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Ditadura
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Ditadura civil-militar no Brasil
(1964-1985)
A fatídica noite de 31 de março de
1964
Tanques do Exército ocupam as ruas do Rio de Janeiro no golpe de 1964, iniciando o
mais longo período de exceção do país. Fonte: Arquivo Nacional
O governo de Castello Branco
(1964-1966) Prédio da UNE
incendiado
CGT posta na ilegalidade
Fim das Ligas
Camponesas
Criação do DOPS
Redução da Inflação
Arrocho salarial
Ato Institucional nº1
Por ele o Congresso
Nacional tornava-se um
simples Colégio Eleitoral,
responsável por escolher
o novo presidente. Além
disso o ato permitiu ao
Presidente cassar
mandatos, suspender
direitos políticos por dez
anos e exonerar
funcionários públicos
civis e militares. Dois mil
funcionários foram
demitidos, 386 foram
cassados e 5 mil pessoas
foram presas.
Foto: Evandro Teixeira
Ato Institucional nº 2
Extinguiu os partidos políticos e criou apenas dois: a Aliança Renovadora Nacional
(ARENA) que apoiava os militares, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB),
de oposição.
A Questão Eleitoral Havia eleições para vereadores,
deputados, senadores e prefeitos, mas
governadores e presidentes eram
escolhidos indiretamente. O regime
tinha”verniz democrático”, pois as
eleições aconteciam segundo as regras
impostas pelos militares.
Ato Institucional nº3
Estendeu as eleições indiretas aos governos estaduais e permitiu a
promulgação da nova Constituição Federal em 1967. “legalizando” a
ditadura.
Alinhamento dos militares com EUA:
Operação Brother Sam
A Operação Brother Sam foi
desencadeada pelos EUA para
apoiar o golpe de 1964 caso
houvesse algum imprevisto ou
reação por parte dos militares que
apoiavam João Goulart (Jango).
Ficaram disponíveis toda a força
militar da Frota do Caribe,
liderada por um porta-aviões da
classe Forrestal da Marinha dos
Estados Unidos e outro de menor
porte, além de todas as naves
requeridas a uma invasão rápida
do Brasil pelas forças armadas
americanas.
DOPS e SNI: vigilância política
O DOPS havia sido criado na ditadura
de Vargas e reutilizado pelos militares
em 64. O SNI foi criado com o
objetivo de supervisionar e coordenar
as atividades de informações e contra-
informações no Brasil e exterior
A Doutrina de Segurança Nacional
O Governo Militar fundamentou-se ideologicamente
na Doutrina de Segurança Nacional e
Desenvolvimento, que foi, durante muito tempo, a
principal base que justificou as atividades da
Comunidade de Informações no Brasil. O alvo
prioritário da Comunidade de Informações, assim, era
o "Inimigo Interno", ou seja, elementos brasileiros
ou estrangeiros que agiriam subversivamente, pondo
em risco a segurança nacional. O conjunto dos órgãos
de informações estatais e para-estatais,
fundamentados técnica e politicamente na DSNeD,
articulados entre si e com organismos internacionais
de segurança e informação, constitui o que se
convencionou chamar de Comunidade de
Informações, que tem como uma de suas atividades
a Espionagem Política.
Governo de Costa e Silva (1967-1969)
“Linha dura” no poder
Figuras de oposição ao governo
Chico Buarque, representante da MPB
Caetano Veloso, um dos líderes do
movimento tropicalista
Gilberto Gil durante apresentação no Festival da Canção da TV Record
A morte de Edson Luís
O estudante secundarista Edson Luís
Souto, de 18 anos, foi morto por
policiais durante a invasão do
restaurante universitário Calabouço,
em 1968 no Rio de Janeiro, gerando
revolta na população.
A Passeata dos Cem Mil foi a manifestação
popular de protesto contra a Ditadura Militar no
Brasil, ocorrida em 26 de junho de 1968, na
cidade do Rio de Janeiro, organizada pelo
movimento estudantil e que contou com a
participação de artistas, intelectuais e outros
setores da sociedade brasileira.
A Passeata dos Cem Mil
Ato Institucional nº5 (1968)
O fechamento do regime
Suspendeu o direito de votar e ser votado nas
eleições sindicais.
Permitiu que o governo cassasse, demitisse e
aposentasse servidores públicos.
Proibiu atividades ou manifestação sobre
assuntos de natureza política;
Abriu espaço para proibir cidadãos de
frequentar determinados lugares.
Suspendeu a garantia de habeas corpus nos
casos de crimes políticos ou que afetassem a
segurança nacional e a ordem econômica
e/ou social.
Fechou o Congresso Nacional
Governo Médici (1970-1974)
Os anos de “chumbo”
O “Milagre” econômico
Crescimento do PIB (Produto Interno Bruto)
entre 7% e 13% ao ano;
Melhorais significativas na infraestrutura do
país (Transamazônica, Telebrás, Rio-Niterói
- Aumento do nível de emprego proporcionado,
principalmente, pelos investimentos nos setores
de infraestrutura e indústria.
Inflação elevada. No período, a inflação ficou
entre 15% e 20% ao ano.
Aumento da dívida externa, que saltou de 12
bilhões para 100 bilhões em 10 anos.
Concentração de renda nas mãos dos mais
ricos.
A censura ditatorial
A luta armada contra a Ditadura
ALN - Marighella
Comando de Libertação Nacional (COLINA) - Dilma
Presos libertados no sequestro de Elbrick, em 69
MR-8 - Lamarca
Métodos de tortura: cadeira do dragão
Nessa espécie de cadeira
elétrica, os presos sentavam
pelados numa cadeira revestida
de zinco ligada a terminais
elétricos. Quando o aparelho era
ligado na eletricidade, o zinco
transmitia choques a todo o
corpo. Muitas vezes, os
torturadores enfiavam na cabeça
da vítima um balde de metal,
onde também eram aplicados
choques.
Métodos de tortura: pau de arara
É uma das mais antigas
formas de tortura usadas no
Brasil - já existia nos tempos
da escravidão. Com uma
barra de ferro atravessada
entre os punhos e os joelhos,
o preso ficava pelado,
amarrado e pendurado a
cerca de 20 centímetros do
chão. Nessa posição que
causa dores atrozes no corpo,
o preso sofria com choques,
pancadas e queimaduras com
cigarros
Métodos de tortura: pimentinha
As máquinas usadas nessa tortura
eram chamadas de "pimentinha" ou
"maricota". Elas geravam choques
que aumentavam quando a
manivela era girada rapidamente
pelo torturador. A descarga elétrica
causava queimaduras e convulsões
- muitas vezes, seu efeito fazia o
preso morder violentamente a
própria língua
Métodos de tortura: soro da verdade
O tal soro é o pentotal sódico, uma droga injetável que provoca na vítima um
estado de sonolência e reduz as barreiras inibitórias. Sob seu efeito, a pessoa
poderia falar coisas que normalmente não contaria - daí o nome "soro da
verdade" e seu uso na busca de informações dos presos. Mas seu efeito é pouco
confiável e a droga pode até matar.
Métodos de tortura: afogamento
Os torturadores fechavam as
narinas do preso e
colocavam uma mangueira
ou um tubo de borracha
dentro da boca do acusado
para obrigá-lo a engolir
água. Outro método era
mergulhar a cabeça do
torturado num balde, tanque
ou tambor cheio de água,
forçando sua nuca para baixo
até o limite do afogamento
Métodos de tortura: palmatória
A Palmatória era como uma raquete
de madeira, bem pesada. Geralmente,
esta instrumento era utilizado em
conjunto com outras formas de
tortura, com o objetivo de aumentar o
sofrimento do acusado. Com a
palmatória, as vítimas eram agredidas
em várias partes do corpo,
principalmente em seus órgãos
genitais.
O fim da luta armada
O assassinato de Marighella, líder da ALN em 4 de novembro
de 1969
O corpo de Carlos Lamarca, líder do MR-8, em 17 de setembro de 1971.
Alguns mortos da ditadura
Governo Geisel (1975-1979) Abertura lenta, gradual e segura Construção das hidrelétricas de Tucuruí e Itaipu e a morte de mais de 2000 índios. "Pacote de Abril": diminuir as vitórias eleitorais da oposição. Greves do ABC (1978) Atuação clandestina da linha dura Luta pela Anistia Política Greves no ABC (Lula) Revogação do AI-5
Violência e luta
Corpo de Vladimir Herzog morto no DOI-CODI de São Paulo em 25/10/85
Lula discursando durante Greve no ABC
Governo Figueiredo (1979-1985)
Ressurgimento dos movimentos sociais Anistia decretada e volta dos exilados Legalização do pluripartidarismo A inflação chegou a 200% em 1983 e a economia entrou em colapso. O Brasil decretou a moratória por não ter como pagar suas dívidas. Atuação da linha-dura no fim do regime
A retomada das lutas sociais: o povo
nas ruas
A legalização do pluripartidarismo
O atentado no Riocentro
Ocorreu no RJ em abril de 1981, quando ali se realizava um show comemorativo do Dia
do Trabalhador. As bombas seriam plantadas pelo sargento Guilherme do Rosário e pelo
capitão Wilson Machado, hoje coronel, Com o evento já em andamento, uma das
bombas explodiu dentro do carro onde estavam os dois militares, no estacionamento do
Rio centro. O artefato, que seria instalado no edifício, explodiu antes da hora, matando
o sargento e ferindo gravemente o capitão Machado.
As diretas já! (1984)
O fim da ditadura: Tancredo e Sarney
E o que dizer sobre isso? (2014)