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Historia do amor de D.Pedro e D.Ines.
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História de Amor
D.Pedro e D. Inês!
Agrupamento de Escolas Moinhos da Arroja
PREFÁCIO
D. Pedro e D. Inês viveram uma das mais belas e trágicas histórias de
amor, uma história que foi imortalizada em poemas, filmes, dramas, pinturas,
esculturas e que ainda hoje continua a encantar corações.
Conheces esta história? Sabes que Luís de Camões a contou, pela boca
de Vasco da Gama, na sua obra Os Lusíadas?
Então lê o que os alunos do 9ºC escreveram, a partir da leitura que
fizeram desse episódio.
AMOR DE D.PEDRO E D.INÊS
Estava D. Inês, nos campos do Mondego, linda e tranquila,
gozando os melhores anos da sua vida, quando este triste
episódio aconteceu. Ali recordava o seu amado Pedro,
confidenciando o seu amor à Natureza, vivendo naquela ilusão
alegre e ingénua que não iria durar muito.
!
Também D. Pedro a recordava, também ele a trazia sempre no pensamento, noite e dia, lembrando os tempos felizes que viveram juntos
!
CONDENAÇÃO À MORTE
Assim vivia D. Pedro, rendido àquele rosto que o sujeitava, mas o velho pai
prudente, ouvindo o murmurar do povo e vendo que o filho não queria casar
com mais ninguém, mandou matar D. Inês. Ele acreditava que só com o sangue
poderia acabar com o amor entre eles. Quem consentiu que a espada antes
erguida contra os mouros fosse agora levantada contra esta fraca dama
delicada?
Os horríficos algozes traziam-na perante o rei, que só por a ver, assim
ajoelhada, se apiedava, mas o povo não se demovia e, com falsas e cruéis
razões, persistia na ideia da sua morte. Tristes e piedosas palavras proferiu ela,
saídas só da mágoa e da saudade do príncipe e filhos, que estava prestes a
deixar. Levantou para o céu os olhos piedosos (os olhos, porque as mãos
estavam atadas) e, atentando nos seus filhos cuja orfandade temia, começou a
dizer:
- Se até os animais, que nasceram ferozes, demonstram compaixão por
crianças, como aconteceu com Nino, Rómulo e Remo, então tu, que tens rosto
e sentimentos humanos (se é humano matar uma fraca donzela só por amar),
também deves ter respeito a estas criancinhas, já que não te comove a minha
inocência.
- Tu que soubeste vencer os mouros, usando a tua espada, deves
também saber dar a vida a quem não cometeu erros para perdê-la.
- Mas se, mesmo assim, achas que devo ser punida, manda-me para
outro lugar, distante de D. Pedro, para a fria Sibéria ou para a Líbia ardente,
onde viverei para sempre chorando. Ali, verei se consigo achar, entre leões e
tigres, a piedade que não encontro entre os homens. Ali, criarei estes filhos que
aqui vês, chorando pelo meu amado D. Pedro.
!
CRIME SEM PERDÃO
Comovido por estas palavras que o magoam, o rei queria perdoar D. Inês,
mas nem o povo nem o destino a fez escapar à morte. E os ministros
desembainharam a espada de aço fino, apesar da hesitação do rei. Como,
como é que se podem dizer cavalheiros se pretendiam trespassar uma dama
delicada?
Tal como Polycena, sacrificada injustamente diante da mãe, que
endoidecia, sempre se manteve serena, assim D. Inês se expôs ao duro
sacrifício, morta pelo coração, ferida no branco peito, onde guardava todo o
amor que tinha por D. Pedro. E enquanto aquela espada a trespassava, Inês
chorava. Assim agiram aqueles ministros, não pensando nas consequências
dos seus actos.
Bem podias, ó Sol, afastar os teus raios deste episódio.
E vós, côncavos vales, como conseguistes ecoar o nome de D. Pedro que
da sua boca saía?
Tal como uma flor cândida e bela cortada antes do tempo, maltratada por
uma menina que a trazia na grinalda, que perde o cheiro e a cor, assim está
Inês, morta, pálida, as maçãs do rosto sem cor…
As filhas do Mondego choraram durante muito tempo esta morte e das
suas lágrimas brotou uma fonte, a Fonte dos Amores, que para sempre
perpetua o nome de D. Inês de Castro.
“Tal está, morta, a pálida donzela,
Secas do rosto as rosas e perdida
A branca e viva cor, co a doce vida.”
Canto III d’ Os Lusíadas, Estrofe 134.
Turma do 9ºC
CIMA: Maria João, Ana Rita, Daniela, Bruna, Gonçalo, Gerson, Edmilson,
Ricardo, João Monteiro, João Pedroso, Diogo Silva, António
BAIXO: Stefany, Carla, Patricia, Joana, Franciliny, Jessica, Nélia, Mafalda, Diogo
Rosa, Diogo Martinho