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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
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PLANEJAMENTO NA AUDITORIA INTERNA <>
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Por: Hely Araujo Angelo Gonçalves
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Orientadora
Prof. Luciana Madeira
Rio de Janeiro
2016
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
AVM FACULDADE INTEGRADA
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PLANEJAMENTO NA AUDITORIA INTERNA <>
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Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em MBA EM AUDITORIA E
CONTROLADORIA.
Por: . Hely Araujo Angelo Gonçalves
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus e minha família por
não desistirem de mim. Foram muitas
lutas e desafios, porém consegui
vencê-los! Mais uma etapa que foi
concluída. Aos amigos que estiveram
presentes e ajudaram na construção da
minha monografia.
“Algumas pessoas marcam a nossa vida para
sempre, umas porque nos vão ajudando na
construção, outras porque nos apresentam
projetos de sonho e outras ainda porque nos
desafiam a construí-los” (autor desconhecido)
4
DEDICATÓRIA
Dedico ao meu querido e falecido pai.
Você sempre foi e será a minha
inspiração!
5
RESUMO
A monografia foi desenvolvida com o objetivo de oferecer uma
visão geral sobre a importância do planejamento. Ele tem um grande valor
para o sucesso de uma empresa. Através dele podemos analisar o mercado e
estabelecer os objetivos visando sempre um sucesso duradouro.
No decorrer do trabalho mostrarei o papel da auditoria interna
em uma empresa, confirmando que a auditoria interna é uma atividade
profissional essencial e fundamental para a melhoria da organização.
Veremos que o auditor interno tem como missão proteger e
servir as empresas, clientes, diretores e a alta administração.
Um bom planejamento nos ajuda a identificar as perdas, a falta
de controle da qualidade e seus efeitos, nos permiti verificar as áreas onde a
produtividade precisa ser melhorada.
Veremos que o planejamento precisa ser o alicerce de
qualquer organização.
6
METODOLOGIA
A pesquisa utilizada no trabalho será a bibliográfica. Ela
servirá como auxílio na definição e resolução dos problemas já conhecidos.
Através dessa pesquisa será possível produzir novas conclusões sobre o tema
escolhido.
Escolhi a pesquisa bibliográfica porque posso construir
uma excelente monografia, baseada em informações precisas e
fundamentadas por autores renomados na área contábil. Como discente, estou
convicta de que essa pesquisa proporcionará um grande amadurecimento.
No desenvolvimento desse projeto utilizarei: livros
Para melhor entendimento da pesquisa, o trabalho
baseou-se em materiais dos últimos 10 anos tomei como referência autores
nacionais, Almeida, é sócio da Deloitte Touche Tohmatsu, com 36 anos de
Experiência na profissão de auditor, e professor do curso de Ciências
Contábeis da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Willian Attie
nos temas de auditoria; Equipe de professores da FEA/USP no tema
Contabilidade Introdutória e Hilário Franco com o tema Auditoria Contábil.
.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Auditoria: origem no Brasil e evolução 10
CAPÍTULO II - Auditoria Interna 18
CAPÍTULO III – Planejamento Auditoria Interna 26
CONCLUSÃO 33
BIBLIOGRAFIA CITADA 36
8
INTRODUÇÃO
A contabilidade é uma ciência social. E podemos confirmar
isso, no momento em que administramos o patrimônio de uma empresa.
Temos em nossas mãos o maior bem e passamos a cuidar da saúde e ajudá-la
a sobreviver nesse mercado tão competitivo.
No cenário atual, a contabilidade tem um papel relevante
dentro da organização. É ela que direciona e disponibiliza as informações
necessárias para que a empresa e seus administradores possam tomar
decisões de curto e longo prazo.
As informações coletadas são utilizadas tanto pelos usuários
externos e internos. Os usuários externos podemos citar: os bancos (a
empresa quando necessita de capital, o banco só empresta/financia tendo a
certeza de a organização poderá pagar); o governo (arrecadação dos
impostos), os fornecedores (formam parcerias com empresas idôneas), etc. Os
usuários internos incluem: os sócios (que estão preocupados com seus
investimentos), os funcionários (para pleitear por um aumento/benefícios, é
necessário conhecer a situação financeira da empresa), etc.
A contabilidade nos leva a especializarmos em alguma área,
por isso devemos ter o total domínio na área que iremos trabalhar.
“Todo contador deve possuir habilidades e treinamentos adicionais. Entre as ramificações ou detalhamentos mais importantes da Contabilidade, destacaríamos: a Contabilidade Financeira e a Contabilidade de Custos, esta exercida pelo contador de custos; a Auditoria, interna ou externa, que congrega auditores internos ou independentes; a Análise e Interpretação de Balanços, exercida por analistas cuja formação básica deve ser em Contabilidade”. (Equipe de Professores da FEA/USP, 2010, p.8).
Segundo a Equipe de Professores da FEA/USP, o treinamento
é imprescindível. Das ramificações mais importantes que foram citadas acima,
destacamos a Auditoria.
No decorrer do artigo, darei ênfase a Auditoria e o
Planejamento.
Será exposto a qual a importância do planejamento na
auditoria interna?
9
Irei definir o que é a Auditoria, sua origem e evolução. Falarei
do objetivo e sua finalidade. Os tipos de auditoria, os órgãos relacionados e o
objetivo do planejamento. Irei descrever a auditoria interna e sua importância
na empresa e por último explicarei sobre a relevância do planejamento.
O planejamento deve evidenciar as etapas e as épocas em que
serão executados os trabalhos.
Deve-se também evidenciar as áreas e as unidades que serão
atingidas pela auditoria, para comprovar que todos os compromissos
determinados com a entidade auditada foram cumpridos.
10
CAPÍTULO I
Auditoria: origem no Brasil e evolução
A origem da auditoria no Brasil iniciou-se durante o período
colonial. Existia uma pessoa de confiança do rei, essa pessoa era o juiz. Ele
era designado pela Coroa portuguesa para conferir o recolhimento dos tributos
ao tesouro, reprimindo e punindo fraudes. E no decurso do sistema capitalista,
a expansão comercial e a forte concorrência, despertaram nas empresas, antes
familiares, a necessidades de aumentar suas instalações, investir em
tecnologia e aperfeiçoar os controles e procedimentos internos, como por
exemplo, a redução de custos, com a intenção de tornar seus produtos mais
competitivos no mercado. Para a consecução desses objetivos, tornou-se
necessário atrair recursos de terceiros, por meio de empréstimos em longo
prazo e abertura do capital social a novos acionistas.
Os investidores precisavam obter informações sobre a situação
financeira e patrimonial, a solvência e a gestão dos recursos da empresa para
avaliara segurança, o grau de liquidez e a rentabilidade. Assim, as
demonstrações contábeis tornaram-se os informativos mais importantes, e para
maior segurança, os investidores passaram a exigir que as demonstrações
fossem examinadas por profissionais independentes e de capacidade técnica
reconhecida, a exemplo do que já era realizado nos Estados Unidos da
América, na Inglaterra e em outros países desenvolvidos.
No ano de 1931, através do Decreto nº 20.158, a profissão de
guardador de livros passou a ser regulamentada, no que se incluía a função de
auditor. E no ano de 1945, por ocasião da lei nº\ 7.988, foi criado o curso de
Ciências Contábeis, de nível superior, e de Técnico, de nível médio, tomando a
Auditoria uma prerrogativa daquele profissional. Até então, os trabalhos de
auditoria, no Brasil, eram escassos e necessários apenas para o controle
administrativo e à formulação de pareceres sobre balanços, ainda como atos
formais.
11
Até que com o final da segunda guerra mundial, os escritórios
estrangeiros, acompanhando as instalações de empresas no país,
convenceram o empresariado nacional sobre a importância do trabalho de
auditoria, e no ano de 1976, com o advento da Lei nº 6.404, o parecer do
auditor independente nas demonstrações contábeis das companhias abertas
tornou-se obrigatório e impulsionou a auditoria brasileira.
1.1 Desenvolvimento da Auditoria
A evolução da auditoria no Brasil está primariamente
relacionada com a instalação de empresas internacionais de auditoria
Independente, uma vez que investimentos também internacionais foram aqui
implantados e compulsoriamente tiveram de ter suas demonstrações contábeis
auditadas.
As principais influências que possibilitaram o desenvolvimento
da auditoria no Brasil foram:
1. Filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras;
2. Financiamento de empresas brasileiras através de entidades internacionais;
3. Crescimento das empresas brasileiras e necessidades de descentralização e
diversificação de suas atividades econômicas;
4. Evolução de mercados de capitais;
5. Criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil
em 1972;
6. Criação da Comissão dos Valores Mobiliários e da Lei das Sociedades
Anônimas em 1976.
Com a expansão das empresas as demonstrações contábeis
passaram ter maior importância para os donos das empresas para as pessoas
que tivessem interesse em investir nessas empresas. Com isso houve a
necessidade de confirmar a veracidade das informações emitidas pelas
empresas. Esta confirmação só poderia ser emitida por um auditor.
12
1.2 Na era da informação
As organizações passaram por três fases durante o século XX:
a era industrial clássica, a era industrial neoclássica e a era da
informação. Enquanto nas duas primeiras foram destacadas as tarefas, as
pessoas, a tecnologia e o ambiente, na última e atual, devido às mudanças e
transformações, ocorre em um contexto globalizado e dinâmico, em que a
competitividade se dá em nível mundial, as relações comerciais ignoram
fronteiras e culturas nacionais e a informação imediata faz com que as
organizações necessitem ser ágeis, flexíveis e rápidas em suas respostas aos
desafios cada vez mais complexos e, ainda, provoca diversidade em relação à
composição humana dentro das organizações e incentiva a modificação nas
funções das pessoas que nelas trabalham, de forma direta ou indireta.
Assim, como outras áreas de produção que precisam
acompanhar a evolução econômica para adaptar-se as novas demandas do
mercado de trabalho, a função da auditoria começa a ser reavaliada, não
somente como instrumento tradicional capaz de revelar erros, falhas e até
fraudes organizacionais à alta administração, mas fundamental para indicar
sugestões e soluções preventivas e educativas, e quando bem aplicada,
permitir o desenvolvimento da sensibilidade dos administradores para
diagnosticar problemas e fomentar sua gestão, melhorando o desempenho de
seus funcionários e do trabalho de auditoria, seja interna ou externa, além de
influenciar, positivamente, no funcionamento geral da organização.
1.3 A presença do auditor na organização
Por mais que os auditores se esforcem para serem vistos como
“consultores” ou que realizem trabalhos para atender a administração no
desenvolvimento de suas atribuições, ainda são vistos pelos auditados com
rejeição.
As pessoas por temerem ser fiscalizadas caracterizam os
auditores com este estereótipo. Devido à pretensão de descobrir fraudes ou
irregularidades, trabalho de auditoria fixou-se, durante sua história, como objeto
13
de fiscalização e punição, e ainda, nos dias atuais percebemos essa
concepção. Muitas vezes os auditores não percebem estar criando o clima de
medo e poder que exercem ou ainda são capazes de estimulá-lo para que sua
autoridade seja exercida, e ainda, em função da carga de trabalho que
possuem, não lhe sobre tempo para trabalhar suas relações com as pessoas.
Se for feita uma análise profunda sobre o trabalho do auditor,
nota-se que sua missão é informar aos superiores do auditado os erros
observados. Qual o funcionário que aprecia que seus erros sejam
evidenciados? O auditor, nesse momento, representa uma ameaça. O temor
das pessoas de terem seus erros divulgados e até expostos ao ridículo é
sensível. Estas mostram seu anseio em verificar se alguma tarefa de sua
responsabilidade consta nos relatórios dos auditores. Deve ser observado,
também, o comportamento do auditor mediante os erros encontrados. Uns no
momento em que verificam ou ouvem sobre algo errado o fazem de maneira
que se torne público e exponha os envolvidos ao ridículo. É necessário que
compreendam que estão se relacionado com pessoas e, desde que elas não
pratiquem atos de má fé, é fundamental orientá-las e não envergonhá-las por
seus erros.
Alguns auditores entendem a importância das pessoas e a
importância da consecução de sua colaboração para desempenhar
satisfatoriamente seu trabalho, uma vez que, a cada auditoria, ele precisa
enfrentar um conjunto de regras novas e fazer questionamentos. Estes
aconselham, algumas atitudes que podem ajudar a diminuir a tensão durante o
trabalho de auditoria e fazer com que as pessoas cooperem no
desenvolvimento de seu trabalho, como:
1.Fazer que as pessoas envolvidas compreendam que não
estão sendo analisados os seus erros individuais e sim todo o sistema. Os
erros só se tomam relevantes quando inseridos no contexto total do sistema e
é preciso que o auditado explique como este funciona;
14
2. Definir corretamente a responsabilidade das pessoas sobre
os fatos constatados, não as responsabilizando indevidamente, determinar por
quais motivos possui todos os fatos e dados que sustentam suas afirmativas e
ter um conhecimento abrangente dos sistemas e controles capaz de beneficiar
o desempenho da unidade e não apenas corrigir os erros individuais.
1.4 Tipos de auditoria
QUANTO A FORMA DE ABORDAGEM
• Auditoria Horizontal – Auditoria com tema específico,
realizada em várias entidades ou serviços, paralelamente.
• Auditoria Orientada – Foca em uma atividade
específica qualquer ou atividades com fortes indícios de fraudes ou
erros.
QUANTO AO ÓRGÃO FISCALIZADOR:
• Auditoria Interna – Auditoria realizada por um
departamento interno, responsável pela verificação e avaliação dos
sistemas e procedimentos internos de uma entidade. Um de seus
objetivos é reduzir a probabilidade de fraudes, erros, práticas
ineficientes ou ineficazes. Esse serviço deve ser independente e prestar
contas diretamente à classe executiva da corporação.
• Auditoria Externa – Auditoria realizada por uma
empresa externa e independente da entidade que está sendo
fiscalizada, com o objetivo de emitir um parecer sobre a gestão de
recursos da entidade, sua situação financeira, a legalidade e
regularidade de suas operações.
• Auditoria Articulada – Trabalho conjunto de
auditorias internas e externas, devido à superposição de
responsabilidades dos órgãos fiscalizadores, caracterizado pelo uso
comum de recursos e comunicação recíproca dos resultados.
15
QUANTO A ÁREA ENVOLVIDA:
• Auditoria Administrativa – Engloba o plano da
organização, seus procedimentos, diretrizes e documentos de suporte à
tomada de decisão.
• Auditoria Contábil – É relativa à fidedignidade das
contas da instituição. Essa auditoria, consequentemente, tem como
finalidade fornecer alguma garantia de que as operações e o acesso
aos ativos se efetuem de acordo com as devidas autorizações.
• Auditoria Financeira – Conhecida também como
auditoria das contas. Consiste na análise das contas, da situação
financeira, da legalidade e regularidade das operações e aspectos
contábeis, financeiros, orçamentários e patrimoniais, verificando se
todas as operações foram corretamente autorizadas, liquidadas,
ordenadas, pagas e registradas.
• Auditoria de legalidade – conhecida como auditoria
de conformidade. Consiste na análise da legalidade e regularidade das
atividades, funções, operações ou gestão de recursos, verificando se
estão em conformidade com a legislação em vigor.
• Auditoria Operacional – Incide em todos os níveis de
gestão, nas fases de programação, execução e supervisão, sob a ótica
da economia, eficiência e eficácia. Analisa também a execução das
decisões tomadas e aprecia até que ponto os resultados pretendidos
foram atingidos.
• Auditoria da Tecnologia da Informação – Tipo de
auditoria essencialmente operacional, por meio da qual os auditores
analisam os sistemas de informática, o ambiente computacional, a
segurança de informações e o controle interno da entidade fiscalizada,
identificando seus pontos fortes e deficiências.
16
1.5 Objetivos da auditoria
Para realização de uma Auditoria o profissional da área
necessita de seguir alguns objetivos.
Segundo Machado (1993, p.9), o auditor deve seguir esses
objetivos:
a) Verificar a situação econômica e patrimonial de uma empresa, através de suas demonstrações contábeis; b) Analisar a estrutura operacional existente de uma entidade, oferecendo sugestões com vistas ao seu aperfeiçoamento e racionalização de suas atividades; c) Revisar a estrutura administrativa existente na entidade, verificando a existência de uma adequada linha de autoridade e responsabilidade, perfeitamente definida entre os departamentos, levando em conta a necessária segregação de funções. Depois da utilização desses objetivos o auditor poderá emitir
seu parecer. Este deverá expressar a opinião do auditor sobre as
demonstrações contábeis. O auditor deve verificar se as demonstrações foram
preparadas de acordo com os princípios da contabilidade geralmente aceitos e,
se esses princípios, foram aplicados na documentação examinada, referente
ao exercício A Auditoria é solicitada para apurar a responsabilidade e
resguardar a integridade dos diretores ou executivos e também serve para dar
uma satisfação e propiciar uma garantia aquele que mantêm relações com a
entidade. Dessa forma, a Auditoria é a peça fundamental na verificação das
demonstrações contábeis, sinalizando falhas que nos alertam para a
necessidade de mudanças. anterior.
Nesse capítulo I, posso concluir que com o surgimentos das
empresas os auditores deixaram de ser públicos e passaram a atender as
necessidades da organização. A auditoria no Brasil surgiu como parte da
evolução do sistema capitalista. Já o auditor interno, surgiu para atender a
administração da empresa que necessitava de uma auditoria mais periódica,
com maior grau de profundidade e visando também as outras áreas não
relacionadas com a Contabilidade, uma vez que com a expansão dos negócios,
a administração da empresa sentiu a necessidade de dar maior ênfase as
normas e procedimentos internos, devido ao fato que o administrador não
poderia supervisionar pessoalmente todas as atividades.
17
Neste contexto a Auditoria Interna assume importância, para
desempenhar os papéis de revisar seu próprio trabalho, que nem sempre é
tarefa simples e auxiliar a controladoria na conscientização das áreas quanto a
uma visão integrada de todo o processo empresarial. Dessa forma tornou-se
hoje uma ferramenta indispensável, tanto para grandes empresas quanto para
pequenas, pois a demanda por informações mais fidedignas tem aumentado,
em virtude das boas práticas da governança corporativa.
No capítulo seguinte será abordado a auditoria
interna e sua importância dentro da empresa.
18
CAPÍTULO II
Auditoria Interna
Toda empresa que mantém um controle interno de suas
movimentações mesmo parecendo eficaz deverá avaliar detalhadamente cada
setor, departamento, funções e ou operações da empresa, mas para isso faz-
se necessário um auditor mais permanente, que execute com profundidade,
conhecendo melhor as diversas atividades da empresa, capacitado para a
função de auditoria interna.
De acordo com Marcelo Cavalcanti Almeida,2012, “(...)
auditoria é um processo que avalia e verifica a veracidade das operações
contábeis informadas no balanço”.
A auditoria interna ou independente, surgiu como parte de
evolução do sistema capitalista, é exercida por um profissional formado em
Ciências Contábeis. Nela o auditor, deve ter conhecimento e planejamento.
Para fazer um, levantamento, estudo, avaliação das transações,
procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações financeiras da
entidade do trabalho que será executado. Essa necessidade de informação é
para que o investidor possa avaliar com segurança, a liquidez e a rentabilidade
de seus negócios. No entanto, o auditor deve ser bem claro e transparente com
todas as informações a serem fornecidas ao investidor da empresa auditada.
Os auditores podem utilizar todos os meios disponíveis e
necessários, tais como: documentos (contratos, recibos, faturas, duplicatas);
livros; demonstrações (balanços, análise de contas); (estoques, bens móveis) e
(pesquisas diretas). “Dentre as inúmeras atribuições, os auditores,
independentemente do tipo, devem avaliar, por exemplo, as políticas de
determinada empresa, os riscos de um negócio, identificar se as ações dos
colaboradores estão em conformidade com a cultura empresarial, além de
avaliar se os recursos são adquiridos de maneira econômica e usados
eficientemente. Os resultados do trabalho desses profissionais são geralmente
informados por meio executivas”. (BASILE, 2010 apud, CORREIO
BRAZILIENSE, 2010).
19
Ao citar que os auditores dentre as inúmeras atribuições, Basile
(2010) expressa que o auditor, seja ele (interno ou externo), tem uma
responsabilidade muito grande, ao examinar cada documento de uma
determinada entidade. Deve ter uma muita clareza e segurança mediante sua
opinião ou parecer, referente aos registros contábeis fornecidos aos
investidores e acionistas de uma empresa.
Segundo Marcelo Cavalcanti Almeida,(2012 p.7,p10) , os
Principais Órgãos relacionados com a auditoria são:
- Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
- Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON);
- Conselho Regional de Contabilidade (CFC);
- Conselho Regional de Contabilidade (CRC).
“Indicar com clareza, e em quanto, as contas ou subgrupos de contas do ativo, passivo, resultado e patrimônio líquido que estão afetados pela adoção de procedimentos contábeis conflitantes com os princípios fundamentais de contabilidade, bem como os efeitos no dividendo obrigatório e no lucro ou prejuízo por ação, conforme o caso, sempre que emitir relatório de revisão especial de demonstrações trimestrais ou parecer adverso ou com resolva”. Almeida (2012 p.9)
Conforme Almeida, CVM, foi criada pela lei nº6.385/76 e
funciona como um órgão fiscalizador do mercado de capitais no Brasil .
Segundo a NBC T 11 - IT – 07, o Planejamento da Auditoria é a
etapa do trabalho na qual o auditor independente constitui a estratégia geral
dos trabalhos para serem executados na entidade que será auditada, conforme
as Normas Profissionais de Auditor Independente e de acordo com os prazos e
demais compromissos contratualmente assumidos com a entidade.
Para efetuar o planejamento é exigido adequado nível de
conhecimento sobre as atividades, fatores econômicos, legislação aplicável e
práticas operacionais da entidade e nível geral de competência de sua
administração.
O trabalho de planejamento de auditoria implica a realização de
diversas etapas, cujo desenvolvimento requer ordenação e planejamento de o
que, como, quanto, e quando fazer, e quem o fará.
20
Em sua visão, planejamento é um compromisso para a ação
ordenada, realística e sistemática de uma escolha racional, determinando o
curso da ação do trabalho a realizar.
De acordo com Almeida (1996, p.123), “planejar significa
estabelecer metas para que o serviço de auditoria seja de excelente qualidade
a um menor custo possível”. Por isso o planejamento deve considerar todos os
fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os seguintes:
• Conhecimento detalhado sobre a organização (ramo da
atividade, negócios e práticas organizacionais); seu sistema contábil; controles
internos e externos e seu grau de confiabilidade;
• Procedimentos de auditoria a serem aplicados (natureza,
oportunidade, extensão, riscos); o uso dos trabalhos de outros auditores
independentes, especialistas e auditores internos.
• Necessidade de atender a prazos estabelecidos por entidades
reguladoras (como CVM, BACEN, entre outras) e para a entidade prestar
informações aos demais usuários externos.
O planejamento deve evidenciar as etapas e as épocas em que
serão executados os trabalhos. Deve-se também evidenciar as áreas e as
unidades que serão atingidas pela auditoria, para comprovar que todos os
compromissos determinados com a entidade auditada foram cumpridos.
O auditor interno tem a função de fiscalizar os processos da
organização, ele analisa os procedimentos através de estudos e testes, verifica
se o sistema analisado é o que está sendo seguido na prática, avalia erros e
possibilidades para determinar quais são mais adequados e produtivos às
áreas analisadas.
O auditor deverá possuir as seguintes características:
• Integridade;
• Responsabilidade;
• Confiabilidade;
• Ser organizado;
• Ser ético;
• Ser dedicado;
21
• Ter habilidade no relacionamento e trato com as pessoas;
• Estar em constante atualização;
• Gostar de cálculos matemáticos;
• Postura crítica;
• Segurança diante de problemas;
• Disciplina
• Comprometimento
• Conhecimentos de informática
• Ter registro no CRC (Conselho Regional de Contabilidade) e
CFC (Conselho Federal de Contabilidade)
2.1 Objetivo do auditor interno
O principal objetivo do auditor interno é o de emitir opinião
relacionada ao funcionamento dos controles internos da empresa. Para isso é
preciso um planejamento adequado de seu trabalho, avaliação do sistema de
controle interno a fim de estabelecer natureza, datas e extensão dos
procedimentos de auditoria e colher evidências comprobatórias das
informações. Attie (2006, p. 52) explica que:
“A importância que a auditoria interna tem em suas atividades
de trabalho serve para a administração como meio de
identificação de que todos os procedimentos internos e
políticas definidas pela companhia, os sistemas contábeis e de
controles internos estão sendo efetivamente seguidos, e todas
as transações realizadas estão refletidas contabilmente em
concordância com os critérios previamente definidos.”
A auditoria interna é, portanto um controle administrativo cuja
atribuição é verificar e avaliar a efetividade dos demais controles. O objetivo
geral do trabalho de auditoria interna consiste em prestar assistência a todos
os membros da administração, no sentido de levar a um cumprimento eficiente
de suas responsabilidades, proporcionando-lhes análises, avaliações,
recomendações e comentários pertinentes às atividades examinadas. (ATTIE,
1987, p.72).
22
O que um auditor interno faz:
• Fiscaliza a eficiência dos controles internos;
• Assegura maior correção dos registros contábeis;
• Opina sobre a adequação das demonstrações contábeis;
• Dificulta desvios de bens patrimoniais;
• Possibilita apuração de omissões no registro das receitas;
• Contribui para obtenção de melhores informações sobre a
real situação econômica, patrimonial e financeira das empresas;
• Aponta falhas na organização administrativa da empresa e
nos controles internos.
O auditor interno deve seguir as normas de Auditoria, mesmo
sendo empregado da empresa o auditor não deve deixar que administração
interfira na execução das suas funções, permitindo o exame de todos os atos
por ela praticados O auditor interno pode prever o exame de alguns fatos
contábeis, antes deles ser registrado, no sentido de assegurar sua legitimidade
e evitar correções futuras.
2.2 Importância da auditoria interna
Com o crescimento das empresas e a consequente
diversificação de suas atividades, surgiu a necessidade de uma atividade que
estivesse atenta nas rotinas de trabalho, e se estas estão sendo habilmente
executadas. Com isto, sentiu-se a real necessidade de uma função que viesse
a assessorar a alta administração na garantia dos controles, para corrigir
eventuais desvios ou redirecionar a ação empresarial.
A Auditoria Interna possui grande importância para as
organizações, pois ela:
• Contribui para maior exatidão das demonstrações contábeis;
• Possibilita melhores informações sobre a real situação
econômica patrimonial e financeira das empresas;
• Assegura maior exatidão dos resultados apurados.
A Auditoria Interna é uma função desempenhada a auxiliar os
investidores, administradores, na condução do seu trabalho. Para Attie, 1992,
23
p. 28, “a Auditoria Interna é uma função independente criada dentro da
empresa para examinar e avaliar suas atividades, como um serviço a essa
mesma organização. “
A proposta da auditoria interna é auxiliar os membros da
administração a desincumbirem-se eficazmente de suas responsabilidades.
Para tanto, a auditoria interna lhes fornece análise, avaliações,
recomendações, assessoria e informações relativas às atividades examinadas.
Esse contexto demonstra-nos claramente a grande importância da Auditoria
Interna nas organizações.
A função da auditoria interna repousa em atividades detalhadas
da empresa, relacionadas, de maneira intensa, com o andamento de cada
função, área, departamento, setor e operação. A auditoria interna, por
orientação gerencial da alta administração da empresa, tem de examinar cada
ramificação e os segmentos, em períodos regulares de tempo, para observar a
legislação, a eficiência operacional e os aspectos tradicionais de controle da
empresa.
O auditor interno é pessoa de total confiança e tem papel
fundamental na decisão de seus administradores , pois seus serviços de
auditoria são de caráter permanente , é através dos relatórios de auditoria que
se demonstra a real situação da empresa.
Neste processo de auditoria, não se pode deixar de considerar
as diferenças entre o auditor interno e o auditor externo, sendo que ambas as
auditorias estão voltadas para o controle interno como ponto inicial de seus
exames e produzem recomendações de melhoria para as falhas/deficiências
detectadas.
a) Auditor Interno – pode ser empregado da empresa auditada
ou pode ser terceirizado, possui menor grau de independência, executa
auditoria contábil, operacional, de gestão, de qualidade, de processos, de
produtos e outros.
O trabalho do auditor interno apresenta como característica um
maior volume de testes em função da maior disponibilidade de tempo na
empresa para executar os serviços de auditoria.
24
b) Auditor Externo - não tem vínculo empregatício com a
empresa auditada, possui maior grau de independência, executa apenas
auditoria contábil.
Seu trabalho tem como principal objetivo emitir opinião sobre
as demonstrações contábeis, no sentido de verificar se estas refletem
adequadamente a posição patrimonial ou financeira, o resultado das operações
e as origens e aplicações de recursos da empresa examinada. Também, se
essas demonstrações foram elaboradas de acordo com os princípios contábeis
e se esses princípios foram aplicados com uniformidade em relação ao
exercício anterior.
Seu trabalho apresenta como característica um menor volume
de testes, já que o auditor externo está interessado em erros que, individual ou
cumulativamente, possam alterar de maneira substancial as informações das
demonstrações contábeis.
2.3 Missão da Auditoria Interna
De acordo com o Instituto de Auditores Internos do Brasil – Audibra (1991, .20),
“a missão básica da auditoria interna é: emitir opinião conclusiva ou considerações a respeito das operações examinadas; avaliar os fluxos, sistemas, plano de controle interno e desempenho da organização ou de qualquer de seus seguimentos; auxiliar a administração e demais membros do corpo gerencial da organização a se desincubirem de maneira eficaz de suas responsabilidades.”
A auditoria interna tem como missão auxiliar a companhia a
atingir os resultados esperados, focando na melhoria dos controles e
processos, minimizando assim os riscos e possibilitando ao cliente interno,
tranquilidade em relação aos controles que foram examinados através da:
a) adequação e eficácia dos controles;
b) Integridade e confiabilidade das informações e registros;
c) Integridade e confiabilidade dos sistemas estabelecidos para
assegurar a observância das políticas, metas, planos, procedimentos, leis,
normas e regulamentos e sua efetiva utilização;
25
d) Eficiência, eficácia e economicidade do desempenho e da
utilização dos recursos, dos procedimentos e métodos para salvaguarda dos
ativos, a comprovação de sua existência, assim como a exatidão dos ativos e
passivos.
No capitulo II é possível observar que a auditoria interna tem
como foco beneficiar a empresa com um melhor controle de seu patrimônio,
procurando reduzir a ineficiência, negligência, incapacidade etc. Com essa
ferramenta de controle administrativo a empresa se beneficiara dos
diagnósticos, quanto à obediência as normas e procedimentos internos,
possíveis áreas de risco, possibilitando a administração tomar as decisões
necessárias. Portanto essa ferramenta tão preciosa – auditoria interna
proporciona maior segurança ao funcionamento correto das operações. É
através da auditoria que se dá a credibilidade as demonstrações contábeis e as
informações nela contida.
A seguir será abordado o tema planejamento na auditoria interna, que
descreve a eficácia de um bom planejamento. Dessa forma evita-se o
retrabalho.
26
CAPÍTULO III
Planejamento na Auditoria Interna
Para realizar uma auditoria eficiente, o auditor precisa
estabelecer uma estratégia geral dos serviços e deve se preocupar com o
Planejamento da Auditoria. O planejamento é considerado, sem dúvida, uma
das partes mais importantes no processo de auditoria contábil. Com um
excelente planejamento a auditoria terá a oportunidade de entender as
necessidades reais e as expectativas da organização auditada.
O planejamento de auditoria de uma organização funciona
como umas das principais etapas do ciclo de melhoria dos processos
organizacionais e cujos objetivos principais estão em verificar quais são os
objetivos que devem ser atingido e como se deve fazer para alcança-los. O
planejamento define onde se pretende chegar, o que deve ser feito, como e em
que sequência.
O planejamento adequado ajuda a garantir que os auditores e
gestão compartilhem a mesma agenda e que cada trabalho agregue valor ao
cliente. No nível macro planejamento, um processo que geralmente é realizado
pela gerência de auditoria, identifica o que será auditado dentro da
organização, enquanto o micro nível de planejamento se concentre em como
planejar uma auditoria individual. A importância do planejamento macro e suas
implicações, de como fazer o escopo da auditoria, adquirir cooperação, gestão
é assegurar que as competências adequadas estejam disponíveis.
De acordo com Sá (1976, p.109),
“A sofisticação tecnológica, os imensos mercados que se abriram e as maneiras de se chegar a eles, a produção em massa, a concepção de tecnoestrutura empresarial, a acirrada competição inter e intranacional exigem do administrador extraordinária atenção a necessidade de, com razoável antecedência, estabelecer missões e objetivos da empresa, estudar e selecionar os caminhos alternativos, implantar a estrutura e implementar os planos e ideias escolhidas. Em outras palavras, PLANEJAR.”
Para que o trabalho de auditoria interna seja eficiente e eficaz,
é necessário que se faça, com antecedência, um planejamento, a fim de
27
precaver-se de situações indesejadas e realizar um trabalho bem-sucedido, de
forma a possibilitar uma tomada de decisão eficaz. Em sentido amplo, Cardoso
(1995, p.77) define planejamento como “um exercício de como definir,
perseguir com determinação e alcançar objetivos”. Porém, para a auditoria
interna, planejar significa, segundo Almeida (1996, p.123), “estabelecer metas
para que o serviço de auditoria seja de excelente qualidade e a um menor
custo possível”. De acordo com a Resolução do CFC n° 986, que aprova a
NBC T 12 - Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis
com alterações e dá outras providências - para que seja elaborado um
planejamento, deve-se considerar todos os fatores relevantes na realização
dos trabalhos, principalmente os seguintes:
• o conhecimento detalhado dos sistemas contábil e de
controles internos da entidade e seu grau de confiabilidade;
• a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de
auditoria interna a serem aplicados;
• a existência de Entidades associadas, filiais e partes
relacionadas que estejam no âmbito dos exames da auditoria interna;
• o uso do trabalho de especialistas e outros auditores;
• os ciclos operacionais da Entidade relacionados com volume
de transações e operações;
• o conhecimento das atividades operacionais da Entidade,
como suporte para a análise eficaz dos procedimentos e sistemas de
Contabilidade de Custos que estão sendo aplicados para acompanhar e
controlar o uso e o consumo de recursos, visando verificar a existência de
desvios em relação às rotinas preestabelecidas;
• o conhecimento da execução orçamentária, tanto operacional
como de investimentos, no sentido de verificar a exatidão de apropriação dos
valores, se os desvios estão sendo controlados e se as consequentes ações
corretivas estão sendo aplicadas. O planejamento existe para que se possa
estabelecer um programa de trabalho na organização, que tende a ser
executado de forma eficiente, a fim de se obter resultados positivos e auxiliar
no processo decisório das organizações.
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3.1 Desenvolvendo um trabalho eficiente
O primeiro passo do auditor é definir os objetivos que deverão
ser alcançados com a execução do trabalho de auditoria, objetivos estes que
serão os direcionadores das próximas etapas da avaliação, bem como da
opinião do auditor. Os objetivos de auditoria não se confundem com os
objetivos do processo avaliado, mas estão intimamente relacionados, exemplo:
um dos objetivos de um processo de compras é que garanta que somente
sejam adquiridos produtos e/ou serviços necessários para a operação, por
outro lado, o objetivo de auditoria é avaliar que o sistema de controles internos
do processo de compras garanta que somente produtos e/ou serviços
necessários para operação sejam adquiridos.
O próximo passo é declarar a natureza e a extensão do
trabalho através da definição do escopo de auditoria, onde definimos o período
coberto, o objeto da avaliação, foco especifico, localidade, materialidade,
critérios de amostragem, e etc.
Incluímos também no planejamento a equipe programada,
sempre levando em conta as competências e habilidades necessárias, um
cronograma dos trabalhos, definindo datas de inicio e término, inclusive datas
para as reuniões de inicio de final do trabalho em campo, como data limite para
emissão do relatório final.
Procuramos reunir toda e qualquer informação sobre o
processo que será avaliado, como: Organograma, identificação das pessoas
chaves, sistemas utilizados, localidades, políticas e procedimentos, leis e
regulamentos, analise de riscos, enfim tudo aquilo que possa acrescentar para
nosso conhecimento e auxilio para definição dos procedimentos a ser
adotados.
É preciso também considerar a complexidade e tamanho do
processo a ser estudado, e também os principais fatores que afetam as
condições e as operações no negócio, incluindo mudanças recentes no
ambiente interno, externo. As preocupações e as solicitações da alta
administração devem também fazer parte da formalização do planejamento.
29
Se faz necessário observar os papéis de trabalho que são:
• atender às normas de auditoria geralmente aceitas;
• acumular as provas necessárias para suportar o parecer do
auditor;
• auxiliar o auditor durante a execução de seu trabalho;
• facilitar a revisão por parte do auditor responsável, a fim dele
assegurarse de que o serviço foi efetuado de forma correta;
• servir como base para a avaliação dos auditores;
• ajudar no trabalho da próxima auditoria (um conjunto de
papéis de trabalho bem preparados serve de guia na auditoria do outro
exercício social, concorrendo para que ela seja conduzida de forma mais
eficiente);
• representar na justiça (no caso de ser movida uma ação
contra o auditor ou a firma de auditoria) as evidências do trabalho executado.
Os papéis de trabalho correspondem a uma descrição das
constatações do auditor, em cumprimento às instruções do programa de
auditoria, complementado por uma compilação das informações, que inclui
documentos, cópias de dados, listagens e mapas preparados pelo próprio
auditor ou pelas áreas cujos componentes significativos foram examinados pelo
auditor.
30
3.2 Auditoria Interna e os Administradores
A auditoria interna é uma tarefa que tanto envolve a área
operacional, pela condução dos trabalhos realizados, quanto necessita deste
envolvimento com a área administrativa. O auditor interno deve realizar seus
trabalhos de forma compartilhada com os profissionais da administração,
mantendo, com isto, uma consonância de objetivos a fim alcançar a eficiência e
eficácia das rotinas e operações envolvidas. De acordo com Paula (1999,
p.35), “O administrador deve reconhecer no auditor um parceiro, um assessor
que tendo um conhecimento abrangente da entidade e minucioso na área
auditada pode provocar melhorias, subsidiando a sua tomada de decisão.”
Tanto o auditor quanto o administrador precisam entender que,
apesar de a habilidade técnica permitir um trabalho profissional, as conclusões
e recomendações do auditor podem permanecer impotentes se ignoradas,
mesmo que o relatório de auditoria interna tenha sido cuidadosamente
preparado.
Desde que haja ressonância adequada na empresa auditada,
uma posição reforçada pelo suporte da administração fornece ao trabalho e ao
relatório do auditor força e efeito.
3.3 Responsabilidade da Auditoria Interna
A responsabilidade da auditoria interna deve estar definida em
um documento formal, aprovado pela alta administração.
Este documento deve deixar claros os objetivos da auditoria
interna, especificar as atividades e esclarecer que a competência a ela
atribuída não exclui a responsabilidade dos setores envolvidos.
A responsabilidade da auditoria interna é assessorar a
organização de modo condizente com as normas para exercício profissional da
auditoria interna (Normas Brasileiras para a Auditoria Interna, publicadas pelo
Instituto dos Auditores Internos do Brasil, em 11/92 e pelas Normas
Profissionais do Auditor Interno - NBC P3, publicadas através da Resolução
CFC n.º 781 de 24/03/95).
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Essa responsabilidade compreende a coordenação das
atividades da auditoria interna com as das demais unidades, visando atingir
com maior facilidade seus objetivos, assim como os da organização.
Citarei outras responsabilidades relevantes: Observar com
maior rigor do que qualquer outro empregado, os regulamentos internos da
empresa; manter alto padrão de comportamento moral e funcional; ser discreto,
não se utilizando de fatos apurados para proveito próprio; reportar eventuais
sugestões sobre possíveis melhorias de sistemas de controle ou trabalho; só
reportar fatos que possam ser comprovados por documentos verificados e que
não possam ser contestados; manter sempre presente perante os setores que
audita não tem função de espião ou fiscal, mas sim de empregado
categorizado, que tem funções definidas dentro da organização.
3.4 Vantagens x Desvantagens no planejamento
Planejar e organizar são ferramentas imprescindíveis para o
sucesso de uma empresa.
Vantagens:
*Possibilitar a divisão racional do trabalho entre os
elementos da equipe. *Facilitar a administração do trabalho.
*Prever a descoberta de problemas.
*Pode ser utilizado, com adaptações, em outros trabalhos.
*Favorece a proteção dos interesses e bens da empresa em
frente a terceiros.
*Contribui a atividades ordenadas e com um propósito.
Todos os
esforços estão apontados para os resultados desejados e consegue-se
uma sequência efetiva de tais esforços. O trabalho não produtivo se
minimiza.
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Desvantagens:
* risco de o planejamento não deixar bem explícito todos os
procedimentos.
* cada empresa tem suas características próprias e
especiais de maneira que devem ser focado ao tipo de empresa que se
trate
* O planejamento tem um alto custo. Dado que é a base de
uma boa administração, um adequado planejamento requer um grande
esforço que se traduz em tempo, o qual leva a aumentar os custos em
termos de horas homem.
33
CONCLUSÃO
O planejamento é importantíssimo para o sucesso de uma empresa.
Através dele podemos analisar o mercado, a organização e estabelecer os
objetivos visando sempre um sucesso duradouro.
Segundo o autor William Attie:
“O planejamento é o alicerce sobre o qual todo trabalho deve
ser fundamentado e funciona como um mapa estrategicamente
montado para atingir o alvo. A montagem do planejamento, objetiva
percorrer uma estrada predeterminada, num rumo identificado,
estabelecido e analisado.” ( Attie, William. Auditoria Interna,1998,p.44)
Conforme o autor, não é possível atingir um alvo sem um planejamento.
É necessário tê-lo bem definido assim como os seus objetivos.
Para os auditores disponibilizarem informações precisas para tomada de
decisões é necessário desenvolverem um excelente programa.
O auditor deverá levantar as informações necessárias, que o auxiliará a
conhecer o ramo de atividade da contatada, sua complexidade, a legislação
aplicável, relatórios e outros informes a serem emitidos, para assim determinar
a natureza do trabalho a ser executado.
Porém, cada empresa deverá definir o planejamento a ser utilizado, pois
não é possível utilizar o mesmo para todas. Cada empresa tem objetivos e
metas distintas. O que foi aplicado e deu certo em uma organização, não
garante que dará certo para todas. Segundo Franco e Marra (1992, p.224) “(..)
não é aconselhável elaborar um programa único, aplicável a todos os casos. O
auditor deverá estudar acuradamente as condições da empresa e elaborar o
programa adequado”.
A auditoria contribui com informações que auxiliam o administrador na
hora de avaliar o andamento de sua empresa e, atualmente, o mercado tem
sofrido várias mudanças e as organizações precisam se preparar para essas
oscilações, buscando sempre sobreviver nesse mercado tão competitivo. Uma
34
empresa sem planejamento é uma empresa não competitiva e a tendência é
morrer.
Nessa monografia é possível perceber que a auditoria interna vive um
momento único na sua história e tem vindo a desenvolver e a consolidar como
um dos principais alicerces da estrutura de administração das organizações. O
seu papel mais amplo posicionado num contexto de gestão, nos processos de
gestão de riscos, auxiliando na prevenção de perdas e na identificação de
oportunidades de melhoria dos instrumentos de gestão e controle das
operações, tem produzido resultados positivos.
Neste sentido, é de fundamental importância que os estudos, sobre
auditoria interna e o processo de tomada de decisão, tenham uma ênfase
maior, no sentido de que, quanto mais a auditoria interna forneça informações
que sejam úteis e oportunas à gestão, maior credibilidade e importância serão
dadas a essa área dentro da organização.
Esta posição colabora com a evolução da auditoria interna que tem
vindo,progressivamente, a modernizar-se, a atualizar-se e a expandir-se para
atender às novas exigências das organizações e da sociedade em geral.
Os procedimentos de auditoria são direcionados para que as
demonstrações contábeis sejam fidedignas e apresentadas de acordo com os
princípios de contabilidade geralmente aceitos.
Nas organizações a auditoria interna deve ser um “agente visionário”,
com atitudes e ideias voltadas para alavancar resultados, e não somente
exercer atividades de controles internos. O profissional desta área deve estar
permanentemente atualizado,através de estudos contínuos, adequando-se e
adaptando-se às novas exigências do mercado.
Pretendeu-se, também com esta monografia, demonstrar a importância
da auditoria interna no processo decisório das organizações.
A pesquisa bibliográfica foi fundamental para se alcançar o objetivo
geral. De uma maneira geral, as empresas estão se deparando com muitos
desafios: concorrentes instalando-se ao lado, tornando o mercado cada vez
mais exigente e infiel.
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Conclui-se, então, que o planejamento na auditoria interna se faz
necessário para enfrentar os desafios e tomar a melhor decisão.
As empresas devem manter um sistema de controle que envolva um
processo de planejamento que funcione, de forma a garantir à gestão a
integridade da organização. A chave para a solução destes problemas pode
estar na criação de auditorias internas.
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Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um Curso Moderno e Completo. São Paulo: Atlas, 2012.
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 5ª ed.
São Paulo:Atlas, 1996.
Auditoria Interna. São Paulo: Atlas, 1992.
ATTIE, William. Auditoria Interna. São Paulo: Atlas, 1998
ATTIE, Willian. Auditoria: Conceitos e aplicações. 3ª. Ed. São Paulo. Atlas,
2006.
AUDIBRA- INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL. Normas
brasileiras para o exercício da auditoria interna. 2.ed. São Paulo, 1991.
EQUIPE DE PROFESSORES DA FEA/USP. Contabilidade Introdutória.São Paulo: Atlas, 2010 FRANCO, Hilário, MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 2ª. ed. São Paulo: Atlas,
1992.
MACHADO,Hermínio . Auditoria Contábil.São Paulo:Atlas,1993
SÁ, Antônio Lopes de. Auditoria Interna. São Paulo:Atlas, 1986.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Auditoria: origem no Brasil e evolução 10
1.1 - Desenvolvimento da Auditoria 11
1.2 – Na era da informação 12
1.3 – A presença dou auditor na organização 14
1.4 – Tipos de auditoria 16
CAPÍTULO II
Auditoria Interna 18
2.1 – Objetivo do auditor interno 21
2.2 – Importância da auditoria interna 22
2.3 – Missão da auditoria interna 24
CAPÍTULO III
Planejamento na Auditoria Interna 26
3.1 – Desenvolvendo um trabalho eficiente 28
3.2 – Auditoria Interna e os Administradores 30
3.3 – Responsabilidade da auditoria interna 30
3.4 – Vantagens e desvantagens 31
38
CONCLUSÃO 33
BIBLIOGRAFIA CITADA 36
ÍNDICE 37