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1- Pós-graduanda em Fisioterapia Dermato-Funcional.
2- Professora-orientadora, Especialista em Metodologia do Ensino Superior e Mestre em bioética e direito em
saúde.
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL COMO RECURSO
FISIOTERAPÊUTICO NO PÓS-OPERATÓRIO DE LIPOPLASTIA
Suly Lins1
Dayana Priscila Maia Mejia2
Pós-graduação em Fisioterapia Dermato-Funcional – Faculdade Ávila
Resumo
Atualmente homens e mulheres desejam ter um corpo perfeito, e assim recorrem a inúmeros
tratamentos estéticos e cirúrgicos, dentre estes a lipoaspiração, que corresponde atualmente
a uma técnica simples, rápida, pouco dispendiosa e, quando bem indicada, apresenta
resultados satisfatórios, porém o cliente está sujeito a sofrer algumas complicações como
fibroses, equimoses, edemas, etc. No intuito de tratar tais complicações provenientes da
lipoplastia, cirurgiões plásticos e fisioterapeutas utilizam-se da técnica de drenagem linfática
manual (DLM) para se obter melhores resultados estéticos no pós-cirúrgico. Este trabalho se
propôs verificar por meio de uma revisão bibliográfica quais os benefícios da DLM no pós-
operatório de lipoplastia. Percebemos que a drenagem linfática manual é uma técnica que
tem evidência científica e eficácia clínica comprovada em diversas disfunções estéticas, e não
somente nestas, mas após procedimentos cirúrgicos como a lipoaspiração. No entanto, deve-
se atentar para a sua aplicabilidade e para a escolha do profissional que irá lhe realizar,
uma vez que, se não aplicada de maneira correta, o efeito pode ser reverso, trazendo assim,
maiores transtornos para o paciente.
Palavras-chave: Lipoaspiração; Pós-operatório; Drenagem Linfática Manual.
1. Introdução
Atualmente homens e mulheres desejam ter um corpo perfeito, e assim recorrem a inúmeros
tratamentos estéticos e cirúrgicos, dentre estes a lipoaspiração, que corresponde atualmente a
uma técnica simples, rápida, pouco dispendiosa e, quando bem indicada, apresenta excelentes
resultados. No entanto, esta técnica, mesmo sendo segura, pode apresentar algumas
complicações pós-cirúrgicas como aderências teciduais, fibroses, equimoses e edemas, e
consequentemente, dor, o que incomoda bastante os pacientes.
No intuito de tratar tais complicações e potencializar a intervenção de lipoplastia, médicos
cirurgiões e fisioterapeutas utilizam-se da técnica de drenagem linfática manual (DLM) como
um dos procedimentos primordiais para a obtenção de melhores resultados.
Marx e Camargo Apud Ceolin (2006) corroboram dizendo que a técnica de DLM é complexa,
apresentada por um conjunto de manobras muito específicas, que atuam basicamente sobre o
sistema linfático superficial, visando drenar o excesso de líquido acumulado no interstício.
Sendo assim, nota-se que a DLM é imprescindível para a reabilitação e satisfação dos
pacientes lipoaspirados.
Mediante esta afirmativa, este trabalho se propôs por meio de uma revisão bibliográfica
verificar quais os benefícios da drenagem linfática manual no pós-operatório de lipoplastia.
Espera-se que o presente trabalho possa contribuir de forma positiva para a ampliação do
conhecimento dos profissionais que já atuam e que pretendem atuar nesta área.
2. Evolução histórica da técnica cirúrgica de lipoplastia
A lipoplastia, popularmente conhecida como lipoaspiração, constitui uma cirurgia de grande
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aceitação e difusão mundial por atender aos anseios dos indivíduos que se sentem menos
prestigiados por apresentarem grandes deformidades em seu contorno corporal (MEYER e
AFONSO In BORGES, 2010).
Esta técnica foi desenvolvida por Giorgio Fisher e seu pai, Arpad, entre 1974 e 1976, quando
publicaram seu primeiro trabalho. Mais tarde foi aprimorada e divulgada por Illouz e
Fournier, em Paris e em 1977, o norte-americano Lawrence Field foi visitar a Europa para
estudar sobre este procedimento, expandindo-o para o mundo (UTIYAMA et al., 2003).
Para Matarasso e Hutchinson apud Tacani et al. (2005), este processo cirúrgico é capaz de
remover o excesso de conteúdo lipídico do corpo por meio de cânulas de metal que deslocam
e destroem estas células, aspirando-as logo em seguida por um sistema de vácuo. Desta
forma, Altomare e Machado In Borges (2010) enfatizam que deve ser indicada quando houver
lipodistrofia em diversas áreas do corpo como abdômen inferior, monte de vênus, culotes e
flancos, onde se apresentam os melhores resultados, dorso, abdômen superior, face posterior e
anterior de coxas, devendo-se atentar para as limitações dessas áreas.
Fonte: Janete et al. (2005)
Figura 1 – Lipoaspiração de flancos
A lipoplastia, como toda intervenção cirúrgica, causa lesões celulares e vasculares, o que
desencadeia um quadro inflamatório com edema, hematomas e dor. De acordo com Tacani et
al. (2005), este processo pode evoluir para fibroescleroses que alteram a mobilidade tecidual e
o contorno corporal.
Macedo e Oliveira (2011) dizem que estas complicações estão relacionadas com volume
lipídico total retirado, assim como na qualidade de recuperação no período pós-operatório. De
acordo com as Normas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, este volume não deverá
ultrapassar 7% do peso corporal.
As autoras supracitadas ressaltam ainda que este procedimento não constitui método de
emagrecimento, e sim de remodelagem corporal. O mesmo pode ser realizado através da
técnica seca, sem infiltração prévia de soluções locais. Ou pela técnica tumescente que utiliza
infiltração de soluções com soro fisiológico, substâncias vasoconstritoras, alcalinizantes e
anestésicos locais.
De acordo com os relatos de Martins et al. (2007), atualmente a lipoplastia é a cirurgia
estética mais realizada no mundo e para melhor compreensão, sua história pode ser dividida
em quatro fases. Martinez et al. (2010) afirmam que a primeira fase se inicia em1921, onde
Charles Dujarrier realizou a primeira cirurgia para remoção da tela subcutânea com intenção
de remodelar o contorno corporal sem realizar ressecção, até a primeira apresentação em
congresso da técnica precursora.
A segunda fase é marcada pela apresentação do trabalho de Joseph Schrude sobre a
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lipoexerese que se tratava de uma curetagem refinada do tecido lipídico localizado
(MARTINS et al., 2007). Os autores ainda ressaltam que inicialmente a técnica de lipoplastia
foi desenvolvida na França e Itália ainda na década de 70 e era realizada com anestesia geral,
sem qualquer infusão de líquidos, técnica considerada seca introduzida por Fournier que
posteriormente foi aprimorada por Fisher e Meyer em 1976 e Kesselring em 1978 com a
combinação da sucção com a curetagem.
A terceira fase engloba a utilização de cânulas e vácuo, e neste contexto, Ives Gerard Illouz
finca um marco na história da cirurgia plástica uma vez que passa a utilizar na lipoplastia a
infiltração de solução salina e hialuronidase antes da sucção, porém com cânulas muito
maiores que as atuais (MARTINS et al., 2007).
Borges et al. (2011) relatam que a técnica tumescente só foi descrita em 1987 por Jeffrey
Klein, desta vez, associada ao anestésico local subcutâneo, conhecido como ALT, o que
eliminou muitos problemas médicos e cosméticos associados à lipoaspiração. Foi com esta
técnica que as microcânulas com múltiplos orifícios se popularizaram. Esta técnica de
lipoplastia é padrão ouro em cirurgias para remoção do excesso conteúdo lipídico.
A quarta fase, ou fase tecnológica, corresponde à década de 1990 quando o italiano Michelle
Zocchi introduziu o conceito de lipoplastia ultrassônica, que produz menor sangramento pela
especificidade de destruição de adipócitos. Em 1994, Apfelberg e seus colaboradores
apresentaram o uso do laser como coadjuvante da lipoaspiração e continuaram seu estudo no
ano de 1996 (FARRAPEIRA e JÚNIOR, 2006).
Martins et al. (2007) descrevem outra técnica que ganhou destaque em 1999, a lipoplastia
vibratória a qual facilita o trabalho do cirurgião, pois estas deslizam no tecido subcutâneo.
Percebe-se então, que a lipoplastia vem evoluindo constantemente, não só pela técnica e
abordagem, como também por aparecimento de materiais, métodos e aparelhos.
3. Alterações fisiopatológicas decorrentes da lipoplastia
Segundo Bozola e Bozola (2005), as grandes lipectomias provocam efeitos deletérios à
homeostase decorrente da perda sanguínea que varia de 12,4 a 13,1 ml por litro de volume
aspirado e do sequestro de líquidos como sangue e plasma. Desta forma, os hematomas e
equimoses podem levar ao choque e ao desencadeamento de respostas inflamatórias
sistêmicas que reduzem a imunidade do paciente. Todo este estresse intensifica o trabalho
metabólico e altera o equilíbrio hidrossalino e ácido-base, levando à anemia e à
hipoproteinemia.
Os autores acima citados afirmam que nas primeiras horas do trauma provocado pelo
cirurgião neste procedimento, as alterações fisiopatológicas são semelhantes aos decorrentes
de queimaduras de 2º ou 3º graus, pois tendem ao choque, como todos os traumas corporais
de grandes extensões em relação ao equilíbrio homeostático.
Bozola e Bozola (2005) afirmam ainda que a diferença fisiopatológica entre a lipoplastia e a
queimadura gira em torno da preservação do tecido epitelial, pois após 8 a 12 horas, no
paciente lipoaspirado, a pele o protege de perdas subsequentes, os curativos compressivos
reduzem o sequestro de líquidos, o que não ocorre com o queimado, que continua a ter perdas.
Isso não é regra geral, uma vez que a lipoaspiração pode atingir todos os planos de proteção
do corpo. O diferencial da evolução está na presença ou ausência da pele e compressão mais
efetiva no pós-operatório da lipoplastia.
Martins et al. (2007) dizem que as alterações fisiopatológicas da lipoaspiração faz com esta
técnica ainda seja questionada, pois pode desencadear tromboembolismo, entidade mais
temida pelo cirurgião plástico, principalmente pela falta de estudos que demonstrem um
consenso sobre a abordagem desta grave complicação.
A lipoplastia é um procedimento que traumatiza a região por onde o tubo passa o que pode
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provocar sangramento e edema, alteração de sensibilidade devido à anestesia, irregularidades
de contorno, incluindo depressões ou enrugamento da pele, por isso é prudente não se fazer
retiradas maiores do que dois litros de volume aspirado (MARTINS et al., 2007).
Além dessas complicações acima citadas, Coutinho et al. (2006) relatam que ainda podem
ocorrer hematomas, seromas, infecções na cicatriz cirúrgica, assimetrias, necrose, fibroses,
retrações, desvios laterais do umbigo e elevação dos pelos pubianos. Borges et al. (2011) por
sua vez, complementam dizendo que a lipoplastia, dependendo da técnica utilizada, pode
levar a embolia pulmonar ou gordurosa, fascite necrotizante, sepse, trombose venosa profunda
e intoxicação por lidocaína, bem como mortes.
Fonte: Garcia, Garcia e Borges (2006)
Figuras 2 e 3 – Fibroses e assimetrias de flancos no pós-operatório de lipoplastia
Bozola e Bozola (2005) afirmam que para tentar evitar tais complicações, deve-se realizar a
avaliação clínica minuciosa antes, durante e após o ato operatório. Os autores sugerem ainda
que se calcule a área corporal a ser aspirada baseando-se na tabela de Lunder-browder, a
mesma utilizada para determinar a superfície corporal atingida em indivíduos queimados.
4. Tipos de cânulas utilizadas no procedimento cirúrgico
Farrapeira e Júnior (2006) relatam em seu estudo que as cânulas usadas na lipectomia foram
modificadas ao longo dos anos, aparecendo furos das mais variadas formas e números,
sempre na expectativa de aumentar a eficiência e velocidade da lipoaspiração. Sendo assim, as
cânulas atualmente usadas para o procedimento cirúrgico de lipoplastia estão disponíveis em
vários materiais, diâmetros, comprimentos e diversos tipos de pontas e orifícios, diferente
daquelas descritas por Illouz que mediam de 15 a 25 mm de espessura. Os tamanhos também
variam, objetivando melhor resultado para o paciente e favorecendo o menor esforço do
cirurgião.
De acordo com Martins et al. (2007), as cânulas podem ser classificadas quanto ao seu uso,
tipo de ponta, comprimento e calibre. Quanto ao comprimento variam, principalmente de 15 a
45 cm, de acordo com a preferência do cirurgião. Quanto ao calibre variam de 2 a 6 mm, e sua
utilização depende da quantidade de tecido adiposo que o profissional deseja remover. Assim,
para grandes remoções utiliza-se as cânulas de 5 e 6 mm, e para o refinamento as de 2 e 4
mm.
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Fonte: Pinto et al. (2005)
Figuras 4 e 5 – Tipos de cânulas de lipoaspiração
Martinez et al. (2010) afirmam que as cânulas traumatizam as células lipídicas extravazando o
seu conteúdo para o interstício e a pressão negativa dada pelo compressor à cânula ligado,
aspira-o logo em seguida. A aspiração também pode ocorrer por meio de seringas grandes que
fazem pressão negativa, são mais simples de manusear e mais econômicas, além disso, são
mais úteis sucção de pequenos volumes ou quando se requer maior precisão, como acontece
nas lipodistrofias mentonianas e na região do joelho.
5. Estrutura e funcionamento do sistema linfático
Bassalobre et al. (2006) afirmam que é de longa data o conhecimento do sistema linfático pois
teve sua primeira citação em 300 a.C pelo anatomista grego Herófilo. Porém, de acordo com
as palavras de Silva In Borges (2010), os primeiros estudos se iniciaram entre 460-377 a.C
por Hipócrates, que denominou a linfa de sangue branco. A autora diz ainda que o estudo do
sistema linfático não é simples devido à fragilidade dos vasos e sua coloração esbranquiçada,
o que por muito tempo dificultou sua visualização. No entanto, sabe-se que ocorreu bem mais
tarde que a descoberta do sistema sanguíneo.
Rodrigues (2003) complementa dizendo que a primeira descrição do sistema é atribuída a
Gaspar Asellius de Milão, professor de anatomia em Pavia de 1581 a 1626 e que estudou os
vasos linfáticos intestinais do cão. Em 1647, Jean Pecquet, enquanto estudante de medicina
em Montpellier descreveu o Receptaculum chylii, também do cão, denominada por muitos
anos de cisterna de Pecquet em sua homenagem, mas atualmente é conhecido como cisterna
do quilo conforme a nomenclatura anatômica internacional.
Deste modo, pode-se perceber que foi somente no século XVII que estudiosos como Aselli,
Pecqet, Bartholinus, Olof Rudbeck, entre outros, fizeram grandes descobertas e trouxeram
muitos avanços no estudo do sistema linfático. Vale lembrar ainda que Sappey, anatomista
francês, desenhou grande parte dos mapas linfáticos que até hoje são utilizados (SILVA In
BORGES, 2010).
Silva In Borges (2010) relata que em 1892, Winiwarter começou a descrever este sistema com
mais detalhes, o que foi aperfeiçoado pelo Dr. Alex Carrel em 1912, que recebeu o prêmio
Nobel por manter vivo durante um mês, tecido de frango realizando a troca diária da linfa.
Leduc por sua vez, dividiu em componentes o sistema linfático, dentre os quais se podem
citar os capilares linfáticos, vasos pré-coletores, coletores, os troncos linfáticos, o ducto
linfático, linfonodos e linfa.
Para Guyton e Hall (2011) a circulação linfática trabalha de forma integrada na nutrição
tecidual de todo o organismo, juntamente com o sistema sanguíneo. Enquanto a maior parte
do sangue oxigenado nutre as células e retorna pela via venosa, uma pequena parte não
consegue transpor a membrana dos vasos e fica retida na região intersticial. Sendo assim, o
sistema linfático torna-se uma via acessória pela qual o líquido pode fluir dos espaços
6
intersticiais para o sangue.
Fonte: Cruz (2000)
Figura 6 – Esquema do Sistema Linfático
Guirro e Guirro (2010) enfatizam a importância do sistema linfático para o organismo uma
vez que desempenha funções como retorno do líquido intersticial para a corrente sanguínea,
destruição de microorganismos e partículas estranhas da linfa, respostas imunes específicas,
como a produção de anticorpos.
Os autores acima citados afirmam que este sistema é constituído por um conjunto particular
de capilares linfáticos, vasos coletores e troncos linfáticos, linfonodos, que servem como
filtros do líquido coletado pelos vasos e órgãos linfoides, que incluem tonsilas, baço e o timo,
encarregados de recolher, na intimidade dos tecidos, o líquido intersticial e reduzi-lo ao
sistema vascular sanguíneo.
De acordo com Silva In Borges (2010), este sistema se diferencia do vascular por não possuir
um órgão central bombeador, associando-se a estruturas denominadas linfonodos. Neste,
existem vasos superficiais que se localizam acima das fáscias musculares e drenam os tecidos
superficiais, e os profundos, que se encontram abaixo destas fáscias que drenam músculos,
vísceras, órgãos e cavidades articulares e que são em menor quantidade.
O sistema linfático segue uma via de mão única que previne a formação de edema, porém,
algumas ações podem interferir na sua motilidade como o bombeamento do sistema arterial e
dos músculos, os movimentos respiratórios diafragmáticos, o peristaltismo intestinal, a
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massagem da drenagem linfática e os enfaixamentos e contensão elástica (GUIRRO e
GUIRRO, 2010).
Segundo Marx e Camargo Apud Ceolin (2006), o sistema linfático tem como principal
função, a remoção de proteínas, água e eletrólitos dos espaços tissulares e sua devolução à
circulação sanguínea, sendo que somente através dos vasos linfáticos é que o excesso de
proteínas acumulado no interstício pode voltar ao sangue.
Desta forma, dentre suas funções estão a de reabsorver e encaminhar para a circulação tudo
aquilo que o capilar não consegue recuperar do desequilíbrio entre a filtração e a reabsorção e
a produzir linfócitos, células presentes na linfa que não são originárias nem da corrente
sanguínea, nem do espaço intersticial, mas sim dos gânglios linfáticos, do baço e da medula
óssea (MARX e CAMARGO Apud CEOLIN, 2006).
Para Godoy e Godoy (2004), o sistema linfático funciona também como uma válvula de
segurança, que evacua o excesso de líquido que entra no interstício. Vale lembrar que a
circulação linfática é produzida por meio de contrações do sistema muscular ou de pulsações
de artérias próximas aos vasos linfáticos.
Guirro e Guirro (2010) denominam o seguimento que fica entre uma válvula proximal e outra
distal de linfangion. Este possui contratilidade própria e configura a unidade motriz do
sistema linfático que impulsiona a linfa por meio da contração da musculatura lisa da parede
dos vasos e pelo estiramento reflexo dos vasos.
De acordo com Guyton e Hall (2011) quase todos os tecidos do corpo tem canais linfáticos
que drenam o excesso de líquido diretamente dos espaços intersticiais e por este motivo o
fluxo linfático assume um papel vital dentro do corpo humano, pois é ele que determinará o
retorno proteico à circulação sanguínea.
Leduc e Leduc (2007), afirmam que a linfa é reabsorvida por vasos linfáticos distribuídos em
todo o corpo, os capilares linfáticos ou vasos linfáticos iniciais. Estes desembocam em vasos
que transportam essa linfa, os pré-coletores ou pós-capilares, que, por sua vez, desembocam
nos coletores.
No membro superior, tanto os vasos linfáticos superficiais como os profundos atingem os
linfonodos axilares. No membro inferior os vasos superficiais e profundos fluem para o
linfonodos inguinais superficiais. Toda a linfa do organismo acaba retornando ao sistema
vascular sanguíneo através de dois grandes troncos, o ducto torácico e o ducto linfático direito
(GUIRRO e GUIRRO, 2010).
Guirro e Guirro (2010) afirmam ainda que o ducto torácico recebe a linfa proveniente dos
membros inferiores, do hemicorpo esquerdo, do pescoço e da cabeça e do membro superior
esquerdo e se origina na cisterna do quilo. Já o ducto linfático direito recolhe a linfa
proveniente do membro superior direito, do hemitórax direito, do pescoço e da cabeça. Sendo
assim, os dois ductos recolhem a linfa coletada e filtrada pelo sistema linfático lançando-a na
corrente sanguínea, onde ela recomeçara o seu circuito como plasma sanguíneo.
6. Metodologia
Este estudo é uma revisão bibliográfica que buscou nos artigos científicos das bibliotecas
virtuais temas que abordassem sobre drenagem linfática manual em pós-operatório de
lipoplastia. Após o levantamento destes artigos, foi realizada uma análise de títulos e resumos
para obtenção de informações potencialmente relevantes para esta revisão, usando como
descritores: lipoplastia, pós-operatório e drenagem linfática manual.
7. Resultados e Discussão
Silva In Borges (2010) relata que a primeira descrição a respeito da drenagem linfática
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aconteceu no ano de 1892, pelo austríaco Winiwarter, professor de cirurgia. O estudo deste
sistema evoluiu de forma arrastada até 1912, quando o Dr. Alex Carrel conquistou o prêmio
Nobel de medicina por seus trabalhos com o propósito de regeneração celular, mostrando o
fundamento da linfa nos tecidos vivos. O mesmo conseguiu manter vivo por um mês tecido de
frango ao realizar a troca diária da linfa.
Godoy e Godoy (2004) citam em seu estudo que em 1930, o dinamarquês, biólogo e
fisioterapeuta Dr. Emil Vodder, juntamente com sua esposa Estrid Vodder, observaram que
muitas pessoas apresentavam quadros gripais crônicos nos quais se detectava um aumento dos
linfonodos na região cervical. Estes estudiosos ao manipularem os gânglios linfáticos do
pescoço notaram que estes se encontravam inchados e endurecidos e que ao aplicarem suaves
movimentos circulares nesta região perceberam o descongestionamento desses gânglios
linfáticos, melhorando o estado geral destes pacientes.
A partir dessas observações, desenvolveu-se a técnica de drenagem linfática manual, com a
sistematização de alguns tipos de movimentos e da orientação do sentido de drenagem. Em
1936, vários adeptos passaram a difundi-la, tornando-a um dos principais pilares no
tratamento do linfedema que mais tarde foi aperfeiçoada por diversos pesquisadores (SILVA
In BORGES, 2010). Nos últimos anos de sua vida, Vodder cedeu a representação de seu
método à escola de Walchsee na Áustria e ao professor Foldi na Alemanha. Na década de 60,
ele estudou as vias linfáticas da cabeça e suas relações com o líquor cérebro espinhal
(GODOY e GODOY, 2004).
Já na década de 70, juntamente com sua equipe desenvolveram a terapia complexa
descongestiva (TCD) após profunda pesquisa científica terapêutica, destacando a drenagem
linfática manual como parte fundamental desse tratamento, realizado em regime de
internamento hospitalar. Também, como parte do esquema de exercícios linfomiocinéticos
estes estudiosos utilizaram a drenagem postural, cuidados com a pele e bandagem com
ataduras de baixíssima elasticidade (GUELFI, 2003).
Nos anos de 1977, os professores Albert Leduc e Oliver Leduc adaptaram o método do
professor Foldi e do Dr. Vodder, onde demonstraram a ação da drenagem linfática manual
através da radioscopia (LEDUC e LEDUC, 2007). No ano seguinte, num Congresso
Internacional da Associação para drenagem linfática manual, na Áustria, o professor Krahe
comprovou a eficácia da técnica de DLM em pacientes pós-mastectomizadas (GUELFI,
2003).
Atualmente a DLM é aplicada em vários países europeus, como Áustria, Alemanha, França,
Bélgica, Suíça e Itália. Esta é reconhecida pelas comunidades internacionais e tem sua
utilização definida não só para tratamentos estéticos, mas também para diversos tratamentos
em afecções de natureza angiológica, traumáticas, neurológicas, metabólicas, cirúrgicas
dentre outras (SILVA In BORGES, 2010).
A autora acima citada ressalta ainda, que a drenagem linfática manual foi difundida no Brasil
por Waldtraud Ritter Winter, aluna de Vodder em 1969 e 1973, na Alemanha. Desde então, a
DLM tem sido adaptada por vários profissionais como Godoy, Jacquemay, Ganância e
Haddad, os quais se baseiam em seus precursores, Vodder e Luduc.
De acordo com Leduc e Leduc (2007), a drenagem linfática é uma técnica que drena os
líquidos excedentes que banham as células, mantendo, desta forma, o equilíbrio hídrico dos
espaços intersticiais. Ela é também responsável pela evacuação dos dejetos provenientes do
metabolismo celular. Ceolin (2006) corrobora dizendo que esta é considerada de ampla
utilização no tratamento de várias patologias uma vez que age sobre o sistema circulatório
linfático formado pela linfa, vasos linfáticos e linfonodos.
Godoy et al. (2005) afirmam que esta modalidade terapêutica é composta por manobras
suaves, lentas, monótonas e rítmicas, feita com as mãos, que obedecem ao trajeto do sistema
linfático superficial e que tem por objetivos a redução de edemas e linfedemas e a prevenção
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ou melhoria de algumas de suas consequências. Farrapeira e Júnior (2006) completam que a
mesma deve ser aplicada por um profissional que possua conhecimento aprofundado sobre
anatomia e fisiologia do sistema linfático.
Etimologicamente falando, drenagem é uma palavra originada do germânico pré-histórico
draug, que gerou os termos do inglês antigo drough e dry e pertence ao léxico da hidrologia,
consistindo em evacuar um pântano do excesso de água por meio de canaletas que
desembocam em um coletor maior, desembocando este, por sua vez, em um poço ou curso de
água (GODOY et al., 2005).
A DLM produz melhora local da oxigenação e circulação nos tecidos, na aceleração da
cicatrização de ferimentos, no aumento da capacidade de absorção de hematomas e equimoses
e melhora no retorno da sensibilidade. Além disso, estimula a contração da musculatura lisa
dos vasos linfáticos, estimula o trofismo na região aplicada, melhora a capacidade linfática
visando o restabelecimento da corrente circulatória periférica da lesão (CEOLIN, 2006).
Desta forma, os objetivos da drenagem linfática manual são recolocar em movimento o
líquido intersticial e permitir uma maior reabsorção dos excessos de líquido e das
macromoléculas por intermédio do sistema linfático, favorecer a abertura dos capilares
linfáticos e, com isso, a eliminação dos resíduos provenientes do metabolismo celular,
aumentar a regeneração celular e estimular o sistema imunológico (FARRAPEIRA e
JÚNIOR, 2006).
Godoy e Godoy (2004) deixam claro que DLM e massagem clássica são duas coisas
completamente distintas. Afirmam também que para realizar a primeira devemos ter
consciência de que estamos drenando, e que para isso não há necessidade de movimentos
fortes de compressão. Leduc e Leduc (2007) dizem que para que os objetivos da drenagem da
linfa estagnada sejam atingidos, é imprescindível obedecer a uma sequência especifica de
regiões do corpo onde as manobras são executadas.
Silva In Borges (2010) afirma que sua aplicação deve sempre ser iniciada pelo segmento
proximal, pelas manobras que facilitem a evacuação, feitas nos linfonodos regionais, e só
então deve seguir para as manobras de reabsorção e captação, realizadas ao longo das vias
linfáticas e nas regiões de edemas.
Dentro das fundamentações gerais sobre a drenagem linfática manual, para a aplicação desse
recurso de maneira adequada, deve-se respeitar a anatomia e a fisiologia do sistema linfático,
além da integridade dos tecidos superficiais. Para tanto, a drenagem linfática manual precisa
ser realizada de forma suave, lenta e rítmica, sem causar dor, danos ou lesões aos tecidos do
paciente (TACANI e TACANI, 2008).
Quanto às indicações, Silva In Borges (2010) afirma que a DLM é utilizada no tratamento no
pré e pós-cirúrgico de cirurgias plásticas e reparadoras, acne, mastectomia, gravidez, varizes e
microvarizes, linfedema, lipodistrofia ginóide, obesidade, traumatismo localizado, estresse,
rejuvenescimento facial, edema de pálpebras, retenção hídrica, rinite e sinusite.
Para Guirro e Guirro (2010), a DLM está representada principalmente por duas técnicas, a de
Leduc e a de Vodder, ambas baseadas nos trajetos dos coletores linfáticos e linfonodos,
associando basicamente três categorias de manobras. A primeira é a manobra de captação
pelos linfocapilares que é realizada sobre os segmentos edemaciados, a segunda é a manobra
de reabsorção que se faz nos vasos pré-coletores linfáticos, os quais transportam a linfa
capitada pelos linfocapilares. A segunda é a manobra de evacuação realizada nos linfonodos
que recebem a confluência dos coletores linfáticos.
Vale ressaltar que a diferença entre as duas técnicas está apenas no local da aplicação.
Segundo Tacani e Tacani (2008), o método Vodder é composto de quatro manobras com
características diferentes de aplicação às quais são círculos estacionários, técnica de
bombeamento, técnica de mobilização e técnica rotatória. Este método inicia e finaliza toda
drenagem com deslizamentos superficiais que são mecanismo sensorial e reação hipotalâmica,
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fato que afeta diretamente o sistema nervoso parassimpático, o qual é responsável pelo
mecanismo de drenagem através do nervo vago.
O método Leduc por sua vez, é constituído de quatro manobras específicas - círculos com os
dedos, círculos com os polegares, pressão em bracelete e movimento combinado, com
destaque ao bracelete, que são devidamente distribuídos por todas as regiões. Estas manobras
podem ser executadas conforme a finalidade, ou evacuação ou de captação (LEDUC e
LEDUC, 2007).
Carlucci em 1980 também teve uma significativa contribuição ao criar a denominada
drenagem linfática reversa. Este pesquisador observou a presença de edema pericicatricial
após o uso da drenagem linfática manual em sentido fisiológico nas cirurgias plásticas
estéticas de retalhos longos. O referido edema ocorre devido ao bloqueio dos vasos linfáticos
superficiais nos locais das incisões, aumentando a tensão nas bordas das cicatrizes, sendo,
portanto, indesejável.
Guirro e Guirro (2010) frisam que na drenagem linfática manual reversa se realiza as
manobras de drenagem direcionadas apenas para as vias íntegras, neste caso, as manobras
serão direcionadas para a região axilar, até a reconstituição dos vasos, fato este que ocorre
dentro de 30 dias. No entanto, o termo reversa, pode dar falsa impressão que o fluxo pode ser
invertido, o que não ocorre, pois o “sistema linfático é um sistema de mão única”.
Em 1999, Godoy e Godoy descreveram uma nova técnica de drenagem linfática, utilizando
roletes como mecanismos de drenagem; com esta técnica, passou-se a questionar a utilização
dos movimentos circulares preconizados pela técnica convencional e sugeriu-se a utilização
dos conceitos de anatomia, fisiologia e hidrodinâmica (GODOY e GODOY, 2004).
Os autores supracitados que a técnica Godoy e Godoy consiste na utilização de roletes que
seguem o sentido de fluxo dos vasos linfáticos e mantêm a sequência de drenagem proposta
por Vodder. Além dos roletes, a técnica pode fazer uso das mãos ou de outro instrumento
adequado, como roletes com constituição material leve e macia, que permitam a realização da
drenagem linfática seguindo o sentido dos vasos linfáticos ou da corrente linfática,
simplificando, desse modo, toda a técnica de drenagem linfática.
Percebemos então, que apesar de ter-se patenteado diversas técnicas de DLM, Silva (2007)
frisa que a mesma tem de executar seguimentos obrigatórios dos seguintes aspectos: ser
realizada sempre de proximal para distal, iniciando pela evacuação do terminus na fossa
supraclavicular e linfonodos, dedicando maior tempo às áreas mais edemaciadas. O autor
afirma que durante a aplicação da DLM, o fisioterapeuta tem de posicionar o paciente
confortavelmente, preferencialmente deitado com a região a ser tratada totalmente desnuda e
posicionada, de modo que a pele não fique tensionada. Camargo e Marx (2000) ressaltam que
a elevação do segmento corpóreo também é indicada, uma vez que a gravidade influencia o
fluxo linfático.
Tacani et al. (2005) justificam a aplicação da DLM na lipoplastia porque este procedimento
cirúrgico apresenta reações provenientes do processo inflamatório como calor, rubor, edema e
dor. Além destes sinais flogísticos, fibrose, equimose e seroma são algumas complicações
pós-cirúrgicas visualizadas nos pacientes submetidos a esta intervenção. Silva (2007) diz que
a dor e o edema diminuem progressivamente e este pode permanecer por três a quatro meses,
porém, com o tratamento fisioterapêutico, esse tempo pode ser reduzido em até sete semanas.
As equimoses podem persistir de duas a três semanas a contar do pós-operatório.
Silva (2007) ressalta ainda que logo nos primeiros dias após a intervenção cirúrgica, a
sensibilidade tátil e dolorosa pode estar alterada e, em alguns casos, abolida, mas, com o
tempo, tende a se normalizar. Esses sintomas podem ser tratados com o uso da drenagem
linfática manual.
Neste sentido, Macedo e Oliveira (2011) afirmam que a aplicação da drenagem linfática em
cirurgia plástica é necessariamente para a remoção do edema excessivo localizado no
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interstício. Mas, só ocorrerá a diminuição deste edema quando houver redução da secreção de
cortisol, que é liberado durante o processo de inflamação e reparo e no término da formação
do tecido cicatricial, em torno de 20 a 42 dias.
Coutinho et al. (2006) relatam que o início precoce da DLM, logo no primeiro dia de pós-
operatório, vem sendo preconizado, com a emprego de manobras de evacuação e captação nas
redes ganglionares e vias linfáticas, porém somente nas áreas afastadas da zona edematosa
como uma maneira de estimular as anastomoses linfáticas.
Entendemos que a drenagem linfática manual além de atuar sobre o edema e hematoma pós-
lesão, auxilia na reparação de ferimentos, pois o fibrinogênio da linfa é o elemento
responsável pela formação de coágulos, que darão origem à barreira protetora das lesões. O
trauma agudo ou a inflamação crônica no processo de cicatrização dependem inteiramente da
eficiência da circulação sanguínea e linfática (SILVA In BORGES, 2010).
Borges (2010) comenta que a drenagem linfática manual não apresenta risco algum para o
paciente de pós-operatório de cirurgias plásticas, apenas se for mal aplicada concentrando
muita força, rapidez excessiva, ou direção errada.
Quanto às contraindicações, primeiramente devem ser feita pelos médicos, seguidas de
exames e procedimentos laboratoriais. Atualmente as mais comuns são tumores, hipotensão
arterial crônica, insuficiência cardíaca, renal e valvular, flebites, hipertireoidismo, febre,
afecções cutâneas, processos infecciosos, apendicite, tuberculose, cardiopatias severas,
trombose venosa profunda e tromboembolia pulmonar aguda (GODOY e GODOY, 2004). Já
Guirro e Guirro (2010), afirma que sua contraindicação só acontece na presença de processos
infecciosos; neoplasias; trombose venosa profunda e erisipela.
Sendo assim, Antônio et al. (2010) concluem em seu estudo que a DLM é uma técnica que
segue o trajeto do sistema linfático, renova o líquido intersticial, a capacidade de autodefesa e
auto-purificação do corpo humano, promove o bem-estar e relaxamento total.
8. Conclusão
Por meio deste artigo percebemos que as cirurgias plásticas estão sendo cada vez mais
procurada por mulheres e homens que almejam um corpo livre das adiposidades localizadas e
que são difíceis de remover, mesmo com muito exercício físico.
Desta forma, tais indivíduos procuram os consultórios de cirurgias plásticas para alcançar o
fim desejado, um contorno corporal nos padrões de beleza da sociedade atual.
No entanto, não é tão simples quanto parece. Podemos afirmar que a fase mais complicada e
desconfortável é o pós-cirúrgico pelas possíveis intercorrências que podem ocorrer das quais
se destacam: dor, edema, hematoma, seroma, equimose e as temidas fibroses.
Mediante o quadro exposto, a fisioterapia ganha lugar de destaque porque por meio da
dermato-funcional, prepara um profissional com conhecimento teórico-prático imprescindível
para atuar na fase pós-operatória de lipoplastia.
O fisioterapeuta dispõe de um dos principais recursos para a prevenção e tratamento das já
citadas complicações, a drenagem linfática manual. Observamos no decorrer do estudo que
esta é a técnica mais recomendada pelos médicos após a cirurgia de lipoaspiração uma vez
que promove analgesia, diminui edema, evita fibrose, acelera o processo de reparação
tecidual, além de normalizar a sensibilidade cutânea e estimular as células de defesa do
organismo.
Portanto, sem dúvida nenhuma, a drenagem linfática manual é uma técnica que tem evidência
científica e eficácia clínica comprovada em diversas disfunções estéticas, e não somente
nestas, mas após procedimentos cirúrgicos como a lipoaspiração. No entanto, deve-se atentar
para a sua aplicabilidade e para a escolha do profissional que irá lhe realizar, uma vez que, se
não aplicada de maneira correta, o efeito pode ser reverso, trazendo assim, maiores
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transtornos para o paciente.
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