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notícias REVISTA TRIMESTRAL INFORMAçãO GERAL DISTRIBUIçãO GRATUITA JUNHO 2013 30 DESTAQUE ANGOLA LNG EXPEDE PRIMEIRO CARREGAMENTO DO SONHO À REALIDADE AS “GAZELAS” DA SONANGOL A aventura de duas colaboradoras da Sonangol pelas areias do deserto de Marrocos PAZFLOR PREMIADO EM HOUSTON A recompensa internacional do maior projecto flutuante do mundo M’BANZA CONGO, PATRIMÓNIO NACIONAL Dados os primeiros passos para o reconhecimento mundial da capital do Reino do Congo

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notíciasRevista tRimestRal • infoRmação GeRal • DistRibuição GRatuita • Junho 2013 • nº30

Destaque

ANGOLA LNG EXPEDE PRIMEIRO CARREGAMENTODO sONHO À ReaLIDaDe

As “GAzelAs” dA sonAnGolA aventura de duas colaboradoras da Sonangol pelas areias do deserto de Marrocos

Pazflor Premiado em HoustonA recompensa internacional do maior projecto flutuante do mundo

M’banza Congo, patriMónio naCionalDados os primeiros passos para o reconhecimento mundial da capital do Reino do Congo

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34 DespORtOMuNDIALAngola realiza, pela primeira vez em África, o Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins de 20 a 27 de Setembro.

eNtRevIstaAS “GAZELAS” DA SONANGOLAs aventuras de duas colaboradorasda empresa pelas areias

do deserto do Marrocos.

a paLavRa DO DIReCtORGESTãO EfICAZ

CuLtuRaM'bANZA CONGO,depois de elevada a património nacional, candidata-se a Património Mundial.

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NaCIONaL ORIGENS-A hISTóRIA DA SONANGOLComo nasceu e como cresceu a maior empresa angolana.

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NaCIONaL Angola LNG expede primeiro carregamentoDO SONhO À REALIDADE

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eDIçãO• gabinete de Comunicação e imagem – [email protected] • director – João Rosa Santos • supervisora editorial Nadiejda Santos • técnicos José Mota, Sandra Teixeira, Lúcio Santos, Sarissari Dinis, Paula Almeida • assistentes Hélder Sirgado, Carlos Guerreiro, Kimesso Kissoka, Maria Nestor, Domingos Augusto, Henrique Artur, José Quarenta • administrativos Carvalho Neto, Diogo Lino, Daniel Bumba • interlocutores Andresa Silva, Ângela Feijó, Beatriz Silva, Lúcia Anapaz, Olga Xavier, Sónia Santos, Marta Sousa, Rosa Menezes, Miguel Mendonça, José Oliveira, Pedro Lima, Mondlane Boa Morte, Gil Miguens, Tiago Neto, Nelson Silva, Luís Alexandre e Estêvão Félix • impressão Damer Gráficas, S. A. • tiragem 5000 exemplares• design gráfico, apoio editorial e produção –

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• Junho 2013 - Nº304

Op

INIã

O

paLavRa DO DIReCtORJoão Rosa Santos

GESTãO EfICAZ

Q ualquer empresa que se preze assume a gestão eficaz como um desafio perma-nente. Esta regra de

ouro é fundamental, mais quando se tem na melhoria contínua a razão maior para a obtenção de mais e melhores resultados.A cada ano que passa a Sonangol procura implementar acções e estratégias ajustadas à realida-de dos mercados, no quadro da visão própria de uma empresa local que actua global.As regras emanadas de uma clara e forte opção para se fazer bons negócios têm surtido o efeito de-sejado e de grande monta, tais são a robustez e crescimento re-gistados no final de cada exer-cício económico.Através do seu portal e em nome

da transparência, qualquer cida-dão atento e interessado pode, com certeza, consultar o balanço e relatório de contas referente ao ano findo e, daí, tirar as suas próprias ilações.Este saudável desempenho organizacional, que resulta do esforço de alguns milhares de trabalhadores, espelha bem o compromisso colectivo, actuan-te e actual de se estar sempre a subir, produzindo mais e trans-formando melhor.No entanto, apesar do optimismo crescente, ainda sobra moralis-mo bastante para salvaguardar valores e motivações imprescin-díveis à boa governança corpo-rativa. A Sonangol está fortemente apostada em equilibrar as suas contas, evitar gorduras e re-

dundâncias, desenvolver-se de forma sustentada e diversificar harmoniosa e lucrativamente a sua vasta carteira de negócios. A empresa vive actualmente um momento de reorganização es-trutural através da execução do seu programa de desenvolvimen-to corporativo e empresarial, cuja excelência se espera capaz de propiciar a consolidação de uma nova era na gestão da empresa.Tal como reza a história, a mu-dança é o único factor constante nas organizações. O novo ciclo que a petrolífera estatal angola-na experimenta é sinónimo des-ta positiva tendência. Afinal, a memória futura não é, tão pouco pode ser produto do acaso.

Até breve!

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O Presidente do Conselho de Admi-nistração da Sonangol E.P., encerrou o ciclo de bolsas de estudo 2012/2013, realizada no último sábado do mês de Junho.

Francisco de Lemos José Maria pre-sidiu às cerimónias no decorrer de uma cerimónia muito concorrida, rea-lizada no Centro de Convenções de Belas, em Luanda.

O encontro, em que tomaram parte bolseiros, encarregados de educa-ção e convidados, foi motivo para uma explicação pormenorizada sobre a forma como o processo foi

SONANGOL ENCERRA CICLO DE RECRuTAMENTO DE bOLSEIROS

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• Junho 2013 - Nº306

conduzido, sobre as normas e prin-cípios comportamentais elementa-res, bem como para apelar aos jovens seleccionados a dedicarem-se com afinco ao cumprimento das tarefas e programas escolares.Francisco de Lemos José Maria des-

tacou a importância do programa. Como é consabido, a renovação na continuidade é um imperativo para a sobrevivência e continuidade das organizações empresariais. Referiu que, a Sonangol prevê substituir, até 2015, cerca de três mil colaboradores

que alcançarão a idade de reforma.Participaram no encontro o Admi-nistrador Fernando Roberto, gesto-res da Sonangol E.P. e das Unidades Gestoras de Bolseiros nos Estados Unidos da América, Reino Unido, Por-tugal e Brasil.

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Angola e Namíbia assinaram um “Memo-rando de Entendimento” em petróleos e gás natural. Por Angola, assinou o ministro dos petróleos, José Maria Bote-lho de Vasconcelos e, pela Namíbia, o titular da pasta das Minas e Energia, Isak Katali.O acordo tem como objectivo principal o estabelecimento de um quadro ins-titucional entre as partes, para facili-tar e reforçar a cooperação bilateral no sector dos petróleos e gás natural, com base na igualdade de benefícios, desenvolvendo-se a cooperação em diversos sectores da área.

O documento entra imediatamente em vigor a partir da data da sua assi-natura e é válido por três anos, e, se nenhuma das partes manifestar por escrito a intenção de o renunciar 60 dias antes do seu término, através dos canais apropriados, o “Memorando de Entendimento” será automaticamente renovado por igual período.O acordo prevê também a comercia-lização de petróleo bruto, gás natu-ral liquefeito (LNG) e outros produtos petrolíferos, infra-estruturas de refina-ção, exploração, produção e refinação de petróleo bruto de Angola, Namíbia

e terceiros e elaboração de estudos de projectos conjuntos ou com outros par-ceiros que sejam de interesse comum.Botelho de Vasconcelos afirmou na altura que o “Memorando de Entendi-mento” em petróleos e gás natural vai dar grandes oportunidades de negó-cios aos empresários do sector privado dos dois países que operam no ramo.Entre Angola e Namíbia já existia um trabalho de pesquisa geológica e geo-física que tem sido efectuado entre a Sonangol e a sua congénere nami-biana a partir da Bacia do Etocha, que abrange as fronteiras dos dois países.

ANGOLA VENDE PETRóLEO À NAMÍbIA

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A Sonangol e a companhia petrolífera BP, esta última em nome do Grupo Emprei-teiro do Bloco 31 do offshore angolano, estão a organizar um conjunto de acti-vidades para celebrar o início de produ-ção do PSVM, o maior projecto de águas ultra profundas de África e a maior infra estrutura submarina do mundo. Nesse âmbito, depois da realização da cerimónia que marca o facto histórico e que foi presidida pelo ministro ango-lano dos Petróleos, Botelho de Vascon-celos, seguiu-se, no Museu de História Natural, na capital do país, a abertura de uma exposição tecnológica contendo informações sobre o PSVM e a indús-tria petrolífera. No decorrer da actividade que contou com a presença do secretário de Estado dos Petróleos, Aníbal Silva, do admi-nistrador da Sonangol E.P., Mateus de Brito, que falava em representação do PCA da empresa, Francisco de Lemos José Maria, destacou a importância do arranque de produção do PSVM. O Projecto PSVM envolveu cerca de 20% de conteúdo nacional consubstanciado no fabrico e montagem de componentes chave nos estaleiros de construção no Soyo, Dande, Luanda, Porto Amboim e Lobito, tornando-se num dos projectos com maior percentagem de incorpora-

ção nacional em Angola. O PSVM é um dos maiores do mundo em termos de extensão submarina e de profundidade – ultrapassa os 2.700 metros. A produ-ção do PSVM é efectuada a partir de um FPSO – um navio de produção, arma-zenamento e descarga – convertido a

partir de um super petroleiro. Tem uma dimensão de 355 metros de compri-mento, 57 metros de largura, 20 mil tone-ladas de peso e 22,2 metros de calado, capaz de armazenar 1,8 milhões de bar-ris de petróleo e processar 245 milhões de metros cúbicos de gás.

INÍCIO DE PRODuÇãO DO PROJECTO PSVM

O programa "Angola Investe" financiou até princípios do mês de Junho deste ano, 23 projectos de Micro, Pequenas e Médias empresas, num total de 77 projectos aprovados.O Ministério da Economia informou que foi disponibilizado um total de 4.245 milhões de kwanzas, com o Banco de Pou-pança e Crédito (BPC) a liderar a lista das instituições bancá-rias envolvidas com sete projectos financiados.O programa "Angola Investe", uma iniciativa do Executivo, foi criado com o objectivo de fomentar a criação e o fortaleci-mento das Micro, Pequenas e Médias Empresas nacionais, e

reduzir a carga burocrática na contratação de empréstimos e no custo de acesso ao financiamento da actividade empresa-rial produtiva. A ideia do Executivo é diversificar a economia através do aumento da produção de bens ligados à indús-tria de materiais de construção, pesca, agricultura, pecuária, indústria transformadora e minas. Para ter acesso a financiamentos do "Angola Investe", a empresa deve ser certificada pelo Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas, 75 por cento do capital social deve ser angolano e apresentar projectos nas áreas elegíveis.

"ANGOLA INVESTE" INCENTIVA CRESCIMENTO

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No âmbito do seu programa de apoio social com o objectivo de ajudar os mais carentes, a SONANGOL fez uma doação de medi-camentos ao Hospital do Capalanga, no Município de Viana. Arlete Borges, directora dos Serviços Sociais da Sonangol, escla-receu que a empresa se solidarizou com a instituição médica por verificar a existência de muitas pessoas necessitadas de ajuda. “Trouxemos medicamentos mais próprios para a época do ano, como os anti-maláricos, antibióticos, e material para o laboratório.João Rosa Santos, director de Comunicação e Imagem da Sonan-gol, enquadrou a oferta nas comemorações do 37º aniversário da empresa (25 de Fevereiro): “entendemos vir acudir o Hospital Municipal de Capalanga por se tratar de um município populoso, com problema de falta de medicamentos”, afirmou .

A Sonangol Shipping organizou o 3º Seminário sobre Segurança Marítima, subordinado ao tema genérico “Protecção e Preser-vação do Meio Ambiente Marinho”. Os trabalhos, que ocuparam dois dias, mereceram a alocução do Administrador da Sonangol E.P., Gaspar Martins na sessão de abertura, em representação do Presidente do Conselho de Administração da Sonangol E.P., Francisco de Lemos José Maria. Gaspar Martins destacou que a promoção da sustentabilidade e o crescimento da indústria petrolífera nacional constituem pila-res da missão da empresa. Considerou também que “uma efec-tiva protecção e preservação do meio ambiente só pode ser alcançada com boa comunicação, partilha de informação e de experiências e com o engajamento activo de todos”. Estiveram presentes na sessão de abertura, a ministra do Ambiente, Fátima Jardim, o Secretário de Estado dos Petróleos, Aníbal Silva e repre-sentantes dos Ministérios das Pescas e dos Transportes, além de membros do Conselho de Administração da Sonangol E.P. e de Comissões Executivas de empresas subsidiárias, técnicos do Grupo Sonangol, representantes de companhias petrolíferas a operar em Angola e do sector marítimo, para além de convidados. Do vasto programa preparado pela Sonangol Shipping, destaque para os grandes temas ligados à segurança ambiental, uma das grandes preocupações da empresa. Legislação Ambiental Ango-lana – Perspectiva Marítima e Introdução ao Progresso Q (Pro-grama de Excelência na Gestão da Qualidade, Saúde, Segurança e Ambiente) foi um dos painéis. Do programa, mereceram ainda realce assuntos como Poluição Petrolífera – Responsabilidades e Preocupações, Educação Ambiental, Plano Nacional de Com-bate a Derrames de Petróleo, Operações de um Terminal Petro-lífero (FPSO) em Angola, Gestão de Resíduos Petrolíferos em

Angola, Poluição Petrolífera. Foi ainda dada atenção à Organi-zação Marítima Internacional e às Convenções MARPOL (Con-venção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios), assim como à Gestão de Águas de Lastro.

SONANGOL OfERECE MEDICAMENTOS AO hOSPITAL MuNICIPAL DO CAPALANGA EM VIANA

SEMINÁRIO SObRE SEGuRANÇA MARÍTIMA

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• Junho 2013 - Nº3010

MELhOR PARTICIPAÇãO NACIONAL, EM bENGuELA

Na 3ª edição da Feira Internacional de Ben-guela, a Sonangol mereceu o galardão de “Melhor Participação Nacional”. O certame, largamente concorrido a nível internacio-nal com a participação de 200 empresas nacionais e internacionais, decorreu na cidade das acácias entre os dias 15 e 19 de Maio passado. O stand da Sonangol mos-trou a trajectória da empresa nos seus 37 anos de existência bem como exibiu pro-

dutos dos mais variados, e serviços.

CAbINDA - GORILA DE OuRO

Na 1ª edição da Feira Internacional de Cabinda - Expo Cabinda 2013, realizada de 25 a 28 do passado mês de Maio em Cabinda, a Sonangol recebeu o prémio “Gorila de Ouro”, na categoria de melhor empresa e de “Melhor Empresa Petrolífera. A mostra reuniu 220 empresas nacionais e estrangeiras representando sectores tão diversos como petróleos, indústria, agro-pecuária e alimentação.

EM LuANDA, A MELhOR PARTICIPAÇãO – TECNOLOGIAS AMbIENTAIS

Sonangol conquistou o prémio de empresa com “Melhor Participação – Tecnologias Ambientais” na 3ª edição da Feira Interna-cional do Ambiente, Equipamentos, Servi-ços e Tecnologias Ambientais, em Luanda. Designada “Ambiente Angola 2013”, a Feira, que decorreu na FILDA, em Luanda entre finais de Maio e princípios de Junho, teve a participação de cerca de cem exposi-tores em representação de nove países: Angola, África do Sul, Nigéria, Portugal, Brasil, China, Espanha, França e Alemanha.

EM bENGuELA, CAbINDA E LuANDA, SONANGOL CONQuISTA GALARDÕES

SONANGOL DISTINGuIDA EM CERTAMES NACIONAIS

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O Presidente da República José Eduardo dos Santos e a pri-meira-dama Ana Paula dos Santos assistiram à Gala Inter-nacional de Beneficência da Fundação Lwini no Parque das Palmeiras em Luanda. A festa, que serviu para angariar fundos de apoio aos sec-tores mais frágeis da sociedade, teve como pano de fundo a actuação da artista brasileira Fafá de Belém, assim como mais uns momentos de encanto com a actuação dos peque-nos jovens músicos da Orquestra Sinfónica Kapossoka. A selecta assistência aplaudiu com entusiasmo a actuação do maestro e dos músicos da Samba. Foi um momento de grande intensidade cultural que os presentes souberam reco-nhecer com uma prolongada salva de palmas no final da sua actuação. A primeira-dama, mais uma vez, viu os frutos das sementes que lançou, ao associar as galas de beneficência à cultura nacional. Também subiram ao palco do Parque das Palmeiras o grupo de Percussão Celamar e os Bantu Voice. A Fundação Lwini apresentou durante a gala um dos seus projectos sociais, o “Palanca Lwini”. O ponto de partida é uma palanca esculpida por artistas angolanos e tem como propósito mobilizar mar-cas, empresas e toda a sociedade, de forma que a escultura se vá transformando. 15 anos “a sociedade angolana e instituições como a Funda-ção Lwini estão cada vez mais sensibilizadas para a causa da solidariedade social e o apoio às pessoas com deficiência”. A presidente da Fundação Lwini disse que a sua satisfação é ainda maior quando pensa nas inúmeras realizações e fei-tos alcançados: “mas temos consciência de que muito ainda há por fazer, tendo em conta as vítimas a quem ainda não pudemos estender a mão para acolher, apoiar e minimizar

fuNDAÇãO LWINI EM ACÇãOo seu sofrimento”. Ana Paula dos Santos manifestou o seu orgulho pelo trabalho desenvolvido na Fundação Lwini, com a ajuda dos parceiros e que resultou em projectos que pos-sibilitaram a construção e ampliação de escolas do ensino especial, o apoio aos centros ortopédicos e ao desporto para-límpico, a execução de programas de formação profissional, a concessão de bolsas de estudo internas e externas. A Gala Internacional da Fundação Lwini teve como objectivo anga-riar fundos para a realização de projectos de âmbito social, como o apoio às vítimas de minas terrestres, portadores de deficiência, a mulher rural e crianças desfavorecidas.

A Clínica Girassol participou nas comemorações oficiais do Dia Mundial do Dador de Sangue-2013, em França. Sob o lema “oferecer o presente da vida: doar sangue”, a campanha tem vindo a ser encarada com grande vigor pela Girassol, através do seu Banco de Sangue. Segundo a coordenadora do Banco de Sangue da clínica, Dra. Maria Pinto de Brito, o serviço tem vindo a crescer graças ao aperfeiçoamento dos seus colabo-radores bem ao crescimento dos Dadores Voluntários.Ainda no âmbito das suas especialidades, a Clínica Girassol regista actualmente mais de 900 cirurgias Cardiotorácicas Pediátricas para tratamento de crianças com cardiopatias congénitas.

CLÍNICA GIRASSOL

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PROJECTO PETROLÍfERO PAZfLOR fOI PREMIADO EM hOuSTON

O projecto Pazflor, situado ao largo da costa angolana, a 150 quiló-metros de Luanda, foi distinguido

em Houston, por ocasião da Conferên-cia de Tecnologia Offshore.Trata-se de um prémio que recompensa, anualmente, à companhia que mais inova, a nível mundial, na realização de grandes projectos nas áreas do conhecimento e da tecnologia petrolífera em águas profundas.“É uma grande satisfação para a Total. A atribuição deste prémio para o Pazflor, confirma a posição do grupo como líder na indústria em águas profundas e na gestão de grandes projectos internacionais”, segundo o director-geral para Upstream da Total, Yves-Louis Darricarrère, a atribuição do prémio é recompensa para as equipas que participaram no projecto. Elas respeitaram estritamente as regras de segurança, de protecção do ambiente, de planificação, de orçamento e de qualidade”.

ALGuNS NúMEROS SObRE O PAZfLOR – uMA PROEZA TECNOLóGICA, uM SuCESSO huMANO

Para este projecto, foram mobilizadas em simultâneo até 4 500 pessoas em quatro continentes, o que representa 32 milhões de horas de trabalho (3,6 milhões das quais em Angola) e um investimento global da ordem dos 9 000 milhões de dólares.325 metros de comprimento, 62 metros de largura, 120 000 toneladas: o FPSO* Pazflor é a maior plataforma flutuante do mundo. Mantido por 16 linhas de ancoragem, tem capacidade para armazenar 1,9 milhões de barris no casco e pode alojar 240 pessoas.

Louis Darricarrére, Gaspar Martins e Steve Balind

Até 1 200 metros de profundidade de água e 2 700 metros de enterramento acumulado.600 km2 : é a extensão da imensa rede de recolha submarina49 poços, 180 quilómetros de linhas e 10 000 toneladas de equipamentos no fundo do mar: esta rede distingue-se não só pela sua dimensão mas também pela sua complexidade técnica.590 milhões de barris: as suas reservas provadas e prováveis fazem do Pazflor um «elefante».

ALGuMAS DATAS DO PAZfLOR

2000: início da aventura Pazflor com a descoberta do campo Perpétua, o primeiro dos quatro jazigos que constituem o Pazflor. Novos sucessos da Exploração da Total no bloco 17.

2002-2003: descoberta dos outros três campos: Hortênsia, Zinia e Acácia.Dezembro de 2007: A Total lança o desenvolvimento do Pazflor.Março de 2009: perfuração dos primeiros poços de desenvolvimento.Cacimbo de 2010: início da campanha de instalação dos equipamentos submarinos, que irá durar um ano e mobilizar até 6 navios de instalação e 40 navios de apoio. 18 de Janeiro de 2011: partida do FPSO do estaleiro coreano para uma viagem de mais de 20 000 quilómetros em direcção a Angola. 24 de Agosto de 2011: início da produção do Pazflor com várias semanas de antecedência e dentro do orçamento previsto. 3 de Setembro de 2011: arranque bem sucedido da primeira unidade de separação submarina, uma estreia mundial.

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uMA ESTREIA TECNOLóGICA MuNDIAL: A SEPARAÇãO SubMARINA

Um dos principais desafios técnicos consiste em produzir dois óleos com características muito diferentes, provenientes de quatro campos distintos: Perpétua, Hortênsia e Zinia, cujos reservatórios são da época do Mioceno, e Acácia, cujo reservatório é da época do Oligoceno. A produção do óleo pesado e viscoso proveniente dos três reservatórios miocénicos, que representa dois terços das reservas e os condicionalismos inerentes, em termos de circulação dos fluidos, constituem um enorme desafio tecnológico. Com efeito, é conveniente separar o gás dos líquidos no fundo do mar, a fim de poder bombear estes líquidos viscosos para a superfície. A concepção e a instalação, a esta escala, de módulos de separação submarina gás/líquidos e de bombagem

representam uma estreia mundial. As bombas utilizadas foram concebidas, testadas e fabricadas especialmente para o projecto Pazflor.

TOTAL EXPLORATION & PRODuCTION EM ANGOLA

A Total encontra-se presente em Angola desde 1953. Em 2010, a produção operada da Total em Angola atingiu 460 000 barris equivalentes de petróleo por dia (bep/d) e a sua produção em quota-parte SEC* atingiu 163 000 bep/d, ou seja, perto de 7% da produção do Grupo. Esta produção deriva essencialmente dos blocos 17, 0 e 14.O Bloco 17, operado pelo Grupo com uma participação de 40%, é o principal activo da Total em Angola. Situa-se no offshore profundo e é constituído por quatro pólos principais: Girassol-Rosa, Dália e Pazflor actualmente em produção e CLOV

(articulado em torno das descobertas de Cravo, Lírio, Orquídea e Violeta), cujo desenvolvimento se encontra em curso.A Total é também operadora do Bloco 32 situado no offshore muito profundo, no qual detém uma participação de 30%. Foram realizadas doze descobertas neste bloco, que confirmam o seu potencial petrolífero. Estão em curso estudos de desenvolvimento para uma primeira zona de produção localizada na parte centro/sudeste da zona licenciada.Por outro lado, o projecto Angola LNG de uma fábrica de liquefacção nas proximidades do Soyo tem por finalidade comercializar as reservas de gás natural do país. Este projecto, no qual a Total possui uma participação de 13,6%, será alimentado, numa primeira fase, pelo gás associado proveniente dos jazigos dos blocos 0, 14, 15, 17 e 18. A fábrica encontra-se em construção, estando o arranque da produção previsto para 2012.

Equipa Sonangol e Total que trabalhou para o projecto e presente na cerimonia

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AS “GAZELAS” DA SONANGOL

• Junho 2013 - Nº3014

Winnie Cadete e Zola da vita representaram angola, pela primeira vez, na dura prova feminina “rallye aicha des Gazelles”, que atravessa

todo o deserto do Marrocos.as duas colaboradoras da sonangol

contam aqui a sua extraordinária experiência.

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Patrícia Pinto da Cruz (texto) Malocha (Foto)

W inne Cadete, do Gabinete de Qualidade, Saúde, Segu-rança e Ambiente, e Zola

Davita, da Direcção de Tecnologias de Informação, departamento de Comu-nicação e Dados, ambas da Sonangol E.P., foram as candidatas selecciona-das para representarem a Sonangol no Rali Aicha das Gazelas 2013, que se realizou de 17 a 28 de Março. O Rali consistiu em atravessar o deserto de Marrocos, de Norte a Sul, em nove dias.

Winne e Zola, já se conheciam antes do rali?

Winne: Sim, ambas estudámos em Inglaterra como bolseiras da Sonan-gol conhecemo-nos lá. Eu estive a estudar Ciências Ambientais.Zola: Eu tirei lá Engenharia de Sof-tware, como licenciatura e o mes-trado em Comunicação de Redes.

Como é que surgiu a oportunidade?Winne: Recebemos uma comunica-ção internada empresa a informar de que viriam colegas da Total fazer uma apresentação sobre um rali só para mulheres, e que quem estivesse interessado podia-se candidatar. As duas fomos assistir a essa apresen-tação. Então, com a autorização dos nossos chefes, candidatámo-nos.

Quando começou o rali?Zola: A preparação do rali começou em Janeiro, na altura participámos num treino para o qual foi necessário ficarmos quinze dias fora. Depois, viajámos de Luanda para Paris, de lá fomos de carro para Barcelona

e depois apanhámos o ferry para Tânger. Daí partimos de carro até à cidade da partida, Erfoud.

esta foi a primeira participação da sonangol neste evento?

Zola: Sim, foi a primeira vez. A Total já participa há dezasseis anos e este ano decidiram convidar a Sonangol a participar também. Winne: Fomos duas equipas re-presentar Angola, num total de 200 equipas, entre as quais, várias participações individuais, mulheres que participaram por iniciativa pró-pria ou patrocinadas por empresas. Zola: A Isuzu, como foi o caso das vencedoras.Com este Rali, levaram o nome da Sonangol para um evento interna-cional.

Como é que se sentiram a representar a vossa empresa no rali?

Zola: Foi uma emoção muito grande. Sentimo-nos lisonjeadas, acima de tudo. Primeiro por fazer parte de um evento internacional, só para mulhe-res, de ajuda humanitária, e também por ser a primeira vez que a nossa companhia participa em algo deste género e sermos nós a representá--la. É uma grande responsabilida-de. Não só representar a Sonangol, como Angola também.Winne: Levámos o nome da Sonan-gol para um campo completamente novo. Como a Zola disse, houve o aspecto humanitário e seria bom que agora a empresa começasse a participar um pouco mais nesse tipo

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de actividades. Muita gente passou a conhecer a companhia e mostrou interesse. Claro que me sinto privi-legiada por ter tido a oportunidade. Esta foi uma experiência que se ca-lhar eu nunca teria tido na vida se não estivesse aqui a trabalhar.

Como é que funciona a vertente hu-manitária ligada ao rali das gazelas?

Zola: Existe uma associação chama-da Coeur de Gazelles, o Coração das Gazelas, que é uma iniciativa de uma ex-gazela e que se estendeu para uma associação com vários apoios. Como por exemplo, uma caravana médica patrocinada pela Total, que circula todos os anos e vai de vila em vila, por onde o Rali passa, dando assistência médica nesses locais. Antes disso, existe a campanha pa-ra angariar fundos e equipamentos que são precisos para dar esse apoio médico. Sem esquecer outra causa associada que se prende com a luta contra o cancro e a distribuição de alimentos e de material escolar.

também fizeram alguma recolha em angola?

Winne: Organizámos uma recolha de telemóveis antigos para serem vendidos a empresas que fazem reciclagem de telemóveis. Na ver-dade, as gazelas estão autorizadas a ajudar da forma que quiserem. As próprias entidades que participam, se puderem, fazem doações de artigos como cadeiras de rodas. As colegas da Total Gabão, por exemplo, desen-volveram várias actividades como car washing, e só elas as duas consegui-ram angariar à volta de 2.500 dólares.Falem-nos das emoções e dificul-dades da experiência.Zola: Enquanto uma pessoa não viver uma experiência destas, não tem noção do quão duro é e o que realmente vai viver, as pressões às quais vai ser submetida. Na apre-sentação disseram-nos que íamos ter que acordar muito cedo, passar frio, tínhamos que ter organização e metodologia. Estando lá, vimos, por exemplo, que uma das coisas mais

importantes é a nossa capacidade de organização, espírito de equipa, sincronismo... Sem estes, não há co-mo as coisas fluirem bem. Para dar um exemplo, todas as noites, nós chegávamos ao bivouac, que era o acampamento principal onde estava a organização e onde tomavamos os pequenos-almoços e os jantares, e, desde que chegávamos lá, à noite, tínhamos uma hora para organizar-mos as coisas. Por mais cansadas que estivéssemos, não podíamos ir descansar nem perder o ritmo.Winne: Era uma questão de entrar-mos no ritmo. Quando uma pessoa muda drasticamente o estilo de vida é sempre complicado. Mas depois de passar o choque, o corpo adapta-se e cria uma rotina. Embora estivésse-mos cansadas, o corpo já se estava a habituar, nos últimos dias.Zola: Sim, mas é sempre necessária uma resistência e uma robustez física para uma pessoa não se ir abaixo. E, de resto, psicologicamente é bem mais duro do que fisicamente.

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porquê? É o facto de estarem muito cansadas, o acordar sempre muito cedo, a pressão a que estão sujeitas?

Winne: Tudo um pouco. Ali estamos constantemente fora da nossa área de conforto, o que leva tudo a influen-ciar bastante o nosso estado psico-lógico. São os extremos em termos de temperatura, as mudanças de ali-mentação, o facto de estarmos vinte e quatro sobre vinte e quatro horas sempre com a mesma pessoa. Tudo isso nos afecta.Zola: Além de termos todos esses fac-tores, é também o rali em si. Saímos de manhã e temos que estar sempre com a concentração ao máximo, em relação ao mapa, ao terreno, ao ob-jectivo... É muito desgastante.

antes da partida receberam formação em técnicas de navegação. sentiram dificuldades neste aspecto?

Winne: Varia muito de pessoa para pessoa. Pessoalmente foi um pouco difícil no início, não me senti tão con-fortável como a Zola. Com a prática tornou-se bastante mais fácil.Zola: Apanhei logo o jeito, mas não é fácil. Uma coisa é o treino, com ajuda e acompanhamento dos professores. Outra coisa é estarmos mesmo no meio do deserto e termos que nos orientar. Os primeiros dias são sem-pre difíceis.

e experiência de mecânica? tiveram alguma formação?

Winne: Sim. Se nós precisarmos de assistência mecânica, sofremos pe-nalidades. Para evitar isso, tivemos que aprender a resolver os problemas por nós próprias.Zola: Por acaso não tivemos proble-mas mecânicos, nem um furo no pneu, sequer. Felizmente, nesse campo cor-reu tudo bem, cuidámos bem do carro.

houve algum momento em que se tenham sentido mesmo sozinhas e perdidas?

Winne: Houve uma noite, ou uma tarde que depois se tornou noite (ri-sos), em que, no regresso ao bivouac, perdemos a noção do caminho. An-dámos às voltas e entretanto escu-receu. Decidimos que íamos esperar até amanhecer para conseguirmos conduzir. Desligámos o carro e as luzes e preparámo-nos para esperar.

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Por sorte, passou por lá a equipa da Total Indonésia, que também estava perdida e decidimos continuar juntas. Portanto, embora tivéssemos tido aquela sensação de medo e incer-teza, não foi tão mau porque tínha-mos outra equipa por perto. No fim acabámos por conseguir chegar lá.Zola: Sim, depois de algumas horas perdidas conseguimos chegar. Ainda estivemos a conduzir três horas no escuro.

e mesmo nessas alturas, havia alguém a monitorizar-vos, que soubesse exac-tamente onde estavam?

Zola: Sim, nós tínhamos alguém que estava a tomar conta de nós, por assim dizer. Portanto, quando nós chegámos cansadíssimas, eles mostraram-nos no computador onde tínhamos estado perdidas.Winne: Pois, está tudo monitorizado. Todos os carros têm o sistema iritrack, uma espécie de GPS e eles sabem exactamente quem está onde.

gostam de conduzir? Foi por isso que decidiram participar?

Winne: Sim, eu adoro conduzir. Mas não só, foi também pela aventura, fazer algo que, se calhar, nunca vol-taríamos a ter a oportunidade de fazer.Zola: Eu também gosto muito de con-duzir, mas também foi pela oportu-nidade de fazer algo diferente, pen-sámos “porque não?”.

e repetiriam a experiência?Zola: Talvez. O Rali, ou algo no género. Agora a preparação já é outra, já sa-bemos o que esperar. Já as pessoas que fazem parte da organização do rali disseram que a primeira vez é mais para ver como é, a segunda é para não repetir os erros da primeira e a terceira é para ganhar. Winne: Essa pergunta é engraçada porque nós conhecemos lá muita gente que já participa neste Rali há muitos anos e durante o Rali nós perguntávamo-nos porque é que alguém quereria repetir a experiên-cia tantas vezes. Algo tão duro, tão difícil! Lá para o fim do Rali eu con-tinuava sem compreender e a Zola já dizia que queria voltar. Mas agora que acabou, é engraçado que a Zola já não tem a certeza e eu digo que sim, que quero repetir.

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no caso de voltarem, o que fariam de diferente? Que erros não repetiriam?

Zola: Aquelas coisas que achamos que falhámos, por exemplo, perdemos muito tempo nas provas diárias. Por exemplo, enquanto quem tinha mais experiên-cia demorava uma hora para chegar a um Check Point, nós levávamos duas porque em vez de irmos pelo caminho mais directo, não sentíamos segurança no terreno, e preferíamos contornar. Se calhar para a próxima, com mais con-fiança, arriscávamos mais. Ainda por cima, um dos critérios de avaliação do Rali é a quilometragem, o objectivo é fazer o mínimo de quilómetros possível. Não tinha nada que ver com a veloci-dade ou o tempo demorado para fazer o trajecto. Agora que já sabemos inter-pretar melhor os mapas e o terreno, já não perderíamos tanto tempo.

eram mulheres de várias nacionalidades. Fizeram amigas?

Winne: Com certeza, muitas. O ambien-te lá é como se fosse de uma grande família.Zola: É uma das partes mais bonitas, a interacção com pessoas diferentes, de culturas diferentes, conhecer o que essas pessoas fazem, os seus meios, aprender as suas línguas. Nós já falamos Inglês, aperfeiçoámos o Francês.Winne: Aprendemos um pouco de Ára-be... (risos)

em termos de classificação, como é que ficaram?

Winne: Na minha opinião até ficámos muito bem classificadas. Há dois tipos de classificação. Para primeiras parti-cipantes, que era o nosso caso, em 150 nós ficámos em 44º lugar. Na classifica-ção geral, para todas as participantes, éramos 200 e ficámos em 69º. Não foi mau. Das equipas da Total, que fomos 15, de vários países diferentes, as equi-pas africanas ficaram muito bem clas-sificadas. A que melhor se destacou foi a do Congo e nós ficámos em 4º lugar. Ficámos felizes.

há pouco falaram da alimentação. Co-mo era?

Winne: Era à base de uma ração militar, típica dos franceses.Zola: Deram-nos dez caixas, cada uma com as calorias necessárias para um mi-litar, 2500 calorias. Nós não comíamos tudo, mas estava ali, se precisássemos.

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em relação à família e amigos, como é que reagiram quando souberam que iam para marrocos participar num rali no deserto?

Zola: Quando cheguei a casa e contei à minha mãe ela disse logo para eu ir, foi completamente a favor, nem pen-sou duas vezes. O meu pai ficou mais apreensivo, perguntou se havia controlo e segurança. Os colegas também nos apoiaram.Winne: Acho que muita gente não per-cebeu exactamente para o que íamos. Pensaram que era uma prova de velo-cidade num circuito fechado, só dar al-gumas voltas e pronto. Depois, quando fomos enviando algumas fotografias é que as pessoas começaram a perceber que aquilo não era brincadeira.

e era aí, no bivouac, que tinham acesso à internet ou a alguma forma de comu-nicação, certo?

Winne: Sim, quer dizer, não era inter-net, tínhamos o La Poste, que é uma companhia de correios francesa que participou no Rali de várias formas, uma delas foi o correio das gazelas. Quem fosse ao website, podia entrar na página da equipa que quisesse e deixar lá uma mensagem. Depois, a organização imprimia e colocava na caixa de correio que cada equipa tinha no bivouac. À noite tínhamos alguns minutinhos para ler e responder à nossa correspondência.

Zola: Sim, isto acabava por nos dar apoio. E levávamos ralhetes, também, por termos ido pela direita, quando deveríamos ter ido pela esquerda. No website, graças ao iritrack, é possível acompanhar as equipas online a tem-po real, então à noite, recebíamos os comentários pelo correio. Tivemos, portanto o acompanhamento das nossas famílias amigos...Tínhamos e temos também o grupo do facebook “Impalas do Iona” onde colocámos fotografias da prova.Winne: E mesmo algumas surpresas agradáveis de pessoas que nem nos conheciam, mas que tinham ouvido falar e estavam-nos a acompanhar e a dar apoio. Isso foi muito bom.

enquanto estiveram lá, de que é que sentiram mais falta?

Winne: De uma boa cama.Zola: Sim, condições para dormir um bocadinho melhores que a tenda. Um bom duche! Se chegássemos um pouco mais tarde, já não havia água quente, o que quer dizer que to-mámos vários duches de água fria. E no deserto à noite há temperaturas muito baixas...

no ano que vem, quando abrirem novas candidaturas, se não participarem por algum motivo, que mensagem deixa-riam às vossas colegas para as moti-varem a participar numa experiência deste género?

Winne: É uma oportunidade única na vida. Penso que todas as mulheres de-viam experimentar, pelo menos uma vez. É uma experiência que nos faz reflectir sobre tudo, todos os aspectos da nossa vida e há mais probabilidade de nos me-lhorar como pessoas, do que o contrário. A pessoa sai de lá muito mais humilde, descobre muito sobre si, passa a ver as coisas de um modo diferente. Nós aqui estamos tão envolvidos no nosso mun-do que esquecemos o universo que nos rodeia, esta experiência faz-nos recordar que o mundo não gira à nossa volta.Zola: Sim, faz-nos também lembrar os valores da humanidade, solidariedade. Como a Winne disse, ficámos a saber o que se passa lá fora, vemos o mundo, o outro lado. Também testamos os nossos limites. Eu, por exemplo, sempre fui uma pessoa de desafios, mesmo que saiba que não vou conseguir, vou e tento e ago-ra muito mais, vou apostar nas coisas e vou tentar dar sempre o meu máximo. Uma experiência destas desperta isso. Não é que uma pessoa fique com exces-so de confiança, mas há mais entrega, mais empenho, já sabe onde reforçar os seus pilares. É um teste de resistência e foi uma oportunidade única, fizemos coisas que nunca faríamos. Quem diría que nós íamos subir dunas de dez, quinze metros? Eu incentivo as pessoas a par-ticiparem. É muito duro, mas também é muito emocionante e afecta-nos de um modo muito positivo.

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a fábrica de gás liquefeito do soyo entregou o primeiro carregamento do produto para exportação. no passado dia 16 de Junho, o navio-tanque especial sonangol sambizanga largou de Cabinda para o Brasil com 160 mil metros cúbicos de gás natural líquido.

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DO SONhO À REALIDADEANGOLA LNG EXPEDE PRIMEIRO CARREGAMENTO

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O Angola LNG, unidade industrial de tratamento de gás, cons-truída no Soyo para aproveitar

os recursos de gás natural do offshore angolano, confirma que iniciou a pro-dução de gás natural liquefeito (LNG) e que o seu primeiro carregamento foi expedido no passado dia 16 de Junho. Este acontecimento marca o arranque de uma nova unidade de produção, o que não acontecia desde 2010, e cons-titui uma nova fonte para fazer face à crescente procura global de LNG.O primeiro carregamento foi vendido à Sonangol, a empresa estatal angolana de petróleo e gás, e está já a caminho do Brasil no navio tanque Sonangol Sam-bizanga, o qual faz parte de uma frota de sete navios de LNG, com 160.000 m3 cada um, fretados a longo prazo pelo projecto Angola LNG.Artur Pereira, Presidente do Angola LNG Marketing Ltd., afirmou a propósito deste primeiro carregamento: “O Angola LNG entra no mercado num momento parti-cularmente interessante. Prevê-se que o mercado mundial de LNG continue limitado ao longo dos próximos anos, com reduzidas perspectivas de arran-que em produção de novas unidades de LNG. Congratulamo-nos por isso com a produção e transporte do nosso primeiro carregamento de gás natural.”Foram celebrados vários acordos-quadro de compra e venda de LNG com com-panhias do sector em todo o mundo, ficando assim o Angola LNG com uma sólida e variada carteira de clientes. Actualmente, outros acordos estão a ser negociados. “O Angola LNG ambiciona ser um for-necedor fiável e competitivo, um par-

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ceiro forte no sector e um modelo para o desenvolvimento económico de Angola”, acrescentou António Órfão, Presidente da Angola LNG Ltd.: “O projecto constitui uma solução para minimizar a queima de gás e a poluição ambiental, apro-veitando o gás associado dos campos petrolíferos do offshore angolano, com o objectivo de fornecer energia limpa e fiável aos nossos clientes e rentabilizar o investimento dos nossos accionistas.”O Angola LNG é uma parceria entre a Sonangol, Chevron, BP, ENI e Total para a recolha e processamento de gás asso-ciado, cuja finalidade é a produção e comercialização de gás natural (LNG) e

de líquidos de gás natural (NGLs). Prevê--se que o projecto tenha uma duração mínima de 30 anos.A Angola LNG irá recolher, processar, vender e entregar 5,2 milhões de tone-ladas de LNG por ano, além de propano, butano e condensados, a partir da sua instalação fabril no Soyo, Angola, uma das fábricas de processamento de LNG mais modernas no mundo. Angola é o segundo maior produtor de petróleo na África Subsariana. Historicamente, o gás associado tem sido queimado ou rein-jectado nos reservatórios de petróleo bruto, constituindo o Angola LNG uma solução para se reduzirem as emissões

de carbono e criar uma nova fonte de energia limpa.Os accionistas da Angola LNG são a Sonangol (22,8%), Chevron (36,4%), BP (13,6%), ENI (13,6%) e a Total (13,6%).O Angola LNG é por si só um dos pro-jectos de maior investimento (USD 10 milhares de milhões) alguma vez feito na indústria angolana de petróleo e gás. Com uma frota dedicada de sete navios tanque de LNG e três cais de carrega-mento (LNG, líquidos e butano com-primido), o projecto tem como missão eliminar a queima de gás, fornecer ener-gia limpa e fiável aos clientes e rentabi-lizar o investimento efectuado.

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empeNHO Na BIODIveRsIDaDe

Angola LNG apoia a conservação da biodiversidade em quatro áreas principais:1. Proteger a biodiversidade durante a execução do projecto; 2. Envolvimento em parcerias, colaborações e contribuições;3. Divulgar, promover e acompanhar as actividades ligadas à biodiversidade;4. Apoiar a pesquisa e educação visando promover a conservação da biodiversidade.

Um dos compromissos da Angola LNG é contribuir para a consciencialização e integração das comunidades locais na conservação da biodiversidade.

O “Projecto Sereia” compreende actividades educativas sobre o ambiente combinadas com a promoção de alternativas sus-tentáveis e não prejudiciais em benefício dos pescadores e suas famílias. O envolvimento das comunidades locais foi funda-mental para o êxito do “Projecto Sereia”.Por outro lado, tem-se vindo a promover uma campanha de consciencialização para a protecção das tartarugas marinhas entre a força de trabalho e as comunidades locais.Os investigadores de tartarugas e os seus ajudantes das aldeias locais, também chamados Tartarugueiros, patrulham regular-mente cerca de 17 km de praia e protegem os ninhos, em cerca de 6 km da linha da costa do Atlântico a partir de aldeias em Bocolo e Fundão.Todas as tartarugas marinhas estão identificadas e etiquetadas, de forma a poder fazer-se o estudo dos seus percursos migra-tórios e do seu ciclo biológico.

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Escala de desenho (em metros)

Bloco #

Zona blockline

Nome do bloco

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Bloco 14Bloco 0

Bloco 1

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Bloco 2

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Bloco 17Bloco 4

Bloco 18

Bloco 33

Bloco 34

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Fronteira

legenda

Gás potenctialoleoduto

angola

Base Kwanda

lnG site

rio lombo

angola

rio Congo

O que É O LNG ?

A Gás natural liquefeito ou GNL (em inglês referido pela sigla LNG, de liquified natural gas) é basica-mente gás natural que, após puri-ficado, é condensado ao estado líquido por meio da redução da sua temperatura a -163 graus Cel-sius. A liquefacção consiste em processos termodinâmicos que promovem a mudança de estado dos gases para o estado líquido. Devido às características de alguns gases – o metano entre eles - a mudança para o estado líquido pode não ocorrer com a eleva-ção da pressão, sendo necessá-ria a adopção de arrefecimento. Para tais gases, chamados crio-génicos (relacionados com pro-dução de temperaturas muito baixas), a temperatura acima da qual não existe uma mudança dis-tinta das fases líquido e vapor, a temperatura crítica, encontra-se abaixo da temperatura ambiente. A liquefacção do gás natural per-mite armazená-lo e transporta-lo sob forma condensada em condi-ções técnico-económicas viáveis. Como pesa menos de 500 kg/m³, não necessita de uma estru-tura mais forte do que se fosse para água. Se o gás fosse com-primido, a estrutura necessitaria de mais aço.

Características Relevantes Do GNLO Gás Natural Líquido é:• Incolor;• Temperatura do líquido à pres-

são atmosférica é entre (-165) °C e (-155) °C, dependendo da composição;

• Pressão operacional da planta entre poucos mbar até 75 bar;

• Densidade relativa entre 0,43 a 0,48, conforme a composição;

• Calor de vaporização latente de 120 Kcal/kg;

• Elevada taxa de expansão - a vaporização de 1 m³ de GNL produz entre 560 e 600 m³ de gás.

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• Junho 2013 - Nº3028

A s reservas de xisto representam 10% do total de petróleo e 32% do gás disponível no planeta. Além disso,

a maior parte desse mineral está concen-trada em poucos países e a rentabilidade da exploração ainda é difícil de estimar. As informações foram divulgadas na pri-meira pesquisa publicada pela Agência de Estudos sobre Energia (EIA na sigla em inglês) dos Estados Unidos.O país que mais detém reservas de xisto (que pode ser transformado em petróleo) é a Rússia, seguida pelos Estados Unidos, China e Argentina. Já os países com maio-res reservas de gás de xisto - encontra-das entre as camadas do mineral - são a China, Argentina, Argélia e Estados Unidos.Convém, no entanto, realçar que o facto destes países acima mencionados terem as maiores quantidades de xisto não indica que haja uma produção efectiva de combustível.De acordo com o estudo, que reúne 41 países, apenas os Estados Unidos e o Canadá (nono colocado em reservas de xisto e quinto em volume de gás) trans-formam as rochas em combustível em quantidades comerciais. Contudo, outras nações como a Argentina, Austrália, China, Inglaterra, México, Rússia, Arábia Sau-dita e Turquia começaram a avaliar esta possibilidade.

TRANSfORMAÇãO Para produzir petróleo a partir das rochas de xisto, é preciso submeter o mineral a

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RESERVAS DE XISTO REPRESENTAM 10% DO PETRóLEO MuNDIAL

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Hélder se Sousa (texto) Editora Visão (Fotos)

processos químicos e alta pressão. A téc-nica é criticada por ecologistas, que afir-mam que a produção é altamente poluente.A revolução do xisto fez com que o petró-leo obtido dessa forma representasse, no ano passado, 29% da produção total de petróleo nos Estados Unidos e, no caso do gás, 40%. Tal aumento fez com que o preço do gás norte-americano bai-xasse cinco vezes em relação aos cus-tos no Brasil.

O XISTO E A REVOLuÇãO DO PETRóLEO As novas descobertas de reservas de fon-tes de petróleo no mar e nas rochas levou um estudioso italiano a afirmar que, ao contrário do que normalmente se ouve, a produção de petróleo deve crescer. Para Leonardo Maugeri, que fez um estudo sobre o crescimento do sector enquanto

estudou em Harvard (EUA), o fim da era do petróleo está longe de acontecer e, a produção, deve aumentar em 20% nos próximos sete anos. A argumentação de Maugeri assenta em dois pontos que se interligam. O primeiro, é a descoberta de novas reservas no mundo ocidental – não apenas de petróleo con-vencional, como é o caso do encontrado na camada pré-sal brasileira, mas tam-bém das reservas de xisto pelo mundo e de areias betuminosas no Canadá.A produção de xisto em terras norte-ame-ricanas trouxe prosperidade ao estado do Dakota do Norte. Ao mesmo tempo em que a economia dos Estados Unidos tenta recuperar da crise, o estado tem baixos níveis de desemprego e começou a atrair jovens e adultos em busca de salários maiores do que nas grandes capitais.

(Fonte: Veja)

Um estudo inédito dos estados Unidos mostra como a rocha poderá ser alternativa às fontes convencionais do combustível fóssil

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PREVISÕES DA uNIVERSIDADE DE hARVARD ATé 2020

O fuTuRO DO PETRóLEO

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Canadá

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Fonte: Universidade Harvard

CaPaCiDaDe De PRoDução

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COMO NASCEu A MAIOR EMPRESA DE ANGOLA

AS NOSSA ORIGENS

a sonangol festejou os seus 37 anos de existência. desde 1976, quando foi nacionalizada a angol-sociedade de lubrificantes e Combustíveis, sarl, a sonangol cresceu e afirmou-se no selectivo meio do petróleo mundial.

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Pouco antes da independência de Angola foi criado um Grupo de Trabalho no seio da indústria petrolífera para dinamizar toda

a actividade ligada ao sector. O objec-tivo do Grupo de Trabalho era estabele-cer uma estratégia que que permitisse a continuação das actividades de explo-ração de petróleo após a independên-cia. Mais tarde, o Grupo de Trabalho deu lugar à Comissão Nacional de Reestru-turação da Indústria Petrolífera. Em 1976, a nacionalização da Angol – Sociedade de Lubrificantes e Combus-tíveis, SARL, dá origem à Sonangol e à Direcção Nacional de Petróleos, que dependia do Ministério da Indústria. A Angol tinha sido constituída em 1953, como subsidiária da Sacor, uma compa-nhia portuguesa, para actuar na área da comercialização e distribuição de com-bustíveis, lubrificantes e gases liquefei-tos em Angola.O decreto-lei nº 52/76 estabeleceu que a Sonangol-Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola, U.E.E. – como sendo uma sociedade estatal vocacio-nada para gerir a exploração dos recur-sos de hidrocarbonetos em Angola. No entanto, apesar de ter como único accio-nário o Estado angolano, desde sem-pre a Sonangol foi gerida como se fosse uma empresa privada sob padrões de desempenho rígidos, de modo a asse-gurar total eficiência e produtividade. Logo a seguir à fundação da Sonangol, para a criação das infra estruturas que assegurassem o bom funcionamento da empresa, foi constituída uma Comis-são de Gestão a que se seguiu o Núcleo Central da Sonangol.Após a independência, várias compa-nhias que operavam na área petrolífera

abandonaram o país, deixando as suas infra estruturas e os seus funcionários. Assim, a Sonangol comprou as instala-ções da Texaco, da Fina e da Shell e fez um acordo com a Mobil. No processo, a Sonangol absorveu os funcionários des-sas empresas.A escassez de recursos humanos qualifi-cados na área dos hidrocarbonetos levou a Sonangol a apostar na formação de quadros. Um primeiro grupo de bolsei-ros partiu para a Itália, com o apoio da ENI – Grupo Italiano de Pteróleos e, um segundo grupo foi para a Argélia. Estes estudantes regressaram na década de 70 marcando o início de uma nova era.Cedo a Sonangol criou parcerias para a implantaçãoo de unidades empresa-riais que contribuíssem para o desenvol-vimento do país e para a expansãoo da própria companhia. Privilegiando os aspec-tos de gestão de recursos de hidrocarbo-netos, preservaçãoo do meio ambiente e segurança industrial, a Sonangol ela-borou um sistema empresarial do qual

fazem parte mais de 30 subsidiárias e empresas afiliadas. Com características de uma companhia de economia mista, a Sonangol expandiu as suas áreas de acti-vidade e, actualmente, é uma empresa multinacional por mérito próprio. Com sede em Luanda, a Sonangol orgulha--se de ser a única companhia angolana que actua em todo o território nacional. A empresa possui escritórios internacionais em Brazaville-Congo, Hong Kong-China, Houston-E.U.A., Londres-Inglaterra e Sin-gapura-Singapura.A Sonangol, ao longo de três décadas, cresceu e tornou-se a empresa líder na distribuição de derivados no país e a maior promotora do desenvolvimento social e de recursos humanos no país. A razão para o sucesso da Sonangol está no desempe-nho das suas actividades com eficiência. O prestígio da Sonangol nos mercados interno e internacional é fruto do bom relacionamento com as companhias petrolíferas que operam em Angola ou com interesses e investimentos no país.

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CRonoloGiasonangol e.p.

1976 - Criação da Sonangol U.E.E.

1983 - Fundação da primeira subsidiária internacional, a Sonangol Limited, em Londres, Inglaterra.

1991 - Adjudicação da primeira concessão em águas profundas, o Bloco 16

1992 - Criação da Subsidiária Sonangol P&P, como empresa petrolífera.

1999 - A Sonangol muda de estatuto e passa de U.E.E. a E.P..

2003 - É atribuída à Sonangol a primeira concessão para prospecção e produção de hidrocarbonetos, o Bloco 03, na faixa atlântica.

2008 - Inauguração do novo edifício-sede.

2009 - Licenciamento de unidades de processamento da Refinaria do Lobito.

2011 - Assinatura de contratos de partilha de produção dos Blocos do Pré-Sal em Angola.

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Ra ANGOLA CONQuISTOu

O LEãO DE OuRO DA bIENAL DE ARTE DE VENEZA 2013

GALARDãO

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N sua primeira participação, Angola foi premiada com o Leão de Ouro da melhor representação nacional, na

55ª edição da Exposição Internacio-nal de Arte de Veneza.O pavilhão de Angola recebeu uma multidão de visitantes curiosos para ver de perto as razões que levaram o júri da Bienal de Veneza a atribuir a mais alta distinção - o Leão de Ouro - como melhor representação nacional.A Ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, reconheceu que o galardão conquis-tado por Angola é o culminar de uma aposta que o executivo angolano ela-borou como incentivo à criação e aos criadores. Rosa Cruz e Silva mostrou--se grata pelos feitos de Edson Chagas e dos arquitectos Paula Nascimento, Jorge Gumbe e Stefano Pansera.A ministra considerou que ao seguir para Veneza, ia “com a convicção de que Angola quer estar no mundo, quer partilhar com os demais países, os seus feitos, as suas realizações”. Para a governante, neste momento muito particular que o país está a viver de renovação, de criação, de edificação de um país novo, é muito gratificante receber este reconhecimento do tra-balho dos criadores angolanos.“O mundo da arte contemporânea exige de todos um esforço redobrado”, salientou a ministra, “para não nos deixarmos ultrapassar no tempo e no espaço, acompanhando sempre as novas tendências mundiais, sem, no entanto, pôr de parte o que é angolano”.Este certame internacional de arte con-temporânea tem, como tema geral “O Palácio Enciclopédico”, escolhido pelo curador Massimiliano Gioni, para evo-car o artista italo-americano Marino

Auriti, que, em 1955, esboçou um pro-jecto de museu imaginário, com a intenção de reunir todo o conheci-mento do mundo, desde a invenção da roda ao satélite.Além das 88 representações nacio-

nais, a Bienal integra ainda a mostra internacional com obras de 150 artis-tas de 37 países, e uma programa-ção paralela de dezenas de debates e eventos culturais, a decorrer até 24 de Novembro.

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A CAMINhO DO RECONhECIMENTO MuNDIAL

M'bANZA KONGO

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Helder Sousa (texto) GCI (Fotos)

E stão dados os primeiros passos para M'Banza Kongo, a capital do antigo Reino do Kongo, ser classi-

ficada pela UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciên-cia e a Cultura - como património Mun-dial. O Governo, ao classificar o Centro Histórico de M'Banza Kongo, localizado na província do Zaire, como patrimó-nio cultural nacional, cumpriu um dos passos fundamentais para poder con-correr à classificação de património da Humanidade.

M'banza ConCo-UÍGE

Reino do Kongo

Reino do Loango

Reino do Macoco/anzico

Reino da Matamba

Cidade de Jaga CasangiReino de benguela

Reino do ngola-ndongo

Reino do Caçongo

Cidade do Songo

Sette

Majumba

boarie/Loango São Salvador

Manebacani

Congo de bata

bangabamba

Pemba

bumby

Songo

Combanso

bomboSundi

PangoCundi

Camga

bataKaye

Katte

Ponda

Libango

Dande

EmfacaLoanda

Cotonbo

Machima

Cate

benguela

Canbari Mafingano

Mapungo

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Há ainda muito trabalho para chegar à meta final, desde logo, salvaguardar o património móvel, imóvel, imaterial, arqueológico e natural desta parcela do território nacional, como disse Cecília Gurgel, directora-geral adjunta do Ins-tituto Nacional do Património Cultural.Desse muito trabalho a fazer, as aten-ções vão centrar-se agora no Corredor do Kwanza e nas pinturas de Chitundo Hulo. Os limites do Centro Histórico de M'Banza Kongo abrangem toda a colina e estendem-se até aos seis corredores que compreendem da Fonte de Mandungo à intercepçãoo com a Fonte Bulunga, passando pela Fonte Cinza. As ruínas situam-se num planalto no centro da cidade de Mbanza Kongo.M'Banza Kongo foi a maior vila da costa ocidental da África Central no século XVII. Na época, tinha 40 mil habitan-tes autóctones e quatro mil europeus. Com o declínio, a cidade, que se encon-trava no centro do reino em plena idade do ouro, transformou-se numa vila mís-tica e espiritual do grupo etno-linguís-tico Kikongo, abrangendo as repúblicas de Angola, Congo Democrático, Congo e Gabão. Dispunha de 12 igrejas, con-ventos, escolas, palácios e residências cuja identificação será feita por radar.

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RetRatOs DO ReINO aFRICaNO pRÉ-COLONIaL DO CONGO REINO DO KONGO TAMbéM CONhECIDO COMO KONGO DyA NTOTILA Ou WENE WA KONGOIS ESTÁ ENTRE OS MAIS fAMOSOS REINOS DA ÁfRICA Sub-SAARIANA. O REINO LOCALIZADO NO SuDOESTE DA ÁfRICA. é AGORA NO NORTE DE ANGOLA, CAbINDA, REPúbLICA DO CONGO, E A PARTE OCIDENTAL DA REPúbLICA DEMOCRÁTICA DO IMPéRIO CONGO. ERA CONSISTuIDO POR SEIS PROVÍNCIAS GOVERNADAS POR uM MONARCA, O MANIKONGO DO bAKONGO (POVOS KONGO). bANZA KONGO CAPITAL DO REINO DO KONGO, NA SuA MAIOR PARTE, é ALCANÇADO A PARTIR DO OCEANO ATLâNTICO, A OESTE COM O RIO CuANGO, A LESTE, E DO RIO CONGO, NO NORTE DO RIO KWANZA, NO SuL. O REINO CONSISTIA EM VÁRIAS PROVÍNCIAS CENTRAIS GOVERNADOS PELO MANIKONGO. O TÍTuLO "MWENE KONGO", QuE SIGNIfICA SENhOR Ou GOVERNANTE DO REINO DO KONGO, MAS A SuA ESfERA DE INfLuêNCIA SE ESTENDEu PARA OS REINOS VIZINhOS, COMO NGOyO, KAKONGO, NDONGO E MATAMbA.

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DANIELA RIbEIRO NA ACADEMIA bAI

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D aniela Ribeiro expôs, na Acade-mia BAI (Luanda), trabalhos que se identificam bastante com os angolanos e os seus telemóveis.

As peças trabalhadas pela artista inte-gram componentes electrónicos de tele-fones portáteis e tecidos tradicionais.Intitulada “A Nossa Cultura”, a mostra é composta por dez obras.A artista, moçambicana de nascimento mas angolana de criação, reinterpreta os símbolos de Angola como a “Palanca Negra Gigante”, o “Embondeiro” e a “Marimba” como símbolo de musicalidade e ritmo. A artista plástica, que cresceu em Angola e se formou no estrangeiro, depara-se agora com a questão da identidade. Os materiais escolhidos pela reflectem a sua dualidade cultural. Por exemplo, usa materiais locais, como tecidos tradicio-nais, que ao mesmo tempo compõem os símbolos usando componentes electró-nicos de celulares telefónicos para iden-tificar os elementos de transformação cultural que estão a ocorrer um pouco por toda a África.

DANIELA RIbEIRO NA ACADEMIA bAI

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Ra ALINE fRAZãO APRESENTOu

NOVO TRAbALhO

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Aline Frazão apresentou em Luanda, o seu novo disco “Movi-mento”. A cantora e compositora angolana montou uma série de

três concertos no Espaço Verde Caxinde, onde, pela primeira vez, apresentou can-ções do seu novo álbum mas também do trabalho anterior, “Clave Bantu”. De «Movimento» fazem parte 12 temas, entre composições da própria Aline, a colaboração com o poeta e letrista ango-lano Carlos Ferreira ‘Cassé’, e um poema de Alda Lara musicado por Aline. O disco foi editado em Portugal pela PontoZurca e no resto da Europa pela editora holan-desa Coast to Coast.

Editora Visão (texto) Malocha (Fotografia)

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ANGOLA AbRE O CAMPEONATO DEfRONTANDO ÁfRICA DO SuL

MuNDIAL DE hóQuEI EM PATINS

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A fina flor do hóquei em patins mundial encheu o Centro de Convenções de Talatona para

uma cerimónia fulcral que deu a “sti-cada inicial” para o arranque do Cam-peonato do Mundo de Hóquei em Patins, pela primeira vez realizado em África, tendo Angola como anfitriã.Do sorteio de emparceiramento, resul-tou que a selecção nacional vai abrir a 41ª edição do Campeonato do Mundo, a 20 de Setembro, diante da similar da África do Sul, no Pavilhão Arena de Luanda.De notar que o sorteio do Grupo C do mundial, em que Angola está inse-rida, beneficiou de uma prerroga-tiva do Comité Internacional de “Rink Hockey”, presidido pelo alemão Haros Strusckberg, e foi emparceirado direc-tamente, sem recurso à tiragem de bolas. Assim, na segunda jornada da prova, a decorrer nas cidades de Luanda e Namibe, o combinado ango-lano defronta a congénere do Chile. No encerramento da disputa da fase preliminar, o cinco nacional joga na província do Namibe frente a Portu-gal, como era desejo dos dirigentes da Federação Angolana de Patinagem (FAP), presidida por Carlos Alberto Jaime Pinto “Calabeto”. O sorteio ditou ainda para a primeira jornada do Grupo A, com sede em Luanda, o Espanha (campeã em título), contra a Suíça, e Brasil-Austrália, par-tidas a serem disputadas no dia 22. No mesmo dia, as similares da Franca e Argentina, e Alemanha-Inglaterra, defrontam-se no Namibe, sede do Grupo B. Ainda no Namibe jogam para o Grupo D Itália-Moçambique e Colôm-

Helder Sousa (texto) Nuno Santos (Foto)

pRImeIRa jORNaDa Grupo - aEspanha - SuíçaBrasil – Áustria

Grupo - bFrança - ArgentinaAlemanha - Inglaterra Grupo CAngola - África do SulPortugal - Chile Grupo DItália - MoçambiqueEUA - Colômbia

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Carlos Alberto Jaime Pinto “Calabeto”, Presidente da Federação Nacional de Hóquei

Haros Strusckberg, Presidente da Federação Internacional de Hóquei

Nelson Sonni, ex jogador de Hóquei em Patins

José Van-Dúnem, Ministro da Saúde

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Filomena Delgado, ministra da Famíliae Promoção da Mulher

Damásio Damásio Júnior, Vice-Presidente de Massificação

Miss Angola 2012

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bia-Estados Unidos. A fase final da prova é disputada apenas em Luanda. No discurso dirigido aos dirigentes do CIRH e distintos membros do Execu-tivo angolano, com destaque para o chefe da Casa Civil da Presidência da República, Edeltrudes Costa, os ministros da Comunicação Social, José

Luís de Matos, e da Saúde, José Van--Dúnem, o presidente da FAP deu as boas-vindas aos representantes dos 16 países que vão participar no Mun-dial: “ao albergarmos este campeo-nato, o povo angolano já venceu. Mas tudo vamos fazer para uma participa-ção condigna.

Agradecemos ao Comité Internacio-nal a confiança depositada em nós e esperamos que todos compitam den-tro de um espírito de fair-play”, real-çou Calabeto, que, à semelhança de Haros Strucksberg, fez votos de que este seja o melhor mundial de todos os tempos.

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JEAN JACQuES NO hALL DA fAMA

O antigo poste da selecção nacional de basquetebol Jean Jacques da Conceição, sete vezes campeão

africano (1989, 1992, 1993, 1995, 1999, 2001 e 2003), foi uma das doze personalidades distinguidas este ano em Mies (arredores de Genebra), na Suíça, pela FIBA- Federa-ção Internacional de Basquetebol.O consagrado atleta angolano agrade-ceu todos os apoios e afirmou que "é uma alegria para África, que conseguiu colocar um africano entre os melhores do mundo. Espero que isto sirva para incentivar as futuras gerações".Jean-Jacques, a maior referência do bas-quetebol angolano, integrou um grupo de 12 personalidades mundiais de 10 países (entre jogadores, treinadores e apoiantes da modalidade) que foram homenagea-dos na edição deste ano. Seis ex-jogadores, três treinadores, dois fun-cionários técnicos e colaboradores com-pletaram a dúzia de distinguidos. O principal critério de selecção para o "Hall of Fame" – que acontece todos os dois anos - é a realização proeminente, a nível internacional, e a contribuição para o desenvolvimento da modalidade.

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À DESCObERTA DE ANGOLA“Bem-vindo a angola, o país mais fascinante de África, povoado há milénios, «descoberto» há 500 anos mas ainda por descobrir.” É assim que começa o livro “À descoberta de angola”.

D epois de 180 dias de viagem, Joost De Raeymaeker escreve o primeiro guia de viagens em

português que mergulha nas pro-fundezas de Angola. O autor deslo-cou-se em transportes públicos, à pendura de moto, de kandongueiro, na parte de trás de carrinhas de caixa aberta e à boleia com camionistas. Dormiu em pensões, casas de pes-soas que ofereceram abrigo e, mui-tas vezes, ao relento. Experimentou a gastronomia no meio das ruas, em tascas escondidas e nos omnipresen-tes buffets angolanos, saboreando funges, pirões, verduras, cogumelos gigantes, até lagartos e, por pouco, também macaco e suricata. Cada um dos percursos descritos neste guia corresponde a uma aven-tura e, como afirma o próprio autor, “é a prova de que é possível viajar-se de maneira segura e descontraída pelo imenso território de Angola”.“À Descoberta de Angola” mostra uma visão de fora dos angolanos que nunca são vistos nas notícias, nas capas dos jornais nem na imprensa cor-de-rosa. São pessoas comuns em várias situa-ções do seu dia a dia.

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