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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Resenha Bibliografia: NESBITT, Kate. Uma nova agenda para a arquitetura: antologia teórica. 2° edição. São Paulo: Cosacnaify, 2010. p.252 a 263 Do contraste à analogia: novos desdobramentos do conceito de intervenção arquitetônica. Ignasi de Solà-Morales Rubió.

Do contraste à analogia: novos desdobramentos do conceito de intervenção arquitetônica

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Resenha - Do contraste à analogia: novos desdobramentos do conceito de intervenção arquitetônica.

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UNIVERSIDADE SO JUDAS TADEUResenha Bibliografia: NESBITT, Kate. Uma nova agenda para a arquitetura: antologia terica. 2 edi!o. S!o "aulo: #o$acnai%&, 2'('. p.2)2 a 2*+Do contraste analogia: novos desdobraentos do conceito deinterven!"o ar#$itet%nica& Ignasi de Sol-Morales Rubi. So Paulo, Junho 2015, autor comea$eu te-to no$ di.endo queocorreuma mudanano$valore$ culturai$ entre uma antiga arquitetura e uma nova interven!oarquitet/nica. E$te$ valore$ $e alteram em am0a$ a$ interven1e$ $endo ela$nova$ouantiga$, poi$acidadeeapai$agemur0anae$t!oemcon$tantemudana. N!o $e pode pen$ar algo que n!o ir2 $e alterar com o tempo, poi$nada3permanente. 42a nece$$idadede compreender comoe$ta novainterven!o ir2 $e relacionar com a antiga, poi$ am0a$ a$$umiram rela1e$ aolongodotempo. 5l3mdo$valore$culturai$, anovaarquiteturadever2$eapro-imar %i$icamente levando emcon$idera!o rela1e$ tanto$ e$paciai$quanto vi$uai$ da arquitetura e-i$tente, garantindo a$$im $ati$%a!o e$t3tica.O projeto de uma nova obra de arquitetura no somente se aproxima fisicamente daque j existe, estabelecendo com ela uma relao visual e espacial, como cria umainterpretao genuna do material histrico com o qual tem de lidar !e modo que essematerial " objeto de uma verdadeira interpretao que explicita ou implicitamente seassocia com a nova interveno em toda a sua import#ncia$ 67UBI8, Sol9:;orale$ p. 2)ecom$eu$arran>a:c3u$ e a$ %orma$ de novo$ edi%?cio$ em Berlim, @udAing 4il0er$eimercom $eu$ proBeto$ para o centro de Berlim e @e #or0u$ier com $eu$ plano$paraa2reacentral de"ari$. E$te$trC$e-emplo$dearquiteto$ligado$aomovimento moderno utili.am uma me$ma $en$i0ilidade para relacionar a novainterven!o arquitet/nica com a arquitetura B2 e-i$tente, al3m da$ $imilaridade$com a t3cnica de repre$enta!o. "ara que >aBa mel>or con%ronto entre a$ caracter?$tica$ da novaarquitetura e a antiga, o autor cita a t3cnica da %otomontagem ou at3 me$mo o$de$en>o$ emper$pectiva an2logo$, onde $er2 a partir de uma de$$a$%erramenta$ que o arquiteto entender2 adequadamente o contra$te $endo elepor di%erena$ geom3trica$, pelo tecido ur0ano, pelo$ materiai$ empregado$ oupela$ $ua$ te-tura$ entre am0a$ a$ interven1e$. Devemo$ ter em mente queo u$o de$ta$ t3cnica$ n!o tem como o0Betivo Bulgar negativamente a arquiteturaantigae$imdarumparEmetroaoarquitetona>oradeentenderam0o$o$conte-to$. F comum lermo$ que o movimento moderno com $ua arquitetura ignoroupor completo a arquitetura pr3:e-i$tente e que e$$a %alta de intere$$e indicavaumaavalia!onegativa. De%atoaarquiteturadomovimentomodernoeraproduto de um $i$tema %ormalque $e di.ia auto$$u%iciente, ma$ me$mo come$ta atitude >avia uma interpreta!o prpria do material que l>e apre$entava acidadeea>i$toria, de%inindoumarela!odecontra$teme$moela$endoparadigm2tica.%omentando seu projeto, &e %orbusier afirmou, ao contrrio, que as novasdimens'es modernas e o realce dos melhores tesouros histricos produ(em um efeitoencantador$ 67UBI8, Sol9:;orale$ p. 2)< e 2))=Em $eu te-to Sol9:;orale$ cita 5loG$ 7iegl onde o >i$toriador anali$a emuma $erie de artigo$ no comeo do $3culo HH a po$tura moderna com rela!oao$ pro0lema$ do patrim/nio monumental. "ara a cultura rena$centi$ta n!o $etin>aovalor >i$tricodoedi%?cioedomonumentocomoregi$trodeuma$itua!o %actual e documentada, para o$ rena$centi$ta$ $eu valor era 0a$eadono valor corrente da$ o0ra$ de arte e na e-emplaridade de 0oa arte. , valor>i$tricoedocumental %oi adquiridoapartir do$3culoHIHcomaculturapo$itivi$ta. ;a$ 7iegl anali$ou a cri$e do po$itivi$mo e da o0Betividade no %imdo $3culo HIH e no comeo do $3culo $eguinte, onde e$ta nova cultura de certomodo n!o teria apena$ como que$t!o uma novarela!o,ma$ teria tam03mumarela!omai$radical entreomaterial documental, >i$tricoe$euvalorcultural. E$te valor do antigo, do pa$$ado ou do vel>o %oi entendido a partir da$en$i0ilidade de$ta nova cultura contemporEnea, onde e$te novo entendimentodevalor mudoutodoopadr!oart?$ticoqueante$erae$ta0elecidoequeignorava a importEncia %actual da$ in%orma1e$ contida$ em uma o0ra de arte.Ioi a partir de diver$a$ anali$e$ no campo p$icolgico que 7iegl perce0eu quee$te novo cidad!o moderno n!o e$tava intere$$ado emcerto$ tipo$ dein%orma1e$, como entender o detal>e de um ornamento de uma colunata, ma$e$te >omem moderno e$tava intere$$ado no te$temun>o de uma determinada3pocaqueaquela colunata6monumento=propicia. ,valor%undamental parae$ta nova cultura ur0ana e$ta na per%ei!o aca0ada do$ novo$ edi%?cio$ ondee$te$$omentecriarame$tevalor amedidaquede$a%iamapa$$agemdotempo con$tituindo uma imagem de re$i$tCncia ao de$ga$te com permanCnciade $ua cor, %orma e aca0amento. F a partir de$ta $en$i0ilidade que o >omemde$co0re na antiguidade e$te valor univer$alque ira l>e $ervir de 0a$e parainterpreta!o da arquitetura >i$trica. 42 uma $ati$%a!o e$t3tica que ir2 provirda alternEncia entre a arquitetura do pa$$ado e a do pre$ente. J)descrioprecisade*iegl servaparaexplicar otipodesensibilidadequeosexemplos citados no inicio deste artigo demonstram e a maneira especial com que ocontraste entre os novos e os velhos materiais arquitet+nicos se estabelece, tal comoacontece nos projetos de vanguarda que devem lidar com a arquitetura do passado.K67UBI8, Sol9:;orale$ p. 2)*=5l3mdateoriadocontra$tecon%ormede$critopor 7iegl, Sol2:;orale$0a$eia:$e em $eu te-to em algun$ modelo$ terico$ u$ado$ pelo$ intelectuai$da 3poca quando recon$titu?ama >i$toria da arquitetura ou procuravamem0a$amento$ p$icolgico$ na,estalttheorieemque o$ terico$ e o$protagoni$ta$ da nova arte em0a$aram$ua$ e-periCncia$ e$t3tica$. Na>i$toriogra%ia %ica evidente no$ e$tudo$ de algun$ >i$toriadore$ como o prprio7iegl, Lu$tav 5dol% "lat., Kurt Be>rendt e Sieg%ried Liedion que a >i$toria daarquiteturadopa$$adonece$$ita$er anali$adacomoumprodutodaquelepa$$adoondere$$altam$ua$inova1e$edi%erena$comre$peitoanovainterven!oarquitet/nica do pre$ente. E$te$>i$toriadore$ em $eu$ e$tudo$$uperarame$tare$i$tCnciaemrecorrer aopa$$adodemodoavivenciar opre$ente$endoeleimediatooucontemporEneoecompreenderamquee$tae-plica!o $erviria para evidenciar a opo$i!o radical, $endo o contra$te entreo vel>o e o novo, entre 2 >i$toria e o$ acontecimento$ atuai$. Entre (M2M e (M+) >ouveram doi$ tratado$ $endo o primeiro de Nol%gangKOeller e o $egundo de Kurt Ko%%Pa que relatavam $o0ra 9 p$icologia da %ormaorgani.ando de modo $i$tem2tico o$ princ?pio$ mai$ gerai$ de uma concep!o$egundoa$no1e$de%orma:%undoedo$contra$te$%undamentai$paraae-plica!odapercep!oede$ai $igni%ica!o. 5indano$me$mo$ano$durante a primeira %a$e da Bau>au$ >ouveram algun$ me$tre$ que utili.arama$ me$ma$ lin>a$ de pen$amento$ que %oram de$crita$ no$ tratado$ de (M2M e(M2) para en$inar de$en>i$ta$ e proBeti$ta$ da 3poca. 5arquitetura ao contra$tar $ua$ antiga$ e$trutura$ coma$ nova$,de$co0re e$te %undo e a %orma onde o pa$$ado e o pre$ente $e recon>ecemreciprocamente, como $e utili.2$$emo$ a t3cnica de %otomontagem e colagemonde >2 a po$$i0ilidade de e-tra!o de$te$ novo$ $igni%icado$ a partir de$tecon%ronto entre pa$$ado e pre$ente. 5l3mdarela!oentreo$e$tudo$da>i$toriogra%iaedap$icologia, odiagno$ticode7iegl eotra0al>odo$arquiteto$domovimentomoderno$contrapo$to$ ao$ materiai$ >i$trico$, >2 outro campo que e$tava e$tudando,de0atendo e pu0licando toda$ e$ta$ que$t1e$ que aparentemente po$$uipouca rela!o com o de0ate da$ vanguarda$, e$te campo 3 o da con$erva!oe re$taura!o. E$ta$ pu0lica1e$ eram e$peciali.ada$, levando emcon$idera!oore$taurodemonumento$quede$eumodotin>aalgoemcomum com aquela ideia de contra$te como categoria %undamentalentre o aantiga e a nova arquitetura. De$de o %inaldo $3culo HIH o$ e$peciali$ta$ emre$taurocomo#amiloBoitoprodu.iramliteratura$terica$, ondede%endiamumcrit3riodedi%erencia!oentrea$interven1e$dore$tauroondeaindainclu?am um elemento de con$tru!o. E$te $e tornou o principio %undamentale$ta0elecido na #arta de re$tauro de 5tena$ de (M+(.) carta, dividida em de( pontos bsicos, defende mais de uma ve( a necessidade dedefinir umaclaranoodecontrasteentreosedifcioshistricosprotegidoseasnovas interven'es-ssa ideiaexpressava.se nosna recomendao douso demateriais modernos emdeterminadas ocasi'es, mas sobretudonareiteraodocrit"rio de obedi/ncia a diferena na diversidade dos arranjos de elementosadicionados, no uso de diferentes materiais, na aus/ncia de ornamentos nas novasconstru'es, e em sua simplicidade geom"trica e tecnolgica$ 67UBI8, Sol9:;orale$p. 2)Q="odemo$ di.er que a carta de 5tena$ de$crita em (M+( aceitou de %ormagenerali.ada e padroni.ada a$ e$trat3gia$ e o$ crit3rio$ que o$ arquiteto$ B2>aviam %ormulado naquela me$ma 3poca. E$te$ arquiteto$ que pertenciam aomundo da e-perimenta!o de vanguarda ou aquele$ que pertenciamaouniver$o acadCmico da re$taura!o eram o0rigado$ a ter idCntica $en$i0ilidade>i$trica. Ioiem (M++ que a #arta de 5tena$ de$crita pelo$ arquiteto$ do #I5;,in$i$tiu na impo$$i0ilidade de aceitar a reprodu!o >i$trica e 0u$cou apoio no0eitgeist para ent!o Bu$ti%icar a $ua e-igCncia de que a$ nova$ interven1e$ em2rea$ >i$trica$ utili.a$$em a linguagem da arquitetura do momento. Uma cartapo$$u?a car2ter progre$$i$ta e militante e a outra po$$u?a intere$$e$ voltado$ a>i$toria e a con$erva!o, e$ta$ caracter?$tica$ que di%erenciavam uma carta daoutra. Rendo am0a$ a$ di%erena$ cinquenta ano$ depoi$, n!o $e vC mai$ e$ta$di%erena$ a0$oluta$ que $eu$ protagoni$ta$ %a.iam crer naquele momento. ;e$mo com $ua$ di%erena$, >avia uma atitude em comum em am0a$ a$carta$. E$ta atitude em comum partia em rela!o ao material>i$trico e $uainterpreta!o, onde em am0o$ o$ ca$o$ $ua$ principai$ diretri.e$ con$titu?am:$e do go$to e$t3tico da ultima %a$e do romanti$mo $endo ele por $ua$ te-tura$e pela p2tina dei-ada pelo tempo na$ edi%ica1e$ antiga$, $em a$ di$tin1e$ornamentai$ ou e$til?$tica$ e no contra$te glo0al com a geometria a0$trata da$nova$ o0ra$ de arquitetura. Ioi ent!o que o contra$te entre o antigo e o novo%oi tran$%ormado como e%eito de a0ordagen$ radicalmente opo$ta$ e como umamudana no proce$$o perceptivo no qual cada tipo de arquitetura e$ta0elecereciprocamente $ua importEncia de dialogo com a cidade metropolitana. Sol2:;orale$ em$eu te-to no$ dei-a claro que e$te predom?nio dacategoria de contra$te como princ?pio e$t3tico no$ pro0lema$ da interven!o 3coi$adopa$$ado,pelomeno$no$dia$de>oBe n!o podemo$%alar queelae$teBa emuma po$i!o privilegiada. ;a$ ainda o$ e%eito$ de contra$tepermanecem v2lido$ em proBeto$ recente$ de interven!o. , contra$te aparececomo ve$t?gio da po3tica do movimento moderno no tra0al>o de algun$arquiteto$ do$ dia$ atuai$. 5lem de$te ve$t?gio >2 uma nova e mai$ comple-arela!oentrea$en$i0ilidadecontemporEneaeaarquiteturae-i$tente. Sol2:;orale$ cita algun$ e-emplo$ de arquiteto$ que tra.em e$ta nova $itua!o em$eu$proBeto$, me$moalgun$n!o$endotra0al>o$recente$, ainda>2e$tacaracter?$tica de $en$i0ilidade com rela!o a e$ta pro0lem2tica. 5amplia!odopr3diodamunicipalidadedeLOte0org6(M(+a(M+Q=reali.ado por Eric Lunnar 5$plund interpreta a$ caracter?$tica$ dominante$ doantigo edi%?cio que ali e-i$tia de modo a re$$oar na nova interven!o. Em toda$a$cincotentativa$deproBeto$euproce$$odeapro-ima!oauma$olu!o$ati$%atria %oi $endo de$envolvida atrav3$ de uma $imilaridade entre o$elemento$ con$iderado$ mai$ importante$ na antiga e$trutura do edi%?cio e a$%orma$ propo$ta$ pela nova amplia!o. 1anto na organi(ao da planta, que estende o sistema de arcadas como nadisposio da fachada, que prolonga o padro de pilastras e espaos va(ios, a divisohori(ontal tripartite, emumcasocomonooutro, "desdobradaemumaestruturaformal dominante23!iferena e repetio passaram a ser simultaneamenteobservadasapartir damanipulaocontroladadasrela'esentresimilaridadeediversidade, como conv"m a toda operao analgicaK 67UBI8, Sol9:;orale$ p. 2)M= Ampliao do prdio da municipalidade de Gteborg Fonte: http//erikgunnarasplund.com - Acessado 0/0/!0"# $s "%h%0min. Suando >ouve a nece$$idade de tran$%ormar o #a$telvecc>io de Reronaem um mu$eu para a cidade, >ouve a nece$$idade de #arlo Scarpa lidar com aimportEncia da con$tru!o medievallevando em con$idera!o a nece$$idadede adapta:l2 ao$ requi$ito$ de $eu novo u$o $endo ele moderno. 4ediante um recurso de exibio de tipo cinematogrfico, 5carpa acumula imagensredesenhadas de obras arquitet+nicas do passado, provenientes da 6dade 4"dia e deoutros perodos talve( ainda mais remotos, ainda que evocando experi/nciaseuropeias mais recentes, comoas daviradados"culoem,lasgo7ou8iana$67UBI8, Sol9:;orale$ p. 2)M=&astel'ecchio de (erona Fonte: http://mela.iua'.it - Acessado 0/0/!0"# $s "#h0)min.Liorgio Lra$$i emumdo$ $eu$ e$crito$ e-plica a a0ordagemdare$taura!o que %e. no ca$telo de 500iategra$$o em (MQ', 0a$eando:$e no$e$crito$ de 5m0rogio 5nnoni e na tradi!o da re$taura!o. Ioi a partir da? queLra$$iidenti%icou que a c>ave metodolgica para organi.ar a interven!o $eencontrava na prpria arquitetura e-i$tente, corrigindo a$$imo ideali$mopraticado por Riollet:le:Duc de tentar encontrar uma 0a$e para a interven!o naideia oculta da con$tru!o. Ioi ent!o que Lra$$i tran$%ormou e$te ideali$mo emum reali$mo ligado a materialidade e$pacial, %?$ica e geogr2%ica do o0Beto como qual e$tava tra0al>ando. J-xtraindo da anlise tipolgica uma primeira aproximao s suas leis internas,o projeto surge como um compromisso entre os modos peculiares tradio moderna,que se baseiam na independ/ncia da nova e da velha estrutura, e a correspond/nciadimensional, tipolgica e figurativa entre novas e as velhas partes, na tentativa de criarumacorrelaom9tuacapa(deunificar atotalidadedocomplexoarquitet+nico.K67UBI8, Sol9:;orale$ p. 2)M=Sol2:;orale$ a%irma que a cri$e cultural 3 uma cri$e de modelo$univer$ai$, ma$ a di%erena entre a $itua!o atual e a da cultura acadCmica ouda ortodo-a moderna $e encontra no %ato de que no$ dia$ atuai$ 3 impo$$?velarticular um $i$tema e$t3tico com validade$u%iciente para$eraplic2velparaalemde$ua$circun$tEncia$individuai$. ;e$mocomaconqui$tadaculturaacadCmica em criar procedimento$ de interven!o para aplica!o univer$alapartir da no!o de e$tilo, e n!o di$tante a cultura moderna ten>a con$eguidocriar um $i$tema de %ragmento$ entremeado$ mediante o $u0Betivi$mop$icolgico, 3 muito di%?cil ne$ta $itua!o atual recon>ecer qualquer coi$a al3mda nature.a concreta da o0ra com que no$ deparamo$ e com que devemo$tra0al>ar. , con>ecimento $o0re a$ e$trutura$ do edi%?cio %oi po$$?vel graa$ aode$envolvimento de t3cnica$ e %erramenta$ que po$$i0ilitarame$ta maiorinve$tiga!o. 5trav3$ da$ anali$e$ tipo:mor%olgica$ de 5ldo 7o$$i em (M*' $e produ.uma cultura genuinamente enciclop3dica $o0re a repre$enta!o, a compara!odimen$ional e a con$ciCncia e$trutural de todo$ o$ pro0lema$ a %ormaapre$entado$ pelo$ edi%?cio$ e-i$tente$. De$de (M*' que a culturaarquitet/nica tem $e preocupado com uma o0$e$$!o pelaan2li$e,utili.andoin$trumento$ cartogr2%ico$, planim3trico$ e tridimen$ionai$. ;a$ $a0emo$ queno$ dia$ atuai$ e$ta$ preocupa1e$ em recon>ecer e$te mecani$mo anal?tico,pouco tem a ver com a cria!o de um patamar $u%icientemente para proBeto. Fvalido lem0rar que em 3poca$ >i$trica$, e$te$ mecani$mo$ para cria!o deproBeto com grau de re%inamento eram praticamente impo$$?vei$, pela %alta det3cnica, me$mo a$$im >avia certa criatividade na opera!o dede$em0araamento e independCncia do proBeto. 23ahistoriano"maiscomoantesumamagistravitae 1ampoucoservecomoinstrumento lgico para explica'es tendenciosas do presente )o contratios,paralelamente:drsticahistorici(aodopresente, estahavendoumadispersopolic/ntrica da consci/ncia histrica$ 67UBI8, Sol9:;orale$ p. 2*(=De$de (M*' vem ocorrendo a real aparCncia da$ ilu$1e$ de uma >i$triaideolgica. E$ta >i$tria n!o pode mai$ $e agarrar a uma preten$!o deveracidade, n!o >2 nen>um %io condutor que ligue o pa$$ado ao pre$ente. Ioia partir de ;an%redo Ta%urique $e con$trium modelo e%iciente para criticare$ta repre$enta!o da pa$$agem do tempo >i$trico, onde temo$ de um lado aideiadaorigemdamodernidadeque%oi recuadaaoin%initon!omai$$eprendendono$3culopa$$adoounoilumini$mo, ma$agoraavanandodacultura moderna do rena$cimento, e de outro lado, o$ pro0lema$ levado$ porBrunelle$c>i ao maneiri$mo e a cultura contrarre%orma, a$$im como na cri$e dopen$amentoe$clarecidoounodecl?niodavanguarda.5 certaideiadequetantoaarquiteturaquantoo$arquiteto$aum$tempoprodu.ema$uaa%irma!o ao me$mo tempo em que produ.em a $ua nega!o, $eguindo a$$im$eu $igni%icado at3 $ua contradi!o lgica. "ode:$e con$iderar que e$ta>ipte$ecentral 3umada$di$cu$$1e$deTa%uri, a$$imcomo3tam03moparadigma predominante na maior parta da >i$toriogra%ia recente daarquitetura. J)consci/nciadahistria, tal comoast"cnicasanalticasdoprojeto, foi peganacontradio entre o complexo desenvolvimento de suas reas de conhecimento e omais absoluto empobrecimento da metodologia 4icro.histria, histria antropolgica,ou a histria das mentalidades constituem, no fundo, respostas fragmentrias,reducionistas e particularistas : impossibilidade de defender modelos interpretativosde alcance mais amplo$ 67UBI8, Sol9:;orale$ p. 2*( e 2*2=. Devemo$ ter em mente que a interven!o como opera!o e$t3tica 3 livre,ar0itr2ria e imaginativa, onde $e procura n!o $ o recon>ecimento da$e$trutura$ $igni%icativa$ do material>i$trico e-i$tente, como tam03m u$2:la$como marco$ analgico para a nova con$tru!o. Da me$ma maneira que a $imilaridade e a di%erena, a compara!o nointerior do Tnico $i$tema po$$?vel, o $i$tema e$pec?%ico que o o0Betivo e-i$tenteir2 de%inir. E$t2 3 a 0a$e de toda analogia.