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Doenças Parasitárias Prof.Dr. Argemiro Sanavria
PARASITOSES DE EQUIDEOS
Doenças Parasitárias
Prof. Argemiro Sanavria
PARASITOSES DE EQUIDEOS
Verminose de Eqüídeos
UFRRJ
Profo.: Argemiro Sanavria.
LOCALIZAÇÃO PARASITA CICLO SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS PATOGENIA DIAGNÓSTICO TRATA
PULMÃO Dictyocaulus arnfieldi DIRETO Tosse, febre, secreção nasal, respiração acelerada
Obstrução dos brônquios, pneumonias
Exame de fezes BAERMAN
IvermectFenbenda
ESTÔMAGO Duodeno-reto
Gasterophilus percorun Gasterophilus intestinalis Gasterophilus haemorroidalis Gasterophilus inermis Gasterophilus nasalis Gasterophilus nigricornis
DIRETO Inflamações (pele-mucosa bucal), gastrites, perda de apetite, prurido, tenesmo, prolapso retal
Alterações de sistemas, mastigação, deglutição, erosões, mucosa-estomacal ulcerações, proctites
Exame de fezes, lavagem gástrica, palpação retal
Diclorvoorganofo
ESTÔMAGO Trichostrongylus axei DIRETO Gastrite catarral crôni-ca, coprofagia, diarréia, adelgaçamento, hipoproteinemia
necrose de mucosa ulcerações
Ovos nas fezes, coprocultura
Pamoato pyrantel
Habronema muscae Habronema microstona Draschia megastona
DIRETO INDIRETO
Gastrite catarral livre na mucosa Lesões cutâneas feridas abertas pruridos intensos Contaminações secundárias
Sem sintomatologia Pulmões Bronquite, fibro- se, Calcificação Conjuntiva Fotofobia, lacri- mejamento, ede- ma, conjuntivite Cutânea Dermatite granu- losa, (ferida de verão), Esponja, Prurido, Conta- minação secun- dária
Clínico Biópsia Histopatologia Xenodiagnóstico Exame de fezes
Organofo Ivermect Oxibenda Thiabend Fenotiazi Cirúrgico Cauteriza Tratamen
INTESTINO DELGADO
Parascaris equorum DIRETO Respiratórios, gástricos, nervosos, Tróficos, Crescimento retardado
Obstrução-Ruptura - Intestinal, Gastrite, pneumonia
Ovos e/ou helmintos nas fezes
Piperazin
Strongyloides westeri DIRETO Anorexia, perda de peso Diarréia em potros (9º dia) relacionado com o cio da égua
Diminuição da he-moglobina, aumento da betaglobulina, erosão da mucosa, enterite
Ovos nas fezes ThiabendFebendazOxibendaIvermect
Verminose de Eqüídeos
UFSM
Profo.: Argemiro Sanavria LOCALIZAÇÃO PARASITA CICLO SINAIS E SINTOMAS
CLÍNICOS PATOGENIA DIAGNÓSTICO TRAT
CECO Anoplocephala magna Anoplocephala perfoliata Paranoplocephala mamillama
INDIRETO Distúrbios digestivos Ulceração da válvula ileo-cecal, enterite
Proglotes nas fezes Pamoato
ADULTOS
NO
INTESTINO
GROSSO
CECO - COLON
LARVAS NOS
TECIDOS
ABDOMINAIS
E ÓRGÃOS
GRANDES STRONGYLOS Strongylus vulgaris Strongylus equinus Strongylus edentatus
DIRETO Cólicas (tromboembólica), Claudicação intermitente, encefalite, paresia do trem posterior, (enterite gangrenosa, êxtase intestinal) Transtorno, peristaltismo intestinal, febre, crescimento retardado, diminuição apetite, anemia Anemia, febre, diminuição do apetite
Inflamações dos capilares, artérias, tromboses, aneurisma embolia arterial, mesentérica (cranial e seus ramos) Nódulos (ceco-colon) lesões (plexo-mesentérico) Nódulos (parede colo-ventral) Hemorragia na mucosa intestinal Inflamações eosinofílicas Lesões (fígado-pancreas) Hemorragias e nódulos parasitários (ceco-cólon) serosa do fígado
Laboratorial Ovos nas fezes e Coprocultura Arteriografia Palpação retal aumento de volume da raiz mesentérica
Inverme Benzimi Femben
INTESTINO GROSSO
Oxyuris equi Probstmarya viviparus
DIRETO Alimentação irregular Diarréia, adelgaça-mento "Prurido anal", eczemas de cauda perda de peso
Lesões, inflamações na mucosa intestinal
Raspado de pele anal Fita durex na pele do períneo Ovos nas fezes
Inverme Oxibend
INTESTINO GROSSO CECO E COLON
PEQUENOS STRONGYLOS Triodontophorus sp Poteriostomum sp Cyathostonum sp
DIRETO Secreção mucosa catarral Diarréia crônica escura Magreza, rendimento diminuído
Transtorno motilidade intestinal Obstrução mucosa intestinal espessa Nódulos, erosões, úlceras Infecção bacteriana secundária Toxinas alergizantes Diminuição de eritrócitos, hemoglobina, hematócrito
Exame de fezes coprocultura
Inverme Benzimi Parbend
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PARASITOSES DE EQUIDEOS GASTEROPHILUS IDENTIFICAÇÃO A mosca adulta assemelha-se superficialmente á abelha melífera,com um ovopositor longo e curvo,situado por baixo do abdômen.As fêmeas podem ser observadas nos dias quentes e ensolarados,pairando próximo aos cavalos e, e dardejando com muita rapidez, para aderir alguns de seus ovos a um pêlo. As fêmeas de Gassterophilus nasalis depositam seus ovos nos pêlos do espaço intermandibular;Gasterophilus hemorroidalis nos pêlos curtos circunjacentes aos lábios e comissura labial; e Gasterophilus intestinalis, nos pêlos das patas dianteiras e áreas escapular. As larvas de primeiro estágio de Gasterophilus intestinalis podem ser encontradas em túneis no epitélio que cobre a superfície dorsal dos dois terços rostrais da lingua, e em bolsões entre os dentes molares, onde ocorre a primeira muda.As larvas de segundo estágio são encontradas em bolsões interdentais,aderidas á raiz da lingua e á parede do estômago.Sabe-se menos quanto ás migrações iniciais de outras espécies de outras espécies de Gasterophilus. As larvas de G.nasalis estão em geral completamente escondidas abaixo da linha gengival,em bolsões interdentais purulentos,estendendo-se até os alvéolos das ra’zes dos dentes molares.As larvas de terceiro estágio de G.nasalis são amareladas possuindo uma fileira de espinhos em cada segmento.elas são usualmente encontradas no piloro e duodeno.Todas as espécies seguintes de Gasterophilus possuem duas fileiras de espinhos por segmento. As larvas de terceiro estágio de G.intestinalis são vermelhas,possuem espinhos grosseiros que têm pontas rombas,sendo usualmente encontradas na parte do esômago revestidas por epitélio pavimentoso estratificado.As espécies seguintes possuem pequenos espinhos que se afilam até uma ponta delgada;g.hemorrhoidalis é avermelhada e G.inermis amarelo-clara.
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CICLO BIOLÓGICO Os ciclos biológicos de todas as espécies de Gasterophilus são geralmente similares,mas diferem em alguns detalhes importantes.As Moscas adultas de Gasterophilus têm peças bucais vestigiais, e não podem se alimentar;elas vivem apenas o suficiente para realizar o cruzamento e depositar seus ovos nos pêlos de um cavalo.As larvas que eclodem desses ovos penetram na boca do cavalo por meio de táticas peculiares á espécie e enterram-se nos tecidos orais.Após diversas semanas elas regressam no lúmen,são engolidas e permanecem fixadas á parede do estômago e intestino por quase um ano.Finalmente,elas se soltam e são eliminadas com as fezes para pupar no solo.As larvas adultas emergem dos invólucros pupais em 3-9 semanas dependendo da temperatura ambiente.A atividade das larvas continua ao longo do verão e outono,mas cessa completamente ao se instalar o clima frio. A fêmea de Gasterophilus nasalis deposita seus ovos nos pêlos do espaço intermandibular.Esses ovos eclodem espontaneamente em cinco ou seis dias, ea as larvas migram para baixo,na direção do mento, até chegar a um ponto oposto ás comissuras labiais, de onde elas progridem diretamente em direção á boca, passando entre os lábios.Os ovos negros de G.hemorrhoidalis, nos pêlos adjacentes aos lábios,eclodem após dois a quatro dias de incubação de contato com a umidade,penetram na epiderme labial e na membrana mucosa da boca. Os ovos de G.intestinalis nos pêlos das patas dianteiras estão muito distantes de seu destino,dependendo da assistência direta do cavalo para encontrar o caminho até a boca . Após um período de incubação de cinco dias,esses ovos contém larvas de primeiro estágio que estão preparadas para eclodir rapidamente,em resposta á súbita elevação da temperatura que ocorre quando o cavalo faz com que seu focinho e respiração quentes entrem em contacto com elas.Essas larvas não respondem a um aquecimento gradual.Então ,as larvas penetram na boca do cavalo e escavam no epitélio pavimentoso estratificado,na superfície dorsal da lingua. As larvas de primeiro e segundo estágio de Gasterophilus spp gastam cerca de um mês na cavidade oral,após o que seguem para o estômago e duodeno,onde como larvas de segundo e terceiro estágio,elas permanecerão por mais nove ou dez meses.Por fim elas se desgarram e são eliminadas com as fezes,para empupar no solo.As moscas adultas emergem dos invólucros pupais em três a nove semanas,dependendo da temperatura ambiente.A atividade dessas moscas continua através do verão e outono,cessando completamente com a vinda da estação fria.
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TRATAMENTO O tratamento para as larvas gástricas é tradicionalmente retardado até um mês após a primeira onda de frio,para permitir que as larvas recentemente adquiridas completem sua permanência nos tecidos orais e que atinjam o estômago,onde serão mais acessiveis ao ataque inseticida.Essa estratégica baseia-se no pressuposto de que a aquisição da infec;cão cessa com o advento do tempo frio. Entretanto, no caso de Gasterophylus intestinalis, os ovos grudados aos pêlos das patas dianteiras permanecem infectivos após o frio ter posto fim as moscas adultas.Esses ovos precisam ser destruidos se pretendemos resultados efetivos para a medicação anti-larval.Esses ovos podem ser removidos dos pêlos com um pente especial,de dentes bastante finos,porém o processo é lento e trabalhoso,principalmente para animais de campo em criação extensiva. Caso estejam envolvidos poucos animais,a as larvas poderão ser extraídas de seus ovos pela passagem de esponja co água morna a 40º-48ºC.A súbita elevação da temperatura ambiente fornecece estímulo adquado para a eclosão ; a adição de 0,06% de Coumafós,0,12% de Malation ou 0,03% de Lindane assegura a rápida destruição dessa larvas, ao emergirem. O controle de Gasterophilus pode ser conseguido com aplicação de Diclorvós,Triclorfon,e Dissulfeto de Carbono administrado por tubo gástrico.Ivermectin sob forma de pasta na base de 0,2 mcg/kg tem sido efetivo contra larvas gástricas e estágios precoces migrando nos tecidos da boca.
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STONGYLOIDES ESTÁGIO INFECTANTE Strongyloides westeri -desenvolve-se rapidamente nas fezes expelidas,até o estágio filariforme infectante que usualmente invade o hospediro, penetrando ativamente através da pele ou membranas mucosas orais. INFECÇÃO TRANSMAMÁRIA Os vermes adultos são principalmente encontrados em potrinhos em lactação ou desmamados.A infecção é transmitida da égua para o potrinho pela glândula mamária,e os potrinhos começam eliminar os ovos em suas fezes 10 dias a 2 semanas após o nascimento.Diarréias com bastante frequência aparecem em potrinhos entre o 9º e 13º dias de vida,ocorrência coincidente com o primeiro estro pós-parto da égua,estando por tanto essa manifestação diarreica não relacionada a qualquer alteração na composição química do leite apresentado nesse período. Infecções maciças podem persistir nos potrinhos por 10 semanas ,as infeções mais leves podem perdurar por duas ou tres semanas.Ocasionalmente,infecções muito brandas são observadas em cavalos sobreano e mais velhos.
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OXIURÍDEOS ESTÁGIO INFECTANTE A larva infectante de Oxyuris equi desenvolve-se no interior do ovo 4 ou 5 dias após ter o verme fêmea grávido cimentado o ovo á pele do ânus ou períneo.As massas de cimento gradualmente secam,racham-se e destacam-se da pele em flocos contendo milhares de ovos infectantes.Esses ovos aderem nas baias,baldes de água e paredes,contaminando deste modo o ambiente do estábulo.Toalhas de papel ou panos descartáveis devem ser preferidos para limpeza do períneo dos cavalos ,porque qualquer objetos não descartável,como um esponja ou toalha,inevitavelmente tornarse-á maciçamente contaminada com os ovos de O.equi.Operíodo pré-patente é de 5 meses.
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CESTÓDEOS Estágio Infectivo-Os cisticercóides de Anoplocephala spp,desenvolvem-se em ácaros oribatídeos que vivem na camada de humus do solo.Os ácaros oribatideos são extremamente numerosos nas pastagens permanentes e raros nas pastagens cultivadas.A aração e a semeadura das pastagens podem portanto ,tornar-se um pouco difícil a permanência desses hospedeiros intermediários,contudo, não podem ser considerados como única forma de controle. Anoplocephala perfoliata tende a aderir á membrana mucosa em aglomerado,próximo á válvula ileocecal.Essa aglomeração resulta na ulceração da membrana mucosa e na sua inflamação,com espessamento e endurecimento das camadas mais profundas da parede intestinal.Essas alterações patológicas provalvente são responsáveis por alguns casos de diarréias persistentes,podendo predispor á intussuscepção do íleo no ceco, ou á ruptura da parede intestinal nas vizinhanças da válvula ileocecal.
Doenças Parasitárias
Prof. Dr.Argemiro Sanavria
ASCARÍDEOS Espécie: Parascaris equorum. Distribuição: Mundial.
Identificação
Macroscópica: Este nematóide esbranquiçado muito grande, de até 40 cm de comprimento, não pode ser confundido com qualquer outro
parasita intestinal de eqüinos.
Microscópica: Os parasitas adultos têm uma simples abertura bucal rodeada por três grandes lábios e, no macho, a cauda tem pequenas asas
caudais.
O ovo de P. equorum é quase esférico, acastanhado e de casca espessa, com uma camada externa com escavações.
Ciclo Evolutivo
É direto. Ovos produzidos pelas fêmeas adultas são eliminados nas fezes e podem atingir o estádio infectante contendo a L2 já em 10 a 14
dias, embora o desenvolvimento possa ser retardado em temperaturas baixas. Após ingestão e eclosão, as larvas penetram a parede intestinal e, em 48
horas, atingem o fígado. Por volta de duas semanas chegam aos pulmões, onde migram para os brônquios e traquéia, são deglutidas e voltam ao
intestino delgado. O local de ocorrência e a época das mudas larvais parasitárias de P. equorum não são conhecidos com exatidão, mas parece que a
muda de L2 em L3 ocorre entre a mucosa intestinal e o fígado, as duas outras mudas tendo lugar no intestino delgado.
O período pré-patente mínimo de P. equorum é de 10 semanas. Não há qualquer evidência de infecção pré-natal.
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Patogenia
São produzidas alterações macroscópicas no fígado e nos pulmões por larvas migratórias de P. equorum. No fígado, as larvas
causam hemorragias focais e trajetos eosinofílicos, que desaparecem, deixando áreas esbranquiçadas de fibrose. A migração das larvas
nos pulmões também acarreta hemorragia e infiltração por eosinófilos, que mais tarde são substituídos por acúmulos de linfócitos,
enquanto se desenvolvem nódulos linfocíticos verde-acinzentados subpleurais ao redor de larvas mortas ou que estão morrendo; estes
nódulos são mais numerosos após reinfecção.
Embora a presença de vermes no intestino delgado não esteja associada quaisquer lesões específicas, ocasionalmente são relatadas
infecções maciças como causa de compressão e perfuração, ocasionando peritonite. Entretanto, em condições experimentais, o
definhamento é um sinal importante e, apesar de manterem um bom apetite, os potros infectados perdem peso e podem tornar-
se emaciados. A competição entre uma grande massa de parasitas e o hospedeiro por nutrientes pode ser a causa básica desta perda de
peso.
Sintomatologia Clínica
Durante a fase migratória de infecções experimentais, até quatro semanas após a infecção, os principais sinais são tosse freqüente
acompanhada, em alguns casos, por um corrimento nasal acinzentado, embora os potros permaneçam vivos e alertas. Infecções intestinais
leves são bem toleradas, mas infecções moderadas a maciças causam definhamento em animais jovens, com baixos índices de
crescimento, pelagens opacas e apatia.
Uma ampla variedade de outros sinais clínicos, incluindo febre, distúrbios nervosos e cólica, são atribuídos a casos de parascariose
a campo, mas estes não são observados em estudos experimentais.
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Epidemiologia
Há dois fatores importantes. Em primeiro lugar, a alta fecundidade do parasita fêmea adulta, com alguns potros infectados
eliminando milhões de ovos nas fezes todos os dias. Em segundo lugar, a extrema resistência do ovo no meio ambiente assegura sua
persistência por vários anos. A natureza viscosa da camada externa também pode facilitar a disseminação passiva de ovos.
No hemisfério norte, as temperaturas de verão são tais que muitos ovos se tornam infectantes numa época em que está presente
uma população de potros suscetíveis. As infecções adquiridas por estes resultam em contaminação posterior do pasto com ovos, que
podem sobreviver durante vários períodos de pastejo subseqüentes. Embora eqüinos adultos possam abrigar alguns vermes adultos, as
cargas maciças em geral se restringem a animais de um ano e a potros, que se tornam infectados aproximadamente desde o primeiro mês
de vida, com a infecção se mantendo em grande parte por transmissão sazonal entre estes grupo sde animais jovens.
Diagnóstico
Depende da sintomatologia clínica e da presença de ovos esféricos de casca espessa em exame de fezes. Se houver suspeita de
doença devida à infecção pré-patente, o exame de fezes tendo sido negativo, o diagnóstico pode ser confirmado por administração de um
anti-helmíntico, quando podem ser observados grandes números de vermes imaturos nas fezes.
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Controle
A profilaxia anti-hemíntica para os estrongilídeos de eqüinos controle efetivamente a infecção por P. equorum. Como a transmissão é em
grande parte na base de potro-para-potro, costitui uma boa medida evitar o uso dos mesmos piquetes para éguas lactantes e seus potros em anos
consecutivos.
Verminose de Eqüídeos
UFSM
Profo.: Argemiro Sanavria.
LOCALIZAÇÃO PARASITA CICLO SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS PATOGENIA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO PROFILAXIA
PULMÃO Dictyocaulus arnfieldi DIRETO Tosse, febre, secreção nasal, respiração acelerada
Obstrução dos brônquios, pneumonias
Exame de fezes BAERMAN
Ivermectina Fenbendazole
Dosificações estratégicas, manejo e rotação de pastagens
ESTÔMAGO Duodeno-reto
Gasterophilus percorun Gasterophilus intestinalis Gasterophilus haemorroidalis Gasterophilus inermis Gasterophilus nasalis Gasterophilus nigricornis
DIRETO Inflamações (pele-mucosa bucal), gastrites, perda de apetite, prurido, tenesmo, prolapso retal
Alterações de sistemas, mastigação, deglutição, erosões, mucosa-estomacal ulcerações, proctites
Exame de fezes, lavagem gástrica, palpação retal
Diclorvos-organofosforados
Repelentes, mosquicidas Programa de controle estratégico
ESTÔMAGO Trichostrongylus axei DIRETO Gastrite catarral crôni-ca, coprofagia, diarréia, adelgaçamento, hipoproteinemia
necrose de mucosa ulcerações
Ovos nas fezes, coprocultura
Pamoato de pyrantel
Separar bovinos Manejo de pasta-gem
Habronema muscae Habronema microstona Draschia megastona
DIRETO INDIRETO
Gastrite catarral livre na mucosa Lesões cutâneas feridas abertas pruridos intensos Contaminações secundárias
Sem sintomatologia Pulmões Bronquite, fibro- se, Calcificação Conjuntiva Fotofobia, lacri- mejamento, ede- ma, conjuntivite Cutânea Dermatite granu- losa, (ferida de verão), Esponja, Prurido, Conta- minação secun- dária
Clínico Biópsia Histopatologia Xenodiagnóstico Exame de fezes
Organofosforado Ivermectina Oxibendazole Thiabendazole Fenotiazina Cirúrgico Cauterização Tratamento local
Programa sanitário Higiene nas instalações Combate às moscas Programa de controle estratégico
INTESTINO DELGADO
Parascaris equorum DIRETO Respiratórios, gástricos,nervosos, Tróficos, Crescimento retardado
Obstrução-Ruptura - Intestinal, Gastrite, pneumonia
Ovos e/ou helmintos nas fezes
Piperazina Potros 8 semanas Repetir 6 - 8 semanas até 1 ano
Strongyloides westeri DIRETO Anorexia, perda de peso Diarréia em potros (9º dia) relacionado com o cio da égua
Diminuição da he-moglobina, aumento da betaglobulina, erosão da mucosa, enterite
Ovos nas fezes Thiabendazole Febendazole Oxibendazole Ivermectina
Início 10 dias repetir / semana até 7ª semana Rotação de pastagens
Verminose de Eqüídeos
UFSM
Profo.: Argemiro Sanavria LOCALIZAÇÃO PARASITA CICLO SINAIS E SINTOMAS
CLÍNICOS PATOGENIA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO PROFILAXIA
CECO Anoplocephala magna Anoplocephala perfoliata Paranoplocephala mamillama
INDIRETO Distúrbios digestivos Ulceração da válvula ileo-cecal, enterite
Proglotes nas fezes Pamoato de pyrantel Programa Sanitário Combate hospedei-ro intermediário Rotação de pasto Controle integrado
ADULTOS
NO
INTESTINO
GROSSO
CECO - COLON
LARVAS NOS
TECIDOS
ABDOMINAIS
E ÓRGÃOS
GRANDES STRONGYLOS Strongylus vulgaris Strongylus equinus Strongylus edentatus
DIRETO Cólicas(tromboembólica), Claudicação intermitente, encefalite, paresia do trem posterior, (enterite gangrenosa, êxtase intestinal) Transtorno, peristaltismo intestinal, febre, crescimento retardado, diminuição apetite, anemia Anemia, febre, diminuição do apetite
Inflamações dos capilares, artérias, tromboses, aneurisma embolia arterial, mesentérica (cranial e seus ramos) Nódulos (ceco-colon) lesões (plexo-mesentérico) Nódulos (parede colo-ventral) Hemorragia na mucosa intestinal Inflamações eosinofílicas Lesões (fígado-pancreas) Hemorragias e nódulos parasitários (ceco-cólon) serosa do fígado
Laboratorial Ovos nas fezes e Coprocultura Arteriografia Palpação retal aumento de volume da raiz mesentérica
Invermectina Benzimidazóis Fembendazol
Programa de controle sanitário integrado Exame de fezes e coprocultura (monitorização) Dosificações estratégicas
INTESTINO GROSSO
Oxyuris equi Probstmarya viviparus
DIRETO Alimentação irregular Diarréia, adelgaça-mento "Prurido anal", eczemas de cauda perda de peso
Lesões, inflamações na mucosa intestinal
Raspado de pele anal Fita durex na pele do períneo Ovos nas fezes
Invermectin Oxibendazole
Higiene na região anal, cama, estábulos, rotação de pastagens
INTESTINO GROSSO CECO E COLON
PEQUENOS STRONGYLOS Triodontophorus sp Poteriostomum sp Cyathostonum sp
DIRETO Secreção mucosacatarral Diarréia crônica escura Magreza, rendimento diminuído
Transtorno motilidade intestinal Obstrução mucosa intestinal espessa Nódulos, erosões, úlceras Infecção bacteriana secundária Toxinas alergizantes Diminuição de eritrócitos, hemoglobina, hematócrito
Exame de fezes coprocultura
Invermectina Benzimidazóis Parbendazóle
Programa de controle sanitário integrado Higiene Manejo e rotação de pastagens
Antihelminticos Para Uso Contra Helmintoses Gastro-Intestinais de Eqüídeos
UFSM
Profo.: Argemiro,Sanavria
COMPOSTO DOSE mg/Kg ADMINIST. GRANDES STRONGYL
PEQUENOS STRONGYL PARASC. STRONGYLLOIDES OXYURIS GAST. HABRONEM
A CESTODEOS
Trichorphon (neguvon)
40 Pasta o o + + o + + + + ++ o
Thiabendazole (Equizole) 44/88** Oral + + + + o + + + + o o o Mebendazole (Telmin mebendazole)
8,8 Oral + + + o o + + o o o
Fembendazole (Panacur 22 %)
05/10** Oral + + + + + + + + o o o
Oxfendazole (Synanttic)
10 Pasta + + + + + + + + + + o o o
Oxibendazole (Equitac)
10 Pasta + + + + + + + + + o o o
Febantel (Rintal)
6 Pasta + + + + + + + + + + o o o
Piperazina (Viperzin piperazine)
200 Oral o + + + o + + o o o
Ivermectina (Equalan)
200 mcg Pasta + + + + + + o + + + + + + + +
* Adaptado de vário autores. ** Dose eficaz para Parascari e/ou Oxyuris
Programa de Controle Parasitário em Eqüídeos UFSM - Disciplinas de Doenças Parasitárias (Material Didático) Profo.:Argemiro, Sanavria.
GRUPOS IDADE PROGRAMA DETRATAMENTO
CONSIDERAÇÕES PARA O TRATAMENTO
Potros 6 semanas a 6 meses * ** ***
**** *****
Algumas vezes é necessário tratar potros diarréicos nas primeiras semanas de vida para strongyloides. Um ou dois tratamentos geralmente são adequados. Potros em fazendas com histórico de problemas de ascaridiase requerem tratamento a cada 6 semanas.
Animais recém desmamados 6 a 12 meses * ** ***
**** *****
Tratar antes de mudar para o nova pastagem ou grupo.
Animais de 1 a 2 anos de idade 12 a 24 meses * ** ***
**** *****
Tratar todo o grupo de cavalos que estiverem juntos em uma mesma pastagem.
Éguas prenhes com potros aos pés Adultos * ** ***
**** *****
Tratar a égua após a parição o mais rápido possível. Em fazendas com histórico de infecções por strongyloides, é recomendado o tratamento do potro. Posteriormente tratar a égua ao mesmo tempo que o potro até o desmame.
Éguas Adultos * Tratar éguas novas na chegada à propriedade, isolá-las durante 48 horas antes de juntá-las ao grupo. Tratar ao mesmo tempo os animais que pastorem juntos. **
*** **** *****
Garanhão Adultos * Tratar os garanhões adquiridos na chegada à propriedade. ** ***
**** *****
Cavalos a pasto Adultos * ** ***
**** *****
Tratar todos os cavalos recém adquiridos, logo na chegada à propriedade. Tratar ao mesmo tempo todos os cavalos que estiverem juntos no mesmo pasto.
Cavalos estabulados Adultos * ** ***
**** *****
Tratar cavalos recém adquiridos, logo na chegada à propriedade.
* - Os intervalos reais deverão ser baseados no exame de fezes O. P. G. (ovos por grama de fezes) periódico de acordo com o sistema de manejo e coprocultura. ** - Usar um medicamento cujo princípio ativo seja específico para os helmintos identificados através dos exames laboratoriais de O.P.G. e coprocultura. *** - Evite sub-dose. Todo tratamento deve ser administrado de acordo com o peso do animal. Se o peso for desconhecido, use um medidor torácico. **** - Leia e siga todas as instruções e precauções constantes no rótulo da bula. *****- Alimentação adeguada e água limpa; higiene das instalações, limpeza e rotação das pastagens.
PROF. ARGEMIRO SANAVRIA
U.F.SM- CCR/ DMVP
PROGRAMA PARA CONTROLE PARASITÁRIO DE EQÜINOS
ÉGUAS •
•
•
•
•
Tratar na época da cobertura,repetir a intervalos regulares (2 ou 3 meses) -Acompanhando com ( O.P.G e COPROCULTURA)
POTROS DE 30 DIAS ATÉ 6 MESES DE IDADE
Um tratamento se Necessärio a cada 8 Semanas acompanhar com (O.P.G e COPROCULTURA)
DE 6 MESES ATÉ 2 ANOS DE IDADE
1 Tratamento se necessário cada 8 Semanas acompanhar com (O.PG e COPROCULTURA)
MAIS DE 2 ANOS DE IDADE (ADULTOS)
GARANHÕES
ANIMAIS A PASTO E ESTABULADOS- 1 Tratamento a cada 60 /90 Dias (Acompanhar com(O.PG e COPROCULTURA)
OBSERVAÇÕES:
1-Não se faz necessário tratar potros com menos de 1 mês de idade 2-Evite subdosagem.Trate de acordo com o peso do animal.
Se o peso for desconhecido,use o medidor torácico. 3-Tratar quando atingir (300) ovos por grama de fezes (O.P.G) 4-Usar Aplicador /Dosador -Graduado de 25 em 25 Kg-Ajustar a dosagem de acordo
com o peso do animal.
**PROF. ARGEMIRO SANAVRIA
U.F.SM/ CCR/ DMVP
TABELA COMPARATIVA DA EFICÁCIA DE MEDICAMENTOS PARA
O CONTROLE PARASITÁRIO EM EQUINOS
Peso de Tratamento
IVERMECTINA 600 kg
FENBENDAZOLE 500 kg
MEBEN DAZOLE 500 kg
OXFEN DAZOLE 500 kg
OXIBEN DAZOLE 500 kg
PAMOATO DE PIRANTEL 500 kg
TRICHlORFON 500 kg
IVERMECTINA + PAMOATO DE PIRANTEL 500 kg
MOXIDECTIN 575 kg
Dose recomen dada
0.2 mg/kg
7.5 mg/kg
8.8 mg/kg
10 mg/kg
10 mg/kg
6.6 mg/kg
35.2 mg/kg
200mcg/iver 6.6 mg/pir
0.4 mg/kg
Grandes estrongilos
S.vulgaris (estag.art.) .
S.vulgaris (adultos) • • • • • • • •
S.edentatus (est.tissul.)
S.edentatus (adultos) • • • • • • • •
S.equinus (adultos) • • • • • • • •
Triodonto phorus spp • • • • • • • •
Pequenos estrongilos
Cepas Res.(Benzimidazóis)
Pequenos estrôngilos (adultos)
• • • • • • • •
Pequenos estrongilos imaturos Cyatostomideos (encistados)
♦ ♦
♦ ♦ ♦
♦ ♦ ♦ ♦
♦ ♦ ♦
**PROF. ARGEMIRO SANAVRIA
U.F.S.M-CCR-DMVP
TABELA COMPARATIVA DA EFICÁCIA DE MEDICAMENTOS PARA
O CONTROLE PARASITÁRIO EM EQUINOS
Peso de Tratamento
IVERMECTINA 600 kg
FENBENDAZOLE 500 kg
MEBENDAZOLE 500 kg
OXFENDAZOLE 500 kg
OXIBENDAZOLE 500 kg
PAMOATO DE PIRANTEL 500 kg
TRICHlORFON 500 kg
IVERMECTINA + PAMOATO DE PIRANTEL 500 kg
MOXIDECTIN 575 kg
Dose recomendada
0.2 mg/kg
7.5 mg/kg
8.8 mg/kg
10 mg/kg
10 mg/kg
6.6 mg/kg
35.2 mg/kg
2oomcg/iver 6.6 mg/pir
0.4 mg/kg
OXYUROS
Oxyuris equi (adultos) • • • • • • • •
Oxyuris equi(imaturos)
ASCARÍDEOS
Parascaris equorum (adultos)
Parascaris equorum (imaturos)
TRICONSTRÔNGILOS
Trichostron gylus axei (adultos)
VERME DO ESTOMAGO
Habronema Muscae (adultos)
Larvas deHabronema e Drashia spp(ferida de verão)
NEMATÓDEOS CUTÂNEOS
Onchocerca sp microfilária
Onconcer cose cutânea
NEMATÓDEOS INTESTINAIS
Strongyloides westeri (adultos)
VERME DO PULMÃO
Dictyocaulus arnfieldi (adultos)
MIÍASES
Gasterophilus spp (estag.orais)
Gasterophilusspp (estag.gast)
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TÊNIAS
Anoplocephala magna Anoplocephala perfoliata Paranoplocephala mamillana
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CARRAPATOS
Amblyomma cajennense
♦
CARRAPATOS
Dermacentor nitens
♦
* Adaptado de Vários Autores
ESTRONGILIDEOS
STRONGYLUS VULGARIS-O desenvolvimento extra-hospedeiro de S.vulgaris é típico dos estrongilideos em geral.A
evolução até o estágio infectivo requer umidade adquada e temperatura na faixa de 8 a 39ºC .Nas regiões áridas, o espalhamento
das fezes com um trator e grade e reduz as populações larvais dos estrôngilos, ao romper os dejetos e fazer com que ressequem,
antes que as larvas tenham alcançado o 3º estágio ,que é capaz de resistir a dessecação .Contudo, (mesmo quando espalhado)
permanece úmido por tempo suficientemente longo para o desenvolvimento até o 3º estágio.Uma vez que as larvas de S.vulgaris
tenham atingido o 3º estágio ,elas passam a ser bastante resistente ao frio e á dessecação , podendo sobreviver nas pastagens ao
longo de um inverno bastante forte ou no feno seco armazenado durante muitos meses.A longevidade das larvas de 3º estágio de
S.vulgaris depende principalmente das reservas nutritivas contidas em suas células intestinais.Quanto maior a atividade das larvas
mais rapidamente essas reservas se exaurem.Entretanto em tempo quente e úmido qualquer pastagem que tenha alimentado um
cavalo dentro de um ano poderá ser considerada contaminada por larvas infectantes de s.vulgaris.
MIGRAÇÕES INTRA-ARTERIAIS DE Strongylus vulgaris
Quando ingeridas por um cavalo,as larvas infectantes de 3º estágio de S.vulgaris eliminam suas bainhas no lúmen do
intestino delgado,penetrando na parede do ceco e cólon ventral.Nesses locais, as larvas penetram até á submucosa,onde efetuam a
3º muda,que se completa por volta do 7º ao 8º dia pós-infecção .Deixando suas cutículas de 3º estágio envoltas por células
redondas, as larvas de 4 estágio penetram próximo a pequenas arteríolas,que não possuem um lâmina elástica
interna,movimentando-se pela íntima desses vasos e ramos progressivamente mais calibrosos da artéria mesentérica cranial.Tem
sido observado que S.vulgaris não pode penetrar na lâmina elástica interna,que assim confina as larvas á íntima,auxiliando-as a
manter seu próprio curso.Assim limitadas, as larvas,em rápida migração atingem as artérias cólicas e cecais por volta do 8º -14º
dia após a infecção, e a artéria mesentérica cranial por volta do 11º-21º dia.Algumas das larvas seguem migrando até a aorta e seus
ramos, onde podem causar importantes alterações patológicas.Contudo,as larvas que seguem para além da artéria mesentérica
cranial se perdem provavelmente, por causa da impossibilidade de acharem seu caminho de retorno ao aceco e cólon ventral.Após
dois ou quatro meses de migração na íntima as larvas de 4º estágio que não se extraviaram ou ficaram profundamente aprisionadas
em trombos são conduzidas pela corrente sanguínea, até ás pequenas artérias na subserosa da parede intestinal.As larvas,agora
mais crescidas,ocluem essas pequenas artérias,cujas paredes então se inflamam e, no tempo devido,são destruidas.As larvas,então
liberada da árvore arterial,penetram no tecido circunjacente e se encapsulam em nódulos (com dimensões de um grão de feijão ou
de amendoim),onde ocorrerá a muda final.Algumas larvas completram a muda final antes mesmo de retornar á parede intestinal.A
maioria das larvas encontradas nas lesões mesentéricas craniais,quatro meses depois da infecção já fizeram a muda para o 5º
estágio, embora aa cutícula de 4º estágio ainda esteja retida,como uma bainha.Essa bainha é eliminada antes que esses adultos
imaturos retornem á parede intestinal.Finalmente,os adultos imaturos penetram no lúmen do ceco e do cólon ventral,maturam e
dão início á atividade reprodutora,cerca de 6 meses após a infecção.Raramente são encontrados mais de 100 ou 200 S.vulgaris
adultos em um cavalo, e na produção de ovos constitui 10 % ou menos da eliminação total dos ovos stongiliformes.
FISIOPATOLOGIA DA ARTERITE VERMINÓTICA
As migrações das larvas de 4º estágio de S.vulgaris causam arterite,trombose e embolia da artéria mesentérica cranial e seus
ramos.Embora essas lesões arteriais existam,até certo ponto, em praticamente todos os cavalos, e os ramos principais estejam com
frequência completamente ocluidos pelos vermes,o infarto fatal da parede intestinal.Mesmo a temporária redução da corrente
sanguínea,dependente do estabelecimento da circulação colateral ,pode ser responsável por um elevado percentual de casos
clínicos de cólica.Os deslocamentos intestinais frequentemente encontrados durante o exame de necrópsia provavelmente tem
como resultado as anormalidades do tonus e da motilidade intestinais,ocorridos por causa do tromboembolismo verminótico, e dos
violentos esforços do cavalo para obtenção de alívio.
Strongylus edentatus e Strongylus equinus
Os parasitos adultos têm cerca de duas vêzes o comprimento de S.vulgaris.São provavelmente mais espoliadores e
consideravelmente mais difíceis de serem removidos com drogas anti-helmínticas.
Strongylus edentatus
As larvas de 3º estágio enterran-se na parede do intestino grosso atingem o fígado via veias portais.Encerradas em nódulos
no parênquima hepático,elas fazem muda para o 4º estágio em cerca de duas semanasEm seguida ,as larvas de 4º estágio vagueiam
no tecido hepático por cerca de dois meses,desenvolvendo-se na medida que avançam.Deixando o fígado pelos ligamentos
hepáticos, as larvas vagueiam durante meses nos tecidos retroperitoniais parietais,até que eventualmente encontram seu rumo para
a base do ceco, e daí para o lúmem intestinal.O período pré-patente é de cerca de 11 meses. .
Strongylus equinus
As larvas de 3º estágio de S.equinus ,fazem sua muda nos dódulos da parede do ceco e cólon.Cerca de 11 dias após a
infecção, as larvas do 4º estágio que acabaram de completar a muda deixam seus nódulos intestinais,cruzam o espaço peritoneal e
penetram na metade direita do fígado que, no cavalo vivo está em contacto com o ceco.Essas larvas deambulam aleatoriamente
pelo tecido hepático durante dois meses ou mais,antes de emergir e penetram no pâncreas ou cavidade abdominal.Nesses locais, as
larvas completam seu desenvolvimento até o 5º estágio .A 4º muda ocorre cerca de 4 meses após a infecção.Finalmente esses
vermes adultos penetram na parede do intestino grosso e reingressam no lúmen,para cruzar.O período pré-patente de s.equinus é
de 9 meses.
PEQUENOS STRONGILIDEOS (CIATOSTOMÍNEOS
Mais de 40 espécies de ciatostomíneos não migram muito além da membrana mucosa do cólon,portanto,os efeitos patogênicos de
suas larvas são consideravelmente menos dramáticos que os inflingidos pelas larvas de Strongylos sp.Entretanto os
ciatostomideos são sempre os parasitos mais abundantes no intestino grosso dos cavalos .Seus ovos representam usualmentre 80%
ou mais da produção total dos ovos tipo strongiledeos, e são ocasionalmente responsáveis por casos de diarréias persistentes e
severa.Diversas espécies mais comuns desenvolveram resistências contra anti-helminticos benzimidazólicos.
Doenças Parasitárias Prof. Argemiro Sanavria
PARASITOSES DE EQUIDEOS GASTEROPHILUS IDENTIFICAÇÃO A mosca adulta assemelha-se superficialmente á abelha melífera,com um ovopositor longo e curvo,situado por baixo do abdômen.As fêmeas podem ser observadas nos dias quentes e ensolarados,pairando próximo aos cavalos e, e dardejando com muita rapidez, para aderir alguns de seus ovos a um pêlo. As fêmeas de Gassterophilus nasalis depositam seus ovos nos pêlos do espa;co intermandibular;Gasterophilus hemorroidalis nos pêlos curtos circunjacentes aos lábios e comissura labial; e Gasterophilus intestinalis, nos pêlos das patas dianteiras e áreas escapular. As larvas de primeiro estágio de Gasterophilus intestinalis podem ser encontradas em túneis no epitélio que cobre a superfície dorsal dos dois terços rostrais da lingua, e em bolsões entre os dentes molares, onde ocorre a primeira muda.As larvas de segundo estágio são encontradas em bolsões interdentais,aderidas á raiz da lingua e á parede do estômago.Sabe-se menos quanto ás migrações iniciais de outras espécies de outras espécies de Gasterophilus. As larvas de G.nasalis estão em geral completamente escondidas abaixo da linha gengival,em bolsões interdentais purulentos,estendendo-se até os alvéolos das ra’zes dos dentes molares.As larvas de terceiro estágio de G.nasalis são amareladas possuindo uma fileira de espinhos em cada segmento.elas são usualmente encontradas no piloro e duodeno.Todas as espécies seguintes de Gasterophilus possuem duas fileiras de espinhos por segmento. As larvas de terceiro estágio de G.intestinalis são vermelhas,possuem espinhos grosseiros que têm pontas rombas,sendo usualmente encontradas na parte do esômago revestidas por epitélio pavimentoso estratificado.As espécies seguintes possuem pequenos espinhos que se afilam até uma ponta delgada;g.hemorrhoidalis é avermelhada e G.inermis amarelo-clara.
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CICLO BIOLÓGICO Os ciclos biológicos de todas as espécies de Gasterophilus são geralmente similares,mas diferem em alguns detalhes importantes.As Moscas adultas de Gasterophilus têm peças bucais vestigiais, e não podem se alimentar;elas vivem apenas o suficiente para realizar o cruzamento e depositar seus ovos nos pêlos de um cavalo.As larvas que eclodem desses ovos penetram na boca do cavalo por meio de táticas peculiares á espécie e enterram-se nos tecidos orais.Após diversas semanas elas regressam no lúmen,são engolidas e permanecem fixadas á parede do estômago e intestino por quase um ano.Finalmente,elas se soltam e são eliminadas com as fezes para pupar no solo.As larvas adultas emergem dos invólucros pupais em 3-9 semanas dependendo da temperatura ambiente.A atividade das larvas continua ao longo do verão e outono,mas cessa completamente ao se instalar o clima frio. A fêmea de Gasterophilus nasalis deposita seus ovos nos pêlos do espaço intermandibular.Esses ovos eclodem espontaneamente em cinco ou seis dias, ea as larvas migram para baixo,na direção do mento, até chegar a um ponto oposto ás comissuras labiais, de onde elas progridem diretamente em direção á boca, passando entre os lábios.Os ovos negros de G.hemorrhoidalis, nos pêlos adjacentes aos lábios,eclodem após dois a quatro dias de incubação de contato com a umidade,penetram na epiderme labial e na membrana mucosa da boca. Os ovos de G.intestinalis nos pêlos das patas dianteiras estão muito distantes de seu destino,dependendo da assistência direta do cavalo para encontrar o caminho até a boca . Após um período de incubação de cinco dias,esses ovos contém larvas de primeiro estágio que estão preparadas para eclodir rapidamente,em resposta á súbita elevação da temperatura que ocorre quando o cavalo faz com que seu focinho e respiração quentes entrem em contacto com elas.Essas larvas não respondem a um aquecimento gradual.Então ,as larvas penetram na boca do cavalo e escavam no epitélio pavimentoso estratificado,na superfície dorsal da lingua. As larvas de primeiro e segundo estágio de Gasterophilus spp gastam cerca de um mês na cavidade oral,após o que seguem para o estômago e duodeno,onde como larvas de segundo e terceiro estágio,elas permanecerão por mais nove ou dez meses.Por fim elas se desgarram e são eliminadas com as fezes,para empupar no solo.As moscas adultas emergem dos invólucros pupais em três a nove semanas,dependendo da temperatura ambiente.A atividade dessas moscas continua através do verão e outono,cessando completamente com a vinda da estação fria.
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TRATAMENTO O tratamento para as larvas gástricas é tradicionalmente retardado até um mês após a primeira onda de frio,para permitir que as larvas recentemente adquiridas completem sua permanência nos tecidos orais e que atinjam o estômago,onde serão mais acessiveis ao ataque inseticida.Essa estratégica baseia-se no pressuposto de que a aquisição da infec;cão cessa com o advento do tempo frio. Entretanto, no caso de Gasterophylus intestinalis, os ovos grudados aos pêlos das patas dianteiras permanecem infectivos após o frio ter posto fim as moscas adultas.Esses ovos precisam ser destruidos se pretendemos resultados efetivos para a medicação anti-larval.Esses ovos podem ser removidos dos pêlos com um pente especial,de dentes bastante finos,porém o processo é lento e trabalhoso,principalmente para animais de campo em criação extensiva. Caso estejam envolvidos poucos animais,a as larvas poderão ser extraídas de seus ovos pela passagem de esponja co água morna a 40º-48ºC.A súbita elevação da temperatura ambiente fornecece estímulo adquado para a eclosão ; a adição de 0,06% de Coumafós,0,12% de Malation ou 0,03% de Lindane assegura a rápida destruição dessa larvas, ao emergirem. O controle de Gasterophilus pode ser conseguido com aplicação de Diclorvós,Triclorfon,e Dissulfeto de Carbono administrado por tubo gástrico.Ivermectin sob forma de pasta na base de 0,2 mcg/kg tem sido efetivo contra larvas gástricas e estágios precoces migrando nos tecidos da boca.
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STONGYLOIDES ESTÁGIO INFECTANTE Strongyloides westeri -desenvolve-se rapidamente nas fezes expelidas,até o estágio filariforme infectante que usualmente invade o hospediro, penetrando ativamente através da pele ou membranas mucosas orais. INFECÇÃO TRANSMAMÁRIA Os vermes adultos são principalmente encontrados em potrinhos em lactação ou desmamados.A infecção é transmitida da égua para o potrinho pela glândula mamária,e os potrinhos começam eliminar os ovos em suas fezes 10 dias a 2 semanas após o nascimento.Diarréias com bastante frequência aparecem em potrinhos entre o 9º e 13º dias de vida,ocorrência coincidente com o primeiro estro pós-parto da égua,estando por tanto essa manifestação diarreica não relacionada a qualquer alteração na composição química do leite apresentado nesse período. Infecções maciças podem persistir nos potrinhos por 10 semanas ,as infeções mais leves podem perdurar por duas
ou tres semanas.Ocasionalmente,infecções muito brandas são observadas em cavalos sobreano e mais velhos.
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OXIURÍDEOS ESTÁGIO INFECTANTE A larva infectante de Oxyuris equi desenvolve-se no interior do ovo 4 ou 5 dias após ter o verme fêmea grávido cimentado o ovo á pele do ânus ou períneo.As massas de cimento gradualmente secam,racham-se e destacam-se da pele em flocos contendo milhares de ovos infectantes.Esses ovos aderem nas baias,baldes de água e paredes,contaminando deste modo o ambiente do estábulo.Toalhas de papel ou panos descartáveis devem ser preferidos para limpeza do períneo dos cavalos ,porque qualquer objetos não descartável,como um esponja ou toalha,inevitavelmente tornarse-á maciçamente contaminada com os ovos de O.equi.Operíodo pré-patente é de 5 meses.
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CESTÓDEOS Estágio Infectivo-Os cisticercóides de Anoplocephala spp,desenvolvem-se em ácaros oribatídeos que vivem na camada de humus do solo.Os ácaros oribatideos são extremamente numerosos nas pastagens permanentes e raros nas pastagens cultivadas.A aração e a semeadura das pastagens podem portanto ,tornar-se um pouco difícil a permanência desses hospedeiros intermediários,contudo, não podem ser considerados como única forma de controle. Anoplocephala perfoliata tende a aderir á membrana mucosa em aglomerado,próximo á válvula ileocecal.Essa aglomeração resulta na ulceração da membrana mucosa e na sua inflamação,com espessamento e endurecimento das camadas mais profundas da parede intestinal.Essas alterações patológicas provalvente são responsáveis por alguns casos de diarréias persistentes,podendo predispor á intussuscepção do íleo no ceco, ou á ruptura da parede intestinal nas vizinhanças da válvula ileocecal.
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ASCARÍDEOS Espécie: Parascaris equorum.
Distribuição: Mundial.
Identificação
Macroscópica: Este nematóide esbranquiçado muito grande, de até 40 cm de comprimento, não pode ser confundido com qualquer outro
parasita intestinal de eqüinos.
Microscópica: Os parasitas adultos têm uma simples abertura bucal rodeada por três grandes lábios e, no macho, a cauda tem pequenas asas
caudais.
O ovo de P. equorum é quase esférico, acastanhado e de casca espessa, com uma camada externa com escavações.
Ciclo Evolutivo
É direto. Ovos produzidos pelas fêmeas adultas são eliminados nas fezes e podem atingir o estádio infectante contendo a L2 já em 10 a 14
dias, embora o desenvolvimento possa ser retardado em temperaturas baixas. Após ingestão e eclosão, as larvas penetram a parede intestinal e, em 48
horas, atingem o fígado. Por volta de duas semanas chegam aos pulmões, onde migram para os brônquios e traquéia, são deglutidas e voltam ao
intestino delgado. O local de ocorrência e a época das mudas larvais parasitárias de P. equorum não são conhecidos com exatidão, mas parece que a
muda de L2 em L3 ocorre entre a mucosa intestinal e o fígado, as duas outras mudas tendo lugar no intestino delgado.
O período pré-patente mínimo de P. equorum é de 10 semanas. Não há qualquer evidência de infecção pré-natal.
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Patogenia
São produzidas alterações macroscópicas no fígado e nos pulmões por larvas migratórias de P. equorum. No fígado, as larvas causam
hemorragias focais e trajetos eosinofílicos, que desaparecem, deixando áreas esbranquiçadas de fibrose. A migração das larvas nos pulmões também
acarreta hemorragia e infiltração por eosinófilos, que mais tarde são substituídos por acúmulos de linfócitos, enquanto se desenvolvem nódulos
linfocíticos verde-acinzentados subpleurais ao redor de larvas mortas ou que estão morrendo; estes nódulos são mais numerosos após reinfecção.
Embora a presença de vermes no intestino delgado não esteja associada quaisquer lesões específicas, ocasionalmente são relatadas infecções
maciças como causa de compressão e perfuração, ocasionando peritonite. Entretanto, em condições experimentais, o definhamento é um
sinal importante e, apesar de manterem um bom apetite, os potros infectados perdem peso e podem tornar-se emaciados. A competição
entre uma grande massa de parasitas e o hospedeiro por nutrientes pode ser a causa básica desta perda de peso.
Sintomatologia Clínica
Durante a fase migratória de infecções experimentais, até quatro semanas após a infecção, os principais sinais são tosse freqüente
acompanhada, em alguns casos, por um corrimento nasal acinzentado, embora os potros permaneçam vivos e alertas. Infecções intestinais leves são
bem toleradas, mas infecções moderadas a maciças causam definhamento em animais jovens, com baixos índices de crescimento, pelagens opacas e
apatia.
Uma ampla variedade de outros sinais clínicos, incluindo febre, distúrbios nervosos e cólica, são atribuídos a casos de parascariose a campo,
mas estes não são observados em estudos experimentais. Doenças Parasitárias
Prof. Argemiro Sanavria
Epidemiologia
Há dois fatores importantes. Em primeiro lugar, a alta fecundidade do parasita fêmea adulta, com alguns potros infectados eliminando
milhões de ovos nas fezes todos os dias. Em segundo lugar, a extrema resistência do ovo no meio ambiente assegura sua persistência por vários anos.
A natureza viscosa da camada externa também pode facilitar a disseminação passiva de ovos.
No hemisfério norte, as temperaturas de verão são tais que muitos ovos se tornam infectantes numa época em que está presente uma
população de potros suscetíveis. As infecções adquiridas por estes resultam em contaminação posterior do pasto com ovos, que podem sobreviver
durante vários períodos de pastejo subseqüentes. Embora eqüinos adultos possam abrigar alguns vermes adultos, as cargas maciças em geral se
restringem a animais de um ano e a potros, que se tornam infectados aproximadamente desde o primeiro mês de vida, com a infecção se mantendo
em grande parte por transmissão sazonal entre estes grupo sde animais jovens.
Diagnóstico
Depende da sintomatologia clínica e da presença de ovos esféricos de casca espessa em exame de fezes. Se houver suspeita de doença devida
à infecção pré-patente, o exame de fezes tendo sido negativo, o diagnóstico pode ser confirmado por administração de um anti-helmíntico, quando
podem ser observados grandes números de vermes imaturos nas fezes.
Controle
A profilaxia anti-hemíntica para os estrongilídeos de eqüinos controle efetivamente a infecção por P. equorum. Como a transmissão é em
grande parte na base de potro-para-potro, costitui uma boa medida evitar o uso dos mesmos piquetes para éguas lactantes e seus potros em anos
consecutivos.
Verminose de Eqüídeos UFSM-RS
Profo.: Sanavria, A.
LOCALIZAÇÃO PARASITA CICLO SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS PATOGENIA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO PROFILAXIA
PULMÃO Dictyocaulus arnfieldi DIRETO Tosse, febre, secreção nasal, respiração acelerada
Obstrução dos brônquios, pneumonias
Exame de fezes BAERMAN
Ivermectina Fenbendazole
Dosificações estratégicas, manejo e rotação de pastagens
ESTÔMAGO Duodeno-reto
Gasterophilus percorun Gasterophilus intestinalis Gasterophilus haemorroidalis Gasterophilus inermis Gasterophilus nasalis Gasterophilus nigricornis
DIRETO Inflamações (pele-mucosa bucal), gastrites, perda de apetite, prurido, tenesmo, prolapso retal
Alterações de sistemas, mastigação, deglutição, erosões, mucosa-estomacal ulcerações, proctites
Exame de fezes, lavagem gástrica, palpação retal
Diclorvos-organofosforados
Repelentes, mosquicidas Programa de controle estratégico
ESTÔMAGO Trichostrongylus axei DIRETO Gastrite catarral crôni-ca, coprofagia, diarréia, adelgaçamento, hipoproteinemia
necrose de mucosa ulcerações
Ovos nas fezes, coprocultura
Pamoato de pyrantel
Separar bovinos Manejo de pasta-gem
Habronema muscae Habronema microstona Draschia megastona
DIRETO INDIRETO
Gastrite catarral livre na mucosa Lesões cutâneas feridas abertas pruridos intensos Contaminações secundárias
Sem sintomatologia Pulmões Bronquite, fibro- se, Calcificação Conjuntiva Fotofobia, lacri- mejamento, ede- ma, conjuntivite Cutânea Dermatite granu- losa, (ferida de verão), Esponja, Prurido, Conta- minação secun- dária
Clínico Biópsia Histopatologia Xenodiagnóstico Exame de fezes
Organofosforado Ivermectina Oxibendazole Thiabendazole Fenotiazina Cirúrgico Cauterização Tratamento local
Programa sanitário Higiene nas instalações Combate às moscas Programa de controle estratégico
INTESTINO DELGADO
Parascaris equorum DIRETO Respiratórios, gástricos,nervosos, Tróficos, Crescimento retardado
Obstrução-Ruptura - Intestinal, Gastrite, pneumonia
Ovos e/ou helmintos nas fezes
Piperazina Potros 8 semanas Repetir 6 - 8 semanas até 1 ano
Strongyloides westeri DIRETO Anorexia, perda de peso Diarréia em potros (9º dia) relacionado com o cio da égua
Diminuição da he-moglobina, aumento da betaglobulina, erosão da mucosa, enterite
Ovos nas fezes Thiabendazole Febendazole Oxibendazole Ivermectina
Início 10 dias repetir / semana até 7ª semana Rotação de pastagens
Verminose de Eqüídeos UFSM-RS
Profo.: Sanavria, A. LOCALIZAÇÃO PARASITA CICLO SINAIS E SINTOMAS
CLÍNICOS PATOGENIA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO PROFILAXIA
CECO Anoplocephala magna Anoplocephala perfoliata Paranoplocephala mamillama
INDIRETO Distúrbios digestivos Ulceração da válvula ileo-cecal, enterite
Proglotes nas fezes Pamoato de pyrantel Programa Sanitário Combate hospedei-ro intermediário Rotação de pasto Controle integrado
ADULTOS
NO
INTESTINO
GROSSO
CECO - COLON
LARVAS NOS
TECIDOS
ABDOMINAIS
E ÓRGÃOS
GRANDES STRONGYLOS Strongylus vulgaris Strongylus equinus Strongylus edentatus
DIRETO Cólicas(tromboembólica), Claudicação intermitente, encefalite, paresia do trem posterior, (enterite gangrenosa, êxtase intestinal) Transtorno, peristaltismo intestinal, febre, crescimento retardado, diminuição apetite, anemia Anemia, febre, diminuição do apetite
Inflamações dos capilares, artérias, tromboses, aneurisma embolia arterial, mesentérica (cranial e seus ramos) Nódulos (ceco-colon) lesões (plexo-mesentérico) Nódulos (parede colo-ventral) Hemorragia na mucosa intestinal Inflamações eosinofílicas Lesões (fígado-pancreas) Hemorragias e nódulos parasitários (ceco-cólon) serosa do fígado
Laboratorial Ovos nas fezes e Coprocultura Arteriografia Palpação retal aumento de volume da raiz mesentérica
Invermectina Benzimidazóis Fembendazol
Programa de controle sanitário integrado Exame de fezes e coprocultura (monitorização) Dosificações estratégicas
INTESTINO GROSSO
Oxyuris equi Probstmarya viviparus
DIRETO Alimentação irregular Diarréia, adelgaça-mento "Prurido anal", eczemas de cauda perda de peso
Lesões, inflamações na mucosa intestinal
Raspado de pele anal Fita durex na pele do períneo Ovos nas fezes
Invermectin Oxibendazole
Higiene na região anal, cama, estábulos, rotação de pastagens
INTESTINO GROSSO CECO E COLON
PEQUENOS STRONGYLOS Triodontophorus sp Poteriostomum sp Cyathostonum sp
DIRETO Secreção mucosacatarral Diarréia crônica escura Magreza, rendimento diminuído
Transtorno motilidade intestinal Obstrução mucosa intestinal espessa Nódulos, erosões, úlceras Infecção bacteriana secundária Toxinas alergizantes Dim. eritrócito, hemoglobina, hematócrito
Exame de fezes coprocultura
Invermectina Benzimidazóis Parbendazóle
Programa de controle sanitário integrado Higiene Manejo e rotação de pastagens
Antihelminticos Para Uso Contra Helmintoses Gasto-Intestinais de Eqüídeos UFSM - Disciplinas de Doenças Parasitárias (Material Didático) Profo.: Sanavria, A.
COMPOSTO DOSE mg/Kg ADMINIST. GRANDES STRONGYL
PEQUENOS STRONGYL PARASC. STRONGYLLOIDES OXYURIS GAST. HABRONEM
A CESTODEOS
Trichorphon (neguvon)
40 Pasta o o + + o + + + + ++ o
Thiabendazole (Equizole) 44/88** Oral + + + + o + + + + o o o Mebendazole (Telmin mebendazole)
8,8 Oral + + + o o + + o o o
Fembendazole (Panacur 22 %)
05/10** Oral + + + + + + + + o o o
Oxfendazole (Synanttic)
10 Pasta + + + + + + + + + + o o o
Oxibendazole (Equitac)
10 Pasta + + + + + + + + + o o o
Febantel (Rintal)
6 Pasta + + + + + + + + + + o o o
Piperazina (Viperzin piperazine)
200 Oral o + + + o + + o o o
Ivermectina (Equalan)
200 mcg Pasta + + + + + + o + + + + + + + +
* Adaptado de vário autores. ** Dose eficaz para Parascari e/ou Oxyuris
Programa de Controle Parasitário em Eqüídeos UFSM - Disciplinas de Doenças Parasitárias (Material Didático) Profo.: Sanavria, A.
GRUPOS IDADE PROGRAMA DETRATAMENTO
CONSIDERAÇÕES PARA O TRATAMENTO
Potros 6 semanas a 6 meses * ** ***
**** *****
Algumas vezes é necessário tratar potros diarréicos nas primeiras semanas de vida para estrongyloides. Um ou dois tratamentos geralmente são adequados. Potros em fazendas com histórico de problemas de ascaridiase requerem tratamento a cada 6 semanas.
Animais recém desmamados 6 a 12 meses * ** ***
**** *****
Tratar antes de mudar para o nova pastagem ou grupo.
Animais de 1 a 2 anos de idade 12 a 24 meses * ** ***
**** *****
Tratar todo o grupo de cavalos que estiverem juntos em uma mesma pastagem.
Éguas prenhes com potros aos pés Adultos * ** ***
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Tratar a égua após a parição o mais rápido possível. Em fazendas com histórico de infecções por strongyloides, é recomendado o tratamento do potro. Posteriormente tratar a égua ao mesmo tempo que o potro até o desmame.
Éguas Adultos * Tratar éguas novas na chegada à propriedade, isolá-las durante 48 horas antes de juntá-las ao grupo. Tratar ao mesmo tempo os animais que pastorem juntos. **
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Garanhão Adultos * Tratar os garanhões adquiridos na chegada à propriedade. ** ***
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Cavalos a pasto Adultos * ** ***
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Tratar todos os cavalos recém adquiridos, logo na chegada à propriedade. Tratar ao mesmo tempo todos os cavalos que estiverem juntos no mesmo pasto.
Cavalos estabulados Adultos * ** ***
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Tratar cavalos recém adquiridos, logo na chegada à propriedade.
* - Os intervalos reais deverão ser baseados no exame de fezes O. P. G. (ovos por grama de fezes) periódico de acordo com o sistema de manejo e coprocultura. ** - Usar um medicamento cujo princípio ativo seja específico para os helmintos identificados através dos exames laboratoriais de O.P.G. e coprocultura. *** - Evite sub-dose. Todo tratamento deve ser administrado de acordo com o peso do animal. Se o peso for desconhecido, use um medidor torácico. **** - Leia e siga todas as instruções e precauções constantes no rótulo da bula. *****- Alimentação adeguada e água limpa; higiene das instalações, limpeza e rotação das pastagens.
PROF. ARGEMIRO SANAVRIA U.F.S.M-RS
PROGRAMA PARA CONTROLE PARASITÁRIO DE EQÜINOS
ÉGUAS •
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Tratar na época da cobertura,repetir a intervalos regulares (2 ou 3 meses) -Acompanhando com ( O.P.G e COPROCULTURA)
POTROS DE 30 DIAS ATÉ 6 MESES DE IDADE
Um tratamento se Necessärio a cada 8 Semanas acompanhar com (O.P.G e COPROCULTURA)
DE 6 MESES ATÉ 2 ANOS DE IDADE
1 Tratamento se necessário cada 8 Semanas acompanhar com (O.PG e COPROCULTURA)
MAIS DE 2 ANOS DE IDADE (ADULTOS)
GARANHÕES
ANIMAIS A PASTO E ESTABULADOS- 1 Tratamento a cada 60 /90 Dias (Acompanhar com(O.PG e COPROCULTURA)
OBSERVAÇÕES:
1-Não se faz necessário tratar potros com menos de 1 mês de idade 2-Evite subdosagem.Trate de acordo com o peso do animal.
Se o peso for desconhecido,use o medidor torácico. 3-Tratar quando atingir (300) ovos por grama de fezes (O.P.G) 4-Usar Aplicador /Dosador -Graduado de 25 em 25 Kg-Ajustar a dosagem de acordo
com o peso do animal.
PARASITOSES DE EQUIDEOS
Doenças Parasitárias
Prof. Argemiro Sanavria
TÓPICOS DA APRESENTAÇÃO DO DR: ARGEMIRO SANAVRIA
Em razão da grande incidência e da capacidade das parasitoses gastrointestinais ocasionarem grandes perdas econômicas aos criadores de equinos ,através de cólicas, muitas vêzes fatais, diarréias, desnutrição, prejuízos no desenvolvimento dos potros, má aparência nos leilões, nas exposições e também má performance nos esportes e trabalhos,mostraremos algumas recomendações básicas sôbre o contrôle parasitário em equinos. Serão apresentados pontos de destaque de mais de 10 anos de experiência de contrôle de parasitos em equinos no Brasil.
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1- Efeitos dos Grandes e Pequenos strongylos em cavalos Considerações sobre os mais importantes grupo de parasitos contaminando cavalos de todas as idades que determinam graves doenças clínicas e sub clínicas.,discutindo-se os novos caminhos para a diagnose, o tratamento e a prevenção.
2- Atualização de antihelmínticos
Serão comparados os principais antihelmínticos. Os medicamentos mais eficientes.
3-Alternação de antihelminticos Serão discutidos a utilização de alternação de antihelminticos e o problema da resistência.
4- Técnica de diagnóstico e contagem de ovos fecais Comentários sôbre a técnica de “Macmaster” que permite aos Veterinários controlar a eficácia de cada medicamento em uso no Haras, o desenvolvimento da resistência ao medicamento, e a itensidade da contaminação da pastagem.
5-Programas de Desverminação:
Serão discutidos estratégias para evitar resistência a medicamentos e ecotoxicidade. Discussão sobre tratamento tradicional a cada dois meses, adaptações e sobrevivência dos vermes.
6- Higiene da pastagem
As grandes vantagens da limpeza da pastagem incluindo( 1) contrôle de vermes, (2) contrôle de moscas e consequente Habronemose cutânea, ( 3) Carrapatos e eliminação de problemas relacionados a medicamentos.
_______________________ ARGEMIRO SANAVRIA
Prof.Dr. Phd- Doenças Parasitárias.