, no auditório da Universidade Sénior de Gondomar. No encontro que contou com a

presença de Jorge Machado, deputado do PCP na Assembleia da República, foram abordados vários temas relativos à intervenção da coliga-ção no concelho gondomarense.

CDU Gondomar debateu intervenção no concelho

No dia 9 de maio, Gondomar recebeu uma delegação de 26 representantes e presidentes de diversos Municípios da Europa, no âmbito

do projeto “Europa para os Cidadãos – JOY-NEET”, desenvolvido pelo Geoclube Associa-ção Juvenil.

Geoclube Associação Juvenil celebrouo Dia da Europa em Gondomar

O Gabinete de Apoio ao Aluno da Escola Secundária de Rio Tinto realizou na semana de 11 a 15 de maio, a ‘Semana da Orientação Voca-cional’, que contou com a participação de insti-tuições do ensino superior e ex-alunos. Além da exposição das ofertas formativas, decorreram em simultâneo 26 palestras e workshops.

Escola Secundária de Rio Tinto dinamizouSemana de Orientação Vocacional

No dia 23 de abril, o Pavilhão Municipal de São Pedro da Cova foi palco do Torneio de Boccia, inserido no programa das come-morações do 25 de Abril, organizado pela União das Freguesias de Fânzeres e São Pe-dro da Cova. Participaram na competição

várias coletividades da freguesia e atletas de caráter individual. Recorde-se que a moda-lidade é praticada e treinada de forma gra-tuita no auditório da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova todas as terças e quintas--feiras.

Torneio de Boccia reuniu coletividadesem São Pedro da Cova

A Câmara de Gondomar está a ultimar as infraestruturas necessárias para o arranque da época balnear na praia fluvial de Zebreiros, localizada na margem do rio Douro. A inter-venção inclui a instalação de acessibilidades,

bar, casas de banho e postos de socorros para apoio às atividades dos nadadores salvadores. O areal de Zebreiros foi oficialmente reconhe-cido este ano pela Agência Portuguesa do Am-biente (APA) como “praia fluvial designada”.

Praia de Zebreiros preparada para a época balnear

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São várias dezenas de foto-grafias, documentos, memórias e até vídeos e áudios que com-põem a exposição sobre o Centro

Revolucionário Mineiro, aberta ao público no dia 23 de maio, no Museu Mineiro de S. Pedro da Cova.

Paralelamente, a União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova dinamizou também, a 22 de maio, um conjunto de ini-

ciativas alusivas à data, com um monólogo por José Susano e mú-sica dos Vox Populi. A União vai ainda lançar, a 12 de junho pelas 21h30, no auditório da Junta de S. Pedro da Cova, um livro de Se-rafim Gesta “Mazola”, ‘Um Grito Rompe o Silêncio’. n

Centro Revolucionário Mineiroem destaque na freguesia, 40 anos depoisHá 40 anos, a 22 de Maio de 1975, iniciava-se o processo revolucionário em S. Pedro da Cova, “um dos mais intensos do país”, segundo o presidente da União das Freguesias de Fânzeres - São Pedro da Cova, Daniel Vieira. Agora, quatro décadas depois, o Museu Mineiro de São Pedro da Cova inaugura a exposição que conta, em fotografias e documentos, o que se viveu na freguesia por altura do PREC e da ocupação dos escritórios das minas.

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Sociedade: S. Pedro da Cova

VIVACIDADE MAIO 2015

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Daniel Vieira,presidente da União das Freguesiasde Fânzeres e S. Pedro da Cova“Pensamos que é fundamental assinalar os 40 anos da passagem da ocupação dos es-critórios, que foi um momento marcante na freguesia, no concelho e no país. Lembro-me que o Processo Revolucionário em S. Pedro da Cova foi dos mais intensos do país. Uma participação popular e genuína. Esta expo-sição é resultado de um longo trabalho de recolha, um trabalho documental, de entre-vistas, e é uma exposição que valoriza o 22 de maio de 1975.”

Manuel Correia Fernandes,vereador do Urbanismoda Câmara Municipal do Porto“É no passado que muitas vezes vamos bus-car forças para o presente e é preciso dar notícia de coisas que aconteceram - que a gente mais nova apenas ouviu falar – e é uma oportunidade para que quem partici-pou, possa agora transmitir aquilo que sentiu na altura. Penso que é útil para as gerações atuais.”

Serafim Gesta “Mazola”, autordo livro ‘Um Grito Rompe o Silêncio’“À medida que fomos registando para o livro - nas visitas domiciliárias que fiz - os dramas desta gente, em várias vertentes, começa-mos a perceber a justificação da criação do Centro Revolucionário Mineiro. Foi precisa-mente para resolver o problema desta gente sofrida em vários aspetos.”Pedro Fernando Aguiar e “Tia Aurora”, visitantes da exposição

“Já me emocionei algumas vezes aqui. Temos um presidente da Junta com uma sensibilidade incrível.”

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> Manifestação de Moradores a 17 de maio de 1975

> Monólogo de José Susano na Junta de S. Pedro da Cova

> Exposição do Centro Revolucionário Mineiro > População na noite da ocupação dos antigos escritórios das minas

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O dia 3 de maio de 1975 é, pro-vavelmente, o dia em que o Centro Social de Soutelo surgiu na fregue-sia de Rio Tinto, ainda como Cen-tro Infantil de Soutelo. O caderno de pagamentos de quotas é pelo

menos o único - e primeiro - re-gisto que o atual Centro tem da fundação da instituição. ”O Cen-tro Social de Soutelo (CSS) surgiu porque um sujeito que não era de Gondomar [Luiz Gonzaga] veio morar para aqui e, ao visitar uma Assembleia de Moradores na cave do Café Outeirinho, em que se discutia a necessidade de criar um

espaço para acolher um apoio edu-cativo para as crianças, que viria a ser o Centro Infantil de Soutelo”, explica José Ricardo, coordenador geral do CSS.

O primeiro edifício sede surgiu da vontade e trabalho voluntário dos fundadores da instituição em terreno público, entretanto adquiri-do pela Câmara de Gondomar. Foi

neste edifício que começaram a ser desenvolvidos os primeiros servi-ços de apoio à comunidade, como a guarda e proteção das crianças, atividades culturais e desportivas, alfabetização de adultos, entre ou-tros apoios.

Na segunda metade da década de 70, após a expansão das infraes-truturas, a denominação é alterada para Centro Social de Soutelo e é reconhecido o estatuto de Pessoa Coletiva de Utilidade Pública pelo Ministério da Segurança Social.

“O estatuto garantiu sobretudo reconhecimento e credibilidade. O CSS teve desde o início uma di-nâmica de intervenção social e por isso foi mais fácil demonstrar o nos-so valor e garantir esse estatuto”, re-fere o coordenador.

Seguiu-se o estatuto de Institui-ção Particular de Solidariedade So-cial (IPSS), com efeitos a partir de 1987, que garantiu a assinatura dos acordos de cooperação com a Segu-rança Social para Jardim de Infân-cia e Atividades de Tempos Livres (ATL).

Em 1995, começa a ser prepa-rada a construção do novo edifício com a apresentação de uma can-didatura ao Programa de Investi-mentos e Despesas do Desenvolvi-mento da Administração Central (PIDDAC) e, um ano mais tarde, é celebrado um Protocolo de Acordo com o Município que garante a ce-dência do “Campo de Soutelo” para habitação social. A valorização do terreno viria a ser utilizada como financiamento para a construção do novo edifício.

“Atualmente estamos a ten-tar responder a uma ambi-ção dos nossos sócios mais antigos”

Já no edifício da rua de Macau, inaugurado no ano 2000, o CSS presta atualmente os serviços de creche, pré-escolar, ATL e dispõe também de um Centro de Convívio para os idosos. “Atualmente esta-mos a tentar responder a uma ambi-ção dos nossos sócios mais antigos.

Quando houve a mudança de nome para CSS foi colocado no objeto so-cial a creche, que ainda não tinha, jardim de infância, ATL e Centro de Dia. Foi a primeira referência aos idosos. No entanto, quase 30 anos depois nunca se deu esse passo para o Centro de Dia. Em 2009, a Câma-ra cedeu-nos um novo terreno para a construção do Centro de Dia, mas infelizmente coincidiu com a fase de contenção financeira. Agora é nossa esperança capitalizar a segun-da metade do Programa 2020, com financiamento dirigido ao setor da construção”, revela Sandra Felguei-ras, presidente da instituição desde 2014. José Ricardo também parti-lha o mesmo desejo. “Temos um Centro de Dia e Centro de Con-vívio provisório mas falta-nos um espaço digno porque não podemos crescer mais”, afirma. A falta de es-paço não é, contudo, sinónimo de falta de pessoal. No CSS trabalham diariamente mais de uma centena de funcionários. “Talvez sejamos a maior IPSS de Rio Tinto e uma das maiores de Gondomar”, admite o coordenador geral.

José Ricardo não descarta a “mais valia do CSS para Rio Tinto”, um reconhecimento expresso pe-las instituições, associações e pelos gondomarenses. “Estamos a fun-cionar em rede com as outras ins-tituições solidárias e associações do concelho, esse é o nosso desígnio e é essa a resposta que queremos dar”, menciona o responsável.

Centro Social de Soutelo: Há 40 anos a cuidar de Rio TintoO Centro Social de Soutelo (CSS) inaugurou em maio as comemorações do 40.º aniversário da instituição fundada após o 25 de abril de 1974 por necessidade da freguesia. Ao longo dos anos, o que começou por ser um Centro Infantil passou a contar com as valências de creche, pré-escolar, ATL e centro de convívio, e auxilia diariamente cerca de 500 utentes. Ao Vivacidade, a direção do CSS revelou a importância do “apoio dos moradores” no início do projeto e os planos para o futuro da instituição.

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Reportagem Vivacidade

VIVACIDADE MAIO 2015

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Texto: Ricardo Vieira Caldas Pedro Santos Ferreira

> A anterior designação era Centro Infantil de Soutelo

> O atual edifício do CSS foi inaugurado em 2000

> Apesar da falta de espaço o Centro de Convívio acolhe idosos diariamente

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Futuro poderá passar pela construção do Centro de Convívio

Para o Centro Social de Soutelo o futuro já está traçado. “Um dos desafios é a construção do Centro de Convívio e queremos estar mui-to atentos a esta perda das crianças e a estas mudanças das condições so-ciais das famílias. No entanto, temos e vamos continuar a ter uma atitude positiva com projetos que dão apoio às famílias. Queremos fazer das fra-quezas, forças”, explica a presidente

Sandra Felgueiras. José Ricardo ad-mite ainda criar brevemente uma comissão de sócios antigos para passar a “organizar campanhas pro-mocionais para angariar dinheiro.”

“Será um processo transparente. Se abrir uma candidatura temos que garantir 30% do financiamento mas esse trabalho já pode começar a ser feito”, conclui. n

Centro Social de Soutelo: Há 40 anos a cuidar de Rio TintoO Centro Social de Soutelo (CSS) inaugurou em maio as comemorações do 40.º aniversário da instituição fundada após o 25 de abril de 1974 por necessidade da freguesia. Ao longo dos anos, o que começou por ser um Centro Infantil passou a contar com as valências de creche, pré-escolar, ATL e centro de convívio, e auxilia diariamente cerca de 500 utentes. Ao Vivacidade, a direção do CSS revelou a importância do “apoio dos moradores” no início do projeto e os planos para o futuro da instituição.

9VIVACIDADE MAIO 2015

Reportagem Vivacidade

Mais de 400 pessoas correram por causa solidária:

Os projetos Triplo Salto e Projet’Arte uniram-se para organizar a 10 de maio a 1ª Run Social. A iniciativa inserida nas comemorações do 40.º aniversário do Centro Social de Soutelo promoveu a atividade física por uma causa social. Segundo a organização, o valor das inscrições – um euro por pessoa – reverteu na totalidade a favor da Obra ABC, de Rio Tinto. O valor final angariado foi cerca de 400 euros.

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> Apesar da falta de espaço o Centro de Convívio acolhe idosos diariamente

> Na foto: José Ricardo, coordenador, e Sandra Felgueiras, presidente do Centro Social de Soutelo > Projeto para a construção do Centro de Dia do CSS

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Em 2010, Alexandre Braga, músico e produtor musical, estava à procura de casa e pediu à agência imobiliária um sítio onde pudesse “fazer barulho”. Uma antiga adega situada na zona da Venda Nova, em Rio Tinto, foi o local ideal para o jovem do Porto que encontrou “potencial no espaço para criar um estúdio de gravação”. Dois anos depois, a equipa ficou definida e formou-se a Adega Records, uma associação musical sem fins lucra-tivos. “Escolhemos este nome por causa do espaço – a antiga adega – e porque soava bem lido em in-

glês”, explica o presidente da dire-ção, coordenador e editor da Ade-ga Records.

Em 2014 foi lançado o primeiro EP da banda Frankie Shue, projeto interno da editora, formado Luís Meireles, Nuno Cardoso e Alexan-dre Braga. O trabalho abriu portas à Adega Records que tem agora mais de uma dezena de bandas a gravar em estúdio.

“Queremos criar um selo de qualidade e provar que podemos ajudar as bandas como parceiros. Não podemos fazer isso com qual-quer banda mas vamos tentar pen-sar em grupos que podem precisar disto e que não façam da editora só um sítio para gravar”, diz o respon-sável pela associação.

Para Juliana Constantino, do departamento de imagem e vídeo, o objetivo é “ajudar as bandas em todos os aspetos” para conseguir o melhor “produto possível” através de “pacotes de gravação de áudio e vídeo”.

Os membros da Adega não colocam barreiras aos estilos mu-sicais que podem vir a editar, con-tudo “criar um selo de qualidade” e trazer “projetos que rompem com a continuidade do que tem sido feito” são os objetivos da editora independente.

O mais recente trabalho edita-do, o EP homónimo da banda Oak Inc, formada por Pedro Carvalho e Alexandre Braga, assume-se como um projeto “diferente e assumida-

mente eletrónico”. “Ainda estamos a aguardar feedback mas vamos continuar a tentar divulgar as mú-sicas e contar novas histórias com os videoclipes”, mencionam os músicos dos Oak Inc.

Recentemente a editora come-çou a gravar com a banda Ana Pa-rís, de São Pedro da Cova, contudo os responsáveis da Adega Records lamentam a “dificuldade em con-tactar os gondomarenses”, mas es-

peram dar-se a conhecer através da Câmara de Gondomar e das Juntas de Freguesia e “dar a conhecer a Gondomar ao país”.

Nos planos da editora está a também a realização de um festival e o lançamento de novas bandas com o apoio da Adega Records. “No futuro podemos vir a lan-çar bandas que nunca teriam essa possibilidade ou criar um festival”, conclui Juliana Constantino. n

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Sociedade

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Texto: Pedro Santos Ferreira

Há uma Adega a editar música em Rio TintoJá os confundiram com um restaurante típico mas o nome não deixa dúvidas: Adega Records. Sediada na zona da Venda Nova, em Rio Tinto, a editora formada por Alexandre Braga quer “criar um selo de qualidade” e ajudar novas bandas a gravar as suas músicas. Frankie Shue e Oak Inc são os mais recentes projetos da editora.

Os trabalhos da Adega:

Desde a sua fundação, em 2010, a Adega Records foi responsável por vários projetos in-ternos e externos. Os mais recentes – Frankie Shue e Oak Inc – acompanham as bandas Espalha Alegria, The Lazy Faithful, Gio Zero Point Energy, Eat Bear e Coelho Radioativo, que gravaram nos estúdio da editora riotintense. No portfólio da Adega estão ainda vídeos publicitários, curtas metragens, videoclips e documentários.

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> Na foto: Pedro Carvalho, Nuno Cardoso, Alexandre Braga, Rafael Silva e Juliana Constantino

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Sociedade

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Os incêndios florestais em São Pedro da Cova, em Foz do Sousa e Covelo levaram Marco Martins, presidente da Câmara Mu-nicipal de Gondomar, a declarar o estado de alerta para o Município e ainda a ativar o Plano Municipal de Emergência (PME) no âmbito do “EXEDISPOR CMG 2015”, exer-cício que visou ativar a Comissão Munici-pal de Proteção Civil e o Centro de Coorde-

nação Operacional Municipal.Após o PME ter sido ativado foram rea-

lizadas operações de socorro, desimpedi-mento de vias, divulgação de informações à imprensa, ações de evacuação de popula-ções em risco e prestação de apoio psicoló-gico para a população afetada.

O exercício, realizado em coordenação com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) do Porto, integra a última fase de preparação para um Verão que, se-gundo os especialistas, poderá ser exigente e muito difícil para os bombeiros e unida-des de Proteção Civil.

O simulacro recriou ainda uma con-jugação de incidentes e o incêndio flores-tal que cercou a freguesia de São Pedro da Cova, em 2006. n

“EXEDISPOR GDM 2015”testou capacidade de respostado MunicípioNo dia 9 de maio realizou-se o exercício “EXEDISPOR GDM 2015”, que decorreu em Gondomar e, em simultâneo, nos concelhos da Trofa, Lousada e Marco de Canaveses. O simulacro recriou o grande incên-dio florestal que, em 2006, cercou a freguesia de São Pedro da Cova. Um Verão “mais complicado” do que o

anterior foi a previsão do comandante ope-racional distrital do Porto, Rodrigues Al-ves, na apresentação do Plano Operacional Distrital para a época mais quente de 2015. Durante a exposição, Rodrigues Alves su-

blinhou a necessidade de prevenção dos cidadãos comuns, que caracterizou como “primeiros elementos” da estrutura de com-bate a incêndios.

“O trabalho é facilitado e não se põem vidas em causa se o cidadão atuar como primeiro elemento em toda a estrutura de proteção civil. Ao serem evitados os com-portamentos de risco, todo o trabalho sub-sequente nem sequer existe”, referiu o co-mandante operacional distrital.

Marco Martins, presidente do Muni-cípio, considerou prioritária “a aposta na limpeza, prevenção e ações de informação à população” e revelou a conclusão de um estudo feito pela autarquia junto dos muní-cipes, que demonstrou a importância dos bombeiros, tidos como “queridos e valori-zados” pelos gondomarenses. n

Plano Operacional Distrital para 2015 apresentadoem GondomarO Plano Operacional Distrital relativo ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais de 2015 foi apresentado a 30 de abril no auditório da Biblioteca Municipal de Gondomar.

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Para abrir da melhor forma foi hasteada a bandeira, juntamente com a colaboração da Banda Ju-venil de Gondomar que propor-cionou um espetáculo musical. Paralelamente decorreu a exposi-ção “Gondomar: Memórias Foto-gráficas”.

A Roda de Choro do Porto deu um concerto com música popular brasileira, juntando músicos de di-ferentes gerações. Onofre Varela, reconhecido cartoonista, também deixou o seu contributo inaugu-rando uma exposição e discursou numa palestra acerca da “Liberda-de de Expressão”. O Clube ainda

recebeu movimentos de Dance Music, Pilates e Titmix. Foi palco dos “Vox Populi” e a poesia não foi esquecida, permitindo que se reci-tassem poemas.

Na comemoração do aniver-sário, o Clube recebeu dezenas de sócios e simpatizantes para a celebração. Durante a cerimó-

nia, Manuel Rosas, presidente da coletividade, pode contar com a presença do vice-presidente da Câmara de Gondomar, Luís Filipe Araújo e do sócio número um do clube, José Emílio Monteiro, na mesa principal.

O discurso de Manuel Rosas fica marcado pela ideia dos “três

R”: recuperar, rejuvenescer e revi-talizar, como resposta ao ciclo de crise que o clube vive. Todavia, esta coletividade pretende continuar a apoiar e divulgar os trabalhos dos gondomarenses. Para isso ser pos-sível é necessária a participação de todos, incluindo os sócios.

Em declarações ao Vivacidade, Manuel Rosas admitiu que o Clu-be passa por muitas dificuldades. “A vontade de querer fazer é de tal forma grande que estamos a tentar superá-las. Não temos conseguido ultrapassar as questões financei-ras, devido ao seu volume”, escla-receu o presidente.

Luís Filipe Araújo também teve a oportunidade de discursar em nome do presidente Marco Martins. O vice-presidente afir-

mou que o Clube Gondomarense é “um símbolo histórico de Gondo-mar” e que acredita que este pro-jeto irá resultar graças às pessoas com vontade, que têm ajudado a erguer esta associação. Admitindo que a Câmara pode ceder “mate-riais e apoio técnico”, o mesmo disse que as instituições necessi-tam de vida. “Podemos construir edifícios enormes mas sem vida ficam reduzidos a cinza”, afirmou.

Entre agradecimentos às as-sociações e homenagens aos só-cios com 25 e 50 anos de ligação à coletividade, ainda foi possível ouvir um poema recitado por Ci-dália Santos, em honra do históri-co Clube Gondomarense. Por fim, um aniversário tem de ter bolo, e este também não faltou à festa. n

Clube Gondomarense comemora 110 anoscom vasto programa culturalNo dia 21 de maio, o Clube Gondomarense celebrou o seu 110.º aniversário. Ao longo do mês têm-se realizado inúmeras ativida-des para celebrar esta data.

Texto: José Pedro Oliveira

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> Manuel Rosas abriu a sessão que contou com a presença de Luís Filipe Araújo

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O Município formalizou a ce-dência de seis espaços do Mercado da Areosa à Cooperativa de Soli-dariedade dos Povos de Gondo-mar com o objetivo de trazer uma nova dinâmica e novos serviços ao espaço riotintense. Em discurso, Paulo Jorge Teixeira, presidente da direção da cooperativa, mostrou--se entusiasmado com o projeto apresentado para o local, que con-templa a criação de uma clínica

social no segundo piso, com ser-viços de clínica geral e consultas de especialidade a preços mais acessíveis, um balcão do cidadão, um contact center que poderá empregar cerca de 60 pessoas, formações para desempregados através de um protocolo celebrado com o IEFP e a criação de novos espaços de co-working. “Dinami-zar este espaço só é possível com a envolvência das pessoas e dos comerciantes porque sem eles não vamos resolver os problemas. O nosso objetivo principal é trazer as pessoas de volta dentro de um

mês”, afirmou Paulo Jorge Teixeira.Marco Martins, presidente da

Câmara Municipal de Gondomar, assumiu a necessidade de dinami-zar o Mercado da Areosa, solução que demorou cerca de ano e meio a encontrar graças aos “proce-dimentos legais que a autarquia não podia ultrapassar”. “É preciso trazer a dinâmica que falta a este espaço. Estamos a preparar um concurso público para ultimar a concessão do estacionamento pago e temos que baixar os preços para tornar esta área mais atrativa”, referiu o autarca.

Autarquia e Cooperativa têm estratégia comum

Em entrevista ao Vivacidade, Marco Martins e Paulo Jorge Tei-xeira insistem na necessidade de “revitalizar o Mercado da Areosa”. O edil camarário destaca a solu-ção encontrada “que vai de en-contro ao projeto apresentado no programa eleitoral para o edifício e toda a zona comercial envolven-te”.

“Em 2008, com a construção deste edifício a Areosa perdeu muito dinamismo e foi necessário arranjar um parceiro interessado em investir neste projeto. Atra-vés da cedência de espaços – que têm um período de carência de 11 meses – conseguimos corrigir este erro dramático do executivo ante-rior”, afirma Marco Martins.

Contudo, o autarca não esque-ce a praça do Mercado e espera ver concluída a construção de stands comerciais no exterior e uma co-bertura no palco “até ao verão”.

O presidente da Câmara de Gondomar, espera garantir ainda uma nova concessão do estacio-namento envolvente e tem como objetivo “baixar a tarifa e permitir um benefício para os clientes do Mercado da Areosa”.

Já Paulo Jorge Teixeira, da Cooperativa Povos de Gondomar,

mostra-se satisfeito com o contra-to celebrado com o Município. O responsável pela cooperativa viu no Mercado “uma grande opor-tunidade” e decidiu avançar com a proposta que representa um in-vestimento de cerca de 75 mil eu-ros para “captar pessoas das áreas envolventes”.

“Contamos que o Mercado fi-que a funcionar em pleno até ao início do mês de junho. Vai ser fei-to um recrutamento no concelho para o contact center e vão come-çar as formações profissionais do IEFP. Entretanto a clínica poderá arrancar até ao dia 10 de junho e a Areosa Vintage Fair [ver caixa] já se realiza, todos os sábados”, con-clui Paulo Jorge Teixeira. n

Município aposta em nova dinâmicano Mercado da Areosa

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Sociedade

A Câmara Municipal de Gondomar e a Cooperativa de Solidariedade Social dos Povos de Gondomar assinaram, a 29 de abril, o contrato de cedência de seis espaços do Mercado da Areosa que prevê a criação de uma nova dinâmica naquela infraestrutura do con-celho. A Cooperativa promete criar uma clínica social e um contact center que poderá empregar cerca de 60 pessoas numa fase inicial.

Texto: Pedro Santos Ferreira

Areosa Vintage Fair realiza-se todos os sábados:

Aos sábados passa a realizar-se a Areosa Vintage Fair. A feira franca de produtos usados, artesanato e velharias tem sido um sucesso e torna-se local de passagem obrigatória entre as 9h e as 19h.

Comerciantes aprovamo projeto:

“Agora temos esperança que isto cor-ra bem. Era necessário revitalizar o Mercado porque os estabelecimentos estavam todos fechados” – Deolinda Moreira, 72 anos

“Era preciso trazer mais gente ao Mer-cado. Esta ideia é boa para o espaço e foi bem recebida pelos comerciantes” – Fernanda Pereira, 61 anos

“Foi uma boa ideia e era preciso trazer mais pessoas ao Mercado” – Maria Pereira, 67 anos

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> O projeto foi anunciado publicamente a 29 de abril > Marco Martins formalizou a cedência de espaços à Cooperativa

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Sociedade: Aplicação Street Alert

É gratuita e está à disposição dos utiliza-dores de dispositivos móveis Android e iOS. A aplicação StreetAlert permite aos cidadãos portugueses registar um problema na via pública e, através da sua localização, enviar automaticamente o problema para a Câmara Municipal respetiva. “A grande quantidade e variedade de espaços de utilização pública re-qualificados, de mobiliário urbano instalado, de espaços verdes criados e de equipamen-tos disponibilizados à população, exigem da parte dos municípios uma atenção especial e

uma atuação rápida no domínio da sua ma-nutenção. Esta realidade exige mecanismos e ferramentas que facilitem e agilizem o levan-tamento e a resolução dos problemas”, explica ao Vivacidade a empresa detentora da nova app.

“O objetivo prende-se em criar uma fer-ramenta de utilização fácil e gratuita para os cidadãos para que possam remeter alertas que detetem dos espaços públicos. Cada vez é mais difícil manter pavimentos e imobiliários em boas condições e é importante dar rapida-mente conhecimento aos Municípios dessas situações. Basta tirar uma fotografia, escolher a tipologia do problema e automaticamente o sistema deteta o local, com uma margem de erro de 10 metros, e o passo seguinte é validar a informação que é remetida através de email

ao respetivo Município”, explica ao Vivacida-de João Cepa, fundador da empresa responsá-vel pela StreetAlert.

Para os utilizadores a aplicação é gratuita e os municípios também não têm que pagar nada, a não ser que queiram ter acesso à plata-forma de gestão. “O Município pode entender que os alertas podem ser remetidos para ser-viços específicos e há essa possibilidade. Além disso, há possibilidade de fornecer relatórios permanentes sobre o tipo de problemas regis-tados e tempos máximos de resolução. O exe-cutivo e o presidente podem depois receber alertas de cumprimento dos serviços”, explica o mentor da app, referindo-se ao serviço pago pelos municípios.

No que a Gondomar diz respeito, João Cepa admitiu que, apesar de o serviço estar a funcionar em pleno para o concelho, a au-tarquia ainda não revelou interesse no siste-ma. “Fui presidente da Câmara Municipal de Esposende durante 15 anos e foi uma ferra-menta que sempre desejei ter. Quando saí da Câmara Municipal decidi criar esta aplicação com a empresa que fundei. Nós comunica-mos a todas as Câmaras Municipais do país a criação e as características da aplicação. Informamos que íamos ativar o sistema para os munícipes e deixamos o convite para nos contactarem caso tivessem interesse na plata-forma de gestão. Já contamos com uma série de contactos de alguns municípios mas ainda não recebemos qualquer resposta do Municí-pio de Gondomar” esclareceu o ex-autarca. n

Buraco na estrada?Já pode comunicar diretamente à Câmara Municipal com uma nova aplicação móvelFoi recentemente criada uma ferramenta que permite comuni-car de forma fácil e rápida os problemas detetados pelos cida-dãos no espaço público. A aplicação móvel StreetAlert funciona em dispositivos móveis Android e iOS e está disponível para to-dos os concelhos de Portugal Continental.

> Fotografe o problema > Escolha a tipologia > Envie para a Câmara Municipal

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Sociedade: Dia da Família

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Atualmente cerca de 80 estu-dantes - entre os 15 aos 18 anos - de mais de 20 nacionalidades vivem em Portugal com uma família local. A propósito da celebração do Dia da Família, a 15 de maio, a Inter-cultura-AFS Portugal lança o apelo para que as famílias abram a sua casa a esta experiência de aprendi-zagem intercultural. A Tailândia e os Estados Unidos da América lide-ram a lista das nacionalidades dos estudantes estrangeiros acolhidos por famílias gondomarenses.

A coordenadora do Núcleo do Porto da AFS, Isabel Araújo, expli-

ca ao Vivacidade quais os requisitos para acolher um estangeiro. “Não existe nenhum requisito específico para se acolher um estudante e ser família de acolhimento AFS. A fa-mília AFS pode ser constituída por apenas um elemento, a mãe ou o pai, com ou sem filhos, não sendo necessário ter um quarto só para o estudante, pode ser partilhado com os irmãos de acolhimento. A res-ponsabilidade de quem hospeda é de fornecer cama, comida e muito “amor” já que será um novo mem-bro da família! O estudante AFS é ainda apoiado pela AFS Portugal no que se refere às despesas com os transportes, o material e o almoço escolar, o seguro médico, entre ou-tros”, esclarece a coordenadora

Isabel Araújo espera poder de-senvolver parcerias com as autar-

quias locais para a divulgação do programa de acolhimento e desafia

os gondomarenses a saber mais no website e Facebook da AFS. n

AFS procura famílias gondomarensespara acolher 98 estudantes estrangeirosTodos os anos Portugal recebe estudantes do Ensino Secundário vindos de várias partes mundo, no âmbito de um Programa de intercâmbio promovido pela associação Intercultura-AFS Portugal. Ao todo, desde 2005, o concelho de Gondomar já acolheu oito estudantes estrangeiros mas em setembro chegam mais 98 – de 25 países diferentes – e a AFS já procura acolhimento.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

> A família Araújo, do Porto, acolheu em 2013 uma estudante da Nova Zelândia

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Durante três dias o concelho foi pal-co do debate sobre a Educação Especial, numa iniciativa organizada pela Câmara Municipal de Gondomar. A Convenção Multidisciplinar de Educação – Perspe-tivas sobre a Educação Especial promo-

veu a troca de ideias sobre a necessidade de melhoria das respostas à população com deficiência através de conferências, workshops e exposições de projetos inte-rativos. Nas atividades programadas parti-ciparam mais de 700 alunos, para além das mais de 400 pessoas inscritas para a con-venção que disponibilizou vários espaços acessíveis ao público em geral e profissio-nais na área da intervenção educativa no âmbito da educação especial e de pessoas com deficiência.

A Convenção contou com a presença de seis instituições do Ensino Superior: as faculdades de Desporto e de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, o Instituto Superior de Engenharia do Porto, as universidades do Minho e de Aveiro e a Fundação Fernando Pessoa. n

Multiusos acolheu Convenção Multidisciplinar de EducaçãoO pavilhão Multiusos recebeu, de 30 de abril e 2 de maio, a Convenção Multidisciplinar de Educação – Perspetivas sobre a Educação Especial. O evento trouxe centenas de professores e especialistas da educação a Gondomar.

A Casa da Juventude de Rio Tinto está a promover um conjunto de conversas in-tituladas ‘(dez)conversando’, no âmbito do programa ‘10 anos, 10 ações’. A primeira de-correu a 6 de maio e teve como protagonista o humorista Fernando Rocha.

A conversa, que teve a moderação do Vivacidade, contou ainda com a presen-ça da vereadora da Juventude da Câmara Municipal de Gondomar, Sandra Brandão, e teve como público alunos da Escola Pro-fissional Atual Gest. Os jovens ouviram o Fernando Rocha falar “a sério” sobre a sua carreira, sobre as suas opções, e sobre as di-ficuldades que a juventude enfrenta atual-mente. O “special one” das anedotas acon-selhou os alunos da Actual Gest “a seguirem

aquilo que gostam e em que são bons”. As próximas atividades do programa ‘10

anos, 10 ações’ da Casa da Juventude de Rio Tinto são a exposição de mobiles, do Proje-to Escolas, de 8 a 30 de junho e o desfile de moda, joalharia e acessórios “Há moda na casa”, a 4 de julho, pelas 21h30. n

(Dez)conversandocom Fernando Rochana Casa da Juventude de Rio TintoA Casa da Juventude de Rio Tinto está a desenvolver um con-junto de 10 ações que têm como objetivo celebrar os seus 10 anos de atividade. A 6 de maio, o humorista Fernando Rocha foi convidado para uma conversa com alunos da Escola Profis-sional Actual Gest. O balanço “foi positivo”.

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Animações, demonstrações, workshops, artesanato, desporto, folclore, música, zumba, quizomba, petiscos e jogos foram os atrativos que uniram dezenas de pessoas na Escola Secundária de São Pedro da Cova com a “finalidade de promo-ver uma maior aproximação da es-cola à comunidade”.

O evento, organizado pelo Gabi-nete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF), foi, segundo a entidade, “um dia intenso e cheio de emoções”

celebrado a rigor, em família. Segundo o GAAF, o objetivo foi

“promover a consciencialização da importância da escola para a inter-nalização de valores de identidade, pertença e competências para a ci-dadania ativa, potenciar capacidades culturais e artísticas dos alunos e pro-porcionar um ambiente de convívio e confraternização entre todos os ele-mentos da comunidade escolar”.

No próximo ano, está garantida uma nova edição.

Vai Avante festejou em Gra-mido o Dia da Família

A Associação Recreativa e Cul-tural Bem Fazer Vai Avante, de S. Pedro da Cova, também assina-lou o Dia da Família no Centro de Educação Ambiental da Quinta do Passal, em Gramido. A exposição de trabalhos artesanais realizados pelas crianças despertou o interesse dos familiares durante uma tarde de sol muito animada, junto à margem do rio Douro. n

Dia da Família celebradona Escola Secundária de S. Pedro da CovaNo dia 16 de maio a Escola Secundária de S. Pedro da Cova celebrou a Festa da Família, numa iniciativa que contou com a presença de dezenas de pessoas.

A primeira reunião é já a 28 de maio e a expectativa é “ver os jovens associados mais próximos das co-letividades e unidos entre si”. Nuno Fonseca, presidente da Junta de Rio Tinto, explica ao Vivacidade que o objetivo do novo órgão é “rejuve-nescer as associações e os associados e renovar as políticas para a juven-tude.” “Estamos preocupados com o futuro e vamos tentar resolver os problemas com este projeto inova-dor que não existe em mais nenhu-

ma freguesia do país”, comenta o au-tarca. “É uma marca para Rio Tinto. Tenho a certeza que este exemplo vai ser replicado noutras freguesias”, acrescenta.

Para a Junta de Freguesia de Rio Tinto “faz sentido juntar os dirigen-tes associativos de todas as associa-ções de Rio Tinto” num só órgão. O projeto é aberto a todos os dirigentes com menos de 35 anos e pretende-se que os membros, em conjunto, pos-sam “discutir políticas de juventude

para todas as associações e não só para as associações juvenis.”

“Este era um projeto que esta-va no nosso programa político e é mais um que fica cumprido. Na altura Gondomar não tinha Conse-lho Municipal de Juventude e agora tem, mas mesmo assim mantemos o nosso projeto porque é diferente do Conselho Municipal de Juventude, que é um órgão de consultoria das associações juvenis”, justifica Nuno Fonseca. n

Junta de Rio Tinto criaConselho Local da JuventudeA Assembleia de Freguesia de Rio Tinto aprovou recentemente a criação do Conselho Local de Rio Tinto, proposto pelo executivo. O objetivo é “rejuve-nescer as associações e os associados e renovar as políticas para a juventude.”

Em 2014, o Dia Mundial da Criança, organizado pela Câma-ra Municipal de Gondomar, levou milhares de famílias a Gramido, em Valbom. Este ano o objetivo é re-petir o evento celebrado em dupla jornada – 30 e 31 de maio – com o rio Douro como pano de fundo.

Em comunicado enviado à im-prensa, a autarquia garante “um conjunto de atividades lúdico-re-

creativas gratuitas” ao dispor das crianças, dos jovens e das respetivas famílias.

No programa estão previstas di-versas atuações de “pequenos artis-tas do movimento associativo con-celhio”, no Palco Talentos, e “mais animação e algumas surpresas”.

Em Portugal, o Dia Mundial da Criança celebra-se a 1 de ju-nho, mas a Câmara Municipal de

Gondomar optou por comemorar a data no fim-de-semana anterior para assinalar o “festejo dos direitos da criança”.

Insufláveis, “air bungee”, esca-lada, “rappel”, jogos tradicionais, canoagem, aeromodelismo, jogos ambientais, póneis, jogos didáticos e caças ao tesouro são algumas das atividades que vão estar ao dispor dos municípes. n

Dia Mundial da Criança regressaa Gramido nos dias 30 e 31 de maioO Município tem agendadas várias atividades para comemorar o Dia Mun-dial da Criança entre os dias 30 e 31 de maio. À semelhança do ano passado, as iniciativas realizam-se em Gramido, na margem do rio Douro.

O calçado é algo importante para mim. Nunca escondi a mi-nha pequena obsessão (saudá-vel) por calçado. Sinto que nun-ca são de mais, que falta sempre algum modelo, alguma cor. Na realidade não é imaginação mi-nha, é que falta mesmo. Falta porque na hora de comprar os

meus olhos fogem para os mo-delos de salto alto, mas no meu dia-a-dia, os meus pés fogem para os rasos, bem confortáveis. Isto cria uma situação algo des-confortável para mim e mesmo estando completamente cons-ciente da situação, ainda me cus-ta proceder à mudança. Se ca-lhar porque mesmo que não dê o uso desejado aos meus saltos altos, ainda gosto de olhar para eles, como quem olha para uma peça de arte, e gosto sobretudo de saber que eles estão lá, à mi-nha espera, prontos para a ação a qualquer momento. Por muito supérfluo que esta situação pa-reça, é algo que acontece com mais frequência do que se ima-gina. Damos por nós a comprar aquilo que gostamos sem ter muita atenção se realmente nos faz falta, ou se vamos dar muito uso. E o que está a fazer falta no nosso dia-a-dia fica para segun-do plano. Se calhar porque não

é tão emocionante, porque não nos dá tanto prazer comprar um básico. É como a comida. Não dizem que o que faz mal é o que sabe melhor? Ok, se calhar não é a melhor comparação, mas tem a sua lógica.

Estes pequenos impulsos criam um guarda-roupa disfun-

cional que por sua vez vai di-ficultar na hora escolhermos o outfit. Vamos sentir que faltam peças, que nada combina, e que não temos nada que calçar nem o que vestir. Só vamos sentir frustração e desconforto.

A solução até parece sim-ples, mas na realidade pode ser um pouco mais complicada do que parece. Para ajudar apre-sento três simples passos. Pri-meiro: Tenha consciência do que lhe está fazer falta, do que dá mais uso dia-a-dia e de qual é a sua (saudável) obsessão. Se-gundo: Quando for às compras, leve uma pequena lista consigo das peças que registou no passo anterior. Faça o esforço necessá-rio pra investir só nessas peças. Terceiro: Bem, qual é a dieta que aguenta se de vez em quando não comermos um bolinho às escondidas? Por isso dê esse pra-zer a si própria. Mas claro, com moderação. n

Viva Moda

Alcina Cunha

www.alcinacunha.com

Consultora de Imagem

Qual a sua (saudável) obsessão?

Opinião

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O secretário de Estado do Ensi-no Básico e Secundário, Fernando Egídio Reis, o bispo do Porto, D. António Francisco Santos, e o dire-tor do Agrupamento de Escolas In-fanta D. Mafalda, Laureano Valen-te, descerraram a placa com a nova designação do ex-Agrupamento de Escolas nº 2 de Rio Tinto. A mu-dança há muito desejada pela dire-ção do agrupamento realizou-se a 30 de abril, num dia de festa na es-cola sede do agrupamento num dia marcado pelas diversas atividades organizadas para os alunos a par de uma feira oitocentista.

No período de intervenções, Laureano Valente explicou a es-colha da Infanta D. Mafalda como “homenagem à história da infanta que morreu em Rio Tinto e marcou a sua vida pela generosidade e pelo bem comum”.

O diretor sublinhou ainda a im-portância da “missão” que lidera: “formar jovens e adultos ricos em determinados valores essenciais à sociedade”.

Para Fernando Egídio Reis, a nova designação é “mais simpática do que a anterior” e passa a estar relacionada com as raízes históri-cas do agrupamento. “Este agru-pamento escolheu como sua figura uma personalidade da sua terra, a Infanta D. Mafalda, uma mulher

poderosa que muito diz a Rio Tin-to”, destacou o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário.

Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, mostrou-se orgulhoso pela mu-dança do nome do agrupamento pela escolha da Infanta D. Mafalda, “um nome ligado à nossa freguesia de Rio Tinto”. O autarca sublinhou ainda a capacidade do agrupamen-to de “fazer muita coisa” e desafiou os responsáveis a abranger mais três escolas: Triana, Boucinha e Carreiros.

Após o período de intervenções realizou-se uma conferência mode-rada pelo historiador Joel Cleto, so-bre a relação da Infanta D. Mafalda à freguesia de Rio Tinto. n

Infanta D. Mafalda dá nomea Agrupamento de Escolas de Rio TintoO Agrupamento de Escolas n.º 2 de Rio Tinto passou a designar-se, a 30 de abril, Agrupamento de Escolas Infanta D. Mafalda. O novo nome foi celebrado com um dia aberto à comunidade repleto de atividades lúdicas e uma feira oitocentista.

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> Descerrar da placa pelo Bispo do Porto, D. António Francisco Santos, e secre-tário de Estado do Ensino Básico e Secundário, Fernando Egídio Reis

Texto: Pedro Santos Ferreira

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O cartaz dos grupos que vão atuar no Rio Tinto em Festa já está fechado e são os Som Livre Band que vão inaugurar a festa no dia 5 de junho, pelas 22h. No dia 6 é a vez da Banda Iniciadores subir ao palco, pelas 22h. O músico Paulo Ribeiro (ex-Bandalusa) e o conjunto Prata Latina sobem ao palco no terceiro dia do Rio Tinto em Festa. No dia 8 de junho a banda FZK e os Gris-to Académico iniciam o espetáculo pelas 22h. Marcus Machado regres-sa à freguesia após o concerto da Gondomar Band, dia 9, pelas 21h30. A encerrar, a banda Union Salsera, atua no dia 10 de junho, pelas 21h30.

Paralelamente vai realizar-se a 14ª edição da Feira de Artesanato.

“Disfrutar do mesmo evento mas num conceito mais fes-tivo”

“A mudança do nome deve--se ao decréscimo no conceito da Festa da Cerveja. No ano passado tivemos uma queda no número de visitantes e não estávamos a con-seguir angariar os apoios dos pa-trocinadores que já tínhamos tido. Nesse sentido optamos por mudar de conceito e por continuar a or-

ganizar a festa com custos contro-lados mas melhorando”, explica Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia, ao Vivacidade. Por sua vez, Carlos Ferreira, gerente da empresa Encantos&Talentos, que vai partilhar a organização da festa com a Junta, acrescenta que o novo conceito se deve “ao facto da Festa da Cerveja nunca ter sido uma Fes-ta da Cerveja.” “As Festas da Cerve-ja servem para divulgar as diversas marcas e degustar os diversos tipos de cerveja que existem e nunca foi isso, foi sempre uma festa popular da freguesia”, indica.

“O orçamento ainda não está fechado”, esclarece Nuno Fonseca, mas uma das principais mudanças é a cobrança de um euro pelos seis dias de festa. “O principal objetivo é o de podermos melhorar o nível da festa. O valor angariado é para os artistas convidados, por isso quanto mais dinheiro angariado melhor o cartaz. Este investimento será visí-vel no próximo ano”, indica. Parte da receita angariada será ainda en-tregue aos Bombeiros Voluntários da Areosa-Rio Tinto. O presidente da Junta aponta a preparação do terreno do evento para breve, numa

ótica sustentável. “Vai ser um espaço fechado e vamos procurar criar já algumas infraestruturas para o futu-ro. Também vamos procurar ter um cuidado maior com a limpeza do es-paço”, revela ainda o autarca.

Quanto à adesão ao evento, Nuno Fonseca acredita que este ano se possa ultrapassar o número de visitantes do ano passado [25 mil pessoas].

Entrada é controlada por pulseira

Com entrada paga a partir des-te ano, a Rio Tinto em Festa terá um recinto diferente na disposição e no controlo. “O recinto vai ser um pouco diferente mas mantém a identidade. Vamos manter a feira de artesanato mas com uma disposição diferente. Vamos procurar intro-duzir a feira no novo conceito e as pessoas vão estar mais envolvidas na festa. Vamos ter a parte gastronómi-ca e divulgar as empresas locais de restauração”, esclarece Carlos Ferrei-ra, da organização.

Para aceder ao Rio Tinto em Festa terá que comprar uma pulsei-ra, disponível para venda no recinto ou na Junta de Freguesia. n

Rio Tinto em Festasubstitui Festa da CervejaDe 5 a 10 de junho, o espaço da antiga feiravolta a receber música, gastronomia e artesanatoA tradicional Festa da Cerveja em Rio Tinto vai a partir deste ano dar lugar a um novo evento: o ‘Rio Tinto em Festa’. Entre os dias 5 a 10 de junho, o espaço da antiga feira riotintense vai ter música, festa, gastronomia e artesanato em destaque e o custo da entrada é de um euro, válido para os seis dias do evento.

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> Marcus Machado regressa a Rio Tinto

> O espaço da antiga feira vai acolher o Rio Tinto em Festa

> Nuno Fonseca organiza o evento em conjunto com a empresa Encantos e Talentos

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A zona do Polis de Gondomar tem um novo espaço desportivo ao dispor da popu-lação. As duplas Marta Hurst/Joana Resende, Joana Neto/Carla Sousa, Óscar Barbosa/Dio-go Maia e José Monteiro/Simão Teixeira, atle-tas que integram as seleções jovens de voleibol de praia da Federação Portuguesa de Voleibol marcaram presença nas partidas de exibição

inaugural a convite da Câmara Municipal de Gondomar.

O recinto inaugurado por Marco Martins e restantes vereadores do Município é de uso exclusivo para a prática desportiva, está dis-ponível entre as primeiras horas do dia e as 24 horas e não deverá ser utilizado em mais de 60 minutos pelos mesmos munícipes. n

Recinto Desportivo de Ribeira de Abade está aberto ao públicoO Recinto Desportivo de Ribeira de Abade foi formalmente inau-gurado a 16 de maio por quatro duplas federadas de voleibol in-door que aceitaram o convite da Câmara Municipal de Gondomar.

“Um êxito”. É desta forma que a Câmara Municipal de Gondomar define os dados recolhidos desde a abertura do Posto de Registo e Controlo de Pescado de Valbom, na Ribeira de Abade. Segundo o Município, em causa está um volume de negócios de cerca de 30 mil euros, sendo que nas duas últimas semanas de fevereiro a captura de lampreias era ainda “escassa e centralizada em apenas três embarcações”. No entanto, em março, após a inauguração do ciclós-tomo no Douro “as embarcações que efe-tuaram descargas quadruplicaram”, tendo sido registadas 534 lampreias.

Em abril foi registado o “período mais intenso” com 26 embarca-

ções registadas e 2423 lampreias captura-das, tendo a pesca da lampreia terminado a 30 de abril.

De acordo com o comunicado enviado à imprensa, as condições de descarga e regis-to de capturas proporcionadas pelo Posto de Registo e Controlo de Pescado de Val-bom veio demonstrar o respeito da autar-

quia por esta atividade sazonal.Recorde-se que o Pos-

to de Registo é fruto de uma parceria estabele-cida entre o Município

de Gondomar, a Docapesca e a

Vianapesca. n

Posto de Registo e Controlo de Pescado de Valbomjá registou três mil lampreiasO Posto de Registo e Controlo de Pescado de Valbom registou cerca de três mil lampreias desde a sua abertura, a 13 de fevereiro deste ano.

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Sociedade

Pescadores aprovamPosto de Registo:

Silvestre Soares, pescador há 15 anos, pesca lampreia e sável e admite que o Posto de Registo e Controlo de Pescado de Valbom, é “uma vantagem para os pescadores”. “Todos os anos temos que cumprir uma quota mínima para termos a licença para pescar que é renovada anualmente e o Posto de Registo veio facilitar a atribuição da licença porque está mais próxima”, refere Silvestre Soares. Contudo, o pescador lamenta a época fraca de pesca à lampreia e reclama um reforço da patrulha marítima junto à barragem de Crestuma-Lever. “É proibido pescar naquela zona mas há pescadores que vão para lá e nem deixam a lampreia desova. Assim é difícil”, queixa-se ao Vivacidade.

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Como surgiu a banda Os Stukas?A banda surgiu em 1967, for-

mada por um conjunto de amigos com idades entre os 15 e os 17 anos. Estávamos no auge das músicas “yeah yeah” com alguma influência dos Beattles e dos The Shadows. A banda, composta por mim, pelo Al-fredo Pereira, António Gandra, Ma-nuel Vieira, Pedro Aguiar, o Chico e o Melo, juntou-se numa adega a ensaiar e depois começamos a par-ticipar em bailes e festas que foram os nossos primeiros ‘contratos’ que surgiram no verão de 1968. Na al-tura chegamos a ganhar quase 300 escudos por concerto.

Porque decidiram designar-se como “Stukas”, o famoso bombar-deiro da força aérea alemã?

O nome deriva da nossa garo-tice e de um espírito de luta que tí-nhamos. Os Stukas arrasavam tudo e por isso nós achávamos que tam-bém tínhamos que arrasar tudo. [risos]

O que vos motivava a tocar jun-tos?

Começamos a tocar por prazer

e fomos o primeiro conjunto de rit-mos modernos – era assim que nos chamavam – e tínhamos sempre dois reportórios: um para espetá-culos ao vivo e outro para dançar. As pessoas escolhiam o que que-riam ouvir, sobretudo as raparigas engraçadinhas das festas. [risos]

Chegaram a gravar algum álbum?Não, e é uma das coisas que te-

mos mais angústia. Nem sequer te-mos fotografias nossas em palco. A única que existe é de um cartaz que foi feito para enviar para a revista ‘Plateia’ – designada como “revista semanal de espetáculos”, fundada em 1951 - mas nem chegamos a en-viar. Havia um rapaz que nos seguia em todos os concertos e gravava as nossas músicas, já o contactamos mas ele diz que perdeu as gravações.

Como é que a banda acabou?Em 1970, com a chamada para

o serviço militar obrigatório que pôs fim à banda.

Quando é que decidiram reunir--se e voltar aos palcos?

Ao fim de quase 45 anos depois do fim da banda comecei a questio-nar os elementos do grupo para nos reunirmos. Por indicação dos orga-nizadores do Gasómetro acabamos

por aceitar o desafio e vamos final-mente regressar aos palcos.

Quais as dificuldades que têm tido nos ensaios?

Só estamos a ter algumas difi-culdades em repescar as letras das músicas mas com o tempo elas vol-tam à memória. [risos]

A banda está preparada para abrir o Gasómetro 2015?

Tem sido um gozo fenomenal regressar aos ensaios após estes anos todos. Temos ensaiado em Paredes, todas as segundas-feiras, e por vezes só acabamos de madru-gada. Queremos divertir-nos e di-vertir quem nos vai ouvir.

Vai ser um momento de grande responsabilidade?

Obviamente que é uma respon-sabilidade. Estamos a encarar este regresso com prazer mas sabemos que temos que ir preparados para o concerto. Estamos contentes por-que temos recebido muito apoio e palavras encorajadoras, sobretudo do público da nossa idade.

Este concerto vai dar origem a mais trabalhos da banda?

Estamos a pensar numa peque-na surpresa e há a possibilidade de

lançarmos um álbum, financiado pela União das Freguesias de Fân-zeres e São Pedro da Cova. Não sa-bemos se a banda vai ter continui-dade porque encaramos isto como amadores mas mesmo que não to-cássemos no Gasómetro, o que se-ria uma desilusão para nós, já valeu a pena reunir a banda.

O que podemos esperar do con-certo dos “Stukas”?

Para além de recordar um tem-po que já passou esperamos que percebam que apesar de já termos passado o nosso auge produtivo ainda temos um grande prazer de viver. Queremos ser um exemplo disso mesmo.

É importante surgirem novas bandas em Gondomar?

Claro que sim. Em São Pedro da Cova temos algumas e esta é uma terra de grandes músicos como, por exemplo, os irmãos Aguiar. n

Os Stukas: “Tem sido um gozo fenomenalregressar aos ensaios após estes anos todos”A banda Os Stukas está de regresso aos palcos, 45 anos depois de ter terminado. O grupo musical formado por Rui Fonseca, 63 anos, guitarrista, Pedro Aguiar, 64, baixista, Alfredo Pereira, 66, solista, e Manuel Vieira, 64, saxofonista, formado em 1967, promete regressar a casa com uma demonstração do “prazer de viver” que une os músicos da banda e fazer disso um exemplo para o público da 15ª edição do festival Gasómetro. Rui Fonseca foi o porta-voz do grupo na entrevista concedida ao Vivacidade.

Festival Gasómetro com cartaz fechado

O organização da 15ª edição do festival Gasómetro apresentou o evento ao público, a 10 de maio, no largo da feira de São Pedro da Cova. João Martins, responsável pelo Gasómetro, garantiu ao Vivacidade uma “edição histórica com momentos inesquecíveis” e destacou o concerto “Quatro Bandas, Seis Gerações”, como “uma das melhores aber-turas do festival”. Garantida está também a atuação da banda UHF, autores de “Cavalos de Corrida” e “Matas-me com o Teu Olhar”, no dia 11 de julho, e o tradicional espetáculo de acrobacias de Paulo Martinho, no dia 12 de julho. O Gasómetro vai realizar-se entre os dias 10 e 12 de julho.

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Cultura

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Texto: Pedro Santos Ferreira

> Na foto: Rui Fonseca, Alfredo Pereira, Manuel Vieira e Pedro Aguiar

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Cultura

A organização é da paróquia, com o apoio da União das Fregue-sias de Fânzeres e S. Pedro da Cova e a entrada para um espetáculo tem o custo de três euros, ou 10 para o festival inteiro. A 16 de maio, a crip-ta recebeu a peça ‘O Pai Já Vai’, do Grupo de Teatro de Novelas e a 23 de maio ‘O Morgado de Fafe Amo-roso’, pelo Grupo Paroquial de Teatro de São Pedro da Cova. O Vivacidade falou com Ana Bola que estreou o es-petáculo no concelho de Gondomar.

Abriu o V Festival de Teatro de S. Pedro da Cova com a sua peça mais recente, um monólogo. Como ca-racteriza o espetáculo “Ana Bola Sem Filtro”?

Este espetáculo não sendo au-tobiográfico tem muito de mim e

fala sobretudo na crise cultural que o nosso país atravessa mas também em coisas pessoais que são comuns a quase todos nós.

É a primeira vez que visita S. Pedro da Cova?

Sim, penso que é a minha pri-meira vez em S. Pedro da Cova, mas já fiz tantas tournées ao longo da mi-nha vida que não posso garantir. Fui

convidada para este festival e venho sempre com muito gosto.

Este monólogo é muito diferente do teatro humorístico que costu-ma apresentar ao seu público?

Sim, é bastante diferente. Pri-meiro porque não estou a fazer uma personagem, construí uma pessoa que se assume como eu própria. Se-gundo porque é o primeiro monó-

logo da minha vida profissional. Na comédia, a contracena é muito im-portante e aqui não tenho contrace-na, ou seja, é bem mais difícil… Mas o desafio é também esse.

Atriz de teatro, de televisão, apre-sentadora de programas, etc. Po-de-se dizer que tem um currículo invejável quando comparado com a maior parte dos atores em Por-tugal?

Não me parece que seja invejá-vel. Acho que tive boas oportunida-des e acho que soube aproveitá-las. Trabalhei e trabalho muito. Como se costuma dizer: sai-me tudo do pelo mas é como nas outras profissões. Tenho sorte sim de ter trabalho, o que não acontece com muita gente neste país infelizmente.

Costuma participar neste tipo de festivais de teatro?

O ator tem a sorte de poder re-presentar até morrer. Há papéis para todas as idades, assim haja saúde e trabalho. Nesta fase da minha car-reira – e porque estou mais velha – talvez me sinta mais livre para dizer algumas coisas que não teria dito há uns anos. Não só acho importante que se realizem este tipo de festivais de teatro como acho que devia ser obrigatório… e sim tenho sempre o maior prazer em participar. Assim me vão convidando. n

Ana Bola estreia V Festivalde Teatro de S. Pedro da Cova“Ana Bola Sem Filtro” é a mais recente peça da atriz portuguesa Ana Bola que abriu, a 9 de maio, o V Festival de Teatro de São Pedro da Cova. A recém remodelada Cripta de S. Pedro inaugurou mais uma edição do Festival que decorre todos os sábados à noite até 30 de maio.

V Festival de Teatro deSão Pedro da Cova

O próximo – e último – espetáculo é a 30 de maio, pelo grupo Plebeus Avin-tenses com a peça “Ratos e Homens”.

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António Oliveira nasceu em 1953 na Foz do Sousa, e viveu em França até aos 20 anos. Regressa depois a Portugal, antes do 25 de abril e inscreve-se na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, em literaturas românicas, para de-pois seguir a carreira de professor do ensino secundário. A lecionar durante 30 anos em Santo Tir-so, teve ainda tempo de fazer um mestrado e doutoramento. Autor de dezenas de livros, António Oliveira explica ao Vivacidade o conceito da nova obra que apresentou sobre Gondomar. “Este livro é uma chamada de atenção para os histo-riadores porque é neces-sário preservar e avivar a história do concelho. Eu aproveitei a oportunidade de aflorar a história até 1515, que é o ano em que foi atribuí-do o foral manuelino”, explica o professor. “O livro parte de uma

festa ficcional onde é lido o foral. Tive o cuidado de vestir as pessoas a rigor da época e o local escolhido é o Largo do Mosteiro, em Rio Tin-to. D. Mafalda de Arouca deveria casar com um galego que faleceu. Dedicou-se então à santidade em

Arouca e com uma certa idade veio a falecer no Mosteiro, em Rio Tin-to”, acrescenta o autor de ‘Histórias de Gondomar’.

Este livro apresentado na Casa Branca de Gramido, a 23 de maio, faz também referencia a duas lendas - a de Rio Tinto e de Montezelo – e começa no dia 19 de julho de 1515 mas retrocede para explicar a histó-ria, desde a fundação do Gondoma-rus [rei visigodo que terá fundado o couto, em 610]. Mas António Oliveira alerta: “O livro não é uma cronologia dos acontecimentos de

Gondomar. Começa no dia em que acaba com uma

viagem pela história no meio. A grande função deste livro era dar a co-nhecer aos gondoma-renses a sua história e

uma das coisas que é explicada é precisa-mente o conceito de foral. Como

sou professor tentei incutir essa função

pedagógica”, afirma o do-cente aposentado. n

Município comemora 500 anosdo Foral de Gondomar Em 1515, Gondomar recebera pelo rei o primeiro Foral Manuelino. Agora, a 23 de maio, 500 anos depois, o Município de Gondomar decidiu comemorar a data na Casa Branca de Gramido, com a apresentação do livro ‘Histórias de Gondomar’, de António Oliveira, seguida de uma representação cénica a car-go do in Skené - Grupo de Teatro de Amadores de Gondomar. O Vivacidade esteve à conversa com o autor do livro que explica as origens de Gondomar.

1 – A pouco mais de quatro meses das legislativas é cada vez mais notória a dificuldade dos analistas políticos perspectivarem uma antecipação do que poderão ser os resultados das próximas eleições. Analisando as projeções, parece definir-se uma tendência de empate técnico entre a coliga-ção governamental PSD/CDS e o Partido Socialista. O que se espe-raria, após quatro anos de severa austeridade, é que o PS estivesse largamente à frente nas intenções de voto.

Quatro factores concorrem para este adensar das dúvidas: 1 – a decisão do PSD e CDS con-correr em bloco; 2 – a divulgação do quadro macroeconómico em que o PS se baseou para funda-mentar promessas eleitorais tidas por irrealistas; 3 – os indicadores de tendência do atual quadro eco-nómico, cujos dados favorecem o Governo; 4 – o falhanço de todas as sondagens nas eleições ingle-sas, de que saíram vencedores os conservadores no poder, agora com maioria absoluta.

2 – O facto do bloco gover-namental concorrer em coligação (PSD/CDS) não só influencia a dinâmica de votos, como poten-cia o número de deputados elei-tos, pelo método de representação eleitoral proporcional. Dinâmica que é ainda favorecida por o PS se desdobrar em promessas que deixam o eleitor desconfiado: reduzir impostos, aumentar sa-lários e pensões; voltar à semana das 35 horas na função pública; criar novos subsídios sociais de complemento salarial; parar com as privatizações dos transportes,

etc, etc.Paralelamente, os indicadores

estatísticos do atual quadro eco-nómico confirmam que a traje-tória da austeridade parece estar a dar os seus frutos quer no de-sempenho das empresas, nomea-damente nas exportações, quer na criação de emprego, consumo das famílias, redução do défice, e des-cida das taxas de juro. Finalmen-te, a lição dos ingleses nas últimas eleições tem também um efeito de contágio favorável à maioria governamental, já que deixou a família socialista em choque.

3 – A Espanha vai também brevemente a votos. Também aqui as sondagens apontam para empate técnico entre o Partido Popular, no poder, e o PSOE na oposição. Enquanto isto, os novos partidos radicais – o Podemos e o Cidadanos – estão em queda, favorecendo a consolidação da vantagem que o PP tem sobre o PSOE. Se o fenómeno inglês se confirmar em Espanha, ninguém duvida que também em Portu-gal a vida se tornará muito difícil para os socialistas.

A estratégia de Passos Coelho é fácil de perceber, e vai direta ao eleitor que não gosta de aventu-ras, que está cansado de avanços e recuos, que tem medo dos retro-cessos, que abomina a incerteza e o experimentalismo político. Passos Coelho mostra-se seguro e sereno nas suas opções, recusan-do promessas irrealistas de maná, leite e mel… E os eleitores apre-ciam o estilo, ainda que cansados de tantos sacrifícios. Por isso, tudo está em aberto, tudo pode acontecer! n

Posto de Vigia

Manuel Teixeira

Jornalista e Professor Universitário

Sondagens para as legislativasbaralham contas dos analistas

Opinião

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

> António Oliveira

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A DECO informa todos os consumidores que, atualmente não tem parcerias com nenhu-ma empresa de fornecimento de eletricidade ou gás natural. Assim como, não está a realizar qualquer inquérito de verifica-ção das faturas de energia.

Alertamos o consumidor, a não confundir estas situações de eventual abuso, com as van-tagens negociadas no 1º e no 2º leilão de energia da DECO. Quem aderiu a essas iniciativas foi contactado sempre por email e não no domicílio. Além disso, os prazos para aderir já termi-naram. Desta forma, qualquer contacto, neste momento, é fal-so e não conta com o apoio da DECO.

Perante esta situação a DECO deixa alguns conselhos em relação às vendas porta-a--porta: nunca assine um contra-to sem o ler; não decida sobre pressão; antes de dizer “sim” a

uma mudança de contrato pen-se bem, faça comparações de preços e condições através do nosso simulador em www.deco-proteste.pt.

É importante frisar, que por esta situação ser uma falsidade ou até uma eventual burla, deve rejeitar qualquer contacto desta natureza e comunicar-nos o seu caso. Indique a data e a hora a que o abordaram, assim como os nomes das pessoas e empre-sas, para podermos atuar com a maior brevidade.

Para qualquer pedido de informação ou apoio para reso-lução de conflitos de consumo e situações de sobre-endivida-mento, dirija-se à DECO ([email protected]) ou ao Gabinete de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Gondo-mar. A autarquia dispõe de um protocolo de colaboração com a DECO e presta apoio gratuito aos munícipes. n

A DECO quer deixar um alerta a todos os consumidores. A Associação foi infor-mada que existem empresas de forneci-mento de energia, a utilizar o nome da DECO para venderem contratos e verifi-carem faturas nos domicílios.

Opinião

Para qualquer pedido de informação ou apoio pararesolução de conflitos de consumo e situações desobre-endividamento, dirija-se à DECO([email protected]) ou ao Gabinete de Defesado Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar.A autarquia dispõe de um protocolo de colaboraçãocom a DECO, Associação Portuguesa para a Defesado Consumidor e presta apoio gratuito aos munícipes. Contactos: [email protected]: 224 660 536 (ext. 2036)

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Cultura

A antestreia foi no dia 26 de maio, na Casa Branca de Grami-do, com ‘A Branca de Neve e os sete moleiros’ e a inauguração de uma exposição, mas é a 4 de junho que a Sala D’Ouro do Multiusos de Gondomar recebe o primeiro espetáculo oficial do EI!!!, com o Foral de Gondomar, pelo Agrupa-mento de Escolas de Valbom.

Filipa Mesquita, da organi-zação do evento, pretende que o EI!!! se afirme nacional e inter-nacionalmente como “um espaço de programação contemporânea e uma alternativa, de reconheci-do mérito artístico”. “Nós somos sobretudo marionetistas, gente apaixonada pelo teatro das ma-rionetas. O EI!!! é este megafo-ne, esta imagem que chama por todos, para que todos acorram e

nos acolhem neste projeto”, ex-plicou durante a apresentação do Encontro Internacional à im-prensa.

O vice-presidente da Câmara de Gondomar, Luís Filipe Araújo, também esteve na apresentação do evento cultural e explicou tam-bém qual é o objetivo da autar-quia. “Este projeto resulta de uma vontade esclarecida, séria e ver-dadeira. O Município associa-se, não por obrigação mas porque realmente acredita neste evento e no trabalho desta companhia que, aliás, o Município quer que seja verdadeiramente uma companhia também de Gondomar”, afirmou Luís Filipe Araújo.

O EI!!! – Encontro Internacio-nal de Marionetas, vai ter entrada paga em alguns dos espetáculos mas a abertura e encerramento são de entrada livre. A Câmara Municipal de Gondomar atribuiu cerca de seis mil euros de apoio à

realização deste evento que, só no dia da abertura, contará com mais de 100 participantes na produção do espetáculo.

Exposições, feiras, conversas, música e até robótica estão incluí-das no EI!!! e podem ser visíveis de 4 a 7 de junho, no Multiusos de Gondomar, Casa Branca de Gra-mido e Centro Cultural de Rio Tinto. n

EncontroInternacional

de Marionetasde 4 a 7 de junho em Gondomar

O teatro das marionetas vai estar pela primeira vez em destaque no concelho. De 4 a 7 de junho, Gondomar recebe o “EI!!! – Encontro Internacional de Marione-tas” num “grito de chamada de atenção para a Arte, Cultura e Comunidade”.

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

> Filipa Mesquita, Luís Filipe Araújo e Clara Ribeiro apresentaram o EI!!!

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Os grupos de dança tradicionais da Uni-versidade Sénior de Gondomar (USG), Uni-versidade da Terceira Idade de Alenquer, Universidade Sénior de Águeda, Universida-de da Grande Idade de Rio Tinto (UGIRT) e a Universidade Sénior dos Rotários de Matosinhos animaram o Multiusos de Gon-domar com a 1ª Gala de Danças Regionais, um espetáculo de tradições que lotou a Sala D’Ouro com cerca de 400 pessoas a assistir.

“Esta foi uma ideia da Rede de Universi-dades da Terceira Idade (RUTIS) e aderimos

naturalmente quando fomos desafiados a organizar esta gala. Como já temos alguma experiência a RUTIS confia em nós para or-ganizar este tipo de eventos que queremos repetir anualmente”, disse José António Ma-cedo, presidente da União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, que aproveitou a oportunidade para desafiar os convidados a conhecer o concelho.

Sandra Brandão, vereadora do Desporto e Juventude da Câmara de Gondomar, e Luís Jacob, presidente da RUTIS, também marca-ram presença na gala e mostraram-se satis-feitos com a organização do evento.

Após as danças tradicionais apresentadas pelos alunos das universidades seniores o humorista Óscar Branco encerrou o espetá-culo. n

Gala de Danças Regionaisanimou estudantes senioresno MultiusosA 1ª Gala de Danças Regionais realizou-se no dia 15 de maio na Sala D’Ouro do Multiusos de Gondomar. O evento marcado pela alegria dos alunos das universidades seniores teve como objetivo reavivar as tradicionais danças populares.

Foram dois dias de romaria ao pavilhão Multiusos do concelho para ver o mais con-sagrado músico brasileiro da atualidade, Ro-berto Carlos. O autor dos temas “Emoções”, “Lady Laura”, “O Calhambeque”, entre outros clássicos, brindou o público durante duas horas com os êxitos que marcaram a carreira, acompanhado por uma banda composta por 12 músicos, perante mais de 6500 pessoas.

Os fãs recordaram as músicas mais co-nhecidas e os mais novos passaram a conhe-cer as canções do “rei”, nove anos depois da sua última passagem por Portugal.

Nos dois concertos de Gondomar, ficou comprovado o título de nobreza atribuído a Roberto Carlos com 74 anos e mais de cem milhões de discos vendidos.

De branco, sempre de branco, o músico brasileiro lembrou ao público que “a deter-minada altura da vida passamos a ter a idade que quisermos”, máxima que orienta a car-

reira de Roberto Carlos. A encerrar os espetáculos o músico ro-

mântico distribuiu rosas ao som de “Jesus Cristo”, cantado com comoção por parte do público feminino. n

Roberto Carlos encantouMultiusos de GondomarRoberto Carlos, o “rei” da música brasileira, esgotou durante duas noites o Multiusos de Gondomar com um espetáculo de êxitos consagrados.

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“O livro conta essencialmente as dificuldades que tive para ser jornalista, porque recusava-me a ser apenas um jornalista de atuali-dade. Sempre gostei de jornalismo de investigação mas as redações não estavam preparadas para isso.

Eu ou era um clandestino ou era um jornalista”, começa por contar ao Vivacidade, Aurélio Cunha, o “repórter inconveniente”. A obra conta uma história real de um jor-nalista que, “para o ser, tal como a sua consciência profissional o exi-gia, recusou a condição de escritu-rário da redação, para enveredar, à revelia das chefias, pela investiga-ção jornalística, género então pou-

co ou nada praticado nos jornais portugueses”, revela a sinopse do livro.

Aurélio Cunha escreveu gran-des reportagens com impacto in-ternacional que originaram a pro-mulgação de novas leis. É o caso de uma reportagem sobre transfusões de sangue. “Os doentes iam ao hospital curar-se e acabavam por apanhar Sida”, conta o jornalista. “Ainda sou solicitado por algumas pessoas que me reportam alguns casos polémicos. Eu cheguei a ser muitas vezes o 112 do leitor do JN. Fui alvo de ciúmes por parte dos meus colegas, isso também está ex-presso no livro”, acrescenta.

Segundo o autor, o livro tem merecido muito entusiasmo so-

bretudo por parte de professores de jornalismo que o consideram “indispensável para os jovens jor-nalistas”. O historiador e jornalis-ta Germano Silva também esteve

presente na apresentação da obra e interveio na cerimónia. Ao Vi-vacidade revela alguma surpresa no produto final da obra. “Pensei que ele ia reproduzir no livro as reportagens que fez mas o méri-to do livro é que o Aurélio conta como fez as reportagens e explica os motivos que o levaram a fazer as reportagens. Na minha opinião este livro devia ser obrigatório nas escolas de jornalismo”, declara o historiador. “O facto de ele ser re-pórter de investigação foi inconve-niente para ele e por vezes foi alvo dos colegas. O Aurélio chegou a estar de baixa propositadamente para fazer as reportagens e nin-guém cobria as despesas que ele ti-nha”, acrescenta Germano Silva. n

“Um Repórter Inconveniente” em ValbomA Escola Dramática e Musical Valboense recebeu, a 2 de maio, um repórter diferente, “inconveniente”. Aurélio Cunha foi jorna-lista no Jornal de Notícias e teve várias vezes que recorrer à clandestinidade dentro do seu próprio jornal para desempenhar o seu papel de repórter de investigação. O profissional aposentado apresentou a segunda edição da sua obra mais recente, “Um repórter inconveniente”, em Valbom, cidade onde residiu durante vários anos.

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Política: Condenação de 11 milhões de euros

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Ex-vice-presidente da Câmara tem uma posição diferente sobre o processoO anúncio foi feito a 25 de março por Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar: o Município foi condenado a devolver 11 milhões de euros de fundos comunitários utilizados “indevidamente” no projeto da ETAR do Rio Ferreira. Divulga-dos os documentos à comunicação social que comprovam a posição da Comissão Europeia face à “faturação indevida” e à “grande maioria das obras” feita após o prazo, o ex-vice-presidente da Câmara, José Luís Oliveira – que liderou, com Valentim Loureiro, o processo da candidatura – revela ao Vivacidade uma posição diferente sobre este assunto.

Ao Vivacidade, Marco Mar-tins explicou e documentou o processo. Por dia, os juros da con-denação de seis milhões somam a quantia de 1650 euros e que, ao todo, o Município tem ainda cerca de 370 processos em Tribu-nal, 12 dos quais superiores a um milhão de euros. “Este é o maior processo de dívida de Gondomar. Acreditamos que o recurso pode durar no máximo cerca de quatro meses”, explica ainda o edil cama-rário que está agora a definir uma “estratégia interna para suspen-der um conjunto de investimen-tos”. “A Câmara não pode recorrer ao crédito e se não conseguirmos uma solução acordada com o Governo temos que recorrer ao Fundo de Apoio Municipal mas queremos evitar essa solução que impõe uma série de obrigações e reduções de custos e de pessoal. Esse será o último recurso” afirma por fim o presidente da Câmara.

José Luís Oliveira põe em cau-sa os documentos apresentados pelo executivo de Marco Martins e responde, pela primeira vez à Comunicação Social, a algumas perguntas sobre a condenação dos 11 milhões de euros.

Em 2006, aquando da condenação de seis milhões de eu-ros por utilização indevida de

fundos na construção da ETAR do rio Ferreira por parte do Ins-tituto Financeiro de Desenvolvi-mento Regional, tinha funções de vice-presidente da Câmara e liderava o pelouro das obras. Ficou surpreendido com esta condenação?

Primeiro vou já começar por questionar os 11 milhões. Porque a condenação atual da Câmara é de seis milhões mais 300 mil. Neste momento é isto que está em cau-sa. Os seis milhões e 222 mil euros dizem respeito à devolução do di-nheiro recebido como compartici-pação para a realização de obras, ao abrigo dos fundos de coesão. A condenação recente tem a ver com uma interposição que nós (Muni-cípio) fizemos junto das Finanças. Na altura notificaram-nos para fazer o pagamento dessa devo-lução e nós entendemos que não era justo e não o fizemos. Então o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto fez uma sentença em que diz que a CMG tem que devolver os seis milhões e 222 mil euros, acrescidos de 300 e tal mil euros de juros. Para já é isso que está em Tribunal e ninguém garante que a Câmara seja condenada a pagar. Só se tornará efetivo a partir do momento em que haja uma sen-

tença que nos obrigue a isso. O que aconteceu foi

que o Tribunal de Primeira Instância mandou a Câmara pagar os 6 milhões mais 300 mil.

Mas já existe uma certidão das Fi-

nanças que

menciona o valor de condenação de 10.926.823,76 euros.

Isso é um documento pedido às Finanças para contar os juros atuais, no caso de a autarquia ter que pagar. Para além de que toda a negociação que se faça agora é antes do tempo, não deve ser fei-ta. Vamos ver o que é que o Tri-bunal decide. Se a Câmara vier um dia a ser condenada em defi-nitivo, o que só acontece quando transitar em julgado, ainda há a hipótese de se fazer o que se está a fazer agora: tentar negociar o per-dão de juros e o pagamento em prestações.

No âmbito deste processo, exis-tiram ou não faturas falsas pas-sadas pela Câmara Municipal de Gondomar?

Claro que não! Como é que poderia haver faturas falsas? Como toda a gente sabe, a Câma-ra não emite faturas. Este assunto tem a ver com o facto de que para a Comissão, em Bruxelas, tudo o que estiver fora do prazo não seja aceite. O processo já foi visto pelo Ministério Público (MP) e pela Polícia Judiciária e foi arquivado no final. Se houvesse matéria me-nos clara naturalmente que não arquivavam. Não faz sentido vir agora alguém dizer que vai fazer queixa para o MP. Se houvesse faturas falsas alguém tinha que ser condenado, não acha? É de lamentar entrarem por um cami-nho destes.

O atual executivo da CMG di-vulgou, aquando do anúncio da condenação, a suspensão de todos os projetos em

curso. Na sua opinião, uma sentença deste tipo impossibilita a realização dos pro-

jetos previstos

para este mandato?Não. Se até hoje ainda não fo-

ram condenados a nada. Como é que se pode atirar para o ar uma coisa dessas? Já tiveram que pagar alguma coisa? Houve uma sen-tença a dizer o que tinham que fazer.

O executivo de Valentim Lou-reiro deixou dinheiro para pa-gar esta condenação?

Claro que deixou. É ver as contas.

Quando saiu da Câmara disse que tinha deixado ficar lá cerca 13 milhões. Marco Martins en-controu 7,7...

Certo [7,7 milhões de ope-rações orçamentais mais o saldo de gerência anterior]. Mas para esclarecer melhor isso era preciso ver o resumo diário da tesouraria. O que é certo é que toda a dívida a curto prazo foi paga antes de ir-mos embora. Mas o presidente da Câmara [Marco Martins] pelos menos mais de 10 milhões já ad-mitiu que tinha, à data. Os 7 mi-lhões e setecentos mil euros mais três milhões de cauções dá dez e tal. E agora se juntar os cinco mi-lhões e meio do saldo de gerên-cia que ficou para o ano seguinte nas con-tas...

Mais uma incoerência...O exe-cutivo ao qual pertencia reco-nheceu que tinha um passivo de 110 milhões de euros e a avalia-ção desta Câmara detetou 140. Para onde foram os outros 30 milhões?

Mas detetou onde? Basta ve-rificar a conta de gerência deste ano e veja qual é a dívida do ano de 2013. O que lá está nas contas continuam a ser os 110 milhões. Querem é atirar poeira para os olhos dos gondomarenses...

Considera normal que um mu-nicípio tenha 400 processos ju-diciais em tribunal, alguns deles superiores a um milhão de eu-ros?

Considero normal porque isso acontece em qualquer Câ-mara com a dimensão de Gon-domar. Mas isto é, mais uma vez, uma inverdade. Eu já percorri todas as informações prestadas pelo presidente da Câmara na Assembleia Municipal, sobre os processos em curso, e o que con-tei foi 198 processos que a Câma-ra tem a decorrer, parte autora, parte alvo do processo. E destes 198, 99 são ações da Câmara. Por isso contra a Câmara já só esta-mos a falar de menos de 100. E superiores a um milhão de euros o único que há é um relativo a um stand e a Câmara já lhe pa-gou cerca de um milhão e cem euros. n

Texto: Ricardo Vieira Caldas

> José Luís Oliveira > Marco Martins

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30 VIVACIDADE MAIO 2015

Política

Discussão do PDM de Gondomar aberta ao públicoDe 21 de maio a 19 de junho, está aberto um período de 30 dias seguidos (incluindo sábados, domingos e feriados) para a discussão pública dos documentos da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Gondomar e respetivo relatório ambiental.

Os documentos podem ser visualizados (e descarregados) no site da Câmara Municipal de Gon-domar e estão também disponíveis para consulta na Biblioteca Muni-cipal.

Os anexos que integram a proposta de revisão do PDM, no-meadamente as peças gráficas, o regulamento do plano e o relató-rio do plano e programa geral de

execução, bem como, o respetivo relatório ambiental, o parecer final da comissão de acompanhamento e os demais pareceres emitidos, es-tão disponíveis para consulta dos interessados na Biblioteca Munici-pal de Gondomar, sita à Avenida 25 de abril, 4420-354 Gondomar, todos os dias das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h, para além da pági-na da internet.

A proposta de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Gondomar e res-petivo relatório ambiental já estão disponíveis no site da Câmara Municipal, em http://www.cm-gondo-mar.pt/pages/545

De acordo com o Município, no decorrer do período de

discussão

pública, os interessados podem formular, por escrito, reclama-ções, observações e sugestões sobre a proposta de revisão do PDM de Gondomar e respetivo relatório ambiental, dirigidas ao

Presidente da Câmara Municipal, utilizando para o efeito o impres-so próprio que pode ser obtido na Biblioteca Municipal ou na pági-na da Internet da Câmara Muni-cipal de Gondomar. n

Calendário de sessões de apresentação e esclarecimento

3 de junho – 21.15 horas – União das Freguesias de S. Cosme, Valbom e Jovim: Biblioteca Municipal de Gondomar.

4 de junho – 21.15 horas – União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova: Junta de Freguesia de Fânzeres.

6 de junho – 17 horas – Junta de Freguesia da Lomba: Junta de Freguesia da Lomba.

8 de junho – 21.15 horas – Junta de Freguesia de Rio Tinto: Junta de Freguesia de Rio Tinto.

10 de junho – 21.15 horas – União de Freguesias de Medas e Melres: Junta de Freguesia de Melres.

12 de junho – 21.15 horas – Junta de Freguesia de Baguim do Monte: Junta de Freguesia de Baguim do Monte

13 de junho – 17 horas – União das Freguesias de Foz do Sousa e Covelo: Junta de Freguesia da Foz do Sousa

PCP exige completa resoluçãodos problemas ambientais em São Pedro da CovaNo dia 9 de maio, Miguel Viegas e Diana Ferreira, deputados do Partido Comunista Português, visitaram o local onde permanecem os resíduos perigosos em São Pedro da Cova para anunciar a entrega de uma proposta de resolução do problema ao Governo.

Miguel Viegas, deputado do PCP no Parlamento Europeu, Dia-na Ferreira, deputada do PCP na Assembleia da República, e Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, reclamaram a 9 de maio a necessidade da completa resolução dos problemas ambientais de São Pedro da Cova.

Na véspera, o partido comu-nista entregou no Parlamento uma proposta com uma recomendação “urgente e completa” da resolução dos problemas ambientais da fre-guesia após o fim do processo de remoção das cerca de 88 mil tone-ladas de resíduos.

Segundo Daniel Vieira, a em-presa prepara-se para desmontar o estaleiro e vai abandonar o terreno. O autarca considerou que “deveria ser feito um cálculo mais preciso dos resíduos depositados” e la-

mentou a falta de compromisso do Ministério do Ambiente que “não assumiu nenhum compromisso e disse que a remoção total está de-pendente de uma nova proposta”.

Para Diana Ferreira, o proble-ma torna necessária a “adoção de medidas para minimizar a con-taminação dos solos” e a “falta de compromisso” do Ministério do Ambiente e do CCDR-N conti-nuam a impedir a completa remo-ção dos resíduos. “No documento entregue à AR pedimos ao Gover-no para apurar as responsabilida-des sobre este crime e exigimos a urgente recuperação ambiental e cultural do espaço envolvente como forma de compensar a popu-lação pelos danos causados”, refe-riu a deputada.

Já Miguel Viegas considerou o problema “paradigmático com a situação do país”. “Onde não há

resposta das populações o Gover-no prossegue o seu saque mas fe-lizmente em determinadas áreas em que a população responde

eles encontram resistência, como aconteceu em São Pedro da Cova”, disse o deputado europeu, em dis-curso.

A proposta do PCP vai ser dis-cutida na Comissão do Ambiente e votada em plenário na Assembleia da República. n

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> Os deputados do PCP uniram-se a Daniel Vieira junto às Piscinas Municipais da freguesia

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Política

31VIVACIDADE MAIO 2015

O Seminário Moçambique “Oportunidades de Investimento num País em Franco Desenvolvi-mento, Uma Janela para Gondo-mar” que decorreu a 8 de maio, na Sala D´Ouro do Multiusos de Gon-domar, foi o mote para a visita de Fernanda Lichale a Gondomar. A embaixadora extraordinária e ple-

nipotenciária da República de Mo-çambique em Portugal, foi a convi-dada de honra de Marco Martins e prometeu estreitar as relações com o Município.

A cerimónia de receção à re-presentante foi a 7 de maio na Câ-mara Municipal e o edil camarário dedicou algumas palavras à embai-

xadora. “Esta vinda aqui é muito importante para nós. Gondomar é um Município da primeira coroa da Área Metropolitana do Porto com 168 mil habitantes. Apesar de termos uma taxa de desemprego na ordem dos 19% temos empresá-rios com vontade de investir e que querem progredir e insistir no país

e no concelho. A sua visita é para nós de máxima importância. Hoje vai visitar uma escola de formação profissional, o CINDOR, que é um orgulho para nós e que tem ganho vários prémios internacionais. Se-gue-se a visita à empresa Topázio, de Valbom. A nós cabe-nos estabelecer pontes e relações com os empresá-

rios”, referiu, na cerimónia, Marco Martins.

Já Fernanda Lichale agradeceu a receção e devolveu alguns elogios ao município. “Agradeço a vossa re-cepção e hospitalidade. Esta é a pri-meira visita que faço ao Município de Gondomar. Estou em Portugal há um ano e dois meses. A nossa vinda serve para estreitar laços e encontrar novos caminhos em Gondomar, através de parcerias. Moçambique está aberto a Portugal e a Gondo-mar. Gondomar pode fazer muito em vários campos. Existem imensas possibilidades por explorar. É pre-ciso pôr em prática as nossas inten-ções e superar as dificuldades e de-safios que nos são colocados. Abrir as portas da melhor forma possível é a nossa tarefa”, indicou. n

Moçambique estreita relações com GondomarEmbaixadora esteve de visita ao concelho durante dois diasA embaixadora da República de Moçambique, Fernanda Lichale, esteve, nos dias 7 e 8 de maio, de visita ao concelho de Gondo-mar. Marco Martins, presidente da Câmara Municipal, recebeu a representante africana nos Paços do Concelho.

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> Fernanda Lichale discursou no Multiusos > Marco Martins recebeu a embaixadora nos Paços do Concelho

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Por todo o concelho multiplica-ram-se as cerimónias que assinala-ram os 41 anos após o golpe militar do 25 de abril de 1974 que pôs fim à ditadura. Na Câmara Municipal de Gondomar o presidente da As-sembleia Municipal, Aníbal Lira, usou da palavra para recordar al-guns dos momentos mais marcan-tes do século XX, desde a bomba de Hiroshima, em 1945, ao perío-do de descolonização em África, em 1960, e ao fim da ditadura em

Espanha, em 1975, para depois “re-cordar a data gloriosa do 25 de abril de 1974”.

Aníbal Lira alertou ainda para “um passado recente” que traz mui-ta preocupação e deixou o repto aos que marcaram presença na ses-são solene: “A classe política nunca poderá ignorar o que de essencial o povo lhes exige”.

Já Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, optou por assinalar a “obrigação

de honrar a memória daqueles que durante décadas combateram a di-tadura” e sublinhou que em Gondo-mar “existe todos os dias essa vonta-de de democratizar e honrar Abril”.

A cerimónia de hastear das bandeiras ao som de “A Portu-guesa”, interpretada pela Banda Musical de Gondomar, antecedeu a sessão solene onde discursaram os representantes dos partidos com assento na Assembleia Mu-nicipal. n

O que disseram os partidos:

“[Em discurso dedicado a Salgueiro Maia e José Lobo, do PS Ermesinde] Os nossos governantes não conseguem fazer valer a liberdade que Abril nos trouxe. Prometo que lutarei até ao fim como o capitão” - Ana Catarina Pão Trigo, PS

“O espírito de Abril está nos sonhos de todos nós e apesar do caminho percorrido muito mais há para percorrer. A chama de Abril de 1974 deverá estar presente dentro de todos nós” – Idalina Pereira, PSD “O 25 de Abril significa o reencontro do país com o seu futuro, com o desenvolvimento e modernidade. O Portugal de hoje é manifestamente diferente daquele que existia há 41 anos” – Pedro Moura de Oliveira CDS-PP

“Quarenta e um anos passados não foram os suficientes para destruir Abril, tal a di-mensão e o significado dessas conquistas. Comemorar Abril não se faz um dia por ano, comemorar Abril é defender as suas conquistas económicas, políticas e sociais todos os dias” – António Valpaços, CDU

“Abril foi o tempo de todas as esperanças, convictos de que se caminhava para uma sociedade verdadeiramente livre e justa, porém hoje assistimos e sofremos na pele a violação do que conquistamos e assistimos a novas formas de escravidão” – Rui Nóvoa, Bloco de Esquerda (BE)

32 VIVACIDADE MAIO 2015

Política

Câmara Municipal de Gondomar e Juntas de Freguesiacomemoraram os 41 anos do 25 de AbrilAs autarquias do concelho assinalaram a comemoração do 41.º aniversário da Revolução dos Cravos com várias sessões solenes e discursos que recordaram o percurso do país após o 25 de abril de 1974.

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> Marco Martins, em discurso, na sessão solene

> Hastear das bandeiras nos Paços do Concelho

> Rio Tinto > Gondomar (S. Cosme)

> S. Pedro da Cova > Baguim do Monte

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34 VIVACIDADE MAIO 2015

Política

A presença do secretário de Estado José Ferreira Gomes fez-se notar com uma visita prévia às instalações da Escola Secundária de Rio Tinto, momentos antes do evento principal.

A organização do debate foi da Associa-ção de Pais do agrupamento e da Juventu-de Socialista de Gondomar e contou ainda com a presença dos oradores Luís Rothes, pró-presidente do Instituto Politécnico do Porto, Jorge Ascenção, presidente da Con-federação Nacional de Associações de Pais, Luísa Pereira, diretora do agrupamento e Diogo Augusto, ex-aluno da escola. O deba-te contou com a moderação de José Ângelo Pinto, administrador do Vivacidade.

José Ferreira Gomes começou a cerimó-nia a falar de um ensino em transformação. “A escola transformou-se nos seus objetivos

e vai voltar a transformar-se. Ainda temos números aquém dos restantes países da Eu-ropa. Cerca de 50% dos nossos jovens ter-minam o ensino secundário com diploma. Em 1975 criou-se uma única via de ensino básico e secundário. A medida foi boa mas as soluções é que não foram as melhores”, afirmou o secretário de Estado. “Hoje os miúdos não querem ser aprendizes de pro-fissões”, disse ainda José Ferreira Gomes. “O maior desafio das escolas é conseguir habilitar os jovens para um emprego após a sua saída do ensino secundário, mas a so-ciedade tem que ser capaz de evoluir para

uma nova realidade. O que pretendemos hoje é que quase todos os jovens saiam do sistema educativo com um diploma que os permita ingressar no mercado de trabalho”, acrescentou.

Para o presidente da Confederação Na-cional de Associações de Pais, Jorge Ascen-ção, a questão que se deve colocar é “como é que podemos melhorar o aperfeiçoamento do ensino dos jovens.” “Há uma excessiva cultura de competição de notas dentro das escolas que gera uma desumanização”, refe-riu.

Luís Rothes, pró-presidente do Instituto Politécnico do Porto, teceu elogios ao ensi-no público mas também privado e rejeitou a ideia do excesso de formação das pessoas. “Temos consciência que somos a 5ª ins-tituição do ensino mais procurada pelos

alunos que finalizam o secundário. O pro-blema de entrada no ensino superior é um problema de adultos que são encarregados de educação e que têm direito à educação e ao ensino superior. A ideia de que há pes-soas com formação a mais é falsa. Ter uma qualificação de ensino superior não garante mas aumenta muito a probabilidade de es-tar empregado e de ter uma boa remunera-ção. Concluir o ensino superior é positivo e essencial, é preciso perceber essa ideia em Portugal”, concluiu. O debate foi modera-do pelo administrador do Vivacidade, José Ângelo Pinto. n

Secretário de Estadodo Ensino Superior debateu estado do ensino em Rio TintoO “Estado do Ensino em Debate: do Secundário ao Superior”, teve, no dia 23 de maio, como principal orador o Secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, na Escola Se-cundária de Rio Tinto.

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> Diogo Augusto, Luís Rothes, José Ferreira Gomes, José Ângelo Pinto, José Ascenção e Luísa Pereira

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Desporto

35VIVACIDADE MAIO 2015

A certificação de qualidade é garantida por Carlos Ferreira, da organização do evento. A segun-da D’Ouro Run traz mudanças no percurso e no rigor da prova e con-ta já com mais de 1500 inscritos.

“Nesta edição a grande mu-dança é o percurso. Na 1ª edição traçamos um percurso de 15 qui-lómetros e notamos que os atletas e as pessoas queriam mais. Tínha-mos condições para fazer a meia maratona e muita gente solicitou--nos isso. Aceitamos o desafio e concretizamos esse projeto que já fazia parte do nosso objetivo”, explica ao Vivacidade o organiza-dor da D’Ouro Run. O objetivo é “mostrar a capacidade de Gondo-mar e vincá-la no calendário des-portivo a nível nacional.” “Esta é a 1ª edição como meia maratona e temos inscrições do sul do país, de Espanha, da Eslovénia, um Inglês e outros internacionais”, mencio-na Carlos Ferreira. A organização garante já ter mais de 1500 inscri-ções, metade das quais para a meia maratona.

“Este ano temos a meia mara-tona, com um percurso de 21 qui-lómetros sempre junto à margem do Douro e com 4000 atletas [limi-te estabelecido pela organização],

número que nos proporciona a ga-rantia de qualidade e bons abaste-cimentos, de 2,5km em 2,5km. Va-mos providenciar água, chuveiros e esponjas de apoio ao longo do percurso”, esclarece ainda o pro-prietário da EventSport, empresa que partilha a organização com o Município.

Percursos para todos os gostos

Com a inclusão da meia ma-ratona na prova da D’Ouro Run, o evento passa a disponibilizar aos participantes três vertentes des-portivas: a caminhada, de 5 km, a mini maratona, de 10km, e a meia maratona, com os 21km.

Paralelamente, a D’Ouro Run vai dinamizar, em parceria com outras instituições, várias ativida-des ao longo da marginal do rio Douro. “Este ano vamos manter a parceria com um ginásio do

concelho, com aulas de zumba e animação ao longo do percurso. Vamos colocar pontos sonoros de música como incentivo aos atle-tas que vão correr os 21km e no nosso local de encontro vamos ter pontos de distribuição dos nossos parceiros”, elucida Carlos Ferreira.

Evento desportivo orçado em cerca de 40 mil euros

Com o aumento de inscrições e a aposta na meia maratona, a or-ganização aponta os custos da pro-va para um valor que ronda os 35 a 40 mil euros. “Da nossa parte exi-ge um grande investimento e de-dicação de horas de trabalho. Esta prova só é possível com o apoio dos patrocinadores que acreditam neste projeto. A Câmara de Gon-domar apoia logisticamente e con-tamos com o apoio da vereação do Desporto e do presidente Marco Martins. O valor irá ser público, não quero ser eu a antecipar a ver-ba”, refere Carlos Ferreira.

A segunda edição da D’Ouro Run vai trazer várias novidades para os participantes incluindo a medalha, produzida por uma em-presa riotintense, que Carlos con-sidera “uma obra de arte”.

Para o dia 28 de junho haverá apenas um problema, na opinião do organizador: “Acredito que vamos ter o problema de dizer às pessoas que não aceitamos mais inscrições. É um evento muito falado e muito apetecido. Vamos fechar os 4000 participantes antes da data prevista. O nosso objetivo é dar condições de segurança aos atletas. Todos vão ter um seguro de participação”, garante. n

D’Ouro Run regressa a Gondomar com meia maratona A marginal do Douro, em Gondomar, vai acolher a 28 de junho a segunda D’Ouro Run, desta vez com um aumento no percurso para meia maratona e um limite de quatro mil inscritos.

> Marginal do rio Douro cortada para a realização da prova

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: A RQU

IVO VIVACID

ADE

Perante a necessidade da realização de uma cirurgia, para o tratamento de uma doença, deformidade ou fra-tura, interrogam-se o doente e o médico, quanto aos riscos desse mesmo ato cirúrgico. É óbvio que, o que o doente es-pera do seu cirurgião, é que o mesmo garanta à cirurgia em causa 100% de êxito, algo não poderá garantir, ou não o de-verá, em consciência. Costumo dizer, que o tratamento cirúr-gico de uma patologia será sempre uma opção final após terem falhado todo o tipo de tratamentos conservadores, ou seja fisioterapia, medica-ção, infiltrações, etc. Como tal, optando-se pelo tratamento cirúrgico, o mesmo terá de ter uma percentagem de suces-so o maior possível, perante os múltiplos fatores em causa, nem todos dependentes do ci-rurgião, entidade máxima de responsabilidade, numa equi-pa cirúrgica. Imaginemos, por exemplo, que um instrumen-to é usado pelo cirurgião e o mesmo não esteja devidamente esterilizado, óbvio que pode-rá causar uma infeção nesse doente, levando a um insuces-so dessa mesma cirurgia.

O ato cirúrgico também é dependente da destreza e expe-riência do cirurgião e mesmo assim, poderá não ter o sucesso esperado, pois algo na cirurgia poderá não ter corrido como esperado. Por tudo isso, o su-cesso cirúrgico, mesmo de uma

cirurgia menor, está dependen-te de uma percentagem, que se pretende o mais alto quanto possível. Este fator leva por vezes à confusão dos doentes sobre o que é negligente e o que será um ato cirúrgico não conseguido na sua totalidade.

É diferente uma cirurgia em que o cirurgião em causa pro-voque inadvertidamente uma lesão ou execute uma técnica para o qual não esteja habili-tado. Isso sim será negligência, que poderá ser condenada.

Hoje em dia os procedi-mentos cirúrgicos protoco-lados, rigidamente seguidos pelas equipas de cirurgia, di-minuem o grau de riscos e in-sucessos, mas nunca os evita-rão por completo.

Enfim, por isso a decisão da realização uma cirurgia deverá ser um opção tomada pelo mé-dico e pelo doente em comum, mas numa consciente, respon-sabilidade de ambos, cada um no seu papel.

Não acreditem em explica-ções fáceis e demagógicas, sai-bam ser críticos, senão serão sempre os habilidosos a vencer.

Diz um colega mais velho do que eu, com uma longa ex-periencia na Ortopedia, “ O bom cirurgião não é só o que executa bem a cirurgia ou que dá as boas indicações cirúrgi-cas, mas aquele que sabe dis-tinguir o doente que não deve ser operado”.

Até breve, estimados leito-res… n

Cirurgias, um tratamento seguro?

Opinião

Viva Saúde

Paulo Amado

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

Diretor Clínico daCLINICA RIO TINTO +

Coordenador da Unidade deMedicina Desportiva e Artroscopia Avançada do Hospital Lusíadas Porto.

Page 36: Edição de maio de 2015
Page 37: Edição de maio de 2015

Lucinda Sousa prepara-separa campeonato do mundo de Ultra TrailA atleta gondomarense e campeã nacional de Ultra Trail, Lucinda Sousa, vai participar no The Lake Annecy MaXi Race Trail Run, em França, prova do campeonato do mundo de Ultra Trail. A ultramaratonista do Gondomar Futsal Clube acumulou tam-bém recentemente vários primeiros lugares em provas nacionais e internacionais.

Já falta muito pouco para a parti-cipação de Lucinda Sousa na grande prova em Annecy, em França, a 30 de maio. A MaXi Race, organizada pelo International Trail Running Asso-ciation, vai definir quem será o ou a campeã mundial. Com 85 quilóme-tros e 5300m de desnível positivo, o Ultra Trail é uma das provas do cam-peonato no circuito mundial. Para a atleta gondomarense, “fazer parte da seleção nacional, e nessa qualidade representar Portugal, é um enorme orgulho mas ao mesmo tempo uma grande responsabilidade, criando uma maior pressão emocional que já esta a ser sentida”.

O Gondomar Futsal Clube, vê a participação de Lucinda nesta prova

e a sua mais recente vitória [o séti-mo lugar na geral da mítica prova da Transgrancanaria, em Espanha] como um “motivo de orgulho”. Para o Presidente da direção do Clube, Telmo Viana, “isto serve como es-timulo aos seis atletas que possui na secção de Atletismo que se tem revelado como uma grande aposta”. “Espero que a Lucinda Sousa eleve, mais uma vez, o nome do concelho de Gondomar e do clube, bem alto em terras francesas e terá certamen-te muitas gentes Gondomarenses a torcer pelo seu êxito”, esclarece ainda Telmo Viana.

Para além da recente vitória na prova espanhola, Lucinda Sousa fi-cou em primeiro Lugar no Trail San-

ta Iria, Trail de Lagares, Trail Lida-dor, Trilhos Termais e em segundo no Trail Vicentino da Serra.

Quanto a objetivos para 2015, a atleta quer apostar “claramente nas provas internacionais” tendo já

previsto participar numa das provas mais mediáticas do mundo nos Al-pes: o Ultra Trail Mont Blanc. n

Desporto

37VIVACIDADE MAIO 2015

EDITAL

DR. MARCO ANDRÉ MARTINS, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE GONDOMAR, nos termos dos n.os 3 e 4, do artigo 77.º, do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de setembro (RJIGT), na sua atual redação, conjugado com o n.º 7 do artigo 96.º do mesmo diploma legal e com os n.ºs 6, 7 e 8, do artigo 7.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de junho (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de maio), torna público que, no dia 14 de maio de 2015, ao abrigo do disposto no art. 35.º, n.º 3, da Lei n.º 75/2013, de 12-9, através de despacho, determinou proceder à abertura de um período de 30 dias seguidos (incluindo sábados, domingos e feriados), para a discussão pública da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Gondomar e respetivo relatório ambiental, o qual terá início no 5.º dia posterior à publicação do aviso respetivo no Diário da República (Aviso n.º 5283-A/2015, publicado no DR, 2.ª série, nº 93, de 14 de maio de 2015).

Os documentos que integram a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Gondomar, nomeadamente as peças gráficas, o regulamento do plano e o relatório do plano e programa geral de execução, bem como, o respetivo relatório ambiental, o parecer final da comissão de acompanhamento e os demais pareceres emi-tidos, encontram-se disponíveis para consulta dos interessados na Biblioteca Municipal de Gondomar, sita à Avenida 25 de abril, 4420-354 Gondomar, todos os dias das 9,30 horas às 12,30 horas e das 14,00 horas às 17,00 horas, e na página da Internet da Câmara Municipal de Gondomar, em www.cm-gondomar.pt.

Durante o período de discussão pública, a Câmara Municipal promoverá sessões públicas de apresentação e esclarecimento, que decorrerão no auditório da Biblioteca Municipal e nas freguesias, nos locais a determinar, em data e hora a agendar.

No decorrer do período de discussão pública, os interessados podem formular, por escrito, reclamações, obser-vações e sugestões sobre a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Gondomar e respetivo relatório ambiental, dirigidas ao Presidente da Câmara Municipal, utilizando para o efeito o impresso próprio que pode ser obtido na Biblioteca Municipal ou na página da Internet da Câmara Municipal de Gondomar.

As reclamações, observações e sugestões poderão ser enviadas por carta registada com aviso de receção, dirigida ao Presidente da Câmara Municipal para a Praça Manuel Guedes, 4420-193 Gondomar, ou entregues diretamente nos serviços indicados no parágrafo anterior.

Para constar e devidos efeitos se publica o presente Edital que vai ser afixado em local próprio, no Edifício dos Paços deste Município e no Sítio da Câmara Municipal na internet: www.cm-gondomar.pt.

Paços do Município, 15 de maio de 2015.

O PRESIDENTE DA CÂMARA,

_________________(DR. MARCO MARTINS)

VIVACIDADE 28/05/2015

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: DR

> Secção de atletismo do Gondomar Futsal Clube

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38 VIVACIDADE MAIO 2015

Desporto

O equipa de sub 13 da Casa FC Porto de Rio Tinto carimbou, a 10 de maio, a conquista da Série 2 da 2ª Divisão de futsal da Associação de Futebol do Porto (AF Porto) e vai defrontar a 30 de maio o Ama-nhã da Criança, em Leça da Pal-meira, Matosinhos.

José Carlos Rocha, presidente do clube riotintense, mostra-se orgulhoso pelo percurso do plan-tel de infantis responsável pela conquista do primeiro troféu do clube com quatro anos de compe-tição.

“Este título teve um significa-do especial porque a formação é o que nos dá motivos para conti-nuar. Temos a alegria de tirar estes miúdos da rua e acompanhar essa responsabilidade com sucesso ainda sabe melhor”, afirma o res-ponsável.

No início da pré-época o plan-tel só tinha quatro jogadores e dispunha de apenas uma hora de

treino semanal, condição que per-durou até ao final do campeonato. “A maior dificuldade foi treinar só uma hora por semana. Em Rio Tinto, precisamos de mais pavi-lhões porque existem muitos clu-bes”, lamenta José Carlos Rocha.

Um dos responsáveis pela trajetória vencedora dos Infan-tis da Casa FCP de Rio Tinto é Vasco Duarte, 22 anos, treinador da equipa, que admite não exis-tir segredo para a vitória, apenas

“muito trabalho e dedicação”. “O plantel conta com miúdos dota-dos e que têm a preocupação de ter rotinas. Todas as semanas os resultados iam aparecendo e isso trouxe-nos motivação jornada a jornada”, refere o técnico.

A conquista do título foi um pedido da direção que assumiu o objetivo desde o início da época mas para Vasco Duarte o mais im-portante é “desfrutar da modali-dade”. “É importante vencer nesta

fase e esta foi uma conquista es-pecial, no entanto a felicidade dos jogadores foi o mais importante”, admite o treinador que vai passar a liderar a equipa de Iniciados.

Época “muito positiva” em todos os escalões

“Os Iniciados quase subiram de divisão, os Juvenis ficaram em 6.º lugar, os Seniores masculinos subiram de divisão no primeiro ano, os Séniores femininos fica-ram em 8.º lugar e os Infantis sa-graram-se campeões da série. Foi um ano muito positivo e quase que conseguimos o pleno em to-dos os escalões”, resume José Car-los Rocha.

Para a próxima época, Joa-quim Couto, promovido a diretor desportivo de todos os escalões, quer “andar nos primeiros lugares das competições e, no mínimo, re-petir os resultados alcançados este ano”. n

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EquipaFamalicãoVarzimFafeSousenseMirandelaSC Salgueiros 08CesarenseLusitano FCV

Pontos3830241615151110

CNS - Fase SubidaZona Norte

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1011121314151617181920

EquipaS. MartinhoSC Rio TintoVarzim BValadares de GaiaOliv. DouroVila MeãRebordosaAliados de LordeloLixaSerzedoAliança de GandraCandalGensPerafitaPadroenseAD GrijóParedesLeçaS. Pedro da CovaUD Valonguense

Pontos7561616160606059464443403939383837373530

Divisão Pro-EliteNacional - AF Porto

Tabela Classificativade Futebol/Futsal

Infantis da Casa FCP de Rio Tintosão campeões de futsal da 2ª DivisãoO escalão de infantis (sub 13) da Casa FC Porto de Rio Tinto vai defrontar a 30 de maio a Associação Solidariedade Social Amanhã da Criança, na final da 2ª Divisão da Associação Futebol do Porto, após ter conquistado a Série 2 da competição. Ao Vivacidade, o presidente e os técnicos do clube sublinham o “orgulho e competência” da equipa e dos restantes escalões.

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EquipaGondomarSC CoimbrõesCinfãesSobradoLusitânia LourosaFC Pedras RubrasSp. EspinhoMoimenta da Beira

Pontos4138352727272320

CNS - Fase Manutenção - Série C

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: PSF

A dificuldade da pista está aci-ma da média nacional, dizem os participantes, que se queixam tam-bém das condições do piso nesta prova da Quinta da Missilva.

Augusto Silva preside o Clu-be Casa D’Aldeia, de Vila Nova de Gaia, que, em parceria com o Clube de Sanguedo (Santa Maria da Feira) e a Turma dos Melhores (Sever do Vouga), juntou-se para organizar este campeonato de nível nacional. “Esta pista faz parte desse conjunto de provas e já é habitual organizar--se aqui esta prova. Fomos con-tactados pela Junta de Baguim do

Monte no sentido de realizar uma prova do campeonato e viemos ver as condições, achamos a pista fantástica e decidimos inseri-la no Newton’s Law Championship, que é um campeonato de desportos de inércia”, explica. “Temos várias ca-tegorias em competição, não é só o carro de rolamentos tradicional”, acrescenta Augusto, que admite que apesar da pista reunir “as condições mínimas para a realização da prova, o piso não é o ideal porque tem muitos remen-dos”.

“ T ê m --nos dito que esta pista é curta mas que é uma das mais difí-ceis do campeonato graças à curva

e contracurva do início da prova. Já chegaram a chamar esta pista como a pista do Mónaco, em comparação com a Fórmula 1”, explica também ao Vivacidade Nuno Coelho, presi-dente da Junta de Freguesia de Ba-

guim do Monte. “Este campeo-nato nacional é mais focado na zona Norte mas tem pro-vas por todo o país. Esta or-ganização faz tudo na prova, o nosso único trabalho foi de

apoio logístico, alimentação e manutenção de segurança com as

entidades competentes e unidades de socorro”, acrescenta o autarca.

De Santo Tirso para Baguim do Monte veio Carlos Vieira, piloto de carros de borracha. “Participo nesta prova há três anos. Eu participava na categoria de rolamentos e agora também participo na categoria de carros de borracha. No ano passa-do não existia esta categoria. A pro-va é impecável, exceto pelo piso. A Câmara de Gondomar já devia ter resolvido este problema. Este des-porto está em evolução”, comenta o piloto.

O Newton’s Law Championship regressa para o ano a Baguim do Monte. n

Newton’s Laws Championship trouxe desportos de inércia a Baguim do MonteBaguim do Monte recebeu, a 23 de maio, o Campeonato de Desportos de Inércia. A Grande Corrida de Carros Artesanais Não Po-luentes - que já vai na sua décima edição - teve este ano contornos diferentes, integrou o Newton’s Laws Championship, organizado pelo Clube Casa D’Aldeia e pela Junta de Freguesia de Baguim do Monte, e juntou cerca de 45 pilotos.

> Plantel vencedor da 2ª Divisão - Série 2

Page 39: Edição de maio de 2015

Desporto

39VIVACIDADE MAIO 2015

Mais de 400 pessoas estiveram presentes naquela que foi a pri-meira Gala organizada pelo Sport Clube de Rio Tinto. Um momento comemorativo e de homenagem fortemente marcado pelo amarelo [cor do clube] e que juntou atletas, dirigentes, treinadores e simpa-tizantes do Sport num momento “inesquecível” apresentado pelo di-retor de Informação do Porto Ca-nal, Júlio Magalhães.

Na gala foram anunciados os vencedores das várias categorias a nomeação. Joaquim Neves venceu a categoria de ‘Melhor Dirigente’ e Ana Monteiro a de ‘Melhor Fisiote-rapeuta’. Já Márcio Santos ficou com a de ‘Melhor treinador’ (Benjamins + Juniores) e Pedro Cardoso a de ‘Melhor atleta’ e ‘Melhor Capitão de Equipa’ (Juvenil “A”). O ‘Jogador re-velação’ foi Fábio Silva (Iniciado “A”) e o ’Melhor colaborador’, foi “Chico”

(Fábio Silva). O Prémio carreira ca-lhou, sem surpresas, a Artur Mon-teiro, ex-dirigente do clube e foi en-tregue ao sobrinho, David Teixeira.

Na I Gala do Sport fizeram-se representar, entre outros, o vice--presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Luís Filipe Araújo, os vereadores Carlos Brás e José Fernando Moreira, o presidente da Assembleia Municipal, Aníbal Lira, os presidentes da Junta de Rio Tin-to e Baguim do Monte, Nuno Fon-seca e Nuno Coelho, respetivamen-te, o presidente da Associação de Futebol do Porto, Lourenço Pinto e o presidente da direção do clube, Jorge Pina.

No final da cerimónia houve ainda tempo para uma surpresa: o hino do Sport, pelo duo ‘Broa de Mel’. n

Mancha amarela na I Gala do Sport Clube de Rio TintoA noite de 24 de maio foi de festa no Sport Clube Rio Tinto. Mais de 400 pessoas - atletas, dirigentes, treinadores e convidados - ocuparam o espaço multiusos do Estádio Cidade de Rio Tinto, participaram e assistiram às várias homenagens e nomeações da I Gala organizada pelo clube. O evento contou com a apresentação de Júlio Magalhães.

Júlio Magalhães ao Vivacidade

“Quando morava aqui acompanhava o percurso do SC Rio Tinto. Com a ida para Lisboa acabei por perder o rasto ao clube mas atualizei-me facilmente e fiquei muito contente quando me disseram que tinha cerca de 260 atletas. Este clube é gerido por pessoas preocupadas com a juventude de Gondomar e isso é muito importante. Os clubes grandes são mais fáceis de gerir do que estes”

Cantou-se o fado no SC Rio Tinto

Pelo segundo ano consecutivo, o SC Rio Tinto organizou, a 30 de abril, a Noite de Fados, no Salão Multiusos do Estádio Cidade de Rio Tinto. Nelson Duarte, Maria do Sameiro, Maria Amélia Rego, Cátia Oliveira, Rogério Lourenço, entre outros fadistas, subiram ao palco num evento apresentado por Álvaro Maio. Ao Vivacidade, Fernando Oliveira, da direção do clube, destacou “os grandes nomes do cartaz, a melhoria do espetáculo e o espaço mais acolhedor” como principais atrativos do evento.

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: RVC

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Os fundos europeus são um ins-trumento essencial para incentivar e transformar o crescimento da econo-mia, que deve ter nos bens e serviços transacionáveis, ou seja, nas expor-tações o seu principal motor para combater o desemprego e a exclusão social de forma duradoura.

Uma das grandes prioridades é a deslocação do investimento das infraestruturas, onde Portugal está acima da média europeia, para a com-petitividade e a internacionalização das empresas, que é o grande défice do País e a razão de fundo pela qual entrámos no passado, com grande frequência, em situações de insusten-tabilidade financeira».

O quadro de programação Portu-gal 2020 está assente em quatro eixos temáticos essenciais: competitividade e internacionalização, capital huma-no, inclusão social e emprego e sus-tentabilidade e eficiência no uso dos recursos. Para além dos quatro pro-gramas temáticos, continuam, obvia-mente, a existir programas regionais, cinco no continente, dois para Açores

e Madeira, três especificamente para o desenvolvimento rural e um pro-grama para os assuntos marítimos e pescas.

As regiões menos desenvolvidas vão receber cerca de 21 mil milhões de euros do Portugal 2020, aten-dendo a que beneficiam também da quase totalidade dos montantes pre-vistos para os programas temáticos. As regiões menos desenvolvidas não incluem Lisboa e Madeira dado que são consideradas desenvolvidas pela União Europeia, e o Algarve, é uma região em transição.

Ora, olhando apenas para os programas operacionais regionais, o Norte e o Centro vão receber mais 25% do que no anterior quadro co-munitário 2007-2013. O aumento para o Alentejo será de 42%. Por sua vez, a região de Lisboa vai ter um au-mento mais significativo, na sequên-cia de uma negociação especial no Conselho Europeu, já que partia de uma dotação muito inferior, mas não beneficiará dos programas temáticos.

Quanto ao domínio «Competi-

tividade e Internacionalização» vão concentrar mais de 40% dos fundos. Uma grande parte dos apoios vai ser reembolsável para assegurar uma maior internalização, por parte das empresas e das autoridades.

Os mecanismos de financiamen-to serão competitivos, transparentes e seletivos. A atribuição dos fundos será sujeita a uma análise da mais-va-lia dos projetos mais exigente do que no passado. Serão contratualizados resultados e não financiados projetos. O acesso a financiamento vai ser com-petitivo, não havendo lugar a finan-ciamento garantido a determinadas tipologia de beneficiários. A competi-ção pelo financiamento está assegura-da, nomeadamente pela explicitação dos compromissos e responsabilida-des, incluindo prazos rígidos para a realização de investimentos, custos--padrão e especificação objetiva e ca-lendarizada dos resultados a alcançar. Os recursos financeiros libertados por incumprimento serão reafectados a novos financiamentos.

Serão igualmente desenvolvidas

boas práticas de informação pública dos apoios concedidos e da avaliação dos resultados obtidos, sabendo que, atualmente, a esmagadora maioria dos cidadãos e empresas não conhece as oportunidades que representam os fundos.

Assim, será criado um balcão co-mum na Agência para o Desenvolvi-mento e Coesão que receberá as can-didaturas que não especifiquem um programa operacional, procedendo ao seu reenvio.

Pequenos investimentos poderão ser atribuídos numa lógica simpli-ficada de cheque ou vale, por exem-plo, cheques digitais para promover a transferência para a economia digital de PME, respeitados certos critérios objetivos.

Já as candidaturas relativas a in-vestimentos de maior dimensão, isto é, acima de 25 milhões de euros, se-rão objeto de avaliação técnica por peritos de renome e os resultados, bem como a fundamentação da de-cisão final, serão divulgados publica-mente. n

As eleições legislativas do Outono prometem não só uma acesa campanha como – tenho para mim – muitas sur-presas.

A pressão que as sondagens co-locaram sobre o PS (António Costa teima em não descolar da maioria) já serviram para uma coisa: os socialistas foram obrigados a colocar as suas pro-postas no papel. E com isso começaram os compromissos. E o quebrar desses.

António Costa, com pompa e cir-cunstância, encomendou a um grupo de economistas de dentro e de fora do partido que lhe elaborassem uma previ-são de como a economia portuguesa se

comportará nos próximos anos, partin-do de certas propostas – chamaram-lhe o “cenário macroeconómico do PS”.

Tal cenário poderia de facto ser uma ferramenta útil: o PS compro-mete-se com determinadas propostas, estuda e avalia qual o seu impacto nas contas públicas e na economia, e ela-bora com base nisso uma previsão de evolução da economia portuguesa. É bom, mas há um fator que o cenário não contemplou: o cenário não contou com a fúria de promessas do próprio António Costa.

Nem uma semana passou da apre-sentação do tal importante cenário e já

Costa tinha deitado por terra qualquer credibilidade. Ainda a tinta não tinha secado, já o secretário-geral do PS pro-metia regressar às 35 horas na Função Pública, não privatizar a TAP e mexer (sem que se percebesse em que sentido) nos escalões do IRS. São três promes-sas socialistas com grande impacto em qualquer cenário macroeconómico que se queira discutir – Costa avança sem contemplações.

Eu nem condeno muito António Costa por tal comportamento: com-preende-se perfeitamente. Depois de não conseguir sondagens melhores que Seguro – marginalmente piores, até – o

secretário-geral do PS é hoje líder dum partido em desespero. Os militantes, dirigentes, deputados e governantes do PSD e do CDS trabalharam estes quatro anos para salvar o país e tirá-lo da ban-carrota. O PS ficou à espera que o poder lhe caísse no colo.

Onde hoje do lado da maioria há um caminho que oferece esperança e um futuro melhor, do lado do PS há o total e absoluto esquecimento de que as medidas que levam a mais endivida-mento e mais despesa pública já prova-ra não ser um bom caminho. E parece--me que os portugueses não estão para aí virados. Ainda bem. n

Acordo de parceria do Programa Portugal 2020

Esperança

Margarida AlmeidaPSD

Se o ridículo pagasse imposto, os cofres públicos estariam cheios com a contribuição deste Governo. Se pre-cisássemos de exemplos do que há de mais deplorável no arrivismo político alcandorado ao poder, o triste espetá-culo com que temos vindo a ser brin-dados seria adotado como um dos ex-poentes máximos

Só o sentimento de impunidade e a total falta de vergonha e da noção do que é ou deve ser a decência, con-seguem explicar a atuação da dupla Passos & Portas.

Assistir ao anúncio da coligação PSD/CDS, para as próximas eleições, no dia 25 de Abril já é de si algo da mais descabelada desfaçatez e mau

gosto. Assistir a esse número circen-se no dia em que, além da passagem de mais um ano sobre a revolução de 74, se celebraram os 40 anos da elei-ção da Assembleia Constituinte, tendo como personagens centrais os líderes dos dois partidos ainda no exercício das funções de primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro deste Governo que ficará na história como aquele que promoveu mais violações à Constitui-ção, até hoje, é o cúmulo do descara-mento.

Como se tudo isto não bastasse, poucos dias depois, fomos brindados com a assinatura do acordo eleitoral acompanhada de uma encenada cele-bração da passagem do primeiro ani-

versário sobre a “saída da Troika”. Que belo espetáculo de contorcionismo!

A dupla que afirmou ir para além das imposições da Troika, os autores da crise política que forçou a sua “en-trada” em Portugal, celebram agora a sua saída com pomposos discursos de inversão da realidade. Só pode ser um problema de esquizofrenia política..

Porque gritam missão cumprida? A que missão se referem? A de levar muito para lá do suportável os sacri-fícios infligidos aos portugueses? A do crescimento do desemprego, do desmantelamento do estado social e do desbaratar dos ativos estratégicos nacionais?

Tendo em conta as metas do me-

morando e os indicadores conclui-se que: em 2014 o crescimento do PIB fi-cou-se pelos 0,9 quando a meta era de 2,4; o défice ficou nos 3,7% quando a meta era de 2,3%; a dívida chegou aos 130% quando deveria ter ficado pelos 115% e o desemprego esteve acima dos 13% - apesar da emigração, dos está-gios, dos contratos emprego inserção - quando o estimado eram 12%.

Só podem estar a celebrar a pro-gressiva destruição do país e o já anun-ciado plano de continuarem a cortar pensões e salários se por um desgraça-do azar do destino voltassem a ganhar eleições.

Um pouco de decência não lhes ficaria mal!... n

Passos & Portas? E que tal ter um pouco de decência?

Michael SeufertCDS-PP

Isabel SantosPS

Opinião: Vozes da Assembleia da República

40 VIVACIDADE MAIO 2015

Page 41: Edição de maio de 2015

Opinião: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal

41VIVACIDADE MAIO 2015

A dimensão do erro que a privati-zação da TAP representa, é de tal forma evidente, que tem merecido a oposição de cidadãos de todos os quadrantes po-líticos, dos trabalhadores que se orga-nizaram para promover duas petições, com milhares e milhares de subscrito-res a contestar a sua privatização e até da criação de movimentos para travar o processo, também pela via judicial. Esta onda de indignação mostra que o Governo, está, praticamente isolado na defesa da privatização da TAP.

E não é para menos, porque a TAP é uma empresa estratégica que para além de constituir uma das maiores empre-sas exportadoras nacionais, acaba por ser um instrumento da nossa sobera-

nia, num país com 11 ilhas atlânticas e importantes comunidades emigrantes em todos os continentes, espalhadas um pouco por todo o mundo.

Para além disso, a TAP envolve direta e indiretamente mais de 20 mil postos de trabalho e continua a con-tribuir todos os anos para os cofres do Estado com cerca de 100 milhões de euros, em sede de IRS e com cerca de 100 milhões de euros para a Segurança Social.

Acresce ainda que, como todos sa-bemos, a dívida remunerada da TAP, deve-se exclusivamente à desastrosa operação de aquisição da VEM Brasil, com que, aliás, o Governo pacifica-mente se conformou, nada tendo feito,

nem sequer um esforço para a sua re-negociação.

O propósito da privatização da TAP levou o Governo a olhar sempre para esta empresa, não como um fator de desenvolvimento ao serviço do inte-resse nacional e dos portugueses, mas sim, como uma simples mercadoria para venda. Nesse sentido o Governo foi, ao longo do tempo, preparando o terreno, criando limitações e constran-gimentos na sua gestão, para procurar mostrar a inevitabilidade da sua venda.

Mas a “conversa” da inevitabilida-de da privatização da TAP, não é nova. Na verdade, em 1997, a privatização da TAP, com a venda à Swissair também foi apresentada como inevitável, mas o

processo não avançou. Passaram quase duas décadas, a Swissair já não existe, e a Sabena, vendida, então, à Swissair, também já não existe.

Entretanto, nesses 18 anos, a TAP cresceu, os salários foram pagos e a economia portuguesa beneficiou em cerca de 3% do PIB gerado nesse pe-ríodo.

Este exemplo devia ser suficiente para o Governo perceber o erro que se prepara para cometer, até porque o Go-verno ainda está a tempo de abandonar o seu objetivo de entregar a TAP aos privados e mostrar dessa forma algum empenho na afirmação e na defesa do interesse público e até na defesa da so-berania nacional. n

O erro da privatização da TAP

Vivemos tempos de pura “Edu-cação Deseducada”! O trabalho do Sr. Ministro Nuno Crato resume-se a isto: medidas sem medida, um aten-tado à escola pública! Atrasos nas colocações de professores, o maior desrespeito, alguma vez visto, por es-tes profissionais, exames e mais exa-mes, currículos completamente de-sajustados face ao desenvolvimento dos alunos, ausência de alternativas e apoios para alunos especiais, sem rótulo, que não constam das contas do governo, turmas a “rebentar pelas costuras”, fecho de escolas, número deficiente de pessoal docente e não docente, basta!

A educação não é mais do que “Criar com afeto e educar com firmeza”. Ora, este Crato não tem apresentado qualquer afeto pela clas-se dos professores, nem respeito pela integridade desenvolvimental dos alunos.

Os professores, o desemprego, sucessivos concursos de “desinvesti-mento” total nas suas carreiras, sub-metidos a uma prova que pretende “assegurar mecanismos de regulação da qualidade do exercício”. Parece--me mais uma prova que não avalia nem competências científicas, nem académicas, nem soft skills, tão im-portantes para o exercício de tais fun-

ções. Uma prova tão limitada quanto quem a inventou! Invista-se na for-mação dos professores, nas universi-dades, proporcionando oportunida-des de formação contínua.

A “educação pelo terror”, pelos “números”. Alunos obrigados a estudar sob a pressão de obter re-sultados satisfatórios em exames na-cionais. Não restando tempo para o estudo de outras disciplinas impor-tantes: todas! Preocupem-se só com Português e Matemática, os “bichos papões” lá da escola! Escola? Uma “desoportunidade” para se formarem como pessoas, não há tempo para grandes filosofias, há metas! Onde

anda o “gostar de aprender”? As es-colas não têm tempo para isso, lá vêm as metas e as papeladas e os resulta-dos do PISA, sempre baixos.

Deseducação: absentismo, abandono, indisciplina, bullying… a educação em Portugal! Sr. Nuno Cra-to reveja-se e a reveja esta “Educação Deseducada”! Eduque-se para colher os frutos: jovens capazes, empreen-dedores, satisfeitos, trabalhadores de sucesso. A educação é o começo de qualquer construção, quer da nos-sa construção como seres humanos, quer da construção da própria socie-dade. Com tanta “Deseducação”, o que estaremos nós a construir? n

Frutos de uma “Educação Deseducada”

José Luís FerreiraPEV

Catarina MartinsBE

Pode um banco que não funcio-na, não se lhe conhece atividade e não cumpriu um único dos seus propósitos estar a pagar há vários meses para que uma superestrutura paga a peso de ouro finja que faz mas não faz? Pode. Em Portugal, pode. É o que acontece com o Banco de Fomento, criado pelo Governo ainda em 2013 e cuja ativida-de vem sendo sucessivamente adiada vai para um ano. Enquanto isso as em-presas portuguesas, que poderiam ter beneficiado de programas específicos criados pela Caixa Geral de Depósitos, pagam a teimosia do Governo e con-tinuam sem ver um cêntimo da Insti-tuição Financeira de Desenvolvimento (o pomposo nome oficial do Banco de Fomento).

Garante agora o primeiro-minis-tro, no último debate quinzenal, que a instituição vai começar a funcionar com “algum atraso”, lá para o verão. O problema é que esta é a quarta data anunciada, razão pela qual continua-mos sem saber se Passos Coelho esta-ria a falar do verão de 2015 ou de outro qualquer.

Recapitulemos. Pires de Lima, em conselho de ministros, assegurou que no primeiro semestre de 2014 o banco de fomento estaria a apoiar as empre-sas nacionais. Depois passámos para outubro de 2014, altura em que a data que foi mais uma vez protelada para o início de 2015. Agora é que vai ser, garante Passos Coelho, dizendo que as “primeiras intervenções” vão ter lugar

no verão. Na verdade o Banco de Fomento,

até agora, tem cumprido um propósi-to. Desde o dia 1 de janeiro que está a pagar a um amplo conselho de admi-nistração, sem que se perceba ao certo o que fazem. O número um da insti-tuição tem uma autorização legislativa para receber acima do primeiro-minis-tro, os restantes vogais recebem mais do que a ministra das Finanças. Numa instituição cujo propósito se limita a articular programas com outras insti-tuições financeiras, para garantir linhas de crédito bonificadas para as pequenas e médias empresas, não se compreende a dimensão do conselho de administra-ção. Ainda menos se percebe os nomes. Recheado de pessoas sem experiência

bancária mas com o cartão do CDS, ou de uma consultora do FMI que passou mais de um ano a elogiar toda e qual-quer medida do Governo.

Vale a pena lembrar que, desde o primeiro momento, o Bloco de Esquer-da sempre questionou a necessidade de criação deste banco de fomento quan-do o Estado tem um banco, a Caixa Geral de Depósitos, que podia estar a cumprir os supostos propósitos do Banco de Fomento, com a vantagem inegável de estar a funcionar enquanto o último só tem o espaço físico, os cus-tos com a estrutura e uma vastíssima estrutura dirigente que recebe mas não se sabe bem o que faz. Ou sabemos. É preciso arranjar lugar para quem tão bons serviços prestou ao governo. n

Finge que faz mas não faz

Ana Pão TrigoPS

Os anos da política de direita praticada por PS, PSD e CDS arras-taram Portugal para uma situação de declínio económico e retrocesso so-cial, com profundo agravamento das condições de vida dos trabalhadores e das populações.

Opções políticas que se têm tra-duzido na destruição do aparelho produtivo nacional, em mais de um milhão de desempregados, mais de dois milhões de portugueses em si-tuação de pobreza. Agrava-se a ex-ploração e o empobrecimento, e ata-cam-se as funções sociais do Estado, nomeadamente a Educação, a Saúde e a Segurança Social para, por via da sua fragilização, crias as condições para que as mesmas sejam entregues

a interesses privados.Ao serviço dos grandes gru-

pos económicos e financeiros, PSD e CDS, com a cumplicidade do PS, preparam, em articulação com a União Europeia, a continuidade e o agravamento deste rumo para déca-das, perpetuando a exploração e o empobrecimento do povo e colocan-do em causa o futuro de Portugal - com uma mão vão degradar salários, introduzir mais cortes nas reformas e pensões, nos apoios sociais e nos serviços públicos; com a outra con-tinuarão a dar benefícios ao grande capital, ficando claro os interesses que servem.

Mas este não é um caminho ine-vitável!

E o próximo dia 6 de junho, será mais um momento de derrota da po-lítica de direita. É o dia da Marcha Nacional promovida pela CDU, “A força do Povo - todos à rua por um Portugal com futuro”: uma pode-rosa jornada de luta e de afirmação da força e da vontade do povo por-tuguês num país livre da submissão aos interesses financeiros, um país soberano, de progresso social e de-senvolvimento.

Uma poderosa afirmação de que reside no povo, na sua intervenção, na sua luta e no seu voto, a decisão soberana sobre o seu futuro coletivo; uma afirmação de que está nas mãos dos trabalhadores e do povo decidir o seu destino, abrir outro caminho

para Portugal, concretizar uma alter-nativa patriótica e de esquerda, vin-culada aos valores de Abril.

Foi pela luta que conquistaram direitos, será pela luta que serão de-fendidos!

Não nos subtemos, não nos re-signamos e não desistimos de lutar.

Assumimos com confiança o projeto de libertação, de dignidade, de honestidade, de desenvolvimento e soberania para Portugal. Temos so-luções para o País!

É necessário e possível um Por-tugal com futuro!

E a força do Povo é o motor para a mudança, para rutura com este ca-minho de desastre e para a constru-ção de uma sociedade mais justa. n

6 de Junho: A força do Povo - todos à rua por um Portugal com futuro!

Diana FerreiraPCP

Page 42: Edição de maio de 2015

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

42 VIVACIDADE MAIO 2015

António ValpaçosCDU

Para os mais atentos, e apenas para esses, foi anunciado pelo pre-sidente da Câmara Municipal (CM) que a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) foi colocada em discussão pública pelo prazo de 30 dias, de 21 de Maio a 19 de Junho. Acerca desta decisão permitam-me, caros leitores, as seguintes conside-rações:

Na edição de março de 2014 des-te jornal, o vice-presidente da CM em entrevista que concedeu acerca do ponto de situação da revisão do PDM, (que já devia ter sido revisto há uma década) referia “(…) faltou uma vontade política para avançar com o processo. Da empresa (res-ponsável pelo projeto de revisão) o

que nos foi dito é que têm o traba-lho e estavam à espera da decisão política”. Ora, se o trabalho estava praticamente concluído, como pode ter a CM demorado tanto tempo a tomar a “decisão política” de colocar a revisão do PDM em discussão pú-blica?

Mais, o presidente da CM decide conceder o período mínimo previs-to na Lei para a discussão pública de um projeto, que não é um projeto qualquer, a revisão do PDM é, como referiu a CDU em dezembro de 2014, “Uma boa oportunidade para reorientar a política de ordenamen-to do território municipal, para que este seja, finalmente, um instrumen-to robusto para alcançar o almejado

desenvolvimento social, económico e cultural, que faltou nos últimos 40 anos”. Algum gondomarense acreditará que é em 30 dias que se promove o debate? Que se promove o envolvimento e a participação da população?

Além disto, o anúncio da re-visão do PDM aconteceu sem que essa proposta tenha sido apreciada em reunião de CM. Até aqui nada de novo, tem sido esta a postura do presidente da CM nos assuntos ou decisões mais importantes para o concelho, uma postura de enor-me desrespeito pela democracia – “Gondomar + transparente - digni-ficar a gestão autárquica, qualificar a cidadania e a democracia com base

numa gestão participativa” – Será que o presidente da CM se lembra desta sua promessa eleitoral? Tirem as vossas conclusões...

Por último, uma nota final e tal-vez a mais elucidativa de como a CM trata este assunto, o PDM tem que ser aprovado até dia 29 de Junho, caso contrário, com a entrada em vi-gor da nova legislação voltará tudo à estaca zero, pois muito bem, a CM terá que analisar todas as propostas, sugestões ou pedidos de esclareci-mento que qualquer gondomarense possa fazer, para depois sujeitar o PDM a aprovação em reunião de CM e em reunião de Assembleia Municipal, tudo isto em 10 dias... é inegavelmente lamentável! n

“Plano Diretor Municipal – É de todos nós” – Será mesmo?

Rui NóvoaBE

Veio a público através da comuni-cação social o que há muito qualquer cidadão já sabia, Ricardo Salgado or-denou contas falsas junto do banco de Portugal.

Segundo o jornal ‘Expresso’, não existe um único administrador do banco Espírito Santo que não tenha sido alvo de acusações por parte do Banco de Portugal.

As acusações abrangem três em-presas (BES, ESFG, Espírito Santo Financial Group) e ESAF (Sociedade Gestora do Grupo).

O testemunho de Pierre Butty, ex-administrador da Espírito Santo Services na Suíça terá sido essencial provando a prática de atos de gestão ruinosa em determinação dos clientes do BES colocando produtos no merca-do sem qualquer valor.

Diz o ‘Expresso’ que o supervisor

tem provas documentais de que Ricar-do Salgado ordenou que a contabilida-de da ESI, fosse falsificada o que mos-tra que Ricardo Salgado mais uma vez mentiu junto da comissão de inquérito parlamentar.

Perante estes crimes, ficamos a sa-ber que quando muito poderá ser-lhes aplicadas umas coimas que podem ir até aos cinco milhões de euros, no caso das instituições e até aos dois milhões no caso de pessoas singulares, e caso sejam acumuladas condenações o cú-mulo jurídico vai até o dobro da pena, em relação às inibições do exercício da atividade em que estas podem atingir até um máximo de 10 anos.

As ditas entidades reguladoras o que fizeram foi dar lhe toda a liberdade para que anos a fio pudesse orquestrar toda esta verdadeira vigarice, levando à ruína milhares de pequenos investi-

dores e, em grande escala, a economia já que, com a falência do banco, milha-res de pequenas empresas ficaram sem crédito para poderem trabalhar.

O Bloco de Esquerda apresentou há dias um conjunto de propostas para acabar com esta “pouca vergonha”, permitindo que os Ricardos Salgados continuem a enriquecer sem que nada lhes aconteça.

Convêm não esquecer o papel do Presidente da República, ao dizer que os portugueses podiam confiar no BES e passados poucos dias veio dizer que não tinha nada a ver com a situação, é uma vergonha!

Ao contrário do que o Gover-no PDS/CDS gosta de dizer de que a culpa do País estar assim é dos portu-gueses que gastaram acima das suas possibilidades isso é a maior mentira quem tem gasto acima das suas possi-

bilidades são os bancos esses sim que têm recebido deste Governo muitas centenas de milhões de euros e não as pessoas como este Governo nos quer fazer crer.

Como diz o Bloco e bem, é difícil dizer neste processo onde é que termi-na o Ministério das Finanças e onde começa do Banco de Portugal.

A recente decisão de nomear o novo governador do Banco de Portu-gal, não tem a ver com o bom funcio-namento da instituição e muito menos com a boa regulação, é sim o Governo a pagar o favor ao homem que muito tem ficado com as dores que também são do Governo, as da solução para o BES.

Está montado um esquema que premeia o assalto da banca ao país, até quando vamos permitir a continuação do roubo?! n

Para eles nunca há justiça!

Pedro OliveiraCDS-PP

Depois de quatro anos absolu-tamente impróprios para cardíacos com o país a passar pela sua mais arrepiante crise económica e fi-nanceira, com a austeridade no seu mais profundo patamar de sempre, com a governação na primeira fase do mandato aos soluços, por inade-quada correlação de poder entre os partidos da maioria (corrigida ape-nas a meio do mandato com o “irre-vogável” episódio), a verdade é que a atual maioria soube ter o engenho e a arte de levar pela primeira vez, uma legislatura partilhada até ao fim.

Foi pois, um processo sinuoso e desgastante, mas simultaneamente desafiante para as hostes da maioria, porque necessariamente implicou por um lado, o fim de um inusitado

ciclo de várias décadas de descon-trolo das contas públicas, em que se endividou o país até ao impensável tantas vezes com projetos de assaz duvidoso mérito. Por outro lado, tal processo obrigou a alguma capaci-dade de resistência, porque sendo moroso e bastante castrador de di-reitos adquiridos, levaria muitos a moverem-se para o lado mais fácil da crítica e daqueles que populistas reiterariam a mesma capciosa receita do passado.

Hoje com as finanças reestrutu-radas e a economia reordenada o país começa a dar sinais de crescimento e os portugueses, apesar de não sen-tirem ainda “no bolso” a substância da recuperação da crise, percebem que a realidade é manifestamente di-

ferente da existente há quatro anos, “respirando” uma genuína esperança que de há muito não sentiam.

Neste contexto e com a pré-cam-panha eleitoral a começar bem cedo, necessariamente que aos partidos da maioria não restava outra alternativa que concorrerem coligados às próxi-mas eleições. Ainda houve, em cada um dos partidos, quem opinasse no sentido de candidaturas autónomas, como se fosse possível resultar algu-ma mais-valia para cada um deles em tal decisão.

Com efeito não só se justificaria a coligação para potenciar o método d´Hondt nos resultados eleitorais, como se tornaria impossível salva-guardar a união governativa com os dois partidos a lutarem, na sua base,

pelo mesmo estrato eleitoral. Seria o caos governativo e o suicídio da pró-pria coligação, com todas as conse-quências desastrosas nos resultados eleitorais de cada um.

Com a assunção da coligação ficou clarificada uma importante vertente do cenário eleitoral que se avizinha, e recentrou a direita a dinâmica essencial do seu discur-so político, ou seja, bem justificar a ingência da pesada austeridade dos últimos quatro anos e perspetivar o exercício do próximo mandato numa base bem mais confiante e consequente, rumo a um crescimen-to económico que urge tornar-se es-truturante e á retoma de direitos sus-pensos cujo procedimento se impõe ser acelerado. n

Coligação

Page 43: Edição de maio de 2015

43VIVACIDADE MAIO 2015

Empresas & Negócios

Conferência ‘In & Out’ junta personalidadessem medo de “arriscar”O Colégio Paulo VI organizou a 15 de maio a 1ª edição da Conferência ‘In & Out’, promovida pelo Gabinete de Psicologia e diri-gida a todos os alunos. “Arriscar” foi o mote dado para as palestras dos convidados.

Os alunos, pais e professores do Colégio Paulo VI assistiram a 15 de maio à Conferência ‘In & Out’ que reuniu ilustres convidados que discursaram sobre a importância de “Arriscar”, durante as palestras individuais de 15 minutos.

A iniciativa realizada no audi-tório do Paulo VI recebeu o apre-sentador da RTP Jorge Gabriel, os jornalistas Tiago Girão (Porto Canal) e Joana Latino (SIC), o em-presário e comentador desportivo Manuel Serrão, a economista, Lilia-

na Oliveira, o auditor, Rui Francês, a diretora artística da Vocare, Isa-bel Maya e o voluntário Francisco Miguel, que deram os seus teste-munhos pessoais para inspirar os alunos.

“Procuramos demonstrar que o conhecimento que podemos rece-ber dos outros também nos serve e vice-versa e arriscamos ao trazer ao colégio estes convidados”, refere Teresa Mancilha, psicóloga do Pau-lo VI.

A organizadora do ‘In & Out’

admite que o formato escolhido foi inspirado nas conferências mo-tivacionais TEDx que “obrigam os convidados a serem inspiradores e a passar ideias” durante o tempo que dispõem.

Para Dulce Machado, diretora do Colégio Paulo VI, a conferên-cia foi “um êxito”. “A ideia de trazer aqui personalidades para darem o seu testemunho sobre a impor-tância de arriscar vai prestar um contributo importante aos nossos alunos porque é crucial que eles

não tenham medo de dar o passo seguinte”, disse ao Vivacidade.

Segundo a diretora do Paulo VI

o sucesso da primeira edição do ‘In & Out’ veio garantir a repetição da iniciativa nos próximos anos. n

Funcionários do ex-SMEAS de Gondomar reencontraram-se em Melres Os funcionários dos ex-SMEAS de Gondomar reuniram-se no dia 1 de maio na Quinta da Bandeirinha, em Melres.

O 2.º convívio dos funcioná-rios dos ex-Serviços Municipa-lizados de Eletricidade Águas e Saneamento (SMEAS) de Gon-

domar realizou-se no dia 1 de maio na Quinta da Bandeirinha, em Melres. O almoço uniu um grupo de 88 pessoas e firmou a

vontade de instituir o primeiro dia do mês de maio como dia oficial para futuros convívios anuais. n

Jantar solidário recolheu seis mil eurosa favor do Lar de BaguimO restaurante ‘O Cardeal’ recebeu a 25 de maio cerca de 160 pessoas no “2.º Jantar Solidário a Favor do Lar de Baguim”. A inicia-tiva reverteu com mais de seis mil euros para as necessidades do Centro Paroquial de Baguim.

A causa solidária a favor do lar de idosos do Centro Social Paro-quial de Baguim lotou, pelo segun-do ano consecutivo, o restaurante ‘O Cardeal’, em Baguim do Monte.

Personalidades de vários qua-drantes da comunidade local uni-ram-se para dar um contributo de 25 euros por pessoa, num total de cerca de 160 pessoas. O valor final angariado foi superior a seis mil eu-ros após o leilão simbólico.

Ao Vivacidade, o padre Lucin-do Silva, da paróquia de Baguim, mostrou-se orgulhoso pela de-monstração solidária a favor do lar de idosos do Centro Paroquial da freguesia. “Este tipo de iniciativas é muito importante para nós porque

as fontes de receita que temos são exíguas para a continuação da casa. Há um certo equilíbrio financeiro mas estão sempre a aparecer novas necessidades de obras e reparações que o nosso orçamento não conse-gue suportar”, afirmou o pároco.

Satisfeito com o valor angariado, o responsável pelo Centro Paroquial de Baguim admite a necessidade de adquirir novos equipamentos de apoio aos idosos, “sobretudo camas articuladas que custam cerca de dois mil euros cada”.

“A excelente resposta da comu-nidade” foi também sublinhada por Carlos Brás, vereador da Câmara de Gondomar, que fez questão de mar-car presença no jantar. “É sempre

importante a autarquia estar próxi-ma das instituições que prestam um serviço social e é bom registar esta adesão, referiu o autarca.

Para Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, a demonstração solidária reforça a crença na “solidariedade

e disponibilidade baguinense”. “Foi bom registar que esta iniciativa con-seguiu unir pessoas de diferentes quadrantes políticos e é importante sublinhar que o restaurante não vai lucrar com este jantar. O mais im-portante foi conseguir angariar ver-bas para viabilizar uma obra social

emblemática da freguesia”, disse ao Vivacidade.

No final, Francisco Laranjeira, responsável pelo restaurante ‘O Car-deal’ mostrou-se satisfeito com a en-volvência da comunidade que con-siderou “muito importante”. “Este tipo de iniciativas é muito impor-tante para mim porque já passei por dificuldades e sei dar valor. Em dois dias conseguimos lotar o restauran-te e alcançar o objetivo traçado que era de cinco mil euros”, sublinhou o empresário.

O jantar contou ainda com as atuações da fadista Maria do Samei-ro, do fadista humorista Zé Carva-lho e o músico baguinense Ricardo Gonçalves. n

> Na foto: Rui Francês

Page 44: Edição de maio de 2015

44

Lazer

VIVACIDADE MAIO 2015

VIVA PREVENIDO

Ingredientes:

. 5 Folhas de gelatina incolor

. 1 Pacote de bolacha Maria

. 120g de manteiga sem sal derretida

. 1 Embalagens de Queijo Philadelfia

. 200ml de natas frescas para bater

. Sumo de 1 Limão pequeno

. 1 Lata de leite condensado

. 8 limas

Preparação:

Triturar bem as bolachas, juntar a man-teiga derretida, mexer para que fique tudo bem misturado e com as mãos forrar o fundo de um aro ou de uma forma de fundo amovível. Leve ao frio enquanto prepara o resto da receita.Faça o sumo de 6 limas, coloque numa tigela. Corte as folhas de gelatina ao meio e junte-as ao sumo da lima e deixe-as amolecer cerca de 3 minutos.Coloque o queijo Filadelfia numa taça, mexa, junte o leite condensado e mis-ture bem. À parte bata as natas até ficarem bem duras e junte o sumo de limão lenta-mente. Junte o preparado anterior.Leve o sumo de lima e as folhas de ge-latina ao micro-ondas cerca de 50 se-gundos e junte ao preparado anterior, misturando bem até que toda a mis-tura esteja ligada e uniforme. Coloque no frigorifico antes de servir. Coloque raspa de Lima no topo da tarte.

RECEITA CULINÁRIA VIVACIDADE

Chef João Paulo Rodrigues* docente na Actual Gest

Cheesecake de Lima

Entram num bar um inglês, um espanhol e um português.Vira-se o funcionário do bar e diz:- O que é isto? Uma anedota?

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865931724

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SOLUÇÕES:

No dia 31 de maio assinala-se o Dia Mundial Sem Tabaco. Na Eu-ropa, o consumo de tabaco é res-ponsável por um milhão e 200 mil mortes anuais. Em Portugal, o con-sumo de tabaco atinge cerca de 20 a 26% da população. O tabagismo causa um enorme prejuízo à saúde pública, já que é responsável pela diminuição da qualidade e duração de vida, não sendo apenas um fator de risco para o fumador, mas para todos aqueles que se encontram ex-postos ao fumo passivo. Os fuma-dores vivem, em média, menos 10 anos do que os não fumadores, pois as substâncias do fumo do tabaco

aumentam o risco de uma série de doenças: cancro do aparelho respi-ratório superior (lábio, língua, boca, faringe e laringe) e inferior, doença pulmonar obstrutiva crónica e doen-ças cardiovasculares. Vale a pena parar de fumar em qualquer idade! Quanto mais cedo parar de fumar, maiores são os benefícios: após 72 horas, a capacidade pulmonar au-menta e a respiração torna-se mais fácil; após 5 anos, o risco de cancro da boca e do esófago é reduzido para metade; ao fim de 10 anos, o risco de cancro do pulmão é metade do verificado em fumadores, e o de outros cancros diminui considera-

velmente; após 15 anos, o risco de doença cardiovascular é igual ao de um não fumador do mesmo sexo e idade. A aparência renovada, o há-lito mais fresco, o travar do enve-lhecimento precoce e a poupança económica são fatores adicionais que podem motivar a sua decisão.

Deixar de fumar pode ser difí-cil. Recair não significa que falhou, mas sim que tem de voltar a tentar, sabendo agora melhor como lidar com as dificuldades. Planeie a sua decisão calmamente; envolva famí-lia, amigos e colegas de trabalho no processo e recorra ao seu médico em caso de dúvida ou dificuldade.

Viva sem tabaco

Elisabete CastroMédica, Interna de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar de Fânzeres

Amor: O seu poder de atração vai abalar muitos corações. Predisposição para namoriscar ou reavivar um amor, através do qual irá exprimir os seus senti-mentos de uma forma muito sincera.

Saúde: Prováveis dores de dentes.Dinheiro: Será um bom período para fazer algu-

mas alterações profundas na sua vida, no seu compor-tamento e nos seus objetivos profissionais.

Amor: Encontra-se num período difícil, mas não desespere que é passageiro.

Saúde: Poderá ser tempo de começar uma nova vida.

Dinheiro: Boa altura para gastar e investir no que mais gosta, mas com cuidado. É um mês um pouco tenso a nível profissional, em que vai querer lutar pelos seus objetivos.

Amor: Viva fogosamente todos os momentos com o seu amor. Este período é caracterizado por muita ale-gria, contentamento, otimismo e força interior.

Saúde: Previna-se contra os excessos. Dinheiro: Este campo da sua vida não lhe trará

problemas.

Amor: Será um período muito bom de entreajuda e em que pode receber ou oferecer boas oportunida-des a novas relações de amizade.

Saúde: Possíveis dores musculares.Dinheiro: Não imponha as suas ideias de uma for-

ma agressiva e tenha em consideração a opinião dos outros.

Amor: Este período é um teste à forma como lida com as outras pessoas, em especial as que lhe estão mais próximas.

Saúde: Boa fase para iniciar uma dieta.Dinheiro: Situação financeira favorável. É uma

boa ocasião para conhecer outras terras e outras gen-tes e aproveitar o que lhe ensinarem para aumentar as suas capacidades.

Amor: Tenha mais confiança em si e cuide da sua aparência. Este período pode trazer-lhe alguns proble-mas nas relações com os vizinhos ou pessoas próximas.

Saúde: Uma fase de tensão, insegurança e impa-ciência, com dificuldade em planificar a sua vida parti-cular. Procure aliviar o stress que traz acumulado.

Dinheiro: O seu dinamismo, a sua coragem e espí-rito de liderança vão ser postos à prova. Será um mês recheado de afazeres e acontecimentos.

Amor: Poderão surgir mudanças no seu compor-tamento no que diz respeito às relações afetivas. Seja mais ousado neste campo da sua vida.

Saúde: Este período é muito favorável, mas ne-cessita de ter muita reflexão para evitar os excessos. A ansiedade não é benéfica para a sua saúde.

Dinheiro: Seja mais equilibrado nos seus gastos. Não será um período fácil porque terá dificuldade em analisar as situações com clareza.

Amor: Será uma fase importante para rever o que não está bem na sua relação, compreendendo o que lhe falta e o que pode ser melhorado.

Saúde: Poderá sofrer de dores de cabeça.Dinheiro: Em relação à sua situação profissional,

logo no início do mês poderão existir alguns conflitos entre a sua vida familiar e a profissional.

Amor: Procure ser sincero nas suas promessas se quer que a pessoa que tem a seu lado confie em si.

Saúde: Liberte-se mais.Dinheiro: Desde que não gaste dinheiro em exces-

so, pode pôr os seus assuntos financeiros um pouco de parte, ocupando-se com outras áreas da sua vida.

Amor: Procure ser mais extrovertido, só tem a ga-nhar com isso. É uma boa fase para investir mais tempo na sua relação amorosa.

Saúde: Possíveis dores nas articulações. A rotina da sua saúde e a forma física são uma prioridade.

Dinheiro: Esta é uma ótima altura para tentar re-duzir os seus gastos.

Amor: A sua relação tem vindo a arrefecer e você precisa de tomar uma atitude. Não exija tanto dos ou-tros, dê mais de si próprio.

Saúde: Não faça dietas demasiado rigorosas.Dinheiro: Invista neste momento em algo que pla-

neia há muito. A sorte é-lhe favorável. Sentirá neces-sidade de se isolar para concluir o seu trabalho, mas poderão ocorrer mudanças.

Amor: Este mês vai fazer uma triagem às suas re-lações.

Saúde: Cuidado com o excesso de açúcar no seu sangue, pois poderá ter tendência para diabetes.

Dinheiro: Poderá sentir-se subjugado pela sobrecar-ga de trabalho.

Maria HelenaSocióloga, tarólogae apresentadora

210 929 [email protected]

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Page 45: Edição de maio de 2015

O Spotify, um dos maiores programas de streaming de música online, apresentou a 20 de maio as mais recentes atualizações ao serviço que passa agora a disponibilizar vídeos de notícias e informação generalista, emissões em podcast e playlists de músicas que se adaptam ao ritmo da corrida para os adeptos do running.

A melhoria é vista pela empresa Spotify Ltd como uma forma de diversificar os conteúdos ofe-recidos pela plataforma aos seus utilizadores, cati-vando-os mais e conseguindo que estejam ligados por mais tempo. As fontes destes novos conteúdos vão ser escolhidas pelo Spotify, que vai também criar conteúdos originais, para além de apostar em novas funções associadas à forma de emitir música. A versão para dispositivos iOS vai ter a capacidade de adaptar o ritmo da música ao ritmo com que os utilizadores praticam exercício físico e a página principal da aplicação passa a sugerir músicas e artistas consoante o período do dia e as preferências dos utilizadores.

As novidades vão ser introduzidas gradual-mente nos vários países onde o Spotify marca presença. Será este o próximo passo da indústria musical?

45VIVACIDADE MAIO 2015

Lazer

Spotify: Video Killed the Music Streaming Player?

VIVA TECExposições:

- Até 6 de junho – Picture of the Month, no Centro Cultural de Rio Tinto Amália Rodrigues

Música:

- 21h30, 30 de maio – II Encontro Co-ral Internacional de Rio Tinto, na Igreja Stº António de Corim

- 21h30, 6 de junho – Encontro de Tra-dições 2015, no Largo do Mosteiro de Rio Tinto

Cinema:

- 11h e 16h30, 30 de maio – Sessão de Cinema “Pular a Cerca”, na Biblioteca Municipal de Gondomar

Desporto:

- 15h, 31 de maio – Espetáculo de Dan-ça do 44º Aniversário CFU Fanzerense, no Pavilhão do Grupo Coral e Desporti-vo de Fânzeres

Teatro:

- Sábados às 21h30, até 30 de maio – V Festival de Teatro, na Cripta da Igreja de São Pedro da Cova

- 4 a 7 de junho – EI!!! Encontro Internacional de Marionetas, em vários locais do concelho [ver pág. 27]

- Sábados às 21h30, até 6 de junho – 31.º Festival de Teatro Amador de Valbom, na Escola Dramática e Musical Valboense

Diversos:

- Das 9h às 18h, 28 e 29 de maio – Feira da Primavera, na Escola Básica da Venda Nova

- 30 e 31 de maio – Dia Mundial da Criança, em Gramido, Valbom

- 15h, 31 de maio – Dia Mundial da Criança, em Gramido, Valbom

- 15h30, 31 de maio – Dia Mundial da Criança, na Escola EB1 da Triana

- 18h, 14 de junho – Procissão em Hon-ra de Santo António, na Missilva, em Baguim do Monte

AGENDA CULTURAL VIVACIDADE

VIVA FOTO Feira de Gondomar, S. Cosme

Rui Duarte Silva, Fotojornalista no Jornal Expresso - www.ruiduartesilva.comLELO e ZEZINHA

Page 46: Edição de maio de 2015

46 VIVACIDADE MAIO 2015

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Mecânico Auto

588554237

Tempo completo. Contrato a termo incerto

Gondomar

Com experiência de mecânica de viaturas pesadas

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Mecânico Auto

588546505

Tempo completo. Contrato a termo

Rio Tinto

Com experiência em manutenção em multi-marcas

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Polidor de Móveis

588550770

Tempo completo. Contrato a termo

S. Pedro da Cova

Experiência mínima de 1 ano

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Professor Ensino Básico

588542553

Tempo completo. Contrato a termo

Baguim do Monte

Licenciatura em Matemática ou Química. Experiência mínima de 2 anos.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Soldador

588556567

Tempo completo. Contrato a termo incerto

Foz Sousa

Com experiência em soldadura mig/mag, eletrodo e tig.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Motorista Pesados

588527603

Tempo completo. Contrato a termo

Foz Sousa

Deve reunir condições para Medida Estimulo Emprego

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Pintor Auto

588519941

Tempo completo. Contrato a termo

Rio Tinto

Com experiência. Medida Estimulo Emprego

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Trabalhador Madeira

588554578

Tempo completo. Contrato sem termo

Rio Tinto

Experiência

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Serralheiro Mecânico

588556629

Tempo completo. Contrato a termo

Foz do Sousa

Com experiência mínima de 2 anos

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Mecânico Auto

588538198

Tempo completo. Contrato a termo

Gondomar

Reparações básicas. Curso Mecatrónica. Conheicmentos de informática

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Costureira de Malas

588556887

Tempo completo. Contrato a termo

S. Pedro da Cova

Costureira de máquina e banca para indús-tria de marroquinaria

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Marceneiro

588554581

Contrato sem termo

Rio Tinto

Confeção de peças originais de mobiliário e design contemporâneo

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) as-sociada a cada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

Centro de Emprego de Gondomar

Telefone 224 662 510R. Padre Augusto Maia, 26 / 4420 - 225 Gondomar

E-mail: [email protected]

Emprego

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