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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
UM OLHAR SOBRE TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO DE ARTES VISUAIS
Por: Cecilia Alves Ribeiro
Orientador
Prof. Vilson Sergio
Rio de Janeiro
2013
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2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
UM OLHAR SOBRE TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO DE ARTES VISUAIS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Arte em Educação e Saúde
Por: Cecilia Alves Ribeiro
3
Agradeço a ti, Senhor, porque tudo revela o
teu poder a tua bondade. A harmonia do
Universo dá testemunho de uma sabedoria,
de uma prudência e de uma previdência que
ultrapassam todas as faculdades humanas.
4
“Tenho sempre presente que a renovação é
uma condição da vida.
Nunca me satisfaz o que faço.
Vejo nisso um estímulo permanente à criação.
Ainda sou um homem a caminho.”
Iberê Camargo
5
RESUMO
Esse estudo monográfico propõe discorrer sobre a interligação de três áreas: a tecnologia abrangendo os veículos da informática, informação e comunicação, a arte e suas manifestações através dessas ferramentas e a educação dialogando com a arte e as atuais tecnologias. Inicialmente a fotografia surgida no final do século XIX, as novas mídias no decorrer século XX e recentemente a tecnologia digital vieram interferir aos processos artísticos com novas linguagens e conceitos. Como as TICs vieram contribuir para a prática didática de ensino, propiciando diferentes formas de aprendizagem nas artes visuais e de que forma essa ferramenta se articula com educadores, educandos e aos objetivos da arte educação. .
6
METODOLOGIA
A metodologia utilizada para realização da presente monografia foi a pesquisa
bibliográfica fundamentada sob a abordagem educação e arte em suas
relações com as tecnologias contemporâneas na construção de linguagens de
expressão e veículo de informação.
Tendo como referencia principal de estudo as publicações dos autores:
Ana Mae Barbosa - arte educadora, pesquisadora e defensora do enfoque
multicultural na educação
Aurora Ferreira - arte educadora e pesquisadora
Diana Domingues - professora, pesquisadora e artista multimídia
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - 10
Arte e tecnologias CAPÍTULO II - 15
Recursos tecnológicos dialogando com a arte educação
CAPÍTULO III – 24
Ferramentas e linguagens a serviço da arte
CONCLUSÃO 27
ANEXOS 29
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34
BIBLIOGRAFIA CITADA 36
ÍNDICE 37
8
INTRODUÇÃO
Os utensílios inventados pelo homem desde a época da pré-história marcaram
o caminho da cultura e o despertar da criatividade humana. Faz parte da
evolução da capacidade humana o ato de procurar soluções, métodos ou
procedimentos científicos que atendam suas necessidades e proporcionar
melhor qualidade de vida. Aos instrumentos, seus processos, serviços e
conhecimentos gerados para suprir essas necessidades denominam-se
tecnologia, ela acompanha de forma diferenciada e progressiva o homem em
sua existência, os procedimentos humanos utilizados para realizar tarefas com
determinadas tecnologias denominamos técnicas, estabelecendo: novas
tecnologias requerem novas técnicas, nesse caminho também se insere a
articulação de novas linguagens de expressão artística apresentadas pela arte
contemporânea que atendam ao contexto da atual cultura influenciada pelos
processos e produtos disponibilizados pelas tecnologias da comunicação e
informação e pela microeletrônica, que como propriedade atuam em espaço
virtual e sua base essencial a informação.
Com avanços da atual tecnologia em digital estão intensificando sua inserção
na sociedade, ganhando maior espaço, modificando as atribuições nas
realizações de tarefas cotidianas e meios de comunicação em diversos
campos: no trabalho, no entretenimento, na saúde, no esporte e a educação
se intui na inserção dessa demanda de constante inovação do mundo
contemporâneo, essa nova realidade tecnológica que intervêm de forma
dinâmica e aberta nos processos de ensino e aprendizagem. A abordagem
tecnologia na arte e educação propõe expor a forma de apropriação do
potencial desses recursos para promover o conhecimento e maior qualidade
de aprendizagem em sua mediação com professores e alunos no ensino das
artes visuais.
9
Criar é a arte de inventar e dar forma, conceber a existência é colocar em
atividade o poder de criar, é exercitar a criatividade. O ato criador é um bem
presente em todas as áreas da atividade humana, na área educacional a arte
educação estabelece o desenvolvimento desse potencial inerente ao ser
humano, e oferecer condições de um ambiente facilitador para que ele se
desenvolva é um fator significativo, determinado pelas condições deste
ambiente poderão acarretar resultados estimulantes ou reprimidos da
capacidade criadora.
O conhecimento se forma através da informação, e na relação das tecnologias
contemporâneas com a arte esses equipamentos são instrumentos
facilitadores para a educação, não podemos desconsiderar as oportunidades
que os estudantes terão em compartilhar na construção de sua aprendizagem,
promovendo através desses recursos seu interesse pela arte. Recursos esses
em que a atual geração tem intensa afinidade e estão cada vez mais
intrínsecos nas diferentes relações dessa sociedade, promovendo uma nova
cultura.
CAPÍTULO I
10
ARTE E TECNOLOGIAS
A arte é o reflexo estético de situações econômicas, sociais e culturais
vivenciadas pela humanidade ao longo de sua existência, nela esta refletida de
forma sensível o pensamento e as inquietações de uma época. Nessa linha
traço um conciso histórico sobre o percurso da arte acompanhando a evolução
da tecnologia e sua interferência as técnicas e ao processo criativo artístico.
1.1 Arte a caminho da contemporaneidade
O desenvolvimento da Revolução Industrial no século XIX foi marcado pela
intervenção dos novos meios de produção nas atividades humanas na Europa
e nas Américas que contribuiu para o desencadeamento de marcantes
manifestações nas realizações das artes visuais ocasionadas pelo objetivo de
se direcionar ao modelo da cultura industrial. Com o advento de novos meios
de reprodução - a mecânica, que se caracterizavam por processos rápidos e
de larga escala, que vieram substituir o processo artesanal promovendo
adequações à assimilação das tecnologias mecânicas na arte; como o
surgimento da câmera fotográfica, se a fotografia retrata com maior fidelidade
seria a função do pintor pesquisar os processos da percepção, a formação da
pigmentação e os efeitos da luz para suas obras, preocupando-se com a
representação de sensações idealistas do Impressionismo; e o advento do
cinema marcou mudanças no comportamento da visão humana e no
entendimento sobre imagens realistas e imaginárias; também para se adequar
as especificidades da industrialização o design de produto passou se a
11
apresentar com formas simplificadas de linhas geométricas sem o excesso
detalhista eclético.
O progresso da produção pelo processo industrial chegou ao século XX com a
necessidade de criar indústrias para atender as modernas áreas de produção
como a cinematográfica e a gráfica. A absorção pelos artistas modernos aos
processos da fotografia, do cinema, da produção seriada de objetos e
impressos representava a nova época da reprodução mecanizada, das
metrópoles industriais, do consumismo e entretenimento em massa. A arte foi
se direcionando pela interação entre a produção de artistas e a produção de
fotógrafos, cineastas, designers e estilistas, com as recentes linguagens
visuais e técnicas que denotavam o cenário da vida urbana. Os avanços de
recursos técnicos se estruturavam como novas linguagens, onde artistas
encontravam nas técnicas processos que atendiam suas demandas e técnicos
buscavam nas artes referências estéticas para suas produções, a exemplo de
novos veículos artísticos como os cartazes publicitários e as seqüências de
imagens baseadas na cinematografia denominadas cronofotografias.
As vanguardas históricas assim chamadas às manifestações artísticas que
derrubaram as fronteiras das categorias tradicionais da arte e despontavam
para as novas experimentações visuais no início século XX, conjugando numa
inter-relação em arte única a pintura, escultura, fotografia, cinema, arquitetura,
design gráfico/produto/têxtil e teatro ao ambiente cultural mecanizado do
Modernismo. O centro cultural artístico se desloca da Europa para os Estados
Unidos na segunda metade do século XX, a Pop Arte ascende com a
sociedade de consumo, extraindo dos meios de comunicação de massa
imagens da cultura popular, vinculadas à publicidade, cinema e televisão. Os
novos dispositivos tecnológicos reforçam a função da imagem, e a
sobrevivência das indústrias do cinema, televisão e publicidade gerada
essencialmente sobre a informação imagética, a peça artística transformava-se
em múltiplo, características da pós-modernidade.
12
O fim da obra de arte como objeto coincide com o fim da idéia de que o objeto constitua um valor ou, em nível econômico, um bem patrimonial. Era inevitável que a arte, como atividade produtora de objetos-valor, findasse no mesmo momento em que a sociedade deixava de identificar o valor com objetos destinados a constituir um patrimônio a ser conservado e transmitido de geração em geração. O desenvolvimento tecnológico industrial levou à substituição do objeto individualizado e individualizante, feito pelo homem para o homem, pelo “produto” anônimo, padronizado, repetido em séries ilimitadas: para uma sociedade que já não vincula idéia do valor à realidade do objeto, não há serventia em objetos que sejam modelos de valor;....
(ARGAN, 2007, p.581)
As realizações artísticas contemporâneas que já despontavam nos anos 60
com numa nova relação entre obra, autor e observador, o ambiente expositivo
se transforma para que se realize o estado de participação necessária à
complementação da obra, e assinalam por conjugar diferentes meios em seus
processos de criação, as expressões artísticas como a Land Art: com
intervenção direta em espaço natural onde o espectador se situa dentro da
obra; a Arte Conceitual que questiona a concepção do trabalho; a Performance
em que se apresenta no próprio artista em obra momentânea e a Videoarte
que explora gravações de imagens e sons, são manifestações que conectam
as linguagens da fotografia e do vídeo na produção e difusão de suas obras e
promovem por vezes situações com o envolvimento do próprio artista ou da
participação do público, e apresentam em suas propostas o direcionamento da
arte às preocupações realistas e as características do ambiente tecnológico.
Observamos assim o encaminhamento da área tecnológica para a arte com o
desenvolvimento da tecnologia artesanal para a industrial, alcançamos a pós-
modernidade na segunda revolução industrial com a tecnologia da informação,
o desenvolvimento dos meios eletrônicos, os avanços na telecomunicação e os
recursos da informática engajando-se aos processos de criação, e cerca de
quatro décadas vivenciamos a terceira revolução chamada tecno-científica com
expansão da internet, a robótica, a telefonia móvel, a microeletrônica e a
tecnologia de ponta dialogando com novos métodos aos conceitos do fazer
artístico.
13
1.2 Ciberarte
No fluxo da arte com a tecnologia se incorporando ao processo de criar surgem
novas formas de expressão artísticas vinculadas às possibilidades de
comunicação, com características multimídia e interativa. Os materiais e
suportes de trabalho antes utilizados no processo de produção das artes
visuais como pincéis, lápis e telas dão lugar aos dispositivos: computadores
multimídia, câmeras/filmadora/fotográfica/web, mixers, etc, recursos de
softwares e a grande utilização do serviço da rede Internet. Nas últimas
décadas a arte contemporânea tornou-se susceptível à tecnologia, os artistas
acompanhando o processo de inovações culturais e sociais apropriam-se em
suas produções de mecanismos eletrônicos da tecnologia digital como
ferramenta artística nas formas de criação, reprodução e objetos de sua arte.
“...a arte contemporânea, há cerca de trinta anos, abraçou uma série de práticas artísticas assentadas na revolução da eletrônica e nas tecnologias numéricas e que, nestes últimos anos do século, artistas espalhados pelo mundo adquirem uma consciência cada vez mais forte de seu papel como agentes de transformação na sociedade.”
(DOMINGUES ,1997, p.17)
A arte digital se constitui dentro de enormes possibilidades hibridas entre as
imagens analógicas e digitais, da fotografia aos processos digitais de
tratamento de imagem manipulados pelo computador, são exemplos, a tecno-
body-arte, as esculturas virtuais e a arte holográfica, a arte onde as figuras
humanas são representadas virtualmente em happenings e performances, as
vídeoinstalações interativas, a webart com produções artísticas direcionadas a
rede Internet, na ciberarte os objetos artísticos se compõem de forma imaterial.
Convivemos na cibercultura, onde por meio da tecnologia digital vivenciamos
virtualmente, ela abre portas para a interatividade, a Ciberarte se processa
14
pela arte interativa criando parcerias, co-autores em ambientes virtuais, a obra
se apresenta como objeto de conexão e o veículo de circulação são as redes
informatizadas, a arte manipulada pela tecnologia da informática e pelos meios
de comunicação eletrônica onde se conjuga informações mescladas,
expandidas, recortadas, de imagens em movimento, sons e textos em obras
multimidiáticas abertas, em que o usuário se transforma em elemento ativo,
produzindo, gerenciamento, compartilhando e interagindo com conteúdos em
diferentes interfaces, dialogando em rede mundial.
“Que arte é esta da cibercultura? O ciberespaço e a arte interativa são invenções das tecnologias digitais do século XX. O espaço é mais do que o bidimensional, o tridimensional ou o arquitetônico, é o ciberespaço, o espaço de computadores, o espaço planetário, o espaço de ambientes digitais.”
(DOMINGUES, 1997, p.18)
A ciberarte se configura na arte de ação participacionista de estética
participacionista no diálogo do homem com a máquina, as expressões
artísticas da contemporaneidade advindas das atuais tecnologias são múltiplas
e suas denominações ainda deverão ser definidas com sua concretização
histórica.
CAPÍTULO II
RECURSOS TECNOLÓGICOS DIALOGANDO
COM A ARTE EDUCAÇÃO
15
Compondo essa temática enfoco as TICs, Tecnologias da Informação e
Comunicação em avanços na configuração da linguagem digital, englobando
seus equipamentos, serviços e usos e a microeletrônica, em conciliação aos
processos de produzir, distribuir e receber conhecimento na educação, com
foco no ensino das artes visuais.
Podemos constatar pela lei educacional brasileira através da Lei de Diretrizes e
Bases que nos anos 90 foi incluído oficialmente o uso de TICs na educação, a
proposta nos Parâmetros Curriculares Nacionais-Arte na modalidade Artes
Visuais inclui as artes gráficas, vídeo, cinema, fotografia e as novas
tecnologias como recursos educacionais. Inclui-se também nos PCN a
proposta com base na Metodologia Triangular de Ana Mae Barbosa que
encaminha o ensino das artes ao exercício do fazer, a apreciação e
conhecimento da arte, permitindo aos educandos experimentar e entender as
linguagens das artes em suas amplas possibilidades, inserindo a arte ao
contexto social histórico.
Não mais se pretende desenvolver apenas uma vaga sensibilidade nos alunos por meio da Arte, mas também se aspira influir positivamente no desenvolvimento cultural dos estudantes pelo ensino/aprendizagem da Arte.
(BARBOSA, 2011, p.17)
A Metodologia se baseia nos pontos:
- Na leitura da imagem: sua análise, interpretação e avaliação. A
observação com o olhar investigativo levará a formação do senso crítico e
ao conceito de estética.
16
- Na prática artística: o fazer proporcionando vivencia e experiência em
seu processo de criação, dando ênfase a percepção, fantasia e
imaginação.
- Na contextualização da obra de arte: a história da arte situando a obra e
o artista no momento histórico que os envolvem.
No diálogo entre arte, educação e tecnologia situam os principais envolvidos os
educandos e educadores relacionados com as propostas da arte educação se
redimensionando aos novos meios de mediação onde o aluno se torna atuante
em sua aprendizagem, desenvolvendo potencialidades ainda inertes. Esses
meios fornecem informações com conteúdos de dados e imagens que podem
ser acessados de forma veloz e prazerosa, possibilitando ao professor planejar
atividades com o objetivo de que os alunos as interprete, relacione-as e
contextualize, oferecendo condições de ampliar a capacidade de comunicação,
a criatividade e a sinergia dos alunos envolvidos nestas atividades.
Participamos da era digital, onde sob a interferência da linguagem das
tecnologias da informação e meios de comunicação, convivemos num
ambiente de significantes progressos que interferem com novas alternativas de
interação e aprendizagem estabelecidas pelas relações entre conteúdos,
espaços, tempos e pessoas, a educação não pode se alienar ao envolvimento
dessas tecnologias como mediador na construção do conhecimento, Barbosa
menciona “Percepção, memória, mímesis, história, política, identidade,
experiência, cognição são hoje mediadas pela tecnologia” (2010, p.111), os
educadores de arte devem estar conscientes dessas propriedades para inserir
em seus métodos didáticos as ferramentas disponibilizadas pelas novas
tecnologias, que hoje se incorporam ao processo de criação, execução e
apreensão da arte com o propósito de formar um público integrado as
mudanças conceituais e práticas da arte oriundas da relação arte e
tecnologias, pois estamos cercados de estímulos e imagens produzidas por
esses meios, que traduzem o espírito contemporâneo.
17
“Vivemos num mundo marcado pelos desafios políticos, econômicos e sociais decorrentes das tecnologias. Todos os campos da atividade humana, inclusive a educação, passam pelo desafio do uso de novas tecnologias. Diante disso a arte também não poderia ficar alheia a esse novo período da história.”
(FERREIRA, 2008, p.35)
Através das constantes renovações tecnológicas surgem processos artísticos
realizados através de equipamentos, serviços e técnicas que modificam e
ampliam as propostas artísticas no fazer e fruir, na sua produção e criação e
com novos ambientes de se propagar essas realizações. As expressões
artísticas contemporâneas conduzem a necessidade de preparar os
educandos para o domínio e leitura crítica dessa arte e pela alfabetização
visual conscientizá-los desse volume imagético, Barbosa afirma “Para
compreender e fruir a arte produzida pelos meios eletrônicos, o público
necessita de uma nova escuta e de um novo olhar.” (2008, p.110) essa
exigência delega aos objetivos da arte educação em se desempenhar na
busca de estruturas e novos métodos para articular a arte e tecnologia na
formação do conhecimento relacionada ao ambiente temporâneo.
“Com a atenção que a educação vem dando às novas tecnologias na sala de aula, torna-se necessário não só aprender a ensiná-las inserindo-as na produção cultural dos alunos, mas também educar para a recepção, o entendimento e a construção de valores das artes tecnologizadas, formando um público consciente.” (BARBOSA, 2010, p.111)
As tecnologias não representam o fim das artes nem o comprometimento à
criatividade, elas atuam como ferramenta a novas experimentações ao
processo de produção, Ferreira destaca “Que na arte tecnológica a máquina
executa as tarefas no lugar do artista. No entanto, são de competência do
artista o trabalho intelectual e a atividade imaginativa. A ação criadora também
é de exclusividade dele” (2008, p.37), na produção de imagens mesmo pela
manipulação de equipamentos as formas fluem em exercício constante, esses
equipamentos não se tornam inibidores do processo criador, sim desafiadores
na reconstrução da imagem, pois são as imagens que desencadeiam o
18
fenômeno estético da percepção mental no sistema cognitivo do aluno. A
utilização na arte educação de ferramentas disponibilizadas pela tecnologia é
um meio de diversificar as práticas pedagógicas, oferecendo aos estudantes
formas diferenciadas de se expressar, a artemídia é o engajamento das áreas
arte e tecnologia que em sua prática se desenvolve a capacidade de criação
numa nova forma de relacionar a subjetividade.
2.1 O usuário educando
A arte se dimensiona em compasso antecipado ao seu tempo, nela está
depositada a leitura sensível da relação homem com as questões de seu
universo, nesse parâmetro a arte educação deve acompanhar o
desenvolvimento sociocultural em que os educandos convivem, oferecendo
propostas conectadas a sua realidade e seu cotidiano, objetivando o
desenvolvimento individual, Ferreira ressalta a relação da arte/informática, pois
elas estão hoje integradas à vida do ser humano e afirma “Acreditamos com
isso, que, uma educação diversificada, que explore as possibilidades
oferecidas pela tecnologia poderá ser importante para ajudar a criar uma nova
forma de aprendizagem.” (2008, p. 15). Percebemos que no sistema
educacional ainda é pouco reconhecido os méritos da arte como disciplina e
através da utilização de recursos tecnológicos como veículo de interação no
ambiente educacional proporcionará um veio a estimular o interesse dos
alunos pela disciplina, a arte tem a propriedade de desenvolver a percepção,
elaborar a sensibilidade, o senso estético e crítico, sendo instrumento
necessário ao desenvolvimento humano contribuindo para sua formação como
agente ao processo de aprendizagem, desempenhando importante papel na
educação.
O dinamismo da vida contemporânea, resultado da Revolução Científico-
Tecnológica acarreta mudanças de pensar e agir, interferindo ao processo de
19
construção do conhecimento, que conseqüentemente delega as recentes
tecnologias sua contribuição para novas formas de pensar, de questionar
valores, de produzir, reproduzir e propagar conhecimento. As atividades
artísticas realizadas em técnicas e linguagens tradicionais provavelmente num
momento próximo já não motivem mais os jovens para as aulas de arte, não se
contesta as linguagens artísticas tradicionais, elas são primordiais na fase
inicial do ensino fundamental, posteriormente como alternativa poderão ser
inseridas atividades artísticas tendo as tecnologias como meio de expressão,
elaborando possibilidades de fusão entre metodologia com linguagens
tradicionais e computadorizadas. Quanto aos programas da disciplina de arte,
será necessário sua adequação e conduzi-los em relação aos avanços
tecnológicos em contraproposta aos conteúdos programáticos disponibilizados
de forma fragmentada, sem inter-relação que foge aos conceitos e
expectativas dos atuais discentes que acostumados a conviver com a
Cibercultura, manuseiam e dialogam naturalmente com o maquinário eletrônico
e com suas competências e habilidades certamente terão facilidade de
expandir seu relacionamento com a arte, que dentre as possibilidades
oferecidas pelas suas ferramentas terão opções de criar e também través da
comunicação interativa explorar na diversidade disponível os conteúdos de
arte. É importante que as escolas ofereçam salas de aula equipadas com
tecnologias capazes de atender as expectativas desses jovens, contribuindo
para transformações nos processos de conhecimento, de produção, absorção
e propagação das informações, desenvolvendo um aprendizado participativo
através de instrumentos que despertam grande interesse aos educandos,
oferecendo oportunidade de parceria na construção de sua educação.
“Para ampliar os limites da tecnologia e de seu uso, é preciso pensar as relações entre tecnologia e processo de conhecimento, tecnologia e processo criador”
(BARBOSA, 2010, p.111)
20
2.2 O usuário educador
O professor é o principal mediador no ambiente escolar, ele desempenha
importante papel na formação do indivíduo, compete a ele problematizar,
incentivar, relacionar e enriquecer sua atuação profissional na busca de
inovação nas práticas didáticas, nessa dimensão também é fundamental criar
ambientes multiculturais que favoreçam ao educador como formador intelectual
inserir seus alunos na tecnocultura. Ante ao contexto tecnológico em que nos
situamos comportamentos, práticas, informações e saberes modificam-se
constantemente e inevitável que o educador se mantenha atualizado obtendo o
conhecimento e domínio das ferramentas oferecidas pelas atuais tecnologias
para que possa adequadamente através delas disponibilizar aos alunos
viabilidades de criar, executar e explorar em suas aulas propiciando o
aprendizado ampliado e mutante sob novas estratégias. A tecnologia esta
presente no momento em intenso avanço e constante renovação,
proporcionando diversos serviços e estruturas que podem beneficiar a
educação, conseqüentemente é necessário ao educador estar se capacitando
para que não ocorra defasagem em sua formação profissional na utilização
desses equipamentos para que essas inovações se tornem uma ferramenta de
sustentação produtiva em sua prática pedagógica.
“Vivemos a era “inter”. Estamos vivendo um tempo em que a atenção está voltada para a internet, a interculturalidade, a interdisciplinidade e a integração das artes e dos meios como modo de produção e significação desafiadores de limites, fronteiras e territórios. Entretanto, os arte-educadores têm dificuldades de entender a arte “inter” produzida hoje. Para os que foram educados nos princípios do alto modernismo, dentre eles a defesa da especificidade das linguagens artísticas, torna-se difícil a decodificação e a valorização das interconexões de códigos culturais e da imbricação de meios de produção e de territórios artísticos que caracterizam a arte contemporânea. A colaboração entre as artes e os meios de produzi-la vem se intensificando.”
(BARBOSA, 2008, p.23)
21
Saber gerir a onipresença do conhecimento proporcionada pela disseminação
da informação gerada pelos meios tecnológicos contemporâneos é também
uma investida que a educação terá que enfrentar, transpondo barreiras rumo
ao processo de integração entre os objetivos de professores e alunos, cabe ao
arte educador estar preparado para avaliar dentre a diversidade de recursos e
informações que a tecnologia disponibiliza quais e como utilizá-los para
transmitir aos educandos conteúdos de forma direcionada que atendam as
práticas e seus objetivos, se resguardando para que seu uso seja pertinente
essencialmente na aprendizagem e conhecimento artístico.
Ferreira destaca outro ponto entre educador, arte e tecnologia, “... os desafios
atuais da arte educação, assinalam que, os professores de arte, se bem
preparados, poderão orientar as atividades de arte/informática de maneira a
desenvolver no aluno o gosto estético e a criatividade, que poderão
encaminhá-lo mais tarde para a sua vida profissional.” (2008, p.76), existe hoje
uma variedade de profissões relacionadas a produção de imagens através do
computador, podendo a arte educação potencializar os caminhos futuro dos
educandos.
Os equipamentos tecnológicos hoje transformados em multimídias, quando
manuseados como ferramentas pedagógicas configuram através de suas
faculdades sob a orientação do educador como instrumentos auxiliares na
construção de novas competências, o uso desses recursos pode atuar como
subsídio na expansão ao entendimento sobre o mundo e a cultura em que o
aluno esta envolvido, também apresenta novas maneiras de perceber e
estruturar a realidade, obtendo através da tecnologia uma grande aliada da
observação e da imaginação. Esses equipamentos se associam muito ao
universo dos jovens, e o professor de artes plásticas tem a responsabilidade
de planejar adequadamente o conteúdo das aulas para que seja vinculada ao
contexto e exploração dos meios e programas nos quais os educandos irão
intervir para incorporá-los a aprendizagem da arte. O uso de TIC pelos
22
profissionais da educação amplia seu espaço de atuação, pois apresentam
novas oportunidades de ensino que exigem qualificação permanente.
Meu projeto inicial para finalizar este capítulo seria incluir um levantamento
sobre a utilização dos atuais equipamentos tecnológicos a didática prática
docente, em pesquisa realizada junto a professores da disciplina Educação
Artística do segundo ciclo do Ensino Fundamental de instituições públicas e
privadas em diferentes bairros do município do Rio de Janeiro. Optei pelo meio
de contato mais apropriado a se enquadrar ao tema dessa pesquisa – email,
os questionários foram enviados no corpo do email onde seria preenchido pelo
simples procedimento de responder, o que caracteriza confiabilidade em seu
conteúdo, evitando o arquivo anexo. Foram enviados emails para 80 diretores
de escolas com solicitação que fosse encaminhado a um professor de
educação artística da instituição, no levantamento de contato foi averiguada a
existência de turmas de 6ª a 9ª séries. Dos emails enviados 70% foram lidos e
apenas 02 respondidos, também foram entregues questionários impressos em
03 escolas, obtive 01 respondido. As perguntas norteavam sobre o uso de
tecnologias nas práticas em sala de aula e a capacitação profissional dos
professores sobre seu uso. Em uma das respostas recebidas foi declarado que
a escola não recebeu professor de Artes Plásticas naquele ano (2012), pelo
número insuficiente de dados faço uma análise comentada dos questionários
respondidos: foi citada como recurso didático a plataforma de aulas digitais de
acesso ao site onde são disponibilizados conteúdos programáticos teóricos e
práticos de todas as matérias das séries do ensino fundamental, declarando
“Os alunos sentem-se motivados e tem prazer de executar as tarefas...” no
segundo questionário foi declarado a não utilização de equipamentos
tecnológicos em sua aula. O negativismo ao retorno do questionário me
conduz as hipóteses: o desinteresse pela participação ou a recusa em declarar
a real situação em que se estabelece o ensino da arte naquela instituição.
“Como ver, como ouvir, como aprender e ensinar as artes aliadas às novas tecnologias é a indagação dos epistemólogos contemporâneos.
23
Como usá-las como instrumento de mediação cultural é tarefa dos arte/educadores de hoje.”
(BARBOSA , 2010, p.112)
CAPÍTULO III
FERRAMENTAS E LINGUAGENS A SERVIÇO DA ARTE As tecnologias contemporâneas abriram ao aprendizado novos espaços não
mais se limitando aos espaços físicos da escola - são os ambientes virtuais de
aprendizagem e os equipamentos midiáticos nas salas de aula oferecem novos
conceitos de aula - são os ambientes digitais de aprendizagem; que ampliam
as possibilidades de ensino num intercambio entre professor, alunos e
24
máquinas que trocam, representam e processam informações, vivencias e
reflexões de conteúdos de filmes, fotos, músicas, textos e programas,
atividades desenvolvidas com o auxilio da televisão, computador e da internet
numa propriedade marcante dessa cultura a interatividade, atividades que se
desencadeiam e multiplicam de forma democrática o conhecimento.
As atuais TICs não podem ser analisadas apenas como suportes, elas reagem
em seus manipuladores de forma a proporcionar estímulos às capacidades
perceptivas, emocionais, cognitivas, intuitivas e comunicativas e oferecem
amplas alternativas aos fazeres artísticos que se apresentam determinadas
pelas escolhas adequadas dos seus dispositivos abrindo um leque de
possibilidades, que conjugadas articulam-se em múltiplas linguagens. As
tecnologias aplicadas como mediação nos ambientes da educação são as
mesmas de uso geral, devendo ser analisado quais em suas propriedades
conduzirão o aluno em seu relacionamento se desenvolver de modo mais
abrangente com a arte, sob a gestão pedagógica do professor.
...” o computador esta repleto de atividades interessantes. Lugares onde as crianças e jovens podem explorar: desenhar, escrever, construir e brincar. Ao mesmo tempo em que estão se divertindo eles estão também se relacionando com algo que estão criando. A educação necessita de um novo olhar sobre esses acontecimentos.”
(FERREIRA, 2008, p. 71)
O computador oferece diferentes utilitários e aplicativos, seu próprio sistema
operacional contém programas ou disponibiliza através de download sua
instalação gratuitamente através da internet, o que representa facilidades a
professores e escolas. O computador oferece diversas opções de edição de
imagem; a começar pela criação de imagens que podem ser elaboras e
reelaboradas mais amplamente através dos recursos de softwares gráficos, os
programas de tratamento e aprimoramento de imagem do básico ao complexo
todos oferecem diferentes ferramentas de manipulação, incluem também a
execução de imagens animadas realizadas com desenhos, fotos, textos e sons
onde são recombinados por software de animação facilitado pelo sistema
25
operacional. Através destes meios poderão ser desenvolvidos projetos em
atividade interdisciplinar com produção em equipe de professores e alunos
desenvolvendo habilidades de desenhista, programador e escritor,
promovendo serviços a exemplo de campanhas educativas para o ambiente
educacional.
...o mais importante é que a animação gráfica deve ter como
objetivo, atuar poeticamente nas imagens, patrocinar novas
complexidades à linguagem, e, principalmente, ter a
preocupação em responder a questão: como utilizar os
recursos de animação eletrônica criativamente?
(FERREIRA, 2008, p.59)
Através da rede Internet os alunos poderão navegar e conhecer a arte
realizada no mundo inteiro e em diferentes épocas visitando acervos de
museus virtuais que propõem guias com opções de caráter didático e
sugestões de atividades, acessarem sites de artistas e conhecer sua vida e
visualizar suas obras, clicarem em links que direcionam infinitamente para
outros sites, interagir com obras da webart, assistir a transmissão simultânea
em tempo real de videoconferências, criarem blog da disciplina com
atualização constante com fotos, notícias, agenda cultural e páginas em redes
sociais sobre os diversos assuntos de arte, publicar e interagir com outros
estudantes em websites, comunicar por e-mail, encadear diálogo por chat,
fórum e através do hardware webcam, essa troca de comunicação favorece a
conexão para novas idéias e experiências, com o abastecimento de diversas
referências que intensificam o conhecimento do aluno.
Com a interatividade da internet a escola pode promover projetos colaborativos
de experiências artísticas coletivas. A Rede ainda oferece uma gama de
possibilidades de textos, imagens, sons ou documentos hipermídia com
elementos a acrescentar na construção da expressão artística que propõem
maiores alternativas para sua produção.
26
O scanner que ligado ao computador digitaliza fotos impressas ou objetos
sobre seu visor, com opção de seleção colorida ou p/b podendo ser trabalhado
os contrastes, cores e tons.
A câmera fotográfica digital oferece também a opção vídeo representa
praticidades, fotos e as tomadas seqüenciais de imagens são descarregadas
diretamente no computador e serem trabalhadas sua definição. A observação
na captação de imagens determina um modo a interagir com o cotidiano do
aluno, desenvolvendo o senso crítico através da construção da realidade por
meio da linguagem fotográfica.
As atividades planejadas e desenvolvidas com a participação de professores e
alunos tornam a aprendizagem mais dinâmica e criativa, os alunos não serão
apenas expectadores, sim idealizadores e realizadores de um veiculo
finalizado, com a utilização dos programas de editoração de texto e imagem e
com o auxílio da internet poderão formatar páginas para compor mural, jornal e
cartazes de interesse as atividades escolares. Realçando o interesse nessa
produção pelos processos de construção que conduzem a finalização de um
produto determinado pelos conceitos estéticos da arte, articulados em seu
exercício com as necessidades práticas da vida.
Manipulados pelos professores as tecnologias oferecem facilidades na
transmissão de informações aos conteúdos de arte tornando seu trabalho mais
versátil: data-show, DVD, televisão digital, equipamentos de audiovisual onde
poderão programar atividades de forma a auxiliar ao processo ensino-
aprendizagem de maneira a estimular o raciocínio e as experiências dos
alunos. Mesmo o celular sendo polemico seu uso nas escolas se transforma
em ferramenta didática, aparelho multifuncional oferece fotografar, filmar,
editar, jogar e navegar na internet, que podem ser associadas às práticas
artísticas escolares.
As tecnologias são muitas, cada uma com sua especificidade e proliferam
rapidamente em notebook, netbook, ultrabook, tablet, smartphone, redes
27
banda larga, wireless, comunicação via internet pelas redes sociais em
comunidades, perfis e seguidores, que inseridos na associação arte e
tecnologia podem conduzir em múltiplas possibilidades educativas de forma a
produzir melhor o conhecimento e maior aprofundamento que garantam em
suas diversas formas de expressão e de comunicação os fundamentos do
ensino e aprendizagem da arte.
CONCLUSÃO
A arte educação já pode contar com o apoio extra escolar de instituições
culturais e de realizações de projetos onde são vivenciadas a arte e tecnologia.
Os museus se mostram interessados em realizar com mais freqüência
exposições com obras de arte produzidas com mídias, onde os visitantes
podem interagir com algumas obras, existem espaços culturais com
exposições e atividades exclusivamente para a arte tecnológica e a
intensificação de realização de festivais de animação são mostras do
fortalecimento dessa união.
28
Os arte educadores provavelmente ainda não encontrem nas instituições de
ensino o incentivo e autonomia necessários para reconstrução de seus
processos didáticos que provém uma reestruturação do sistema escolar dos
currículos mais flexíveis à integração de toda comunidade escolar, numa
mudança da cultura pedagógica direcionada a promover diferente e
permanente aprendizagem relacionada à atual fase social. As TICs podem
estar ainda sendo vistas nas escolas só como instrumentos para as aulas de
informática. As secretarias de educação de alguns municípios oferecem aos
professores em seus projetos de atualização profissional, cursos de
Tecnologias na Educação, os centros de arte específicos de convergência da
arte e tecnologia disponibilizam a professores conteúdos e ferramentas em
ambiente interativo e aos alunos cursos profissionalizantes que habilitam para
as expressões artísticas com tecnologia digital.
O relacionamento entre arte, tecnologia e educação esta se expandindo, as
propostas são muitas e geram o processo de aprender a aprender e mesmo
com a garantia da inclusão de tecnologias na educação pela LDB, percebemos
um descompasso entre o que se faz na arte com tecnologia e o que esta
sendo feito com tecnologia na educação.
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 Reportagem; Anexo 2 Internet; Anexo 3 Questionários.
31
ANEXO 2
Internet
http://tecnologias-aula.blogspot.com.br/2011/05/o-uso-pedagogico-do-celular.html
segunda-feira, 23 de maio de 2011
O uso pedagógico do celular.
As 1001 utilidades do celular
Proibição do aparelho nas escolas gera polêmica e incita discussão sobre o seu potencial educativo A proposta da aula é de Ana Carol Siqueira, estudante de licenciatura da Escola de Belas Artes - UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Nela, alunos do Ensino Fundamental e Médio utilizam o celular para estudar arte abstrata. Como? Após uma explicação sobre o conceito da corrente artística, o professor pede para o grupo fotografar algum ponto da sala de aula e, a partir da foto, criar uma pintura abstrata. Essa e outras ideias de uso educativo do telefone celular na escola estão no site da professora Andréa Guimarães Phebo e são fruto de um projeto que ela aplicou com universitários do curso de Educação Artística da Escola de Belas Artes - UFRJ. "Escolhemos o celular porque é uma ferramenta de convergência. Ele serve para a comunicação através de vários recursos: áudio, imagens estáticas e dinâmicas (vídeos) e escrita. É mais fácil encontrar um celular dentro da sala de aula do que uma TV, um DVD, um datashow, principalmente nas escolas públicas", diz Andrea. Leia o artigo completo em http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=revista_educarede.especiais&id_especial=420 OBS: O site da Professora Andréa Guimarães Phebo é http://aphebo.webnode.com//
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BIBLIOGRAFIA
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WEBGRAFIA
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acesso:10/11/2012
SITES COMENTADOS
Referencias
37
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www.louvre.fr/louvrea.htm
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www.museumoflondon.org.uk
www.hermitagemuseum.org
www.vangoghmuseum.com
www.mamrio.com.br
www.mam.org.br
www.masp.art.br
. Artistas
www.faygaostrower.org.br
www.iberecamargo.org.br
www.tarsiladoamaral.com.br
www.museucasadeportinari.org.br
. Centro cultural
www.oifuturo.org.br
. Festival de animação
www.animamundo.com.br
www.animarte.com.br (festival de animação estudantil)
ÍNDICE
38
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
ARTE E TECNOLOGIAS 10
1.1 – Arte a caminho da contemporaneidade 10
1.2 – Ciberarte 13
CAPÍTULO II
RECURSOS TECNOLÓGICOS DIALOGANDO
COM A ARTE EDUCAÇÃO 15
2.1 – O usuário educando 18
2.2 – O usuário educador 20
CAPÍTULO III
FERRAMENTAS E LINGUAGENS A SERVIÇO DA ARTE 24
CONCLUSÃO 27
ANEXOS 29
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34
ÍNDICE 37